Unidade Curricular: Da Produção Científica à Comunicação Científica
Professor: Sílvia Ferreira Ano Académico 2022/2023 1o semestre
Artigo de Divulgação Científica
Células estaminais: novos dados para futuras abordagens na medicina regenerativa
Estudante: Beatriz Benzinho
Setúbal, 17 de janeiro de 2023
Escolhi este tema porque está relacionado com a extração das células estaminais a partir do cordão umbilical, à nascença e com os todos os seus benefícios que já são conhecidos com a preservação das mesmas, nomeadamente quanto à reconstituição de tecidos. Neste sentido, considerei o tema particularmente interessante, uma vez que foram descobertos novos dados que possibilitam novos usos na medicina regenerativa, o que aumenta a esperança e atuação relativamente aos possíveis tratamentos nesta área.
Este artigo de divulgação científica tem como público-alvo, um coletivo
generalista. Geralmente este público tem alguma cultura, ou seja, um certo nível de informação sobre os assuntos, mas não assume uma especialidade em particular, tem apenas interesse na área das ciências.
Células estaminais: novos dados para futuras abordagens na medicina
regenerativa A medicina regenerativa é uma área resultante da medicina, que se propõe a substituir os tecidos ou órgãos que foram danificados por uma doença, trauma ou até por problemas congênitos, em comparação com a estratégia médica atual que se concentra principalmente no tratamento dos sintomas (fonte: FISIOGlobal) Este estudo fornece novos dados importantes relativamente ao processo de divisão em células estaminais e também para o desenvolvimento de formas mais seguras de usar essas células na medicina. Novas perspetivas da divisão celular arriscam-se a ter um grande impacto nas terapias que estão a ser desenvolvidas na área da medicina regenerativa, porém, podem ainda provocar possíveis anomalias. Estes foram os resultados apurados com base no estudo publicado na revista Open Biology no dia 21 Outubro de 2020 desenvolvido por investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência e pela Universidade de Oxford, sendo publicado posteriormente no dia 28 do mesmo mês. As células estaminais, também designadas de As células estaminais são células mães células “mãe”, são células de enorme versatilidade que originam todas as células do e têm duas caraterísticas diferenciadoras de todas a organismo humano. Deste modo, são outras: capacidade de autorrenovação classificadas como uma das indefinidamente e capacidade de se diferenciarem ferramentas mais importantes e em múltiplas linhagens celulares (fonte: bebé vida). promitentes na medicina regenerativa. Tendo em conta todas as descobertas ficámos a saber que as células estaminais podem ser recolhidas à nascença, através dos fluidos existentes no cordão umbilical, ou seja, se preservarmos essas células futuramente podemos dar-lhe uso, temos como exemplo, o tratamento de perda de tecidos que geralmente é provocado por doenças ou acidentes. Como referido no comunicado de imprensa da Gulbekian Ciência em laboratório conseguimos que ocorra a criação de novas células estaminais idênticas às que foram preservadas inicialmente, através da reprogramação da expressão dos seus genes. A equipa de investigadores liderada por Raquel Oliveira e Lars Jansen descobriu que o centrómero, parte que une os dois braços do cromossoma, ou seja os cromatídeos , é o elemento necessário e fundamental, para que as células estaminais se passam duplicar. Tendo em atenção que é um elemento muito essencial, visto que é o local que assegura que o material génico seja duplicado e condensado em cromossomas. Os cromossomas são Em seguida, após todo o processo acabar por ocorrer a estruturas que se encontram distribuição que é feita de igual forma pelas duas no núcleo das células que células-filhas, células provenientes da duplicação. No transportam fragmentos de entanto, o conhecimento acerca dos mecânicos que ADN (Fonte: Medline Plus). comandam a divisão das células A divisão celular é o estaminais não é extenso, em consequência disso as investigadoras processo responsável pela
lideres do estudo já referidas anteriormente desenvolveram uma reprodução das células e
faz parte do ciclo celular pesquisa centralizada nos centrómeros e nos complexos proteicos fonte: biologia net). que estão a eles agregados. Este foco nos centrómeros teve como principal objetivo identificar e compreender o funcionamento dos mecanismos. Além do que, permitia precisão na definição do tamanho e composição dos centrómeros nas células estaminais. Por outro lado, mostrou que os cromossomas das células estaminais, células capazes de se autorregenerem, Imagem 1 - Processo de divisão celular na mitose, no lugar em que uma célula-mãe origina duas células-filhas com o mesmo número de cromossomas. Fonte: Biologia Net têm centrómeros mais fracos em relação às células As células diferenciadas são caraterizadas diferenciadas, ou seja, células que não podem ser pela especialização na realização de uma transformadas em outro tipo de célula de linhagem distinta. função em particular e ainda de não poderem ser transformadas noutro tipo de célula de linhagem distinta. Este acontecimento resulta da obtenção da própria identidade, enquanto células estaminais, o que as torna em estruturas mais fracas. Lars Jansen acrescenta que a “fraqueza” do centrómero, ou seja do seu foco, que se proclama uma estrutura tão importante para a correta distribuição dos cromossomas Imagem 2 - Segregação de cromossomas numa célula na divisão celular, pode conseguir explicar as estaminal induzida. Centrómeros a verde e ADN a magenta fonte: Biologia Net anomalias cometidas na divisão. Como forma de ultrapassar esta limitação, Raquel Oliveira afirma que é necessário perceber a razão da ocorrência destes erros. Todo este progresso, no âmbito da compreensão da ocorrência das anomalias, vai ajudar a medicina regenerativa, porque o seu objetivo é “[...] regenerar tecidos e órgãos danificados no corpo, estimulando os órgãos anteriormente irreparáveis”, como declara o National Health Institute. As novas descobertas no âmbito das células estaminais têm e podem vir a trazer novas esperanças a esta área, uma vez que vão poder ampliar o poder de cura do corpo humano em anomalias anteriormente consideradas impossíveis de tratar. Referências bibliográficas (s.d.). Obtido de FISIOGlobal - Saúde Integral: https://fisioglobal.pt/areas-clinicas/fisiatria-intervencao/medicina-regenerativa/ Células estaminais: novos dados para futuras abordagens na medicina regenerativa. (s.d.). Obtido de Gulbenkian Ciência: https://gulbenkian.pt/ciencia/pt-pt/noticias/celulas-estaminais-novos-dados-para- futuras-abordagens-na-medicina-regenerativa/ Cromosomas. (s.d.). Obtido de Medline Plus - Información de la salud para usted: https://medlineplus.gov/spanish/ency/article/002327.htm eCyle, Equipa. (s.d.). Medicina regenerativa: o que é e perspectivas. Obtido de https://www.ecycle.com.br/medicina-regenerativa/ O que são Células Estaminais? (s.d.). Obtido de Bebé vida: https://bebevida.com/celulas-estaminais/o-que-sao/? gclid=EAIaIQobChMIiIv8q7Kg7gIVmuvtCh105w8_EAAYAyAAEgIwOPD_B wE Santos, H. S. (s.d.). DIVISÃO CELULAR. Obtido de Biologia net: https://www.biologianet.com/biologia-celular/divisao-celular.htm
Brainly. (s.d). Qual a diferença entre uma célula diferenciada e uma célula indiferenciada?. Disponível em https://brainly.com.br/tarefa/5434728