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Investir em grandes empresas

enquanto são pequenas...


Quando se pensa em investir em empresas com grande potencial de crescimento,
logo vem em mente um termo já amplamente difundido no mercado que
caracteriza negócios promissores ainda em seu estágio inicial – as Startups.

Justamente, o que difere uma Startup de uma empresa tradicional é sua


escalabilidade, inovação e tecnologia – e por serem negócios com boa perspectiva
mas ainda não consolidados, oferecem grande capacidade de escala.

Imagem: Cena do programa Shark Tank Brasil.

Talvez você já tenha assistido algum programa de TV como “Shark Tank”, em que
empreendedores e investidores de grande sucesso ouvem um “pitch”, ou
apresentação da ideia de um novo negócio trazida por uma pessoa comum. Os
investidores podem questionar o apresentador a fim de entender mais sobre o
negócio e eventualmente fazem uma proposta oferecendo uma quantia para
fomentar aquele negócio em troca de participação nos lucros futuros. Se você se
familiariza com esse programa, já entendeu o conceito de Venture Capital.

Venture Capital: Investimentos com o objetivo de apoiar negócios por meio da


compra de uma participação acionária, com objetivo de ter as ações valorizadas
para posterior saída da operação.

Esses investidores, que fomentam um negócio ainda em seu estágio inicial, com a
intenção de viabilizar a operação e usufruir de lucros futuros, também são
chamados de Investidores Anjo. A pergunta que fica é:

Se eu quiser investir em negócios promissores enquanto ainda pequenos, a


única forma é participar de um programa como Shark Tank?

Definitivamente não! As Startups apresentam várias janelas de oportunidade em


que o investidor pode alocar seu capital para se expor ao crescimento do negócio.
Um exemplo é atravez do Investimento Anjo. Mais adiante, quando o modelo do
negócio está mais provado e pronto para ser escalado, esse investimento pode
acontecer através do Private Equity – uma opção mais madura de investir em um
negócio iniciante, em que você conta com as mãos de um gestor experiente imerso
no negócio por você. Não se preocupe com esses termos agora, vamos explora-los
mais adiante.

Para entender como você pode lucrar com pequenas empresas que carregam
grandes oportunidades, veja a seguir todas as fases e ciclo de crescimento de uma
Startup e quais janelas de investimento existem nesse modelo.
As fases de uma Startup
O nascimento de uma Startup passa por algumas etapas: começa com o
surgimento da ideia, seguido da criação do conceito (produto/serviço), tração,
formulação do modelo de negócios, desenvolvimento de uma máquina de vendas,
escalabilidade para receitas e vai até o período da expansão, onde a Startup
começa a mudar sua estrutura e perder a característica de “fase inicial”, podendo
crescer a ponto de se tornar um unicórnio – leia-se Startups avaliadas em pelo
menos US$ 1 bilhão.

CRESCIMENTO

INVESTIMENTO ANJO
TAMANHO DA EMPRESA (RECEITA)

CRIAÇÃO
NASCIMENTO CONCEITO MODELO DE MÁQUINA DE ESCALAR IPO
DA IDEIA TRAÇÃO NEGÓCIO VENDAS RECEITAS EXPANSÃO PRIVATE EQUITY VENDA ESTRATÉGICA
(MVP)

TEMPO

VALE DA MORTE

Quando falamos em investimentos em Startups que ainda estão na fase de “criação


de conceito”, ou seja, estão ainda formulando o produto ou serviço que vai oferecer ao
mercado, podemos dizer que se trata de um Investimentos Anjo, sendo essa uma das
várias modalidades de investimentos em Startups. Essa é uma fase
consideravelmente arriscada, já que o negócio está começando a ser estruturado.
Quando avançamos em termos de maturação de negócio, chegamos no estágio
inicial do Venture Capital, também conhecido como capital de risco. Aqui temos
investimentos em empresas que estão em sua fase inicial, mas que possuem ao
menos um modelo de negócio definido.

CRESCIMENTO

VENTURE CAPITAL
TAMANHO DA EMPRESA (RECEITA)

CRIAÇÃO
NASCIMENTO CONCEITO MODELO DE MÁQUINA DE ESCALAR IPO
DA IDEIA TRAÇÃO NEGÓCIO VENDAS RECEITAS EXPANSÃO PRIVATE EQUITY VENDA ESTRATÉGICA
(MVP)

TEMPO

VALE DA MORTE

Aqui vale um ponto de destaque importante. Dentro do ciclo crescimento de uma


Startup, existem diversos pontos de entrada e oportunidades. Dessa forma, o que
diferencia o Private Equity e o Venture Capital é o momento de entrada, sendo
reservado ao Venture Capital a fase mais embrionária das empresas, enquanto o
Private Equity compreende um momento mais maduro, mesmo que ainda no
estágio inicial do negócio.

Com a evolução do mercado financeiro, hoje temos modalidades de investimentos


segmentados por rodadas, que são divididas de acordo com a fase que a empresa se
encontra. Confira a seguir cada etapa em detalhe.
Para cada rodada, um desafio
As rodadas de investimentos servem para segmentar o interesse e perfil de risco de
cada tipo de investidor. Cada rodada deve resolver um grande obstáculo da empresa.
Se superado, o negócio muda de estágio e levanta a próxima rodada.
TAMANHO DA EMPRESA (RECEITA)

FRIENDS & ACELERADORAS EARLY LATE SÉRIE SÉRIE SÉRIE


FAMILY ANJOS SEED SEED A B C

CRIAÇÃO
NASCIMENTO CONCEITO MODELO DE MÁQUINA DE ESCALAR IPO
DA IDEIA TRAÇÃO NEGÓCIO VENDAS RECEITAS EXPANSÃO PRIVATE EQUITY VENDA ESTRATÉGICA
(MVP)

TEMPO

VALE DA MORTE

Family and Friends: basicamente é a etapa onde os fundadores da empresa, em seu


desejo de empreender buscam pessoas para agregar e apoiar a iniciativa. Sendo a
fase mais inicial, são os fundadores responsáveis pela concepção da ideia que ficam
com a responsabilidade de levantar o capital inicial.

Aceleradoras Anjo: aqui estão os já mencionados Investidores Anjo. Onde são


realizados investimentos para levantar a concepção do negócio, em resumo, tirar a
ideia do papel, criar soluções efetivas e que sigam as características básicas de
inovação, tecnologia e escalabilidade.
Early Seed e Late Seed: aqui temos o chamado Capital Semente, recurso destinado
a bancar, estruturar e dar tração ao modelo de negócio da Startup. Assim como os
“Investimentos Anjo” também temos alto risco atrelado, dadas as inseguranças
inerentes dessa etapa da empresa.

Série A: contratar um time qualificado, implementar avanços tecnológicos, acelerar


o que já faz bem. Aqui na série A existe o desafio de escalar o negócio.

Série B: o objetivo de expansão segue na série B, mais focada em receitas e formas de


aumentar os ganhos sem a necessidade de injetar mais recursos.

Série C: por último, tirando as empresas da sua fase inicial temos a expansão não
apenas das receitas, mas pode ser geográfica, de produto ou de cliente. O que importa
é garantir o crescimento do negócio.

Private Equity: a sofisticação do


Investimento em Startups
Não podemos falar sobre investimentos em empresas em sua fase inicial sem citar a
fase do “Vale da Morte”. O nome por si assusta, mas não é por menos: é um dos
momentos mais críticos da existência de uma empresa, onde os riscos de chegar à
falência são altos. Esses riscos são oriundos de fatores como o endividamento
decorrente da necessidade de investimentos consideráveis para dar início a
disponibilização de produtos e serviços que demandam constante aperfeiçoamento,
além da existência de concorrentes potenciais, entre outros riscos.
É exatamente nessa fase mais conturbada que os Investimentos Anjo e Venture
Capital acontecem. Mas existe um momento mais maduro na vida de uma Startup,
passado o chamado “Vale da Morte”, que ainda apresenta o poder de escala no
crescimento. É exatamente nesse momento que ocorre o Private Equity.

Quando falamos em Private Equity, ou capital privado, o aporte é feito


majoritariamente em empresas que possuem capital fechado, ou seja, não estão
listadas em nenhuma bolsa de valores e por isso oferecem ao gestor uma imensidão
de oportunidades que não estão sendo analisadas por outros fundos tradicionais (de
ações ou multimercados, por exemplo).

80

60
% CAPITAL COMPROMETIDO

40

20

-20

-40

-60

ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10

INVESTIMENTOS RECEBIMENTOS FLUXO DE CAIXA ACUMULADO

Ao se falar em Private Equity, é muito comum citar a “curva J” que tende a


representar a tendência dessa alocação, já que ao investir em uma empresa, o gestor
realiza uma participação ativa dentro da companhia, seja na reestruturação do
negócio, na renegociação de dívidas, na troca de gestão, no fortalecimento de
parcerias, entre outros. E você, como investidor em um fundo de Private Equity,
conta com a competência de um gestor experiente para alavancar o negócio,
enquanto você apenas acompanha o andamento e resultados.
É importante entender que esse tipo de investimento possui características
particulares que alongam o tempo de alocação. Um exemplo disso, é que justamente
pela alocação ser majoritariamente em empresas que não estão listadas, são fundos
classificados como “Alternativos Ilíquidos” já que o investidor terá os recursos de
volta ao termino da duração do fundo, que tipicamente pode ser entre 7 e 10 anos.

Sabemos que a palavra diversificação sempre aparece em todas as classes e


oportunidades apresentadas. Mas vale lembrar que essa é uma forma eficaz de trazer
ao investidor excelentes retornos com um risco reduzido. E isso se aplica aos
investimentos em Startups, que como já comentamos anteriormente possui diversos
riscos atrelados.

Dessa forma, na hora de compor um portfólio com esse tipo de investimento, o


investidor precisa levar em consideração o tamanho da parcela de risco
disponibilizada e em como essa posição está estruturada em termos de alocação.
Idealmente fazer uma boa seleção faz diferença, mas diluir o risco através de
diversos investimentos vai garantir ao investidor potencializar seus retornos.

Invista com Especialistas


Investir em negócios que se encontram em sua fase inicial pode ser uma excelente
oportunidade para investidores que desejam alavancar sua rentabilidade. E se esses
negócios forem escaláveis, poderão se tornar um verdadeiro motor de crescimento, e
consequentemente gerar bons retornos.

Nesse momento, o “timing” de investimento faz toda diferença, pois na medida que
essas soluções aparecem e atraem atenção, deixam de ser exclusivas e começam a
perder o potencial retorno ao longo do tempo. Para entender essa relação de timing
x retorno nos investimentos, basta olhar para uma empresa de grande capitalização
negociada na bolsa de valores. Até chegar ao seu valor de mercado, ela começou
pequena, e aqueles que acompanharam seu crescimento, viram o patrimônio crescer
– e seus investimentos renderem consideravelmente.

O investidor que deseja alavancar sua rentabilidade investindo em Startups precisa


estudar bem as oporturtunidades, além de compreender os estágios de investimento
e alinhar suas expectativas de acordo com o horizonte de liquidez e riscos atrelados
a esse tipo de investimento

Para conhecer mais sobre as oportunidades de investimentos em Private Equity, por


exemplo, você pode contar com a ajuda de um assessor da Ável, que te leva
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OPORTUNIDADES EM
PRIVATE EQUITY

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