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PERT/CPM

Prof. Pedro A. Oliveira

Disciplina: Gerência de Projetos de Software

Sistemas de Informação
Gerenciamento de Tempo em Projetos

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Cronograma
 O cronograma de projeto é criado a partir da EAP (WBS),
que consiste da lista de tarefas (ou atividades),
considerando-se ainda as estimativas de duração de
tarefas e os recursos necessários ao projeto.
 Em geral, a duração do projeto é calculada a partir da
representação de todas as tarefas no cronograma.
 Algumas tarefas podem ser desenvolvidas em paralelo.
 Algumas tarefas possuem duração fixa.
 O cronograma do projeto detalha as tarefas e o trabalho
do projeto, detalhando o trabalho do início ao fim.

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Cronograma
 Para representar um cronograma, uma das técnicas mais
utilizadas é o Gráfico de Gantt
 Esse tipo de gráfico apresenta o cronograma como uma
sequência de tarefas, contendo as datas de início e de
término de cada uma.
 Uma ferramenta largamente utilizada para gerência de
tempo de projeto é o MS Project.
 Também existem diversas ferramentas free, tais como:
www.smartsheet.com/
www.dotproject.net
www.openproj.softonic.com.br/
e muitas outras.
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Cronograma: Exemplo

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PERT
 Program Evaluation and Review Technique ou Técnica
de Avaliação e Revisão de Programas
 Foi desenvolvida em 1958 pela Marinha norte-americana,
para ajudar na definição de estimativas para um projeto
de engenharia complexo, de construção de submarinos
nucleares (projeto Polaris).
 PERT é probabilístico. Deve-se:
 Aplica-lo quando não se conhece com precisão a duração das
atividades;
 Estimar a duração das tarefas por meio de um modelo
probabilístico.

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CPM – Critical Path Method
 CPM (Critical Path Method) é um método criado em
1957, para o planejamento da construção de uma fábrica
de produtos químicos pela indústria francesa Du Pont.

 CPM é determinístico. Deve-se aplica-lo quando:


 A duração das atividades for bem conhecida;
 For necessário definir quais atividades não poderão sofrer
atraso, no projeto (caminho crítico).

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PERT/CPM
 Ambas as técnicas apresentam similaridades conceituais,
apesar de terem sido desenvolvidas independentemente
uma da outra.
 Costumam ser utilizadas em conjunto, uma
complementando a outra.
 PERT e CPM utilizam o conceito de redes (grafos) para
planejar e visualizar a coordenação das atividades do
projeto.
 Os modelos foram evoluindo ao longo dos anos.
 Hoje PERT e CPM se confundem, razão pela qual são
referenciadas como PERT/CPM.

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Conceitos
 Tarefa (atividade)
 representa a ação que desloca o trabalho de um evento para
outro, absorvendo tempo e/ou recursos no processo.
 É sempre representada por uma seta, orientada no sentido do
início para o fim, sem escala gráfica.
 Evento
 é o marco que denota o início ou o fim de determinada
atividade.
 Em um diagrama de setas de projeto, por exemplo, os eventos
são representados por círculos, numerados em ordem
crescente com a direção de progresso do projeto.

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Conceitos
 Atributo
 Exprime a medida (unidade) da tarefa.
 Define como os atributos são considerados: o tempo de
duração, o custo e os recursos envolvidos.
 Primeira Data de Início (PDI) (início mais cedo)
 É definido como o tempo mais cedo possível de se iniciar uma
tarefa.
 Equivale à data mais cedo possível de se iniciar uma tarefa,
sem atrasar a data mais cedo de término previsto para o
evento final da rede.

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Conceitos
 Tempo mais tarde de início (TTI)
 Corresponde ao tempo mais tarde possível de se iniciar uma
atividade sem causar atraso no início das atividades
subsequentes.
 Corresponde à data mais tarde possível de se iniciar uma
atividade sem causar atraso na data mais tarde de término
prevista para o evento final da rede.
 Tempo mais cedo de fim (TCF)
 É definido como o tempo mais cedo possível de se concluir
uma atividade.
 Equivale à data mais cedo possível de se concluir uma
atividade sem ocorrer atraso na data mais cedo de término
previsto para o evento final da rede.

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Conceitos
 Tempo mais tarde de fim (TTF)
 Corresponde ao tempo mais tarde possível para ser concluída uma
atividade sem causar atraso no início das atividades subsequentes.
 Folga de evento
 É a disponibilidade de tempo medida pela diferença entre a data
mais tarde e a data mais cedo de ocorrência de um evento.
 Caminho crítico
 É o caminho da rede em que todos os eventos que o constituam
apresentam folga zero.
 Caso ocorra folga nos eventos iniciais e finais da rede, o caminho
crítico corresponde àquele que apresentar a menor folga total.

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Conceitos
 Dependência
 É a relação entre duas atividades contíguas, de modo que uma
atividade, denominada dependente, somente possa ser
iniciada quando a tarefa precedente estiver concluída.
 Primeira Data de Início (PDI)
 Refere-se à primeira data de início para uma atividade
 Primeira Data de Término (PDT)
 Refere-se à primeira data de término para uma atividade
 Última Data de Início (UDI)
 Refere-se à última data de início para uma atividade
 Última Data de Término (UDT)
 Refere-se à última data de término para uma atividade

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Construção da Rede PERT/CPM
 A construção de uma rede PERT/CPM exige que se
conheça:
 a lista das tarefas que devem ser executadas para a conclusão
do projeto, ou seja, as atividades propriamente ditas;
 a definição das tarefas precedentes e as subsequentes, ou seja,
a ordem de execução das atividades;
 os tempos de execução de cada tarefa, ou seja, a duração das
atividades.

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Construção da Rede PERT/CPM
 Para elaborar a rede PERT/CPM, o gerente precisa,
portanto, fazer uma lista das atividades que comporão o
projeto e determinar as inter-relações entre elas.
 Tomado conhecimento das atividades componentes do
projeto e como elas se sucedem, o traçado da rede torna-
se simples.

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Construção da Rede

 A rede deste projeto é composta de 5 atividades: A, B,


C, D e E.
 As atividades B e C só poderão ser iniciadas após o
término da atividade A.
 A atividade D tem seu início condicionado à conclusão da
atividade B, e a atividade E apresenta uma dupla
dependência: atividades D e C.
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Construção da Rede

 Definindo-se a ordem de execução, obtém-se a seguinte


lista de dependências:

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Construção da Rede
 A rede poderia ser:

 Esta rede descreve erroneamente a interdependência


entre as atividades, pois a atividade C não
necessariamente precisa ser executada após a conclusão
da atividade B.

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Construção da Rede
 A alternativa é introduzir uma atividade fictícia, com
tempo de execução nulo:

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Exemplo
 Montar uma rede PERT/CPM para a troca de uma
lâmpada queimada.
 Possível solução:

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Exemplo
 Rede correspondente:

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Passos
 Etapa 0:
 Montagem do diagrama de setas
 Etapa 1:
 Cálculo dos Tempos de Término mais Cedo (TC) para os eventos
 Etapa 2:
 Cálculo do Tempo de Término mais Tarde (TT) para os eventos
 Etapa 3:
 Cálculo da Primeira Data de Início (PDI), Primeira Data de Término
(PDT) e Folga Livre (FL) para as atividades
 Etapa 4:
 Cálculo da Última Data de Início (UDI), Última Data de Término (UDT)
e Folga Total (FT) para as atividades

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Representação Padrão
2
A C Nome da tarefa

2 2 Evento

1 Y2 4 E 5
1
Duração
B D
1 3 1
Término mais cedo TCTT Término mais tarde

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Cálculo
 Cálculo dos Tempos de Término mais Cedo (TC) para os
eventos
 Ponto de partida: evento inicial.
 Sequência de cálculo: do início para o fim.
 Convenção: o TC do evento inicial é zero.
 Fórmula: considerando-se todas as atividades que chegam a
um evento j, calcula-se: TCj = TC + D, sendo TC o tempo de
término mais cedo do evento no qual a atividade se origina e D
a duração da atividade. Toma-se o maior valor.

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Cálculo
 Cálculo do Tempo de Término mais Tarde (TT) para os
eventos
 Ponto de partida: evento final.
 Sequência de cálculo: do fim para o início
 Convenção: o TT do evento final é escolhido como sendo o
valor do TC do mesmo ou uma data contratual existente.
 Fórmula: considerando-se todas as atividades que partem de
um evento j, calcula-se: TTj = TT - D, sendo TT o tempo de
término mais tarde do evento ao qual a atividade chega e D a
duração da atividade. Toma-se o menor valor.

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Cálculo
 Cálculo da Primeira Data de Início (PDI), Primeira Data de
Término (PDT) e Folga Livre (FL) para as atividades
 Sequência de cálculo: do início para o fim.
 Fórmula: calcula-se PDI = TCi + 1, PDT = PDI + D – 1 e FL = TCj –
PDT, sendo TCi o tempo de término mais cedo do evento no
qual a atividade se origina, TCj o tempo de término mais cedo
do evento ao qual a atividade chega e D a duração da
atividade.

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Cálculo
 Cálculo da Última Data de Início (UDI), Última Data de
Término (UDT) e Folga Total (FT) para as atividades
 Sequência de cálculo: do início para o fim.
 Fórmula: calcula-se UDT = TT, UDI = UDT - D + 1 e FT = UDT –
PDT, sendo TT o tempo de término mais tarde do evento ao
qual a atividade chega e D a duração da atividade.

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Exemplo
2
A C
2 2
1 Y2 4 E 5
1
B D
1 3 1

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Cálculo de TC e TT dos eventos
TC1 = 0* TT5 = 6*
TC2 = TC1 + DA = 0 + 2 = 2 TT4 = TT5 - DE = 6 - 1 = 5
TC3 = TC1 + DB = 0 + 1 = 1 TT3 = TT4 - DD = 5 - 1 = 4
TC2 + DX = 2 + 2 = 4** TT2 = TT4 - DC = 5 - 2 = 3
TC4 = TC2 + DC = 2 + 2 = 4 = TT3 - DY = 4 - 2 = 2***
TC3 + DD = 4 + 1 = 5** TT1 = TT2 - DA = 2 - 2 = 0***
TC5 = TC4 + DE = 5 + 1 = 6 = TT3 - DB = 4 - 1 = 3
 *Valores convencionados
 **Maiores valores
 ***Menores valores
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Análise da rede
 A atividade Y é uma atividade real, ocasionando gasto de
tempo, recursos e possuindo um custo.
 De acordo com o quadro anterior, o caminho crítico é
formado pelas atividades A, Y, D e E.
 A FT nessas atividades é igual a zero.
 Nesses casos também deve ser observado que TC = TT.
 Qualquer atraso nessas atividades leva a um atraso no
projeto.

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Datas e folgas da rede

Cod Dur PDI PDT UDI UDT FL FT


A 2 1 2 1 2 0 0
B 1 1 1 4 4 3 3
Y 2 1 4 3 4 0 0
C 2 3 4 4 5 1 1
D 1 5 5 5 5 0 0
E 1 6 6 6 6 0 0
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Regras para construção da rede
 Para garantir a correta relação de precedência na rede, as
seguintes questões devem ser atendidas quando cada
atividade for incluída à rede:
 i. que atividades precisam ser completadas imediatamente
antes da atividade em questão poder ser iniciada?
 ii. que atividades precisam seguir esta atividade?
 iii. que atividades precisam ocorrer simultaneamente com
esta atividade?

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Regras para construção da rede
 Somente após a construção do diagrama é que deve ser
iniciada a numeração dos eventos. Nesta operação devem
ser observados os seguintes pontos:
 1. o número do evento inicial de uma atividade deve ser
menor que o do evento final, inclusive para as atividades
fictícias;
 2. partindo-se do evento inicial (nº 1), a numeração deve ser
contínua, acompanhando a sequencia do diagrama, da
esquerda para a direita e de cima para baixo, atentando
sempre para a regra (1) anterior;

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Regras para construção da rede
 Como resultado da enumeração segundo estes pontos,
surge a alternativa das atividades serem referenciadas
através dos números dos eventos iniciais e finais (que
serão únicos para cada atividade).

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Regras para construção da rede
 Traçado o diagrama, deve-se fazer uma análise rigorosa
de sua exatidão, verificando-se as possíveis falhas:
 a) não inclusão de atividades;
 b) relação de interdependência não demonstrada;
 c) interdependência inexistente;
 d) inclusão desnecessária de atividades fictícias;
 e) erros na enumeração dos eventos.

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Caminho Crítico
 Cada uma das atividades mostradas nesse diagrama tem
a sua duração descrita no canto superior esquerdo.
 O caminho mais acima, com as atividades 1-2-3-7, tem
duração de cem dias, e o caminho 1-4-5-6-7 tem duração
de 144 dias.
 O percurso 1-4-5-6-7 é o caminho completo mais longo
no projeto, por isso é o caminho crítico.

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Exemplo

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