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23/02/2022

Análise de Investimentos
3.º Ano de Gestão

2020/2021 – 2.º Semestre

DOCENTE:
António B. Fernandes

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 1

Capítulo I - Enquadramento e conceitos relativos


aos projetos de investimento.
O conceito de Investimento nas suas Diferentes Perspetivas.

1– Investimento e Poupança.
2 – A decisão de Investir:
óptica do simples aforrador;
óptica empresarial;
óptica nacional e social.
3 - Diferentes perspetivas do Conceito de Investimento.
 o investimento na perspetiva financeira;
 o investimento na perspetiva económica;
 investimento na perspetiva dos agentes económicos
aforradores.
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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
O conceito de Investimento nas suas Diferentes Perspetivas.

4 – Os Projetos de Investimento no contexto empresarial.


o princípio económico;
a questão da racionalidade empresarial.
5 – Os projetos no contexto social.

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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Investimentos e Desinvestimentos
1 – POLÍTICAS GERAIS
a) – Crescimento ou expansão a empresa procura aumentar o
volume de negócios e em consequência os meios de produção. Implica
investimentos de natureza ofensiva permitindo conseguir a expansão pela
inovação, pelo aumento da capacidade de produção ou ainda pela
diversificação a montante ou a jusante e mesmo horizontalmente. Será
ainda crescimento o conseguido através de investimentos do tipo:
absorções, fusões, ...

b) - Racionalização ou modernização a empresa procura melhorar


a produtividade e por conseguinte reduzir os custos de produção através de
equipamentos modernos. É acompanhada por vezes de um crescimento das
vendas e dos ativos, pois que os novos equipamentos podem ter uma
capacidade de produção superior.
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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Investimentos e Desinvestimentos

c) – Reconversão ou reorientação esta política é a expressão geral


de uma iniciativa de desinvestimento parcial seguida de um investimento.
Trata-se de proceder a diversificação de atividades não influenciando
necessariamente a dimensão da empresa, pois que esta diversificação supõe
(ou é realizada em simultâneo com) o abandono de uma parte maior ou
menor das produções existentes. É de natureza ofensiva, tendo por objetivo
o acréscimo das vendas pela introdução de novos “mercados” (segmentos)
em substituição de artigos em declínio.

d) - A contracção ou desinvestimento “stritu senso” trata-se do


abandono de atividades não rentáveis ou incompatíveis com os grandes
eixos de produção da empresa. No extremo pode conduzir ao encerramento
ou liquidação total dos negócios. É uma política restritiva de natureza
defensiva.
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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Investimentos e Desinvestimentos
2 – CATEGORIAS DE INVESTIMENTOS
Existem diversas classificações que traduzem melhor ou pior a realidade, a
diversidade e os objetivos dos projetos.

a) - Investimentos Industriais – (Inovação, de capacidade, de


produtividade ou de racionalização, estratégicos, de pesquisa, ...) Visam a
compra de imobilizações corpóreas (edifícios, máquinas, utensílios) e / ou
incorpóreas com vista à obtenção de determinada produção ou prestação de
determinado serviço.

a.1) Investimentos de Inovação – consistem em lançar atividades


novas, são ofensivos e visam o acréscimo das vendas e das receitas. São
provocados pela necessidade de lançamento de um produto novo ou a
modificação de um produto existente.

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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Investimentos e Desinvestimentos
a.2) Investimentos de Capacidade ou expansão – procuram o
aumento das capacidades de produção instaladas para a fabricação dos produtos
existentes em maior quantidade. Permitem o acréscimo do volume de negócios.
Como exemplo temos: alargamento de uma fábrica, compra adicional de uma
máquina, ...
a.3) Investimentos de Produtividade ou Racionalização –
correspondem à ideia de modernização material e tecnológica, têm um papel
defensivo no sentido em que se propõem melhorar a eficiência dos equipamentos,
procurando sobretudo economias de custos e despesas. Comportam subcategorias
reagrupando investimentos de substituição ou de renovação.
a.4) Investimentos Estratégicos – englobam iniciativas que visam
assegurar a posição da empresa e / ou reduzir o risco. Exemplo:
 investimentos de integração vertical a montante visando assegurar o
aprovisionamento de matérias primas.;
 investimentos de integração vertical a jusante procurando assegurar o
escoamento dos produtos.
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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Investimentos e Desinvestimentos

a.5) Investimentos de Pesquisa – novas técnicas e novos métodos


tendo com vista o crescimento futuro. Face à evolução técnica têm vindo a
aumentar em importância apesar dos riscos associados.
a.6) Investimentos Diversos – relativos a prestígio, interesse geral,
interesse social ou investimentos que se tornam difíceis de medir ou estimar
com precisão a rentabilidade porque os seus efeitos são quase totalmente
indiretos.
b) – Investimentos Financeiros – (aquisição de títulos de capital ...)
c) – Investimentos Imobiliários – Aquisição de imóveis, instalações
industriais, etc.
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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Investimentos e Desinvestimentos
3 – CATEGORIAS DE DESINVESTIMENTOS
a) - Desinvestimentos em atividades físicas
 Reforma de Produtos – origina desinvestimentos num produto (bem
industrial ou de consumo), num artigo (versão específica do produto ou
modelo), numa linha ou gama de produtos. A reforma de produtos
significa que se põe fim a um investimento (ou vários) no sentido
produtivo e financeiro do termo.
 Desmantelamento ou Venda de Divisões – de uma maneira geral,
uma divisão é um conjunto de elementos investidos numa parte da
empresa constituindo, do duplo ponto de vista técnico e financeiro, um
conjunto autónomo capaz de funcionar pelos seus próprios meios e de
representar um centro de lucro.
 Desmantelamento e Venda de Equipamento – corresponde
frequentemente à substituição de equipamentos e materiais.
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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Investimentos e Desinvestimentos
b) - Desinvestimentos de funções
Uma empresa pode decidir não mais fabricar um produto contratando
(confiando) a outra empresa a sua fabricação. A comercialização do produto
é assegurada pela empresa anterior. Neste caso desaparecem a função de
fabricação e desinvestimento de elementos do ativo. Somente a função
vendas se mantém e o problema do desinvestimento é associado à decisão de
“faire ou faire faire”.
c) - Desinvestimentos em títulos
Esta operação diz respeito sobretudo às acções que a empresa possui como
contrapartida da sua participação no capital de sociedades filiais ou ligadas.
Numa óptica puramente financeira, a participação é analisada através do n.º
e valor dos títulos detidos.

Nota: Uma boa estratégia de investimento e / ou desinvestimento supõe


coerência entre a política geral e as categorias de projetos adoptados.
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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Programas de Investimento, Planos de Financiamento e Opção
de Desinvestimento
A escolha de investimentos obedece a duas considerações de ordem
estratégica:
1 – Existência de plano de financiamento;
2 – A consideração dos desinvestimentos, como instrumento de controlo à
posteriori e reafectação de recursos.

Em síntese: Na empresa, as decisões financeiras fundamentais –


desinvestimentos, investimentos e financiamentos – não podem deixar de
ser coerentes com as orientações de política geral ou com a estratégia. O
conteúdo e as implicações destas decisões prolongam-se por vários anos.
Nesta óptica os projetos devem ser realizados tendo presente os objetivos e
políticas gerais da empresa devendo:
 Obter enquadramento financeiro/orçamental;
 Contribuir para a maximização do valor da empresa;
AI-LG  Ser adaptado ao portfólio de produtos.
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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Classificação dos Investimentos

Independentes
A) Complementares
Dependentes
Mutuamente
Concorrentes
Exclusivos

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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Classificação dos Investimentos

Convencionais
Investimentos de
B) Inovação

Não Investimentos de
Convencionais Substituição
D)
Investimentos de
Expansão
Pequenos
Investimentos
C) Estratégicos

Grandes

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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Principais Elementos a Considerar num Projeto de Investimento

Estrutura orgânica a adotar

Problemas administrativos
Projeto de estatutos
Medidas legais a tomar
Pedido de autorização a satisfazer
Elementos
da Funções dos órgãos
Organização Canais de comunicação
Organigrama
Controlo
Eficiência Execução

Pessoal técnico
Programas de especialização
Pessoal administrativo

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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Principais Elementos a Considerar num Projeto de Investimento

Disposições estabelecidas para aquisição de materiais


Prazos de fornecimento
Elementos
Comerciais Indicação sobre métodos de comercialização
Problemas de transporte
Métodos de apresentação dos produtos

Desenvolvimento económico global


Elementos
Económicos Desenvolvimento económico do setor
Capital
Justificação do comprometimento de recursos raros Trabalho
especializado

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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Principais Elementos a Considerar num Projeto de Investimento

Situação financeira da entidade que pretende levar a cabo o projeto


Compatibilização do projeto com os compromissos a assumir
Montante necessário para pôr em funcionamento o projeto e proveniência do
dinheiro

Elementos Prováveis receitas e despesas de funcionamento


Financeiros Perspetivas da situação líquida e taxa de rentabilidade na fase de
funcionamento:
- Quadro das despesas de investimento
- Fontes de financiamento
- Receitas e despesas de funcionamento

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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Principais Etapas de um Projeto de Investimento

Identificação.
Preparação.
Análise:
 Financeira – Rentabilidade Empresarial;
 Económica – Rentabilidade para a Coletividade.
Decisão.
Execução.
Funcionamento e Controlo.
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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Principais Etapas de um Projeto de Investimento

Identificação Preparação
(estudos técnicos,
Definição de Variantes económicos e
financeiros)

Análise
Financeira e Económica

Não Fazer Decisão Fazer

Execução

Funcionamento e Controlo
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Capítulo I - Enquadramento e conceitos


relativos aos projetos de investimento.
Principais Etapas de um Projeto de Investimento
Identificação do Projeto Estudo de Mercado
Rede de Distribuição
Formulação de Variantes Publicidade
(pré-viabilidade)

Tecnologia
Formulação do Projeto Capacidade Produtiva
(viabilidade)
Localização Layout
Avaliação e Decisão
Plano de Investimento
Plano de Exploração
Dossier do Projeto de
Plano de Financiamento
Investimento

Negociação do Financiamento Reelaboração do Projeto

Implementação
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Aspetos Centrais no Estudo do Projeto

Rendibilidade

Solvabilidade Risco

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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos
1 – Recolha de dados de um projeto de investimento ou de
desinvestimento
Cada projeto de investimento ou de desinvestimento exige que se proceda a
uma série de estudos e investigações:
Os dados devem ser recolhidos ao nível das diferentes funções e
divisões da empresa. Para tal é desejável que os estudos sejam feitos
conjuntamente pelos responsáveis de cada área (marketing, pessoal,
produção, ...) e cada unidade.
Os dados devem ser calculados em termos diferenciais, quer dizer que
devem corresponder às consequências próprias de cada projeto.
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos

Estes efeitos geram medidas:


ao nível do próprio projeto e ao nível da empresa, esta para tomar em
conta o impacto eventual do novo investimento ou desinvestimento
sobre as atividades existentes.
em ligação com o anterior que pretende prosseguir as atividades
existentes decidir pela não adopção do projeto.

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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos

2 – Estudos Diversos
2.1 – Estudo no Âmbito da Fiscalidade
 Dedução do I.V.A. sobre investimentos;
 Taxas de I.V.A. a aplicar a matérias primas e produtos;
 Regimes e taxas de amortização aplicáveis;
 Taxas de mais-valias sobre realizações de ativos;
 Deduções possíveis para o cálculo de impostos sobre sociedades;
 Benefícios fiscais à interioridade;
 ...
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos

2.2 - Estudos de Âmbito Jurídico


 Regulamentações anti-poluição;
ABF1
 Disposições anti-trust
 Benefícios de leis de expansão económica ou de reconversão
industrial;
 Verificação de licenças, alvarás, ...
Nota: Em face destes estudos diferentes, estamos em condições de
estabelecer uma primeira seleção de projetos (propostas) de
INVESTIMENTO ou DESINVESTIMENTO. De seguida são submetidas
à Análise Financeira.
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Diapositivo 24

ABF1 Empresas protegerem-se para serem monopolistas.


antoniof; 02/10/2012
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos
2.3 - Estudos de Mercado
Investir é preparar o futuro, e a antecipação do que este possa vir a ser,
envolve naturalmente riscos consideráveis inerentes ao próprio
investimento.
Decisões relativas a:
 Novos métodos de atuação;
 Novos investimentos;
 Exploração de equipamentos;
 Alteração na qualidade e no preço de venda de um produto.
Meio envolvente da empresa:
 Consumidores;
 Fornecedores;
 Concorrência;
 Enquadramento político, jurídico e económico.
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos

Diagnóstico correcto da situação existente:


 Dimensão do mercado;
 Área que abrange;
 Setor de atividade em que atua;
 Caraterísticas ótimas do serviço ou bem a fornecer.

Estimativas de um bem ou serviço:


 Capacidade das unidades produtoras existentes;
 Aumentos de capacidade já autorizados das referidas unidades;
 Capacidade das unidades novas cuja a instalação se encontra
autorizada.

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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos
3 – Parâmetros de Cálculo da Rentabilidade de um Projeto
A análise económica de um projeto exige que todos os dados recolhidos
anteriormente sejam reagrupados em variáveis globais e significativas
susceptíveis de serem relacionadas de forma a medir a rentabilidade.
São cinco as variáveis que constituem os parâmetros do cálculo da
rentabilidade de um investimento:
 Capital investido na aquisição dos ativos requeridos pelo projeto;
 Duração de vida do projeto;
 O montante de realização dos fluxos líquidos anuais de liquidez
resultantes da assunção do projeto;
 O valor residual ou recuperável dos investimentos;
 A taxa de atualização.
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos

3.1 – Capital Investido


Esta variável designa a totalidade dos capitais envolvidos num projeto de
investimento. Trata-se de estimar os fundos consagrados ao projeto:
 Aquisição de imobilizado corpóreo (terrenos, edifícios, ferramentas e
utensílios, máquinas, material circulante, etc).
 Aquisição eventual de direitos (alvarás, licenças, marcas, concessões, etc).
 Financiamento de necessidades permanentes e duráveis em fundo de
maneio.

Nota: As duas primeiras figuram normalmente nos estudos de projetos,


enquanto que a última é frequentemente esquecida, sobretudo nas pequenas
empresas. Um projeto exige habitualmente necessidades de fundo de
maneio.
∆ N F M = ∆ Stocks + ∆ Clientes - ∆ Fornecedores
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos
Em geral, é preferível estabelecer a cadência de afectação de capitais ao
longo do tempo, de acordo com a programação de trabalhos e em
consequência afetar os financiamentos.
O conhecimento do valor dos elementos investidos em imobilizações
corpóreas, com a exceção dos terrenos, permite determinar o plano de
depreciações.
3.2 – Duração de vida do projeto
É complexa a definição de duração de vida de um projeto de
investimento pois que os critérios suscetíveis de a fixar são muitos:

 A mais corrente
Duração de vida física normal dos equipamentos técnicos principais.
Dificuldades – a obsolescência tecnológica.
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos
 Uma outra maneira de proceder consiste em considerar a duração de
vida do produto.
Dificuldades – impossibilidade de fazer previsão para além de
determinado momento a que chamamos horizonte económico de previsão.
Este constitui uma delimitação arbitrária mas necessária.
Neste caso consideramos que os rendimentos para além do momento
anterior são refletidos no valor residual estimado nesse momento.

3.3 – Fluxo Líquido de Liquidez


A avaliação financeira de investimentos utiliza correntemente o conceito
de cash flow.
Contudo existe controvérsia a respeito do conteúdo e da forma de cálculo
pelo que se impõe a clarificação deste conceito para efeitos de análise de
investimentos. Para evitar confusões utilizamos o conceito de FLUXO
LÍQUIDO DE LIQUIDEZ.
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
Elaboração e Seleção de Projetos
Um cash flow é literalmente um fluxo líquido de liquidez.
Os montantes serão líquidos ou brutos se se referirem a depois de
impostos ou antes de impostos.

Capacidade de Autofinanciamento
Chamaremos capacidade de autofinanciamento ao saldo de proveitos e
encargos referentes à exploração depois de impostos (resultados líquidos)
adicionado de depreciações e provisões.

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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
FLUXO LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO
é a capacidade de autofinanciamento corrigida da variação de Necessidades
de Fundo de Maneio ligadas à exploração.

FLUXO LÍQUIDO DE LIQUIDEZ


(o que equivale a cash flow). É a diferença entre todos os recebimentos e
pagamentos que resultam do facto investimento. Tem a ver com os fluxos
líquidos de exploração, fluxos ligados aos capitais investidos e ao valor
residual.

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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
MÉTODOS DE CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO

Há três métodos equivalentes para determinar o fluxo anual líquido de


exploração de um projeto.
1 – Consiste em aplicar o conceito estrito de fluxo de liquidez:
Recebimentos de vendas
- Pagamentos diretos de exploração
- Pagamentos fixos de exploração (não inclui depreciações)
- Impostos
FLUXO LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO
Notas:
 Os impostos são calculados separadamente porque são determinados
em bases contabilísticas.
 Os recebimentos e pagamentos derivam de proveitos e encargos, em
função das cadências previsionais de encaixe e desencaixe. Significa que
será necessário considerar os prazos médios de pagamentos e
recebimentos.
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
MÉTODOS DE CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO

2 – O 2.º método considera à partida os dados contabilísticos.


Volume de Vendas
- Custos das Mercadorias Vendidas
= Margem Bruta
- Encargos Fixos de Exploração (sem depreciações)
= Excedente Bruto de Exploração (E.B.E.)
- Dotação depreciações
= Resultado Antes de Impostos
- Impostos
= Resultados Líquidos
+ Dotação depreciações
= Capacidade de Autofinanciamento
± Variação Necessidades de Fundo Maneio (Δ N F M)
= FLUXO LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
MÉTODOS DE CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO

3 – O terceiro método decorre directamente do precedente

Excedente Bruto de Exploração * (1-t) (1)


Depreciações * (t) (2)
Variações Necessidades Fundo Maneio (3)
(1) + (2) - (3) = FLUXO LÍQUIDO EXPLORAÇÃO

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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
MÉTODOS DE CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO

Exemplo de Aplicação:
Considere um projeto de investimento de cinco anos numa atividade
comercial. O capital investido em ativo fixo é de 10.000 € e será possível
recuperar 1.000 € no fim dos cinco anos.

As depreciações são fixadas em 2.000 € por ano e a taxa de impostos é de


25%. Os dados de exploração para o 1.º ano são os seguintes:
Vendas: 20.000 €; custos das vendas 50%, ou seja 10.000 €; encargos gerais
1.000 €; stocks 1.000 €; clientes 2.000 €; fornecedores 500 €; NFM 2.500 €

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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
MÉTODOS DE CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO
Resolução
1) Sem depreciações
Ótica Recebimentos / Necessidades em Fundo de Ótica Proveitos / Encargos
Pagamentos Maneio
Recebimentos (*) 18.000 € ∆Stocks (1) +1.000 € Vendas 20.000 €

-Pagam. Direc(**) -10.500 € ∆Clientes (2) +2.000 € - Custo Vendas -10.000 €

= 7.500 € ∆Fornecedores(3) +500 € = Margem Bruta =10.000 €

-Enc. Gerais -1.000 € ∆NFM + 2.500 € - Enc. Gerais - 1.000 €

=Fluxo Bruto Exp. 6.500 € ∆NFM=1+2-3 E.B.E 9.000 €

∆ NFM -2.500 €

= Fluxo Bruto Exp. 6.500 €


(*) – Recebimentos = Vendas - ∆ Conta Clientes
AI-LG (**) – Pagamentos diretos = Custos das Vendas + ∆ Stocks - ∆ Fornecedores
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
MÉTODOS DE CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO

2) Com depreciações e com impostos


Ótica Recebimentos / Necessidades em Fundo de Ótica Proveitos / Encargos
Pagamentos Maneio
Fluxo Bruto Expl. 6.500 € ∆ NFM = +2.500 € E.B.E. 9.000 €
- Impostos - 1.750 € - Depreciações -2.000 €
= Fluxo Líq. Expl. 4.750 € = Res. A. Imp. 7.000 €
- Impostos (25%) -1.750 €
= Res. Líq. 5.250 €
+ Depreciações +2.000 €
=Capacid. Autofin. 7.250 €
- ∆ NFM -2.500 €
Fluxo Líquido Exp. 4.750 €

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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
MÉTODOS DE CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO

3 – Método

O quadro anterior estabelece com clareza os conceitos de capacidade de


autofinanciamento e de fluxo líquido de exploração. Contém igualmente os
dados para o cálculo por este outro método.

E.B.E * (1-t) = 9.000 * 0,75 = 6.750 €


+ Depreciações * (t) = 2.000 * 0,25 = + 500 €
- Δ NFM = -2.500 €
FLUXO LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO = 4.750 €

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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
MÉTODOS DE CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO

CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO DE UM


INVESTIMENTO DE SUBSTITUIÇÃO OU RACIONALIZAÇÃO
O cálculo dos fluxos líquidos de exploração referentes aos projetos de
racionalização não fogem aos princípios e métodos descritos anteriormente
mas apresentam algumas especificações devidas à natureza destes projetos.
Como caraterística fundamental é não terem, normalmente, nenhum efeito
sobre as vendas, volume de negócios ou recebimentos.
Sendo assim, as capacidades de autofinanciamento são constituídas por
economias de custos. Podem contudo esperar-se efeitos ao nível das ∆
NFM pois que, por exemplo: um novo equipamento pode modificar o
processo de fabricação e fazer variar os stocks.
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Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
MÉTODOS DE CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO

Esquemas de cálculo:

a) Economias de encargos de exploração depois de impostos


(=EBE * (1-taxa de impostos)
+ Economias de impostos sobre diferenças depreciações
(=diferença depreciações * taxa de impostos)
= capacidade de autofinanciamento
± ∆NFM
= FLUXO LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 41

41

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
MÉTODOS DE CÁLCULO DOS FLUXOS LÍQUIDOS DE EXPLORAÇÃO

b) Economias de encargos diretos de exploração (matérias primas, salários, etc.)


+ Economias de encargos fixos de exploração (Economias em seguros, contratos
de assistência, etc)

= E. B. E. (Excedente Bruto de Exploração)


- Diferença de depreciações (relativamente à situação anterior)
= Resultados antes de impostos
- Impostos
= Resultados líquidos
+ Diferença de depreciações
= Capacidade de autofinanciamento
± ∆ NFM (Variação das Necessidades de Fundo de Maneio)
= FLUXO LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 42

42

21
23/02/2022

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
DETERMINAÇÃO DOS FLUXOS LÍQUIDOS ANUAIS DE LIQUIDEZ DE UM
INVESTIMENTO

Os fluxos líquidos de liquidez de um investimento determinam-se considerando:


 Fluxos líquidos anuais de exploração
 Fluxos relativos aos capitais investidos
 Valor recuperável (no fim do projeto)

Para um dado ano (t)


E.B.E em t * (1 - taxa de impostos)
+ Depreciações em t * taxa de impostos
± ∆ NFM de (t-1) a t
- Investimento em ativos fixos em t
+ Valor recuperável líquido em (t) (se o projeto fosse terminado nessa data).
= FLUXO LÍQUIDO DE LIQUIDEZ em (t)

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 43

43

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
DETERMINAÇÃO DOS FLUXOS LÍQUIDOS ANUAIS DE LIQUIDEZ DE UM
INVESTIMENTO

Tomemos o exemplo numérico anterior


Para o ano zero:
- Investimento em ativo fixo: - 10.000 €
= Fluxo líquido de liquidez: - 10.000 €
Para o ano um:
E.B.E. * (1 - taxa de impostos) = 9.000*0,75 = 6.750 €
+ Depreciações * taxa impostos = 2.000*0,25 = 500 €
- Variação das N.F.M. = - 2.500 €
- Investimento em ativo fixos =0
+ Valor residual (recuperável) =0
FLUXO LÍQUIDO DE LIQUIDEZ = 4.750 €

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 44

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23/02/2022

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
DETERMINAÇÃO DOS FLUXOS LÍQUIDOS ANUAIS DE LIQUIDEZ DE UM
INVESTIMENTO

Notas:
1 – Normalmente as N.F.M. são previstas e financiadas no momento do
investimento. É pois geralmente investida no ano zero e nos anos seguintes
(ano de exploração) vamos encontrar só as variações de Fundo de Maneio
resultantes das flutuações da atividade.
2 – Os investimentos em ativos fixos nos anos subsequentes (de exploração)
correspondem a reforços de investimento no ano em causa.
3 – O valor residual (recuperável) é sempre de considerar no fim da vida útil
do projeto. Pode ser igual mas normalmente é diferente dos valores
contabilísticos.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 45

45

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
VALOR RESIDUAL

Em princípio, o valor residual não é o valor líquido contabilístico, quer dizer


o valor ainda não amortizado. Este tem interesse para a determinação das
mais ou menos valias em caso de venda dos bens.
Para efeito de análise de investimentos o valor residual corresponde ao valor
atual dos rendimentos esperados para além da duração de vida considerada ou
seja ao valor de realização ou de venda dos ativos da atividade considerada.

Este valor é formado por dois elementos:


 Preço de venda líquido dos ativos fixos. (preço de venda corrigido das
mais ou menos valias)
 Recuperação de Fundo de Maneio Necessário. (Inclui o investimento em
Fundo de Maneio no ano zero aumentado e / ou diminuído das variações
registadas ao longo dos anos de exploração)
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 46

46

23
23/02/2022

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
ATUALIZAÇÃO E CUSTOS DOS FUNDOS
Quando o investimento projetado é financiado, parcialmente por um
empréstimo, é preciso resolver a questão dos encargos financeiros.
A forma corrente e mais aceitável ignora estes encargos no cálculo dos
fluxos líquidos e imputa em contrapartida a economia de impostos
correspondente (juros são dedutíveis fiscalmente) no cálculo do custo do
capital que irá servir de taxa de atualização.
Com efeito, o princípio financeiro fundamental de aceitação de um
projeto de investimento consiste em comparar a rentabilidade deste
projeto com o custo dos fundos que serviram para o financiar. Este
princípio aplica-se, com a ajuda da atualização, ao custo dos fundos, dos
fluxos líquidos de liquidez do projeto.
A rentabilidade obtida (ou deixada de obter) no projeto marginal
representa o custo dos capitais investidos.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 47

47

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
CUSTO DOS EMPRÉSTIMOS

Se o projeto de investimento considerado no nosso exemplo fosse


financiado por um empréstimo a 8%, o custo dos fundos seria de 6%,
[8%*(1-taxa de impostos)] pois que os juros são dedutíveis fiscalmente.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 48

48

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23/02/2022

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
CUSTO DOS EMPRÉSTIMOS (Exemplo)
Sem dedução Com dedução de juros
de juros Ótica tesouraria Ótica Contabilística
Fluxo Bruto Expl. 6.500 € Fluxo Bruto Expl. 6.500 € E.B.E. 9.000 €
- Impostos - 1.750 € -Juros - 800 € - Depreciações -2.000 €
(8%*10.000)
= Fluxo Líq. Expl. 4.750 € - Impostos -1.550 € - Juros - 800 €
= Fluxo Líq. Exp. 4.150 € = Res. A. Imp. 6.200 €
- Impostos (25%) -1.550 €
Diferença de = Res. Líq. 4.650 €
600 = 800*(1-0,25) + Depreciações +2.000 €
=Capacid. Autofin. 6.650 €
- ∆ NFM -2.500 €
Fluxo Líquido Exp. 4.150 €
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 49

49

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
- Custo dos fundos próprios

A análise do custo dos fundos próprios é idêntica à dos empréstimos. É a


contrapartida financeira que o sócio espera obter da aplicação dos
capitais na empresa.
Geralmente esta contrapartida contém dois aspectos:
 Dividendos esperados
 Mais valias esperadas pela venda das acções
A grande diferença relativamente aos empréstimos é que os capitais
próprios, salvo regulamentações particularmente específicas, não são
fiscalmente dedutíveis.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 50

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23/02/2022

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
- Custo de financiamento do projeto

Corresponde ao custo obtido através da média ponderada dos custos dos


capitais próprios e alheios.
Se o projeto é financiado em 50 % por capitais próprios vem:
50% * 12% + [8% * (1-0,25)*0,5] = 9 %
 12 % - rendimento dos capitais próprios (esperado)
 8% - custo nominal dos empréstimos
Este custo (9%) deve ser a taxa de atualização a utilizar transformando
os fluxos líquidos de liquidez no VALOR LÍQUIDO ATUAL.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 51

51

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
AS VARIANTES DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO

 Todos os aspetos dos estudos são interdependentes, devendo estar sempre


implícita a otimização de soluções.
 Tratamento de toda a informação pertinente conducente à identificação e
comparação das alternativas possíveis, para a prossecução dos objetivos em
vista.
 Entre as diversas maneiras possíveis de atingir tais objetivos, qual será a
mais aconselhável do ponto de vista técnico, financeiro, económico e social?
 A noção de variante deverá estar sempre presente em todas as fazes do
estudo de um projeto, até ser tomada a decisão final.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 52

52

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23/02/2022

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
AS VARIANTES DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO

Projetos que visam satisfazer a mesma necessidade, sendo


incompatíveis entre si.
Pistas para detecção de variantes:
 No processo de produção;
 A escolha de variantes relacionada com a capacidade a instalar –
Dimensão do projeto;
 Variantes tendo em conta o aspeto da localização do projeto;
 A data de realização de um projeto.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 53

53

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
PRINCIPAIS ERROS E OMISSÕES
 Ausência de variantes;
 Insuficiência de estudos previsionais;
 Insuficiência de estudos dos elementos secundários do
projeto (armazenamento de stock, edifícios administrativos,
problemas de transformação, etc.

 Insuficiência de estudos previsionais;


 Subestimação durante o período de realização:
 Inflação;
 Atrasos na entrega dos equipamentos.
 Esquecimento da estimação das NFM;
 Subestimação da formação do pessoal;
 Subestimação na determinação dos custos de arranque;
 Juros intercalares durante o período de implementação;
 Inflação durante o horizonte do projeto.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 54

54

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23/02/2022

Capítulo II – Estudo de viabilidade de um


projetos de investimento.
PONTO CRÍTICO DAS VENDAS
Vendas
Totais

€ Ponto Crítico
Custos
Totais
das Vendas

Custos
Variáveis
Ponto
Crítico
das Vendas
(em Valor)

Custos
Fixos

Ponto Crítico das Vendas


AI-LG (em Quantidade)
Q
2021/22 António B. Fernandes
55

55

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
ESTRUTURA DO DOSSIER DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DE
INVESTIMENTO
1 - Apresentação da empresa/empresário
 Identificação da empresa/empresário;
 Identificação dos responsáveis funcionais;
 Identificação das atividades;
 Identificação histórica da empresa:
 Produtos fabricados;
 Tecnologia adoptada;
 Capacidade técnica instalada;
 Balanços dos últimos 3 anos;

AI-LG  Demonstração dos resultados dos exercícios dos últimos 3 anos.


2021/22 António B. Fernandes 56

56

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23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
ESTRUTURA DO DOSSIER DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DE
INVESTIMENTO
2 - Apresentação do projeto
 Caracterização do projeto
 Tipo de projeto;
 Tipo de produto;
 Localização.
3 - Identificação da estratégia subjacente ao lançamento do projeto.
4 - Plano do Projeto
 Plano de Investimento
o Estudo técnico (identificação da tecnologia a adoptar e sua
AI-LG caracterização)
2021/22 António B. Fernandes 57

57

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
ESTRUTURA DO DOSSIER DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DE
INVESTIMENTO
 Plano de Exploração
o Demonstrações dos resultados dos exercícios previsionais
o Estudo de mercado
o Política de fundo de maneio (compatível com a adoptada no plano de
investimento)
o Políticas de amortização e provisões
o Quadros de pessoal
o Estrutura de custos
 Plano de financiamento
o Mapa de origem e de aplicação de fundos previsional e demonstração
de fluxos de caixa previsional
o Regimes de empréstimo (montantes, prazos, modalidades de juros)
AI-LG  Balanço previsional
2021/22 António B. Fernandes 58

58

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23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
ESTRUTURA DO DOSSIER DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DE
INVESTIMENTO
5 — Análise da rendibilidade do projeto
 VLA e VLA-ajustado
 TIR
 «Payback» atualizado
6— Análise da solvabilidade do projeto e considerações sobre o binómio
rendibilidade vs. Solvabilidade
 Análise do equilíbrio financeiro
7— Análise do risco do projeto
 Apresentação de medidas de risco e considerações sobre o
binómio rendibilidade vs. risco.

AI-LG 8— Conclusão
2021/22 António B. Fernandes 59

59

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
ESPECIFICAÇÃO DOS PARÂMETROS DE UM DESINVESTIMENTO

As variáveis significativas que intervêm na medida da rentabilidade de um


desinvestimento são idênticas às que influenciam o investimento.
Quatro parâmetros são comuns:
 Os fluxos líquidos de liquidez (relativos à atividade abandonada);
 O valor recuperável;
 A duração de vida;
 A taxa de atualização
Um parâmetro deixa de existir:
 O capital de investimento
Um novo parâmetro surge:
 as oportunidades de aplicação dos fundos
Os fluxos líquidos de liquidez e o valor recuperável são duas variáveis
determinantes.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 60

60

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23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
FLUXO LÍQUIDO DE LIQUIDEZ DE UM DESINVESTIMENTO

Na análise de um desinvestimento será necessário considerar os fluxos


líquidos de liquidez futuros que serão perdidos pela cessação da atividade
(ex: eliminação de um produto ou suspensão de uma divisão)
Forma de cálculo:
E.B.E. perdido * (1 - taxa de impostos)
+ Economia fiscal perdida sobre depreciações
± ∆ esperada de N.F.M.
- Investimento evitado em ativo fixos
+ Valor residual esperado perdido
FLUXO LÍQUIDO DE LIQUIDEZ FUTURO PERDIDO
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 61

61

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
FLUXO LÍQUIDO DE LIQUIDEZ DE UM DESINVESTIMENTO

Concretamente, basta retomar os fluxos líquidos de liquidez tal como foram


determinados para o projeto de investimento e considerá-los como fluxos
futuros perdidos.

Nota: Importa considerar os efeitos em cadeia resultantes de decisões de


desinvestir ao nível de:
Impacto sobre o volume de negócios perdidos;
Impacto sobre os custos futuros evitados resultantes de eliminação
de produtos ou divisão.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 62

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23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
VALOR RECUPERÁVEL DE UM DESINVESTIMENTO
O montante líquido recuperável inclui tudo o que pode produzir um
fluxo de liquidez no momento em que se “desiste” do investimento,
deduzindo todas as despesas ocasionadas pelo desinvestimento.
Se o desinvestimento é fruto de transacção com o exterior o preço de
mercado resolve o problema de determinação do valor.
Se se trata de transferência de ativos dentro da mesma empresa importa
encontrar o equivalente monetário.
Duas soluções práticas:
 Consiste em considerar o preço de compra de um ativo novo idêntico.
Este preço será ponderado por um coeficiente representativo de idade e
da depreciação do bem. Este coeficiente deve traduzir a depreciação
física e / ou tecnológica já sofrida;
 Consiste em considerar o preço de aquisição (histórico) reavaliado por
um índice que represente o ajustamento monetário, sobre este valor
deverá recair a depreciação física e / ou tecnológica.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 63

63

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
CÁLCULO DA RENTABILIDADE / CRITÉRIOS FINANCEIROS

O princípio de calculo da rentabilidade consiste em comparar duas séries


de fluxos:

 De um lado:
Capital Investido

 De outro lado:
Fluxos Líquidos de liquidez resultantes ao longo dos anos de
exploração.

O cálculo da rentabilidade constitui o objetivo principal do estudo de


realização de um investimento.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 64

64

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23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
CÁLCULO DA RENTABILIDADE / CRITÉRIOS FINANCEIROS

Para esse cálculo são utilizados vários métodos que podemos agrupar em:

 Métodos empíricos – ignoram o fenómeno e mecanismo de atualização.


(Taxa de rentabilidade anual média, período de reembolso simples, ...)

 Métodos científicos – consideram a atualização e agrupam-se em dois


critérios:
o Valor atual líquido
o Taxa interna de rentabilidade

Sendo completados com dois outros:


o Nível dos valores atuais líquidos sucessivos;
o Período de reembolso dos capitais.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 65

65

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
CÁLCULO DA RENTABILIDADE / CRITÉRIOS FINANCEIROS

Exemplo de ilustração e aplicação dos métodos:


Para ilustrar a forma de cálculo da rentabilidade e aplicação dos critérios
financeiros consideramos o seguinte exemplo numérico:

Seja um projeto de investimento de inovação cujo custo de financiamento é


estimado em 10% e a duração de vida são 7 anos. Os capitais investidos
totalizam 1.050.000 € e podem ser amortizados linearmente em 7 anos. Os
resultados antes de impostos são sujeitos à taxa de IRC de 21 %. O projeto
não tem necessidade de fundo de maneio. O volume de vendas, os custos
fixos e variáveis são recebidos e pagos de imediato e não há produção para
stocks sendo toda a produção imediatamente escoada.
O quadro anexo dá em € (milhares), para cada ano, as capacidades de
autofinanciamento, as despesas de investimento e os valores residuais.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 66

66

33
23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
CÁLCULO DA RENTABILIDADE / CRITÉRIOS FINANCEIROS

Determine:
a) Taxa de rentabilidade anual média.
b) Período de reembolso.
c) Valor atual líquido:
c.1) Valor atual líquido por u. m. investida
c.2) Índice de lucratividade
d) Taxa interna de rentabilidade

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 67

67

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
0 1 2 3 4 5 6 7

Vendas 1.200,00 1.650,00 1.400,00 1.000,00 850,00 700,00 600,00

Enc. Variáveis 390,00 600,00 490,00 310,00 300,00 230,00 170,00

Enc. Fixos 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00

Depreciações 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00

RAI 460,00 700,00 560,00 340,00 200,00 120,00 80,00

Impostos (21%) 96,60 147,00 117,60 71,40 42,00 25,20 16,80

Resul. Líquidos 363,40 553,00 442,40 268,60 158,00 94,80 63,20

Depreciações 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00

Cap. Autofinanciam. 513,40 703,00 592,40 418,60 308,00 244,80 213,20

NFM - - - - - - -

Investimento - 1.050,00 - - - - - - -

Valores Residuais Líquidos (venda) 950,00 880,00 790,00 690,00 560,00 320,00 170,00

Valores Residuais Contabilísticos 1.050,00 900,00 750,00 600,00 450,00 300,00 150,00 -
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 68

68

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23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
CÁLCULO DA RENTABILIDADE / CRITÉRIOS FINANCEIROS

Resolução:
Resultados líquidos médios depois impostos
 Taxa de rentabilidade anual média = *100
Investimento médio
 Resultados médios anuais depois impostos = 363,4 553,0 442,4 268,6
7
158,0 94,8 63,2
277,63€

 Investimentos médios anuais:


1.050,00€
-Se a depreciação é linear vem 2
525,00€

-Se não fosse o caso seria necessário


ANOS 1 2 3 4 5 6 7
Valor contabilístico:
- No início do ano 1050 900 750 600 450 300 150
- No fim do ano 900 750 600 450 300 150 0
Média 975 825 675 525 375 225 75
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 69

69

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
CÁLCULO DA RENTABILIDADE / CRITÉRIOS FINANCEIROS

975 825 675 525 375 225 75


Média 525€
7
277,63
Taxa de Rentabilidade Média 52,88%
525,00

Este critério apresenta vários inconvenientes:

 Ignora o valor de revenda dos equipamentos no fim da vida útil;


 Ignora a valorização temporal do dinheiro;
 Utiliza valores contabilísticos em vez de fluxos de liquidez.

É Desaconselhável

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 70

70

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23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
PERÍODO DE REEMBOLSO

O período de reembolso indica o n.º de anos e/ou meses necessário para


recuperar o montante dos capitais investidos. O seu valor é normalmente
calculado sem ter em conta os valores residuais anuais.
 Se os capitais anuais (capacidade de autofinanciamento) são constantes, o
período de reembolso é obtido pela expressão:
Capitais Investidos
Capacidade anual de autofinanciamento

Se não são iguais (constantes) encontra-se o período de reembolso


comparando o valor dos capitais investidos com as somas sucessivas das
capacidades anuais de autofinanciamento. O n.º de anos e/ou meses
necessários para estabelecer a igualdade indica o referido período.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 71

71

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
PERÍODO DE REEMBOLSO
Exemplo:

Anos Investimento Inv. Cap. C. A.


Acumulado Autofinanc. Acumulada
0 1.050 1.050,00 - -
1 1.050,00 513,40 513,40
2 1.050,00 703,00 1.216,40
3 1.050,00 592,40 1.808,80
4 1.050,00 418,60 2.227,40
5 1.050,00 308,00 2.535,40
6 1.050,00 244,80 2.780,20
7 1.050,00 213,20 2.993,40

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 72

72

36
23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
VALOR ATUAL LÍQUIDO
As limitações dos métodos anteriores aconselham à utilização de critérios
menos imperfeitos.
O método do valor atual líquido apresenta várias vantagens:
1 – toma em conta o valor e o montante de realização dos fluxos;
2 – forma uma base válida de avaliação de projetos de investimento pela
atualização dos fluxos líquidos de liquidez ao custo do capital.
em que:
n Ft K – é a taxa de atualização
VAL = 
t =0( 1 + k)
t
n – é a duração de vida do projeto estimada
Ft – é o fluxo líquido de liquidez em t.
AI-LG (é igual ao capital investido, F.L.L. e inclui o valor residual)
2021/22 António B. Fernandes 73

73

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
VALOR ATUAL LÍQUIDO
VAL > 0 o projeto é aceitável e a rentabilidade é pelo menos igual à
taxa de atualização.
n Ft
Exemplo: VAL =  K = 10%
t =0( 1 + k)
t

513,40 703,00 592,40 418,60 308,00 244,80 213,20+170,00


VAL "1.050+ + + + + + + =1.254,78€
(1+0,1)1 (1+0,1)2 (1+0,1)3 (1+0,1)4 (1+0,1)5 (1+0,1)6 (1+0,1)7

A determinação da taxa K da atualização é o problema mais difícil para


aplicação do critério.
Na prática corresponde ao custo do capital mobilizado para financiar o
projeto ou à taxa de rentabilidade requerida.
O critério VAL é um critério de aceitação ou rejeição mas não directamente
um critério de classificação de projetos. Este problema põe-se quando é
preciso escolher entre várias possibilidades de investimento .
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 74

74

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23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
VALOR ATUAL LÍQUIDO
A resolução passa pelo cálculo de:

VAL (.)*+,,-
VAL(por unidade investida)= I = 1,195€
t (..*.
∑$
%&'
(1+k)t

9:;:<=>:>? @A%BC=$:$<=:D?$%B
∑$
%&' EFGHI% (..*.K(.)*+,,-
Í01234 14 56378 J% = =2,195
∑$
%&'
(..*.
EFGHI%

IL = 1+ VAL (por unidade investida)

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 75

75

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
TAXA INTERNA DE RENTABILIDADE
É a taxa de atualização aproximada, para a qual o VALOR Atual
LÍQUIDO é nulo. É pois a taxa que iguala a soma atualizada dos fluxos
líquidos anuais de liquidez (acrescidos do valor residual final) ao valor
dos capitais investidos.
n Ft
 =0
t = 0 (1 + r )
t

Ft é o liquido de liquidez em t. Se a taxa r é superior ao custo do capital,


taxa K de atualização no método VAL, o projeto é rentável e aceitável.

513,40 703,00 592,40 418,60 308,00 244,80 213,20+170,00


"1.050+ + + + + + + =0
(1+r)1 (1+r)2 (1+r)3 (1+r)4 (1+r)5 (1+r)6 (1+r)7

TIR = 46,74%
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 76

76

38
23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
TAXA INTERNA DE RENTABILIDADE

Notas:
1 – A TAXA INTERNA DE RENTABILIDADE é a taxa que se recebe em
média ao longo do período o que não quer dizer que em cada ano se
produza o mesmo rendimento.
2 – Quando os fluxos líquidos anuais de liquidez são negativos e positivos
para um mesmo projeto, poderemos obter várias taxas como solução da
equação. Será então necessário recorrer ao critério VAL para possibilitar a
decisão.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 77

77

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
Ligação entre VAL e TIR
2 500,00
Taxa de
VAL Projeto
Atualização
2 000,00
0,00% 2.113,40 €
5,00% 1.629,05 €
10,00% 1.254,78 € 1 500,00
15,00% 959,88 €
20,00% 723,43 €
1 000,00
25,00% 530,87 €
30,00% 371,84 €
35,00% 238,85 € 500,00
40,00% 126,37 €
41,76% 90,86 €
42,00% 86,16 € 0,00

43,00% 66,97 €
44,00% 48,34 €
-500,00
45,00% 30,27 €
60,00% -187,77 €
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 78

78

39
23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
PERÍODO DE REEMBOLSO ATUALIZADO OU PRI
Calcula-se da mesma forma que o período reembolso simples mas
utilizando valores atualizados para as capacidades de autofinanciamento e
capitais investidos.
Cap. C. A.
Anos Investimento Inv. acumulado
Autofinanc. Acumulada
0 1.050,00 1.050,00 - -
1 1.050,00 466,73 466,73
2 1.050,00 580,99 1.047,72
3 1.050,00 445,08 1.492,80
4 1.050,00 285,91 1.778,71
5 1.050,00 191,24 1.969,95
6 1.050,00 138,18 2.108,13
7 1.050,00 109,41 2.217,54
445,08 " E1.492,80 " 1.050,00I PRI = 2 anos e 0,06
PRI 2 anos ∗12 meses aproximadamente
AI-LG 445,08
2021/22 António B. Fernandes 79

79

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
PERFIL DOS VALORES ATUALIZADOS LÍQUIDOS
Podemos calcular vários VAL para um mesmo projeto supondo a paragem do
projeto no fim de cada ano da duração de vida estimada.
Trata-se de calcular os valores atualizados sucessivos dos fluxos líquidos
anuais de liquidez no fim de cada ano compreendendo o valor residual
atualizado nesse momento e dedução dos montantes investidos atualizados.
Determinam-se assim diferentes valores atuais líquidos (VAL) permitindo a
definição do perfil de rentabilidade do projeto ressaltando:
a) Valor atual líquido máximo que designa a duração de vida económica
ótima do projeto.
b) O ponto neutro - É um período de reembolso atualizado, incluindo
os valores residuais anuais, em que o VAL é nulo.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 80

80

40
23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
PERFIL DOS VALORES ATUALIZADOS LÍQUIDOS

VAL

VAL Máximo

Ponto Neutro

Anos

VAL Mínimo
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 81

81

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
PERFIL DOS VALORES ATUALIZADOS LÍQUIDOS
Aplicação ao Exemplo em Estudo
Capacidade de Cap. Autof. Valores Resid. V.R. Liq. Act. Valor. Acum. Valores
Anos
Autofinan. Actu.Ac.10% Líquid. 10% Totais Atuais Liq.

1
513,40 466,73 950,00 863,60 1.330,33 280,33
2
703,00 580,99 880,00 727,30 1.775,02 725,02
3
592,40 445,08 790,00 593,50 2.086,30 1.036,30
4
418,60 285,91 690,00 471,30 2.250,01 1.200,01
5
308,00 191,24 560,00 347,70 2.317,65 1.267,65
6
244,80 138,18 320,00 180,60 2.288,73 1.238,73
7
213,20 109,41 170,00 87,20 2.304,74 1.254,74
-1 -2 -3 -4 (5)=(2)+(4) (6)=(5)-1050
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 82

82

41
23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
APRECIAÇÃO DOS CRITÉRIOS
O VAL e a TIR são os critérios que apresentam melhores performance para
medir a rentabilidade de um projeto de investimento.
Notas:
 Os dois critérios conduzem à mesma conclusão quando se trata de estudar
um só projeto. O resultado indica que se o VAL>0 ou TIR>K que o projeto é
rentável.
 Significado: significa que os fundos investidos serão integralmente
recuperados, que os fornecedores de fundos serão remunerados ao custo do
capital e que a empresa receberá um suplemento igual ao VAL ou ao
excedente (TIR-K) da taxa interna sobre o custo do capital.
 Em certos casos os dois critérios podem conduzir a decisões opostas
quando se trata de escolher entre dois investimentos mutuamente exclusivos.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 83

83

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
APRECIAÇÃO DOS CRITÉRIOS
Anos FLL

Projeto A Projeto B

0 -1300 -1300

1 1000 100

2 500 600

3 100 1100

Contradições resultam de:


TIR supõe F.L.L. são reinvestidos mesma taxa
VAL supõe F.L.L. são reinvestidos taxa de atualização
AI-LG VAL na dúvida é melhor. Porquê?
2021/22 António B. Fernandes 84

84

42
23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS FINANCEIROS AOS
INVESTIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO
Ex: A sociedade X adquiriu há três anos por 40.000 € uma máquina cuja
duração de vida estimada era de 5 anos. O investimento foi financiado por
fundos próprios cujo custo é de 8% e depreciado em 5 anos no regime de
quotas constantes. A máquina pode ser vendida atualmente por 10.000 €. Os
encargos anuais de funcionamento são os seguintes:
Encargos variáveis 60% do volume de negócios
Matérias primas 25.000 €
Salários 15.000 €
Energia 8.000 €
Encargos fixos 6.000 €

A empresa estuda a possibilidade de compra de uma nova máquina (B)


para substituir a antiga (A) produzindo de forma idêntica.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 85

85

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS FINANCEIROS AOS
INVESTIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO

O seu preço é estimado em 60.000 €, será financiada por fundos próprios


com o custo de 10% depreciada linearmente em 5 anos. No fim da vida útil,
o valor residual é nulo. Os encargos de funcionamento são os seguintes:

Encargos variáveis 50% do Volume de Negócios


Matérias 22.000 €
Salários 12.000 €
Energia 6.000 €
Encargos fixos 4.000 €

Supomos que não há variação de fundo de maneio necessário e taxa de


impostos 25%.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 86

86

43
23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação de um


projetos de investimento.
APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS FINANCEIROS AOS
INVESTIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO
RESOLUÇÃO
DETERMINAÇÃO DOS FLUXOS
A – Calculo dos capitais investidos
Este cálculo compreende três elementos:
- Preço de aquisição máquina B 60.000 €
- Valor de revenda da máquina A 10.000 €
- Economia fiscal devida a perda sobre a venda da máquina A:
Valor líquido contabilístico 16.000 (40.000 – 3*8.000)
Valor de revenda - 10.000 €
Saldo não depreciado 6.000 €
Este saldo é uma perda produz uma economia fiscal de 25%, seja de 1.500 €, e
constitui um crédito imputável ao investimento.
Capitais Investidos
60.000 – 10.000 = 50.000 Ano zero
6.000*25% = 1.500 Ano um *
* Se a venda tivesse lugar posteriormente, o crédito deveria ser considerado no ano em que a
operação seja realizada.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 87

87

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS FINANCEIROS AOS
INVESTIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO
B – Calculo dos fluxos líquidos
Sendo dado que há um período de dois anos entre a duração de vida da
máquina A e da máquina B, as capacidades anuais de autofinanciamento
serão diferentes no período do estudo (5 anos).
Fluxo Máquina A Fluxo Máquina B
Volume de negócios 80.000 80.000
- Preço de revenda direta -48.000 (60%) -40.000 (50%)
- Encargos fixos -6.000 -4.000
Exc. Bruto de Exploração 26.000 36.000
* (1-t) 19.500 27.000
Depreciação * t 2.000 3.000
Capacidade Autofinanciam 21.500€ 30.000 €

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 88

88

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23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS FINANCEIROS AOS
INVESTIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO
B – Calculo dos fluxos líquidos
O fluxo diferencial do ano 1, imputável à máquina B é de
30.000 – 21.500 = 8.500 e é o mesmo no ano 2.
Para os anos seguintes o fluxo anual é igual ao fluxo ligado à máquina
B = 30.000.

O cálculo poderia ser efetuada doutra forma:


Economia encargos variáveis 8.000 €
Economia encargos fixos 2.000 €
Encargos brutos exp. diferencial 10.000 €
* (1-t) 7.500 €
Diferença depreciação * t 1.000 €
Capacidade autofinanciamento 8.500 €
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 89

89

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS FINANCEIROS AOS
INVESTIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO
B – Calculo dos fluxos líquidos

Em resumo:

Ano1 Ano2 Ano3 Ano4 Ano5

8.500,00 € 8.500,00 € 30.000,00 € 30.000,00 € 30.000,00 €

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 90

90

45
23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
APRECIAÇÃO DA RENTABILIDADE
A – Período de reembolso
CÁLCULO DO PRI

INV. ACUM. CAPAC. CAP. AUTOF. C. AUTOF.


INVEST.
ANOS Atual. AUTOF. Atualiz. ACT. ACUM.

0 50.000,00 50.000,00
1 -1.500,00 48.636,36 8.500,00 7.727,27 7.727,27
2 48.636,36 8.500,00 7.024,79 14.752,07
3 48.636,36 30.000,00 22.539,44 37.291,51
4 48.636,36 30.000,00 20.490,40 57.781,91
5 48.636,36 30.000,00 18.627,64 76.409,55

20.490,40 − (57.781,91 − 48.636,36)


PRI = 3anos + *12meses
20.490,40

AI-LG PRI = 3 anos + 6 meses + 19 dias


2021/22 António B. Fernandes 91

91

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
APRECIAÇÃO DA RENTABILIDADE
10.000 8.500 30.000 30.000 30.000
B - VAL = −50.000 + + = 27.773,19€
(1 + 0,1)1 (1 + 0,1) 2 (1 + 0,1)3 (1 + 0,1) 4 (1 + 0,1) 5

27.773,19
VAL por unidade investida = = 0,5710375
1.500
50.000 −
(1 + 0,1)1
Índice de lucro = 1,5710375

C – TIR = 25,71%

D – Perfil dos valores atuais líquidos

Para estabelecer o perfil será necessário conhecermos os valores residuais


anuais. Vamos supor que são iguais aos valores contabilísticos líquidos.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 92

92

46
23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
APRECIAÇÃO DA RENTABILIDADE
anos 0 1 2 3 4 5
Investimento (1) 50.000,00 -1.363,64
Cap. Autofinanc. 10% 7.727,27 7.024,79 22.539,44 20.490,40 18.627,64
Cap. Autofin. Acumul. (2) 7.727,27 14.752,07 37.291,51 57.781,91 76.409,55
Valor Residual Líq. 10%
(3)
43.636,36 29.752,07 18.031,56 8.196,16 0,00

VAL Act. Liq. =(2)+(3)-(1) -50.000,00 2.727,27 -4.132,23 6.686,70 17.341,71 27.773,19

E – Avaliação Investimento
Os diferentes critérios financeiros utilizados indicam que o projeto de
racionalização é uma operação rentável. Com efeito VAL > 0 (27.773,19
€); TIR (25,71%), é > K (10%). Contudo o período de reembolso mostra
que é necessário esperar o 4.º ano para se recuperar o investimento.
Significa que apesar de rentabilidade elevada existe algum risco que é
preciso acautelar.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 93

93

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
VALOR ATUAL LÍQUIDO MÉDIO
Escolha de projetos mutuamente exclusivos com a mesma taxa de atualização e
diferentes vidas úteis.

Determinar o mínimo múltiplo comum entre a vida dos dois projetos;

Determinar o VAL médio de cada projeto. O VAL médio pressupõe que, em


média e em cada ano, o projeto dá um determinado VAL médio.

QR5
QR5 Sé128
a
n i
em que:
a
• n i = valor atual de uma renda constante, com
n períodos postecipados atualizados ao
período i
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 94

94

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23/02/2022

Capítulo III – Critérios e métodos de avaliação


de um projetos de investimento.
VAL COM REPLICAÇÃO INFINITA
Escolha de projetos, mutuamente exclusivos, com diferentes taxas de

atualização e diferentes vidas úteis.

Determinar o VAL com replicação infinita.


QR5 ∗ 1 2 T
QR5 a
E1 2IT "1
∞ i
em que:
• a = valor atual de uma renda de
QR5 ∗ E1 2IT ∞ i
termos perpétuos atualizados ao
período i.

0 1 2 3 4 5 n
QR5. QR5( QR5) QR5U

Determinação da taxa de juro efetiva para n períodos.

1 2 E1 2V IV ↔ 2 E1 2V IV "1
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 95

95

Capítulo IV – Os sistemas de preços.

O sistema de preços constantes.

O sistema de preços correntes.

O sistema de preços reais.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 96

96

48
23/02/2022

Capítulo IV – Os sistemas de preços.


O sistema de preços constantes

Uma componente da taxa nominal de juros visa compensar o efeito de


inflação, ou seja, repor o poder de compra da moeda.

Preço

P0 = P1 = P2 = P3 = P4 = Pn

0 1 2 3 4 5 n

(KY$ em que:
2X -1 ir = taxa real de juro.
(KY=$C in = taxa nominal de juro.
iinf = taxa de inflação.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 97

97

Capítulo IV – Os sistemas de preços.


O sistema de preços correntes
Esta metodologia permite a construção de um plano financeiro ajustado à
realidade, refletindo as necessidades e recursos financeiros de cada
período do projeto, sem necessidades de uma retificação permanente.
Preço

P0 ≠ P1 ≠ P2 ≠ P3 ≠ P4 ≠ Pn

0 1 2 3 4 5 n

Diferença justificada por diversos fatores de entre os quais a inflação.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 98

98

49
23/02/2022

Capítulo IV – Os sistemas de preços.


O sistema de preços constantes versus preços correntes
O SNC limita o tratamento das depreciações/amortizações a preços
correntes sendo esta rúbrica igual a preços constantes e a preços
correntes.
Exemplo:
Um investimento de 3 milhões de euros permite alcançar um volume de
vendas anual de 4 milhões de euros a preços do ano 0, durante 2 anos. Os
custos desembolsáveis serão de 2 milhões de euros, não existindo efeito
fiscal. O custo de capital é de 9,18% e a taxa de inflação prevista é de 3%
ao ano.
a) Atendendo aos dados indicados qual será o VAL do projeto?
b) Reanalisando o problema, considere-se uma taxa de imposto sobre
lucros de 25% e a depreciação do equipamento pelo método das
quotas constantes, qual será o VAL em ambas as abordagens (preços
constantes e preços correntes)?
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 99

99

Capítulo IV – Os sistemas de preços.


O sistema de preços constantes versus preços correntes
Análise a preços constantes
a)
U: 106 euro
Ano
Rubricas Taxa real = 6,00%
0 1 2
Vendas 4 4
Gastos das vendas -2 -2
Investimento -3 VAL = 666.785,33€
FLL -3 2 2

Análise a preços correntes =


U: 106 euro
Ano Taxa nominal = 9,18%
Rubricas
0 1 2
Vendas 4,12 4,2436
Gastos das vendas -2,06 -2,1218
Investimento -3
VAL = 666.785,33€
FLL -3 2,06 2,1218

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 100

100

50
23/02/2022

Capítulo IV – Os sistemas de preços.


O sistema de preços constantes versus preços correntes

b) Análise a preços constantes


U: 106 euro
Ano
Rubricas
0 1 2
Vendas 4 4
Gastos das vendas -2 -2
Depreciações -1,5 -1,5
Resultado Antes de Impostos 0,5 0,5
Imposto 0,125 0,125
Resultado Líquido 0,375 0,375
Depreciações 1,5 1,5
Capacidade de Autofinanciamento 1,875 1,875
Investimento -3
FLL -3 1,875 1,875

Taxa real = 6,00% VAL = 437.611,25€


Diferença do VAL com o determinado na alínea anterior = 229.174,08€
.,()* .,()*
Diferença =
AI-LG E(K.,.ZI E(K.,.ZI[
2021/22 António B. Fernandes 101

101

Capítulo IV – Os sistemas de preços.


O sistema de preços constantes versus preços correntes

b) Análise a preços correntes


U: 106 euro
Ano
Rubricas A diferença
0 1 2
Vendas 4,12 4,2436 deve-se ao
Gastos das vendas -2,06 -2,1218 benefício
Depreciações -1,5 -1,5 fiscal das
Resultado Antes de Impostos 0,56 0,6218 depreciações,
Imposto 0,14 0,15545
a preços
Resultado Líquido 0,42 0,46635
Depreciações 1,5 1,5 constantes,
Capacidade de Autofinanciamento 1,92 1,96635 menos o
Investimento -3 benefício
FLL -3 1,92 1,96635 fiscal a preços
Taxa real = 9,18% VAL = 408.148,62€ correntes.
Diferença do VAL P. Constantes – P. Correntes = 29.462,62€
(,*∗.,)* (,*∗.,)* (,*∗.,)* (,*∗.,)*
Diferença = " " E(K.,.\(-I[
AI-LG E(K.,.ZI E(K.,.ZI[ (K.,.\(-
2021/22 António B. Fernandes 102

102

51
23/02/2022

Capítulo IV – Os sistemas de preços.


Em síntese: sistema de preços constantes versus preços correntes
Com a ausência de incidência fiscal é indiferente elaborar um projeto a
preços constantes ou a preços correntes. No entanto, a preços constantes
utiliza-se sempre uma taxa real de atualização e a preços correntes utiliza-
se uma taxa nominal.
Num projeto encontram-se fontes de divergência entre os dois métodos
que podem ser significativas. O efeito fiscal das depreciações, os níveis
de investimentos e desinvestimentos em fundo de maneio necessário, a
possibilidade de incorporar variações diferenciadas para a inflação das
diferentes rubricas e, sobretudo, o tratamento adequado do financiamento
do projeto, são mais rigorosamente obtidos através da análise a preços

AI-LG correntes.
2021/22 António B. Fernandes 103

103

Capítulo V – Considerações sobre a seleção de


projetos de investimento.
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Tem como objetivo essencial determinar o efeito que a alteração numa dada
variável poderá provocar nos resultados esperados de um projeto, mantendo-
se constantes todas as outras variáveis e valores inicialmente estimados.
Neste tipo de análises são geralmente estudadas as alterações nas seguintes
variáveis:
 O preço de venda;
 O custo dos factores produtivos;
 As quantidades a vender;
 O período de exploração do projeto.
Tendo como referência as estimativas realizadas, como sendo a hipótese mais
provável, testam-se novos cenários e o respetivo efeito na viabilidade do
projeto
Se por exemplo uma diminuição de 4% no preço de venda passar um projeto
de VAL positivo para negativo então podemos, desde logo, concluir que o
mesmo é muito sensível às variações susceptíveis de ocorrerem ao nível do
AI-LG preço de venda dos produtos.
2021/22 António B. Fernandes 104

104

52
23/02/2022

Capítulo V – Considerações sobre a seleção de


projetos de investimento.
ANÁLISE DO RISCO E INCERTEZA
Tal situação deriva desde logo do facto de ao nível da análise de investimentos se
tratar, habitualmente, de acontecimentos cuja ocorrência se verificará futuramente.
Assim sendo, existe sempre a possibilidade de se verificarem desvios relativamente ao
previsto, o que induz a necessidade de efetuar uma correcta análise do risco associado
São dois os tipos de incidentes que podem verificar-se durante o ciclo de vida de um
dado projeto:
 Os incidentes passíveis de cobertura pelas companhias de seguros:
 Incêndios;
 Inundações;
 Irrecuperabilidade de créditos;
 etc.
 Outros riscos que decorrem da incerteza de fenómenos relacionados com;
 Comportamentos subjetivos;
Condições naturais;
 Inovação e desconhecimento exacto dos seus efeitos;
 Evoluções nos custos de investimento e de exploração;
 Comportamento dos mercados;
AI-LG  etc.
2021/22 António B. Fernandes 105

105

Capítulo V – Considerações sobre a seleção de


projetos de investimento.
ANÁLISE DO RISCO E INCERTEZA
Relativamente à incerteza relacionada com as receitas e despesas de um dado
projeto, podemos abordar o seu tratamento segundo três formas distintas:

1) Por julgamento intuitivo, em que a opinião do técnico decorre dos seus


conhecimentos e experiências nesse domínio. Esta forma de análise é
bastante falível;

2) Pela aplicação de coeficientes de correlação, determinados através do


cálculo de probabilidades. Estes coeficientes serão tanto mais penalizantes
quanto maior for a incerteza e o risco;

3) Pela redução do período de vida útil esperado para o projeto.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 106

106

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Capítulo V – Considerações sobre a seleção de


projetos de investimento.
ANÁLISE DO RÁCIO DOS C/B
A análise do rácio dos B/C pode assumir duas formas distintas:
 Análise em termos de valores brutos:
B/C = Valor atual dos benefícios brutos / Valor atual dos custos totais
donde:
Rt = Valor dos benefícios brutos; R
 t
Ct = Valor dos custos de exploração;
B (1 + i )t
It = Valor dos custos de Investimento; =
Ct + It = Valor dos custos totais; C C +I
t t
(1+i)t = Coeficiente de atualização;
t = período de tempo; (1 + i )t
i = custo de oportunidade do capital.
Análise em termos de valores líquidos (também designado de índice de
rendibilidade):
B
Aqui considera-se Bt = Rt – Ct  t
B (1 + i)t
Pelo que: =
C I
B Valor actual dos benefícios líquidos (Rt - Ct) t
=
AI-LG C Valor actual dos custos de investimento (It) (1 + i )t
2021/22 António B. Fernandes 107

107

Capítulo V – Considerações sobre a seleção de


projetos de investimento.
ANÁLISE DO RÁCIO DOS C/B
De acordo com este critério, aprova-se este projeto quando o respetivo
rácio for superior a 1, ou seja, quando B/C > 1
Este critério tem uma vantagem sobre o critério do VAL, na medida em
que tem em consideração a dimensão do próprio investimento.

Exercício:
Determine o Índice de Rendibilidade do projeto de investimento com os
elementos infra mencionados:
Considere r = 10% (valores em milhares de €)
∑ Bt (1+r)-t = €597,123
∑ It (1+r)-t = €233,719 t
0 1 2 3 4 5 6
It 80 60 120 - - - -
Rt - 80 120 200 260 280 296
Ct - 40 30 50 60 80 96
AI-LG
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Capítulo V – Considerações sobre a seleção de


projetos de investimento.

ANÁLISE DO RÁCIO DOS C/B

Pelo que índice de rendibilidade = 597,123 / 233,719 = 2,55 > 1

Assim, de acordo com este critério, o projeto que acabamos de analisar deve
ser aprovado, uma vez que o seu rácio é superior a um.

Neste tipo de análises o índice de rendibilidade é semelhante à TIR, na


medida em que ambos medem a rendibilidade de cada unidade investida.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 109

109

Capítulo V – Considerações sobre a seleção de


projetos de investimento.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A SELEÇÃO DE PROJETOS

NO CONTEXTO EMPRESARIAL –
 Principais critérios e medidas da rendibilidade dos projetos, a qual é o
elemento preponderante na sua avaliação e respetiva seleção;
 Nem sempre é correcto (seguro/racional) utilizar apenas um dos critérios
para decidir acerca de vários projetos mutuamente exclusivos;
 Análise multicritério, a qual permitirá apurar verificar o mérito dos
projetos segundo diferentes perspetivas ou critérios tomados
simultaneamente, hierarquizando e comparando os resultados obtidos.

Assim, a seleção recairá sobre o projeto que em termos relativos se


afigure mais vantajoso do ponto de vista da rendibilidade, se outros
objetivos já tiverem sido considerados.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 110

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Capítulo V – Considerações sobre a seleção de


projetos de investimento.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A SELEÇÃO DE PROJETOS
NO CONTEXTO NACIONAL–
É através da implementação de projetos de investimento que se atingem os
objetivos e as orientações estratégicas globais, setoriais e regionais definidos
na planificação nacional.
Objetivos prioritários que um projeto de investimento, ao nível nacional, deve
privilegiar, para além da rendibilidade, nomeadamente:
 Expansão e diversificação das atividades;
 Acréscimos de produção para a satisfação de necessidades reais do mercado interno;
 Criação de condições favoráveis ao desenvolvimento de outros investimentos;
 Contribuição para o reforço das infra-estruturas económicas e sociais;
 Desenvolvimento dos recursos humanos;
 Percentagem de utilização de equipamentos nacionais;
 Contribuição para o saldo líquido em divisas e consequente endividamento externo;
 Criação de emprego e seu desenvolvimento qualitativo;
 Origens de financiamento;
 Etc.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 111

111

Capítulo VI – Opções reais.

Uma opção real pode ser definida como um direito (mas não uma obrigação)
de tomar uma decisão (abandonar um determinado negócio, expandir, etc.) a
que está associado um custo predeterminado (investimento inicial)
designado por preço de exercício, o qual se mantém por um determinado
período a que corresponde o prazo de exercício da opção.

Opções de compra (call) e de venda (put)


São dois os tipos de opções financeiras que também se podem observar nas
opções reais:
 Call, em que o seu detentor tem o direito de comprar o ativo subjacente
por um determinado preço (preço de exercício) numa ou até uma dada
data (maturidade);
 Put, em que o seu detentor tem o direito de vender o ativo subjacente por
um determinado preço (preço de exercício) numa ou antes de uma dada
data (maturidade).
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 112

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Capítulo VI – Opções reais.


Opções do tipo europeias e americanas

As opções europeias são exercidas na maturidade, ao passo que as


opções americanas podem ser exercidas até à sua maturidade.

Esta possibilidade de exercício antecipado torna as opções americanas


mais atrativas e consequentemente mais valiosas, embora também
aumente a dificuldade na sua avaliação.

Na realidade as opções reais são geralmente do tipo americanas,


podendo ser exercidas em qualquer momento até à data da sua
maturidade.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 113

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Capítulo VI – Opções reais.


Tipos de opções reais
As opções reais são habitualmente classificadas em função do tipo de
flexibilidade que criam para a gestão.
A tipologia encontrada na literatura é muito diversa, pelo que vamos seguir a
do professor João Carvalho das Neves:
◦ Opção de diferimento.
◦ Opção de extensão.
◦ Opção de alteração da escala das operações:
Opção de abandono.
Opção de contração.
◦ Opção de expansão.
Opção de mudança de atividade.
Opção de interrupção.
Opções contratuais.
Opções de aprendizagem.
Opção arco-íris.
Opções compostas.

Na realidade, muitas das opções são do tipo arco-íris e compostas, sendo aqueles que
naturalmente envolvem uma maior complexidade na sua avaliação.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 114

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Capítulo VI – Opções reais.


Modelos de avaliação de opções reais
Modelos Binomial
Baseia-se num processo simplificado de formação do preço de um ativo, no
qual o tempo é uma variável discreta e em cada período o preço pode subir
ou descer numa dada percentagem.

 Hipóteses subjacentes ao modelo binomial


1. os mercados são perfeitos e competitivos;
2. a taxa de juro periódica (r) e a dimensão dos movimentos
ascendentes (u) e descendentes (d) são conhecidos em qualquer
período futuro;

3. os investidores preferem mais riqueza a menos riqueza.


AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 115

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Capítulo VI – Opções reais.

Modelos Binomial

Derivação do Modelo Binomial para um período.


Para facilitar a exposição desta matéria vamos considerar que o início do
período (hoje) é designado como o momento T-1, enquanto que o fim do
período (data de expiração da opção) é designado de momento T.

Deste modo, se há um movimento ascendente verificado no momento T,


assumimos que o valor da Acão cresceu à taxa u.

Em sentido oposto, se se verifica um movimento descendente no mesmo


momento (T), significa que o valor da ação decresceu à taxa d .

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 116

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Capítulo VI – Opções reais.


Modelos Binomial

Graficamente esta situação pode ser representada da seguinte forma:

ST,u = (1 + u) S T-1
ST-1
ST,d = (1 + d) S T-1

Os parâmetros u e d são as hipotéticas taxas de rendibilidade sobre o


ativo subjacente.
O parâmetro R é igual à taxa de juro sem risco durante um período.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 117

117

Capítulo VI – Opções reais.


Modelos Binomial

Para que não se verifiquem oportunidades de arbitragem tem que se


verificar a seguinte condição: d < R < u

No momento T (data de expiração de uma opção de compra com um


preço de exercício X), a opção terá um dos seguintes valores:

 CT,u = max (0, ST,u – X) se o preço da ação aumentar;


 CT,d = max (0, ST,d – X) se o preço da ação diminuir.

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 118

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Capítulo VI – Opções reais.


Modelos Binomial
Exemplo (simplificado):
Vamos supor uma empresa cujas as ações têm um preço de mercado
unitário de €10 e das quais se espera uma valorização para €12,5 ou uma
desvalorização para €8,5. Sabe-se ainda que no prazo de um ano estas
têm um preço de exercício de €11,5, período o qual também corresponde
à sua maturidade.
Preço da opção: €12,5
Valor da opção: €1
Preço da ação = €10
Preço da opção: €8,5
Valor da opção: €0

Como podemos observar na figura anterior, no caso de o preço da ação se


valorizar para €12,5 a opção terá um valor de €1, enquanto que se o preço
da ação cair para €8,5 a opção não terá qualquer valor.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 119

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Capítulo VI – Opções reais.


Modelo Black e Scholes

Este modelo, desenvolvido por Black e Scholes em 1973, visa avaliar


opções de compra europeias sem distribuição de dividendos.
Como vimos anteriormente, as opções de compra europeias dão ao seu
detentor o direito de exercer o direito de compra numa dada data, pelo
que não pode haver antecipação do exercício.

Assim, de acordo com o referido modelo, o valor de uma opção de


compra (call) e opção de venda (put) calculam-se através das seguintes
fórmulas:

C=S*N(d1)-X*e-r*T*N(d2) P=X*e-r*T*N(-d2)-S*N(-d1)

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 120

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Capítulo VI – Opções reais.


Modelo Black e Scholes

C=S*N(d1)-X*e-r*T*N(d2)
onde:
] `)
ln 7_ ∗a
^ 2 d2 1( " ` ∗ a
d1
`∗ a
em que:

C é o valor da opção de compra;


S é o valor de mercado do ativo subjacente;
X é o preço de exercício do ativo subjacente;
T é o prazo até à maturidade, isto é, até ao vencimento do contrato.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 121

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Capítulo VI – Opções reais.


Modelo Black e Scholes
rf é a taxa instantânea de juro sem risco correspondente ao prazo de
maturidade do contrato;
σ mede a volatilidade ou desvio padrão do valor do ativo subjacente;

Note-se que: T, rf e σ têm de ser medidos na mesma unidade de tempo.

Pressupostos fundamentais do Modelo de Black and Scholes:


 Existem apenas dois tipos de capital: alheio e próprio;
 A dívida é constituída por uma única emissão, que será reembolsada ao valor
nominal;
 A dívida é do tipo cupão zero (vence no final do contrato e os juros são
capitalizados e pagos na data do seu vencimento) e não tem quaisquer opções
adicionais;
 O ativo subjacente é transacionado no mercado e existe procura para o mesmo,
sendo possível efetuar arbitragem;
 Sendo os ativos transacionados, o seu valor de mercado é conhecido. A
variância desse valor também é observável, pelo que pode ser estimada.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 122

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Capítulo VI – Opções reais.


Modelo de simulação de Monte Carlo
Para implementar o Modelo de Simulação de Monte Carlo é importante
definir o modo como se prevê a evolução dos preços do ativo subjacente.

Um pressuposto fundamental do modelo anterior é o de que os preços dos


ativos seguem uma distribuição lognormal.

Utilizando este mesmo pressuposto, a simulação de Montes Carlo deverá dar


valor idêntico ao modelo de Black e Scholes (BS), desde que o número de
simulações em questão seja elevado (tenda para infinito).

Apesar de não existir consenso sobre qual o melhor modelo para estimar a
evolução dos preços, na teoria das opções admite-se, frequentemente, que os
preços das ações seguem uma distribuição lognormal, à semelhança do que
prevê o modelo BS.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 123

123

Capítulo VI – Opções reais.


Modelo de simulação de Monte Carlo
Assim sendo, o logaritmo da rendibilidade segue uma distribuição normal,
pelo que o preço de cotação de um dado ativo, t(St), num determinado
momento do tempo pode estimar-se da seguinte forma:
4)
]bK∆b ]b ∗ 4de f" ∗ ∆g ` ∗ h ∗ ∆g
2
em que:
µ é a taxa de crescimento médio dos preços de cotação do ativo, ou seja, a taxa de
rendibilidade média;
σ é o desvio padrão da taxa de rendibilidade média;
∆t é o acréscimo de tempo em relação à forma de medição da taxa de
rendibilidade;
Z é a variável normal estandardizada com média zero e desvio padrão um.
AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 124

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23/02/2022

Capítulo VI – Opções reais.


Exemplo – Opção de diferimento:
Suponha a avaliação de uma oportunidade de investimento, cujo o investimento
inicial, Io, é igual a 1.010.000€, totalmente financiado por capitais próprios.
Este projeto gerará um ano mais tarde os seguintes valores atualizados:
1.700.000€ se o mercado evoluir favoravelmente, ou 700.000€ se o mercado
evoluir desfavoravelmente.
ANO 0 ANO 1 ANO 2
Rend. Esperada k=20% 2.890.000€;
Tx. juro s/risco r=10% 1.700.000€; 2,89
d=1,7 1.190.000€;
1,19
1.000.000€
1.700.000 ∗ 0,5 700.000 ∗ 0,5 1.190.000€;
E1 0,2I
700.000€; 1,19
u=0,7 490.000€;
0,49
AI-LG O VAL do projeto é negativo uma vez que: -1.010.000+1.000.000 = -10.000€
2021/22 António B. Fernandes 125

125

Capítulo VI – Opções reais.


Exemplo (continuação):
A opção de diferir o projeto por um ano dá aos gestores o direito, mas não a
obrigação, de realizar o investimento no próximo ano se o valor do projeto nessa
altura exceder o investimento necessário.
Em que: u = 1,7 e d=0,7 1.010.000*(1+0,1) =1.111.000€
ANO 0 ANO 1
1.111.000 – 1.700.000 = 589.000€
(KX ij
e
kij
(K.,( i.,, Su =1.700.000€;
e =0,4
(,,i.,, u
fu = 589.000€

S = 1.000.000€
f=?

m∗_kK (im ∗_j Sd = 700.000€;


l E(KXI d fd = 0€
0,4 ∗ 589.000 0,6 ∗ 0
l
E1 0,1I
214.181,82€

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 126

126

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23/02/2022

Capítulo VI – Opções reais.

Exemplo (continuação):

Embora o projeto tenha o VAL estático = -10.000€, se for empreendido


imediatamente, a proposta de investimento não deve ser rejeitada porque a
oportunidade de investir no projeto dentro de um ano está atualmente
avaliada em 214.181,82€. O valor da opção de diferimento é dado por:

Prémio da Opção = VAL Estratégico – VAL Estático

Prémio da Opção = 214.181,82-(-10.000) = 224.181,82€

AI-LG
2021/22 António B. Fernandes 127

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Bibliografia
- Abecassis, F. & Cabral, N., (2000), “Análise Económica e Financeira de Projetos”,
Fundação Calouste Gulbenkian, 4ª edição, Lisboa.
- Barros, H., (2014), “Análise de Projetos de Investimento”, Edições Sílabo, 5º edição,
Lisboa.

- Brealey, R.A. & Myers S., (2008), “Princípios de Finanças Empresariais”, , 8ª edição,
McGraw-Hill Education Europe.
- Esperança, J. P. & Matias, F., (2009),“Finanças Empresariais”,Texto.
- Lopes, Maria, (2011), “Elaboração e Análise de Projetos de Investimento”, FEUP
Edições.
- Matias, R., (2015),“Cálculo Financeiro Teoria e Prática”, 5ª Edição, Escolas Editora.
- Mithá, O., (2008), "Análise de Projetos de Investimento“, Escolar Editora.
- Silva, Eduardo & Queirós, Mário, (2011), “Gestão Financeira – Análise de
Investimentos”,Vida Económica.

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2021/22 António B. Fernandes 128

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