A Olimpíada de Língua Portuguesa, é um programa elaborado para o

enfrentamento do fracasso escolar decorrente das dificuldades do ensino de leitura e

de escrita no Brasil. É um projeto coletivo, de extrema importância com objetivo de
buscar, primeiramente, uma democratização dos usos da língua portuguesa,
perseguindo reduzir o “iletrismo” e o fracasso escolar, procurando contribuir para
melhorar o ensino da leitura e da escrita.

Este trabalho está organizado em oficinas, para o ensino da escrita do gênero textual
“Crônicas” com atividades voltadas para o desenvolvimento da competência
comunicativa. Aqui você encontra uma sequência didática, organizada em quatro (4)
oficinas envolvendo leitura e análise de textos já publicados, linguagem oral,
conceitos gramaticais, pesquisas, produção e aprimoramento dos seus textos.

Para que todos possam ter contato com os textos trabalhados nas oficinas, você
recebeu uma Coletânea de textos sem comentários ou análise, que deverão ser
lidos e analisados para a realização das atividades propostas.

A ocasião faz o escritor

Às vezes a prosa da crônica se torna lírica, como se estivesse
tomada pela subjetividade de um poeta do instantâneo que, mesmo
sem abandonar o ar de conversa fiada, fosse capaz de tirar o difícil
do simples, fazendo palavras banais alçarem voo.
Davi Arrigucci Jr.

Desejamos um ótimo trabalho!

O que é crônica?
Crônica é um gênero de texto tão flexível que pode usar a “máscara” de outros
gêneros, como o conto, a dissertação, a memória, o ensaio ou a poesia, sem se
confundir com nenhum deles. É leve, despretensiosa como uma conversa entre
velhos amigos, e tem a capacidade de, por vezes, nos fazer enxergar coisas belas e
grandiosas em pequenos detalhes do cotidiano que costumam passar despercebidos.
Vamos enriquecer essas primeiras ideias sobre crônica com outras informações?
A palavra “crônica”, em sua origem, está associada ao
vocábulo “khrónos” (grego) ou “chronos” (latim), que significa
“tempo”. Para os antigos romanos a palavra “chronica”
designava o gênero que fazia o registro de acontecimentos
históricos, verídicos, na ordem em que aconteciam, sem
pretender se aprofundar neles ou interpretá-los. Com esse
sentido ela foi usada nos países europeus.
A crônica contemporânea brasileira, também voltada para o registro jornalístico do
cotidiano, surgiu por volta do século XIX, com a expansão dos jornais no país. Nessa
época, importantes escritores, como José de Alencar e Machado de Assis, começam
a usar as crônicas para registrar de modo ora mais literário, ora mais jornalístico, os
fatos corriqueiros de seu tempo. É interessante observar que as primeiras crônicas
brasileiras são dirigidas às mulheres e publicadas como folhetins, em geral na parte
inferior da página de um jornal.
A crônica é um gênero que ocupa o espaço do entretenimento, da reflexão mais leve.
É colocada como uma pausa para o leitor fatigado de textos mais densos. Nas
revistas, por exemplo, em geral é estampada na última página. Ao escrever, os
cronistas buscam emocionar e envolver seus leitores, convidando-os a refletir, de
modo sutil, sobre situações do cotidiano, vistas por meio de olhares irônicos, sérios ou
poéticos, mas sempre agudos e atentos.

CRÔNICA
A ocasião faz o escritor

“Falar do lugar onde se vive é sem dúvidas uma das

maiores riquezas culturais que existem, é oportunizar que
outras pessoas conheçam o que há de mais belo na história
de suas raízes. Sua origem contada, abordando vários
aspectos sociais, históricos e culturais”.
 LÍNGUA PORTUGUESA – Atividade 1 – Data: ___ /___ /2021

1ª OFICINA: É hora de combinar

Objetivos: Apresentar a Olimpíada de Língua Portuguesa, motivando os (as) alunos
(as) à participação e a estabelecer contato com o gênero crônica. Aprender a
escrever crônicas sobre as pessoas, os costumes, a vida do lugar onde moramos.
Os muitos tons da crônica no Brasil
A crônica é um gênero que retrata os acontecimentos da vida em tom despretensioso, ora poético,
ora filosófico, muitas vezes divertido. Nossas crônicas são bastante diferentes daquelas que
circulam em jornais de outros países. Lá são relatos objetivos e sintéticos, comentários sobre
pequenos acontecimentos, e não costumam expressar sentimentos pessoais do autor. Os cronistas
brasileiros exprimem vivências e sentimentos próprios do universo cultural do país
1ª etapa: Uma classe motivada
Agora que já apresentamos o que é a Olimpíada de Língua Portuguesa, sabemos que o objetivo é
aprender a escrever crônicas sobre as pessoas, os costumes, a vida do lugar onde moramos.
Mostre as semelhanças e diferenças da Olimpíada de Língua Portuguesa com uma olimpíada
esportiva.
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2ª etapa: A descoberta de uma crônica
01- Responda:
a) Você costuma ler crônicas em jornal ou revista ou em blogs da internet?
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b) Você já ouviu crônicas em programas de rádio ou televisão?
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c) De que assuntos tratam essas crônicas?
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02- O que fazer para que outras pessoas possam ler o que vocês vão escrever, aqui na sala de aula,
sobre a nossa cidade?
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3ª etapa: A descoberta de uma crônica
A melhor forma de aprender a fazer alguma coisa é observar um mestre no assunto em ação. Nesta
primeira oficina o mestre será Tiago Germano.

O escritor Tiago Germano nasceu na cidade de Picuí, localizada na região Seridó do estado
da Paraíba, em 1982. Ele é jornalista, formado pela Universidade Federal da Paraíba, e foi no
jornalismo que iniciou sua escrita de crônicas, desde que se formou, no ano de 2005. Germano
foi o vencedor do Prêmio Sesc de Crônicas Rubem Braga (2017), com o texto intitulado
“Óculos Ray-Ban”, escrito em homenagem ao pai. Esta crônica se soma a tantas outras que se
encontram reunidas no livro Demônios Domésticos.
Para o escritor paraibano, o cotidiano é um tema que sempre aparece em seus textos, e por isso
ele sempre procura não somente anotar aquilo que lhe chama atenção no dia a dia, mas também
segue pesquisando, para no momento em que for escrever se sentir mais preparado: “É um
aprendizado e treinamento constante, temos que trabalhar muito pela inspiração. Picasso dizia
muito isso, que a inspiração existe mas ela tem que te achar trabalhando”.
Entrevista com Tiago Germano: Portal Correio <https://youtu.be/cK7jWB1NPu0>
Trabalhando o titulo do texto: “O papa vai ao banheiro?”

Atividade
01- Responda:
a) Esse título chamou sua atenção? Por quê?
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b) Que situação você acha que essa crônica vai retratar?
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c) O que o titulo do texto sugere?
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d) Pelo título dá para imaginar o assunto da crônica?
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Leitura do texto: “O papa vai ao banheiro?”

a) O que mudou sobre a percepção do texto após a leitura?
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b) Alguém já viveu uma situação como a descrita na crônica? Ou conhece outra pessoa que
vivenciou algo parecido?
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c) Há algo que ficou difícil de entender?
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d) Cite um trecho curioso da crônica.
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e) Você consegue identificar no texto os momentos em que o autor utilizou humor?
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f) Quais são os personagens que aparecem na história?
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g) O autor se faz presente? Destaque os trechos que apontam isso.
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 LÍNGUA PORTUGUESA – Atividade 2 – Data: ___ /___ /2021

2ª OFICINA: Balaio de Crônicas

Objetivos: Aproximar os alunos do gênero crônica, possibilitando-lhes que
identifiquem a diversidade de estilo e de linguagem entre autores de épocas
diferentes.
Prepare-se! Como em um grande balaio, tudo pode caber numa crônica. Vamos
prosseguir com o trabalho de aproximação ao gênero crônica, possibilitando que
tomem contato com a grande multiplicidade de estilo e linguagem de textos pra distinguir o tom de
lirismo, ironia, humor ou reflexão em diferentes crônicas.
1ª etapa: A imensidão que é a crônica
 Escolha uma das crônicas a seguir, faça a leitura para responder a atividade.
 Catadores de tralhas e sonhos (Milton Hatoum)
 Conduções (Lilia Guerra)
 Regra para uso dos bondes (Machado de Assis)
 Face a face (Mário Viana)
 Alegrias (José Falero)
 Expedição à padaria (Vanessa Barbara)
 Ser brotinho (Paulo Mendes Campos)

ATIVIDADE:
01- Baseado na leitura do texto escolhido responda de acordo com os tópicos abaixo:
a) Qual das crônicas da lista você optou para ler? Por qual motivo você escolheu esta crônica?
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b) Tempo cronológico: é possível reconhecer que uma crônica trata de uma determinada época.
Qual o tempo cronológico da crônica que você leu?
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c) Qual é o assunto central da crônica?
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d) Que sentimentos ou emoções a crônica despertou? Raiva, medo, alegria, impaciência,
curiosidade, nostalgia (saudades)?
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e) A linguagem é atual ou é de difícil compreensão?
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f) Qual a personagem ou os personagens que aparecem na crônica? Como eles estão
construídos no texto? Qual o olhar do cronista para eles?
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g) O autor fazia parte da situação narrada ou estava como observador, de fora? Quais são as
marcas no texto que possibilitam essa percepção?
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Sobre suportes, olhares e palavras
03- O Cronista escolhe a dedo as palavras. Sua linguagem é simples, espontânea, quase uma
conversa ao pé do ouvido com o leitor. Tempera os fatos diários com humor, ironia ou emoção,
revelando peculiaridades que as pessoas, em sua correria, deixam de perceber. Responda:
a) Quais as situações de comunicação em que as crônicas costumam ser produzidas, ou seja, com
que finalidade?
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b) Para quem as crônicas costumam ser produzidas, ou seja, qual o público alvo?
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c) Onde elas circulam e em que suportes (livros, jornais, revistas, internet) são encontradas ?
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Lendo uma crônica da atualidade
Crônica Jornalística- 27 de setembro de 2020-Redação JC

SOB AS MÁSCARAS
Máscara branca. Limpa; sem nada. Ariel não gostava de nenhuma.
Já que tinha que usar, que fossem coloridas! Vermelha, lilás, azul. Com imagens,
desenhos…
De frente ao espelho. Ajeitou os cachos. Palidez: um pouco de blush. Rímel. Protetor
labial. “Tudo ótimo!” Saindo, lembrou da máscara. Voltou ao quarto. Apanhou a branca
máscara na cama. Banheiro. Espelho. Vestiu a máscara: “que merda!”
Com a máscara, as bocas sumiram. Agora, só temos os lábios conhecidos.
Não que não gostasse da sua boca. Ariel gostava. Mas falavam tanto dela. Boca robusta. Lábios espessos.
Sanguíneos. “Queria ter uma boca dessa, você tem sorte”. Um sujeito, uma vez, travou-a nos braços de um jeito
que não pode escapar, mesmo lutando. Prendeu seus lábios aos de Ariel com violência. Satisfeito; afrouxou os
músculos. Ariel conseguiu escapar. Meio confusa, atordoada. Não entendia. Beijo roubado? Não! Agressão
covarde mesmo. Começou a xingar enquanto esfregava os lábios na manga da blusa. De repente; parou.
Percebeu que era inútil. Lábios sempre marcados. Ele ainda disse, justificando: “Sua boca tava pedindo”.
Certas vezes, preferia escondê-la. De cabeça baixa, sem cumprimentos, caminhava rápido por entre as mesas do
escritório de telemarketing. “Mal educada”, diziam. Sentava na cadeira do seu cubículo. Colocava o fone.
“Talvez se tivesse uma boca fina, rosácea, quase incolor. Invisível! Então olhariam nos meus olhos”.
Cansada de tudo, vingava-se. Altiva. Podia sentir o desejo. Cabeças sem corpo a seguindo, magnetizadas.
Pescoços torcendo. Vez por outra mirava alguém. Qualquer um. Encarava até que desistissem. Satisfeita,
deixava escapar um sorriso. A boca sedutora atraía; humilhava. 
Os lábios de Ariel estavam ocultos na máscara branca. Pensou no tempo perdido se arrumando. “Sem a boca,
quem olharia pra mim?” Tinha a boca perfeita: carnuda e vermelha. Só tinha a boca. A boca modelo. Destituída
da boca, não era nada.
Com ou sem boca, precisava trabalhar. Acelerou o passo até o ponto de ônibus. Embarcou. Um banco vazio.
Abriu um livro. Ônibus enchendo. A cara enterrada no livro.  Sentiu ser
percebida. Ergueu lentamente a cabeça. Um encontro. Sorriram, no
cruzamento dos olhares, pois souberam que existiam.
por Rafael Sampaio
 LÍNGUA PORTUGUESA – Atividade 3 – Data: ___ /___ /2021

3ª OFICINA: Primeiras linhas

Objetivos: Produzir a primeira escrita de uma crônica, encorajando os alunos a
continuar aprendendo a escrever crônicas.
Prepare-se! Escolha outro texto do seu livreto com a Coletânea de Crônicas e faça
a leitura. Se for preciso, faça a releitura para desenvolver as atividades a seguir.
1ª etapa: Elementos que as crônicas têm em comum
É possível identificar os elementos que todas as crônicas têm em comum, por mais diferentes que
sejam. Durante a aula, a professor vai levar para os alunos uma CRÔNICA e discutir com eles os
elementos da crônica. Caso a sua participação nesta aula não seja possível, você deverá utilizar o
texto de sua escolha para analisá-lo com base nos tópicos abaixo:
01- Título da Crônica: ___________________________________________________________
a) Dados do autor e tema da crônica
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b) Veículo em que foi publicada e a que tipo de leitor se destinou.
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c) O tom da escrita (bem-humorado, poético, irônico, reflexivo, sério).
R_______________________________________________________________________________
2ª etapa: Escrevendo mais e mais
Atividades
01- Pensem em suas vivências, nos lugares que frequentam; nas pessoas com as quais convivem;
nos assuntos que estão circulando na cidade, na comunidade; em algo que tenha ocorrido no seu
dia a dia e lhe chamado a atenção. É dessa simples observação que cada um dos alunos escreverá
uma crônica.
02- O próximo passo é escolher o tom – poético, bem-humorado, crítico, lírico – com que vão
narrar o tema “O lugar onde vivo” e optar pelo foco narrativo, ou seja, o ponto de vista que vai
adotar: escrever na primeira pessoa (eu vi, eu fiz, eu senti) e se transforma em parte da narrativa – é
o autor-personagem; ou ficar de fora e escreve na terceira pessoa (ele fez, eles sentiram) – é o
autor-observador. Pense bem para escolher o tom e o foco narrativo que mais lhes agrade, pois é de
grande importância levar em conta a situação de produção. Para isto leve em conta os seguintes
questionamentos:
 Quem escreve? (autor-personagem ou autor-observador?).
 Para quem? (Para colegas de classe? Para a comunidade? Para um júri?)
 Com qual finalidade? (Competir? Divulgar? Comunicar?)
 Onde a crônica será publicada? (Jornal, livro, revista, blog, livro digital, mural da escola, vídeo
no Youtube)
03- Agora é a hora de escolher um fato ligado ao cotidiano para escrever sua primeira crônica. Olhe
os fatos corriqueiros da cidade e escolha um episódio a respeito do qual vai escrever,
individualmente, sua crônica. Além dos elementos descritos no tópico 02, considere também:
 Título sugestivo (deve ser chamativo, pois é o que o leitor lê primeiro, é a síntese de tudo que
está no texto).
 Cenário curioso – ou visto a partir de alguma curiosidade que é destacada pelo cronista.
 Uma ou várias personagens, inventadas ou não – o autor pode ser uma delas.
 Enredo, isto é, narra um momento, um acontecimento, um episódio banal do cotidiano, e a partir
daí passa uma ideia, provoca uma emoção.
 Linguagem coloquial (uma “conversa” com o leitor).
 Desfecho (um final interessante ou até mesmo inesperado).
 Antes que coloque a mão na massa, lembre-se de que essa crônica é ainda uma primeira versão,
que será lida apenas por você e pelo professor. O objetivo é fazer uma avaliação inicial do que você
já sabe e do que precisa aprender sobre como escrever uma crônica. Vamos descobrir os aspectos
que precisam ser melhorados. No final, verá o quanto todos evoluíram na caminhada.
Uma dica: na maioria das vezes o cronista cria o título depois de escrever a crônica.

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 LÍNGUA PORTUGUESA – Atividade 4 – Data: ___ /___ /2021

4ª OFICINA: Histórias do Cotidiano

Objetivos: Explorar os elementos constitutivos de uma crônica e os recursos literários
utilizados pelo autor empregando as figuras de linguagem.
Prepare-se! Leia a crônica “O novo normal” de Antonio Prata e “As locutoras da
quarentena” de Vanessa Barbara.
1ª etapa: Os recursos do cronista (Figuras de Linguagem)
As figuras de linguagem são recursos utilizados pelos autores para realçar uma ideia. Um bom
cronista tem dois instrumentos básicos: o olhar e a linguagem. Com o olhar ele reconhece o
acontecimento, o momento que merece ser preservado, o qual outros nem notam; com a linguagem,
retrata a situação, e as figuras de linguagem o ajudam a fazer isso com sucesso. Conhece as
principais figuras de Linguagem:
Hipérbole: afirmação exagerada.
Comparação: expressão de termo comparativo.
Quase sempre acompanhada da conjunção “como”. Falei mil vezes para você!
Morri de estudar para o vestibular.
Faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto... Sinestesia: interpretação de planos sensoriais,
Manuel Bandeira mistura de sensações de sentidos diferentes.
Metáfora: comparação mental ou abreviada em que Como na metáfora, relaciona elementos de
prevalece a relação de semelhança. Não aparece a universos diferentes.
conjunção “como”. Senti um cheiro doce no ar.
Na sua mente povoa só maldade. Antítese: contraposição de uma palavra ou
Meu coração é um balde despejado. frase a outra de sentido oposto.
Catacrese: metáfora que caiu no uso popular, Toda guerra finaliza por onde devia ter
corriqueira, muito comum. começado: a paz.
As pernas da mesa estão bambas. Vivo só na multidão.
Quero morar no coração da cidade. Ironia: sugestão pela entonação e pelo
Metonímia: designação de um pormenor pelo contexto de algo contrário ao que pensamos,
conjunto de que se quer falar. geralmente com intenção sarcástica.
Ler Clarice Lispector. (autor pela obra) A excelente D. Inácia era mestra na arte
Comer o pão (por alimento) que o diabo de judiar de crianças.
Monteiro Lobato
amassou (por sofrimento).
Eufemismo: emprego de termos considerados
Personificação ou prosopopeia: atribuição de
mais leves para suavizar uma expressão
ações, qualidades ou sentimentos a seres
considerada cruel ou ofensiva.
inanimados.
Foi para o céu, em vez de morreu.
O tempo passou na janela e só Carolina não viu.
Chico Buarque de Holanda Está forte, em vez de está gorda.

2ª etapa: As figuras de linguagem na prática

Atividades
01- Destaque as figuras de linguagem nos tópicos abaixo usando a legenda
( 1 ) personificação ( 2 ) personificação ( 3 ) eufemismo ( 4 ) metáfora
Catadores de tralhas e sonhos
Uma convidada abandona, discretamente, a taça de Milton Hatoum
vinho sobre uma mesa. “Aqui só carrego bagunça, mas sou homem de paz” ( ). A
Um convidado dispensa uma empada num vaso de que mais me chamou atenção foi uma carroça linda, com uma
pacová. ( ) pintura geométrica que lembra um quadro de Mondrian. Na
lateral, estava escrito: “Carrego todo tipo de tralha, e carrego
um sonho dentro de mim” ( ) ./ Sei que não é fácil encontrar
um sonho nas ruas; mas encontrei carroceiros simpáticos e um
assunto para escrever esta crônica.
 Conduções
Lilia Guerra As ruas daqui são pobretonas. Desvalidas. ( )
A carcaça de uma poltrona repousa na esquina da
Tento passar indiferente por essas pessoas
Nascer. Apresenta cicatrizes de queimadura. ( )
jogadas nos colchões úmidos pelos líquidos
Se divertem assistindo ao balé das labaredas . ( ) da madrugada. ( )

3ª etapa: A crônica e as questões do nosso mundo.

Após a leitura da crônica “As locutoras da quarentena” de Vanessa Barbara, vamos explorar a
situação de comunicação, com a análise do texto. Responda:
01- O titulo da crônica chama a atenção do leitor? Por quê?

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02- Esta crônica é mais narrativa ou humorística? Por quê?
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03- Na história lida, o que a torna atraente para o leitor?

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04- Identifique as personagens principais e secundários que aparecem no texto.

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05- A crônica que você leu explora que fato do cotidiano?
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06- Esse fato pertence ao noticiário do jornal ou cotidiano?Justifique com elementos do texto.
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07- Qual o tipo de narrador do texto? Retire do texto um trecho que confirme sua resposta.

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4ª etapa: Um desafio para você e sua turma

O ano de 2020 trouxe uma situação inédita para o mundo, uma pandemia que modificou a vida de
todos nós. Você e sua turma deve fazer a escrita de uma nova crônica sobre algum acontecimento
interessante vivenciado durante o isolamento social. Cite aqui de forma resumida o acontecimento e
escreva a crônica numa folha e anexe ao módulo.
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