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A POLITÉCNICA
GUIA DE ESTUDO
Análise e Gestão de Projectos
Curso de Gestão de Empresas
(7º Semestre)
Moçambique
FICHA TÉCNICA
Organização e Edição
Escola Superior Aberta (ESA)
Elaboração
Vitorino Manuel Sitoe (Conteúdo)
Vitorino Manuel Sitoe (Revisão Textual)
UNIDADES TEMÁTICAS
Tema Pag.
APRESENTAÇÃO
Caro(a) estudante
Está nas suas mãos o Guia de Estudo da disciplina de Analise e Gestão de Projectos
que integra a grelha curricular do Curso de Licenciatura em Gestão de Empresas
oferecido pela Universidade Politécnica na modalidade de Educação a Distância.
Este guia tem por finalidade orientar os seus estudos individuais neste semestre do
curso. Ao estudar a disciplina de Elaboração e Analise de projectos você estará
capacitado para decidir sobre o avanço ou não de um projecto de investimento no que
tange a viabilidade financeira do mesmo
O Guia de Estudo contempla textos introdutórios para situar o assunto que será
estudado os objectivos específicos a serem alcançados ao término de cada unidade
temática, a indicação de textos como leituras obrigatórias que você deve realizar; as
diversas actividades que favorecem a compreensão dos textos lidos e a chave de
correcção das actividades que lhe permite verificar se você está a compreender o que
está a estudar.
Esta é a nossa proposta para o estudo de cada disciplina deste curso. Ao recebê-la,
sinta-se como um actor que se apropria de um texto para expressar a sua inteligência,
sensibilidade e emoção, pois você é também o(a) autor(a) no processo da sua
formação em Gestão de Empresas. Os seus estudos individuais, a partir destes guias,
nos conduzirão a muitos diálogos e a novos encontros.
A Equipa da ESA
UNIDADE TEMÁTICA 1
Objectivos
Considerações iniciam
Assim, neste caso, se estamos projectando dados financeiros para um período futuro,
com certeza não acertaremos em 100%. Portanto, é necessário que tenhamos todas
as informações que cercam este projecto bem como, também, todas as informações
Possíveis sobre o que poderá acontecer no período mencionado, como por exemplo:
Actividade única: um projecto não se repete ele é único. Não existem dois iguais.
Mesmo que tenhamos que fazer um novo projecto, sobre o mesmo tema ou
problema, será outro projecto com características individuais, diferentes do anterior.
Podemos citar, por exemplo, a construção de um edifício – se formos fazer outro
edifício, teremos que elaborar outro projecto
O clientes que pagam e não usam: podemos citar, como exemplo, um projecto
público referente à criação de uma praça, no qual o governo contrata, mas quem
vai usufruir é a população daquela cidade.
Estas são algumas das características que identificam uma actividade como sendo um
Projecto, e que a diferencia de uma Actividade Funcional. E, por falar em Actividade
Funcional, vamos conhecer um pouco as características dela, até porque, teremos que
saber diferenciar uma da outra.
Para estas actividades, não devemos desenvolver um projecto, uma vez que são
rotineiras e um tempo considerado pequeno de execução. Outras características
relacionadas às Actividades Funcionais, além das citadas, são baixo grau de incerteza
e de complexidade, ou seja, o resultado final é conhecido e tem poucas variáveis
relacionadas a actividades. Normalmente estas variáveis são internas e controláveis.
Com este procedimento, uma pessoa que fosse fazer o café, seguindo as orientações
do procedimento, no mesmo padrão de qualquer outra pessoa que porventura fosse,
também, fazê-lo, em uma eventualidade de falta da pessoa designada a fazer o café,
diariamente, na empresa.
Baseado no que foi exposto, podemos afirmar que existem empresas que,
praticamente, só trabalham com projectos. É o caso das empresas da construção civil
(edificações), estaleiros (navios) e aviação. Estas empresas, para desempenhar as
suas actividades, necessitam de elaborar um projecto para cada cliente e,
consequentemente, para cada actividade que for realizar.
Isto não quer dizer que as empresas que só trabalham com projectos não tenham
actividades funcionais, nem que as empresas que não necessitam de projectos para
desenvolver suas actividades não possam ter, em um determinado momento, um
projecto. O que podemos afirmar é que em um projecto teremos, com certeza,
actividades funcionais. Porém, o mesmo, não ocorre com as actividades funcionais,
que podem não ter um projecto inserido nelas.
Fases do projecto
Preparação
Nesta fase, devemos usar algumas técnicas como perguntas ao cliente e/ou usuário
para melhor esclarecer os objectivos e o resultado final esperado. Deve-se, também,
caso seja necessário e dependendo do projecto, visitar o local onde será a
implantação, verificando-se:
As formas de acessos
O tempo de acessos
Se existe nas proximidades meios e fornecedores que poderão dar subsídios à
execução do projecto.
Se será necessário permanecer no local do projecto desde o seu início até o
seu final em função da dificuldade de locomoção – que pode ser pelas
condições de acesso ou pelo tempo.
Enfim, tudo que será necessário para a realização do projecto, sem que haja
imprevistos como falta de materiais, equipamentos e outros recursos que poderão
atrasá-lo ou inviabilizá-lo.
Estruturação
Diz respeito à definição dos recursos pessoais e materiais que deverão ser utilizados
na execução do projecto. Fase muito importante, uma vez que devemos prever tudo
que será necessário para a sua realização ou implementação.
Enfim, tudo que deverá ser utilizado na execução do projecto. Nesta fase também
deveremos elaborar os cronogramas das actividades funcionais do projecto, com suas
prioridades e tempos para um melhor fluxo dos recursos necessários.
Isto, para que possam diminuir os riscos existentes que poderão ocorrer. Nunca é
demais lembrar que, a partir da fase seguinte do projecto, o cliente que estiver
bancando, já terá desembolsos e qualquer inconveniente trará um prejuízo efectivo,
sem condições de ser revertido.
Fase de Desenvolvimento
Fase de Encerramento
Planeamento:
Deve-se:
Usar muitas ferramentas, como por exemplo, o Brainstorming
Fazer o levantamento de dados necessários
Ter conhecimento do local onde será implantado o projectos
Relacionar as variáveis internas e externas envolvidas com o projecto, que
poderão actuar de forma favorável, ou não, no mesmo.
Enfim, tudo que for possível para que o restante do projecto possa ser feito com maior
segurança e menor risco.
Organização
Execução:
Colocar em prática o que foi planeado e organizado nas duas fases anteriores, de
acordo com os planos e cronogramas traçados.
Controle:
Após termos visto a parte conceitual do tema “Projectos”, vamos focar nossos estudos
para a parte da Viabilidade Económica Financeira, que é o nosso maior objectivo.
Grandes partes dos projectos são, total ou parcialmente financiados junto a entidades
financeiras (bancos). Estes financiamentos, às vezes, viabilizam o projecto no que se
Exercício resolvido
Amortização pelo sistema francês ou progressivo. Note que esta resolução, é directa,
mas também podemos usar a fórmula de rendas pelo sistema de amortização francês
para calcular o valor de prestação trimestral
Leituras Complementares
Texto 1
MAXIMIANO, António Cesar Amaru Administração de Projectos: como transformar
ideias em resultados. São Paulo. Atlas. 1997
Leia os capítulos indicados, a seguir:
Capítulo 1“Apresentando os Projectos”;
Capítulo 2 “O Essencial da Administração de Projectos”;
Capítulo 3 “Definição dos Objectivos”;
Capítulo 4 “Definição dos Meios”.
A leitura dos capítulos indicados é importante para que você complete os conceitos e
compreenda melhor o assunto aqui tratado, e para a realização das actividades
propostas, além de dar uma sustentação para o restante dos conteúdos a serem
tratados nos próximos roteiros, bem como também nas próximas etapas.
Texto 2
ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 8. ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
Leia os itens indicados, a seguir, do capítulo 12, “Sistemas de Amortização de
Empréstimos e Financiamentos”:
12.3 – “Sistema de Amortização Francês”;
12.4 – “Tabela Price”.
Actividades
Actividade 1
De acordo com os dados anteriores ou passados.
Pretende-se:
Elaborar os cálculos e a planilha price anual da transacção, considerando que o IOF
faça parte do Valor Financiado.
Actividade 2
De acordo com o resultado da actividade 1, elabore o Balanço Patrimonial anual, para
os períodos de X0, X1, X2, X3, X4 e X5.
Actividade 3
Refaça o exercício inicial, considerando que o IOF não faça parte do Valor Financiado,
e elabore a planilha price, anual, da transacção.
Actividade 4
De acordo com o resultado da actividade 3, elabore o Balanço Patrimonial, anual, para
os períodos de X0, X1, X2, X3, X4 e X5.
Actividade 5
O Governo de Moçambique deseja construir da ponte Maputo-Katembe No
entendimento dos políticos, o projecto irá promover o crescimento económico e
financeiro, bem como também vários outros benefícios para a região, e
consequentemente, para o país.
Para tanto, você, um profissional bastante conceituado para a elaboração do novo
projecto, foi contratado para gerir o mesmo.
1. Explique, justificando sua resposta, por que você deve tratar este evento como um
projectos
2. Indique quem é(são) o(s) cliente(s) envolvido(s) neste evento. Justifique
3. Classifique o evento com relação à incerteza e à complexidade. Justifique
4. Determine se poderia haver subprojectos relacionados a este evento, justificando
sua resposta
5. Determine se pode existir, dentro deste evento, actividades funcionais. Justifique
6. Caso a resposta da pergunta de nº. “5” for “sim”, relacione, no mínimo, duas
actividades funcionais que você julga que ocorrerá. Explique-as
7. Cite alguns profissionais – conhecimento e habilidade – que você julga ser
necessário para fazer parte da equipe do evento. Justifique
8. Relacione alguns recursos físicos que você julga necessários e básicos para o
desenvolvimento do evento. Justifique
9. Identifique o objectivo geral deste evento. Explique-o.
10. Identifique, no mínimo, dois objectivos específicos que o evento terá. Justifique-os
11. Cite, pelo menos, uma Especificação Funcional e uma Técnica que o evento terá.
Explique-os
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 8. ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
UNIDADE TEMÁTICA 2
Objectivos
Explicar investimentos;
Classificar as modalidades de investimentos;
Definir os princípios básicos de análise de investimentos e utiliza-los para
escolher a melhor alternativa;
Aplicar os métodos de análise de investimentos para decidir sobre a melhor
opção;
Primeiras considerações
Caro estudante, nesta unidade, você irá aprender a utilizar ferramentas que favorecem
a análise de investimentos e contribuem para a tomada de decisão com vistas a
identificar aquele que apresente melhor performance dentro dos objectivos
estabelecidos pela empresa.
Dessa forma, antes de uma empresa investir seu capital em um projecto qualquer, um
estudo de viabilidade deve ser realizado pela administração desta empresa.
Investimento
Investimento é a aplicação de algum tipo de recurso com a expectativa de receber
algum retorno futuro em determinado prazo. Devem apresentar, pelo menos, as
seguintes características:
Perspectiva de longo prazo;
Expectativa de retorno;
Consideração do risco e do retorno e
Responsabilidade social.
Nesta unidade, vamos analisar investimentos em bens industriais: como por exemplo,
aquisição de um novo equipamento.
4) Custos incorridos
Estes custos estão situados em tempo já decorrido e não devem afectar a decisão de
aceitar ou não determinado projecto. Assim, todos os fluxos de caixa anteriores a
decisão de investimento são irrelevantes para a análise da proposta. Exemplo: você
pretende lançar um novo produto no mercado. Como parte desta decisão você
contratou e pagou, há um ano, uma empresa que realiza pesquisa de mercado para
verificar a aceitação deste novo produto. Este custo e importante para a decisão de
lançar este produto? A reposta e não, pois lançando ou não o novo produto, a
consultoria ja foi paga.
6) Racionamento de Capital
De nada adianta analisar um projecto de investimento fenomenal, se a empresa não
consegue atingir o valor inicial de aporte do mesmo, considerando tanto o capital
próprio quanto o capital de terceiros.
Modalidades de investimento
Vamos iniciar nosso estudo sobre o payback analisando os fluxos dos projectos de
investimento mutuamente excludentes, a seguir, utilizando payback médio. A taxa de
mercado e de 5% a.a. A empresa que esta analisando os projectos pretende recuperar
seu investimento em até três anos.
Payback médio
Mas, vamos analisar os dois projectos pelo método do VPL (valor presente liquido),
que você ja conhece.
Pelo critério do Playback, os dois projectos poderiam ser aceites, mas o VAL foi
decisivo.
Agora, vamos analisar dois projectos pelo médio e pelo payback efetivo; são
projectos mutuamente excludentes. A taxa de mercado e de 5% a.a. e a empresa
pretende recuperar o capital investido em ate três anos.
Pelo critério do Payback, quanto mais rápido a empresa recuperar o capital investido,
melhor; desta maneira, e melhor o projecto 1.
Mas, como o Payback e apenas um indicativo, vamos calcular o VPL de cada um dos
projectos.
Se quiser realizar uma análise somente pelo coeficiente, a empresa deve considerar:
Melhor opção: Projeto 1, pois possui menor payback e maior VPL, como calculado
anteriormente.
Onde:
CFt – representa o Cash-flow do t-ésimo período;
TIR – Taxa Interna de Retorno.
Exemplo 2
Repare na tabela que a alteração do sinal acontece entre as taxas 38% e 40%,
sendo necessário realizar uma interpolação linear dada por regra de três
simples, designadamente:
38% = 493,00
TIR = 0
40% = -221,00
Isto é,
(38% - 40%) = (493 – (-221))
(38% - TIR) = (493 - 0)
O que dá o seguinte: (-2%) x493 = 714 x (38 – TIR), donde se conclui uma taxa
aproximada da TIR de 39%,
No exemplo em análise, o projecto deveria ser aceite porque a TIR é maior que
a taxa de desconto ou taxa de juro (39 -10%)
Você já deve ter percebido que o critério decisivo e mais confiável, em relação a
analise de investimentos, e o VPL.
Superioridade do VAL:
1) Usa fluxos de caixa e não lucro contabilístico;
2) Utiliza todos os fluxos gerados pelo projecto;
3) Desconta os fluxos de caixa pela taxa de mercado;
4) Premissa: o fluxo de caixa gerado pelo projecto sao reinvestido a taxa utilizada para
desconta-lo.
Vamos, agora, aplicar o método do VPL nos exemplos a seguir, sendo que cada um
nos apresenta uma situação diferente:
Exemplo 1
Uma rede de chocolates que trabalha com franquias oferece ao Sr. Marcello a
oportunidade de abrir uma nova unidade desta loja (franquia). Mesmo apreciando
muito os produtos oferecidos por esta empresa, o Sr. Marcello optou por contratar uma
consultoria para auxilia-lo em sua decisão. Para abrir esta franquia, o investimento
inicial e de R$ 350.000,00 e esperam-se os seguintes fluxos de caixa líquidos durante
os próximos nove anos:
VAL =59.815,78
Resposta: Recomendo que o Sr. Marcello realize o investimento nesta franquia, pois o
VAL de $ 59.815,78 representa que esta proposta supera em $ 59.815,78 a melhor
alternativa de investimento disponível para o investidor (custo de oportunidade).
Exemplo 2
A Industria Patativa esta estudando uma oportunidade de ampliar sua capacidade de
produção mediante a construção de uma nova unidade fabril. O custo de implantação
deste projecto e de R$3.000.000,00. Esse empreendimento será depreciado
linearmente em 6 anos, apresentando, ao final deste prazo, um valor residual de
$300.000,00. A previsão de vendas anual para os próximos seis anos e de
$850.000,00. Custo variável anual e de 20% das vendas. Os custos fixos anuais são
de $130.000,00. A ali quota do IRPC e de 35% e o custo de oportunidade do capital
industrial e de 20% a.a. Ao final de seis anos, o negócio será encerrado e as
VAL = $1.165.124,53.
Exemplo 3
Seu director quer ampliar área de cobertura das actividades da empresa. Para isto,
estuda a criação de um e-commerce. Ele apresenta o fluxo do projecto e pede que
você o analise. Sendo o custo médio ponderado de capital (WACC) de sua empresa
de 15% a.a., faca um estudo sobre a viabilidade deste projecto.
Exemplo 4
Os fluxos gerados no exemplo anterior serão reinvestidos em um fundo que
proporciona 10%a.a. de retorno liquido. Calcule o novo VPL.
Exemplo 5
Você esta analisando dois projectos imobiliários mutuamente excludentes, com vidas
úteis diferentes. Sabe-se que a taxa de juros de mercado e de 10% a.a.
Medida relativa entre o valor presente dos fluxos de caixa do investimento e o valor
inicial aplicado para a realização deste projecto.
Critério de decisão:
IL=1 à pode-se aceitar ou não o projecto; quer dizer que o VPL deste projecto e igual
a 0.
IL<1 à rejeita-se o projecto. O investimento não será recuperado e ainda haverá uma
perda de riqueza, ou seja, o VPL deste projecto e menor que zero.
Exemplo:
Uma empresa esta estudando a viabilidade de três projectos. Entretanto, a mesma
possui apenas R$400 milhões para alocar nestes investimentos. Os dados dos 3
projectos são :
Projecto A
Como a empresa possui apenas $ 400 milhões para investir, ela devera optar entre o
projecto A ou os projectos B e C em conjunto. O projecto A apresenta maior VAL e
seria a escolha obvia se estivéssemos utilizando o critério do VAL.
Mas, percebemos que a soma do VAL dos projectos B e C supera o VAL do projecto
A. Pelo método do indice de lucratividade, os projectos B e C seriam seleccionados
primeiramente, pois apresentam maiores índices de lucratividade.
Encerramos aqui a exposição sobre a análise de projectos sem risco. Agora, vamos
fazer alguns exercícios para fixar o que acabamos de aprender.
Leituras Complementares
ACTIVIDADES
Actividade 1
O Sr. António possui um terreno localizado a 200 metros da praia no balneário de
Sossego Manso. Há alguns anos, pensou em construir uma casa de praia e mandou
asfaltar o caminho do vilarejo de Sossego Manso até sua propriedade. Entretanto, por
Razoes de doença em sua família, não concretizou a construção da casa de praia.
Atividade 2
A empresa XPTO esta analisando a possibilidade de construir uma nova unidade. Mas,
seus accionistas determinaram que o capital investido deve ser recuperado em ate 3
anos. O fluxo de caixa para a construção desta nova empresa esta demonstrado, a
seguir. Sabe- se que o único critério de avaliação de investimento a ser utilizado e o
payback. A taxa actual de juros do mercado e de 10% a.a.
Actividade 3
A empresa Agua Fácil deseja adquirir mais um equipamento de perfuração de poco
artesiano. Após ampla pesquisa de mercado, encontrou dois modelos de equipamento
que atendem as suas necessidades. O equipamento Deep e mais dificil de ser
transportado do que o equipamento Water. Entretanto, a vida útil do equipamento
Water e inferior a do Deep. Seguem alguns dados que a empresa esta analisando para
tomar a melhor decisão sobre qual equipamento comprar:
O equipamento Water devera sofrer uma reforma geral de $ 10.000,00 após dois anos
de uso, e o equipamento Deep terá um reparo geral no valor de $ 7.200,00 ao fi m do
terceiro ano de utilização.
a) Monte o fluxo de caixa para os dois equipamentos para um período de 12 anos.
b) Compare os custos presentes líquidos para cada um dos equipamentos a uma taxa
de 15% a.a.(Como estamos falando de custos, vamos optar pelo menor VPL).
c) Calcule os custos anuais (PMT) de cada equipamento e faca uma opção entre eles.
Actividade 4
A Locavan, empresa de locação de vans, realiza transporte de passageiros na regiao
dos Lagos no Rio de Janeiro. O dono da Locavan, Sr. Jorge, esta estudando a
possibilidade de trocar uma de suas vans. A van que o Sr. Jorge deseja trocar foi
comprada ha cinco anos por $160.000,00 e ainda possui 5 anos de vida util. Ela esta
sendo depreciada linearmente e pode ser vendida, hoje para uma garagem, por
$40.000,00. A ali quota de IR que a Locavan utiliza e de 40%.
O Sr. Jorge esta analisando duas alternativas de substituição para a van: troca-la por
uma van nova ou substitui-la por um minibus.
Dica: Monte o fluxo de caixa da van a ser trocada, da van nova e do minibus.
Actividade 5
A prefeitura de Uberaba esta analisando a montagem de uma estrutura permanente
para shows. Foram apresentadas duas propostas, conforme quadro abaixo:
Dica: Todos os fluxos são saídas de caixa e se aparecerem com sinal negativo serão
receitas, pois estamos analisando custos e, neste caso, devemos optar sempre pelo
menor.
UNIDADE TEMÁTICA 3
Objectivos
TEXTO INTRODUTÓRIO
Incerteza e risco
Incerteza: Acontece quando determinado fato não pode ser medido em termos de
probabilidade. São situações pouco comuns e que não apresentam um padrão de
ocorrência.
Tipos de risco
Risco de mercado: é o impacto que o projecto ocasiona sobre a variação dos retornos
de um accionista com uma carteira bem diversificada. Esse risco afecta mais aqueles
investidores que apresentam uma carteira de acções pouco diversificada.
Equivalente à certeza
1)
Transforma os fluxos de caixa esperados em fluxos de caixa certos e descontados
à taxa de mercado, ou seja, calcula-se o VAL dos fluxos de caixa certos.
Para você perceber melhor o impacto deste método de análise, vamos calcular o VAL
de cada projecto sem utilizar os factores equivalentes à certeza, e, posteriormente,
utilizando os factores equivalentes à certeza.
2- Análise de Sensibilidade
Exemplo: Sr. Elias contratou uma consultoria para analisar duas propostas de
investimentos para o montante de $3.200,00. Os fluxos de caixa de projecto são
apresentados no quadro, a seguir:
O Sr. Elias tem grande aversão ao risco e deseja realizar o projecto mais seguro. A
taxa de juros actual é de 10% a.a., mas tudo indica que a mesma deve brevemente
subir para 12% a.a.. Qual o projecto mais adequado para o Sr. Elias?
Percebemos que o projecto A é mais sensível a variações na taxa de juros, pois seu
VPL variou mais do que o VPL do projecto B, logo o projecto B é menos arriscado do
que o projecto A.
2- Análise de Cenários
Quanto mais alto o coeficiente de variação, maior o risco do activo. Pode-se comparar
o coeficiente de variação de um projecto com o coeficiente de variação médio dos
projectos da empresa, desta maneira teremos o risco isolado relativo do projecto.
Exemplo 1:
2º Calcule o VPL do projecto adoptando como valor de entrada a média calculada para
cada ano;
2º Calcule o VPL do projecto adotando como valor de entrada a média calculada para
cada ano
São aqueles projectos cujos fluxos de caixa apresentam uma correlação próxima de 1
(correlação perfeita positiva). O risco destes investimentos é calculado utilizando a
fórmula, a seguir:
Estes projectos são dependentes uns dos outros, mas com menor intensidade, ou seja,
os fluxos de caixa esperados podem variar dependendo do resultado obtido
anteriormente.
Investimento
Inicial: $ 140.000,00
Taxa de juros: 12% a.a.
Combinações.
Antes de aplicarmos a fórmula do desvio padrão acima devemos realizar as acções a
seguir:
Calcular o VPL para cada uma das combinações
Relembrando:
1º Passo: montar as combinações possíveis
2º Passo: calcular as probabilidades combinadas
3º Passo: calcular o VPL individual de cada combinação
4º Passo: calcular o VPL esperado do projeto
5º Passo: calcular o desvio padrão do projeto
Leituras Complementares
Texto 1
ASSAF NETO, Alexandre. Decisões de investimento em condições de risco. In: _____.
Finanças corporativas e valor. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005. Cap. 17. p.339349.
Este capítulo aborda as técnicas de análise de investimentos levando em consideração
a variável risco.
Texto 2
MATIAS, Alberto Borges;Centro de Pesquisas em fi nanças, Equipe de professores do
INEPAD – Finanças Corporativas de Longo Prazo, Criação de Valor com
Sustentabilidade Financeira Volume 2. São Paulo: Atlas, 2007 – Cap. 6 : Análise de
Investimentos de Capital de Longo Prazo.
Texto 3
ASSAF NETO, Alexandre; LIMA, Fabiano Guasti. Decisões de investimento em
condições de risco. In: _____. Curso de Administração Financeira. São Paulo: Atlas,
2009. Cap. 17:.
Actividades
Actividade 1
Actividade 2
Actividade 3
Você está analisando dois projectos de investimentos com prazos de dois anos cada.
Esse recurso será utilizado depois do término do investimento na compra de sua futura
residência, logo, o projecto deve ser o menos arriscado possível. O projecto A tem
fluxos de caixa de $4.000 e de $5.000 para o primeiro e segundo ano respectivamente.
O projecto B proporciona fluxos de caixa de $6.000 para o ano 1 e de $3.000,00 para o
ano 2. O investimento inicial para cada projecto é de $4.400. Utilizando a técnica de
Análise de sensibilidade indique a melhor opção, ou seja, o projeto mais conservador
se a taxa de mercado sofrer uma alteração de 12% a.a. para 14%a.a.
Actividade 4
A empresa EBUINU elaborou simulações para as 3 propostas de projectos de
modernização de seu sistema de pedidos. Os resultados são apresentados na tabela
abaixo. Utilizando a técnica de análise de cenários, qual projecto que a empresa
EBUINU deve realizar?
Dica: como neste exercício não foi fornecido nenhuma probabilidade, o VPL esperado
de cada projecto é a média aritmética dos VPLs de cada simulação. O desvio padrão
de cada simulação também já foi fornecido e não há probabilidades logo, o desvio de
cada projecto é a média aritmética dos desvios de cada simulação.
Actividade 5
REFERÊNCIAS
BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C.
Administração financeira. São Paulo: Atlas, 2001.
Unidade 1
Actividade 1
Actividade 2
Actividade 3
Actividade 4
Actividade 5
Unidade 2
Actividade 1
Os gastos com o asfaltamento não devem ser considerados no fluxo de caixa para a
análise construção da pousada. São considerados custos incorridos, ou seja, estão
situados em tempo ja decorrido, nao são afectados pela decisão de aceitar ou nao
determinado projecto. Todos os fluxos de caixa anteriores a decisão de investimento
são irrelevantes para a análise da proposta.
Actividade 2
a)
Pelo payback médio, o projecto deve ser aceito, pois seu prazo de recuperação e de,
aproximadamente, 2 anos, 7 meses e 9 dias, inferior aos 3 anos estabelecido pela
empresa.
b)
Pelo payback efectivo, o projecto deve ser aceito, pois seu prazo de recuperação e de,
Aproximadamente, 2 anos, 2 meses e 19 dias; inferior aos 3 anos estabelecidos pela
empresa.
c)
Calculando o valor presente das entradas:
Pelo payback descontado, o projecto não deve ser aceito, pois seu prazo de
recuperação e de, aproximadamente, 3 anos, 4 meses e 1 dia; superior aos 3 anos
estabelecidos pela empresa.
Actividade 3 -
b) Equipamento Water
Equipamento Deep:
c)
a)
Van a ser substituída:
Cálculo da depreciação e do valor residual
Valor de aquisição ⁄ vida util = 160.000/10=16.000 por ano
Valor residual hoje, apos 5 anos de uso = 160.000 – (16.000 x 5) = 80.000,00
Calculo do IR da venda da van IR= 0,4*(40.000-80.000)=-56.000,00
Entrada de caixa com a venda da van = venda + IR = 40.000+16.000= 56.000
Como estamos analisando por qual equipamento e melhor a van actual ser substituída,
vamos elaborar os fluxos incrementais da van nova com a van actual e do minibus com
a van actual.
Calculando a Tir:
Calculando a TIR:
Actividade 5 -
a) Estrutura Elis
Estrutura Gal:
Vamos adotar o VPL encontrado na letra “a” para esta estrutura, visto que sua vida util
e de 24 anos.