Clonagem Terapêutica

A Medicina regenerativa estuda métodos de reconstrução e transplante de células e

tecidos livres da imuno rejeição, logo, surge a clonagem terapêutica através do procedimento
de transferência nuclear para obtenção de células tronco pluripotentes. “A clonagem
terapêutica é a transferência de material nuclear isolado de uma célula somática para um
ovócito enucleado com o objetivo de derivar linhagens de células embrionárias com o mesmo
genoma do doador nuclear”. (Kfoury, 2007). Nesse sentido, a clonagem funciona a partir do
procedimento de retirada do núcleo de um ovócito e inserção do núcleo de uma célula
somática, posteriormente, o ovócito começara a dividir-se no processo de mitose, até chegar
na fase do blastocisto, dentro dele encontra-se o embrioblasto, parte do blastocisto que possui
as células tronco embrionárias. Então, as células tronco são separadas por meio de uma
microcirurgia e transferidas para uma placa de cultivo para que lá essas células prossigam
dividindo-se e formando mais células pluripotentes, que são células capazes de gerar qualquer
tecido do nosso corpo.

Posteriormente, são adicionados marcadores de tipo específico e hormônios celulares

de crescimento para que as células tronco formem tecidos específicos do corpo. Dessa
maneira, as células que serão produzidas apresentarão material genético 100% compatível
com o doador, impedindo qualquer tipo de rejeição no momento de transplante e
reconstrução. Diante de tal perspectiva, pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer
Center, em Nova York, fizeram um procedimento em camundongos com Parkinson, onde foi
efetuada a transferência nuclear de uma célula somática e coletaram as células tronco
produzidas, especificaram em células neurais com material genético idêntico ao camundongo
doador, o resultado foi muito promissor, “Testes comportamentais feitos antes do transplante
e até oito semanas depois mostraram que os camundongos recuperaram mais de 70% de sua
função motora (Sênior, 2003). Portanto, a clonagem terapêutica possui um grande potencial
para a medicina podendo contribuir para o tratamento de doenças como a doença de
Parkinson, distrofia muscular de Duchenne e diabetes mellitos.

http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252004000300014&script=sci_arttext&tlng=pt

www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2323472/

https://www.pnas.org/content/100/suppl_1/11924.full#ref-9

www.thelancet.com/journals/laneur/article/PIIS1474-4422(03)00572-6/fulltext

https://bdm.unb.br/bitstream/10483/8768/1/2014_RafaellidaSilvaAntes.pdf