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FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

CURSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

Disciplina: Empreendedorismo

Tema:
ESTRUTURA DE UM PLANO DE EMPREENDEDOR OU DE NEGÓCIO

~
Alunos:
-Dolfe Alefa Muanza
-Leontina Eusébio Francisco
-André Xavier Muchuga

Tete, Outrobro de 2023


Outubro de 2023 Estrutura de um plano de empreendedor ou de negócio

Conteúdo Paginas
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3

1.1.Generaalidade ................................................................................................................... 3

1.2. Objectivos........................................................................................................................ 3

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 4

2.1. Conceito de Plano de Negocio ........................................................................................ 4

2.2. Dimensão se um plano de negocio .................................................................................. 4

2.3. Partes de um plano de negócio (Estrutura de Um plano de Negocio)............................. 5

2.3.1. Capa .......................................................................................................................... 5

2.3.2. Sumário Executivo ................................................................................................... 5

2.3.3. Apresentação da Empresa ......................................................................................... 6

2.3.4. Análise de Mercado .................................................................................................. 7

2.3.5. Plano de Marketing ................................................................................................... 7

2.3.6. Plano Operacional..................................................................................................... 8

2.3.7. Plano Financeiro ....................................................................................................... 8

2.4. Tipos de Pesquisa .......................................................................................................... 11

CAPÍTULO III: CONCLUSÃO .............................................................................................. 13

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 14

Grupo 1/ Empreendedorismo/ISGCOF | CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO 2


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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1.Generaalidade
Nos últimos anos do mundo empresarial, uma ideia inovadora é apenas o primeiro
passo rumo ao sucesso. Transformar essa ideia em um empreendimento sólido e bem-
sucedido requer um plano estratégico robusto, delineando cada detalhe do caminho a ser
percorrido. É aqui que entra a importância da estrutura de um plano de negócios. Em um
ambiente competitivo e em constante evolução, um plano de negócios bem elaborado serve
como bússola, orientando empreendedores, investidores e gestores na tomada de decisões
informadas e na alocação eficiente de recursos.

Nesta era digital, onde as mudanças são rápidas e as expectativas dos clientes são
cada vez mais exigentes, um plano de negócios não é apenas uma formalidade, mas sim uma
ferramenta dinâmica que se adapta às transformações do mercado. Este documento é a
espinha dorsal de qualquer empreendimento, delineando objectivos claros, estratégias de
mercado, análises financeiras e planos de execução. Nesta perspectiva, esta exploração se
propõe a desvendar as nuances da estrutura de um plano de negócios, mergulhando nas
sessões essenciais que o compõem e destacando a sua importância como um guia precioso
para empreendedores que almejam transformar visões ambiciosas em realidades tangíveis.
Vamos, assim, entrar nos corredores intricados do planeamento empresarial, onde cada
palavra, cada número e cada estratégia se entrelaçam para formar o alicerce de
empreendimentos prósperos e sustentáveis.

1.2. Objectivos
1.2.1. Geral

Realizar uma revisão bibliográfica relacionada a estrutura de um plano de negócio.

1.2.2. Específicos

Definir um plano de negócio,


Indicar as dimensões de um plano de negocio,
Caracterizar as parte de um plano de negocio (capa, sumário executivo, análise do
mercado, plano de operações e plano financeiro), e
Identificar os tipos de pesquisas.

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CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Conceito de Plano de Negocio


Segundo ABRAMS (2009), o Plano de Negócio ou (Business Plan) é um documento
que declara todos os objectivos em curto, médio e longo prazo. Descrevendo toda
composição física, humana, jurídica e processos internos e externos de uma empresa.

É desenvolvido por empreendedores, com objectivo de evitar erros e dispêndios


desnecessários em um empreendimento sem futuro. É uma ferramenta que serve para
confirmar a viabilidade do negócio, antes de dar vida à empresa. O principal objectivo do
Plano de Negócio é olhar para o futuro, sem que perder o foco, uma vez, que há diversos
factores que a empresa terá que se preocupar como, por exemplo, trabalhar adequadamente o
capital de giro, saber qual o momento ideal para investir em expansão, entre outros
(ABRAMS, 2009).

Esta ferramenta é recomendada para todas as empresas, independentemente, de seu


tamanho. Também visa dar segurança ao empreendedor para uma melhor tomada de decisão,
sendo vital para a continuidade da empresa. Com um plano bem definido e estruturado é
possível aperfeiçoar recursos financeiros, humanos e tecnológicos, conseguindo uma correcta
identificação das oportunidades e ameaças que ocorrerão no processo de gestão da empresa,
possibilitando a elaboração de estratégias mais assertivas para lidar com os riscos ao mesmo
tempo acompanhando e medindo resultados (ABRAMS, 2009).

2.2. Dimensão se um plano de negocio


Para KOTLER (1998), Não existe um tamanho ideal ou quantidade exacta de páginas
para o Plano de Negócios. O que se recomenda é escrever o Plano de Negócios de acordo
com as necessidades do público-alvo que lerá o Plano de Negócios. Se o leitor for um gerente
de banco ou investidor, por exemplo, ele dará mais ênfase para a parte financeira do plano. Se
o leitor for uma instituição de fomento ou governamental, esta enfocará porque você está
requisitando a quantidade de recursos solicitada, onde aplicará e como a empresa retornará o
capital investido. Se for um parceiro, este atentará mais para a sua análise de mercado e
oportunidades de grandes lucros. Se for um fornecedor, este atentará para a saúde financeira
de sua empresa, sua carteira de clientes, o crescimento do seu negócio. Enfim, a estratégia e a
quantidade de páginas do Plano de Negócios depende de qual será o seu público-alvo.

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2.3. Partes de um plano de negócio (Estrutura de Um plano de Negocio)

2.3.1. Capa
A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do Plano de Negócios,
pois é a primeira coisa que é visualizada por quem lê o seu Plano de Negócios, devendo,
portanto, ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes. A
primeira página de seu Plano de Negócios será a capa. Segundo NEVES (1999) a capa deve
conter as seguintes informações:

Nome da empresa (Razão Social).


Nome de Fantasia da empresa.
Endereço completo da empresa.
Telefone da empresa (incluindo DDD).
Logótipo, se a empresa tiver um.
Nomes, cargos, endereços e telefones dos proprietários da empresa (dados do
gerente e principais pessoas-chave da empresa).
Mês e Ano em que o plano foi feito.
Número da cópia.
Nome de quem fez o Plano de Negócios.

2.3.2. Sumário Executivo


O Sumário Executivo é um resumo. É a apresentação de todo o negócio, que embora
seja a primeira parte do plano é a última a ser construída. É uma parte muito importante de
trabalhar, porque será através de sua leitura, que despertará o interesse no leitor de conhecer
mais sobre o empreendimento (NEVES, 1999).

O sumário deve ser objectivo e claro, mas com um bom toque de marketing. Todos os
itens devem ser apresentados muito positivamente para que conquiste quem estiver lendo e
confirme a viabilidade da ideia, mesmo antes que sejam lidas as demais partes detalhadas
sobre a operacionalização e composição da empresa. Deve apresentar o resumo das
informações chaves descritas no plano e cuidando para que não seja muito extenso. Quanto
ao seu tamanho, o ideal é ter no máximo três páginas que envolvam o leitor, fazendo com que
ele tenha curiosidade de continuar lendo o projecto (NEVES, 1999).

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2.3.3. Apresentação da Empresa


No tópico de apresentação faz um detalhe específico sobre como é ou o que será a
empresa. Mostra a composição e identidade empresarial, a forma jurídica conforme as leis
que envolvem, dando ênfase aos pontos conforme abaixo: (NEVES, 1999).

A missão, visão e valores


Todas as informações dos empreendedores
Dados do empreendimento
Natureza Jurídica e Enquadramento Tributário
Capital Social
Fonte de recursos

2.3.3.1. Missão, Visão e Valores

2.3.3.1.1. Missão
Para declarar dentro do plano qual será a missão da empresa é preciso antes que se
respondam as seguintes questões:

Qual é/será razão de ser da empresa? Como...


Quais são/serão suas funções? Como...
Quem ela atende/atenderá? Como...

As respostas destas perguntas ajudam construir a missão que o empreendimento terá e


o que se propõe a fazer, afirmando sua razão de existir e porque assume esta responsabilidade
perante seus clientes (NEVES, 1999).

2.3.3.1.2. Visão
Para declarar a visão no plano de negócios é preciso saber para onde se pretende
chegar. Descrevendo quais são os objectivos que se deseja em longo prazo.

Exemplos: o Deseja que a empresa seja líder do sector; o Fazer a empresa ser
reconhecida nacionalmente em 2025. Mostra qual é o objectivo máximo do sucesso e o prazo
que se tem para concretização disso.

2.3.3.1.3. Valores
Os valores são os princípios da empresa, sua identidade pessoal, suas crenças, os
critérios que estabelece para atingir seu objectivo. É um pilar de sustentação para todas as

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decisões. Os valores de uma empresa se assemelham aos valores pessoais, como por
exemplo, ética, comprometimento, responsabilidade, transparência, melhoria contínua etc.

2.3.4. Análise de Mercado


BNDES (2005) declara que: A análise de mercado é o ponto crucial para se iniciar a
validação de ideia empreendedora.

"Sem mercado consumidor não existe empresa. "

A primeira coisa a ser feita é a pesquisa de clientes. Após ser realizada esta pesquisa
tem que ser possível determinar quais são os clientes, onde eles estão localizados, qual é a
idade deles, como reagem, o que consomem, o que gostam o que não gostam. Se o cliente for
pessoas jurídicas, o ideal é pesquisar de quem compram, o que compram, o tamanho da
estrutura da empresa, quantos funcionários possui, etc (BNDES, 2005).

Nesta sessão do plano de negócio tem que ser possível determinar o comportamento
do futuro consumidor/cliente de sua empresa. Questões como o que levam eles a comprar, de
quem estão comprando, quanto pagariam pelo seu produto/serviço. Com estas informações
colectadas e bem analisadas é possível determinar um preço de venda competitivo, onde será
estabelecida a sede da empresa, o mercado que irá vender se vai ser no bairro, município,
estado e outros estados (BNDES, 2005).

Estas informações são muitos relevantes para dar sequências em outras estratégias que
a empresa irá executar para cumprir seus objectivos.

2.3.5. Plano de Marketing


Nesta sessão do plano de negócio a empresa descreve quais são as características de
seu produto, como tamanho, cor, design, a estrutura de comercialização. Se for uma empresa
de prestação de serviços terá que declarar quais são os serviços que irá prestar, que garantias
fornecerá, o prazo de confecção do trabalho, tudo de forma que garanta a satisfação do cliente
pela qualidade fornecida. Fornece características mais detalhadas possíveis sobre seu produto,
preço, promoção e estabelecimento de comercialização (WESTWOOD, 2014).

Podendo incluir imagens dos seus produtos, que ilustre a qualidade deles. Quanto ao
preço, é destacado como se chegou até ele, apresentando os custos gastos durante o processo
de fabricação. Na promoção são informados quais são as técnicas que irá atrair clientes, se
serão usados meios de comunicação, como rádio, televisão, internet, etc. Esclarecendo todas

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as estratégias que serão utilizadas para o marketing de atracão. No estabelecimento, justificar


o porquê da escolha, salientando se foi por razões de segurança ou pela proximidade de seus
clientes e concorrentes (WESTWOOD, 2014).

Sempre destacando o que de melhor que o levou na escolha do ponto comercial. As


estratégias acima fazem parte dos 4Ps do marketing Produto, Preço, Promoção e Praça.

2.3.6. Plano Operacional


Nesta fase, a preocupação deve ser na parte estrutural em que a empresa será
localizada, ou seja, com todos os sectores que precisa para desenvolver suas actividades.

A partir do desenho do layout da empresa fica determinado o que será desenvolvido


por cada área, bem como será feito para se adquirir de móveis, equipamentos, como ficarão
alojadas as pessoas para desempenhar de suas tarefas, o número de funcionários que precisará
contratar (NEVES, 1999).

Por meio do plano operacional a empresa tem condições de garantir a facilidade de


localização de seus produtos pelos seus clientes na área de vendas; garantindo uma
comunicação eficaz entre os sectores; gerando um aumento na produtividade e redução de
trabalho e desperdício (NEVES, 1999).

Com o plano operacional bem definido faz com que a empresa se torne mais
organizada e eficiente, garantindo a qualidade em sua prestação de serviço, venda de
mercadorias, etc.

2.3.7. Plano Financeiro


A sustentabilidade e continuidade de uma empresa estão relacionadas ao grau de sua
saúde financeira. Sem saúde financeira não tem como manter nenhum processo em
andamento por muito tempo, dessa forma, dá para dizer que uma empresa sem recursos é
uma empresa morta (WESTWOOD, 2014).

O plano financeiro mostra ao quanto a empresa tem de capital de giro, o total de seu
investimento. Mostra o quanto a empresa irá gastar para comprar todo o equipamento para
desenvolver suas actividades e também quanto vai pagar de água, luz, telefone salários, etc.
Estudar o plano financeiro é uma forma inteligente de garantir a sobrevivência de uma
empresa. Permitindo criação de estratégias para garantir seu crescimento escalável e lucrativo
no mercado (WESTWOOD, 2014).

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2.3.7.1. Conceitos Importantes


Investimento Fixo: é tudo que uma empresa precisa adquirir para poder entrar em
operação.
Capital de Giro: são os recursos disponíveis para a utilização no dia a dia, para
garantir o funcionamento de uma empresa. Exemplos: matéria prima, mercadorias de
estoque, recursos de financiamentos, recebimentos de clientes, etc.

Nessa fase, a empresa precisa definir quanto terá de estoque inicial e definir um valor
para ser seu caixa mínimo. Estas estratégias servirão para auxiliar na elaboração de preços
mais competitivos, aumentando o volume de vendas e geração receitas e lucractividade
(WESTWOOD, 2014).

Caixa mínimo: é o montante em dinheiro necessário para pagar todos os custos e


despesas, até que haja o completo pagamento de seus clientes dos produtos ou
serviços comercializados. Realizar cálculos sobre o prazo médio de pagamentos,
recebimentos e compras irão ser úteis para apuração do caixa mínimo.
Investimentos Pré-operacionais: são todos os gastos desembolsados antes da
empresa iniciar suas actividades.
Estimativa de Receita mensal ou Facturação: é total geral de vendas de todo mês.
Para grande parte de quem está começando ou quer começar um negócio, esta parte
pode ser um pouco complicada (WESTWOOD, 2014).
Preço de venda é baseado através de um estudo de mercado de quanto os
concorrentes estão praticando; e o Total de produtos oferecidos é baseado por meio de
quanto os clientes potenciais estão dispostos a pagar pelo produto ou serviço
comercializado.
Custos e comercialização: é a estimativa de todos os custos envolvidos no processo
de vendas, como comissões e impostos. Na prática, aplica-se um percentual sobre o
total estimado de vendas durante o mês.
Estimativa do custo de mão de obra: é a previsão de todos os gastos destinados à
contratação e manutenção dos colaboradores, tais como: previsão de salários, previsão
de férias, previsão com décimo terceiro salário, INSS, horasextras, aviso prévio,
causas trabalhistas, etc (WESTWOOD, 2014).

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O plano financeiro ajuda no controle gerenciamento dos gastos, fazendo com que a
empresa tenha condições de se espelhar e desenvolver outros planos estratégicos e
investimentos.

2.3.7.2. Conceito de custos


Para PAVANI (1995), o empresário que não conhece seus custos e despesas não
conseguirá identificar seu ganho real. Para elaborar o preço de venda é preciso entender bem
os conceitos de custos de despesas e saber o quanto a empresa desembolsa mensalmente e
trabalhar um planeamento de sua previsão futura. Custos são os desembolsos feitos pela
empresa na compra de mercadorias, elaboração de produtos ou na prestação de serviços.

São divididos em custos e despesas variáveis, custos ou despesas fixas, custos directos
e custos indirectos. Os custos e despesas variáveis existem em função da facturação, se a
empresa não vender eles existirão. Os custos ou despesas fixas não possuem relação com as
vendas. O simples fato de a empresa possuir estrutura física, logo, está gerando estes custos.
Os custos directos são aqueles relacionados directamente a um determinado produto.

Os custos indirectos são custos não aplicados directamente ou imediatamente na


produção. Para isso é necessário que se estabeleça a adopção de algum critério de rateio,
porque se entende que são custos comuns a todos os produtos. Uma empresa com o plano
financeiro consegue desenvolver medir sua eficácia por meios de outros indicadores de
desempenho; como o fluxo de caixa, Demonstração de Resultado. Ponto de Equilíbrio,
lucractividade, rentabilidade, etc (PAVANI, 1995),

2.3.7.2.1. Fluxo de Caixa


Todas as entradas e saídas de recursos financeiros em um período de tempo é feita
através do fluxo de caixa. O Fluxo de Caixa pode ser feito diariamente, semanalmente,
mensalmente ou em períodos em que a empresa considerar importante para seus negócios. É
uma ferramenta que fornece aos empreendedores base para tomar decisões assertivas,
calculando os riscos, projectando cenários futuros, para assim, ter condições de análise dos
caminhos que a empresa está seguindo, e se de fato estão alinhados com os objectivos da
mesma (PAVANI, 1995).

A verdade é que embora os empreendedores saibam realizar o fluxo de pagamentos e


de recebimentos de sua empresa, muitos ainda desconhecem sua real importância e os
impactos que a falta de um controle bem estruturado pode causar no futuro de sua empresa.

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Tabela: Fluxos Caixa

Fonte: PAVANI (1995).

2.4. Tipos de Pesquisa


Em um plano de negócios, várias pesquisas são conduzidas para fundamentar as
decisões estratégicas. Aqui estão alguns tipos de pesquisas comuns incluídos em um plano de
negócios:

Tabela 2: Tipos de pesquisas em um plano de Negocio

Pesquisa Descrição
Pesquisa de Identifica e analisa o mercado-alvo, incluindo tamanho, tendências, demanda,
Mercado: concorrência e comportamento do consumidor. Ajuda a entender as preferências do
cliente, hábitos de compra e necessidades.

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Pesquisa de Avalia empresas concorrentes directas e indirectas.


Concorrência: Analisa pontos fortes e fracos dos concorrentes.
Ajuda a identificar lacunas no mercado que a empresa pode explorar.
Pesquisa de Avalia a viabilidade económica do negócio.
Viabilidade Analisa factores financeiros, como investimentos iniciais, custos operacionais,
margens de lucro e retorno sobre o investimento.
Satisfação do Cliente: Avalia a satisfação dos clientes em relação aos produtos ou serviços oferecidos.
Identifica áreas de melhoria com base no feedback do cliente
Pesquisa de Examina as tendências actuais e futuras do sector relevante para o negócio.
Tendências do Ajuda a antecipar mudanças no mercado e a adaptar estratégias de negócios em
Sector: conformidade.
Pesquisa de Avalia fornecedores em potencial em termos de qualidade, confiabilidade e custos.
Fornecedores e Identifica possíveis parceiros de negócios para colaborações estratégicas.
Parceiros:
Pesquisa de Avalia diferentes locais para estabelecer o negócio, considerando factores como
Localização: acessibilidade, demografia, custos de aluguel e visibilidade.

Pesquisa de Examina tecnologias relevantes para o sector.


Tecnologia e Identifica oportunidades para inovação e diferenciação usando tecnologia.
Inovação:
Pesquisa de Políticas Analisa regulamentações governamentais, licenças necessárias e requisitos legais
e Regulamentações: específicos para o sector.
Ajuda a garantir que o negócio esteja em conformidade com as leis e
regulamentações.
Pesquisa de Recursos Avalia as necessidades de recursos humanos, incluindo habilidades e qualificações
Humanos: necessárias para a equipe.
Identifica estratégias de recrutamento e retenção de talentos.

Fonte: KOTLER (1998) adaptado pelos autores (2023).

Cada tipo de pesquisa desempenha um papel importante na construção de um plano


de negócios sólido, fornecendo dados concretos para orientar as decisões estratégicas da
empresa.

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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO


Em suma, a estrutura de um plano de negócios é essencial para o sucesso de qualquer
empreendimento. Este documento serve como um guia detalhado, delineando não apenas as
metas e objectivos, mas também os fundamentos sólidos sobre os quais um negócio é
construído. As diferentes pesquisas realizadas durante a elaboração do plano, como pesquisa
de mercado, pesquisa de concorrência, pesquisa de viabilidade e outras, fornecem a base
empírica para as estratégias delineadas no plano de negócios.

A pesquisa de mercado oferece insights cruciais sobre as preferências dos clientes e as


tendências do mercado, permitindo que a empresa ajuste seus produtos ou serviços para
atender às demandas do cliente de maneira mais eficaz. A pesquisa de concorrência
proporciona uma compreensão profunda do ambiente competitivo, permitindo que a empresa
identifique oportunidades para diferenciação e inovação. A pesquisa de viabilidade, por sua
vez, garante que o negócio seja economicamente sustentável, analisando cuidadosamente os
custos, investimentos iniciais e projecções financeiras.

Ao integrar esses tipos de pesquisas na estrutura do plano de negócios, a empresa está


melhor equipada para tomar decisões informadas e estratégicas. Além disso, essa abordagem
fundamentada aumenta a confiança dos investidores, parceiros e stakeholders, pois demonstra
uma compreensão profunda do mercado e uma abordagem sólida para o sucesso comercial.

Em última análise, a estrutura de um plano de negócios, aliada a uma pesquisa


abrangente e precisa, não apenas orienta o crescimento do negócio, mas também é
fundamental para transformar visões em realidades empresariais prósperas. Ao adoptar uma
abordagem criteriosa na elaboração do plano de negócios, as empresas estão melhor
preparadas para enfrentar desafios, capitalizar oportunidades e prosperar em um mercado
cada vez mais dinâmico e competitivo.

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IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA


A. ABRAMS, R. Business Plan: Segredos e Estratégias para o Sucesso. Editora Érica,
São Paulo,2009.
B. BNDES. Guia de Elaboração de Plano de Negócios. 2005.
C. KOTLER, P. Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação
e Controle. Ed. Atlas, 1998.
D. NEVES, A.P. Criação e Crescimento de um Novo Empreendimento de Alta
Tecnologia. ASIT -Trabalho Final de Curso, 1999.
E. PAVANI, C. Elaboração de um Plano de Negócios. Softex, 1997. Porter, M.
Estratégia Competitiva. Ed. Campus, 1995.
F. WESTWOOD, J. O Plano de Marketing. Planejamento Estratégico. Campus, São
Paulo, 2014.

Grupo 1/ Empreendedorismo/ISGCOF | IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 14

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