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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE GESTÃO

CURSO DE GESTÃO DE CONTABILIDADE

A IMPORTÂNCIA DA ELABORAÇÃO DE PROJECTO DE


INVESTIMENTO À NIVEL EMPRESARIAL NO PERÍODO DE
2020-2021. ESTUDO DE CASO EMPRESA OCLETU, LDA.

ELABORADO POR: ANTÓNIO PEDRO ARTUR e JOSÉ


CAHASSA ALCINDO

ORIENTADOR: Prof. MSc. Ivo Miguel

Luanda, 2021

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE GESTÃO

CURSO DE GESTÃO DE CONTABILIDADE

A IMPORTÂNCIA DA ELABORAÇÃO DE PROJECTO DE


INVESTIMENTO À NIVEL EMPRESARIAL NO PERÍODO DE
2020-2021. ESTUDO DE CASO EMPRESA OCLETU, LDA.

Monografia submetida ao Departamento de Ciências


Económica Jurídica e Humanas do Instituto Superior
Politécnico Atlântida, como um dos requisitos para a
obtenção do grau de Licenciatura em Gestão de
Contabilidade, sob a orientação do Prof. MSc Ivo Miguel.

Elaborado por: António Pedro Artur e José Cahassa Alcindo

Luanda, 2021

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DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Nós, António Pedro Artur e José Cahassa Alcindo, autores do Trabalho de Fim de
Curso (Monografia) intitulado a importância da elaboração de projecto de investimento
à nivel empresarial no período de 2020-2021. estudo de caso empresa Ocletu, lda.,
orientado pelo professor Ivo Miguel, declaramos que o trabalho em referência é de
nossa total autoria. Declaramos, ainda, estar cientes de que, se houver qualquer trecho
do texto em questão que possa ser considerado plágio (cópia de trecho de livros, artigos,
revistas, dissertações, teses, internet, etc, sem a referida citação), ou se o mesmo puder
ser considerado ilícito, o corpo docente responsável pela sua avaliação poderá não
aceitá-lo como monografia de final de curso do Instituto Superior Politécnico Atântida,
no curso de Gestão de Contabilidade, por conseguinte, considerar-nos reprovados na
disciplina de TFC (Trabalho de Fim de Curso).

Luanda, aos 17 de Outubro de 2021

________________________
Aluno

________________________
Aluno

3
NOME DOS ESTUDANTES
_________________________________

__________________________________

A IMPORTÂNCIA DA ELABORAÇÃO DE PROJECTO DE INVESTIMENTO À


NIVEL EMPRESARIAL NO PERÍODO DE 2020-2021

Esta Monografia foi julgada adequada e aprovada na sua versão final pelo
Departamento de Ciências Económicas Jurídicas e Humanas do Instituto Superior
Politécnico Atlântida, aos _____de______________de 20____.

Drª Albertina Ieze Songo Barros Zacarias

____________________________________________________

Directora Geral do Instituto Superior Politécnico Atlântida

Foi apresentada e defendida perante o Júri composto pelos professores:

Presidente
______________________________________________

Primeiro Vogal
______________________________________________

Segundo Vogal

______________________________________________

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DEDICATÓRIA

Antes de mais dedicamos este trabalho à


Deus por nos conceder o dom da vida e
forças para sua elaboração e à todos
àqueles que diretamente prestaram seu
contributo para sua materialização.

5
RESUMO
O presente trabalho referê-se ao entendimento da importância da realização de um
Projecto de Investimento antes mesmo de sequer começar um negócio. Pretendemos
também, entender e fazer entender como as empresas estruturadas com base em um
Projecto bem elaborado têm maior capacidade de fazer face aos desafios de mercado e
até mesmo os internos, que esta está sujeita durante o exercício das suas actividades.

PALAVRAS-CHAVE: Projecto. Investimento. Empresa.

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ABSTRACT
The present work refers to the understanding of the importance of carrying out an
Investment Project before even starting a business. We also want to understand and
understand how companies structured on the basis of a well-designed Project have
greater capacity to meet the challenges of markets and even internal ones, which it is
subject to during the exercise of its activities.

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Índice

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 12

1.1 DEFINIÇÃO DE CONCEITOS E TERMOS12


1.1.1 INVESTIMENTO 12
1.1.2 PROJECTO DE INVESTIMENTO 12
1.1.3 EMPRESA 13
1.1.4 CLASSIFICAÇÃO 13
1.2 TIPOS DE PROJECTO DE INVESTIMENTO COM BASE EM DIFERENTES CRITÉRIOS
14
1.3 FASES DO PROJECTO DE INVESTIMENTO 16
1.4 TIPOS DE AVALIAÇÃO DE PROJECTO DE INVESTIMENTO 18
1.5 PLANEAMENTO ESTRATÉGICO (ESTUDO DE MERCADO) 19
1.6 DEFINIÇÃO DA MISSÃO, VALORES, POLÍTICAS E OBJECTIVOS ORGANIZACIONAIS
20
1.7 OBJECTIVOS ORGANIZACIONAIS 22
1.8 ANÁLISE DA ENVOLVENTE CONTEXTUAL (PESTDAL) 23
1.9 ANÁLISE DA ENVOLVENTE TRANSACIONAL (AS 5 FORÇAS DE PORTER) 24
1.10 ANÁLISE SWOT 26
1.11 PLANO DE MARKETING-MIX 27
1.12 PLANO OPERACIONAL. 31
1.13 ARRANJOS FÍSICOS (LAYOUT). 31
1.14 PLANO ORÇAMENTAL.32
1.15 CASH FLOW 32
1.16 TAXA DE RENDIBILIDADE MÍNIMA EXIGIDA PELOS INVESTIDORES OU
PROPRIETÉRIOS (TXA.CO) 32
1.17 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ECONÓMICA DO PROJECTO DE INVESTIMENTO
BASEADOS NO CASH FLOW. 33

CAPÍTULO II - METODOLOGIA 35

2.1 DESENHO DE PESQUISA 35


2.2 ÁREA DE ESTUDO 37
2.3 VALIDADE E CONFIABILIDADE EM PESQUISA 37

8
2.4 LIMITAÇÕES 38
2.5 Ética na pesquisa 38
INTRODUÇÃO

O presente trabalho enquadra-se no âmbito da elaboração do trabalho de fim de


curso de Licenciatura em Gestão de Contabilidade. Como tal o presente trabalho vem
sendo desenvolvido desde o primeiro semestre do ano lectivo de 2019, o qual elegemos
por motivo de forte debate em aulas, não obstante fruto do conteúdo programático da
própria cadeira “Análise de Investimento”. Embora vem sendo um trabalho árduo por
ser maioritariamente práctico, nos dedicamos a desenvolvê-lo pela riqueza de
conhecimento que o mesmo proporciona para estudantes do nosso curso e não só.

Desta feita, salientamos que o desenvolvimento e implementação de um projecto


de investimento visam proporcionar aos empresários ou investidores a criação de um
negócio de raiz com base em ferramentas que lhes possibilitem obter dados presentes e
futuros sobre a viabilidade económica e financeira do seu negócio, permitindo-lhes
saber se os recursos aplicados irão gerar resultados positivos no prazo previsto.

Segundo Ian Little and James Mirrless — Project Appraisal and Planning for
Developing Countries (June 6, 1974), Projecto de investimento é qualquer plano ou
parte de um plano, para investir recursos que possam ser racionalmente analisados e
avaliados como uma unidade independente. Logo, conclui-se que todo o projecto de
investimento implica sempre uma afectação de recursos (humanos ou materiais) num
momento próximo, tendo em vista a obtenção de determinados benefícios num período
de tempo mais ou menos longo.

Com o passar do tempo, o termo “projecto de investimento” vem ganhando mais


força e abrangência na esfera empresarial, por este representar um conjunto de
ferramenta essenciais que garantem a previsão de resultados futuros com base em
variáveis distintas que quando combinadas levam a estes resultados. Fruto do factor
globalização cada vez mais presente no nosso quotidiano, a aceitação da realização de
um projecto de investimento para novos investimentos e/ou projectos secundários das
organizações, está associada a capacidade de assertividade que esse estudo garante em
termo de resultados satisfatórios com base nos recursos aplicados e em função da vida
útil projectada.

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Contextualização do Campo de pesquisa

No âmbito da pesquisa para o presente trabalho, nos deparamos com a


necessidade de obter dados financeiros e técnicos reais, daí escolheu-se a Empresa
OCLETU, LDA porque ao decorrer de algum tempo esta levou a cabo o
desenvolvimento de um projecto de investimento, objecto da nossa área de estudo.

Problema de Pesquisa

Na busca do entendimento da importância da elaboração de um projecto de


investimento à nível empresarial, atendemos a seguinte problematização:

Qual a importância da elaboração de Projecto de Investimento à nível empresarial?

Objectivos

Objectivo Geral

Compreender a importância da elaboração de projecto de investimento à nível


empresarial.

Objectivos Específicos

Apresentar o conceito de projecto de investimento;

Identificar as vantagens aquando da realização de um projecto de investimento;

Demonstrar o impacto da realização de um projecto de investimento a nível


empresarial;

Hipótese

Ao olhar para o actual contexto macroeconómico e financeiro de Angola,


entendemos que a elaboração de um projecto de investimento a nível empresarial
propicia:

H.1 A elaboração de um projecto de investimento a nível empresarial em um


contexto de crise socioeconómica ou normalizado garante a maximização dos
resultados;

10
H.2 A elaboração de um projecto de investimento a nível empresarial, em um
contexto de crise socioeconómica ou normalizado, não garante maximização dos
resultados;

H.3 A mudança de cenários financeiros e económicos garante a expansão da


empresa;

Justificativa

O estudo do presente tema é fruto da necessidade de compreender a importância


da realização de um Projecto de Investimento no sector empresarial, visto que constitui
para a sociedade uma ferramenta indispensável para uma boa posição da empresa no
mercado. Todavia, o presente trabalho tem um impacto na comunidade académica
porque servirá de suporte bibliográfico. Para nós, esperamos ao longo da realização
deste trabalho poder colher bastante conhecimento e domínio da sua matéria.

Relevância

A nível social o presente trabalho pode servir de suporte para as iniciativas


empresariais e não só. Para a comunidade académica servirá de suporte ou referência
para eventuais trabalhos científicos. De forma particular isso nos ajudará a ter em mente
que para o exercício de qualquer actividade, há a necessidade de conhecer o mercado
que estamos inseridos e quiçá colocarmos a disposição dos interessados o nosso
conhecimento sobre o tema em voga.

Delimitação

A importância da elaboração de Projecto de Investimento à nível empresarial em


Angola no período de 2020 e 2021, Província de Luanda, Município de Talatona, Bairro
do Talatona, Via S10, Edifício América Plaza, no ano de 2020-2021.

11
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Definição de conceitos e termos

Os termos projecto, investimento e empresa, constituem as palavras chave do


presente projecto de pesquisa, cujos conceitos são espelhados da seguinte forma:

1.1.1 Investimento

Segundo Megre (2018, p.14) um investimento não é mais do que uma troca de
recursos atuais por recursos futuros. Aos primeiros chama-se custos. Aos segundos, ao
resultado do processo de investimento, associa-se a ideia de benefícios.

Investimento é a aplicação de recursos financeiros de modos a rendibilizá-los


(MEGRE, 2013);

Investimento é uma aplicação de recursos escassos que geram rendimento,


durante um intervalo de tempo, de forma a maximizar a riqueza dos proprietários
(BARROS, 2007).

Segundo o nosso entendimento, investimento significa a disposição de recursos


com propósito de benefícios futuros.

1.1.2 Projecto de Investimento

De acordo com Gremillet (1972), apud Megre (2013 p.15), “um projecto de
investimento é um acto de gestão por excelência, é efectivamente uma troca de uma
soma certa do presente por uma esperança de benefícios futuros.

Segundo Megre (2013, p. 15), Um projecto de investimento é uma troca entre


uma formação de capital, no presente, e uma corrente de bens finais (de consumo, de
investimento, de exportação), no futuro.

Para Lopes (2012), apud Poitan (2014 p.11) “Um projecto pressupõe uma serie
de decisões de efectuar investimento, ou explorar o capital e/ou outros recursos

12
existentes, com objectivo de obter os benefícios. Para evitar riscos, otimizar os
resultados ou escolher o melhor projecto a decisão de investimento é necessário efectuar
uma análise financeira dos fluxos geridos, do mapa de exploração, plano de
investimentos etc”.

Lopes explica a importância e a razão dos projectos de investimentos pelo


aumento das disponibilidades futuras através de uso das presentes, e a importância da
análise dos projectos propostos que permitem determinar o futuro da empresa, avaliando
o risco de perda da oportunidade de mercado que lhes deu origem, limitando o
volume/direção de investimento para evitar o grau de endividamento que poderá
prejudicar a saúde financeira da empresa.

Contudo, entendemos que um projecto de investimento é, por conseguinte, uma


proposta de acção que, a partir da utilização dos recursos disponíveis, considera possível
obter lucros. Estes benefícios que não são seguros, podem ser obtidos a curto, médio ou
longo prazo. Qualquer projecto de investimento inclui a recolha e a análise dos factores
que influem de forma directa, na oferta e na procura de um produto. É a isto que se
chama estudo de mercado, o qual determina a que segmento do mercado se focará o
projecto bem como a quantidade de produto que se espera comercializar.

1.1.3 Empresa

Segundo Kinlaw (1998), a empresa é a força contemporânea mais poderosa de


que se dispõe para estabelecer o curso dos eventos da humanidade. Ela transcende as
fronteiras e os limites do nacionalismo, exercendo influência predominante nas decisões
políticas e sociais.

Para Crepaldi (1998), uma empresa é uma associação de pessoas para a


exploração de um negócio que produz e/ou oferece bens e serviços, com vistas, em
geral, à obtenção de lucros.

Cassarro (1999) defende que uma empresa é uma entidade jurídica que tem
como obrigação apresentar lucro, e este deve ser suficiente para permitir sua expansão e
o atendimento das necessidades sociais.

1.1.4 Classificação

Segundo Chiavenato (2014), as empresas apresentam a seguinte classificação:

Organizações Governamentais;

13
Organizações Não Governamentais (ONG);

Empresas em geral.

As empresas podem ter diversas dimensões, tamanhos variados, podem ser:

Microempresas;

Pequenas empresas;

Médias empresas;

Grandes empresas;

Podem assumir algumas amplitudes, como:

Empresas locais;

Empresas regionais; e

Empresas multinacionais

As empresas são heterogêneas, têm objetivos diferentes, propósitos diferentes.


Existem organizações que visam lucro e existem também organizações que não visam
lucro.
Portanto, organizações não crescem, sobrevivem, ou se tornam bem-sucedidas
por acaso. O resultado vem de uma boa administração, o sucesso vem do modo como
elas são administradas. (CHIAVENATO, 2014).

1.2 Tipos de projecto de investimento com base em diferentes critérios

Segundo Barros (2007, p.28), “existem tantos tipos de projectos de investimento


quantos os critérios adoptados para os classificar. Sendo alguns deles, considerados
representativos para a classificação do projecto de investimento”.

Barros (2007, p.28), apresenta a classificação de projectos de investimento


quanto ao sector de actividade e natureza do investidor da seguinte forma:

Sector de actividade: quanto a este critério os projectos de investimento


classificam-se em:

Projectos agrícolas

Projectos industriais

Projectos comerciais

14
Projectos de serviços

Por natureza do investidor: pela natureza do investidor os projectos de


investimentos podem ser:

Projectos públicos - são projectos desenvolvidos com recursos disponibilizados


pelos governos ou entidades publicas, a fim de gerar bem-estar social.

Projectos privados - São projectos cujos recursos são disponibilizados por


pessoas jurídicas ou físicas de direito privado, a fim de gerar retorno monetário aos
investidores.

Megre (2013), afirma que existem vários tipos de classificação de Projectos de


investimento, desde as mais simples e utilizadas, podendo ser as seguintes:

Pela sua natureza - segundo a sua natureza os projectos podem ser:

Intelectual: aplicado no desenvolvimento do pessoal;

De investigação: permite a empresa obter actualizações em termos técnico e de


produtos;

Financeiro: quando há aquisição ou participação no capital de outra empresa;

De Stocks: busca melhorar ou especular a funcionalidade da empresa;

Exercício da actividade principal da empresa: expressa a necessidade de


aquisição de máquinas, construção de centros de produção e expansão da rede de
distribuição.

Pela sua dimensão - pela dimensão os projectos de investimento podem ser:

Grande: quando influencia o nível geral de preços (baixa provocada pelo


aumento da oferta);

Pequeno: quando não influencia o nível geral de preços;

Pela relação com o meio - segundo a sua relação com o meio os projectos podem
ser:

Autónomo: se o investimento resulta de uma diferenciação tecnológica,


comercial ou outra que garanta a competitividade da empresa;

Manjate (2013), afirma que quanto a sua relação com a actividade produtiva e
objectivos a atingir, os projectos de investimento classificam-se em:

15
Classificação de projectos de investimento quanto a sua relação com a actividade
produtiva:

Projectos diretamente produtivos – são aqueles que desenvolvem actividades


directamente produtivas dando origem a bens e serviços transaccionáveis no mercado;

Projectos indirectamente produtivos - são projectos que desenvolvem


actividades secundárias de suporte à actividade produtiva ajudando à sua
implementação;

Projectos sociais - são projectos não relacionados com a actividade produtiva


cujo objectivo é garantir o funcionamento do sistema político e social ajudando a uma
sustentável melhoria do bem-estar;

Classificação de projectos de investimento quanto aos objectivos a atingir:

Projecto de inovação e de modernização: têm por objectivo a redução dos custos


de produção e/ou de funcionamento ou a introdução de novos produtos ou
aperfeiçoamento dos já produzidos de forma a manter ou melhorar o seu mercado;

Projecto de Substituição ou de Renovação: São levados a cabo para a


substituição de equipamentos usados e obsoletos por equipamento análogo ou mais
moderno;

Projecto de expansão: têm em vista aumentar a capacidade de oferta de produtos


existentes ou para expandir (pontos de venda e distribuição) em mercados que estão
sendo actualmente explorados. Exige-se aqui um planeamento adequado do nível de
crescimento de demanda;

Projectos Estratégicos: estes tipos de projectos são implementados para reduzir


os riscos da empresa, promovendo condições mais favoráveis ao desenvolvimento e
êxito da mesma;

Projectos de segurança e/ou ambientais: são necessários por recomendações


governamentais, acordos sindicais ou com intuito de reparar eventuais danos causados
ao ambiente ou à sociedade.

Classificação quanto a relação entre os diferentes projectos de investimento:

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Projectos independentes: Os benefícios esperados para um dado projecto não se
alteram, quer um segundo projecto seja aceite ou não. Exemplificando, o investimento
no Projecto X deve ser tecnicamente possível com ou sem a realização do Projecto Z.

Projectos dependentes (ou compatíveis ou complementares): A realização de um


pode afectar os resultados de outro ou outros. Isto é, os benefícios esperados de um
projecto são afectados pela decisão de aceitar ou rejeitar um outro projecto.

1.3 Fases do Projecto de Investimento

De acordo com Megre (2013, p. 37) “existem três principais fases de um


projecto de investimento que são: fase de pré-investimento, fase de investimento e fase
de exploração.

Fase de Pré-investimento - esta fase subdivide-se nas seguintes etapas:

Identificação das oportunidades de investimento/construcção de variantes: é nesta fase


aonde identifica-se as possibilidades de investimento, a partir de ideias de projectos. É
nesta fase em que o gestor de desenvolvimento decide entre três hipóteses: passar ao
estudo imediato; aceitar como potencial futuro e manter em carteira; ou abandonar a
ideia.

Estudo de pré-viabilidade: nesta fase procura-se desenvolver estudos ou fazer


uma avaliação preliminar que tem como objectivo responder às seguintes questões:

As opções de investimento são suficientemente prometedoras para que se possa


decidir investir com base no estudo de pré-viabilidade?

A alternativa merece passar à fase de estudo de viabilidade ou, pelo contrário, é


desinteressante e deve ser abandonada?

As características da alternativa de projecto exigem o aprofundamento de certas


questões que obriguem a recorrer a análises de apoio, como estudos de mercado,
estudos de economia de escala, ensaios de laboratório ou experiências em fábrica-
piloto?

Estudo de mercado e sua evolução: analisa as condições de mercado dos bens


necessários à execução do projecto e debruça-se essencialmente sobre o output do
projecto.

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Estudo técnico: este estudo tem como objectivo escolher, de entre as tecnologias
existentes, a que melhor se adapte aos aspectos técnicos e económicos (em função da
sua disponibilidade, qualidade, inovação e preço), tendo como tarefas principais a
análise e definição das condições de produção para toda a vida do projecto, bem como
da aquisição de know-how.

Soares et al (2006), apresentam o seguinte esquema para explicar as fases de


desenvolvimento de um projecto de investimento.

FASES DE DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO

FASE DE
FASES DO PROJECTO
EMPRESA

FASE DE CONCEPÇÃO FASE DE IMPLEMENTAÇÃO


FASE
FASE DE OPERACIONAL
FASE DE PREPARAÇÃO FASE DE AVALIAÇÃO FASE DE INVESTIMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Conclusão do
Identifcação das Formulação das Projecto e Laboração e
Pré- Formulação do Avaliação Tomada de
opotunidades de variantes do Planificação Execução Controle ligação a avaliação
viabilidade projecto (Viabilidade) decisão
investimento projecto projectos retrospectiva
subsequentes

Fonte: Soares et al (2006, p. 16

1.4 Tipos de Avaliação de Projecto de Investimento

De acordo com Barros (2007), existem vários tipos de avaliação do projecto de


investimento, nomeadamente, avaliação financeira (avaliação técnica, comercial e
institucional), avaliação económica, avaliação social e avaliação ambiental.

Avaliação Financeira: entende-se que é um estudo de apoio à tomada de decisão


por parte do investidor (o detentor do capital próprio necessário ao projecto) e dos
financiadores (os detentores do capital alheio) do projecto. Esse estudo pondera as
despesas e as receitas financeiras do projecto valorizadas a preços de mercado de forma
a aferir da rendibilidade em termos do mercado. Em geral a avaliação financeira
engloba a avaliação técnica, comercial e institucional, aspectos este que não possuem
autonomia científica.

Avaliação técnica: ocupa-se em abordar o layout e/ou design das instalações e


equipamentos do projecto, estimando os custos de investimento e operativos da
construção e operação do projecto. Esta avaliação é integrada na avaliação financeira.

18
Avaliação comercial: a avaliação comercial trata das condições de compra de
bens e serviços necessários à serem inseridos no projecto, e das condições de compra e
venda (mais exactamente do marketing) da fase de operação do projecto. É um estudo
que engloba a pesquisa de mercado, que identificando os clientes e os concorrentes. Tal
como a avaliação técnica, incorporada na avaliação financeira. As quantidades e preços
das vendas, da conta de exploração previsional do projecto, assim como o fundo de
maneio, são determinadas pela avaliação comercial.

Avaliação institucional: trata das questões relacionadas com a gestão do projecto


em particular com o sistema de gestão e o tipo de organização do pessoal a adoptar na
fase de construção e na fase de operação. É de igual modo incorporada a avaliação
financeira. (ibidem).

De acordo com Nhambiu (2013, p. 12), a avaliação económica ou de pré-


financiamento de um projecto, busca avaliar a rendibilidade do investimento
pressupondo que é exclusivamente financiado por capitais próprios. Admite-se que a
estrutura de financiamento ainda não se encontra definida, pelo que esta recai sobre os
critérios utilizados para a suportar.

Soares et al (2006, p. 19), entendem que avaliação económica é o estudo de


apoio a tomada de decisão pública relativamente ao projecto. É um tipo de avaliação
que se justifica numa economia de mercado apenas quando o projecto é de natureza
pública ou quando sendo um projecto privado é parcialmente financiado com fundos
públicos.

Avaliação social: serve para avaliar a contribuição do projecto para objectivos


sociais como:

A distribuição da renda;

A fixação da população no território afecto ao projecto e não só;

A melhoria das condições de vida, em particular da nutrição, saúde, educação e


aspectos culturais da população afecta ao projecto.

Avaliação ambiental: defendem que está implicada na avaliação do impacto


ambiental que o projecto proporciona para as sociedades em relação com a poluição.
(Ibidem).

1.5 Planeamento Estratégico (Estudo de Mercado)

19
Marcondes (2016) “O planeamento estratégico se refere a um processo sistêmico
que permite definir o melhor caminho a ser seguido por uma organização, para atingir
um ou mais objectivos, dentro de um contexto previamente analisado. Ou seja, é um
processo que visa a análise sistemática dos pontos fortes e fracos da organização, e das
oportunidades e ameaças do cenário de actuação, com o intuito de estabelecer
propósitos, objectivos, acções estratégicas que possibilitem o aumento da
competitividade da organização”.

De acordo com Chiavenato (2004), apud Marcondes (2016) “o planeamento


consiste na tomada antecipada de decisões sobre o que fazer, antes da acção ser
necessária. Sob o aspecto formal, planear consiste em simular o futuro desejado e
estabelecer previamente os cursos de acção necessários e os meios adequados para
atingir os objectivos”.

Enquanto que para Oliveira (2010) apud Marcondes (2016) “o planeamento é


um processo administrativo que proporciona a sustentação metodológica para se
estabelecer a melhor direcção a ser seguida pela empresa visando ao optimizado grau de
interacção com os factores externos não controláveis e actuando de forma inovadora e
diferenciada.

Day (1999), apud Marcondes (2016) “define estratégia como um conjunto de


acções integradas, com a finalidade de obter vantagem competitiva duradoura”.

Marques (2006), apud Poitan (2014), “propõe como analise de o mercado


estudar os seguintes factores que poderão influenciar a demanda: crescimento da
população, crescimento da renda, elasticidade da demanda, elasticidade preço de
demanda, distribuição da renda, crescimento da oferta, sazonalidade das vendas, canais
de distribuição, o que torna a analise bastante complexa”.

1.6 Definição da missão, valores, políticas e objectivos organizacionais

Entendemos, que a definição desses pontos evidencia de forma geral o ponto de


partida do negócio e o conceito do mesmo.

Missão

Na nossa visão, a missão de uma empresa ou reflecte o papel que ela


desempenha em sua área de actuação. Representa o seu ponto de partida, pois identifica
e dá rumo ao negócio.

20
Entendemos que para definir a missão é necessário responder questões como:

Qual é o seu negócio?

Quem é o consumidor?

O que é valor para o consumidor?

O que é importante para os colaboradores, fornecedores, sócios, comunidade,


etc.

Segundo Drucker, (2011) apud conte (2014) “uma empresa não se define pelo
seu nome, estatuto ou produto que faz; ela se define pela sua missão: Somente uma
definição clara da missão é a razão de existir da organização e torna possíveis, claro e
realistas os objectivos da empresa”.

Enquanto que Kotler (2005) apud. Conte (2014) “defende a ideia de que uma
missão bem difundida desenvolve nos funcionários um senso comum de oportunidade,
direcção, significância e realização. Uma missão bem explicita actua como uma mão
invisível que guia os funcionários para um trabalho independente, mas colectivo, na
direcção da realização dos potenciais da empresa”.

Valores

De acordo com Barret (2000) apud. Conte (2014), “Em uma organização os
valores dizem e os comportamentos fazem. Portanto, os valores organizacionais podem
ser definidos como princípios que guiam a vida da organização, tendo um papel tanto de
atender aos objectivos organizacionais quanto de atender às necessidades dos
indivíduos”.

Já Spranger (1928) apud. Conte (2014), define valores como um conjunto de


gostos, pontos de vista, preferências internas, julgamentos racionais e irracionais,
preconceitos e padrões de associação que determinam a visão de mundo de um
individuo.

Políticas Organizacionais

Marques (2019), explica que cada uma das empresas que está inserida no
mercado atual tem suas próprias características e maneiras de se posicionar. Isso
acontece, principalmente, no que diz respeito aos produtos e serviços que esta oferece
em seu segmento, à forma como se relaciona com seus principais stakeholders, que são

21
seus consumidores, colaboradores e  fornecedores, e também à forma com que
administradores e diretores escolhem para conduzir a organização como um todo. Nesse
sentido, a política empresarial padroniza a linguagem utilizada em todos os
departamentos e operações, para que assim a comunicação entre todos aqueles que
fazem parte do negócio se entendam e tenham alinhamento no dia a dia profissional, no
sentido de caminharem juntos, rumo ao alcance do sucesso.

Tipos de políticas organizacionais

Após compreender melhor do que se tratam as políticas empresariais, veja quais


os tipos existentes a seguir:

Políticas internas: orientam e regulam os relacionamentos entre os funcionários


da organização; 

Políticas externas: guiam o relacionamento da empresa com outros grupos; 

Políticas estabelecidas: são provenientes dos objetivos, desafios e metas


estabelecidas pela administração, ou seja, trata-se da delimitação de questões
estratégicas ou táticas; 

Políticas solicitadas: são resultantes das solicitações dos subordinados à


administração: estão relacionadas às questões operacionais; 

Políticas impostas: provenientes de fatores do ambiente externo, tais como


governo, sistema financeiro, sindicatos, etc; 

Já Marcondes (2016), entende que definição de política organizacional favorece


a descentralização de poder e de decisão porque dá ao superior a segurança de que a sua
equipa terá orientação para as suas tarefas e tomadas de decisão.

1.7 Objectivos organizacionais

Para Chiavenato, apud Real (2014) “objetivos organizacionais são o fim


desejado que a organização pretende atingir e que orientam o seu comportamento em
relação ao futuro e ao ambiente interno e externo. Neste sentido os objetivos
organizacionais são a razão de ser das organizações, que necessitam de um fim
objetivo”.

22
Nunes (2018) “afirma que os objectivos organizacionais correspondem aos
resultados desejados numa organização. Ao contrário da missão (que é definida de uma
forma genérica e não quantificada), os objectivos devem ser expressos de forma
concreta e respeitar um conjunto de requisitos, nomeadamente”:

 Hierarquia: diz respeito à hierarquização dos objectivos por ordem de


importância ou de prioridade, o que permitirá estabelecer interdependências e
dosear esforços para os atingir;

 Consistência: os múltiplos objectivos definidos devem harmonizar-se entre si de


forma que os esforços para atingir uns não entre em conflito com os esforços
para atingir os restantes;

 Mensurabilidade: de pouco servem os objectivos se não for possível verificar se


estão ou não a ser atingidos e tal apenas é possível se os objectivos estiverem
quantificados ou valorados;

 Calendarização: pelas mesmas razões que a mensurabilidade, também é


necessário definir os objectivos no tempo (com um prazo para ser atingido e
eventualmente com uma série de fases intermédias);

 Realistas e desafiantes: devem ser possíveis de ser atingidos, mas em simultâneo


devem ser ambiciosos, constituindo um desafio motivante para todos os
colaboradores.

Conforme o nosso entendimento, os objetivos são os resultados que a empresa


pretende alcançar. No processo de definição, é importante definir objetivos com
critérios quantificáveis como, fatia de mercado, facturação total ou número de clientes.
Devem ser objetivos que possam depois ser medidos por indicadores, pois assim os
resultados podem ser avaliados na etapa de controle.

1.8 Análise da Envolvente Contextual (PESTDAL)

O meio envolvente contextual caracteriza-se por incluir o contexto económico,


tecnológico, politico-legal e sociocultural. Este ambiente que é bastante abrangente
condiciona a actividade das empresas a longo prazo.

Contexto económico: o contexto económico engloba todos os factores


económicos que influenciam a actividade da empresa. Temos como exemplos o PIB,
taxas de juros e de câmbio, etc.

23
Contexto sociocultural: no contexto sociocultural encontramos presentes
aspectos como o estilo de vida das populações, taxas de natalidade, analfabetismo, nível
educacional, composição étnica, etc.

Contexto politico-legal: no contexto politico-legal temos presentes as legislações


laborais, económicas e anti-monopólio, o enquadramento legal, as políticas económicas,
etc.

Contexto tecnológico: no contexto tecnológico temos presente variáveis como as


inovações tecnológicas, de processo e de patentes, entre outras. Na área têxtil existem
tecnologias novas e bastante desenvolvidas, os equipamentos podem ser nalguns casos
muito evoluídos o que faz com que as empresas produzam muito mais com menos mão-
de-obra o que influencia o preço final e o torna mais competitivo. Estas inovações
tecnológicas fazem com que também os processos de produção sejam mais
simplificados. Existem também inovações no que diz respeito às matérias-primas
desenvolvidas que, são cada vez melhor.

Quadro da Análise do Meio Envolvente Contextual

Este quadro ajuda-nos a sintetizar as informações e a esquematizá-las sendo


assim, mais fácil tirar conclusões sobre o impacto positivo, negativo ou neutro que estes
têm na empresa.

Segundo Freire, (1997; p. 71), apud Magalhães et al. (2009) “a monitorização do


meio envolvente contextual deve ser sempre um exercício prático, com o objectivo
explicito de identificar o impacto das tendências observadas no desempenho da
empresa. É por isso recomendável construir um quadro síntese no final da análise, onde
as conclusões possam ser claramente apontadas”.

Contexto Tendências Impacto Impacto Impacto Negativo


Positivo Neutro

Taxas de câmbio baixas Menos lucro nas


exportações.
Económico

Crise Económica
Mundial Menos Consumo.

Cultura angolana de Consumo

24
Sociocultural asseio estável.

Abertura do mercado ao Concorrência


exterior apertada.
Político-legal

Falta de apoios da banca Menos liquidez.


e estado.

Equipamentos mais Maior


evoluídos. capacidade
Tecnológico
de produção.
Inovações nas matérias-
primas. Maior
qualidade.

Fonte: Magalhães et al (2009)

1.9 Análise da Envolvente Transacional (as 5 Forças de Porter)

Segundo Soares et al. (2006, p. 108), a livre concorrência conduz à maximização


da mais-valia do consumidor e da mais-valia social. O ponto de vista em análise de
investimentos é contudo o do produtor, cuja mais-valia é minimizada nessas condições.
Para este, a situação mais desejável é a inversa – de um monopólio não regulado ou,
eventualmente, de um oligopólio concertado.

A atractividade de um investimento está assim inversamente relacionada com a


intensidade das forças competitivas. A análise que, desde o início da década de 80, se
tornou dominante neste contexto segue Porter (1980).

Esta análise integra, de modo sistemático factores que condicionam a


rendibilidade do negócio:

 Rivalidade das empresas na indústria (concorrentes directos);

 Riscos de novas entradas no negócio (concorrentes potenciais);

 Poder relativo dos fornecedores de inputs;

 Poder relativo dos clientes;

 Ameaça de produtos substitutos;

25
Recorda-se que esta análise não deve ser encarada de modo geral e abstracto,
mas dirigida para uma decisão de investimento concreta por uma firma específica, com
horizonte temporal e momento de decisão determinado, relactivo a um negócio
específico num contexto geográfico bem definido.

Por exemplo, para uma empresa que vai entrar num novo negócio, a
preocupação essencial é como ultrapassar barreiras à entrada, e como, em fase posterior,
criar barreiras à entrada subsequente de concorrentes adicionais. O ponto de vista é
obviamente distinto para empresas já no mercado. Mesmo aqui, o ponto de vista da
empresa presente em todos os segmentos de mercado será necessariamente diferente do
de um pequeno concorrente limitando a sua acção a um nicho.

A análise de Porter, desde que a orientação de análise por firma e decisão sejam
claras e consistentes, é robusta em termos de definições. Assim, se o negócio for
definido de modo restrito, ter-se-á concorrência directa limitada, mas ameaças elevadas
de entrada e/ou produtos substituídos; o inverso se passará se o negócio for definido de
modo muito geral.

Se, por exemplo, um fabricante de mobiliário de estilo basear a análise numa


definição restrita de negócio com base em clientes da região pretendendo mobiliário de
estilo por encomenda, de gama de preço moderadamente alta e aceitando prazo de
entrega elevado:

A concorrência directa será constituída por outros fabricantes locais do mesmo


tipo;

A ameaça de produtos substitutos, por fabricantes do mesmo tipo em âmbito


geográfico alargado e colecções de catálogo de outras empresas.

Nunes (2016) “ afirma que o meio envolvente transaccional refere-se a um


conjunto de elementos externos à organização mas que têm influência sobre a sua
actividade e o seu desempenho devendo, por isso, ser tidas em consideração aquando da
fixação de objectivos organizacionais e aquando da adopção de estratégias e políticas de
actuação”.

Os principais elementos que compõem o meio envolvente transaccional de


qualquer organização são:

26
 Clientes: representam os consumidores actuais e potenciais dos bens e serviços
oferecidos pelo sector; podem ser clientes particulares ou outras organizações;
em conjunto constituem o mercado ou a procura.

 Concorrentes: correspondem aos competidores actuais ou potenciais, bem como


produtores de produtos ou serviços substitutos (que satisfazem as mesmas
necessidades do mercado); em conjunto, constituem a indústria ou a oferta.

 Fornecedores: representam os agentes económicos que prestam serviços ou


vendem produtos ou serviços ao sector; incluem-se os fornecedores de matérias-
primas, de energia, de máquinas e equipamentos, de serviços de outsourcing,
entre outros.

 Comunidade: são organizações, indivíduos e factores que partilham recursos e


têm interesses directa ou indirectamente relacionados com o mercado e a
indústria, ou cuja actuação interfere com o desempenho da organização;
incluem-se neste grupo os sindicatos, a comunicação social,
as organizações financeiras, entre outras.

1.10 Análise SWOT

Netto (2021), define a Análise SWOT como uma ferramenta clássica da


administração que tem como objectivo, identificar e listar todos os pontos fortes, pontos
fracos, as oportunidades e as ameaças para a empresa. Tem como objectivo fornecer
uma lista concreta de informações valiosas para que o empreendedor organize um plano
de ação para reduzir riscos e aproveitar oportunidades”.

Apesar de inicialmente ser projetada para grandes empresas, a análise SWOT é


usada em indústrias de todos os portes.

Apesar de ser considerada uma ferramenta clássica da administração, a análise SWOT


ainda é pouco conhecida e usada por pequenas indústrias.

A origem da ferramenta é desconhecida, entretanto, a versão mais aceita é que


foi criada por professores da Universidade Stanford na década de 1960, onde usaram
uma análise das maiores empresas dos EUA.

A ferramenta pode ser usada para diversos objetivos e de diversas formas, o


gestor de uma pequena indústria pode utilizá-la para conhecer melhor sua fábrica, com
uma análise contextual que servirá como guia para a definição de um plano de ação.

27
No geral os pontos fortes e fracos são fatores internos, ou seja, estão dentro da
própria fábrica. Já as oportunidades e ameaças tem origem externa na maioria dos casos.

Enquanto que Soares, et al (2006, p.120) entendem que a análise SWOT global
integra os níveis externo e interno (Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats).
Destina-se a evidenciar a consistência e interligação das várias alternativas em
consideração”.

1.11 Plano de Marketing-Mix

Para Lendrevie et al. (2015, p.28) apud Mota (2018), “numa primeira abordagem
simples, o marketing pode definir-se como o conjunto dos meios de que dispõe uma
empresa para vender os seus produtos aos seus clientes, com rendibilidade”.

Las Casas (1997, p. 26), apud Loures (2014) afirma que se trata de “uma área do
conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca,
orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores”. Nesta
perspectiva, os planos e estratégias de marketing visam alcançar metas individuais e
organizacionais, considerando o ambiente de atuação e a responsabilidade da empresa
com a promoção do desenvolvimento da sociedade.

Entendemos que Marketing é o processo pelo qual as empresas criam valores


para os clientes e constroem fortes relacionamentos com eles para capturar o seu valor
em troca (dinheiro).

Segundo Soares, et al (2006 p.136) “O mercado total e a cota de mercado


dependem tanto de fatores externos como de variáveis controláveis”.

As variáveis controláveis, que definem o campo de acção no âmbito de


marketing constituem o Marketing-Mix, ou 4 P:

 Produto
 Preço
 Distribuição (Praça)
 Promoção (publicidade, força de vendas, promoção de vendas e relações-
públicas)

Produto

De acordo com Kotler (2000, p. 416), apud Santarém (2006) "um produto é algo
que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo".
28
Segundo Soares, et al (2006 p.140) “A definição de produto é feita na óptica de
satisfação de necessidade e desejo do cliente, não das suas caraterísticas técnicas e
processo de produção.

No nosso ponto de vista produto é definido como sendo aquilo capaz de


satisfazer as necessidades dos clientes, independentemente das suas características e
qualidades.

Preço

Segundo Kotler (2000), apud Santarém (2006) “preço pode ser conceituado
como a expressão monetária do valor de um bem, ou o que o consumidor está disposto a
pagar no ato da compra de um bem”.

Segundo Soares, et al(2006 p.140) “Como referido em analise estratégica, o


preço deve cobrir os custos de produção, e ser inferior ao valor para os
clientes-alvo do produto completo, tendo em conta o valor comparativo das
ofertas concorrenciais”. É o factor de Marketing-mix de accionamento mais
perigoso, já que o acompanhamento de uma descida de preços pela
concorrência pode conduzir a perdas generalizadas na indústria.

Ao nosso ver concluímos que o preço é o valor que as empresas cobram aos seus
clientes, levando em conta as caraterísticas do publico em alvo e o preço dos
concorrentes.

Distribuição (Praça)

Kotler (1999) usa o a palavra praça para definir todas as atividades da empresa
que tornam o produto disponível e de fácil para o consumidor-alvo.

Segundo Marques (2019) Os canais de distribuição no marketing são os


meios pelos quais os produtos de uma empresa são direcionados ao seu
consumidor final. Na prática, consiste em diferentes formas de levar aquilo
que o seu negócio produz ao mercado para que seja posto a venda e
consumido. Sua principal finalidade é disponibilizar produtos e mercadorias
nos locais apropriados para que o consumidor os encontre de forma rápida,
prática e sem dificuldades.

Após a investigação feita concluímos que a distribuição (Praça) é o lugar usado


para permitir que os produtos preconizados cheguem a disposição do cliente.

29
Promoção

Segundo Ambrósio (2001, p.69), apud Santarém (2006) “1a promoção "agrega
uma série de formas de comunicação com o mercado". 0 autor ainda afirma que a
palavra comunicação significa, em essência, unir pessoas em direção a um só objetivo.
Esta também 6, na realidade, a essência de um plano de marketing, ou seja, estimular o
público-alvo a experimentar, comprar e continuamente recomprar o serviço.

Egestor (2020) “O quarto P do marketing, chamado de promoção, envolve


todas as ações relacionadas à divulgação e comunicação do seu produto para o
público alvo. Muitas pessoas acreditam que o P de promoção envolve apenas
os descontos em vendas – o que conhecemos também como promoção de
vendas – mas na verdade vai muito além disso. Para usar corretamente essa
ferramenta do Mix de Marketing é interessante estar atento a algumas situações
como: onde será anunciado o produto, quando é a melhor época para se realizar
ações de divulgação e que padrão deve ser seguido com o intuito de manter os
clientes. Estudar como a concorrência divulga seus produtos ajuda a entender
melhor como e onde atingir o público alvo”.

Estratégia de negócio.
Para (Serra et al, 2010), apud Guerra (2014). estratégia tem a ver com as ações e
decisões de afetação de recursos, que os executivos tomam, para a empresa prosseguir a
sua visão e alcançar um certo nível de desempenho (performance), superior ao dos
concorrentes.

Segundo Williams (2002), apud Machado (2012) “Plano de Negócio constitui-se


em inestimável fonte de informação para quem deseja fazer um planejamento com
máxima segurança, a fim de obter pleno êxito no mundo empresarial”.

Contudo, compreendemos que o plano de negócio consiste no conjunto de


táticas que são utilizadas pelas empresas de modos a alcançar o maior objectivo “mais
lucros” procurando antever no futuro, as metas, obstáculos e as rotas desejadas.

De acordo com Soares, et al (2006, p.122) as estratégias gerais de negócios são:

Liderança de custos
Diferenciação
Foco

30
Liderança de custos

Ainda de acordo com Soares, et al (2006, p.122), apud Guerra (2014) “Liderança
de custos baseia-se na obtenção de custos mais baixos que coocorrência utilizando a
eficiência como fator fundamental”.

Pois no nosso entender liderança de custos é a capacidade que as organizações


têm de destacar em relação aos concorrentes isto por meio das suas capacidades de
competição

Diferenciação

Segundo Bastos (2017) “A diferenciação consiste em distinguir um produto dos


produtos concorrentes. Em teoria, a diferenciação pode ser comparada a um monopólio.
Significa que, a empresa irá salientar as características do seu produto para que os seus
produtos concorrentes, teoricamente deixem de o ser, porque não possuem as mesmas
características distintivas.

Para Smart (2019) “Em sua essência, o marketing de diferenciação pode ser
definido como um conjunto de estratégias de divulgação que torna uma marca ou
empresa reconhecida por suas particularidades diante da concorrência”. Com isso, essa
vertente do marketing evidencia e traz vantagens competitivas para a empresa.

No nosso ponto de vista diferenciação são todos os pontos que os clientes


identificam numa marca em comparação com outras.

Foco

De acordo com Soares, et al (2006, p.122), “foco baseia-se na seleção de um


segmento limitado de clientes, que se consegue servir melhor que a concorrência, em
diferenciação ou eficiência. É uma estratégia típica de pequena empresa terão de ser
explicitadas quais as estratégias de negócio dominantes em que os investimentos se
deverão integrar, os seus fundamentos, e a sua evolução ao longo do tempo.”

Após a pesquisa elaborada por nós, o foco dentro daquilo que é o plano
estratégico de negócio será a concentração da empresa em atingir um determinado
cliente alvo, isso através de estudo de viabilidade sobre o comportamento dessa mesma
camada em vista.

31
1.12 Plano operacional.

Para Chiavenato (1993, p. 251) Apud Mendes (2016) “o planejamento é a


função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos que devem
ser atingidos e como se deve fazer para alcançá-los”.

Segundo o blogue Conceito de (2011) “Um plano operacional é um documento


no qual os responsáveis de uma organização (seja esta uma empresa, uma instituição ou
um gabinete governamental) estabelecem os objetivos que desejam ver cumpridos e
estipulam os passos a seguir”.

Neste sentido, este tipo de plano está vinculado ao plano de ação, que prioriza as
iniciativas mais importantes para alcançar diversos objetivos e superar desafios. Ambos
os planos são guias que oferecem um âmbito para desenvolver um projeto.

Partimos do pressuposto que é a partir de um bom planeamento que a empresa


irá identificar possíveis problemas, avaliar alternativas e decidir todas as actividades que
serão feitas, para que assim possa ser colocado em prática da melhor forma possível e
alcançar as metas preconizadas.

1.13 Arranjos físicos (Layout).

Segundo Heragu (1997) apud Calais (2012), classifica o layout de uma


instalação como sendo a disposição de tudo o que é necessário para a produção de bens
ou prestação de serviços. Sendo a instalação, a área que facilita o desempenho de
qualquer trabalho.

De acordo com Chiavenato (2005, p.86) apud Fernandes, et al (2013) “o arranjo


físico, ou ainda layout, de uma empresa ou de apenas um departamento, nada mais é do
que a distribuição física de máquinas e equipamentos dentro da organização onde,
através de cálculos e definições estabelecidas de acordo com o produto a ser fabricado,
se organiza os mesmos para que o trabalho possa ser desenvolvido da melhor forma
possível e com o menor desperdício de tempo”.

Entendemos que Layout ou arranjos físicos é a representação de um espaço


físico num papel ou programa digital de arranjos, detalhando com precisão todas as
caraterísticas do espaço ou zona de actividade da empresa.

32
1.14 Plano orçamental.

Segundo Pereira e Franco (1994) Apud Teixeira (2010), “um orçamento pode
ser definido como a expressão quantitativa de um plano de acção”.

Jordan et al. (2005, p.81) Apud Teixeira (2010) defendem que o orçamento é
mais do que uma simples previsão, uma vez que este é um “compromisso por parte dos
responsáveis operacionais em atingir os seus objectivos, os quais deverão estar
claramente expressos nos respectivos planos de acção”.

Enquanto que Horngren, et al (2004), apud Fernandes, et al (2010) “o orçamento


é um método pelo qual os gestores utilizam como apoio para suas funções de
planejamento e controle”. O orçamento ajuda os gestores a traçar os objetivos.

1.15 Cash Flow

Segundo Couto et al (2014, p.15), “O conceito de Cash-flow, ou Fluxo de


Caixa, corresponde à entrada ou saída de dinheiro vivo, ou cash, em termos
gerais. À entrada de dinheiro denomina-se, mais especificamente, por Cash
Inflow ou Fluxo de Caixa Positivo. Pelo contrário, à saída de dinheiro chama-
se Cash Outflow ou Fluxo de Caixa Negativo. À soma de todos os
recebimentos e pagamentos resultantes da realização do investimento,
denomina-se Net Cash Flow ou Fluxo de Caixa Líquido.

Segundo Marques (2006, p. 86) apud Rosário (2014) “Cash-flows é o saldo


dos fluxos de entrada e saídas de caixa, respetivamente, decorrentes da realização do
projeto”.

De acordo com Soares et al, (2007) apud Rosário (2014) o cash-flow enquanto
medida de rentabilidade de um projeto de investimento deve ser feita em duas etapas”.

1.16 Taxa de rendibilidade mínima exigida pelos investidores ou proprietérios


(txa.co)

Segundo (Teixeira, 2013) apud Xirimimbi (2018) “como o valor do capital é


relativo ao longo do tempo, derivado da evolução das taxas de inflação e de juro, os
fluxos de caixa dos diversos anos previsionais não são comparáveis com o valor do
investimento inicial”.

De acordo com o mesmo autor, atualizamos o valor ao momento inicial do


investimento, de modo a verificarmos se conseguem gerar a rendibilidade exigida e, se

33
de acordo com os padrões monetários existentes, aquando do momento da criação do
negócio, conseguem cobrir o investimento realizado.

Por exemplo, as taxas de atualização devem ser superiores à taxa de juro, no


caso de a empresa recorrer a empréstimos, e às taxas de rendibilidade de alternativas de
aplicação dos seus capitais. Assim, exprimem o custo de oportunidade do capital, ou
seja, o rendimento que o investidor pretende, tendo em conta o risco do investimento.

Txa.co = (1+Txa.C'P.real)(1+Txa.PR)(1+Txa.INFL)-1 onde: (1)

(1.2)

T1 – Taxa de Remuneração sem risco como é o exemplo das obrigações do


tesouro, que pretende compensar os investidores que são avessos aos riscos.

T2 – Prémio Anual de Risco definido com base no risco e a incerteza associados


ao investimento e representa a parte adicional relativamente um investimento seguro. O
prémio de risco de mercado é obtido pela diferença entre a taxa de rendimento
proporcionada pelo mercado e a que é proporcionada pelos investimentos sem risco.

T3 – Taxa Anual de Inflação (apenas é utilizada quando os cash-flows a atualizar


estão a preços correntes) que existe para repor/manter o poder de compra do investidor
no final do investimento, o que na prática significa que ele deverá poder adquirir os
bens que normalmente, e em média, consome atualmente.

1.17 Critérios de avaliação económica do projecto de investimento baseados no


cash flow.

Segundo Barros (2007 p.141) “Os critérios de avaliação baseados no cash flow,
são os critérios por excelência da avaliação da rendibilidade dos projectos de
investimento”.

Existem vários critérios alternativos, a saber:

Período de recuperação (Payback);

Valor Líquido Actual (VAL);

Taxa Interna de Rendibilidade (TIR)

O PRI, VAL e a TIR são os critérios mais importantes.

34
O período de recuperação (Payback)

O período de recuperação é um critério de avaliação que atende apenas ao


período de tempo que o projecto leva a recuperar o capital investido.

O valor líquido actual (VAL)

O valor actual líquido (VAL) representa o somatório dos cash Flows líquidos
actualizados. Um projecto é rentável quando o VAL actual é positivo à taxa de
actualização escolhida. Todos os projectos com o VAL maior que zero (VAL > 0) são
implementáveis de acordo com o critério e todos os projectos com o VAL menor que
zero (VAL < 0) são rejeitados.

A taxa de rendibilidade (TIR)

Segundo o mesmo autor a taxa interna de rendibilidade (TIR) é a taxa de


actualização do projecto que dá ao VAL nulo.

35
CAPÍTULO II - METODOLOGIA

2.1 Desenho de pesquisa

Método de pesquisa

Segundo Gil (2008, p. 8) “pode-se definir método como caminho para se chegar a
determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e
técnicos adoptados para se atingir o conhecimento.

Do ponto de vista da sua natureza, o trabalho baseia-se em uma pesquisa


aplicada, que segundo Prodanov & Freitas (2013, p. 51) “é o tipo de pesquisa que
objectiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas
específicos. Envolve verdades e interesses locais.

Quanto aos objectivos ou fins da pesquisa, o presente trabalho foi realizado com
base em uma pesquisa exploratória, que de acordo com Gil (2008, p. 27), “As pesquisas
exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar
conceitos e idéias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses
pesquisáveis para estudos posteriores. De todos os tipos de pesquisa, estas são as que
apresentam menor rigidez no planeamento.

Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão


geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Este tipo de pesquisa é
realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil
sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis.

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos de colecta de dados, o presente


trabalho será desenvolvido com base em uma pesquisa bibliográfica, que segundo
Marconi & Lakatos (1992, p.43) “Trata-se de levantamento de toda bibliografia já
publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita”.

Sob o ponto de vista da abordagem do problema, este trabalho é de pesquisa


quali-quantitativa. Este tipo de pesquisa mescla as duas abordagens, tendo uma parte
qualitativa e a outra quantitativa, aonde primeiro é conduzida a fase qualitativa para
compreender os fenômenos e depois aplicada a parte quantitativa, que requer tabulação
para compreender os dados.

36
De acordo com Silva & Menezes (2005, p. 20) consideram que tudo pode ser
quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para
classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas
(percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise
de regressão, etc.).

A pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real
e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade
do sujeito que não pode ser traduzido em números. Não requer o uso de métodos e
técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o
pesquisador é o instrumento-chave. Silva & Menezes (2005).

Quanto ao método científico, para este trabalho é utilizado o método dedutivo.

Segundo Prodanov & Freitas (2013, p. 27) apud Gil (2008, p. 9) é o método que
parte do geral e, a seguir, desce ao particular. A partir de princípios, leis ou teorias
consideradas verdadeiras e indiscutíveis, prediz a ocorrência de casos particulares com
base na lógica. “Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e
possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude
unicamente de sua lógica.”

2.2 Área de Estudo

A OCLETU, LDA é uma empresa que pretende actuar no sector mineiro


nacional, apostando fortemente na Prospecção, Exploração e Comercialização de
diamantes no mercado nacional. O conceito do negócio baseia-se fortemente na
exploração e comercialização de diamantes.

A empresa OCLETU, LDA contará com mais de 50 colaboradores que


representam a mão de obra direta e outros mais de 30 que constituirão a mão de obra
indireta. Contando, porém, com uma vasta gama de fornecedores de produtos e serviços
necessários a operacionalidade do projecto 24/7. O projecto estará sedeado na província
de Luanda, município de Talatona, Bairro Talatona, Via S10, Edifício América Plaza
Office, 4º andar escritório 41, tendo a sua área operacional localizada na província da
Lunda Norte, município do Cuango, conforme croquis de localização a disposição.

37
Missão

A empresa OCLETU, LDA tem como missão, através da sua dinâmica


operacional contribuir fortemente para o crescimento do sector mineiro em Angola e
consequentemente alavancar a economia do país tendo em vista aquelas que são as
políticas socioeconómicas estabelecidas pelo governo.

Visão

A empresa OCLETU, LDA, tem como visão de médio e longo prazo tornar-se
uma das maiores e prestigiadas empresas extractora e comercializadora de diamantes à
nível nacional e internacional. A nossa missão consiste em proporcionar maior dinâmica
operacional, contribuir fortemente para o crescimento do sector mineiro em Angola, e
consequentemente alavancar a economia do país tendo em vista aquelas que são as
políticas socioeconómicas estabelecidas e levadas a cabo pelo governo local.

2.3 Validade e confiabilidade em pesquisa

De acordo com os diversos dicionários da língua portuguesa, o termo validade é


definido como qualidade – ou condição – de válido.

Segundo Ferreira (2009), apud Ollaik & Ziller (2012), O termo validade, por sua
vez, é definido como aquilo que tem valor, que é valioso, aquilo que tem saúde, que é
sadio, são; aquilo que é vigoroso; aquilo que surte efeito, que é eficaz.

Já Gil (1994) apud Costa (2009), entende que de forma geral, a validação de
conteúdo consiste em “mostrar que os itens do teste são amostras do universo no qual o
pesquisador está interessado”, comprovando que esta amostra é de facto representativa.

Para Miller & Kirk (1986) apud Junior et. al (2011) A confiabilidade, por sua
vez, refere-se à garantia de que outro pesquisador poderá realizar uma pesquisa
semelhante e chegará a resultados aproximados.

O presente trabalho de pesquisa foi elaborado com base em fontes fidedignas, de


autores consagrados e renomados na esfera científica e académica.

De igual modo servimo-nos do regulamento de monografia em vigor no Instituto


Superior Politécnico Atlântida, obedecendo os seus moldes e critérios baseados nas
normas APA e ABNT para construcção textual e lógica do conteúdo colectado durante
o período de pesquisa realizada em diferentes fontes.

38
2.4 Limitações

Ao longo do período da pesquisa, nos deparamos com diversas dificuldades no


que concerne a fontes e meios de informação, como consequência o nosso trabalho não
apresenta o grosso em termos de conteúdos inerentes ao tema.

No âmbito da elaboração do presente trabalho, as nossas maiores dificuldades


estão assentes nos seguintes factores: dificuldade de acesso a fontes bibliográficas
nacional que abordam sobre o tema em discussão, pouca disponibilidade (tempo) por
sermos trabalhadores e estudantes, e outras dificuldades que tivemos ao longo da
elaboração do trabalho que em momento nenhum desmotivou-nos.

2.5 Ética na pesquisa

Segundo Almeida & Battini, (2013), apud Santana (2016), “a ética é a parte da
Filosofia prática que tem por objetivo uma reflexão sobre os problemas fundamentais da
moral (finalidade e sentido da vida humana, os fundamentos da obrigação e do dever,
natureza do bem e do mal, o valor da consciência moral etc.) mas fundada num estudo
metafísico do conjunto das regras de conduta consideradas como universalmente
válidas”.

Já Santana (2016), afirma que se o pesquisador não obedecer a regras de conduta


ética, métodos rigorosos da pesquisa científica, padrões de qualidade e a procedimentos
editoriais reconhecidos no meio científico, dificilmente esse legado será deixado de
forma íntegra e com credibilidade.

No âmbito da elaboração do presente trabalho de pesquisa, buscamos conservar


as fontes utilizadas, respeitar as normas de éticas internacionais que regem a elaboração
de trabalhos científicos. Na maior parte do conteúdo colhido, nos mantivemos fiéis aos
autores (das obras exploradas), e de igual modo, tivemos como base o regulamento
interno para elaboração de trabalhos científico emanado pelo Instituto Superior
Politécnico Atlântida “ISPA”.

O presente trabalho é de nossa autoria, sendo que não existe um outro com tema
igual nessa instituição e afirmamos o referido tema nunca foi defendido em uma outra
instituição, e o mesmo foi elaborado com base em um leque de matérias abrangentes ao
tema em abordagem.

39
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