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Emilde Vitorino Dingane

Laurésia Simiao Zandamela

Lourinho Armindo Zandamela

Micheila Magumane

Uraca Tembe

Tema: Os papéis socias de mulher e do homem em Moçambique: Educação como


vector da igualdade e equidade do gênero

Universidade Pedagógica

Maputo ao 03 de Setembro de 2022


Emilde Vitorino Dingane

Laurésia Simiao Zandamela

Lourinho Armindo Zandamela

Micheila Magumane

Uraca Tembe

Tema: Os papéis socias de mulher e do homem em Moçambique: Educação como


vector da igualdade e equidade do genero

O presente trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Antropologia Cultural de
Moçambique a ser apresentado na
Faculdade de Economia e Gestão, solicitado
pela:

Mestre: Dércia Chilengue

Universidade Pedagógica
Maputo ao 03 de Setembro de 2022

Índice

CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO........................................................................................4

1.0. OBJECTIVOS....................................................................................................4

1.1.0. Geral................................................................................................................4

1.1.1. Específicos...................................................................................................4

CAPÍTULO II. REVISÃO DA LITERATURA...............................................................5

2.0. Os papéis socias de mulher e do homem em Moçambique........................................5

2.1.0. Papéis Sociais......................................................................................................5

2.1.1. Papéis sociais da mulher..................................................................................5

2.1.2. Papieis Sociais do homem................................................................................6

2.2.0. Género.................................................................................................................6

2.3.0. Idade Média......................................................................................................6

2.4.0. Tempos modernos................................................................................................7

2.6. Educação como vector da igualdade e equidade do gênero.......................................7

2.6.1.Educação e gênero................................................................................................7

2.6.2. Igualdade de género.............................................................................................8

2.6.3. Equidade e inclusão.............................................................................................8

CAPITULO IV. CONCLUSÃO........................................................................................9

CAPÍTULO V. REVISÃO BIBLIOGRÁFICAS............................................................10


CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO

Na atualidade, o termo género distingue-se do termo sexo e entende-se que o primeiro é


usado quando descrevemos “componentes não fisiológicos do sexo que são
culturalmente esperados como apropriados aos homens e às mulheres, referindo-se a um
rótulo social pelo qual se distinguem dois grupos de pessoas” (Rodrigues, 2003: 17). É
no desenvolvimento e âmbito social que se constrói a identidade de género, quase
sempre envolta em estereótipos e marcas culturais e sociais, que se vão sucedendo,
muitas vezes não no sentido da igualdade mas da diferença discriminatória entre os
indivíduos do género masculino e do género feminino. Desde muito cedo, ainda quando
se encontram no ventre materno, as crianças vivem sobre o espectro de estereótipos
socais que influem na construção da sua identidade de género e que vão determinando o
modo como, mas tarde, se situarão quanto à igualdade entre os géneros masculino e
feminino. Esses estereótipos vão sendo veiculados pelas individualidades, instituições e
ou contextos que rodeiam as crianças –pai, mãe e outros familiares, amigos, creche,
jardim de infância, escola, entre outros. Suporte, e passarem a ser negociados no suporte
eletrônico.

1.0. OBJECTIVOS

1.1.0. Geral

 Avaliar os papéis socias de mulher e do homem em Moçambique: Educação


como vector da igualdade e equidade do gênero.

1.1.1. Específicos

 Dizer os papéis sociais de mulher e do homem em Moçambique,


 Esclarecer sobre Educação como vector da igualdade e equidade do gênero.
.

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CAPÍTULO II. REVISÃO DA LITERATURA

2.0. Os papéis socias de mulher e do homem em Moçambique

2.1.0. Papéis Sociais

Em todas as sociedades se espera que os indivíduos se comportem de determinadas


maneiras. Esses comportamentos variam de sociedade para sociedade e mudam com o
tempo. Podemos observar que na grande maioria da sociedade moçambicana, os homens
sempre tiveram um papel de maior poder e de decisão, enquanto as mulheres se limitaram
a trabalhos que estavam mais relacionados com o sector doméstico, tendo como principais
funções o cuidado do lar, a educação dos filhos e uma obrigação religiosa. O homem
sempre se afirmou como mais discriminando as mulher e impedindo que participassem na
maioria parte das actividades em que era necessário o uso de algum poder ou liberdade.

2.1.1. Papéis sociais da mulher

Apesar da herança histórica do sistema social patriarcalista, a mulher tem-se inserido cada vez
mais como protagonista na sociedade atual, assumindo novos papéis, para além de dona de casa,
mãe e esposa, ocupando postos no mercado de trabalho e cargos de liderança em escolas,
universidades, empresas.

Sabe-se que a mulher exerce dupla função. Se ela é capaz de exercer tudo que o homem
executava, cabe ao homem deixar de lado o preconceito e ajudá-la nas tarefas de casa

A mulher nem sempre desempenhou as mesmas funções na sociedade. Se, em outras


épocas, ela ficava circunscrita às paredes de sua casa, hoje a mulher “abandonou” o lar e
foi para o mercado de trabalho objetivando compor a renda familiar.

Algum tempo atrás, a mulher era educada somente para exercer o papel de dona-de-
casa, mãe e esposa. Dessa forma, ela vivia em função do homem, por isso era pouco
valorizada na sociedade. Quando se criou a necessidade de a mulher enfrentar o
mercado de trabalho, ela aos poucos conquistou seu espaço.

Hoje a mulher exerce muitas funções. Além de dona-de-casa, mãe e esposa, ela tem sua
profissão ou trabalho no mercado. Assim sendo, atualmente a mulher exerce todas as
funções que antes eram executadas pelo homem, conquistando assim seu espaço, e está

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à frente das grandes pesquisas tecnológicas e científicas mundiais mostrando sua
capacidade.

Sabe-se que a mulher exerce dupla função. Se ela é capaz de exercer tudo que o homem
executava, cabe ao homem deixar de lado o preconceito e ajudá-la nas tarefas de casa.

2.1.2. Papieis Sociais do homem

O homem tende à vida em sociedade porque nela, e somente nela, se torna plenamente
humano. Pode-se, portanto, dizer que a vida política é para o homem a melhor das vidas
possíveis. Um homem vivendo em sociedade está no seu lugar na hierarquia dos seres
humanos.

Com a pandemia, esse cenário se acentuou. Os homens tiveram que conciliar vários
papéis ao mesmo tempo: pai, marido, executivo e, por que não, ‘dono de casa’. Mais do
que apenas ‘ajudar’ na criação dos filhos ou nas tarefas domésticas, é essencial ter o
senso de responsabilidade e compartilhamento. E isso não deve ser encarado como
vergonha. Pelo contrário, o apoio dos homens a essa causa é motivo de orgulho, a partir
de um olhar inovador e contemporâneo da sociedade.

Atualmente, cuidar da casa e da criação de filhos não são mais funções exclusivas do
universo feminino. Com a inserção das mulheres no mercado corporativo – muitas delas
em posições de liderança – a antiga visão do homem como provedor e da mulher como
dona de casa teve que ser revista.

2.2.0. Género

Assim, quando falamos em sexo, estamos a dizer que a mulher tem menstruação,
engravida, tem seios e nasce com útero, ovários e vagina; enquanto os homens nascem
com pénis, têm mais pelos que mulheres, têm voz mais grossa. No entanto, os papéis
sociais que cada um irá assumir na sociedade são papéis de género, as pessoas não
nascem com eles. Por exemplo, a menina não sai da barriga da mãe carregando um pião
ou fogão, nem o menino sai da barriga da mãe com luvas de boxe aprendendo a utar!
Mas a menina, na infância, é encorajada a brincar às casinhas, a fazer comidinha,
varrera casa, e o menino é encorajado a jogar bola, a lutar com os amigos.

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2.3.0. Idade Média

Estes são só alguns exemplos, poderíamos acrescentar muitos mais papéis nesta
instância, mas Vamos deixar isso para um dos exercícios deste Módulo. O problema
começa, para homens E Mulheres, quando a sociedade muda, mas as pessoas continuam
a desempenhar papéis que já não se adequam à nova realidade.

Desde o início da escrita da História as relações entre seres humanos na sociedade são
desiguais. A escrita da História, desde seu início, foi feita por homens, registrando
grandes fatos historiográficos que são os grandes acontecimentos realizados pelos
homens ou, caso englobe um fato realizado por uma mulher, ainda essa é, na maioria
das vezes, contada por eles.

Durante a Idade Média as mulheres tinham acesso a grande parte das profissões, assim
como o direito à propriedade. Também era comum assumirem a chefia da família
quando se tornavam viúvas. Há também registros de mulheres que estudaram nas
universidades da época, porém em número muito inferior aos homens.

2.4.0. Tempos modernos

Moçambique: “Igualdade para mulheres é progresso para todos”08.03.2018.

Conferências, cursos, iniciativas para empoderar as mulheres, leituras de declarações


públicas foram alguns dos eventos que aconteceram nos países africanos neste 8 de
março por ocasião do Dia Internacional da Mulher.

Em Moçambique o dia internacional da mulher foi assinalado esta quinta-feira (08.03)


sob o lema “Igualdade para mulheres é progresso para todos”.

Graça Machel, Presidente do Fundo de Desenvolvimento da Comunidade, considerou


que existe visibilidade da mulher no Parlamento e no Governo ao contrário do que se
verifica ao nível do setor produtivo e da academia. Lamentou que apesar deste ganho o
nível de debate sobre os assuntos relacionados com a mulher continua baixo.

2.6. Educação como vector da igualdade e equidade do gênero

A equidade é muito mais que empoderamento das mulheres, ela trata de igualdade de
oportunidades e direitos. Trata-se de um direito Humano e da identidade.

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O Acesso igual à Educação, Saúde, Direito, Participação e Recursos” não se refere
apenas ao acesso físico, refere-se sempre à inclusão dos ambos sexos, a possibilidade da
livre escolha para mulher e homem.

2.6.1.Educação e gênero

Em Moçambique há uma grande disparidade de gênero na participação das raparigas no


ensino comparado com os rapazes.

As desigualdades de género na educação são explicadas por diferentes factores:

 Factores de procura- que influenciam a educação da rapariga e que resultam da


combinação de estruturas económicas e socioculturais onde se destaca a pobreza
e as percepções sobre o papel da educação.
 Factores da Oferta- São as barreiras inerentes ao próprio sistema de educação e
estão relacionadas com a qualidade de serviços oferecidos, as escolas, os
professores.
Gênero refere-se ao conjunto de características diferenciadas que cada sociedade atribui
a homens e mulheres. Define e hierarquiza papéis, expectativas e direitos.

2.6.2. Igualdade de género

A conquista feminina pela igualdade tem sido lenta mas gradual e alguns/algumas
autores/autoras já consideram que a igualdade entre géneros está praticamente
conseguida.

A busca incessante do direito à igualdade entre géneros tem revelado muitas conquistas
e bastantes vitórias; contudo será importante referir que ainda há muito para ser feito.
Nos estudos efetuados, por vezes, escamoteiam-se questões pertinentes relacionadas
com a “suposta” igualdade entre géneros. (Cardona et. al., op. cit.: 7)

2.6.3. Equidade e inclusão

No ambiente educacional, a desigualdade de oportunidades entre os gêneros é


articulada e fortalecida quando se cruza com outros fatores de desigualdade. As
mulheres que residem em áreas rurais, mulheres indígenas e afrodescendentes, aquelas
expostas a deficiências materiais persistentes e as grávidas constituem, entre outros,
subgrupos particularmente desfavorecidos dentro do grupo de mulheres. Nos planos,
incentiva-se a formulação e implementação de políticas e intervenções específicas que,

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do ponto de vista de gênero, sejam sensíveis à heterogeneidade das situações em que as
mulheres latino-americanas se encontram, através do documento Conpes Social nº
147/2012).

CAPITULO IV. CONCLUSÃO

Após a realização do presente trabalho concluímos que em Moçambique há uma grande


disparidade de gênero na participação das raparigas no ensino comparado com os
rapazes. No ambiente educacional, a desigualdade de oportunidades entre os gêneros é
articulada e fortalecida quando se cruza com outros fatores de desigualdade. As
mulheres que residem em áreas rurais, mulheres indígenas e afrodescendentes, aquelas
expostas a deficiências materiais persistentes e as grávidas constituem, entre outros,
subgrupos particularmente desfavorecidos dentro do grupo de mulheres. A conquista
feminina pela igualdade tem sido lenta mas gradual e alguns/algumas autores/autoras já
consideram que a igualdade entre géneros está praticamente conseguida. O debate tocou
ainda várias questões que as mulheres enfrentam no seu dia a dia e constituem um
desafio, nomeadamente os atos de violência, a discriminação no trabalho o assédio
sexual e os casamentos prematuros.

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CAPÍTULO V. REVISÃO BIBLIOGRÁFICAS

A escritora italiana Christine de Pizan (1364 – 1430), autora do livro A Cidade das
Mulheres DU GAY, Paul et al. Doing cultural studies: the story of the Sony Walkman.
London:

The Open University 1997.

ELLSWORTH, Elizabeth. Modos de endereçamento: uma coisa de cinema; uma coisa


de educação também. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.) Nunca fomos humanos: nos
rastros do sujeito. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. P. 07-76.

EPSTEIN, Debbie e JOHNSON, Richard. Schooling Sexualities. Buckingham: Open


university Press, 1998.

HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções de nosso tempo.

Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 15-46, jul./dez. 1997ª.

______.Identidades culturais na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1997b.

HENRIQUES, F. (2008). Género, diversidade e cidadania. In Rêgo, M. C. (2008).A


paridade como estratégia para a democracia. Lisboa. Edições Colibri.

LOURO, G. (2000). Currículo, género e sexualidade. Porto. Porto editora.

MAGALHÃES, M. J. (1998). Movimento feminista e educação: Portugal, décadas de


70 e 80. Oeiras. Celta Editora.

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KELLNER, Douglas. A cultura da mídia – estudos culturais: identidade e política entre
o moderno e o pós-moderno. Bauru, SP: EDUSC, 2001.

OLIVEIRA-FORMOSINHO, J.; KATZ, L.; MCCLELLAN, D.; LINO, D. (2006).


Educação pré Escolar: a construção do social e da moralidade. Lisboa.Texto Editores.

TAIMO N, Módulo socialização e normas sociais 2018 editor programa muva

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