Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.

com

Status de
Cuidados de Saúde Bucal
em Crianças Hospitalizadas
Jo Young Blevins, DNP, RN, CPN

Abstrato
Objetivo:O objetivo do estudo foi determinar o nível de atenção à
saúde bucal prestada a crianças hospitalizadas em unidades de
cuidados agudos em um hospital infantil em um centro médico
acadêmico com uma faculdade de odontologia. Desenho do Estudo
e Métodos:O desenho da pesquisa foi descritivo. Os dados foram
coletados por meio de uma breve pesquisa escrita para os pais e
uma breve pesquisa on-line para os enfermeiros. Uma amostra de
conveniência de 49 enfermeiros pediátricos e 59 pais de crianças
hospitalizadas participaram. Resultados:Segundo os pais, 17% das
crianças hospitalizadas escovavam os dentes mais de uma vez ao
dia, mas 60% dessas mesmas crianças escovavam mais de uma vez
ao dia em casa. Segundo os enfermeiros entrevistados, suas
avaliações, intervenções, ensino em saúde e encaminhamentos
relacionados à higiene bucal são realizados com pouca frequência.
Mais de 40% dos enfermeiros responderam que não orientam os
pacientes sobre higiene bucal e 61,2% não realizam educação
nutricional em relação à saúde bucal. A maioria (65,3%) nunca
apresentou documentação relacionada a dentes quebrados ou
cáries, e 85,7% nunca aconselharam os pacientes a procurar um
dentista. Implicações clínicas:Os achados deste estudo indicam a
necessidade de melhoria da atenção à saúde bucal de crianças
hospitalizadas. Os enfermeiros pediátricos podem contribuir para a
identificação, cuidado e prevenção de problemas de saúde bucal em
crianças. Isso começa realizando e documentando avaliações orais,
garantindo que os pacientes escovem os dentes, incluindo a
promoção da saúde bucal na educação dos pais e filhos e fazendo
os encaminhamentos necessários para a saúde bucal.

Palavras-chave:Saúde bucal infantil; Crianças hospitalizadas; Saúde

bucal; Dentes.

março/abril de 2013 MCN 115

Copyright © 2013 Lippincott Williams & Wilkins. É proibida a reprodução não autorizada deste artigo.
P
aparentemente uma das maiores necessidades de
saúde não atendidas nos Estados Unidos é o cuidado
com a saúde bucal das crianças. O mau estado da
saúde bucal em nossas crianças foi amplamente
exposto com o lançamento do primeiro Relatório do Cirurgião
Geral sobre Saúde Oral (Departamento de Saúde e Serviços
Humanos dos EUA [USDHHS], 2000) e posteriormente foi
documentado por muitos na última década (Dye et al., 2007;
Instituto Nacional de Pesquisa Odontológica e Craniofacial
[NIDCR], 2009; PEW Center on the States, 2010; Szilagyi, 2009).
Objetivos de saúde bucal no atual Healthy People 2020
documento continuam a incluir a
diminuição do número de crianças
com cárie dentária e cárie não
tratada (USDHHS, 2010).
A má saúde bucal entre crianças
pequenas está aumentando, e 50% das
crianças experimentam pelo menos uma
cárie no jardim de infância (Children's Dental
Health Project [CDHP], 2011). A saúde oral,
uma preocupação nacional, é importante
para todas as crianças, independentemente
do seu estado de saúde, devido às muitas
consequências da cárie dentária. Essas
consequências podem incluir dor,
incapacidade de comer, problemas de fala,
desenvolvimento de infecções dentárias e de
tecidos moles, baixa autoestima e
interferência no sono e na capacidade de
concentração (The Einstein Series, 2011). Os
comportamentos e hábitos de saúde bucal
que as crianças praticam podem influenciar
sua saúde bucal além da infância. Saúde bucal pode ser
A extensão da saúde bucal precária
é uma preocupação identificada para
negligenciada em hospitalizados
todas as crianças, embora as doenças
bucais sejam amplamente evitáveis
crianças.
(NIDCR, 2009). A saúde bucal é parte
integrante da saúde geral e deve ser
criança está em casa ou no hospital. Quase 30 anos atrás, Luce e
Sande (1983) afirmaram a importância das enfermeiras incorporarem
a saúde bucal das crianças em ambientes ambulatoriais e de cuidados
intensivos em resposta à prevalência de saúde bucal precária. Esta
necessidade ainda permanece válida hoje.
É interessante notar que a maior parte da literatura de
enfermagem sobre saúde bucal tem origem fora dos Estados Unidos.
Neste país, os enfermeiros estão se tornando mais conscientes da
importância da saúde bucal, como evidenciado pelo aumento
acentuado da literatura de enfermagem em saúde bucal nos últimos
anos. Na literatura materno-infantil, a maior parte da literatura de
saúde bucal refere-se principalmente a populações ambulatoriais
(Clemmens & Kerr, 2008; DiMarco, Ludington, & Menke, 2010; Russell
& Mayberry, 2008; Yost & Li, 2008). Vale ressaltar que a maior parte da
literatura de enfermagem sobre saúde bucal parece ser originária de
fora dos Estados Unidos. Esta pesquisa bibliográfica incluiu as bases
de dados do PubMed, EbscoHost e The Cochrane Library. Ao revisar a
literatura, identificou-se uma lacuna significativa na assistência de
enfermagem relacionada à atenção geral à saúde bucal da criança
hospitalizada. Quão-
116 volume 38 | número 2
Copyright © 2013 Lippincott Williams & Wilkins. É proibida a reprodução não autorizada deste artigo.
já foram encontrados estudos específicos sobre protocolos de
cuidados bucais para crianças ventiladas mecanicamente para
reduzir a pneumonia associada à ventilação mecânica (Johnstone,
Spence, & Koziol-McClain, 2010; Pedreira et al., 2009; Turton,
2008) e para o manejo da mucosite oral em pediatria pacientes
oncológicos (Allen, Logan & Gue, 2010; Gibson et al, 2010; Harris
Eilers, Harriman, Cashavelly, & Maxwell, 2008).
Estudos sobre saúde bucal em crianças hospitalizadas são
limitados. Um estudo relatado por Dickinson et al. (2009)
incluiu cuidados de saúde bucal e atividades de promoção
oferecidos a crianças hospitalizadas em
um hospital pediátrico na Nova Zelândia.
Antes de implementar e avaliar um
programa de saúde bucal baseado em
evidências em toda a instituição, 64% dos
81 enfermeiros relataram realizar
avaliações orais, principalmente na
admissão ou a cada 6 a 12 horas. As
avaliações incluíram a inspeção de dentes
e gengivas para sangramento e
vermelhidão. Após a implementação do
programa, houve apenas um ligeiro
aumento na frequência de avaliações
orais de rotina; no entanto, as avaliações
em resposta às condições do paciente
dobraram de 19% para 41%.
Curiosamente, quase 72% dos
enfermeiros relataram fornecer algum
tipo de educação em saúde bucal, mesmo
antes do início do programa.
Em publicações relacionadas à odontologia,
Nicopoulos e colegas (2007) estudaram 120
crianças em uma enfermaria de um hospital
pediátrico e descobriram através de avaliações
odontológicas que mais de 40% tinham
necessidades de saúde bucal não atendidas. Os
autores afirmaram que a saúde geral e a
qualidade de vida de crianças clinicamente
comprometidas podem ser influenciadas por
necessidades de saúde bucal não atendidas. Além disso, identificaram
a necessidade de aumento dos serviços odontológicos hospitalares e
educação em saúde bucal para os prestadores de cuidados de saúde
hospitalares. Collins, Fair, Dickinson e Peacock (2009) relataram o início
de um projeto de saúde bucal na Nova Zelândia para crianças
carentes. O projeto colaborativo entre enfermeiros hospitalares e de
saúde pública seguiu uma iniciativa do Ministério da Saúde para
melhorar a saúde bucal das crianças do país. Em 2007, Giddens
estudou técnicas de avaliação física realizadas por enfermeiras
registradas (RNs). Os resultados da pesquisa mostraram que 76,5%
dos enfermeiros pediátricos (N=51) inspecionaram a cavidade oral
versus 55,6% (N=99) de enfermeiros que cuidam de pacientes adultos.
Desenho e Métodos de Estudo
A importância dos cuidados com a saúde bucal precisa ser traduzida
na prática clínica de enfermagem por meio de pesquisas e diretrizes
de boas práticas. O objetivo deste estudo foi determinar o nível de
cuidados de saúde bucal prestados a crianças hospitalizadas em um
hospital infantil. Pesquisa específica
março/abril de 2013
As questões incluíam: (1) Que tipo e frequência de atividades de
higiene bucal os enfermeiros pediátricos realizam enquanto cuidam de
crianças hospitalizadas? (2) Os enfermeiros se envolvem em cuidados
colaborativos com uma escola de odontologia afiliada e residentes de
odontologia? (3) Quais são as percepções dos cuidadores primários
sobre os cuidados bucais recebidos por seus filhos hospitalizados? (4)
Com que frequência os dentes das crianças hospitalizadas são
escovados e por quem? (5) Existe diferença na frequência de
escovação dos dentes em casa versus no hospital?
O estudo descritivo e não experimental foi pré-aprovado
pelo conselho de pesquisa em enfermagem do hospital e pelo
conselho de revisão da universidade para proteção de seres
humanos. Um pedido isento foi submetido e aprovado, pois
os dados não foram obtidos diretamente das crianças
hospitalizadas ou de seus registros de saúde.
Os dados para este estudo foram coletados por meio de
pesquisas de duas populações em um hospital infantil dentro
de um centro médico acadêmico com uma escola de
odontologia afiliada no sul dos Estados Unidos. A coleta de
dados ocorreu durante um período de 4 semanas de 16 de
março a 16 de abril de 2010. Uma amostra de conveniência de
RNs pediátricos trabalhando em período integral ou parcial
em duas unidades médico-cirúrgicas gerais adjacentes
compôs a primeira amostra (N=49). A segunda amostra de
conveniência foi composta por cuidadores primários de
crianças de 2 a 12 anos nas duas unidades, internadas há pelo
menos 24 horas (N=59). O cuidador primário foi definido
como o adulto com quem a criança mora, seja pai, avô ou
responsável legal. Não foram feitas exclusões com base nos
diagnósticos médicos das crianças. Os cuidadores primários
que não sabiam ler e compreender inglês foram excluídos do
estudo, devido à dificuldade de fornecer intérpretes.
As pesquisas, desenvolvidas pela pesquisadora, foram
revisadas por um psicometrista e especialistas locais na
área para estabelecer validade de face e conteúdo.
Mudanças foram feitas na construção e redação de ambas
as pesquisas com base no feedback dos revisores. Cada
pesquisa foi posteriormente testada em campo com
enfermeiros ou pais para clareza e tempo. Nenhuma
alteração adicional foi feita antes do uso real no estudo. A
Pesquisa de Saúde Bucal para Enfermeiros de página
única foi administrada eletronicamente e levou de 1 a 2
minutos para ser concluída. As perguntas incidiram sobre
o tipo e a frequência das atividades de saúde bucal
prestadas aos pacientes e a frequência de colaboração ou
consulta com dentistas ou residentes de odontologia. A
Pesquisa de Cuidados Bucais para Pais/Responsáveis
continha perguntas sobre a perspectiva dos cuidados com
a saúde bucal de seu filho.
Uma carta de apresentação por e-mail explicando o estudo foi
encaminhada a todos os enfermeiros que trabalhavam nas duas unidades
pediátricas por meio do gerente de atendimento ao paciente. A mensagem
incluía um link para uma pesquisa eletrônica. As enfermeiras foram
convidadas a acessar o questionário eletronicamente e foram informadas
de que a submissão da pesquisa constituía consentimento informado. Os
potenciais cuidadores primários que atendem aos critérios do estudo foram
identificados pelo gerente de assistência ao paciente ou líderes da equipe
de enfermagem, e todos foram
março/abril de 2013
Copyright © 2013 Lippincott Williams & Wilkins. É proibida a reprodução não autorizada deste artigo.
abordados durante as rodadas de enfermagem. Esses cuidadores
foram então convidados a participar do estudo. Os dados de ambos os
conjuntos de pesquisas foram analisados por meio de estatística
descritiva no SPSS versão 16.0.
Resultados
Quarenta e nove de 70 inquéritos possíveis foram preenchidos pelos
enfermeiros da unidade, para uma taxa de retorno de 70%. Um total
de 84 questionários foram entregues aos cuidadores, e 60 deles foram
devolvidos. Os dados foram coletados e analisados em 59 das 84
pesquisas, para uma taxa de retorno de 70,24% desta amostra. A taxa
de retorno para ambas as pesquisas foi possivelmente aumentada
pela brevidade dos questionários.
De acordo com as respostas da pesquisa fornecidas pelos
pais de 59 crianças hospitalizadas, essas crianças tinham
idades entre 2 e 12 anos, com média de idade de 6,46 anos. O
tempo de internação hospitalar variou de 1 a 90 dias, com
mediana de 3 dias. Trinta e oito (64,4%) das crianças foram
atendidas em uma unidade médico-cirúrgica pediátrica, que
também serve como principal local para pacientes
oncológicos pediátricos neste hospital. Os 21 restantes
(35,6%) foram atendidos em uma unidade pediátrica médico-
cirúrgica padrão. O tempo médio de permanência na primeira
unidade (oncologia) foi de 7,74 contra 3,77 dias na segunda
unidade.
Os enfermeiros participantes foram questionados com que
frequência e para quantos de seus pacientes eles realizavam
avaliações orais. As respostas variaram de zero a todos os
seus pacientes. A resposta mais comum foi que eles
realizaram avaliações orais em dois de cada 10 pacientes
(20%) que eles internaram. Após a admissão, os enfermeiros
relataram realizar avaliações orais ocasionais (43%), seguidas
de queixas (35%), raramente (12%) e diariamente (10%).
Os enfermeiros também foram questionados sobre quais
áreas inspecionam durante uma avaliação oral. A resposta
mais comum foi lábios (93,9%), seguido de mucosas (87,8%),
língua (87,3%), dentes (73,5%) e garganta (40,8%). Menos de
31% dos enfermeiros avaliam rotineiramente as amígdalas,
palato e gengiva. Apesar de alguns enfermeiros relatarem
oferecer educação em higiene bucal para alguns de seus
pacientes, 42,9% dos enfermeiros responderam que não
educam nenhum de seus pacientes sobre higiene bucal e
61,2% relataram que nunca educam seus pacientes sobre
nutrição em relação à saúde bucal.
Trinta (61,2%) dos enfermeiros entrevistados disseram que
garantem a disponibilidade de escova e creme dental na
admissão para todos os seus pacientes. Os enfermeiros também
foram questionados sobre suas práticas de documentação em
relação aos cuidados com a saúde bucal. Cerca de metade dos
enfermeiros (46,9%) relataram que sempre documentariam a
presença de uma infecção oral, mas 22,4% afirmaram que nunca
documentam isso. A maioria (65,3%) respondeu que nunca entra
em documentação relacionada a dentes quebrados ou cáries.
Uma escola de odontologia está localizada dentro do centro médico
acadêmico onde este estudo foi realizado; assim, dentistas e residentes de
odontologia estão prontamente disponíveis, incluindo provedores
pediátricos. Portanto, os enfermeiros também foram questionados sobre
suas práticas em relação à consulta ou encaminhamento para
MCN 117
Tabela 1.Respostas dos Pais/Responsáveis à As atividades que os cuidadores observaram durante a internação
estão descritas na Tabela 1.
Pesquisa de Saúde Bucal
Este estudo utilizou amostras de conveniência relativamente
Com que frequência os dentes do No Hospital Em casa pequenas em um hospital infantil. Todos os dados foram
seu filho são escovados? n(%) n(%) baseados em auto-relatos dos cuidadores familiares e
> 1 vez ao dia 10 (16,9) 35 (59,3) enfermeiros pediátricos, em vez de observações reais dos
cuidados prestados. Omissões de dados dos participantes e a
1 por dia 23 (39,0) 19 (32,2)
possível falta de clareza de algumas perguntas da pesquisa
Maioria dos dias 2 (3,4) 3 (5.1) também afetaram o uso total dos dados coletados. Esses fatores
limitam a generalização dos achados.
Alguns dias 6 (10,2) 1 (1,7)

De jeito nenhum 16 (27,1) 1 (1,7) Implicações Clínicas de Enfermagem

Não sabe 2 (3,4) 0 Os enfermeiros cuidam de um espectro de pacientes no hospital.
Embora alguns tenham condições médicas e tratamentos que
Quem se responsabiliza por ver coloquem sua saúde bucal em risco aumentado, os cuidados com
os dentes da criança serem No Hospital Em casa a saúde bucal devem ser uma parte básica dos cuidados de
escovados?uma n(%) n(%) enfermagem enquanto as crianças estão hospitalizadas (Blevins,
Família 50 (84,7) 54 (93,1) 2011). Dickinson et ai. (2009) apontam que a enfermagem de
cuidados agudos tende a ser orientada para os problemas,
Criança 5 (8,5) 11 (19,0)
perdendo potenciais problemas ou uma visão holística da saúde
Enfermeira 2 (3,4) infantil. Os enfermeiros hospitalares estão numa posição
privilegiada para contribuir para a identificação, cuidados e
Auxiliar de enfermagem 1 (1,7)
prevenção de problemas de saúde oral em todos os seus clientes
Ninguém 6 (10,2) 2 (3,4) pediátricos. Os cuidados de saúde oral eficazes incluem avaliação,
Não sabe 3 (5.1) 0 higiene e educação. O padrão de atendimento para crianças
hospitalizadas deve incluir cuidados com a saúde bucal. Novos
Desde a admissão tem uma
sim Não enfermeiros e funcionários atuais podem se beneficiar de
enfermeira:
educação em tópicos como inspeção de dentes e gengivas,
Olhou na boca da criança 31 (52,5) 25 (42,4)
A colaboração com a odontologia pode ser um método eficaz para
Dentes ou gengivas da criança verificados 14 (23,7) 31 (52,5)
melhorar os cuidados com a saúde bucal de crianças hospitalizadas. Se
Perguntado se a criança vai ao um hospital tiver uma afiliação com uma faculdade de odontologia,
1 (1,7) 56 (96,6)
dentista residentes de odontologia ou dentistas da equipe, os enfermeiros
Criança recomendada ver devem aproveitar a oportunidade para colaborar e consultar os
1 (1,7) 56 (96,6) profissionais de odontologia sobre seus pacientes. Mesmo sem a
dentista
disponibilidade de odontologia interna, os enfermeiros podem
Múltiplas respostas para a responsabilidade de escovar eram possíveis; o
uma

mais comum era a família e a criança. encaminhar seus pacientes para consultar um dentista após a alta,
conforme garantido.
Até o momento, poucos estudos de pesquisa de enfermagem ou
Dentistas. Apenas quatro dos 49 enfermeiros entrevistados já diretrizes práticas foram publicados para apoiar os cuidados de saúde
solicitaram ou auxiliaram em uma consulta odontológica. Seis bucal para crianças hospitalizadas. Este estudo representa um
(12,2%) enfermeiros relataram experiências anteriores de primeiro passo na coleta de dados sobre as práticas de saúde bucal
interação ou comunicação com residentes de odontopediatria. A em ambientes de cuidados agudos pediátricos nos Estados Unidos, na
esmagadora maioria (85,7%) disse que nunca aconselha seus perspectiva de enfermeiros e pais. A pesquisa em enfermagem é
pacientes a procurar um dentista. necessária em todas as áreas relacionadas à saúde bucal
Os participantes cuidadores foram questionados sobre quais
itens de cuidados bucais seu filho recebeu na admissão ao
hospital. Vinte e cinco (42,4%) disseram que seu filho recebeu
Os enfermeiros devem
escova de dente, mas 31 (52,5%) disseram que seu filho não
recebeu nada para cuidados bucais. incluir avaliação
A Tabela 1 mostra uma comparação das respostas dos
cuidadores quanto à frequência de escovação dentária no dos dentes de uma criança e
hospital e em seus domicílios e quem se responsabilizou por essa
atividade. Apenas dois cuidadores relataram que eles ou seus gengiva quando um
avaliação oral é
filhos receberam algum ensino relacionado aos cuidados com a
boca ou os dentes, especificamente foram orientados a escovar
os dentes da criança. Nenhum dos cuidadores recebeu ensino de
saúde relacionado ao uso do fio dental, nutrição, uso de flúor ou
realizado.
prevenção de cáries. Outra saúde bucal

118 volume 38 | número 2 março/abril de 2013

Copyright © 2013 Lippincott Williams & Wilkins. É proibida a reprodução não autorizada deste artigo.

QUADRO 1. Recomendações para melhorar os cuidados de
saúde bucal para crianças hospitalizadas
• Certifique-se de que todas as crianças escovem os dentes duas vezes ao dia com uma
escova de cerdas macias e creme dental com flúor enquanto estiverem
hospitalizadas, conforme possível.
• Pergunte quando a criança foi ao dentista pela última vez. Encaminhar
crianças com problemas de saúde bucal e sem dentista familiar para
um dentista após a alta.
• Incluir uma avaliação oral com inspeção dos dentes e gengival
pelo menos na admissão e em resposta às preocupações dos
pais/filhos. Observe cárie evidente, dentes quebrados ou
ausentes, gengiva vermelha e inchada, odor fétido, secura do
tecido oral e sinais de irritação, trauma ou infecção.
• Levante o lábio superior para permitir uma verificação superficial dos dentes e da
gengiva para crianças pequenas ou não cooperativas.
• Incluir a promoção da saúde oral na educação dos pais/filhos,
especialmente para aquelas crianças com má higiene oral ou que
não têm dentista familiar.
• Documentar os resultados da avaliação, cuidados com a boca e ensino
de saúde bucal fornecidos.
• Incorporar diagnósticos de enfermagem de saúde bucal nos planos de cuidados de
enfermagem (escritos/eletrônicos), conforme apropriado.
cuidados, incluindo avaliação do conhecimento do enfermeiro sobre
saúde bucal, validação de ferramentas de triagem para saúde bucal/
odontológica de crianças, implementação de programas eficazes de
saúde bucal, abordagens alternativas para fornecer educação
preventiva e o estado atual da colaboração da enfermagem
odontológica. A pesquisa sobre esses tópicos pode ajudar os
enfermeiros pediátricos a fornecer as melhores práticas desejadas
para os cuidados de saúde bucal em crianças hospitalizadas. -
Jo Young Blevins é professora de enfermagem no Somerset
Community College, Somerset, KY. Ela pode ser contatada
pelo e-mail jo.blevins@kctcs.edu
Não há conflito de interesse, financeiro ou não,
relacionado ao conteúdo deste manuscrito.
DOI:10.1097/NMC.0b013e318269daac
Referências
Allen, G., Logan, R., & Gue, S. (2010). Manifestações orais do câncer
tratamento em crianças: uma revisão da literatura.Revista Clínica de
Enfermagem Oncológica, 14, 481-490. doi:10.1188/10.CJON.481-490 Blevins,
JY (2011). Cuidados com a saúde bucal de crianças hospitalizadas.Pediátrico
Enfermagem, 37(5), 229-235.
Projeto Saúde Bucal Infantil. (2011).Visão e missão do CDHP.
Recuperado de http://www.cdhp.org
Clemmens, DA, & Kerr, AR (2008). Melhorar a saúde bucal em mulheres:
Chamada à ação dos enfermeiros.MCN, The American Journal of Maternal
Child Nursing, 33, 10-14. doi:10.1097/01.NMC.0000305650.56000.e8 Collins,
E., Fair, N., Dickinson, A., & Peacock, K. (2009). Colaboração
entre serviços primários e secundários/terciários em saúde bucal. Atenção
Primária à Saúde, 19(1), 35-39.
Dickinson, A., Peacock, K., Fair, N., Thomas, M., Nicol, R., Mikkelsen, J.,
…, Johnstone, L. (2009). A implementação e avaliação de uma diretriz de
boas práticas de saúde bucal em um hospital pediátrico. International
Journal of Evidence-Based Healthcare, 7, 34-42. doi:10.1111/
j.1744-1609.2008.00120.x
março/abril de 2013
Copyright © 2013 Lippincott Williams & Wilkins. É proibida a reprodução não autorizada deste artigo.
DiMarco, MA, Ludington, SM, & Menke, EM (2010). Acesso a e
utilização de cuidados de saúde bucal por crianças/famílias em situação
de rua.Journal of Health Care for the Poor and Underserved, 21(2
Supl), 67-81. Dye, BA, Tan, S., Smith, V., Lewis, BG, Barker, KL, Thornton-
Evans, G., ..., Li, CH (2007). Tendências no estado de saúde bucal:
Estados Unidos, 1988-1994 e 1999-2004. Centro Nacional de Estatísticas
de Saúde.Estatísticas de Saúde Vital, 11(248), 1-92. Recuperado de
http://www.cdc.gov
Gibson, F., Auld, EM, Bryan, G., Coulson, S., Craig, JV, & Glenny, A.
M., (2010). Uma revisão sistemática de instrumentos de avaliação oral: o
que podemos recomendar aos profissionais no cuidado do câncer
infantil e juvenil?Enfermagem do Câncer, 33, E1-E19.doi:10.1097/
ncc.0b013e3181cb40c0
Giddens, JF (2007). Um levantamento de técnicas de avaliação física por
formado por RNs: Lições para o ensino de enfermagem.The Journal of
Nursing Education, 46(2), 83-87.
Harris, DJ, Eilers, J., Harriman, A., Cashavelly, BJ & Maxwell, C.
(2008). Colocando evidências em prática: Intervenções baseadas em
evidências para o manejo da mucosite oral.Revista Clínica de
Enfermagem Oncológica, 12, 141-152. doi:10.1188/08.CJON.141-152
Johnstone, L., Spence, D., & Koziol-McClain, J. (2010). Higiene oral
Cuidados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica: Recomendações Práticas.
Enfermagem Pediátrica, 36(2), 85-96.
Luce, M., & Sande, D. (1983). Saúde bucal em crianças: prevenção de
cáries dentárias.Enfermeira, 8(3), 43, 47-49, 52, 80. National Institute of
Dental and Craniofacial Research. (2009).Dados e
estatísticas: cárie dentária. Recuperado de http://www.nidcr.nih.gov/
DataStatistics
Nicopoulos, M., Brennen, MT, Kent, ML, Brickhouse, TH, Rogers, M.
K., Fox, PC, & Lockhart, PB (2007). Necessidades de saúde bucal e barreiras ao
atendimento odontológico em crianças hospitalizadas.Cuidados Especiais em
Odontologia, 27, 206-211. doi:10.1111/j.1754-4505.2007.tb00348.x
Pedreira, ML, Kushara, DM, de Carvalho, WB, Núñez, SC &
Peterlini, MA (2009). Intervenções de higiene bucal e colonização
orofaríngea em crianças em ventilação mecânica.American Journal of
Critical Care, 18, 319-328. doi:10.4037/ajcc2009121 PEW Center on the
States. (2010).O custo do atraso: Odontologia do Estado
políticas falham uma em cada cinco crianças. Recuperado de http://www.pew
centeronthestates.org
Russell, SL, & Mayberry, LJ (2008). Gravidez e saúde bucal: A
revisão e recomendações para reduzir as lacunas na prática e na
pesquisa.MCNThe American Journal of Maternal Child Nursing,33,
32-37. doi:10.1097/01.NMC.0000305655.86495.39
Szilagyi, PG (2009). Saúde bucal em crianças: uma prioridade de saúde pediátrica.
Pediatria Acadêmica, 9(5), 372-373.
A Série Einstein: Uma conversa com Burton L. Edelstein, DDS,
MPH. (2011, abril).Dentro da odontologia.Retirado de http://www.
cdhp.org/news/
einstein_series_conversation_burton_l_edelstein_dds_mph
Turton, P. (2008). Pneumonia associada à ventilação mecânica em UTI pediátrica
cuidados de saúde: uma revisão de literatura.Enfermagem em Cuidados Intensivos, 13,
241-248. doi: 10.1111/j.1478-5153.2008.00290.x
Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA. (2000).Saúde bucal
na América: Um relatório do Surgeon General. Rockville, MD:
Departamento de Saúde e Serviços Humanos. Instituto Nacional de
Pesquisa Dentária e Craniofacial, Instituto Nacional de Saúde.
Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA. (2010).Pessoas saudáveis
2020. Recuperado de http://www.healthypeople.gov
Yost, J., & Li, Y. (2008). Promovendo a saúde bucal desde o nascimento até a infância
hood: Prevenção da cárie na primeira infância.MCN The American
Journal of Maternal Child Nursing, 33, 17-23. doi:10.1097/01.
NMC.0000305652.01743.8d
Academia Americana de Odontopediatria
ON-LINE
http://www.aapd.org
Instituto Nacional de Pesquisa Odontológica e
Craniofacial: Condições Bucais em Crianças com
Necessidades Especiais: Um Guia para
Profissionais de Saúde
http://www.nidcr.nih.gov/OralHealth/
OralHealthInformation/ChildrensOralHealth/
OralConditionsChildren SpecialNeeds.htm
Centro Nacional de Recursos de Saúde Oral
Materno-Infantil
http://www.mchoralhealth.org
MCN 119