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UC – MICROBIOLOGIA

PROF. LUISA BRITO

DIVERSIDADE - Taxonomia

Taxonomia é o nome que é dado à ciência que se ocupa da classificação, da


nomenclatura e da identificação dos organismos vivos.

Classificação - indexação dos seres vivos, em função das semelhanças que


apresentam ou do seu parentesco evolutivo, a grupos ou taxa (singular taxon).

Nomenclatura - consiste na atribuição de nomes a grupos (taxa) de acordo com


determinadas regras.

Identificação - resulta no reconhecimento de que um determinado isolamento pertence


a um taxon estabelecido.

Lineu (1707 - 1778), foi um dos primeiros investigadores a propor um sistema de classificação natural.
Em 1758, propôs a divisão dos animais conhecidos em, mamíferos, aves, anfíbios (incluíam os
répteis), peixes, insectos e vermes (que incluíam todos os outros invertebrados), subdividindo cada
grupo até à espécie. Propôs também regras para a nomenclatura dos seres vivos com o uso de
palavras latinas.
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Classificação

Segundo a classificação de Whittaker (1969) os organismos vivos dividiam-se em cinco


reinos com base no tipo de célula, nível de organização e nutrição: Plantas, Fungos,
Animais, Protistas (algas e protozoários) e Monera (bactérias).
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Carl Woese (1990) com base nas sequência nucleotídicas dos genes que codificam para os
rRNAs 16S e 18S (cronómetros moleculares) propôs outro tipo de classificação:
Três domínios Bacteria, Archaea e Eucarya que são a expressão em sistemática dos
super-reinos Eubactérias, Arquebactérias e Eucariontes.

Sistemática - o estudo que visa a caracterização e agrupamento dos organismos. A sistemática


compreende disciplinas tão diversas como a morfologia, a ecologia, a epidemiologia, a bioquímica, a
biologia molecular e a fisiologia.
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O sistema de classificação
biológica está baseado na chamada
hierarquia taxonómica, que
permite o ordenamento dos
organismos em categorias ou taxa:

Domínio, Filo, Classe, Ordem,


Família, Género e Espécie.
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Regras de Nomenclatura

 Na designação científica, os nomes devem ser latinos de origem ou, então,


latinizados.

 Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binominal, onde o
primeiro termo identifica o seu género e o segundo, a sua espécie.

 O nome relativo ao género deve ser um substantivo simples ou composto, escrito


com inicial maiúscula (Ex. Escherichia).

 O nome relativo à espécie deve ser um adjectivo escrito com inicial minúscula
(Ex. coli).

Por vezes refere-se ainda a sub-espécie (ex. Campylobacter fetus subsp. jejuni ).

 Em obras impressas, os nomes científicos devem ser escritos em itálico. Em


trabalhos manuscritos, esses nomes devem ser sublinhados.

Ex. Escherichia coli, Sacharomyces cerevisiae, Homo sapiens (obras impressas).


Ex. Escherichia coli, Sacharomyces cerevisiae, Homo sapiens (obras manuscritas).
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Nomenclatura binomial
Atribuição de nomes científicos às espécies.
Formado por duas palavras – o nome do género e o nome da espécie

Ex: Escherichia coli


O nome do género Escherichia homenageia o cientista Theodor Escherich.
O nome da espécie coli: lembra que habita o cólon humano ou intestino grosso.

Escherichia coli
Staphylococcus aureus

Ex. Staphylococcus aureus


Staphylo (tipo de agrupamento em cacho) + coccus (forma esférica das células)
aureus (cor de ouro – colónias amarelas).
Staphylococcus sp. (singular- uma dada espécie)
Staphylococcus spp. (plural - mais que uma espécie)
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Identificação - consiste na comparação dos organismos em estudo com aqueles


conhecidos, visando determinar a sua identidade ou nome. Portanto, trata-se de verificar
se um dado organismo pertence a um grupo taxonómico estabelecido.

A identificação fenotípica (caracteres observáveis) pode ser complicada por:


- Morosidade dos procedimentos
- Influências das condições ambientais
- Baixo poder discriminante
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Identificação genotípica - identificação através do genoma, ao contrário de métodos fenotípicos que


detectam os produtos codificados pelo genoma.
As sequências nucleotídicas dos ácidos nucleicos (DNA e RNA) não são influenciadas pelas condições de
cultura.
As análises baseadas nos ácidos nucleicos constituem a base dos métodos de identificação e possuem como
vantagens, reprodutibilidade, rapidez, fiabilidade e elevada capacidade discriminante.

Principais diferenças de um dos super-reinos em relação aos outros dois.

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