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America Precolombiana
America Precolombiana
Os ritos
Só podiam subir aos templos os sacerdotes, que formavam a classe mais culta. Os
maias acreditavam descender de um totem e eram politeístas. A influência dos toltecas
introduziu certas práticas cerimoniais sangrentas, pouco antes da decadência dos
maias. Adoravam a natureza, em particular os animais, as plantas e as pedras.
Cuidavam de seus mortos, colocando-os em urnas de cerâmica.
A arte
A arte maia expressa-se, sobretudo, na arquitetura e na escultura. Suas monumentais
construções — como a torre de Palenque, o observatório astronômico de El Caracol ou
os palácios e pirâmides de Chichén Itzá, Palenque, Copán e Quiriguá — eram
adornadas com elegantes esculturas, estuques e relevos. Podemos contemplar sua
pintura nos grandes murais coloridos dos palácios. Utilizavam várias cores. As cenas
tinham motivos religiosos ou históricos. Destacam-se os afrescos de Bonampak e
Chichén Itzá. Também realizavam representações teatrais em que participavam
homens e mulheres com máscaras, representando animais.
-------- ASTECAS -----------
O Império Asteca
Os astecas pagavam tributos à tribo tepaneca de Atzcapotzalco. Em 1440, a
agressividade dessa tribo causou o surgimento de uma tríplice aliança entre as cidades
de Tenochtitlán, Texcoco e Tlacopán, que derrotou os tepanecas e iniciou sua
expansão territorial pela zona ocidental do vale do México. Sob o reinado de
Montezuma I, o Velho, os astecas tornaram-se um povo temido e vitorioso, ampliando
seus domínios em mais de 200 quilômetros. Axayácatl, o sucessor de Montezuma, em
1469, conquistou a cidade de Tlatetolco e o vale de Toluca.
O Império ampliou seus limites ao máximo sob o reinado de Ahuízotl, que impôs sua
soberania sobre Tehuantepec, Oaxaca e parte da Guatemala. Em 1519, sob o reinado
de Montezuma II, houve o primeiro encontro com os conquistadores espanhóis.
Os nobres
A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin (nobreza) era
formada pela família real, sacerdotes, chefes de grupos guerreiros — como os
Jaguares e as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam participar também alguns
plebeus (macehualtin) que tivessem realizado algum ato extraordinário. Tomar
chocolate quente era um privilégio da nobreza. O resto da população era constituída de
lavradores e artesãos. Havia, também,
escravos (tlacotin).
A religião
A religião asteca era politeísta, embora tivesse poucos deuses. Os principais eram
vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola. O deus mais venerado era Quetzalcóatl,
a serpente emplumada, criador do homem, protetor da vida e da fertilidade. Os
sacerdotes eram um poderoso grupo social, encarregado de orientar a educação dos
nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca incluía a
prática de sacrifícios. O derramamento de sangue e a oferenda do coração de animais
ou de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os deuses.
---------- INCAS ------------
As fortalezas incas
Os edifícios incas se caracterizam pela monumentalidade e sobriedade. Suas cidades
eram verdadeiras fortalezas, construídas com grandes muralhas de pedra. Os incas
eram mestres em cortar e unir grandes blocos de pedra; a cidade-fortaleza de Machu
Picchu é o exemplo mais espetacular dessa arte. Machu- Picchu foi descoberta em
1911, no topo de uma montanha de 2.400 m de altura, numa região inacessível da
cordilheira dos Andes. Outras construções incas importantes ficam em Cuzco e Pisac.
Cuzco, a capital do Império, tem uma rígida planificação urbana em forma quadriculada.
Formas de vida
A organização social inca era muito hierarquizada. No topo estava o Inca (filho do Sol),
que era o imperador; depois a alta aristocracia, à qual pertenciam os sacerdotes,
burocratas e os curacas (cobradores de impostos, chefes locais, juízes e comandantes
militares); camadas médias, artesãos e demais militares; e finalmente camponeses e
escravos. Os camponeses eram recrutados para lutar no exército, realizar as tarefas da
colheita ou trabalhar na construção das cidades, segundo a vontade do Inca. A família
patriarcal era a base da sociedade, mas até os casamentos dependiam da autoridade
máxima. O sistema penal era rígido e o sistema político extremamente despótico.
O trabalho agrícola
A terra era propriedade do Inca (imperador) e repartida entre seus súditos. As terras
reservadas ao Inca e aos sacerdotes eram cultivadas pelos camponeses, que recebiam
também terras suficientes para subsistir. A agricultura era a base da economia inca; a
ela se dedicavam os habitantes plebeus das aldeias. Baseava-se no cultivo de um
cereal, o milho, e um tubérculo, a batata. As técnicas agrícolas eram rudimentares, já
que desconheciam o arado. Para semear utilizava um bastão pontiagudo. Os campos
eram irrigados por meio de um sistema formado por diques, canais e aquedutos.
Utilizava-se
como adubo o guano, esterco produzido pelas aves marinhas. Possuíam rebanhos
imensos de lhamas e vicunhas, que lhes forneciam lã.
Cultura e religião
O idioma quéchua serviu de instrumento unificador do império inca. Como não tinham
escrita, a cultura era transmitida oralmente. Com um conjunto de nós e barbantes
coloridos, chamados quipos, os incas desenvolveram um engenhoso sistema de
contabilidade. Na matemática, utilizavam o sistema numérico decimal. Os artesãos
eram peritos no trabalho com o ouro. Mesmo sem conhecer o torno, alcançaram um
bom domínio da cerâmica. Seus vasos tinham complicadas formas geométricas e de
animais, ou uma combinação de ambas. A religião inca era uma mistura de culto à
natureza (sol, terra, lua, mar e montanhas) e crenças mágicas. Os maiores templos
eram dedicados ao Sol (Inti). Realizavam sacrifícios tanto de animais como de
humanos.
INTRODUÇÃO
Quando Colombo chegou à América, em 1492, encontrou o continente habitado
há muito tempo por várias civilizações e povos. Os povos pré-colombianos
apresentavam diferentes estágios de desenvolvimento cultural e material, classificados
em: sociedades de coletores/caçadores e sociedades agrárias. Dentro desse segundo
grupo, três culturas merecem maior destaque: os maias e os astecas, no México e
América Central, e os incas na Cordilheira dos Andes, na América do Sul. Alcançaram
notáveis conhecimentos de astronomia e matemática, além de dominar técnicas
complexas de construção, metalurgia e cerâmica. Não conheciam a roda e o cavalo,
mas desenvolveram técnicas eficientes de agricultura. Enquanto o fim da cultura maia é
até hoje um mistério, sabemos que os povos astecas e incas decaíram perante à
conquista espanhola.
Os ritos
Só podiam subir aos templos os sacerdotes, que formavam a classe mais culta. Os
maias acreditavam descender de um totem e eram politeístas. A influência dos toltecas
introduziu certas práticas cerimoniais sangrentas, pouco antes da decadência dos
maias. Adoravam a natureza, em particular os animais, as plantas e as pedras.
Cuidavam de seus mortos, colocando-os em urnas de cerâmica.
A arte
A arte maia expressa-se, sobretudo, na arquitetura e na escultura. Suas monumentais
construções — como a torre de Palenque, o observatório astronômico de El Caracol ou
os palácios e pirâmides de Chichén Itzá, Palenque, Copán e Quiriguá — eram
adornadas com elegantes esculturas, estuques e relevos. Podemos contemplar sua
pintura nos grandes murais coloridos dos palácios. Utilizavam várias cores. As cenas
tinham motivos religiosos ou históricos. Destacam-se os afrescos de Bonampak e
Chichén Itzá. Também realizavam representações teatrais em que participavam
homens e mulheres com máscaras, representando animais.
-------- ASTECAS -----------
O Império Asteca
Os astecas pagavam tributos à tribo tepaneca de Atzcapotzalco. Em 1440, a
agressividade dessa tribo causou o surgimento de uma tríplice aliança entre as cidades
de Tenochtitlán, Texcoco e Tlacopán, que derrotou os tepanecas e iniciou sua
expansão territorial pela zona ocidental do vale do México. Sob o reinado de
Montezuma I, o Velho, os astecas tornaram-se um povo temido e vitorioso, ampliando
seus domínios em mais de 200 quilômetros. Axayácatl, o sucessor de Montezuma, em
1469, conquistou a cidade de Tlatetolco e o vale de Toluca.
O Império ampliou seus limites ao máximo sob o reinado de Ahuízotl, que impôs sua
soberania sobre Tehuantepec, Oaxaca e parte da Guatemala. Em 1519, sob o reinado
de Montezuma II, houve o primeiro encontro com os conquistadores espanhóis.
Os nobres
A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin (nobreza) era
formada pela família real, sacerdotes, chefes de grupos guerreiros — como os
Jaguares e as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam participar também alguns
plebeus (macehualtin) que tivessem realizado algum ato extraordinário. Tomar
chocolate quente era um privilégio da nobreza. O resto da população era constituída de
lavradores e artesãos. Havia, também,
escravos (tlacotin).
A religião
A religião asteca era politeísta, embora tivesse poucos deuses. Os principais eram
vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola. O deus mais venerado era Quetzalcóatl,
a serpente emplumada, criador do homem, protetor da vida e da fertilidade. Os
sacerdotes eram um poderoso grupo social, encarregado de orientar a educação dos
nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca incluía a
prática de sacrifícios. O derramamento de sangue e a oferenda do coração de animais
ou de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os deuses.
Formas de vida
A organização social inca era muito hierarquizada. No topo estava o Inca (filho do Sol),
que era o imperador; depois a alta aristocracia, à qual pertenciam os sacerdotes,
burocratas e os curacas (cobradores de impostos, chefes locais, juízes e comandantes
militares); camadas médias, artesãos e demais militares; e finalmente camponeses e
escravos. Os camponeses eram recrutados para lutar no exército, realizar as tarefas da
colheita ou trabalhar na construção das cidades, segundo a vontade do Inca. A família
patriarcal era a base da sociedade, mas até os casamentos dependiam da autoridade
máxima. O sistema penal era rígido e o sistema político extremamente despótico.
O trabalho agrícola
A terra era propriedade do Inca (imperador) e repartida entre seus súditos. As terras
reservadas ao Inca e aos sacerdotes eram cultivadas pelos camponeses, que recebiam
também terras suficientes para subsistir. A agricultura era a base da economia inca; a
ela se dedicavam os habitantes plebeus das aldeias. Baseava-se no cultivo de um
cereal, o milho, e um tubérculo, a batata. As técnicas agrícolas eram rudimentares, já
que desconheciam o arado. Para semear utilizava um bastão pontiagudo. Os campos
eram irrigados por meio de um sistema formado por diques, canais e aquedutos.
Utilizava-se
como adubo o guano, esterco produzido pelas aves marinhas. Possuíam rebanhos
imensos de lhamas e vicunhas, que lhes forneciam lã.
Cultura e religião
O idioma quéchua serviu de instrumento unificador do império inca. Como não tinham
escrita, a cultura era transmitida oralmente. Com um conjunto de nós e barbantes
coloridos, chamados quipos, os incas desenvolveram um engenhoso sistema de
contabilidade. Na matemática, utilizavam o sistema numérico decimal. Os artesãos
eram peritos no trabalho com o ouro. Mesmo sem conhecer o torno, alcançaram um
bom domínio da cerâmica. Seus vasos tinham complicadas formas geométricas e de
animais, ou uma combinação de ambas. A religião inca era uma mistura de culto à
natureza (sol, terra, lua, mar e montanhas) e crenças mágicas. Os maiores templos
eram dedicados ao Sol (Inti). Realizavam sacrifícios tanto de animais como de
humanos.