Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Café
2021
© 2021 Apex-Brasil
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Todos os direitos reservados.
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Página 2 | 21
Fiquem atentos!
Página 3 | 21
SOBRE O ESTUDO
Página 4 | 21
ÍNDICE
2 PERFIL TARIFÁRIO..............................................8
Imposto de Importação......................................8
3 QUADRO REGULATÓRIO...................................9
Estados Unidos..........................................10
China...........................................................15
Chile............................................................17
4 PADRÕES PRIVADOS........................................18
Lista exemplificativa .......................................19
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................20
Página 5 | 21
Lista de abreviaturas e siglas
Página 6 | 21
1. SH6 SELECIONADO E PAÍSES AVALIADOS
Alemanha
Portugal
Estados Polônia
Unidos China
Chile
• Os países-alvo desse estudo, Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Polônia, China e Chile,
foram escolhidos através do chamado “Método de Priorização de Mercados”, desenvolvido
pela GIM. A metodologia consiste na identificação dos mercados internacionais que
ofereçam as melhores oportunidades para um determinado setor econômico.
• O exercício é efetuado por meio de método que engloba e cruza análises quantitativas
(dados de fluxos de comércio, dados macroeconômicos e dados setoriais) e qualitativas
(que reflete a percepção de especialistas no setor, inclusive de associações setoriais
parceiras da Apex-Brasil). Maiores informações, veja-se: https://portal.apexbrasil.c
om.br/participe-dos-nossos-projetos-com-as-entidades-setoriais/.
• Na ocasião, para “café não torrado, não descafeinado”, Estados Unidos, Alemanha,
Portugal e Polônia foram escolhidos como mercados potenciais primários, enquanto China
e Chile foram escolhidos como mercados potenciais secundários, tendo em vista os
resultados obtidos no exercício de priorização e considerando os mercados percebidos
como mais adequados para quem está começando no mundo das exportações.
0,0% 0,0%
Estados Unidos Alemanha,
Portugal e
Polônia
0,0% 8,0%
Chile China
• Uma das medidas consideradas tradicionais entre os temas de acesso a mercado se
referem aos direitos alfandegários sobre a importação de mercadorias, também
chamadas de tarifas. No Brasil, geralmente são referenciadas como imposto de
importação. Para os mercados selecionados, temos as seguintes considerações:
• De acordo com o HTS (Harmonized Tariff Schedule)² dos Estados Unidos, café não
torrado, não descafeinado, tem tarifa de 0,0% aplicada ao Brasil. No entanto, isso não se
classifica como tratamento diferenciado, já que o país norte-americano possui, também,
tarifa de Nação-Mais-Favorecida (NMF) de 0,0%, ou seja, eliminando o imposto de
importação para todos os países.
• Por fazerem parte da União Europeia (UE), os países europeus aqui selecionados adotam
conjuntamente, de acordo com a Nomenclatura Combinada (NC)³ do bloco, imposto de
importação de 0,00% em relação às exportações do SH6 090111 provenientes do Brasil.
• Diferentemente dos países mencionados acima, que aplicam suas tarifas ao Brasil por
meio do regime de NMF, o Chile aplica tarifa preferencial de 0,00% ao Brasil, em
consonância com o Acordo de Complementação Econômica n°35 (ACE-35)4. O texto do
Acordo, seus respectivos protocolos adicionais, como também as preferências
outorgadas por ambas a partes podem ser acessadas na página do acordo no Siscomex.
• Já a China é o único país, dentre os países selecionados, que não aplica tarifa zerada ao
Brasil. O país asiático aplica imposto de 8,0% para o produto brasileiro, tendo como base
o regime de NMF. Ainda, no caso da China, vale destacar o Imposto sobre Valor
Agregado (IVA) padrão de 13,0% cobrado para bens e serviços importados.
• Links úteis:
Organização Internacional do
Café (OIC)7
• Historicamente, o café se estabeleceu como um dos principais produtos da pauta
exportadora brasileira. Ademais, seu alto consumo no mundo, não apenas no Brasil, fez
com que o setor passasse a ser um dos mais estruturados e padronizados quando falamos
de requisitos e regulações em sua esfera, prezando pela qualidade e excelência do
produto comercializado.
▪ Nome do Exportador;
▪ Endereço;
▪ Número Interno de referência;
▪ País de origem;
▪ País de destino;
▪ Data de exportação;
▪ Marca de Identificação da ICO;
• Nas próximas seções, são indicados outros requisitos específicos de acesso a mercado
para os mercados selecionados.
• Ademais, conforme o Food Safety Modernization Act (FSMA)15, em vigor desde 2011, as
instalações/estabelecimentos envolvidos na fabricação, processamento, embalagem, ou
conservação de alimentos, voltados para o consumo, devem apresentar informações de
registro adicionais à FDA, incluindo garantias de permissão para inspeções dos locais
correspondentes.
• O FSMA, também, exige que as instalações de alimentos renovem seus registros a cada
dois anos, fornecendo autoridade à FDA para suspender/cancelar determinados
registros de instalações, caso os estabelecimentos não estejam em conformidade com os
requisitos estabelecidos. Atualmente, não só para o setor de café, existem 1.956
empresas brasileiras registradas junto ao FDA. Em comparação com o Brasil, os seguintes
países ocupam as 5 primeiras posições em um total de 101.212 empresas informadas
quando falamos de registros de empresas16:
▪ Japão - 10.078;
▪ França - 9.526;
▪ China - 8.183;
▪ México - 6.571;
▪ Canadá - 5.570.
• Para efetuar tais processos, uma conta de acesso deve ser criada junto ao FIS . Ao criar a
conta, dentro da interface do sistema, será possível especificar os processos a serem
feitos. Mais informações de como efetuar a criação da conta podem ser acessadas aqui19.
• Além da identificação do país de origem, uma das exigências feitas pelo CBP se
concentra na apresentação do chamado Arquivo de Segurança do Importador (ISF, no
acrônimo em inglês)22 por parte do importador, o qual deve ser apresentado no máximo
48 horas antes quando do horário estimado de partida da remessa em um último porto
fora dos Estados Unidos. Esta nova regra se aplica a cargas de importação que chegam
aos Estados Unidos por navio.
• A não apresentação do ISF pode gerar penalidades monetárias, e mais rigor no processo
de inspeções da carga. A apresentação do ISF atua de forma a melhorar a eficiência e
capacidade do CBP em identificar produtos de alto risco e afins, garantindo a segurança
e evitando a entrada de produtos ilícitos. Um ponto importante é que o ISF não é
necessário para cargas a granel23.
▪ Fatura comercial;
▪ Declaração de valor alfandegário;
▪ Documentos de frete;
▪ Seguro do frete;
▪ Packing list;
▪ Single Administrative Document (SAD) – Documento Administrativo Único
(adotado pelo Regulamento n.º 952/201324 do Parlamento Europeu/ Conselho
Europeu e pelo Ato Delegado Transitório n.º 2016/34125 da Comissão
Europeia).
• O SAD deve ser preenchido em uma das línguas oficiais da União Europeia, o que será
aceito pelas autoridades aduaneiras em qualquer porto de entrada. Para fins de
importação, geralmente são necessárias três cópias do SAD: uma cópia ficará de posse
pelas autoridades aduaneiras do porto de entrada, outra será usada para fins estatísticos
pelo país de destino da mercadoria e a última cópia é de posse do destinatário após
autenticação pela autoridade aduaneira.
Medidas Fitossanitárias
• Quando se tem em conta a exportação de produtos de origem vegetal para países da
União Europeia, devem ser analisadas, antes de tudo, as medidas fitossanitárias definidas
pelo bloco. Medidas dessa natureza são exemplos de requisitos de acesso a mercado
“não-tarifários” e visam prevenir a introdução ou propagação de pragas e organismos
prejudiciais às plantas ou produtos vegetais em toda a UE.
▪ Rotulagem de Alimentos
• Nome do produto;
• Lista de ingredientes;
• Quantidade líquida;
• Data de validade;
• Informações de armazenamento e uso;
• País de origem;
• Instruções de uso;
• Marcação do lote;
• Declaração nutricional.
o Registro
o Inspeção e Quarentena
o Verificação de documentos;
o Avaliação de segurança e sanidade do produto;
o Amostragem: retirar amostras e enviá-las ao laboratório para análise de acordo
com os regulamentos e normas aplicáveis.
o Padrão de Rotulagem37
• Cada remessa de produtos deverá ser fiscalizada pelo SAG no ponto de entrada para
eventuais verificações físicas e documentais. No caso do Brasil, além dos requisitos
gerais mencionados anteriormente, para a exportações de café, não existem, até o
momento, exigências adicionais específicas, mas apenas que o produto esteja livre de
polpa.
• Nas próxima seção, em complemento aos requisitos de acesso de cada país, são
tratadas questões vinculadas aos chamados padrões privados, tema de importância
crescente em acesso a mercado nos últimos anos.
Padrões de Sustentabilidade
• Para além dos ditames regulatórios e tarifários acordados entre os países, de caráter
oficial, obrigatório e público, as questões de acesso a mercado evoluíram ao longo dos
últimos anos adentrando à esfera privada. Os chamados padrões privados ou normas
voluntárias são os principais instrumentos desse contexto, cada vez mais importantes no
cenário do comércio internacional.
• Cabe destacar que se trata de uma lista meramente exemplificativa, que pode variar de
acordo com a localidade e as dinâmicas dos mercados, não representando, qualquer tipo
de indicação, chancela ou recomendação da Apex-Brasil.
• Por fim, embora não constem no Standards Map do ITC, chama-se atenção para a
existência de padrões privados exigidos por cadeias específicas, conforme se segue: