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Empreendedorismo
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APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Empreendedorismo,
parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autôno-
mo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as)
uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidiicar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eiciente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido inluencia sua vida proissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................... 5
1 EMPREENDEDORISMO: FATOS E CARACTERÍSTICAS HISTÓRICAS ................... 7
1.1 Importância dos Empreendedores para a Sociedade .......................................................................................9
1.2 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................11
1.3 Atividades Propostas...................................................................................................................................................11
8 AMBIENTES DE NEGÓCIOS........................................................................................................... 59
8.1 Macroambiente .............................................................................................................................................................60
8.2 Microambiente ..............................................................................................................................................................64
8.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................65
8.4 Atividades Propostas...................................................................................................................................................65
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a),
O objetivo geral do curso de Administração é fornecer uma visão generalista dos atuais problemas
empresariais, preparando os alunos para as grandes mudanças que o mundo vem experimentando, por
meio do estudo de temas importantes, inerentes às lides empresariais e capacitando-os para atuar em
empresas de porte e natureza diversos, de caráter público ou privado, prestadora de serviços ou indústria
(UNISA, 2011).
O objetivo desta disciplina e apostila, como um todo, é oferecer uma visão ampla e profunda do
Empreendedorismo, desde seus conceitos históricos iniciais, passando pelos seus principais pensadores,
até os seus princípios modernos, formando proissionais em linha com as exigências atuais do mercado.
Ainal, poucos termos são tão frequentes no universo social e organizacional atual quanto ‘Empre-
endedorismo’. E, mais recentemente, o conceito de ‘Liderança empreendedora’ tem se tornado um fator
de grande relevância na competitividade organizacional.
Assim, o conteúdo está organizado para expor os conceitos em uma ordem prática, iniciando com
a visão dos principais autores da área, através de fatos e perspectivas históricas. Após isso, abordaremos
as características dos empreendedores, tanto os comportamentos mais frequentes quanto as caracte-
rísticas dos empreendedores de sucesso. Também, explicaremos os conceitos de liderança empreende-
dora, através dos estilos de gestão e dos papéis dos líderes. Apresentaremos as Pequenas e Médias Em-
presas (PME), mostrando sua importância na economia, suas principais características e sua classiicação,
bem como as principais causas de fechamento precoce em nosso mercado. Descreveremos o modelo de
Franchising, sua terminologia e tipos, além da discussão de suas principais vantagens e desvantagens. A
empresa familiar será analisada por seus aspectos peculiares, tais como a cultura, os papéis e relações fa-
miliares, bem como o problema da sucessão nos negócios. Mostraremos como identiicar e avaliar opor-
tunidades de negócios. Também discorreremos sobre como criar o planejamento na PME, através dos
vários modelos estratégicos organizacionais.
Finalizaremos descrevendo a estrutura e o processo de desenvolvimento de um Plano de Negócios.
E há boas razões para isso, ainal a grande transformação causada pelo atual ambiente econômico
implica grandes relexos para indivíduos e organizações.
Logo a necessidade de buscar incessantemente a adaptação às mudanças do meio ambiente em-
presarial, que exige várias competências complexas, tais como: lexibilidade, motivação, resistência às di-
iculdades etc. Ou seja, todas as características que são justamente as descritas para os empreendedores.
Na verdade, embora o conceito de ‘Empreendedorismo’ tenha se tornado de extrema relevância estraté-
gica em nossos dias, este não é um conceito realmente novo, pois há muito a inovação e o vanguardismo
têm dependido dos empreendedores, indivíduos que fazem a diferença em seu tempo.
Além disso, estudos recentes reconhecem que o conceito ‘Empreendedorismo’ não é apenas be-
néico para novas empresas e negócios em seus primeiros estágios, muitas delas de pequeno e médio
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porte, mas também é benéico para o gerenciamento de empresas já estabelecidas e mais complexas,
pois garante a intrepidez necessária para se obter vantagens realmente competitivas.
O fato é que mesmo empresas já maduras e conservadoras precisam do que se pode deinir como
“liderança empreendedora”, para que possam fazer uma renovação contínua, ou seja, estabelecer a inova-
ção que se tornou necessária à sobrevivência.
Portanto, o estudo do empreendedorismo, especialmente o que estabelece uma conexão com a
liderança empresarial, é imprescindível para fornecer a base para o comportamento empresarial deste
novo século e um rumo para o seu sucesso!
*Autor do capítulo 8: “Ambientes de Negócios” e coautor do capítulo 10: “Desenvolvendo o Plano de Negócios”.
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EMPREENDEDORISMO: FATOS E
1 CARACTERÍSTICAS HISTÓRICAS
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo aborda- que, naquele ano, o autor Mill descreveu o con-
remos o empreendedorismo pela ótica de seus ceito “assumir riscos”.
pensadores principais, vamos iniciar a discussão? Um pouco mais tarde, já no século XIX, um
De uma forma geral, o empreendedorismo outro autor, o economista francês Jean-Baptiste
teve os seus conceitos embasados a partir do Say, reiniciou as pesquisas sobre o empreende-
século XVII, mas foi no século passado que seus dor e airmou que os empreendedores poderiam
princípios foram sedimentados, tais como: a ori- afetar a economia local, pois poderiam alterar os
gem do conceito empreendedorismo, as descri- recursos econômicos de uma determinada área,
ções dos primeiros pesquisadores, as caracterís- por criar valor, fazendo com que uma região de
ticas dos empreendedores e a importância dos baixa produtividade pudesse se tornar de alta
empreendedores para a sociedade. produtividade e lucratividade.
Você sabia que a palavra ‘empreendedor’ Note como ele descreve o empreendedor,
tem como raiz o termo latim imprendere, e che- conforme exposto por Maximiano (2006, p. 2):
gou aos tempos modernos como uma derivação
da palavra francesa entrepreneur, que signiica: O que fazem os empreendedores? Eles
aquele que assume riscos e inicia algo inovador? usam sua indústria (seu trabalho) para or-
ganizar e dirigir os fatores de produção,
Segundo os historiadores, foi no século XVII
de forma a atender as necessidades hu-
que surgiram as primeiras evidências de se rela- manas. No entanto, eles não são apenas
cionar empreendedorismo com o ato de assumir dirigentes. São também planejadores,
riscos, sendo que a criação do termo ‘empreende- avaliadores de projetos e tomadores de
dorismo’ é creditada a um escritor e economista riscos. Usando seu próprio capital, ou o
que emprestam de outros, eles o trans-
da época, Richard Cantillon. Ele teria sido um dos
ferem para os proprietários do trabalho,
primeiros a separar o conceito de empreendedor os recursos naturais (terra) e maquiná-
(quem assume riscos) do capitalista (quem dispo- rio (ferramentas). Esses pagamentos, ou
nibilizava o capital). aluguéis, somente são recuperados se os
empreendedores conseguem vender o
O autor Maximiano (2006, p. 2) explica que
produto para os consumidores. O suces-
Cantillon, no seu livro Ensaio sobre a natureza do so empresarial não apenas é almejado
comércio em geral, de 1755, “identiicou o em- pelo indivíduo, mas também é essencial
preendedor como alguém que assume riscos ao para a sociedade. Um país com muitos
comprar serviços ou componentes por preço cer- comerciantes, fabricantes e agricultores
inteligentes tem maiores possibilidades
to com a intenção de revendê-lo mais tarde a um de alcançar a prosperidade do que um
preço incerto”, e, dessa forma, como tendo um pa- outro que se dedique principalmente à
pel de grande relevância na economia. busca das artes e das ciências.
Assim, os conceitos que embasam o mode-
lo empreendedor não são novos. Segundo Dor- Caro(a) aluno(a), veja como Dornelas (2007)
nelas (2007), desde 1848 já se descrevia as qua- lista ainda outras características descritas por vá-
lidades e características empreendedoras, sendo
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1981 hisrich & O’Brien Autodisciplina, perseverança, desejo de sucesso, orientado pela ação.
Embora haja muitas deinições para empre- que favorece a interferência criativa e
endedorismo, há muitas citações que denotam a realizadora, no meio, em busca de ganhos
econômicos e sociais. (SEBRAE, 2005).
sua importância em nossos tempos:
O empreendedor é aquele que faz acon-
tecer, se antecipa aos fatos e tem uma
O empreendedor é aquele que destrói a visão de futuro da organização. (DORNE-
ordem econômica existente pela intro- LAS, 2005 apud DORNELAS, 2007, p. 9).
dução de novos produtos e serviços, pela
criação de novas formas de organização
ou pela exploração de novos recursos Note que muitos dos atributos acima cita-
e materiais. (SChUMPETER, 1949 apud
DORNELAS, 2007, p. 37). dos são também comuns aos princípios moder-
nos de Liderança, o que mostra a convergência
O empreendedorismo é uma revolução
silenciosa, que será para o século 21 mais
desses conceitos.
do que a revolução industrial foi para o Naturalmente, muitos outros autores conti-
século 20. (TIMMONS, 1990 apud DOR- nuam a escrever sobre as principais características
NELAS, 2007, p. 42).
dos empreendedores, porém a maioria simples-
É o indivíduo que possui ou busca mente repete ou faz uma releitura dos conceitos
desenvolver uma atitude de inquietação,
acima citados. Esses autores ajudaram a prover
ousadia e pró-atividade na relação com o
mundo, condicionada por características uma base teórica e estabeleceram os conceitos
pessoais, pela cultura e pelo ambiente, ainda vigentes no estudo do empreendedorismo.
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As pequenas e médias empresas são reco- A atividade dos empreendedores pode afe-
nhecidas por estimularem a inovação em uma tar de forma signiicativa a vários aspectos sociais
sociedade. Fazem isso de forma mais eiciente de uma sociedade, tais como:
do que as grandes empresas porque estas nor-
malmente são mais lentas e cautelosas em apli- Padrão de Vida – que é a quantidade de
car inovações, enquanto o pequeno empresário bens e serviços que as pessoas podem comprar
tem mais agilidade e lexibilidade em gerar, fo- com o dinheiro de que dispõem. Os empreende-
mentar e aplicar as inovações. Os fatos históricos dores podem afetar o padrão de vida, pois per-
demonstram que a maioria das inovações impor- mitem uma inserção social que outras atividades
tantes e impactantes da atualidade foi criada no não permitiriam.
âmbito da pequena empresa.
Dicionário Atenção
Inovação: signiica novidade, ou seja, uma ideia Os empreendedores podem afetar o padrão de
ou invenção que é diferente dos conceitos ou pa- vida, tanto próprio quanto da comunidade a que
drões anteriormente existentes. pertencem, pois permitem uma inserção social
que outras atividades não permitiriam.
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Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo você conheceu os principais pensadores dos conceitos básicos do empreendedo-
rismo, tais como: Richard Cantillon, que foi o primeiro a usar o termo ‘empreendedorismo’; Jean-Baptiste
Say, que airmou que os empreendedores poderiam afetar a economia local; além de vários outros auto-
res que ajudaram a traçar o peril de características dos empreendedores.
Você pôde ver como esses autores descreveram as características gerais dos empreendedores: uma
pessoa que: combina capital e trabalho; faz algo verdadeiramente inovador; concebe um novo produto
e/ou serviço; introduz um novo método de produção; introduz uma nova maneira de fazer alguma coisa;
cria um novo mercado; descobre uma nova fonte de matérias-primas e estabelece novas formas de orga-
nização entre outras ações transformadoras de seu ambiente.
Também foi explanada a importância dos empreendedores para a sociedade, relacionada com a
inovação, com a geração de empregos e com os aspectos relacionados ao padrão de vida e à qualidade
de vida que os empreendedores afetam, inclusive nas suas comunidades.
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
2. Como a atividade empreendedora pode afetar a qualidade de vida da sociedade em que ela
ocorre?
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CARACTERÍSTICAS DOS
2 EMPREENDEDORES
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“São líderes e formadores de equipes” sabem gerenciar o risco, avaliando as reais chan-
O empreendedor de sucesso sabe que não ces de sucesso”, como airma o autor. Em outras
pode fazer tudo sozinho e, portanto, depende de palavras, não atiram no escuro, de forma aleató-
outros para chegar ao sucesso. Por isso, confor- ria, mas têm sempre o senso das possibilidades, e
me diz o autor, “têm um senso de liderança inco- se sentem estimulados com os desaios.
mum”. Dessa forma mantém seus colaboradores
motivados e valorizados, obtendo, em contrapar- “Criam valor para a sociedade”
tida, forte comprometimento e respeito de todos. Uma vez que geram empregos, estimulam
a economia e geram inovações, que muitas vezes
“São bem relacionados (Networking)” afetam a muitos, conseguem gerar valor para a
Valorizam sua rede de contatos externos à sociedade, como um todo. É claro que essa lista
empresa, não só com clientes e fornecedores, mas não é inal, até porque as exigências para o peril
com todos que podem inluenciar seus resulta- de um empreendedor também dependem de fa-
dos, tais como entidades de classe e autoridades. tores culturais e sociais do tempo em que vivem,
e assim estão em constante mutação.
Dicionário
Atenção
Networking: rede de relacionamento pessoal, ge-
ralmente cultivada para ins proissionais. Naturalmente, essa lista não é inal, até porque
as exigências para o peril de um empreendedor
também dependem de fatores culturais e sociais
do tempo em que vivem, e assim estão em cons-
“São organizados” tante mutação.
Sabem racionalizar os esforços, buscando o
melhor desempenho para o empreendimento.
Segundo o Sebrae
“Planejam, planejam, planejam”
Como airma o autor, “os empreendedores
de sucesso planejam cada passo de seu negócio, Caro(a) aluno(a), note que o Serviço Brasi-
desde o primeiro rascunho do seu plano de negó- leiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Se-
cios.” Assim, não negligenciam nenhum aspecto brae), buscando simpliicar esse grande volume
estratégico da sua atividade. de informações que podem servir de parâmetros
para identiicar o empreendedor de sucesso, re-
sumiu essas características no Quadro 2, onde di-
“Possuem conhecimento” vide as características em três grupos: Realização,
Os empreendedores “são sedentos do sa- Planejamento e Poder.
ber”, buscando avidamente o conhecimento pro-
fundo e know-how do seu negócio, aprendendo
tanto da experiência pessoal e de outros, quanto
de fontes especializadas, como publicações e cur-
sos.
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Com base nessas análises, pode-se notar rentes tipos de empreendedores. Vários autores
que não há um verdadeiro padrão para deinir têm tentado identiicar alguns comportamentos
um empreendedor, mas sim peris diferenciados, comuns que podem ser agrupados.
que, por sua vez, podem ser agrupados em dife-
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implementá-las. Mas não icam muito tempo em mitido. Geralmente estão envolvidos em ativida-
um mesmo negócio. des informais, o que acaba gerando problemas
sociais, pois vivem à margem do mercado e, por
O Empreendedor Corporativo não terem um mínimo de embasamento técnico
e teórico, acabam vítimas das altas taxas de “mor-
São executivos em linha com as novas exi-
talidade” empresarial (fechamento de empresas),
gências das organizações, ou seja, renovar, inovar
comuns nos mercados em desenvolvimento,
e criar novos negócios. São proissionais que as-
onde cerca de 60% das empresas não conseguem
sumem riscos e como geralmente não têm auto-
sobreviver mais que cinco anos.
nomia completa, “desenvolvem estratégias avan-
çadas de negociação”. São ambiciosos e muito
motivados, com metas ousadas e recompensas O Empreendedor Herdeiro (Sucessão Fa-
variáveis. miliar)
São aqueles que, muitas vezes, já se en-
volvem com o negócio da família desde jovens,
Saiba mais
aprendendo os conceitos com exemplos da pró-
Empreendedorismo corporativo abrangeria princi-
pria família, assumindo responsabilidades na
palmente a criação de empresas (corporate ventu- organização e se envolvendo na administração
re), que corresponde à criação de novas atividades direta desde cedo. Atualmente, com a maior pro-
dentro ou fora da organização e a renovação estra-
tégica, que se refere às mudanças signiicativas em
issionalização da gestão das empresas familiares,
termos de atitudes, comportamentos ou modos de também têm buscado melhor formação teórica,
funcionamento promovidos pela organização. visando a perpetuar o legado da família.
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Atenção
Assim, “Lidar com informações”, ‘Tomar de- Para Nassif et al. (2009, p. 18), “o empreendedor é
o ator social que tem como características pes-
cisões” e “Trabalhar com pessoas” compõem os soais ser corajoso para assumir riscos, criativo,
principais papéis, ou seja, as ações e atitudes que dinâmico, autoconiante, dedicado, perseve-
o empreendedor tem que desempenhar no dia a rante, ambicioso, inteligente, otimista, inquieto
e pouco disciplinado. Suas ações pautam-se
dia para atingir seus objetivos. pela iniciativa, realização, autonomia, aposta
no trabalho, diferenciação e transformação de
idéias em oportunidades.”
Conforme Longenecker et al. (1998), há vá- ções”, ou seja, algo que motiva o empreendedor,
rias razões para alguém decidir ser um empreen- apesar das diiculdades inerentes ao modelo de
dedor, o que os autores chamam de “compensa- ação, como mostra a Figura 4.
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Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo conhecemos as principais características dos empreendedores, citadas pelos pes-
quisadores e autores, que são: a criatividade, a disposição para assumir riscos, o otimismo, a perseveran-
ça, o senso de independência e a capacidade de implementação. Pudemos também analisar as caracte-
rísticas dos empreendedores de sucesso, segundo a visão do autor Dornellas e também as descritas pelo
Sebrae, que divide as características em três grupos: Realização, Planejamento e Poder.
Também foram explanados os tipos de empreendedores: o nato, o que aprende, o serial, o corpo-
rativo, o social, o por necessidade, o herdeiro e o planejado (“normal”).
Foi descrito os papéis do empreendedor, que são: tomar decisões, trabalhar com pessoas e lidar
com informações.
Finalizando, apresentamos as compensações de um empreendimento, como segue: Valor, que é a
libertação dos limites de pagamento padronizado para trabalho padronizado; Independência, que é a
libertação da supervisão e regras de organizações burocráticas; e Estilo de vida prazeroso, descrito como
a libertação da rotina, monotonia e empregos não desaiadores.
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Segundo Dornelas (2007), é possível fazer uma autoavaliação do peril empreendedor, utilizando
elementos que identiicam esse peril diante do ambiente, atitudes e know-how do empreendedor. En-
tão, antes de enveredarmos na geração de ideias, faremos uma autoavaliação para traçarmos seu peril
empreendedor.
Para essa autoavaliação, siga as instruções a seguir e preencha o questionário.
1. Atribua à sua pessoa uma nota de 1 a 5 para cada uma das características a seguir e escreva
a nota na última coluna.
2. Some as notas obtidas para todas as características.
3. Analise seu resultado global com base nas explicações ao inal.
4. Destaque seus principais pontos fortes e pontos fracos.
5. Quais dos pontos fortes destacados são mais importantes para o seu desempenho como
empreendedor?
6. Quais dos pontos fracos destacados deveriam ser trabalhados para que o seu desempe-
nho seja melhorado? É possível melhorá-los?
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3 LIDERANÇA EMPREENDEDORA
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, conhe- Conforme observado por Bergamini (1994,
ceremos os principais conceitos da liderança em- p. 15), há pelo menos dois elementos que sem-
preendedora, vamos iniciar? pre aparecem nas deinições de liderança: o fato
Os principais aspectos relacionados à lide- de a liderança ser um fenômeno grupal, ou seja,
rança envolvem a inluência pessoal, o relaciona- depender do envolvimento de mais de duas pes-
mento de poder e o processo de inluenciação. soas e de se tratar de um processo de inluencia-
Serão considerados os elementos-chave da lide- ção do líder sobre seus subordinados, de forma
rança, os estilos de gestão envolvidos e os papéis intencional.
e modelos de líder.
O conceito de Liderança tem sido um tópi- Saiba mais
co de grande interesse no transcorrer da história,
geralmente abordado por ilósofos e historiado- Rickards e Moger (2000) tratam a liderança como
res. Mas foi apenas no século XX que começaram um processo onde é destacada a igura do líder
a surgir estudos cientíicos sérios no assunto. Cal- como principal elemento de facilitação da forma-
ção e alcance dos resultados de equipes. Para eles,
cula-se que existam mais de 350 diferentes dei- o processo de liderança é voltado para a busca do
nições para o termo ‘Liderança’ e já se disse que a sucesso na inovação organizacional.
liderança é um dos aspectos mais estudados, mas
menos compreendido da gestão organizacional
de nossos tempos. Essa diiculdade em deinir o
conceito de liderança está na própria natureza Assim sendo, liderança é um relacionamen-
complexa do tema. to de inluência entre líderes e liderados, objeti-
Algumas deinições de liderança, na litera- vando mudanças signiicativas que relitam os
tura organizacional, pesquisadas por Yukl e cita- propósitos compartilhados, ou seja, a liderança
das por Bergamini, são apresentadas a seguir: envolve a inluência de pessoas para se atingir
resultados desejados, tornando a inovação real.
É inluência pessoal, exercida em uma É aqui que os conceitos de Empreendedorismo,
situação e dirigida através do processo de Inovação e Liderança se cruzam, pois um dos
comunicação, no sentido do atingimento desaios estratégicos das empresas, de qualquer
de um objetivo especíico ou objetivos. porte, é conseguir uma capacidade permanente
(TANNENBAUM; WESChLER; MASSARIK,
1961, p. 24 apud BERGAMINI, 1994, p. 15).
de inovação, ou seja, mudanças, que possibilite a
procura de novas oportunidades e o desenvolvi-
É um tipo especial de relacionamento de
poder. (JANDA, 1960, p. 35 apud BERGA-
mento de novos modelos de negócio.
MINI, 1994, p. 15). Nos últimos anos, as empresas têm des-
É o processo de inluenciar as atividades coberto as vantagens de motivar a capacidade
de um grupo organizado na direção empreendedora dos empregados, o que exige
da realização de um objetivo. (ROUCh; que os administradores exerçam um estilo de li-
BEhLING, 1984, p. 46 apud BERGAMINI, derança empreendedora. Dessa forma, ao unir-se
1994, p. 15).
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3.1 Elementos-Chave
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delo de liderança, assim como com o empreen- ver errado, o problema é meu, não de vo-
dedorismo, onde também alguns já nascem com cês. Portanto, vocês podem atuar como
se tudo fosse ocorrer como eu projetei’.
certas habilidades para criar inovações, maiores
que outros. Entretanto, tanto a liderança quanto 2. Projetar o desaio: Exponha um pro-
jeto que estimule os funcionários ao má-
o empreendedorismo, possui um conjunto de
ximo, mas não além, de sua capacidade.
técnicas que permite a todos os interessados de-
3. Buscar apoio/preparar o terreno:
senvolvê-las apropriadamente.
Crie um ambiente propício à transforma-
Então, que atitudes práticas podem tomar ção empreendedora, negociando o apoio
os que querem desenvolver suas habilidades das principais partes interessadas dentro
como líderes empreendedores? e fora da empresa.
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Esse quadro sintetiza os diferentes posicio- monstrando claramente como o peril do gerente
namentos sobre o comportamento de gerentes está mais voltado às tarefas e o do líder para as
e líderes, conforme Cavalcante et al. (2006), de- pessoas.
Cavalcanti et al. (2006) também oferecem Os papéis e modelos de líder são descritos
um modelo de desenvolvimento das habilidades como:
de liderança que pode ser muito útil ao empre-
endedor. Esse modelo foi originalmente desen- Mentor;
volvido por Quinn et al. (2003) e contem a descri- Facilitador;
ção dos oito papéis dos líderes. Cavalcanti et al. Monitor;
(2006) explica que este é um modelo que integra
Coordenador;
e explica as competências de um líder, indican-
do que esses papéis “signiicam atuações que Diretor;
um líder deve estar preparado para exercer, de Produtor;
acordo com o contexto da atuação”, ou seja, são Negociador;
as habilidades-chave que o empreendedor deve Inovador.
desenvolver, para fazer frente aos muitos desaios
da administração de grupos e equipes. Para facilitar o entendimento, note a Figura 5.
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Note que os oito papéis estão distribuídos propósito comum; uso de decisões par-
em quadrantes. Dessa forma, os modelos Inova- ticipativas e administração de conlitos,
estimulando a solução integrada.
dor e Negociador estão mais ligados às Mudanças,
ou seja, à inovação e à criatividade, assim como os O papel do MOnItOR
modelos Produtor e Diretor se concentram mais Refere-se à atenção do líder a questões
nas metas e objetivos, e assim por diante. de controle interno, como gestão de pro-
cessos essenciais, consolidação e criação
A Figura 5 também evidencia os contrastes, de continuidade. As principais compe-
ou como mencionam Cavalcanti et al. (2006, p. tências são: administração de informa-
70), “com as polaridades com que os líderes têm ções por meio do pensamento crítico
de se deparar.” Ou seja, uma certa característi- (desenvolvimento de argumentações,
utilização de fontes e bases de dados),
ca tem o seu contraste com a que está do outro
administração da sobrecarga de informa-
lado da Figura. Por exemplo: “o papel Diretor, está ções (velocidade e agilidade na seleção
preocupado com o estabelecimento de metas e das informações importantes) e gestão
objetivos, enquanto o papel Mentor tem como dos processos.
primeiro objetivo conhecer e desenvolver pes- O papel do COORDEnADOR
soas.” Essa situação de certo confronto vai exigir Enquanto o líder monitor foca o luxo
que o líder empreendedor busque o seu equi- de informações, o líder coordenador é
líbrio. Como os autores completam: “Às vezes, o responsável pelo luxo de trabalho. Sua
líder compromete-se de tal forma com o compor- responsabilidade é cuidar para que as
pessoas certas estejam no lugar certo na
tamento de um dado papel que perde o contato hora certa, a im de cumprir a função cor-
com seu oposto, o que pode tornar ineiciente reta, proporcionando-lhes condições ne-
uma pessoa normalmente eiciente, acarretando cessárias, inclusive ferramentas e espaço
reveses em sua carreira.” (CAVALCANTI et al., 2006, físico. No mundo atual, os coordenado-
res, com freqüência, têm de conjugar uni-
p. 70).
dades de trabalho que operam de modo
Cavalcanti et al. (2006, p. 65-68) descrevem autônomo. As principais competências
cada um desses papéis, como segue: do líder coordenador são: gerenciamento
de projetos (com foco em tarefas e lexi-
bilidade para mudanças), planejamento
O papel do MEntOR do trabalho (com cargos que valorizem
Dada a necessidade de empatia e solici- o potencial tácito, intrínseco, que cada
tude, espera-se de um líder que escute, pessoa traz para o ambiente proissional
apóie as solicitações legítimas e expresse e como esse conhecimento pode ser dis-
reconhecimento aos funcionários. Além seminado na empresa) e gerenciamento
disso, o líder deve ser autoconsciente multifuncional (promoção do trabalho
e ajudar as pessoas em seus planos de em equipe, treinamento e aprendizagem
desenvolvimento individual, bem como contínua, e maior integração funcional e
proporcionar-lhes treinamento e cultivo menos estratiicação organizacional).
de competências. As competências ne- O papel do DIREtOR
cessárias são: compreensão de si mesmo
e dos outros (autoconhecimento e au- Sob muitos aspectos, relete a essência
toconsciência), comunicação eicaz (por da deinição que alguns autores dão para
meio da escuta e da presença) e desen- liderança. As competências como pontos
volvimento dos funcionários (mentoring, de referência são: desenvolvimento e co-
coaching). municação de uma visão (qual a razão de
ser da organização), estabelecimento de
O papel do FACIlItADOR metas e objetivos (o que a organização
O facilitador fomenta o esforço coletivo, deve alcançar, realizar) e planejamento
cria coesão e moral, e administra os atri- e organização (qual a melhor maneira de
tos interpessoais (QUINN et al., 2003). As alcançar e realizar as metas e objetivos).
três competências centrais requeridas
são: construção de equipes com meta e
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Caro aluno,
Neste capítulo estudamos os principais aspectos relacionados à liderança, que envolvem: a inluên-
cia pessoal, o relacionamento de poder e o processo de inluenciação.
Vimos também que pelo menos dois elementos sempre aparecem nas deinições de liderança: o
fato de a liderança ser um fenômeno grupal e de se tratar de um processo intencional de inluenciação
do líder sobre seus subordinados.
Consideramos também os elementos-chave da liderança: a inluência, a intenção e o propósito
compartilhados, a mudança e a responsabilidade pessoal; os estilos de gestão envolvidos, ou seja: as
diferenças entre o comportamento do “líder” e do “gerente”.
Os papéis e modelos de líder, que são: o Mentor, o líder que escuta, apoia as solicitações legítimas
e expressa reconhecimento aos funcionários; o Facilitador, que fomenta o esforço coletivo, cria coesão e
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Empreendedorismo
moral, e administra os atritos interpessoais; o Monitor, líder que dá atenção a questões de controle inter-
no, como gestão de processos essenciais, consolidação e criação de continuidade; o Coordenador, líder
que é responsável pelo luxo de trabalho; o Diretor, líder que relete a essência da deinição que alguns
autores dão para liderança; o Produtor, líder que cria um ambiente que deixa produtivos, motivados,
autônomos e comprometidos tanto o líder quanto seus funcionários e colegas; o Negociador, líder que
sabe apresentar e negociar ideias com eicácia; e o Inovador, líder que usa da criatividade para o geren-
ciamento das transformações e transições organizacionais.
1. Quando você está andando com um grupo de 3 ou mais pessoas na rua, o quanto você ica no
meio do grupo e dá o ritmo da caminhada?
a) Sempre ando ao centro e as pessoas normalmente caminham à minha volta, conversando.
Usualmente eu dou a tônica do assunto e o pessoal me segue.
b) Às vezes ando ao centro do grupo, outras vezes não. Não consigo qualiicar melhor que
isso.
c) Não costumo ser o centro das atenções em situações como essa.
2. Em um grupo de pessoas iguais a você (hierarquia ou grupo social), quando você fala, o quanto
as pessoas param para ouvi-lo?
a) Sempre. Normalmente eu sou a referência do grupo em qualquer assunto.
b) Tenho que pedir a palavra às vezes com alguma veemência, mas uma vez capturada a aten-
ção, sou ouvido cuidadosamente.
c) O grupo é disperso e difícil de manter a atenção focada em mim.
3. Nesse mesmo grupo, quando você está falando, o quanto você é interrompido, em relação aos
outros participantes?
a) Praticamente não sou interrompido. Sou o único do grupo nessa condição.
b) Sou interrompido tanto quanto os outros, até onde posso perceber.
c) É difícil falar para o grupo, sou um dos mais interrompidos.
4. E em grupos de subalternos?
a) Praticamente não sou interrompido.
b) Sou interrompido para discussões às vezes.
c) É difícil falar para o grupo, sou interrompido a toda hora.
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5. Em grupos proissionais o quanto você é convidado para partilhar o horário de almoço com
os colegas?
a) Frequentemente, parecem procurar minha companhia.
b) Mais ou menos. Partilhamos o horário quando nos encontramos, é meio ao acaso.
c) Raramente me chamam.
6. Com que frequência você é consultado em assuntos proissionais em relação a outras pessoas
do mesmo nível?
a) Frequentemente e em várias esferas de assuntos. O pessoal parece coniar mais em mim do
que no resto dos chefes para muitos assuntos.
b) Regularmente, tanto quanto os outros chefes.
c) Pouco. Alguns dos outros chefes são muito mais procurados do que eu.
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Prezado(a) aluno(a), neste capítulo descre- relevância na economia de nosso país, como elas
veremos os principais aspectos das PMEs, vamos são classiicadas, quais as suas principais caracte-
iniciar? rísticas e as principais causas do fechamento, ou
De modo geral, vamos conhecer como as seja, da mortalidade precoce dessas empresas.
micro, pequenas e médias empresas têm grande
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tabela 1 – Evolução das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) e Médias e Grandes Empresas em 2000 e
2004.
2000 2004 taxa de expansão 2000-2004
MPEs 4,117 milhões 5,028 milhões 22,1%
MGEs 68,5 mil 81,9 mil 19,5%
total de estabelecimentos 4,186 milhões 5,110 milhões 22,1%
Fonte: Sebrae (2006).
Aqui estão outros fatos relevantes sobre as Cerca de 85% das MPEs encontram-se
MPEs, segundo pesquisas do Sebrae: nos dez estados com maior número de
empresas.
Entre 2000 e 2004, foram abertos 924 Porém, entre 2000 e 2004, veriicou-se
mil novos estabelecimentos, dos quais movimento de desconcentração regio-
99% são de micro e pequeno porte. nal.
Em 2004, cerca de 56% das MPEs esta-
vam no comércio, 30% em serviços e A Tabela 2 demonstra essa nova realidade
14% na indústria. brasileira.
Os pequenos negócios (formais e infor-
mais) respondem por mais de dois ter-
ços das ocupações do setor privado.
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Caro(a) aluno(a), note que 31% dos moti- com um melhor preparo técnico por parte dos
vos são ligados a questões “pessoais”, tais como: empresários.
“problemas de planejamento/administração” (ou O Sebrae resumiu os principais problemas
seja, de falta de preparo técnico dos sócios), “pro- que são as causas mais comuns para a mortalida-
blemas particulares” e “problemas com sócios”. Os de das empresas (no caso das empresas no esta-
problemas que podem ser caracterizados como do de São Paulo, mas que podem ser projetadas
“inanceiros” chegam a somar 50% do total, ou para todo o Brasil, conforme mostrado no Quadro
seja, “falta de capital”, “inadimplência” e “falta de 4, a seguir).
lucro”. Em outras palavras, a maioria dos proble-
mas alistados, são os que poderiam ser evitados
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Empreendedorismo
Quadro 4 – Principais problemas que são as causas mais comuns para a mortalidade das empresas.
ItEnS PRInCIPAIS PROBlEMAS
Características (conhecimento, habilidades e atitudes)
1 - Comportamento Empreendedor
empreendedoras insuicientes. Precisam ser aprimoradas.
Falta de planejamento antes da abertura (quando ele existe é
2 - Planejamento Prévio
deiciente).
Deiciências na gestão do negócio, após a abertura (ex.
3 - Gestão Empresarial aperfeiçoamento de produtos, luxo de caixa, propaganda e
divulgação, gestão de custos e busca de apoio/auxílio).
Insuiciência de políticas de apoio (peso dos impostos, burocracia,
4 - Políticas de Apoio
falta de crédito e política de compras governamentais).
Baixo crescimento da economia (demanda fraca e concorrência
5 - Conjuntura Econômica
forte).
Problemas de saúde, particulares, com sócios, de sucessão e de
6 - Problemas “Pessoais”
criminalidade prejudicam o negócio.
Fonte: Sebrae (2006).
Dicionário
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Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo conhecemos como as Micro, Pequenas e Médias empresas têm grande relevância na
economia de nosso país, pois representam 98% de todas as empresas privadas no Brasil.
Pudemos também aprender como elas são classiicadas, pelo Estatuto da Pequena Empresa, como
segue: Microempreendedor individual, Microempresa, Pequenas Empresas, Empresa de Porte médio.
Além disso, aprendemos quais as principais características das Micro, Pequena e Média Empresa,
segundo o Sebrae e inalizamos com as principais causas do fechamento, ou seja, da mortalidade pre-
coce dessas empresas, que são: Comportamento empreendedor pouco desenvolvido, Falta de planeja-
mento prévio, Gestão deiciente do negócio, Insuiciência de políticas de apoio, Conjuntura econômica
deprimida e Problemas pessoais dos proprietários.
Finalizamos expondo que a melhor maneira de solucionar a maioria dos problemas do empreende-
dor é que ele possa ter o adequado embasamento técnico e teórico, que permita habilitá-lo a exercer as
funções administrativas e estratégicas, através da obtenção de conhecimento especializado.
Agora que terminamos este capítulo, vamos veriicar se você ixou bem o conteúdo, assim, respon-
da às questões abaixo.
1. As 10 maiores empresas do Brasil em ordem alfabética, segundo a Revista Forbes de 2010, são:
Banco do Brasil, Bradesco, CSN, Eletrobras, Itaúsa, JBS, Petrobras, Tele Norte Leste, Usiminas e
Vale.
Você consegue colocá-las em um ranking por tamanho?
Posição Empresa
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
2. Segundo uma pesquisa da Junta Comercial de São Paulo, mais da metade das empresas fecha
antes de completar o 5º ano de atividade, sendo que cerca de um terço das MPEs encerram
suas atividades ainda no 1º ano. Que informações da pesquisa nos ajudam a concluir que esse
problema poderia ser evitado?
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(do mesmo ramo), onde um complementa o ou- localização, visando não comprometer a proximi-
tro, tanto com produtos quanto com serviços. O dade com o público consumidor.
objetivo é integrar as atividades, obtendo vanta-
gens, porém é necessário que não haja restrição Franquia Regional
por parte do contrato de franquia.
É o tipo de franquia em que o franqueado
obtém o controle de uma área geográica (região)
Franquia Shop in Shop (também chama- determinada, muitas vezes sob certo limite de
do de Store in Store) tempo. Envolve uma taxa de franquia regional,
É aquela que reúne franquias diferentes, geral, e taxas sucessivas a cada unidade de fran-
com um mesmo franqueado, num mesmo local quia aberta.
(ponto comercial), mas com negócios de outro
ramo. Geralmente funciona num quiosque, carri- Franquia de Desenvolvimento de Área
nho, ponto de coleta de serviços, ou seja, com área
É um tipo de franquia que tem uma atua-
reduzida para operação do negócio. Ex.: quiosque
ção geográica deinida, onde o franqueado pode
de café, dentro de uma livraria. Também é neces-
abrir suas unidades próprias, bem como unidades
sário que não haja restrição por parte do contrato
em parcerias, em sua área de atuação. O objeti-
de franquia.
vo é desenvolver a área designada, porém não se
trata de subfranquias, pois cada contrato com os
Relacionado à atuação geográica parceiros do franqueado é assinado individual-
mente pelo franqueador principal. O franqueado
Franquia Máster detentor da área recebe taxas por cada franquia
É a franquia limitada à determinada região desenvolvida pelos parceiros.
geográica. Dá direito à subfranquias por parte
do franqueado, que poderá criar outras unidades Franquia de Representação
individuais como, por exemplo, franquias interna- É uma franquia em que o franqueador não
cionais, que são sujeitas às legislações e adapta- cede os direitos geográicos de atuação, mas
ções culturais do país onde se expande. apenas estabelece um contrato para que o fran-
queado se responsabilize por certos serviços, tais
Franquia Unitária como: treinamentos, inspeção, publicidade, ven-
É aquela onde o franqueador cede o direito das de franquia etc.
de implantação e operação ao franqueado, com
exclusividade, ou seja, o franqueado não pode se
envolver em outras franquias, nem abrir outras Saiba mais
unidades da mesma franquia. Exige uma unidade
O faturamento total das franquias alcançou no ano
especíica em local determinado. Ex.: casas lotéri- de 2010 a marca de R$ 75.987 bilhões. O número
cas e Correios e Telégrafos. de redes em operação no país cresceu 12,9% e o
número de unidades (franqueadas e próprias) che-
gou a 86.365, que signiica um incremento de 8%
Franquia Múltipla em relação ao ano de 2009.
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Empreendedorismo
Franquia Pura
É um tipo de franquia em que o franqueado
paga taxas de royalties e taxas de franquia sobre
O franchising oferece algumas vantagens e desvantagens, tanto para o franqueador quanto para o
franqueado, como será mostrado a seguir.
Franqueador
Detentor da marca/método de trabalho repassado a terceiros.
Vantagens Desvantagens
Rapidez de expansão Perda parcial do controle
Desenvolvimento de uma rede Maior custo de supervisão
Redução de custos Perda de sigilo
Motivação dos franqueados Risco de desistência
Maior participação no mercado Autonomia parcial
Maior cobertura geográica Planejamento para expansão
Melhor publicidade Cuidados para seleção
Maior vantagem competitiva Perda de padronização
Descentralização
Franqueado
A pessoa jurídica que adquire o direito de uso da marca/método de trabalho, através de pagamen-
to inicial ou mensal.
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Vantagens Desvantagens
Know-how adquirido Autonomia parcial
Maior chance de sucesso Maiores controles
Plano de negócio preparado Risco de desistência
Informações sobre instalação Taxas de franquia
Maior crédito Cuidados para seleção
Aumento de rentabilidade Localização forçada
Retorno mais rápido Risco associado ao desempenho
Pertencer a uma corporação Restrições na cessão do sistema
Independência jurídica
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Empreendedorismo
versidade dos negócios em questão, ou por isso mesmo, representa uma boa alternativa
seja, das próprias características especíi- para os empreendedores de peril mais conserva-
cas das franquias.
dor.
5.4 taxas
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Saiba mais
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Caro(a) aluno(a),
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De acordo com Longenecker et al. (1997, p. mento de dois ou mais membros de uma família
136), “uma empresa familiar é aquela em que a na vida e funcionamento de uma organização. A
família tem um envolvimento especial. Tal negó- natureza e a extensão desse envolvimento variam
cio envolve uma sobreposição dos interesses de enormemente, e podem signiicar que membros
negócios (produção e lucratividade) e dos inte- da família podem trabalhar em tempo integral ou
resses da família (cuidados e educação).” O fato é parcial. Longenecker et al. (1997, p. 135) também
que há vários aspectos que tornam a empresa fa- nos dão um bom exemplo: “em um pequeno res-
miliar diferente de outros tipos de pequena e mé- taurante, o empreendedor pode trabalhar como
dia empresa. Por exemplo, muitas vezes pode-se recepcionista e gerente, a esposa pode fazer a
observar uma sobreposição de valores familiares contabilidade e os ilhos podem trabalhar na co-
e empresariais em fatores, como: na sua cultura e zinha ou servindo aos clientes.”
na tomada de decisões. Outro aspecto distintivo da empresa fami-
Descrever uma empresa familiar é sempre liar é que um negócio pode passar de uma gera-
levar em conta a propriedade ou outro envolvi- ção para outra.
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bens e/ou serviços. O objetivo da família vida empresarial e a familiar. A verdade é que “os
é o máximo desenvolvimento possível de relacionamentos entre os membros da família em
cada membro, independentemente das
um negócio são mais sensíveis do que entre em-
limitações em habilidades e do ofereci-
mento de oportunidades e recompensas pregados sem parentesco”, airma Longenecker
iguais para cada membro. O objetivo dos et al. (1997, p. 137).
negócios é a lucratividade e a sua sobre-
vivência.
Atenção
Logicamente, estes são objetivos distintos
Fica claro que a saúde e a sobrevivência da em-
e que podem ser fonte, tanto de harmonia (por presa familiar só são possíveis se houver um equi-
se complementarem) quanto de conlito (quando líbrio entre os negócios e os interesses próprios
são antagônicos). Essa sobreposição pode gerar da família.
tensões e conlitos potenciais que surgem entre a
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Empreendedorismo
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há muitos exemplos de empresas familiares “nobre” (que não precisa trabalhar) e que leva a
que se tornaram verdadeiros impérios nas mãos um inal esperado: o próximo sucessor (“o neto”)
de seus fundadores, mas que foram totalmente recebe a empresa arruinada e dilapidada.
aniquiladas na geração sucessora. O fato é que hoje em dia, especialmente entre os gran-
há grande verdade no ditado popular que diz: des grupos empresariais familiares, já há uma
“pai rico, ilho nobre, neto pobre.” Curiosamente, grande preocupação com esse fato, resultando
esse ditado pode ser encontrado em mais de 40 em que o fundador busque envolver seu suces-
idiomas, registrando a verdade universal que ele sor desde cedo na empresa, inclusive forçando a
expõe, ou seja, muitas vezes o fundador (“o pai”) um melhor preparo dos ilhos para a gigantesca
faz o extraordinário esforço inovador e cria um missão de preservar a organização familiar para
império, mas seu sucessor (“o ilho”) apenas usu- o futuro.
frui das vantagens inanceiras da herança, muitas
vezes “torrando-a” rapidamente e sem dar a devi-
da atenção aos negócios, portando-se com um
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo aprendemos que há uma sobreposição de interesses em uma empresa familiar, ou
seja, entre os interesses de negócios (produção e lucratividade) e os interesses da família (cuidados e
educação), o pode gerar tensões e conlitos potenciais entre a vida empresarial e a familiar.
Vimos a importância da cultura na empresa familiar, bem como a diiculdade em manter a motiva-
ção nos colaboradores que não são da família empreendedora.
Assim, consideramos que também que há vantagens no envolvimento da família nos negócios,
pois uma empresa familiar muitas vezes pode se beneiciar do forte compromisso dos membros da fa-
mília para preservar os negócios, porém também há desvantagens, tais como colocar os interesses da
família antes dos interesses do negócio e misturar os dois interesses na operação do negócio, como no
caso de não se separar os aspectos inanceiros.
Finalizamos com o problema da sucessão nas empresas familiares, pois há muitos exemplos de
empresas familiares que se tornaram verdadeiros impérios nas mãos de seus fundadores, mas que foram
totalmente aniquiladas na geração sucessora e entendemos que há grande verdade no ditado popular
que diz: “pai rico, ilho nobre, neto pobre.”
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Empreendedorismo
2. Identiique duas empresas familiares locais que podem ser descritas pelo conceito “pai rico,
ilho nobre, neto pobre”.
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Um fator crítico de sucesso de uma PME é De acordo do Maximiano (2006, p. 55), feliz-
estabelecer suas estratégias corretamente, e isto mente, podemos nos beneiciar dos diversos au-
envolve deinir o negócio escolhido, quais os tores que estudaram e catalogaram as estratégias
objetivos, de curto e médio prazo, quais as van- empresariais genéricas, assim chamadas porque
tagens competitivas sustentadas que serão apro- se aplicam a qualquer empresa. Entretanto esse
veitadas. autor adverte: “as estratégias resultam de criativi-
Naturalmente, a estratégia varia ampla- dade e não de procedimentos formais.”
mente de uma empresa para outra e há tantas Assim, apesar de ser muito valioso estudar
estratégias quanto existem empresas. as muitas alternativas estratégias existentes, a
Ainal há muitas variáveis envolvidas, tais grande diferença será a habilidade em identiicar
como: quais delas podem ser realmente úteis ao negó-
cio em avaliação (novo ou existente) e isto só será
Se preferem dedicar-se a um único ne- possível se houver um profundo conhecimento
gócio ou se têm diferentes unidades de dos pontos fortes e fracos, ameaças e oportu-
negócios; nidades, tanto do negócio em si quanto do(s)
próprio(s) empreendedor(es).
Se gostam de arriscar e explorar novos
negócios; No Quadro 13, a seguir, é possível obser-
var o que Maximiano (2006) chama de Catálogo
Se preferem enfrentar agressivamente
de Estratégias Genéricas, ou seja, que podem ser
os concorrentes ou se são cautelosas e
aplicadas a qualquer modelo.
preferem evitar o risco e o confronto;
Se procuram ter uma forte identidade
própria ou se preferem trabalhar com
commodities, ou seja, produtos absolu-
tamente iguais aos dos concorrentes;
Se preferem ser pioneiras ou ser segui-
doras.
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Empreendedorismo
Atenção
Qualquer que seja a opção estratégica escolhida, ela deve ser precedida de um minucioso planejamento e
mecanismos de controle, visando a assegurar sua aplicabilidade.
Diferenciação
Essa estratégia empresarial também é cha-
mada de estratégia de nicho ou de concentração,
Essa estratégia visa a destacar as diferenças
e tem como conceito escolher um tipo especíico
competitivas de um produto ou serviço, procu-
de cliente ou segmento de mercado e concentrar-
rando projetar uma forte identidade própria para
-se nele, atendê-lo da melhor maneira possível.
os mesmos de modo a se distinguir claramente
Em outras palavras, essa estratégia do foco busca
dos concorrentes.
a especialização no atendimento do nicho, que
pode ser:
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Para tanto, diz Maximiano (2006) acerca de sim buscar reduzir o custo o máximo possível, seja
Porter: “é preciso criar e divulgar uma ou mais através de tecnologia e da eiciência dos proces-
vantagens competitivas, como qualidade, servi- sos produtivos, seja por obter fontes de matéria-
ço, prestígio para o consumidor, estilo do produ- -prima em melhores condições do que os concor-
to ou aspecto das instalações.” rentes. Normalmente se utilizam dessa estratégia
as empresas que trabalham com commodities, ou
seja, produtos sem diferenciação perceptível.
liderança do custo
PRODUtOS
tradicionais novos
Desenvolvimento de
tradicionais Penetração de mercado
MERCADOS produto
novos Desenvolvimento de mercado Diversiicação
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Empreendedorismo
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também pode ser uma simples resposta a uma presa, visando a encontrar a melhor ferramenta
inovação dos concorrentes e à perda de compe- ou ilosoia para estabelecer o curso de ação da
titividade. organização. Qualquer que seja a opção estraté-
gica escolhida, ela deve ser precedida de um mi-
Estratégia de cooperação nucioso planejamento e mecanismos de contro-
le, visando a assegurar sua aplicabilidade.
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo estudamos o processo integrado para se empreender, que envolve quatro fases:
identiicar e avaliar a oportunidade, desenvolver o Plano de Negócios, determinar e captar os recursos
necessários e gerenciar a empresa criada.
Também conhecemos as alternativas estratégicas: as estratégias competitivas de Porter (a estraté-
gia de liderança de custos, a estratégia de diferenciação e a estratégia de foco), as estratégias de cresci-
mento de Ansof (penetração de mercado, desenvolvimento de mercado, desenvolvimento de produto e
diversiicação), bem como o grupo de outras estratégias chamadas de genéricas: estratégia de inovação
(liderar o processo de criar novos produtos e serviços), estratégia de oportunidade(aproveitar determina-
dos períodos sazonais ou situações especiais, como datas especiais), estratégia de estabilidade (estratégia
defensiva), estratégia de redução de despesas (a estratégia das organizações que estão ameaçadas e com
comprometimento de sua eiciência), estratégia de reação (agir em resposta ao comportamento dos con-
correntes) e estratégia de cooperação (parcerias estratégicas).
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8 AMBIENTES DE NEGÓCIOS
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8. A era da biologia;
9. A revitalização da religião no novo mi-
lênio; Saiba mais
10. O triunfo do indivíduo. Quando analisamos o ambiente de negócios, pode-
mos determinar os Pontos Fortes e Pontos Fracos
e Ameaças e Oportunidades para nossa empresa, a
Um empreendedor tem que estudar as ten- chamada análise de SWOT.
dências e megatendências cuidadosamente, pois
possivelmente obterá maior sucesso quem esti-
ver em sintonia com essas tendências.
8.1 Macroambiente
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Empreendedorismo
Ter um produto que atenda às necessida- previsto que a Índia possua a maior população do
des dos consumidores pode ser de pouco valor mundo em 2050, com 1,6 bilhões de pessoas, e a
se eles não forem capazes de comprá-lo. A capa- China estará bem próxima no segundo lugar com
cidade de compra está relacionada com a renda, 1,3 bilhões de pessoas. Outra importante tendên-
que consiste em renda bruta, disponível e discri- cia global é a mudança da estrutura etária da po-
cionária. pulação mundial.
Renda bruta é a quantia total de dinheiro Espera-se que o número de pessoas acima
que uma pessoa, um domicílio ou unidade fami- de 64 anos suba nas próximas décadas, enquanto
liar, obtém durante um determinado período de o número de jovens cresça a uma taxa muito me-
tempo, como, por exemplo, um ano ou mês. nor. Mas, a magnitude dessa tendência varia para
O segundo componente da renda, a ren- cada região, e em países desenvolvidos espera-se
da disponível, é o dinheiro que sobra depois de enfrentar o maior crescimento das taxas do grupo
pagar impostos, alimentação, moradia, roupas, da terceira idade. Os níveis da renda global e de
transporte, educação. padrões de vida também estão aumentando, em-
Já renda discricionária é a sobra após o pa- bora as médias dos países sejam bem diferentes.
gamento de impostos e itens de necessidades bá- Assim como o peril etário da população
sicas. A renda discricionária é utilizada para con- mudou, o mesmo ocorreu com a estrutura dos la-
sumir produtos de luxo. res. Um estudo sobre o lar norte-americano mos-
Claro que temos um problema na deini- trou que, em 1960, 75% de todos os domicílios
ção de discricionário e disponível, que tem como consistiam de casais casados. Atualmente, esse
principal causa a deinição do que é luxo e do que tipo de lar corresponde a somente 50% da po-
é necessidade básica. pulação. Apenas 25% dos lares são formados por
casais casados com ilhos, e em somente 10% são
lares formados com pais que trabalham e mães
Variáveis sociais que icam em casa. Alguns dos lares em mais rápi-
da expansão são os formados por um único indi-
As variáveis sociais englobam as caracterís- víduo, os de pais ou mães solteiros.
ticas demográicas da população e seus valores.
Mudanças nessas variáveis podem ter um impac- Variáveis tecnológicas
to muito forte nos negócios do empreendedor.
É importante destacar que demograia é
Tem sido uma poderosa impulsionadora de
a descrição de uma população de acordo com
novos negócios e uma alavanca para novas ne-
características selecionadas, como idade, gênero,
cessidades de mercado. Nossa sociedade está em
etnia, renda e ocupação.
um período de grandes mudanças tecnológicas.
Para entendermos melhor as características A tecnologia, a terceira variável macroambien-
demográicas e os impactos que poderão surgir, tal, refere-se às invenções ou inovações da ciên-
veremos a visão de Roger A. Kerin sobre a popu- cia aplicada ou da pesquisa de engenharia. Cada
lação mundial. nova onda de inovação tecnológica pode substi-
Segundo Kerin (2008), a maioria das recen- tuir produtos existentes e até empresas inteiras.
tes estimativas indica que atualmente existem 6,3 As mudanças tecnológicas são resultados
bilhões de pessoas no mundo, e é provável que de pesquisas e, por isso, é difícil de serem previs-
a população cresça para 9 bilhões em 2050. Em- tas. Contudo, algumas das mais dramáticas mu-
bora esse crescimento tenha levado à explosão danças tecnológicas que estão ocorrendo agora
populacional, o aumento não ocorreu em todo englobam:
o mundo, ele se desenvolveu principalmente em
países da África, Ásia e América Latina. De fato, é
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Avanços na nanotecnologia, a ciência bão que deixavam as roupas mais brancas. Nos
da eletrônica incrivelmente pequena, anos de 1970 e 1980, os anúncios começaram a
levarão a microprocessadores menores, criar uma ponte entre os gêneros, com mensa-
células de combustível eicientes e sen- gens como: “forte suiciente para homem, mas
sores de detecção de câncer; feito para mulher”. Nos anos de 1990 os esforços
Televisores e programação de alta de- publicitários se concentravam no desaio de equi-
inição se tornarão o padrão para a in- librar os interesses familiares e proissionais das
dústria; mulheres.
Nos próximos anos, quase 50% de to- Desde então, mulheres e homens têm en-
das as chamadas telefônicas poderão corajado o lento movimento em direção à igual-
ser feitas pela internet. dade no mercado. Como resultado, a chamada
Geração Y representa a primeira geração de mu-
lheres que não tem memória coletiva das dramá-
O poder da tecnologia pode ser mais bem ticas mudanças pelas quais passaram.
ilustrado pelo rápido crescimento do mercado
A cultura também engloba valores que va-
eletrônico, um ambiente de troca eletrônica fun-
riam com a idade, mas tendem a ser muito seme-
damentado em informação e em comunicação,
lhante para homens e mulheres. Todas as faixas
ocupado principalmente por soisticadas tecno-
etárias, por exemplo, elegem “proteção à família”
logias de telecomunicações e de computação e
e “honestidade” como os valores mais importan-
por ofertas digitais. Qualquer atividade que utili-
tes. Os consumidores abaixo de 20 anos colocam
ze alguma forma de comunicação eletrônica no
“amizade” em terceiro lugar, enquanto os grupos
estoque, na troca, na propaganda, na distribuição
de 20 a 29 e 30 e 39 posicionam “autoestima” e
e no pagamento de bens e serviços é frequente-
“saúde e atividades físicas” em terceiro lugar, res-
mente chamada de comércio eletrônico.
pectivamente. Esses valores estão reletidos no
Atualmente, as tecnologias de rede são usa- crescimento de produtos e de serviços que os
das para tudo, desde o preenchimento de relató- consumidores acreditam serem consistentes com
rios de despesas, para monitorar as vendas diá- eles.
rias, até o compartilhamento de informação com
empregados e a comunicação instantânea com
fornecedores. Variáveis político-legais
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entre outros. Assim, tanto empresas quanto con- desenvolvimento ecológico; o índice de poluição
sumidores sofreram com essas mudanças. (sonora, atmosférica, hidrológica, visual); e a legis-
Às vezes algumas leis podem criar novas lação sobre uso do solo e meio ambiente. Vascon-
oportunidades e negócios. Por exemplo, se fosse cellos Filho (1985 apud SARDA, 1998) lembra que
obrigatória a reciclagem do lixo doméstico, existem outros componentes a serem considera-
abririam novas oportunidades de negócios, dos de acordo com o âmbito de atuação de cada
incitando a criação de dezenas ou centenas de organização.
empresas. Podem-se considerar essas variáveis ecoló-
As leis também têm um papel importantís- gicas sob dois aspectos: ecologia natural e ecolo-
simo no mundo dos negócios, pois têm três pro- gia social (hALL, 1984 apud SARDA, 1998).
pósitos centrais: A ecologia natural diz que as organizações
operam dentro de ecossistemas naturais e físicos
Proteger as empresas da concorrência que podem, em algum grau, serem modiicados
desleal; pelo homem; ou seja, trata especiicamente dos
Proteger os consumidores de práticas aspectos ecológicos relacionados ao efeito sobre
de negócio desleais; os seres vivos (STONER, 1985 apud SARDA, 1998).
As relações entre as organizações e a ecologia i-
Proteger os interesses da sociedade do
cam mais evidentes com a recente preocupação
comportamento desleal das empresas.
com o sistema ecológico total (hALL, 1984 apud
SARDA, 1998). há alguns anos, a ecologia não era
Os grupos de pressão ou interesses aumen- considerada um componente ambiental impor-
taram nas últimas décadas. Os chamados comitês tante, talvez em decorrência da industrialização
de ação popular servem para pressionar gover- brasileira ainda incipiente.
nos, executivos e empreendedores a prestar mais hall (1984 apud SARDA, 1998) comenta que
atenção aos direitos do consumidor, da mulher, um aspecto mais sutil das condições ecológicas
do idoso e das minorias. é que o ambiente afeta as organizações. O clima
Está claro que novas leis e o crescente nú- e a geograia, por exemplo, estabelecem limites
mero de grupos de pressão impuseram mais res- sobre a forma como as organizações distribuem
trições aos empreendedores. É necessário pensar seus recursos. Quando uma organização está dis-
nessas inluências quando da elaboração do pla- tante de seu mercado ou clientes, os custos de
no de negócios. transportes e comunicação se elevam. Devem-se
considerar como limites de uma organização até
mesmo despesas de aquecimento e refrigeração.
Variáveis ecológicas
Já a ecologia social trata das condições
decorrentes da proximidade de outras organiza-
Segundo Sarda (1998), em sua disserta-
ções. hall (1984 apud SARDA, 1998) explica que as
ção de mestrado para a Universidade Federal
organizações com quem uma organização man-
de Santa Catarina (UFSC), as variáveis ecológicas
tém contatos e relações e o ambiente em que se
referem-se à situação ecológica geral que cerca
localiza constituem elementos que compõem o
a organização (hALL, 1984 apud SARDA, 1998),
sistema social ecológico da mesma. Observa, ain-
incluindo as condições físicas e geográicas (tipo
da, que em uma área urbana a probabilidade de
de terreno, clima, vegetação etc.) e sua utilização
contatos de uma organização com outras é maior
pelo homem.
do que em uma área rural.
Oliveira (1988 apud SARDA, 1998) e Vascon-
A Revista Veja edição 2043, de 16 de janeiro
cellos Filho (1985 apud SARDA, 1998) citam como
de 2008, trouxe uma breve análise da relação en-
componentes das variáveis ecológicas o nível de
tre as forças naturais (ecologia) e o ser humano.
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Descreve que o francês Victor hugo (1802-1885) tecnológicos para evitar que os humores naturais
escreveu, em um célebre ensaio sobre William atormentem a vida das pessoas e das nações. Mas
Shakespeare, que “Deus se manifesta de duas ma- temos cenários completamente oposto, nos quais
neiras – primeiro, pela natureza e, segundo, pelo a natureza vem ganhando do homem; peguemos
engenho humano.” Perfeito. Ocorre que nem sem- como exemplo a dependência elétrica do Brasil
pre o encontro dessas duas manifestações divinas em relação às chuvas. A falta de investimentos no
é muito colaborativo. Ao contrário. A história da setor de geração de energia elétrica e a depen-
vida civilizada nada mais é do que a sucessão de dência de geração sobre as hidrelétricas deixam o
quedas de braço travadas entre o homem e a na- país refém do regime de chuvas, do qual a natu-
tureza, com vitórias parciais de ambos os lados. reza é soberana.
Como resultados, existem hoje amplos recursos
8.2 Microambiente
São empresas e pessoas que fornecem re- As agências reguladoras são órgãos criados
cursos ou insumos para o negócio, assim como pelo governo para regular e iscalizar os serviços
recursos inanceiros (capital, inanceiro, investi- prestados por empresas privadas que atuam na
mentos, empréstimos etc.). Existem os fornece- prestação de serviços, que em sua essência se-
dores de recursos materiais (semiacabados ou se- riam públicos.
miprocessados etc.); os de recursos tecnológicos
São os elementos que regulam, normati-
(máquinas, equipamentos, tecnologias); e de re-
zam, monitoram, avaliam ou iscalizam as ações
cursos humanos (talentos e competências). Esses
da organização. São os sindicatos, órgãos iscali-
fornecedores mudam cada vez que seus produ-
zadores do governo, associações de proteção ao
tos mudarem.
consumidor e associações de classe.
Logo, o microambiente compõe o cenário
Clientes ou consumidores de operações especíico, mais próximo de cada
empresa. É no microambiente que a empresa ex-
São os usuários dos seus produtos/serviços põe seus produtos/serviços, mas não está sozinha
e estes estarão em constante mudança, pois cada ou isolada. É no microambiente que a empresa
vez que seu produto agregar um valor, tão mais faz valer os seus recursos, bem como consumido-
diferenciados serão os seus consumidores. res que lhe asseguram sua existência, mas lhe é
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imposto concorrentes e vigilância das agências mação e distribuidores que tornaram o planeta
reguladoras que controlam a empresa. uma aldeia global onde transações são mundiais
É nesse ambiente que as empresas disputam e não mais internacionais, regionais ou nacionais.
e conquistam. Em virtude desse ambiente de mudança
Antigamente, um mercado era um espaço constante, toda empresa deve estar aberta para
físico onde compradores e vendedores se reu- perceber e interpretar essas modiicações inten-
niam para trocar mercadorias. Atualmente, os sas e complexas. Esse fenômeno gera incertezas,
economistas descrevem um mercado como um que são os grandes desaios da administração
conjunto de compradores e vendedores que ne- empresarial.
gociam determinado produto ou classe de pro-
duto. O espaço físico deu lugar a redes de infor-
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo aprendemos que reconhecer as tendências e necessidades não atendidas de um de-
terminado público-alvo pode gerar uma oportunidade de negócio e transformar essas ações em lucros
para as empresas.
Também estudamos os dois estratos do ambiente organizacional: o Macroambiente e o Microam-
biente.
O Macroambiente, isto é, o ambiente geral, que envolve os aspectos que não dependem da em-
presa, as chamadas de variáveis incontroláveis, quais sejam: variáveis econômicas (relacionadas com os
eventos econômicos, recessão, aquecimento e desaquecimento, balança comercial, renda per capita,
produto, população, PIB etc.); variáveis sociais (que englobam as características demográicas da popula-
ção e seus valores); variáveis tecnológicas (refere-se às invenções ou inovações da ciência aplicada ou da
pesquisa de engenharia); variáveis culturais (incorporam o conjunto de valores, ideias e atitudes que são
aprendidas e compartilhadas entre os membros de um grupo ou público-alvo); variáveis político-legais
(constituem o conjunto de leis, normas e grupos de pressão que inluenciam e regulam as atividades dos
negócios); e variáveis ecológicas.
O Microambiente, que é o nicho de mercado onde a empresa se situa, é composto por: fornecedo-
res, clientes ou consumidores, concorrentes e agências reguladoras. É nesse ambiente que as empresas
disputam e conquistam.
O que você aprendeu neste capítulo? Vamos avaliar?
2. Quais são as megatendências previstas para o nosso tempo e por que é importante para o
empreendedor conhecê-las?
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9 IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, vamos Caro(a) aluno(a), perceba que, tradicional-
aprender as alternativas que um empreendedor mente, podem-se agrupar as alternativas para
tem para iniciar um negócio, vamos começar? iniciar um novo negócio em quatro principais ca-
Usualmente, pode-se tanto começar um tegorias:
novo negócio “do zero” quanto adquirir um ne-
gócio existente, sendo que cada alternativa tem a) Gerar um novo negócio (uma nova
pontos positivos e pontos negativos, que devem ideia);
ser analisados. Vamos também aprender técnicas b) Aquisição de um negócio existente;
para a avaliação de negócios e quais os pontos c) Aquisição de uma franquia (modelo de
a considerar para a compra de um negócio exis- negócios);
tente.
d) Juntar-se a uma empresa familiar.
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Derivação da Ocupação
Observação de tendências
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Empreendedorismo
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Saiba mais
Dicionário
Uma forma prática de conhecer o valor relativo de
Ativos: a totalidade dos bens de uma empresa. Es- um negócio é consular as muitas Bolsas de Negó-
ses bens podem ser físicos (imóveis, equipamentos, cios existentes. Um exemplo é a Bolsa de Negócios
valores etc.) ou intangíveis (marcas, conhecimento do Sebrae, encontrada em http://www.bolsa.se-
etc.) (FERREIRA, 1986, p. 194). brae.com.br.
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Empreendedorismo
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo estudamos algumas alternativas para iniciar um novo negócio, baseado: em um
novo conceito, em um conceito existente, nas necessidades dos consumidores, em aperfeiçoamento do
negócio, em exploração de hobbies, em derivação da ocupação e em observação de tendências.
Aprendemos também que cada alternativa de abrir um negócio, seja um novo negócio “a partir
do zero”, como adquirir um negócio existente, tem pontos a favor (prós) e pontos contra, que devem ser
analisados profundamente a im de aumentar a possibilidade de sucesso.
Aprendemos também que há várias técnicas de avaliação de um negócio, com base em seus aspec-
tos inanceiros: Avaliação com Base nos Ativos, Avaliação com Base no Mercado, Avaliação com Base nos
Lucros e Avaliação com Base no Fluxo de Caixa.
Finalizamos comparando os pontos positivos, ou vantagens, com os pontos negativos, ou riscos, na
compra de um negócio existente.
2. O que é melhor, criar um novo negócio ou comprar um negócio existente? O que deve ser
levado em conta para decidir?
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DESENVOLVENDO O PLANO DE
10 NEGÓCIOS
Para Dolabela (1999), o plano de negócios é conjunto: passado, presente, futuro, a competên-
uma linguagem para descrever o que é, ou o que cia de quem a dirige, o potencial de mercado, a
pretende ser uma empresa. Isso porque a mesma lucratividade etc. Surgiu então um documento
pergunta: “o que é uma empresa?”, induzia a dife- completo, o plano de negócios, que dá todas as
rentes respostas, dependendo de para quem era respostas sobre a empresa.
dada: banco, fornecedor, cliente, distribuidor, só- Mas o principal usuário do plano de negó-
cio potencial, investidor etc. O distribuidor quer cios é o próprio empreendedor, pois ele é uma
saber sobre a qualidade dos produtos e a capaci- ferramenta que o faz mergulhar profundamente
dade de produção da empresa; o fornecedor, so- na análise de seu negócio, diminuindo sua taxa
bre sua tradição e capacidade de honrar dívidas; de risco e subsidiando suas decisões, que podem
o sócio potencial quer saber sobre o futuro do até ser de não abrir uma empresa ou de não lan-
negócio; já o investidor, seja banco, seja capita- çar um novo produto.
lista de risco, quer saber sobre a empresa em seu Em detalhes, um plano de negócio é:
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Uma forma de pensar sobre o futuro irreal, que existem obstáculos jurídicos
do negócio: para onde ir, como ir mais ou legais intransponíveis, que os riscos
rapidamente, o que fazer durante o ca- são incontroláveis ou que a rentabilida-
minho de forma a diminuir incertezas e de é aleatória ou insuiciente para ga-
riscos; rantir a sobrevivência da empresa ou do
Descreve um negócio? Os motivos da novo negócio. Pode surgir também que
existência da oportunidade de negó- a ação de empreender deva ser adiada;
cio, como o empreendedor pretende É um instrumento de negociação inter-
agarrá-la e como irá buscar e gerenciar na e externa para administrar a inter-
os recursos para aproveitá-la; dependência com sócios, empregados,
É mais um processo do que um produto. inanciadores, incubadoras, clientes,
É dinâmico, vivo e deve ser sempre fornecedores, bancos etc.;
atualizado; É um instrumento para obtenção de
Não deve ser confundido com a empre- inanciamentos, empréstimos, peça de
sa: o plano de negócios não é o negócio, persuasão de novos sócios, de controle
mas sua descrição. O plano de negócios interno, de integração da equipe e en-
pode indicar que o empreendimento volvimento dos empregados e colabo-
tem grande potencial de sucesso, mas radores.
também dar evidências de que ele é
Segundo José Carlos Assis Dornelas, em seu ros recheados de entusiasmo ou fora da realida-
livro Empreendedorismo: Transformando Idéias em de. Nesse caso, pior que não planejar é fazê-lo er-
Negócios, a importância do plano de negócios de roneamente e, pior ainda, conscientemente.
acordo com Sahlman (1997), professor da harvard Essa ferramenta de gestão pode e deve ser
Bussines School, é que poucas áreas têm atraído usada por todo e qualquer empreendedor que
tanta atenção dos homens de negócios nos Esta- queira transformar seu sonho em realidade, se-
dos Unidos como os planos de negócios. guindo o caminho lógico e racional que se espera
Dezenas de livros e artigos têm sido escritos de um bom administrador.
e publicados naquele país sobre o assunto, pro- É evidente que apenas razões e raciocínio
pondo fórmulas milagrosas de como escrever um lógico não são suicientes para determinar o
plano de negócios que revolucionará a empresa. sucesso do negócio. Se assim ocorresse, a arte
Isso tem ocorrido também no Brasil, inicialmente de administrar não seria mais arte, apenas uma
devido ao fervor da nova economia (a internet) atividade rotineira, onde o feeling do administra-
e às possibilidades de enriquecer da noite para dor nunca seria utilizado.
o dia. E mais recentemente devido a programas Mas existem alguns passos, ou atividades
especíicos de capacitação de empreendedores rotineiras, que devem ser seguidos por todo
em todo o país, em que o plano de negócios se empreendedor. A arte estará no fato de como o
tornou o foco principal. empreendedor traduzirá esses passos realizados
O cuidado a ser tomado é o de escrever um racionalmente em um documento que sintetize e
plano de negócios com todo o conteúdo que se explore as potencialidades de seu negócio, bem
aplica a esse documento e que não tenha núme- como os riscos inerentes a ele.
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Empreendedorismo
Isto é o que se espera de um plano de ne- Todo plano de negócios deve ser elaborado
gócios. Que seja uma ferramenta para o empre- e utilizado seguindo algumas regras básicas, mas
endedor expor suas ideias em uma linguagem que não são estáticas e que permitem ao empre-
que os leitores do plano de negócios entendam endedor utilizar sua criatividade ou o bom senso,
e, principalmente, que mostre viabilidade e pro- enfatizando um ou outro aspecto que mais inte-
babilidade de sucesso em seu mercado. ressa ao público-alvo do plano de negócios em
O plano de negócios é uma ferramenta que questão.
se aplica tanto no lançamento de novos empre- No caso das empresas que já se encontram
endimentos quanto no planejamento de empre- em funcionamento, ele deve mostrar não apenas
sas maduras. onde a empresa quer chegar (situação futura – vi-
A maioria dos planos de negócios resume- são), mas também onde a empresa está no mo-
-se a textos editados sobre um modelo predeter- mento, apresentando os valores dos seus atuais
minado e que não convence ao próprio empre- indicadores de desempenho.
endedor; por isso, falham, o que leva muitos a Outra característica importante é que ele
pensar que o plano de negócios não serve para não deve estar focado no aspecto inanceiro. In-
nada ou não é uma ferramenta eiciente. dicadores de mercado, de capacitação interna da
Geralmente são escritos como parte dos empresa e operacionais são igualmente impor-
requisitos de aprovação de um empréstimo, in- tantes, pois esses fatores mostram a capacidade
gresso de órgãos do governo. Costumam ser fei- da empresa em “alavancar” os seus resultados
tos apenas para esses ins, às pressas, sem muita inanceiros no futuro.
fundamentação ou, como já dito, recheados de
números mágicos.
Dicionário
É preciso ter em mente que o plano de
negócios é uma ferramenta que dever ser utilizada Alavancar: obter impulso positivo ou permitir um
como o cartão de visita do empreendedor, mas desenvolvimento favorável.
também pode ser o cartão de desqualiicação.
Uma tradição a ser quebrada é achar que
o plano de negócios, uma vez concebido, pode Resumindo, é importante que o plano de
ser esquecido. Este é um erro imperdoável e as negócios possa demonstrar a viabilidade de se
consequências serão mostradas pelo mercado atingir uma situação futura, mostrando como a
que está em constante mutação. A concorrência empresa pretende chegar lá. Então, o que o em-
muda, o mercado muda, as pessoas mudam. E o presário precisa é de um plano de negócios que
plano de negócios, sendo uma ferramenta de pla- lhe sirva de guia, que seja revisado periodicamen-
nejamento que trata essencialmente de pessoas, te e que permita alterações visando a vender a
oportunidades, contexto e mercado, riscos e re- ideia ao leitor de seu plano de negócios.
tornos (SAhLMAN, 1997), também muda.
Atenção
Atenção
Desenvolver o plano de negócio é um sinal de
O plano de negócios é uma ferramenta dinâmica maturidade e planejamento – através dele quem
que deve ser atualizada constantemente, pois o quer iniciar uma empresa tem mais segurança
ato de planejar é dinâmico e corresponde a um para alcançar o êxito e também ampliar ou pro-
processo cíclico. mover inovações.
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O Plano de Negócios é composto por várias a ler o seu plano de negócios. Portanto, deve ser
seções que se relacionam e permitem um enten- escrito com muita atenção, revisado várias vezes
dimento global do negócio de forma escrita e em e conter uma síntese das principais informações
poucas páginas. que constam em seu plano de negócios. Deve
A estrutura proposta é baseada no plano de ainda ser dirigido ao público-alvo do seu plano
negócios do Sebrae-SP, no livro O Segredo de Lu- de negócios e explicitar qual o objetivo do plano
ísa de Fernando Dolabela, no livro Empreendedo- de negócios em relação ao leitor (ex.: requisição
rismo: Transformando Idéias em Negócios de José de inanciamento junto a bancos, capital de ris-
Carlos Assis Dornelas, no livro Empreendedorismo: co, apresentação do empreendimento para po-
dando asas ao espírito empreendedor de Idalberto tenciais associados, parceiros ou clientes etc.). O
Chiavenato e no livro Ferramentas para empreen- sumário executivo deve ser a última seção a ser
dedores: ferramentas e técnicas para desenvolver escrita, pois depende de todas as outras seções
e expandir seus negócios de Richard Luecke para do plano para ser feita.
harvard Business Essentials.
Cada seção está explicada em detalhes vi- Planejamento Estratégico do Empreendimento
sando a tornar a tarefa de escrever o Plano de
Negócios de sua empresa mais simples e organi- A seção de planejamento estratégico é
zada. A seguir, encontra-se uma descrição sucinta onde você deine os rumos de sua empresa, sua
de cada uma das seções do plano de negócios. situação atual, suas metas e objetivos de negócio,
bem como a descrição da visão, missão e os va-
Capa lores de sua empresa. É a base para o desenvol-
vimento e implantação das demais ações de sua
A capa, apesar de não parecer, é uma das empresa.
partes mais importantes do plano de negócios,
pois é a primeira coisa que é visualizada por quem Descrição do Empreendimento
lê o seu plano de negócios, devendo, portanto,
ser feita de maneira limpa e com as informações Nesta seção, você deve descrever seu em-
necessárias e pertinentes. preendimento, seu histórico, setor de atividades,
forma jurídica, enquadramento tributário, capital
Sumário social, perspectiva de crescimento/faturamento
dos próximos anos, sua razão social, impostos,
O sumário deve conter o título de cada se- estrutura organizacional, localização, parcerias,
ção do plano de negócios e a página respectiva serviços terceirizados etc.
onde se encontra.
Produtos e Serviços
Sumário Executivo
Nesta seção do seu plano de negócios, você
O sumário executivo é a principal seção do deve descrever quais são seus produtos e servi-
seu plano de negócios. Através do sumário exe- ços, como são produzidos, ciclos de vida, fatores
cutivo é que o leitor decidirá se continua ou não tecnológicos envolvidos, pesquisa e desenvolvi-
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Empreendedorismo
Alguns aspectos devem ser cuidadosamen- querem é visualizar o retorno social e econômico
te considerados e analisados na elaboração de do empreendimento. Mostre se a proposta vai
um Plano de negócios, são eles: atingir os diferentes objetivos.
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Projeção dos Demonstrativos de Resulta- as variações nos lucros e luxo de caixa afetam o
dos: anexar as projeções dos demonstrativos de empreendimento? Como as variações nas vendas
resultados, com os pressupostos e cenários, para afetam o empreendimento? Descrever os possí-
os próximos três anos, projetados mês a mês no veis impactos negativos devido a fatores organi-
primeiro ano, e trimestralmente para o segundo zacionais, inclusive o envelhecimento ou perda
e terceiro anos. de membros e empreendedores. Que outros fa-
Projeção do Fluxo de Caixa: anexar as pro- tores poderão impactar negativamente o empre-
jeções do luxo de caixa, com os pressupostos e endimento?
cenários, para os próximos três anos, projetados Planos Alternativos de Ação: como se de-
mês a mês no primeiro ano, e trimestralmente verá proceder com os riscos considerados acima?
para o segundo e terceiro anos. Planos Futuros: anexar os possíveis planos
Projeção do Balanço: anexar as projeções futuros de médio e longo prazo para o empreen-
dos Balanços no início das operações e para os i- dimento.
nais dos próximos três anos.
Saiba mais
Riscos e Planos Contingenciais ou Alter-
nativos Um Plano de Negócios deve ser atualizado frequen-
temente. Embora muitas empresas o atualizem em
Fatores negativos: descrever as possíveis base anual, o ideal é que o Plano de Negócios seja
variações nas vendas líquidas, lucros e luxo de atualizado sempre que houver mudanças nas con-
caixa comparando com suas projeções. Como dições de mercado, nos objetivos da empresa ou
quando surgem oportunidades estratégicas.
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo estudamos que o Plano de Negócios surgiu da necessidade de se ter uma ferramen-
ta de padronização da descrição de uma nova empresa ou ideia, fornecendo todas as informações ne-
cessárias para as tomadas de decisão referentes aos vários aspectos estratégicos e operacionais da futura
empresa, diminuindo a taxa de risco e permitindo uma ação empreendedora eiciente e eicaz.
Vimos que o principal usuário do Plano de Negócios é o próprio empreendedor, pois pode indicar
se o empreendimento tem grande potencial de sucesso, ou se existem obstáculos estratégicos, merca-
dológicos, operacionais, jurídicos, legais etc. intransponíveis e que, assim, os riscos são maiores do que a
oportunidade.
Também foi ensinado como montar um Plano de Negócios completo, com as descrições de orien-
tações para o desenvolvimento de cada seção.
Você aprendeu também que não há um tamanho pré-estabelecido para um plano de negócios,
mas depende do objetivo do mesmo, ou seja, pode ter de 15 a 40 páginas, mais os materiais em anexo,
o que seria um Plano de negócios Completo, para ser utilizado quando se necessita apresentar uma
visão completa do empreendimento. Pode variar de 10 a 15 páginas, para montar o Plano de negócios
Resumido: é utilizado quando se necessita apresentar algumas informações resumidas a um investidor,
por exemplo.
Agora vamos avaliar a sua aprendizagem.
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Empreendedorismo
1. Quais os primeiros itens que devem ser pensados na elaboração de um plano de negócios?
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11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste material, você leu a respeito dos conceitos centrais do Empreendedorismo, através de seus
principais pesquisadores; conheceu as características dos empreendedores; aprendeu os conceitos de
Liderança Empreendedora; viu a importância e classiicação das Pequenas e Médias Empresas (PME),
bem como as principais causas de fechamento precoce em nosso mercado; entendeu os conceitos do
modelo de Franchising; analisou a empresa familiar; aprendeu como identiicar e avaliar oportunidades
de negócios; soube como criar o planejamento na PME; e, inalizando, viu como se faz um Plano de Ne-
gócios.
Esperamos ter colaborado com seu crescimento e lembramos que você poderá aprender mais len-
do as obras indicadas e citadas na bibliograia.
Sucesso!
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CAPÍtUlO 1
Complete as informações faltantes no quadro sobre as Características do empreendedor:
Característica Autor Ano
CAPÍtUlO 2
CAPÍtUlO 3
Resultado do teste:
Agora conte os pontos. 5 pontos para cada letra A, 3 pontos para cada letra B e 1 ponto para cada
letra C. O máximo de pontos possíveis é de 35 pontos.
As graduações são:
Atingindo os 35 pontos: todos os indicadores são de que você é visto como o líder do grupo que
usou como referência.
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José Roberto Barbosa de Oliveira e Carlos Eduardo Munhoz
Entre 33 e 30 pontos: há sinais claros de que você já exerce alguma liderança natural sobre as
pessoas do grupo que usou como referência, mesmo que você não se dê conta disso.
Entre 29 e 23 pontos: na maioria dos momentos você é percebido como exercendo uma espécie
de liderança frequente, mas circunstancial.
Entre 22 e 17 pontos: a liderança circunstancial ocorre, mas em escala bem mais simples. Você não
se destaca no grupo.
Entre 16 e 10 pontos: raramente você faz sua voz ser ouvida no grupo. É algo a ser avaliado. Per-
gunte-se o quanto você gosta de pertencer a esse grupo e o quanto a situação lhe é confortável.
Menos que 10 pontos: as pessoas mal percebem que você faz parte do grupo. Você não participa,
não expressa sua opinião e quando o faz, provavelmente ninguém presta muita atenção. Como no
item anterior, pergunte-se o quanto essa rotina lhe é confortável ou não.
Você não se deve deixar abater se o escore obtido não o agradou. Considere isso como um feed-
back precioso de você para você mesmo. Analise os resultados, pondere e inclua tudo isso em seu
plano de desenvolvimento, lembrando sempre que agora você sabe mais sobre si próprio do que
sabia antes.
CAPÍtUlO 4
1. Ranking das Maiores Empresas Brasileiras (FORBES/2010)
Posição Empresa
01 Petrobras
02 Bradesco
03 Banco do Brasil
04 Vale
05 Itaúsa
06 Eletrobrás
07 CSN
08 Usiminas
09 Tele Norte Leste
10 JBS
2. 31% dos motivos de fechamento das MPEs são ligados a questões “pessoais”, tais como:
“problemas de planejamento/administração” (ou seja, de falta de preparo técnico dos sócios),
“problemas particulares” e “problemas com sócios”. Os problemas que podem ser caracterizados
como “inanceiros” chegam a somar 50% do total, ou seja, “falta de capital”, “inadimplência” e
“falta de lucro”. Em outras palavras, a maioria dos problemas alistados é os que poderiam ser
evitados com um melhor preparo técnico por parte dos empresários.
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Empreendedorismo
CAPÍtUlO 5
1. A maior rede brasileira de franquias em 2010 é O Boticário com 3.134 lojas, conforme informa-
ções do site www.portaldofranchising.com.br
2. Taxa Inicial ou de Franquia, direito de fazer parte da rede de franquias do franqueador; Taxa de
Royalties, para remunerar o suporte e tecnologia; Taxa de Propaganda ou de Promoção, para a
formação de um fundo para divulgação; Taxa de Serviço, para a realização de serviços extras; e
Taxa de compras ou desenvolvimento, pelo uso de sua estrutura de compras e, às vezes, para
desenvolvimento de produtos e/ou fornecedores.
CAPÍtUlO 6
Benefícios: o forte compromisso dos membros da família para com o bem-estar dos negócios e da
habilidade de gerenciamento para enfocar o potencial humano, a qualidade e as decisões de longo
prazo. A força das relações familiares, onde os laços familiares dão suporte à defesa da empresa,
mesmo em circunstâncias difíceis, uma vez que os membros da família vão relutar em “abandonar
o barco”, ainal o nome da família está em jogo, bem como a sua reputação. Desvantagens: ten-
dência para colocar os interesses da família antes dos interesses do negócio, e misturar os aspectos
inanceiros da empresa e da família.
CAPÍtUlO 7
1. Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Dia das Crianças, Páscoa, Ano Novo, entre
outros.
CAPÍtUlO 8
1. A sigla SWOt vem das iniciais das palavras inglesas Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas),
Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças), pois estes são justamente os pontos a se-
rem analisados. Ameaças e oportunidades – uma das partes da análise SWOT é o estudo do
ambiente externo à organização em busca de ameaças e oportunidades. Forças e fraquezas
– a outra parte da análise SWOT trata dos pontos fortes e fracos da organização, ou seja, de seu
ambiente interno.
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CAPÍtUlO 9
1. Vantagens da venda direta: o acionista terá mais controle sobre o processo, pois ele estará
em suas mãos. Poderá cuidar do sigilo com mais cuidado, envolvendo menos pessoas. Se for
bem-sucedido, economizará dinheiro.
Desvantagens da venda direta: possui chances baixas de sucesso porque o acionista não é
especialista na matéria; toma tempo do acionista, muitas vezes ocupado em gerenciar a em-
presa; pode vazar internamente; poderá sair muito mais caro o processo devido a erros; poderá
não ter sucesso.
Vantagens da consultoria: oferece melhores chances de sucesso; evita o vazamento interno;
se bem-feita, poderá ser mais rápida; poderá indicar outros caminhos além da venda.
Desvantagens da consultoria: se for mal escolhida poderá ser prejudicial ao processo; po-
derá ser mais cara ou vista como tal; a comissão no sucesso pode parecer coisa de corretor de
imóveis.
2. Esta não é uma resposta fácil, pois depende de inúmeros fatores, que variam grandemente
conforme a época, lugar e mercado a ser atingido. Uma análise pode ser feita, com relação a
comprar um negócio existente, através dos pontos prós e contras do modelo.
CAPÍtUlO 10
1. O que é o negócio; quais os principais produtos e/ou serviços; quem serão seus principais
clientes; onde será localizada a empresa; o montante de capital a ser investido; qual será o fa-
turamento mensal; que lucro espera obter do negócio e em quanto tempo espera que o capital
retorne.
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REFERÊNCIAS
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2006.
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Janeiro: Editora Campus, 2003.
CAVALCANTI, V. L. et al. liderança e motivação. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
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cultural construct. journal of Business Venturing, Elsevier Inc., n. 19, p. 241-260, 2004.
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LONGENECKER, J. G. et al. Administração de pequenas empresas. São Paulo: Thomson Pioneira, 1998.
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NASSIF, V. et al. Empreendedorismo: área em evolução? Uma revisão dos estudos e artigos publicados
entre 2001 e 2008. In: Encontro da ANPAD, 33., 2009, São Paulo. Anais... São Paulo: ANPAD, 2009.
RICKARDS, T.; MOGER, S. Creative leadership processes in project team development: an alternative to
Tuckman’s model. British journal of Management, v. 11, n. 4, p. 273-283, Dec. 2000.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE). Franchising: como tornar
sua empresa uma franquia. São Paulo: Sebrae, 1996.
______. Observatório das MPEs. Onde estão as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) no Brasil. São
Paulo: Sebrae, 2006.
UNIVERSIA. Como se forma um bom líder empreendedor? Pergunte aos gerentes de nível médio.
Universia Knowledge Wharton, 29 nov. 2002. Disponível em: <http://www.wharton.universia.net/
index.cfm?fa=viewfeature&id=416&language=portuguese>. Acesso em: 25 ago. 2008.
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