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ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE ALTOMAÇÃO PARA

BARRACÕES DE COMPOST BARN

Alexandre José Ribeiro Silva


Gaspar Eugenio Oliveira Ramos

Resumo:

1. Introdução
A partir do ano de 1950, coincidindo com o fim da segunda revolução industrial no
Brasil, a pecuária leiteira deu seus primeiros passos para a modernização. O primeiro
marco deu-se em 1952, onde o então presidente Getúlio Vargas assinou o decreto que
aprova o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal
(Riispoa), tornando obrigatória a pasteurização do leite. (Política Agricola-2017).
Segundos pesquisadores americanos do McKinsey Global Institute (ano???) foi
concluído que a transformação digital e a automação se posicionarão também no mundo da
agricultura e da alimentação. Que até em 2050, sete em cada dez pessoas viverão nas
cidades. O que culminara na escassez de mão de obra na zona rural. Visto isso fica nítido a
importância de Máquinas e equipamentos para garantir a segurança alimentar no futuro.
Atualmente, a produção leiteira conta com um transitório saindo de sistemas
ultrapassados para novas formas de manuseio, onde se busca por uma melhor qualidade do
rebanho, melhoramento genético, infraestrutura adequada e um maior controle de clima e
temperatura, com o intuito de otimização do processo para que o mesmo se torne mais
lucrativo.
No entanto, ainda é encontrado diversos desafios, entre eles o aumento do custo de
produção, a escassez de mão de obra qualificada, e o autoconsumo de energia elétrica
proveniente da grande estrutura elétrica composta nesses novos modelos de produção.
Este trabalho tem como finalidade levantamento de dados relativos a umidade e
temperatura dos sistemas hoje existentes, através da aplicação de sensores de
monitoramento de umidade e temperatura, que pode refletir em uma expressiva redução de
gasto de energia elétrica e uma maior otimização do sistema.
PRODUÇÃO LEITEIRA NO BRASIL

Presente em quase todos os municípios brasileiros, a produção de leite envolve mais


de um milhão de produtores no campo, além de gerar outros milhões de empregos nos demais
segmentos da cadeia. A cadeia produtiva do leite é uma das principais atividades econômicas do
Brasil, com forte efeito na geração de emprego e renda. Na indústria de alimentos, esse valor
mais do que duplica, com o faturamento líquido dos laticínios atingindo R$ 70,9 bilhões, atrás
apenas dos setores de derivados de carne e beneficiados de café, chá e cereais (ABIA, 2020).
O Brasil se tornou o terceiro maior produtor de leite do mundo, atrás apenas dos
Estados Unidos, e da Índia, segundo dados da organização mundial das nações unidas para
alimentação e agricultura (FAO, 2019). Graças a novas práticas de manuseio foi possível uma
maior produção de leite em uma área muito menor, ouve também um melhoramento genético
dos rebanhos através de uma seleção, onde se obteve uma maior produção com um menor
número de animais, tecnologias no setor de robotização de ordenhadeiras também auxiliaram o
País a alcançar esta marca, ademais ainda existe um grande campo a ser explorado com um
mercado imenso para se otimizar para que o brasil possa melhorar ainda mais sua produção
leiteira(fundação ROGE,2022).

SISTEMA DE COMPOST BARN

Uma possibilidade de aumentar a produtividade e os lucros são os sistemas de


confinamento, com destaque para o sistema Free Stall e Compost Barn que oferecem maior
conforto térmico e bem-estar. Ambos sistemas proporcionam proteção contra variáveis
climáticas, baixas extensões territoriais e melhoras na produção. No ano de 2015, a produção
leiteira do país ficou em 4º lugar entre os maiores produtores mundiais de leite, com cerca de 34
bilhões de litros de leite, a produção brasileira é predominantemente a pasto e que nem sempre
apresentam altos índices de produtividade.
O sistema de Compost Barn foi criado por produtores norte-americanos, onde o
mesmo foi introduzido ao Brasil por volta do ano de 2001, dês de então o número de produtores
que adotam o sistema vem aumentando drasticamente no país. Neste sistema os animais ficam
estabulados em um galpão coberto, com uma área de cama coletiva de livre circulação, ou
divididos em lotes no mesmo ambiente, ademais o galpão conta com um sistema de ventilação
para a remoção do calor produzido pela compostagem das camas e dos animais. A cama é
composta por serragem a palha, onde grande parte dos dejetos ficam retidos no mesmo
ambiente, onde os dejetos são incorporados as camas através de um reviramento diário, o que
promove incorporação de oxigênio a cama, favorecendo o processo de fermentação aeróbica das
bactérias, essa fermentação irá degradar rapidamente a matéria orgânica, gerando uma superfície
seca e confortável para os animais se acomodarem e se locomoverem. No galpão também existe
uma pista de alimentação, que deve ser de concreto com ranhuras, com o intuito de evitar
acidentes dos animais com o acumulo de dejetos, os bebedouros são instalados longe das camas
afim de evitar umidade excessiva nas camas (EMBRAPA, 2022).
Além desses benefícios, eles possibilitam um controle maior sobre a nutrição dos animais,
diminuição da incidência de moscas e carrapatos. No Compost Barn as larvas provenientes das
fezes dos animais são extinguidas durante a fermentação das camas, além de que na ausência de
solo os carrapatos têm dificuldade em terminar seus ciclos de vida), o que favorece a higiene,
maior controle e identificação dos animais doentes. Apesar das grandes similaridades, o
Compost Barn apresenta menores custos e maiores cuidados com o manejo quando comparado
ao FreeStall.
Entretanto para que este sistema seja efetivo é de suma importância, assistência técnica
qualificada, pois o sucesso destes depende dês de o planejamento da estrutura até o manejo
diário, cuidados como ventilação correta, revirada da cama no tempo certo, aferição da
qualidade da cama, boa nutrição e práticas de higiene em geral fazem total diferença na redução
de custos e aproveitamento efetivo dos sistemas. (EMVEP-consultoria em medicina veterinária-
07-05-2020)

IMPORTÂNCIA DA TEMPERATURA NO COMPOST BARN

A necessidade de um sistema de controle de temperatura em barracões de compost barn se dá


devido a diversos fatores dentre eles prevenção de doenças, controle de parasitas, aumento na
produtividade leiteira por animal, e retirada de umidade excessiva do ambiente. Visando manter
o conforto térmico satisfatório, o índice de temperatura e umidade (ITU) das instalações deve
ser conservado inferior a 72, para que não haja declínio do consumo de matéria seca e,
consequentemente, de produção de leite (ZIMBELMAN et al., 2009).
Para que o resultado seja alcançado apenas a ventilação natural não se faz eficiente, e é onde
entra a ventilação mecânica por meio de grandes ventiladores. Este sistema mesmo não
reduzindo a temperatura do ar, precisa melhorar a troca por convecção, o que traz uma melhor
sensação térmica aos animais, e mesmo tempo faz a retirada de humidade do solo.
Segundo a revista Agropecuária tanto o sistema de compost Barn e Free Stall
buscam diminuir a taxa de doenças no rebanho, principalmente as de casco, doenças mamarias
como a mastite, uma das principais causadoras de défice de produção de leite no rebanho, outro
ponto a se ressaltar é o melhoramento de índices de reprodução no rebanho. Ademais com a
otimização do bem-estar animal benefícios com a redução de medicamentos, diminuição do
descarte de leite e aumentar a produção por animal torna esse sistema ainda mais necessário para
os dias atuais.

CAMA DE COMPOST

Segundo pesquisadores da faculdade de Stentiford, as principais características


físico-químicas da cama de Compost Barn se dão por umidade, entre 40% e 60%; e relação C:
N, entre 25 e 30:1, com um auto índice de oxigenação e baixa compactação da cama.
Tais dados são aferidos através de métodos convencionais ou simplesmente através de testes
manuais e visuais (DAMASCENO et al., 2020; BEWLEY et al., 2013), já analises de C: N são
realizados em testes laboratoriais como na análise de solos.
Através dessas análises busca-se obter uma temperatura entre 45 e 55 °C na
profundidade de 20 até 30 cm, que seria a faixa de temperatura ideal para realizar a secagem da
cama, realizar a sanitização pela fermentação e reduzir o desgaste, prologando sua vida útil. Em
temperaturas acima de 55°C ocorre uma redução patogênica de microrganismos, no entanto a
vida útil da cama é reduzida, sem levar em relação ao estresse térmico dessas altas temperaturas
no interior da cama. Em contrapartida temperaturas inferiores a 45 °C, não são eficazes na
secagem da cama e na sanitização dos microrganismos. Visto isso o monitoramento tem a
função de proporcionar uma cama com superfície saldável, confortável e seca, o que afeta de
forma direta no bem-estar animal, em sua produção, e no custo de manejo (AGROCERES
MULTIMIX-2021).

MANUSEIO DA CAMA
Para que o manejo da cama de compost barn funcione é necessário a oxigenação da
matéria orgânica através de implementos acoplados a tratores que fazem o revolvimento da
cama, esses implementos devem atingir a profundidade de 25 a 30cm, podendo chegar até 40cm
para que toda a cama seja revirada e oxigenada. Vale pontuar que o solo abaixo da cama
composto por terra não deve ser tocado, visto que a presença de terra na cama do compost barn
criará um adobe, e com isso irá ocorrer uma compactação da cama. (EDUCAPOINT-2018)
Ademais é interessante o uso de tratores de menor porte traçados para que haja uma
menor compactação do solo, o escarifador implemento geralmente utilizado para esse fim, deve
ser largo de modo a revirar o local onde as rodas do trator passe, para que haja uma área
homogênea.
Segundo o médico veterinário Adriano De Siqueira Seddon, que foi o pioneiro da
introdução do sistema de Compost Barn no brasil, durante o revolvimento da cama uma grande
massa de vapor é desprendida da cama, e esta é uma das principais formas de remoção de
humidade da cama.

VENTILAÇÃO NO COMPOST BARN PARA CONTROLE DO AMBIENTE (CONSUMO


ENERGETIC)
A ventilação no compost barn, é composta por inúmeros ventiladores que são distribuídos
de forma que favoreça todo o barracão de forma homogênea.
Seus benefícios são inúmeros dentre eles a retirada de gases provenientes da compostagem da
cama, controle de temperatura do ambiente, proporcionando um maior conforto térmico ao
gado, além disso a eliminação de poeira e pequenas partículas, que podem ocasionar futuros
problemas respiratórios, a ventilação deve cobrir todo o ambiente sem deixar lacunas , a fim de
evitar que o gado aglomere em apenas um local no qual teria um maior conforto , o que irá
culminar em um acumulo de dejetos aumentando a umidade em determinado local(Alexandre
Valisse-2013).
(((Em um barracão de xxxx de medidas x sãp utilizados xxx ventiladores com potencia
de ....)))((usar dados do local de teste))...

ARDUINO MEGA

O Arduino Mega trata-se de uma placa de circuitos onde a mesma contém um micro-
controlador baseada no ATmega2560(datasheet), onde o mesmo possui 16 entradas analógicas,
e 54 entradas/saídas digitais, onde o mesmo conta com diversos periféricos adaptáveis, dentre
sensores, relés e controlador permitindo assim uma imensa gama de possibilidades, o mesmo
pode controlar e administrar simultaneamente diversos sensores e transmitir diretamente para a
rede, através de periféricos.
Tudo isso se torna possível o conectando em um computador com um cabo USB, o
Arduino Mega 3560 é compatível com boa parte dos Shields desenvolvidos para o Arduino uno,
e possui o dobro de memória do seu antecessor (Baú da eletrônica-2021).

SENSORES ULTILIZADOS
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SISTEMAS DE COMANDO

CLP é a sigla de Controlador Lógico Programável, trata-se de um computador com a


função de executar funções especificas através de programas criados, ele tem a capacidade de
gerenciar processos automatizados, ou seja, ele todo o processo de receber siais, processa-los e
enviar sinais de comando para atuadores, funcionando como o “cérebro “do sistema.
De tal modo ele se torna uma peça fundamental em qualquer comando de automação,
por juntar eficiência, confiabilidade e custo acessível.
https://terramagna.com.br/blog/agricultura-digital/
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/163208/1/Evolucao-do-leite-no-brasil.pdf
https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/gado-leiteiro-sistemas/
https://www.embrapa.br/busca-de-projetos/-/projeto/209863/sistema-compost-barn-
caracterizacao-dos-parametros-de-qualidade-do-leite-e-mastite-reprodutivos-bem-estar-animal-
do-composto-e-economicos-em-condicoes-tropicais
https://agroceresmultimix.com.br/blog/compost-barn-diagnostico-da-cama-e-criterios-para-
substituicao/
https://www.educapoint.com.br/blog/pecuaria-leite/manejo-compost/#:~:text=Manejo%20da
%20cama%20no%20Compost%20Barn%20determina%20a%20limpeza%20das%20vacas,-In
%C3%ADcio%20%3E&text=Para%20que%20a%20compostagem%20funcione,rotativa
%20acoplados%20a%20um%20trator.
http://gadoholandes.com/jornal/wp-content/uploads/2016/07/Compost-Barn-2016.pdf
https://www.baudaeletronica.com.br/arduino-mega-2560-compativel-cabo-usb.html

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