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UNIVERSIDADE TIRADENTES

UNIT ALAGOAS - PSICOLOGIA

ANELISE RIBEIRO MALTA

RESENHA DO FILME ESTRELAS ALÉM DO TEMPO

MACEIÓ
2022
ANELISE RIBEIRO MALTA

RESENHA DO FILME ESTRELAS ALÉM DO TEMPO

Trabalho apresentado como pré-requisito parcial


para aprovação na disciplina Metodologia Científica
do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes.

Professora Cristiane de Magalhaes Porto

MACEIÓ
2022
RESENHA DO FILME ESTRELAS ALÉM DO TEMPO

Estrelas Além do Tempo é um filme produzido nos Estados Unidos da América, em


2016 pela 20th Century Studios e disponível na plataforma streaming Disney Plus.
Classificado como drama e biografia, esse filme possui 127 minutos de rodagem. Dirigido por
Theodore Melfi, americano com 10 anos de carreira, dirigiu outros dois filmes: “Um ninho
para dois” e “Um santo vizinho”. Foi baseado no livro de Margot Lee Shetterly, uma escritora
afro-americana que cresceu em uma família de cientistas, engenheiros e físicos, muitos
trabalharam na NASA. Ela levou seis anos para redigir a obra, sendo lançada poucos meses
antes da estreia do filme. Margot junto com Allison Schoroeder foram os roteiristas do longa-
metragem.
A obra é baseada na história real de três mulheres negras, matemáticas, que
trabalharam na NASA, durante a década de 1960. O momento histórico situado no filme é
marcado pela segregação racial nos Estados Unidos, Guerra Fria, corrida espacial e disputa
desse país com a União Soviética.
Katherine Johnson (interpretada pela atriz Taraji P. Henson), viúva e mãe de três
filhas, começou a trabalhar no Grupo de Missão Espacial da NASA. Ela era a única pessoa
negra em seu setor, por isso ela sofreu com a desconfiança, desvalorização e preconceito pelo
seu tom de pele. O seu trabalho era dificultado, escondiam informações e era impedida de
assinar com seu nome os relatórios que realizava. Para ir ao banheiro ela precisava andar
quase um quilômetro pois era o único destinado a pessoas negras. Os colegas não aceitavam
usar a mesma cafeteira que ela, além da sua xícara ter a cor marrom, diferente de todas as
outras que eram brancas. Seu trabalho foi fundamental, pois realizou os cálculos dos
primeiros lançamentos tripulados para o espaço e garantiu a volta dos astronautas com
segurança.
Dorothy Vaughan (interpretada pela atriz Octavia Spencer) exercia a função de
supervisora de “computadores negras” (mulheres que realizavam cálculos), mas não recebia o
título de sua função, porque era mulher e negra. Seu trabalho consistia em para distribuir
mulheres competentes aos postos de trabalho. Ela conseguiu evitar que fossem dispensadas
com a chegada dos novos computadores IBM, mudando todo o seu setor para realizar a
programação dessas máquinas.
Mary Jackson (interpretada pela atriz Janelle Monáe) desejava trabalhar como
engenheira e teve seu pedido negado, porque mudaram os requisitos para que ela não fosse
aceita. Devido a esses impedimento ela precisaria concluir mais estudos para assumir esse
cargo, porem por ser negra não podia fazer o curso. Então, ela resolveu apelar para a justiça
com e conseguiu se tornar a primeira mulher negra a estudar na Universidade da Virgíniar,
como também a ser a primeira mulher negra engenheira da NASA, trabalhando na construção
da cápsula que lançou o homem ao espaço.
O título original do filme é “Hidden figures”, cuja tradução literal seria figuras
escondidas, o que realmente aconteceu com essas mulheres, ao serem ocultadas da história
americana. O preconceito por serem mulheres e o racismo por serem negras, apresentados nas
cenas, evidenciam como aquelas mulheres foram desvalorizadas e subestimadas, pois, ainda
que tenham demonstrado serem excelentes profissionais e fundamentais para as conquistas
espaciais, suas histórias só foram reveladas mais de cinquenta anos depois. Filmes como esse
são importantes e necessários para desmascarar a discriminação de gênero e raça, com o
reconhecimento das conquistas daquelas mulheres e da importância das mesmas na história da
humanidade.
Fica ainda a questão: quantas histórias como essas ainda não foram contadas?
REFERÊNCIA

ESTRELAS além do tempo. Direção de Theodore Melfi. Estados Unidos da América: 20th
Century Studios, 2016. (127 min.).

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