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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

JAIR BERGAMO JÚNIOR– RA: 8072098

A CONSTRUÇÃO DO FATO CIENTÍFICO: REPRESENTAÇÃO SOBRE CÉLULAS-

TRONCO.

Análise e respostas referente ao texto.

Batatais

2019
1- Escolha 5 tópicos que você considerou mais importante se explique cada um
deles. Lembre-se: os tópicos de devem ser numerados separadamente com
as respectivas explicações em seguida.

a) Novas formas de vida “engenheiradas”:

De acordo com Franklin (2005), a abordagem de célula-tronco, reconfigura


compreensões, tradicionais de economia, governo e biologia como forma de vida
emergente e distintiva.

Nesta etapa inicial da pesquisa com célula-tronco, predomina-se um linguajar


dominante de capacidade celular, associando à extração de funções e efeitos
específicos.

Segundo declaração de uma professora adjunta, deixa explícito que as células-


tronco são representadas como instrumentos mecânicos. Hogle acaba
representando a vida brotando de engenharia embasada em biologia, criam várias
outras possibilidades, como intervenções na vida, na saúde e no trabalho.
Analisando o trabalho de campo, observou-se o uso de células extraídas da medula
óssea usados na aplicação que envolvem problemas não hematológicos, quebrando
o paradigma de que o transplante da medula óssea, seria para causa
hematológicas. A classificação das células de acordo com a biomedicina é de
acordo ao seu potencial de diferenciações.

b) Gênese do fato científico: proto-idéias, fatos e artefatos.

De acordo com as entrevistas feitas, conclui-se, que há uma certa fluidez no que
se refere a célula-tronco e nas áreas de terapia com células-tronco, juntamente com
a bioengenharia tecidual.

Muitas vezes os conhecimentos médicos, acabam formando alguns pontos de


vista dominante, mas que não passam de meras concepções específicas e
temporais, transformando-se em novas orientações. Com isso, os entrevistados que
estão direcionados à terapias celulares, bioengenharia ou pesquisas referentes a
célula-tronco, algumas áreas comuns se superpõem e não se coincidem totalmente.
É importante dizer, que o estudo de regeneração em animais inferiores, já era
existente, quando surgiu o conceito de célula-tronco.

Quando existe uma controvérsia, a cada nova constatação, o estatuto de


descoberta, será modificado. Todos os argumentos coletados, serão tratados e
testados em trabalhos de laboratório e em literatura técnica arregimentando aliados
para a tese defendida de acordo com a citação de outros artigos científicos.

c) A célula-tronco existe? Definição da célula.

Existem ainda, muitos tabus para que se possa padronizar os diferentes tipos de
célula-tronco. Segundo uma professora adjunta, as células-tronco se encontram no
organismo para regeneração e reparação com o envelhecimento, elas podem ser
coletadas para possíveis tratamentos com uma certa gravidade avançada.

Outra característica da célula-tronco, seria sua divisão assimétrica em outra


célula-tronco que são idênticas entre si, juntamente com uma célula-filha
diferenciada. Segundo Franklin (2005) as células-tronco são multiplicadores
multitalentosos, pois segundo ele, existe à excepcionalidade de se reproduzir de
forma idêntica tendo ainda uma capacidade de diferenciação, garantindo assim uma
reprodução infinita de uma célula idêntica à célula-mãe, juntamente garantindo a
diferenciação das células por si geradas.

De acordo com a professora adjunta o termo “terapia celular” se enquadra melhor


do que célula-tronco, por considerar que não existe somente a célula-tronco para
terapia, mas sim inúmeras outras células da medula óssea, e que essas células são
utilizadas em diferentes estágios de diferenciação e não somente a célula-tronco.
Segundo ela, a terapia celular relaciona-se e envolve outras células e não
exclusivamente a célula-tronco.

d) A identidade da célula.

Quando se vai fazer uma pesquisa básica sobre célula-tronco, se torna


necessário, a busca da identidade da célula e sua caracterização fenotípica. Uma
doutoranda desenvolve sua pesquisa, através das características de células-tronco
de tecido de gordura (adipócitos) fazendo diferenciação de células mesenquimais de
sustentação.

Através de testes em laboratório, observou-se, que as células sanguíneas


(hematopoiética) são redondas e não se aderem ao plástico (plástico de cultura, de
garrafa). As células que fazem parte do estroma do tecido, seria a célula
mesenquimal (que tem como objetivo na medula a sustentação das células
hematopoiéticas), tendo como característica de aderir ao plástico.

De acordo com estes dados, cada célula possui uma identidade única quando
refere-se a proteínas que estão na superfície, ou seja, na membrana. Para que se
possa fazer a identificação das proteínas é necessário fazer reação com laboratórios
utilizando anticorpos chamados CDs ( marcadores de proteínas).

Segundo Latour e Woolgar (1997), o trabalho de laboratório, mais


especificadamente do instrumento técnico é importante para que possa haver a
construção do fato científico.

Anticorpos que são marcadores contra proteínas de superfície de células


específicas (CD) são produzidas e comercializadas em laboratórios.

Descobriu-se ainda, que a difusão dos soros anti-CD padronizados, ajudam para
a padronização de laboratórios e redefinir o campo de estudo dos leucócitos. Já o
CD34 é o que vai identificar a célula-tronco hematopoiética.

e) Construção do fato nas células-tronco: os critérios e a controvérsia sobre sua


ação.

Latour e Woolgar (1997) falam sobre práticas de interpretação no laboratório,


construindo um mesmo objeto ora como fato, ora como artefato. Um professor
adjunto afirma, que existe diferença de células embrionárias para progenitor neural,
ainda é genérica.

Por outro lado, existem pesquisadores que criticam esse tipo de interpretação,
considerando que a evidência apenas de marcadores torna-se insuficiente para
demonstrar as diferentes células.
Um doutorando defende a ideia de que, a observação dos marcadores seria
pouco para identificar o fenômeno da transdiferenciação, pois, trata-se de um
arterfato. Segundo ele, a função prevalece sobre o fenótipo, porque não basta a
célula se diferenciar e não exercer papel.

Existe um segundo doutorando, que fala sobre o contexto do sistema nervoso,


tendo como sua primeira hipótese de ação das células-tronco, a diferenciação em
células desse sistema. Em uma segunda hipótese, a ação terapêutica das células-
tronco ocorrem porque estas secretam substâncias que melhoram o ambiente
célular, que estão morrendo ou parando de funcionar. Na terceira hipótese seria a
ação das células-tronco que se daria por meio da fusão, com células do tecido
lesionado. Comenta ainda em forma de exemplo, que a célula exibiria marcadores
característicos de neurônios, propondo ainda a aplicação de testes funcionais,
avaliando se a célula possui atividades elétricas como os neurônios, destacando o
uso de conceitos de impressão digital das células. Defende ainda a hipótese da
secreção de fatores, questionando, citando revistas de elevado conceito, indicando
que a expressão de proteínas, indicaria a diferenciação de células, sendo assim
artefato e não um fato.

A professora adjunta, ressalta que não houve provas que comprovem a teoria,
descorrendo que acerca da hipótese da transdiferenciação, questionando a
diferença entre apresentar marcadores ou funcionar como célula-tronco. Para ela,
não basta expressar proteínas, é necessário o comportamento de um neurônio.

Ao se constatar um mecanismo, dependerá do modelo experimental usado, ou


seja, o experimento que faz o fato e sua teoria explicativa.

2- Comente a conclusão da autora do artigo.

Quando se fala em pesquisas de célula-tronco existe a expectativa de se


encontrar a cura de várias doenças “engenheirar” peças biológicas humanas.

Como se trata de um estudo cientificamente novo, a ação dessas células, ainda


não foi elucidada. Existem ainda divergência entre algumas teorias se dividindo em
torno dos mecanismos de ação terapêutica das células.
As teorias de diferenciação quando se aplica em uma célula, ela transforma-se
por indução no meio da célula do tecido lesado, efetuando assim sua substituição e
reparação, sendo que alguns pesquisadores acabam hierarquizando-se entre forma
e função, considerando que o aspecto funcional deve prevalecer sobre o
morfológico.

Segundo Hogle (2003,) uma célula pode converter-se para uso em parte corporal
em algum local que dificilmente seriam encontradas, assumindo assim, funções de
outra célula, levantando desse modo novas possibilidades de design.

As células-tronco hematopoiéticas, possuem o designo segundo teste reagente.


Um dos discursos envolvendo célula-tronco como um fato científico, articulando-se
assim as dimensões ligadas à natureza e a cultura.

Esses estudos científicos envolvendo célula-tronco promete várias novidades


primeiramente atribuídas de potencialidade, enfatizando no emprego dessas células
para muito além das terapias hematológicas que são estabelecidas, fazendo
intervenção clínica em outros tecidos e na reconstrução na bioengenharia.

Quando se pensa em redesignar as células-tronco, tendo como propósito em


outras terapias, estas células representam-se como células do milagre, mágicas,
indicando assim a impossibilidade de divisão entre o natural e o cultural.

3- Defina células-tronco e onde são encontradas.

As células-troncos se divide e se transforma em outros tipos de células, possuem


capacidade de autorrenovação e de diferenciação em diversas categorias funcionais
de células. Quando se tem funções específicas, elas podem ser programadas para
desenvolver-se em tal função.

Existem três principais tipos de células-tronco:

- Células-tronco embrionárias: são pluripotentes, ou seja, se transformam em


qualquer tipo de célula adulta. Se encontram no interior do embrião (quando se
encontra no estágio conhecido como blastocisto – 4 a 5 dias após a fecundação).

Aproximadamente 216 tipos de células diferentes estão no corpo humano


podendo a células-tronco embrionárias transformar-se em todos os tipos.
- Células tronco adultas são encontradas principalmente na medula óssea e no
sangue do cordão umbilical. É importante salientar que em cada órgão do nosso
corpo tem uma quantidade de células-tronco, que tem como responsabilidade à
renovação das nossas células ao longo da vida, tendo a capacidade ainda de se
dividir e de gerar uma nova célula idêntica tendo o mesmo potencial entre elas,
como em outras diferentes. São menos versáteis que as células tronco
embrionárias, por isso são chamadas de multipotentes.

- Células tronco induzidas – as primeiras células induzidas humanas foram criadas


em 2007, a partir da pele sendo até hoje a principal fonte de células para
reprogramação, que se dá através da inserção de vírus contendo 4 genes, que se
inserem no DNA da célula adulta e reprogramam o código genético. Com isso as
células voltam ao estágio de célula-tronco embrionária, possuindo caracteres de
autorrenovação, tendo a capacidade de se diferenciarem em qualquer tipo de tecido.

4- Referência Bibliográfica.

Disponível em:

http://www.rntc.org.br/ceacutelulas-tronco.html

https://www.revistas.usp.br › article › download

https://www.todoestudo.com.br › biologia › celulas-tronco

redome.inca.gov.br › faqs › onde-podemos-encontrar-as-celulas-tronco

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