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ENGENHARIA DE RESERVATÓRIOS I

II a .-Propriedades físicas:
permeabilidade,
Permeabilidade

Mesmo que a rocha-reservatório tenha boa porosidade efetiva


e esteja saturada com hidrocarbonetos, não existe garantia de
que eles possam ser extraídos. É necessário que a rocha permita
o fluxo de fluidos através dela. A propriedade que caracteriza a
facilidade que um dado fluido tem para escoar num meio poroso
é chamada de permeabilidade.

No meio poroso os fluidos percorrem uma rede de canais, gargantas


e câmaras que compõem o volume poroso interconectado. Quanto
maior a conectividade e menor a tortuosidade das conexões da rede
de poros maior a permeabilidade (menor resistência ao escoamento).
Lei de Darcy
A equação do slide anterior também pode ser escrita como

k P1  P2
v
 L
onde
“v” representa a velocidade aparente ou superficial
“k” representa a permeabilidade absoluta do meio poroso
 é a viscosidade do fluido injetado

Note que a permeabilidade absoluta é uma propriedade


característica do meio poroso que independe do fluido.
Lei de Darcy (1856)

P1 P2

Q Q

k P1  P2
Q  At onde At é a área da seção
 L transversal ao fluxo
• Permeabilidade é uma medida da capacidade
de um meio poroso de se deixar atravessar
por fluidos; é a condutividade de fluidos do
meio poroso.

• A unidade de permeabilidade é o Darcy, em


homenagem ao engenheiro francês Henry
D’Arcy, que formulou a lei do deslocamento de
fluidos em meios porosos.
Lei de D’Arcy

Por definição, 1 Darcy é a permeabilidade de uma rocha na qual um


gradiente de pressão de 1 atm/cm promove a vazão de 1 cm3/s de um
fluido de viscosidade de 1 cP através de 1cm2 de área aberta ao fluxo.
Utiliza-se, mais comumente, o submúltiplo miliDarcy (mD).
Condições para a validade da
Lei de Darcy
• Regime permanente
• Escoamento laminar
• Temperatura constante
• Fluido newtoniano
• Meio homogêneo e isotrópico
Permeabilidade
A unidade da permeabilidade é darcy, definida como sendo a
permeabilidade de uma rocha que submetida a um gradiente de
1 atm/cm obtém uma vazão de 1 cm3/seg para um fluido com
viscosidade de 1 centipoise através de uma área de 1 cm2.Como
um darcy (D) é a uma unidade de medida muito grande, é comum
usarmos o milidarcy (mD) comum unidade de “k”.

Classificação dos reservatórios quanto a permeabilidade:


• baixíssima perm. 0.1 < k < 1 mD
• baixa perm. 1 < k < 10 mD
• média perm. 10 < k < 100 mD
• alta perm. 100 < k < 1000 mD
• excelente perm. k > 1 D
Dimensão da Permeabilidade

Qual a dimensão da unidade de permeabilidade em termos de


[M], [L] e [T] Pela lei de Darcy, temos que

v L
k
P1  P2
mas
[v]= [L][T]-1
[p] = [M] [L]-1 [T]-2
[] = pressão x tempo = [M] [L]-1 [T]-1

então [k] = [L]2, ou seja, k tem dimensões de área


Sistema de Unidades mais cômodo para a
utilização da Lei de Darcy
• [k] = Darcy
• [] = cP
• [L] = cm
• [P] = atm
• [t] = s
• [r] = g/cm3
PERMEABILIDADE
A medida de uma rocha permitir o fluxo de
fluidos é chamada de Permeabilidade (K).
PERMEABILIDADE ABSOLUTA EFETIVA E RELATIVA
 Não há garantia de que podemos extrair
hidrocarbonetos de uma rocha, por mais saturada
que ela esteja.
 A rocha deve permitir o fluxo dos HC através de
seus canais porosos.
 Quanto mais tortuosos, mais cheios de
estrangulamento mais difícil será para os fluidos
movimentarem-se no seu interior.
 Poros maiores e mais conectados facilitam o fluxo.
PERMEABILIDADE EFETIVA E RELATIVA
Permeabilidade Efetiva: é a permeabilidade de
UMA DAS FASES a uma dada saturação
daquela fase.
Depende, portanto, da saturação. Sempre
MENOR que a permeabilidade absoluta.
Permeabilidade Relativa: normalização das
permeabilidades.
Também depende da saturação.
Permeabilidade efetiva

Quando mais de uma fase está presente no


meio poroso, a facilidade que uma fase se
movimenta no interior da rocha é caracterizada
pela sua “permeabilidade efetiva”.

A permeabilidade efetiva de uma fase é função


da saturação da fase no meio poroso.
Permeabilidade efetiva
Considere o caso de fluxo simultâneo de óleo e água
(a fase gás não está presente). Uma curva típica é mostrada
abaixo:
Saturação irreducível de
400 mD ko água, Swc = 0.2

200 mD kw
Saturação residual de
óleo, Sor = 1 - 0.85 = 0.15
0
Sw
0.2 0.6 1.0
Efeito Klinkenberg
• Quando gás flui através dos poros de uma
amostra, a camada de fluido em contato com
a parede tem uma velocidade, diferentemente
dos líquidos. O fenômeno do
“escorregamento” do gás, que conduz a
valores de permeabilidade maiores que os
esperados para líquidos, é conhecido como
Efeito Klinkenberg.
Efeito Klinkenberg
• A intensidade do escorregamento dos gases é
proporcional ao livre percurso médio das suas
moléculas, sendo também dependente da
temperatura, pressão e tamanho molecular.

• É de se esperar que, a baixas pressões, o


efeito Klinkenberg seja mais pronunciado.
Efeito Klinkenberg
• À medida que a pressão média do gás
aumenta, este tende a ter um comportamento
semelhante ao de um líquido e a
permeabilidade calculada diminui até um
limite em que, para uma pressão média
hipoteticamente infinita, a permeabilidade se
confundiria com aquela esperada para
líquidos.
Efeito Klinkenberg

 b
kOBS  k L 1  
 P
Medição da permeabilidade
• Condicionamento das amostras em células de
confinamento, aplicando-se a pressão efetiva
de reservatório.
• Medição das dimensões da amostra, da vazão
e do diferencial de pressão aplicado quando o
fluxo estiver estabilizado.
• Cálculo da permeabilidade através da equação
de Darcy integrada para escoamento linear.
Determinação experimental da permeabilidade: porosímetro a gás
acoplado a câmara Hassler com fluxo contínuo e pressão atmosférica a
jusante.

P1
Patm

kA
L

P

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