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Relatório Final
CURITIBA
2022
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SUMÁRIO:
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………….04
2. METODOLOGIA……………………………………………………………..04
2.1. LEAN SIX SIGMA……………………………………………………04
3. GESTÃO DA INTEGRAÇÃO……………………………………………….05
3.1. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ATUAÇÃO…………………………….05
3.2. OBJETIVOS DO PROJETO………………………………………….05
3.3. SELEÇÃO DE PRODUTOS………………………………………….05
3.3.1. GESTÃO AMBIENTAL……………………………………….06
3.3.1.1. LOGÍSTICA REVERSA………………………………..07
3.4. TERMO DE ABERTURA DO PROJETO (TAP)..............................07
4. GESTÃO DO ESCOPO…………………………………………………………08
4.1. DEFINIÇÃO DE CARGOS …………………………………………….08
4.2. PÚBLICO ALVO………………………………………………………….08
5. DEFINIÇÃO DOS PROCESSOS……………………………………………….08
5.1. SISTEMA DE PRODUÇÃO
6. GESTÃO DOS RECURSOS……………………………………………………...10
6.1. LEVANTAMENTO DE RECURSOS……………………………..………10
6.1.1. QUANTIDADE DE INSUMOS……………………………………10
6.1.2. EQUIPAMENTOS………………………………………………….11
6.2. PREVISÃO DA DEMANDA………………………………………………12
6.3. ESCOLHA DO LOCAL……………………………………………………13
7. GESTÃO DOS CUSTOS………………………………………………………….16
7.1. INVESTIMENTOS INICIAIS………………………………………………16
7.2. CUSTOS DIRETOS………………………………………………………..17
7.3. CUSTOS INDIRETOS…………………………………………………….17
8. GESTÃO DA QUALIDADE………………………………………………………17
8.1. TECNOLOGIA……………………………………………………………..18
9. DEFINIÇÃO DO ARRANJO FÍSICO / LAYOUT DA PLANTA BAIXA E OS
EQUIPAMENTOS
10. ESTIMATIVA DAS ÁREAS DO PROJETO
11. FLUXOGRAMAS
12. INSTALAÇÕES ADICIONAIS
12.1. SEGURANÇA DO TRABALHO
12.2. LEGISLAÇÃO CERVEJEIRA
12.3. ESTOQUE E ARMAZENAMENTO DAS CERVEJAS
12.4. COZINHA
12.5. BANHEIRO
12.6. ÁGUA
13. ANÁLISE LAYOUT MICRO
14. ANÁLISE DO POSTO DE TRABALHO
15. CUSTOS
15.1. MATÉRIA PRIMA
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15.2. MAQUINÁRIO
15.3. EPIS
15.4. SALÁRIOS E RECURSOS HUMANOS
15.5. ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO
15.6. ADICIONAIS
16. AMBIENTE DA EMPRESA
16.1. ACÚSTICA
16.2. SEGURANÇA DO TRABALHO
16.3. CONFORTO TÉRMICO
16.4. CONFORTO VISUAL
17. ARMAZENAMENTO NO LAYOUT
17.1. ARMAZENAGEM DOS INSUMOS
17.2. ARMAZENAGEM DAS GARRAFAS USADAS
17.3. ARMAZENAGEM DAS GARRAFAS ENVASADAS E PRONTAS
PARA CONSUMO
18. TRANSPORTES
19. PLANTA BAIXA
20. CONCLUSÃO
21. FICHAMENTO:
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RESUMO
O presente estudo, de abordagem qualitativa e caráter exploratório, tem
como principal objetivo viabilizar um projeto de Instalação Industrial para uma
cervejaria artesanal em Curitiba. Para isso, utilizou-se técnicas de Gestão de
Projetos a fim de garantir a maior produtividade da equipe, e princípios da
metodologia Lean, que visa garantir entregas de qualidade com produtividade e
eficiência nos processos. Além disso, fez-se uma pesquisa bibliográfica em
diferentes bancos de trabalhos acadêmicos para embasar a escolha de maquinário,
previsão de demanda e definição de pessoas, tendo a Scielo como principal fonte
de pesquisa. Como principais resultados parciais, destaca-se a pesquisa de
mercado, que identificou como demanda mensal 54400 litros - para consumo no
local e venda para demais bares que possam fornecer o produto, além da definição
da embalagem do produto como sendo a garrafa de vidro - considerando-se custos
e políticas de gestão ambiental (impacto ao meio ambiente, logística reversa). No
que tange ao sistema produtivo, a fábrica adotará a política "Em Lotes", que
viabilizam alta produção com certa customização (alto volume de cerveja e
diferentes estilos e sabores). Ressalta-se ainda a criação de um layout específico
considerando todas as instalações necessárias para produção de cerveja.
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1. INTRODUÇÃO
O papel do Engenheiro de Produção permite a condução efetiva do
planejamento de Instalações Industriais para diversos setores, visando eliminar ou
minimizar diferentes causas de diminuição de produtividade - como deslocamentos
desnecessários, layout inadequado, metodologia de produção ineficiente, entre
outros. O presente estudo visa, nesse contexto, viabilizar um projeto de instalação
em uma fábrica de cerveja artesanal por meio da consideração de demandas
necessárias para inclusão internas e externas, até a visão micro de análises de
postos de trabalho e estudos ergonômicos.
O mercado cervejeiro vem constantemente crescendo, principalmente no
Brasil, que está se tornando um dos maiores produtores e consumidores de cerveja.
Dados do relatório Anual Barth Haas (2020/2021) apontam o Brasil como o terceiro
maior produtor de cerveja em 2020, atrás somente da China e Estados Unidos.
Aliado a isso, dados da Euromonitor mostram que o mercado cervejeiro no Brasil
tem crescimento no faturamento de 11% no ano de 2021 em comparação com o ano
anterior principalmente pelo bom desempenho do segmento de cervejarias
artesanais.
2. METODOLOGIA
O presente estudo, de abordagem qualitativa e caráter exploratório, tem
como objetivo o desenvolvimento de um Projeto de Instalações Industriais para uma
cervejaria artesanal, atendendo as especificações da produção, segurança,
ergonomia e demais regras técnicas. Como método condutor do trabalho - no que
tange ao Gerenciamento do projeto-, foca-se no Gerenciamento Ágil alinhado com a
metodologia Scrum, que permite um controle constante, flexível e baseado na coleta
de dados das etapas do projeto.
Para compilado de dados e estudo sobre o mercado, identificou-se diferentes
demandas do setor cervejeiro por meio de 2 formas:
1. Pesquisa bibliográfica: respaldando escolhas técnicas sobre
metodologia de gerenciamento de processos, escolha de método
produtivo, insumos necessários para produção do produto final, etapas
para construção de um projeto de instalação industrial, etc
2. Conversa participativa com diversos profissionais da área: entendendo
demandas e necessidades individuais de cada indústria de cerveja,
opiniões de gerentes e consumidores sobre o setor, etc
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2.1 LEAN SIX SIGMA
A metodologia Lean Six Sigma tem como objetivo, também, diminuir a
variabilidade do processo por meio do uso de abordagens estatísticas para suporte
às decisões, a metodologia tem como foco a redução dos custos ao mesmo tempo
em que se aumenta a qualidade dos produtos e processos. Partimos de uma análise
das oito dimensões da qualidade de um alimento, identificadas por Garvin (1992) e
adaptadas por Monteiro (2005): Desempenho (o consumidor adquirir um alimento
isento de substâncias nocivas à saúde e apto ao consumo), Características (algo
que apresente um diferencial competitivo ao produto), Confiabilidade (o produto não
gerar problemas de qualidade após a compra), Durabilidade (data de validade do
produto, shelf life), Conformidade (atendimento às especificações contidas no
rótulo), Atendimento (relacionamento com o cliente na hora da compra), Estética
(beleza do produto e embalagem) e Qualidade Percebida (impressão do consumidor
em relação ao produto, boa impressão causa satisfação e confiança). Para essas
dimensões, seriam utilizadas ferramentas do Lean Six Sigma para definir, medir,
analisar, melhorar e controlar o processo produtivo, garantindo que o produto final
esteja seguindo o mesmo padrão e mantendo constante os níveis de cada
dimensão da qualidade de um alimento.
Como forma de gerenciamento da variabilidade, adota-se a utilização de
gráficos de controle do processo. Para cada uma das oito dimensões citadas,
seriam construídos gráficos de controle do processo, com métricas avaliadas
principalmente sob a ótica do consumidor final (se o produto causou algum mal
estar, o quanto avalia a estética e o atendimento, por exemplo) para se levantar
dados que serão plotados nos gráficos. Esses gráficos possuem um Limite de
Controle Superior e um Limite de Controle Inferior, eles por si só já são um indicador
de quando algo não estiver saindo como planejado na entrega do produto e também
auxiliam na análise dos dados.
3. GESTÃO DA INTEGRAÇÃO:
3.1. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ATUAÇÃO
Para o presente estudo, optou-se pela definição como área de atuação a
indústria cervejeira artesanal. Tal produto é amplamente consumido pelos brasileiros
durante o ano todo, além disso a escolha também foi pautada na afinidade do grupo
com o setor e a possibilidade de visitação em fábricas de cerveja artesanal em
Curitiba por meio de pessoas conhecidas dos pesquisadores.
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3.3. SELEÇÃO DE PRODUTOS
A cerveja é uma das bebidas mais consumidas no Brasil e no mundo. Ao todo,
segundo relatórios disponibilizados pela Ambev, uma das maiores empresas desse
segmento, temos três tipos diferentes de famílias de cervejas, sendo elas: a Lager, a
Ale e as Lambic. Muitos fatores podem interferir no resultado final da produção
desse produto, como por exemplo, o teor alcoólico, o aroma, a cor e a origem da
matéria prima. A variação na combinação e concentração desses elementos pode
gerar mais de 150 tipos diferentes de cervejas. Objetivando agradar o paladar da
maioria dos clientes, duas cervejas padrões serão produzidas, sendo elas as
American Lager e as Pilsen. No entanto, para diferenciar a empresa de outras do
mesmo ramo e gerar vantagem competitiva, também será produzida a cerveja
escura Porter.
Como características principais, segundo a própria cervejaria Ambev, as cervejas
American Lager possuem coloração dourada clara, um baixo teor alcoólico, um leve
amargor e foram criadas nos Estados Unidos. As Pilsen, apesar de possuir a
mesma cor e teor alcoólico das American Lager, possui uma taxa maior de unidades
internacionais de amargor e surgiram na região da República Tcheca. Com relação
a cerveja Porter, essa é classificada como uma cerveja escura e é produzida a partir
do malte torrado, apresentando notas olfativas que remetem a café, chocolate
amargo, toffee e biscoitos.
Para uma maior padronização, definiu-se que todos os quatro tipos de cervejas
produzidas, serão envasadas em garrafas de vidro de 600ml, já pensando na ideia
da Logística Reversa, e que, para o presente trabalho, todas terão um teor alcoólico
de 5%.
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Devido a alta importância que a Gestão Ambiental tem para um desenvolvimento
econômico mais sustentável e limpo, uma série de normas ISO 14000 foi criada com
o objetivo de apresentar diretrizes para Auditorias Ambientais, Avaliações do
Desempenho Ambiental, Rotulagem Ambiental e Análise do Ciclo de Vida dos
Produtos. Em termos gerais, a finalidade dessas normas é equilibrar a proteção
ambiental e a prevenção de poluição com as necessidades sociais e econômicas.
Pensando nisso, o presente trabalho irá estruturar a empresa de cerveja
artesanal, levando em conta questões ambientais e as normas descritas na ISO
14000. Além disso, também trará na concepção da fábrica sistemas de painéis
solares, captação de água da chuva e uso de materiais recicláveis para estruturar o
bar onde os clientes irão consumir as bebidas.
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● Meio ambiente
● Sustentabilidade
● Originalidade
● Respeito
● Tecnologia
● Diversidade & Inclusão
● Igualdade
● Cuidado.
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3.3.1.2. CONTEXTO AMBIENTAL DA ORGANIZAÇÃO
O documento do contexto da organização define fatores internos e externos
que interferem nos resultados do sistema de gestão ambiental da empresa. Um
exemplo desse tipo de documento é a análise SWOT.
Segundo Veiga (2017, p. 8), a análise SWOT é uma ferramenta que fornece
informações que auxiliam os gestores a tomar decisões e desenvolver planos
estratégicos. O SWOT é formado por fatores internos da organização (forças e
fraquezas) e fatores externos (oportunidades e ameaças). As forças são condições
positivas que contribuem para que a empresa conquiste seus objetivos, já as
fraquezas são condições negativas que podem prejudicar a organização em relação
aos seus objetivos. Ainda, as oportunidades são fatores externos atrativos para a
empresa em relação ao alcance de suas metas, já as ameaças são fatores externos
que apresentam risco para a organização.
A seguir está a análise SWOT em relação ao sistema de gestão ambiental
(SGA) da cervejaria artesanal do presente trabalho.
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implementação das normas ISO 14001:2015 e ISO 26000:2010 na empresa
estudada. Focando inicialmente no SGA, o documento em questão auxilia na
identificação de riscos e oportunidades no processo de fabricação artesanal de
cervejas, permitindo gerenciar aspectos ambientais e melhorar o desempenho
ambiental da empresa. Para tal, serão elaboradas políticas ambientais e definidos
processos para viabilizar um maior desempenho ambiental. 14 A implementação de
uma política ambiental eficiente na empresa pode proporcionar uma melhora
operacional, produtos com mais qualidade e maior competitividade à empresa,
reduzindo os impactos ambientais causados pelo processo produtivo. Além disso,
no que diz respeito ao Marketing, a sustentabilidade ajuda na manutenção da
imagem da marca, devido a exposição positiva. Apesar da ISO 26000:2010 ser uma
norma de uso voluntário, o presente SGI aborda também questões de RSE
(Responsabilidade Social Empresarial), com o intuito de contribuir para o
desenvolvimento sustentável da organização, assegurando um ecossistema
saudável, igualdade social e boa governança organizacional. São identificadas as
partes interessadas e as expectativas das partes interessadas, e definido um
programa social (objetivo, metas e ações). A iniciativa de responsabilidade social
está associada ao comportamento ético da empresa, e acaba influenciando na sua
reputação, competitividade e capacidade de atrair e manter funcionários,
stakeholders e fidelizar clientes
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4. GESTÃO DO ESCOPO:
4.1. DEFINIÇÃO DE CARGOS
● Maquinário - Carol e Bruno
● Planta Baixa - Lucas e Alexia
● Pesquisa e Formatação - Alexia e Bruno
● Seleção dos Produtos e método produtivo - Lucas,Koga, Alexia
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teriam-se também as preocupações com grandes maquinários para refrigeração e o
alto custo de energia que eles teriam. Além disso, por ser um produto alimentício e
com data de validade, não queremos manter produtos em estoque por muito tempo,
já que isso poderia gerar perda de qualidade nesses, podendo até mesmo levar ao
descarte.
Levando isso em conta e pensando que, por ser uma cerveja, esperamos que
ela seja padronizada em sabor, cor, embalagem, e outros aspectos, já que nossos
clientes iriam consumir continuamente, precisamos de um processo que gere os
mesmos produtos finais. Ao mesmo tempo, nossa linha de produtos inclui cervejas
artesanais de diferentes sabores, o processo, então, precisa de flexibilidade para
produzir os diferentes tipos em diferentes quantidades, e estar preparado para
mudanças de acordo com o mercado e com o ano. Assim, chegamos a conclusão
de que o processo produtivo mais adequado seria do tipo Em Lotes. Dessa maneira
conseguiríamos manter um fluxo de produção alinhado com a demanda de modo a
não gerar muito estoque e, a partir do controle da capacidade produtiva de
máquinas e pessoal, poderíamos adaptar caso a demanda aumentasse ou
diminuísse. Um tipo de cerveja poderia ser produzida numa quantidade e durante
um período, para atender a demanda do momento, e, após, o processo poderia ser
direcionado a outro tipo.
De maneira mais específica, a fim de implementar o sistema de Lotes na
planta baixa anteriormente detalhada, estruturou-se a linha de produção como forma
de possibilitar uma variação de demanda (maquinários podem ser ligados ou
desligados, a depender da necessidade). Além disso, separou-se um local
adequado para controle do estoque intermediário, que depende do tempo para
entrega do produto final.
Seguindo orientações ergonômicas e de segurança do trabalho, há também
na planta baixa banheiros (femininos e masculinos) além de cozinha,
estacionamento para carga e descarga e área separada para armazenamento de
insumos - dependendo de sua classificação. Considerando uma equipe média de 30
trabalhadores e pautando o dimensionamento na NR24, norma que estabelece as
condições mínimas de higiene e de conforto a serem observadas pelas
organizações, devendo o dimensionamento de todas as instalações regulamentadas
por esta NR ter como base o número de trabalhadores usuários do turno com maior
contingente, colocou-se dois banheiros (um feminino e um masculino com mictório e
vestiários). Ainda segundo a NR24, os empregadores devem oferecer aos seus
trabalhadores um local em condições de conforto e higiene para tomada das
refeições por ocasião dos intervalos concedidos durante a jornada de trabalho,
sendo assim, reservou-se, ainda, na planta baixa, um local adequado para
instalação de cozinha.
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produto passa para a próxima etapa, sem que haja uma requisição por parte desta,
ou seja, os materiais são empurrados. O ponto negativo deste sistema produtivo é
que ele gera estoques de produtos em processo sempre que há desbalanceamento
de capacidade produtiva ou qualquer imprevisto que ocasione a parada da linha, por
outro lado, maiores estoques implica, consequentemente, em maiores níveis de
serviço ao cliente e maior capacidade para lidar com variações inesperadas da
demanda. Já a produção puxada procura ajustar a produção à demanda pelos
produtos, isto é, “algo será produzido, transportado ou comprado somente no
momento exato em que for necessário e somente na quantidade exata que será
utilizada” (BARCO; VILLELA, 2008, p. 4). Temos também o sistema de produção
mista, que une elementos dos dois sistemas anteriores de modo a atender da
melhor maneira as necessidades da empresa.
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● Umidade: 4 a 5 %;
● Extrato: no mínimo 80 %;
● Poder diastásico: no mínimo 350 WK (Windiseh-Kolbach);
● pH: entre 5,5 e 6,0;
● Cor após a fervura 6,0 a 7,5 EBC (European Brewery
Convention); 24
● Proteína total: no máximo 11,5 %;
● Nitrogênio solúvel de 610 a 800 mg 100g-1
● Água
● Não clorada;
● Potável;
● pH entre 6,5 e 7,0;
● Menos de 100 mg/litro de carbonato de cálcio ou magnésio;
● Traços de magnésio na forma de sulfatos;
● De 250 a 500 mg/litro de sulfato de cálcio;
● De 200 a 300 mg/litro de cloreto de sódio;
● Menos de 1 mg/litro de ferro.
● Lúpulo
○ Amargor
○ Aromático
● Leveduras
● Especiarias
6.1.2. Equipamentos:
Para o processo produtivo da preparação da cerveja, são
necessário os seguinte equipamentos:
● Caldeirões;
● Conexões para caldeirões;
● Fogareiros;
● Moedor de grãos;
● Termômetro;
● Pá cervejeira;
● Fundo falso;
● Bomba para recirculação;
● Densímetro;
● Filtro de água;
● Fermentador em cone;
● Bombona;
● Balde;
● Torneira;
● Blow off;
● Mangueira;
● Resfriador;
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● Refrigerador;
● Enchedor de Garrafas.
Já para a parte de embalagem e higienização das garrafas, os
seguintes equipamentos são necessários:
● Garrafas de vidro;
● Tampas;
● Máquina automática de limpeza de garrafas de vidro;
● Máquina automática de envase;
● Iodofor;
● Rótulos.
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6.2. PREVISÃO DA DEMANDA
Estima-se, inicialmente, uma média de 100 clientes por dia entre segunda e
quinta-feira e aproximadamente 400 clientes por dia entre sexta, sábado e domingo.
Totalizando uma média de 1600 clientes por semana. Considerando que a média de
consumo no local é de 2,5 litros de cerveja (5 copos de 500 ml), tem-se uma média
de 16 mil litros por mês de consumo no local. Destaca-se, ainda, a possibilidade de
retirar o produto e levar a cerveja em growlers para casa, considerando que metade
dos clientes levam 2 litros para casa, tem-se o adicional de 6400 litros mensais -
apenas para o consumo no local.
Além do consumo na própria cervejaria, as fábricas comumente vendem a
cerveja para outros bares, que vendem o produto - considerando que 2 outros bares
vendem o produto da cervejaria e possuam a mesma média de consumo mensal (16
mil litros), totaliza-se uma demanda mensal de 54.400 litros.
Ressalta-se que estamos considerando uma cervejaria de pequeno/médio
porte, usou-se, para previsão de demanda, dados fornecidos pelo SEBRAE e
pesquisa em entrevista semi-estruturada - conversou-se com gerentes de bares de
Curitiba a fim de entender a demanda diária dos produtos. Utilizou-se, então, a
técnica Delphi, que tem como base a conversa com especialistas no assunto para
auxiliar na tomada de decisão.
Opção 1: Barracão na Rua Frei Teofilo, Capão Raso, com 350 m², contém
banheiros, contém edícula e é próximo ao terminal do Pinheirinho. Possui
fácil acesso a BR 116 e a via rápida. Facilita logística. Aluguel direto com o
proprietário diminuindo custo com imobiliária.
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Imagem 01 - Primeira opção de Galpão
Opção 3: Barracão na rua IAPO 1458, Rebouças, Curitiba. Barracão com 700 m²,
com aproximadamente 400m² de pátio e 300m² de área externas, três bwcs
femininos e masculinos, caixa d’agua com 5 mil litros, pé direito alto com 7,5
metros, ar condicionado em todo o imóvel, segurança total com
monitoramento, câmeras, concertina e cerca elétrica.
Ao lado da GVT e PUC (setor de TI), próximo ao TRE e Sebrae.
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Possibilidade de montar instalações e loja no local.
Fácil acesso a BR 277 e linha verde. Aluguel direto com o proprietário
diminuindo custo com imobiliária.
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Imagem 04 - Localização do galpão no “google maps”
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7.2. CUSTOS DIRETOS
A tabela a seguir apresenta os custos diretos da produção de 54 mil litros no
intervalo de 1 mês.
8. GESTÃO DA QUALIDADE:
Atualmente, o controle da qualidade é voltado para o gerenciamento estratégico
da qualidade no qual a preocupação maior é poder concorrer no mercado, buscando
tanto satisfazer as necessidades do cliente - qualidade do produto, por exemplo,
como a do próprio mercado - exemplo: adequação tecnológica. Para isso, é de
fundamental importância o controle dos processos produtivos, garantindo a
qualidade dos produtos intermediários e finais e proporcionando uma concretização
estratégica no mercado. Por ser um processo contínuo, a gestão da qualidade
acarreta em custos constantes, por isso, deve-se incluir estrategicamente no
orçamento metodologias de Gestão da Qualidade que assegurem a qualidade do
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produto entregue. Um dos custos relacionados ao Gerenciamento da Qualidade se
refere ao uso amplo e difundido de novas tecnologias: que possibilitam uma maior
produtividade e uma diminuição de riscos na linha de produção.
8.1. TECNOLOGIA:
O acrônimo VUCA (Volatilidade, Incerteza (do inglês, Uncertainty),
Complexidade e Ambiguidade), utilizado pela primeira vez em expedições militares
dos Estados Unidos, caracterizava o mundo em contexto de guerra- que estava
ocorrendo no final dos anos 90. O termo sintetiza de forma simples e sucinta a
realidade caótica da época. Entretanto, houve uma ressignificação do acrônimo a
fim de estabelecer relações com o mundo globalizado, e, atualmente, o conceito
define o ambiente competitivo da economia digital (BENNET; LEMMOINE, 2014),
sintetizando uma realidade fluida e com enorme magnitude de mudanças. O mundo
VUCA introduziu, então, o uso difundido de novas tecnologias em diversos âmbitos
do cotidiano e exigiu altas capacidades de adequação a essa nova realidade. As
corporações, a fim de se manterem competitivas no mercado, buscam soluções em
uma velocidade compatível com a realidade que está inserida: deseja ter acesso à
informações no momento exato em que a necessidade se concretiza, ou seja, em
tempo real. Nesse contexto, fica nítido que adequar-se aos novos padrões
tecnológicos é essencial. Sendo assim, é de fundamental importância e relevância
para as empresas incluir o uso de novas tecnologias nos processos produtivos a fim
de aumentar a qualidade e a produtividade nas indústrias. Como tecnologias a
serem implementadas no parque fabril, destaca-se a utilização de Automated
Guided Vehicle (AGV) - que se refere a equipamentos de funcionalidade focada no
transporte de material para depósito, áreas de carregamento e linha produtiva.
Destaca-se como exemplos de tecnologias a serem implementadas: esteiras,
empilhadeiras. Outra possibilidade de aplicação de tecnologias emergentes é a
utilização de QR Code para controle do lote de cerveja em questão, ou seja, para
cada loteamento de cerveja produzida, cria-se um QR code correspondente que
armazena informações como: dias de fermentação, temperatura em tempo real,
nome e estilo da cerveja, materiais e ingredientes utilizados e profissional
responsável por cada etapa. Com esse rastreamento de informação, fica possível
mapear desvios de processos e acompanhar o estado do produto em tempo real,
possibilitando manutenções corretivas (caso perceba-se uma mudança nos atributos
avaliados), manutenções preditivas (avaliando diariamente os dados extraídos dos
sistemas de manutenção).
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9. DEFINIÇÃO DO ARRANJO FÍSICO / LAYOUT DA PLANTA BAIXA E OS
EQUIPAMENTOS
O galpão que receberá a fábrica de cervejas possui ao todo 700m², sendo
300m² de área externa e 400m² de área interna. Fizemos também uma divisão por
partes do galpão em quatro principais áreas, sendo elas: estacionamento, bar
externo, bar interno e parte industrial de produção da cerveja. Como o foco do
projeto está relacionado à instalação industrial do maquinário, nesta seção do
relatório estaremos focando em explicar o funcionamento e os espaços que estão
contidos dentro da região de produção da cerveja.
Para a definição do tipo de arranjo físico a ser utilizado, utilizamos como
embasamento o livro Administração da Produção (Operações Industriais e de
Serviços), nele Jurandir Peinado e Alexandre Reis Graeml caracterizam o tipo de
arranjo físico por processo ou funcional como um que agrupa em uma mesma área
operações semelhantes. Isso possui as vantagens de garantir flexibilidade para
atender a mudanças de mercado, atender a produtos diversificados em quantidades
variáveis ao mesmo tempo e lidar com grandes fluxos. Essas características são
favoráveis ao nosso processo de produção de cerveja artesanal.
Assim, o ambiente de produção da cerveja foi desenvolvido em cima do
conceito de Layout Funcional e possui ao todo 196,18m² de espaço para alocação
do maquinário. Dentro desse espaço, temos as divisões nas seguintes subáreas:
● Estoque seco (ES): 9,45m², cujo objetivo é armazenar lúpulo, malte e
leveduras; Restrição: o ambiente precisa ser refrigerado e sem luz.
● Garrafas Usadas (EGU): 2,60m², região destinada a alojar as garrafas
usadas que foram retornadas do bar ou que foram recuperadas de
outros clientes; Restrição: as garrafas devem estar armazenadas
todas de pé.
● Moagem (MO): 3,62m², possui dois moedores iguais de 2 rolos de
dimensões 60cmx60cm, sendo que quando somadas, as capacidades
produtivas atingem 6Kg de malte moído por minuto;
● Cozinha (CO): 33,65m², possui três conjuntos de cada máquina.
Sendo elas: Misturador (120cmx120cm), Clarificador (120cmx120cm)
e Tanque de Fervura (120cmx120cm), cada tanque possui volume de
produção de 1000L. Vale ressaltar que a parte central da cozinha
possui uma plataforma elevada para que os funcionários consigam
manusear mais facilmente os equipamentos;
● Fermentação (FER): 16,01m², possui ao todo doze tanques de 1000L
cada e cada tanque possui dimensões de 80cmx80cm.
● Sala de Envasamento (SE): nessa região há três máquinas, sendo
elas: máquina de lavar garrafas , máquina de envasar e tampar,
rotuladora e uma bancada de apoio;
● Estoque de Garrafas Envasadas (EGE): 19m², local para armazenar
as cervejas envasadas e prontas para consumo. Restrição: as garrafas
devem estar armazenadas todas de pé.
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A fábrica foi projetada para que os corredores e as portas tenham uma
largura mínima de 120cm, dessa forma, os paletes podem circular por toda a
fábrica, facilitando a locomoção de matérias primas e garrafas.
Ao todo a fábrica possui 26 máquinas industriais (todas as dimensões das
máquinas foram baseadas em pesquisas de mercado de fornecedores de
maquinários cervejeiros na internet) e três regiões de estoque. Além disso, a
empresa também precisará contar com pelo menos mais uma caixa d' água de 5000
L, com filtros específicos para tornar a água o mais pura possível e, assim, não
interferir no sabor da cerveja.
Para a escolha do layout das áreas dentro do galpão foi feita a análise por
meio de um diagrama de relações e um diagrama de configurações.
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Imagem 06 - Diagrama de Inter-Relações
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Imagem 07 - Siglas do Diagrama de Configurações
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● Fermentação (FER): esta área possui um total de 12 tanques (1000L
cada) de dimensões 0,80 x 0,80m divididos em dois grupos de 6
tanques, cada grupo de 6 tanques foi estimado uma área de 6,2 x
1,0m . No projeto final, somando com as áreas de movimentação em
volta dos tanques chegamos a uma área total de 16,01m².
● Sala de Envasamento (SE): para atender todas as necessidades do
nosso processo seletivo esta sala necessita ter 3 principais máquinas:
máquina de lavar garrafas (3,00 x 1,20m), máquina de envasamento
(1,50 x 3,00m) e a rotuladora (1,10 x 1,80m), além disso também foi
pensado uma bancada de apoio de 1,10 x 0,8m. Para essa área foi
utilizado a sala já delimitada no galpão com 37,50m²,
● Estoque de Garrafas Envasadas (EGE): para a área de estoque dos
produtos terminados utilizaremos uma sala já delimitada no local do
galpão de 19m².
11. FLUXOGRAMAS
O fluxograma a seguir engloba o processo geral da fábrica de cervejas
artesanais para a produção em lotes, definida anteriormente, que foi
desenvolvido baseado em pesquisas na literatura e estudos de vídeos de
como funciona o processo de produção de algumas cervejarias pequenas no
Brasil. Como a produção das cervejas varia apenas na adição de diferentes
especiarias, o processo definido vale para todos os produtos.
As etapas foram desenvolvidas considerando o início do processamento das
matérias primas e divergindo conforme o modo de venda (embalagens ou
consumo no local).
27
Imagem 9 - Processo de Logística das embalagens.
I - controle;
II - inspeção;
III - fiscalização;
IV - padronização;
28
V - classificação;
VI - análise fiscal;
IX - análise de controle;
29
§ 11. Análise ou perícia de desempate é a determinação analítica realizada
por perito escolhido de comum acordo, ou em caso negativo, designado pela
autoridade competente, com a finalidade de dirimir divergências apuradas na
análise pericial ou perícia de contraprova.”
30
Com base no artigo “Cerveja Artesanal: componentes produtivos” presente
no fichamento do projeto, estudamos quais as práticas necessárias envolvendo o
estoque e armazenamento de cervejas artesanais. Existem quatro pontos a serem
considerados nesse estudo: a temperatura das cervejas, o abrigo de luz e calor, a
posição da garrafa e a validade.
No que diz respeito à temperatura, é preciso entender que a alteração de
temperatura pode alterar não só o sabor da cerveja, mas o seu teor alcoólico, a
quantidade de açúcar e o gás dentro da embalagem, devido às reações químicas
geradas pela mudança de calor.
A depender do tipo de cerveja, existe uma temperatura mais adequada. Por
exemplo: uma cerveja menos alcoólica e mais leve, deve ser consumida mais
gelada. E quanto mais encorpada e alcoólica, menos gelada ela deve ser servida. A
temperatura de base para as cervejas artesanais varia, normalmente, entre 3°C e
15°C , dependendo das suas características.
No que tange o aspecto de abrigo de luz e calor para as cervejas artesanais,
a literatura identifica que a exposição de luz está diretamente relacionada com o
amargor da cerveja devido a sensibilidade do lúpulo à luz, que é o grande
responsável pelo amargor da cerveja. Por isso, é importante que o armazenamento
de lúpulo ocorra em latão e em ambientes com pouca luz.
Quando a cerveja fica exposta aos raios ultravioleta, os lúpulos sofrem uma
reação química que faz liberar radicais livres, dando origem a um gosto
desagradável. As cervejas que têm menos lúpulo na sua composição, geralmente
mais leves, são as que menos sofrem com a incidência de luz. O contato com a luz
e calor excessivos podem gerar aromas e sabores ruins. Uma forma de proteger as
cervejas em seu armazenamento, é a utilização de garrafas âmbar, que protegem a
cerveja da incidência da luz, e as latas mais ainda. Mas mesmo assim, o
recomendado é armazenar as cervejas na sombra.
Outro fator importante a ser considerado é a posição de armazenamento das
garrafas. É importante que a cerveja seja armazenada em pé na grande maioria das
vezes para que, assim, exista uma menor área de contato do líquido com o ar com o
objetivo de evitar a oxidação da bebida. Guardar a garrafa guardada deitada pode
ocasionar sabores indesejados, como gosto metálico.
Uma exceção à regra ocorre no caso das cervejas de guarda com rolha de
cortiça. Essas devem ser guardadas deitadas para manter a rolha hidratada e não
esfarelar na hora de abrir. Porém, esse não é o caso dos produtos da fábrica a ser
desenvolvida.
Por último, no que diz respeito à validade das cervejas, a grande maioria das
cervejas foi feita para ser consumida ainda fresca, e não para ser envelhecida,
como é o caso dos vinhos. Por isso, é importante que após um certo período de
tempo, elas sejam consumidas antes que comecem a perder suas características de
aroma e sabor. O tempo máximo indicado para o armazenamento de uma cerveja
artesanal fechada é de 6 meses, enquanto o de cervejas não artesanais é 12.
31
Portanto, necessitamos no projeto uma área específica para estoque com ar
condicionado, luz baixa, espaços para os latões de lúpulo, prateleiras para as
especiarias, malte e demais componentes da cerveja. Além de um local específico
para o armazenamento das garrafas estocadas em pé.
12.4. Cozinha
É necessária uma cozinha para os funcionários poderem
realizar suas refeições com instalações como torneira, pia,
microondas, geladeira e balcão. Para isso, será necessário
encanamento interligado a pia e também energia elétrica e
iluminação no local.
12.5. Banheiro
É necessário pelo menos um banheiro para utilização dos
funcionários, que deve contar com encanamento adequado.
12.6. Água
Para o fluxo de água, devemos considerar que será necessário
água para a produção da cerveja, para as instalações como cozinha e
banheiro, além da lavagem das garrafas na hora de engarrafar. Para
isso, é necessário um projeto hidráulico realizado por profissional
adequado.
Além disso, para o descarte de água, o volume de descarte é
inferior ao descrito na legislação de tratamento de água, que
especifica: “Art. 9o É vedado o descarte de água produzida em um
raio inferior a dez quilômetros de unidades de conservação e a
cinco quilômetros de áreas ecologicamente sensíveis.” Sendo
assim, o descarte pode ocorrer diretamente na tubulação comum da
instalação, através de ralos.
32
Imagem 10 - Diagrama de Relações Micro
33
Imagem 11 - Diagrama de Afinidade Micro
34
Imagem 13 - Layout Micro com máquinas dispostas no local
35
possível visualizar todas as perdas com deslocamento e medir o nível de eficiência
do mesmo(COUTINHO, 2020).
36
Para finalizar a análise do Micro Layout da área desejada, foram alocados no local
os funcionários e uma caixa para garrafas vazias e outra para garrafas cheias para
o armazenamento dos mesmos.
37
14. ANÁLISE DO POSTO DE TRABALHO
O posto de trabalho é o desenho físico do sistema
homem-máquina-ambiente, ou seja, é a unidade produtiva que envolve o
trabalhador e o equipamento a ser utilizado no ambiente previamente especificado.
No posto de trabalho, todos os materiais necessários para a realização da tarefa
devem estar à disposição do trabalhador de forma confortável e eficiente(SILVEIRA;
SALUSTIANO, 2012), e essa definição é feita pela análise de tempos e movimentos
- a fim de minimizar fadigas, tempos ociosos e movimentos com alta amplitude e de
baixa produtividade.
A NR 17 (1978) afirma que, para avaliar a adaptação das condições de
trabalho às características dos trabalhadores, a empresa deve realizar a análise
ergonômica do trabalho (AET), abordando as condições de trabalho que incluem
aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao
mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à
própria organização do mesmo. Ainda nesse contexto, PRATES (2007) afirma que a
melhoria na produtividade dos colaboradores está diretamente ligada com a
qualidade de vida no posto de trabalho, ou seja, deve-se conciliar a demanda
corporativa - de demanda, abastecimento, necessidades de produção com esforços
que melhorem o posto de trabalho - almejando uma otimização do conforto, da
segurança e da eficácia. Desta forma, ao conscientizar o trabalhador a usufruir os
benefícios dos postos de trabalho, certificando-se que o trabalhador permanece
seguro e confortável, pode-se dar a condição de ser mais produtivo e eficiente em
suas atividades.
Segundo Wachowicz (2013), em alguns postos de trabalho não há como se
ter uma postura adequada, COMO trabalhadores que permanecem agachados,
submersos ou em altura. Ainda de acordo com a autora, é preciso redesenhar
postos, ferramentas, equipamentos, melhorar posturas para a promoção da redução
da fadiga, dores corporais, adoecimentos e assim evitar acidentes com lesões
permanentes ou afastamentos. Fator que também se aplica a atividades menos
operacionais como permanecer sentado na frente de um computador. Ou seja,
mesmo em ambientes e situações que não se tem o melhor posto de trabalho,
deve-se focar esforços para melhorar ao máximo a jornada de trabalho do
funcionário.
A tabela 07, a seguir, elaborada por Iida (2005), relaciona as posturas mais
comuns com os maiores riscos, ou seja, a probabilidade de dores nas regiões
citadas
38
Tabela 07 - Posturas e Riscos
Imagem 17 - Ilustração
A norma regulamentadora de ergonomia afirma que o transporte manual de
cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente
por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga. Ela
39
também esclarece que o transporte manual regular de cargas designa toda
atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma
descontínua, o transporte manual de cargas. A movimentação manual de materiais
é inevitável em qualquer local de trabalho, já que alguns movimentos só podem ser
realizados pelo homem (MOURA, 1978).
A Movimentação Manual de Carga (MMC) constitui-se numa das principais
causas de distúrbios osteomusculares que acometem os trabalhadores,
principalmente quando é associada a cargas elevadas e a esforços repetitivos por
longos períodos (BANKOFF, 1994 in FIGUEIREDO et.al. 2012).
De acordo com Ponzetto (2007), deve-se analisar os riscos ambientais de
forma quantitativa e qualitativa. Sendo que na avaliação quantitativa, é de extrema
importância o uso de equipamentos científicos previamente calibrados; já na
avaliação qualitativa, não há necessidade de equipamentos, podendo-se levar em
consideração apenas a queixa de um funcionário relacionado com o ambiente de
trabalho em questão. A Norma Regulamentadora nº 09 (NR-09), trata da
importância da elaboração do Programa de Prevenção de Riscos de Acidentes
(PPRA), e descreve como sendo os principais riscos, os físicos, químicos e
biológicos. Classificam-se como riscos físicos qualquer forma de energia à que está
exposto o trabalhador, podendo lhe causar danos, como por exemplo, ruído, calor
excessivo e vibrações. Como riscos químicos, substâncias que penetrem no
organismo, sejam pelas vias cutânea, respiratória ou ingestão. Ainda, classificam-se
como riscos biológicos, todas as formas 23 de microrganismos, como bactérias,
fungos, vírus, protozoários, bacilos, parasitas, entre outros. Ainda, para Ponzetto
(2007), há os riscos ergonômicos, que são capazes de gerar desconfortos ao
trabalhador devido às más condições de trabalho; e os riscos de acidentes, que
estão relacionados aos riscos mecânicos, quando relacionados com o uso de
máquinas e equipamentos, gerando danos à saúde do trabalhador.
40
Tabela 08 - Riscos Ambientais
41
principalmente no esforço físico e no trabalho noturno. Obtendo-se, assim, o
seguinte quadro de riscos:
Percebe-se, tanto pela análise da tabela quanto pelo gráfico a seguir, que os
riscos físicos, ergonômicos e químicos empatam em primeiro lugar com dois
exemplos no setor de fabricação da cerveja
42
Posto de trabalho 02 Máquina Enchedora: Enche e tampa as garrafas PET para
serem encaminhadas ao empacotamento. Esse processo é realizado de forma
automática e com a necessidade de fiscalização do operador. Através da conclusão
dessa etapa o produto fabricado é chamado do produto final de refrigerante.No que
tange a análise de risco desse posto de trabalho, tem-se o seguinte resultado:
15. Custos
43
pesquisas levaram em consideração compras no formato atacado,
para garantir o maior desconto possível.
15.2. Maquinário
Para realizarmos o levantamento de custos de maquinário, foi
realizado o pedido de um orçamento através da empresa NDL CRAFT,
fabricante de equipamentos para produção cervejeira. Os custos estão
descritos na tabela abaixo:
15.3. EPIs
Com base em alguns equipamentos auxiliares de segurança
descritos no artigo “Cerveja artesanal: uma revisão sobre o seu
processo de produção e seu potencial antioxidante”, presente no
fichamento desse projeto, levantamos quais os EPIs necessários para
a produção e os custos relativos a eles em um ano. Para as
pesquisas, os preços foram retirados de orçamento no marketplace
“Safety Trab”. Os dados são apresentados na tabela abaixo:
44
Tabela 12 - Custos de Materiais
Tabela 13 - Custos de RH
15.5. Administrativo/Financeiro
Os custos administrativos foram definidos com base nos
recursos mensais que foram estudados anteriormente, e levando em
consideração o preço médio de cada serviço no Brasil, além de
estimativas de depreciação do maquinário.
45
necessárias. Os custos estimados para esses recursos estão
apresentados abaixo:
16.1. Acústica
Através de estudos baseados no artigo “Acústica industrial e
saúde do trabalhador” e nas NRs 10151 e 10152, todas presentes no
fichamento desse projeto, e percebe-se a importância de se avaliar a
acústica do ambiente na unidade fabril pois, na maior parte das vezes,
os trabalhadores da área de produção não percebem os malefícios
que ruídos constantes podem causar a sua saúde até que esses
danos se tornem graves. Alguns aspectos para se considerar relativos
a acústica de um ambiente de produção incluem a necessidade de
evitar que os sons de altas frequências venham a reverberar por toda
a fábrica, evitando que mais pessoas sejam prejudicadas pelo som.
Além disso, também se vê necessário isolar o lado de fora da fábrica
desses barulhos, para que não prejudique as pessoas que residem
nos espaços próximos à unidade fabril.
Pensando na aplicação desses pensamentos a nosso projeto,
as máquinas que causarão as principais fontes de ruídos mais altos
são os moedores de malte. Os ruídos causados pela moagem, quando
ouvidos por muito tempo, podem causar desconforto aos funcionários.
Para evitar esse problema, será obrigatório a todos os colaboradores
da produção a utilização de protetores auriculares. Além disso, como o
galpão se encontra em uma área residencial, para evitar que os sons
da fábrica incomodem a vizinhança, poderia ser implantado um
sistema de isolamento de som com espuma acústica leve. Uma vez
que a fábrica não funcionará após as 22 horas, não será necessário
um isolamento maior pois na lei vigente brasileira está estabelecido
apenas que ruídos mais altos sejam baixados após as 22 horas. Além
disso, os sons da unidade fabril não apresentaram riscos às pessoas
tanto da fábrica quanto fora dela pois não existe nenhum processo que
inclua ruídos de altas frequências.
46
16.2. Segurança do Trabalho
No que tange a segurança do trabalho das instalações
estudadas nesse projeto, é possível identificar na literatura que no
processo de produção de uma bebida, seja ela alcoólica ou não,
existem riscos ocupacionais que podem prejudicar os colaboradores
da indústria e consequentemente um lote todo de sua produção.
Devido a isso, existem normas regulamentadoras (NR’s) referentes a
cada etapa do processo, desde a armazenagem dos grãos até o
envase da bebida, para minimizar ou até mesmo eliminar os riscos de
higiene ocupacional, para a consideração deste trabalho, foi levado em
consideração principalmente a NR 12- SEGURANÇA NO TRABALHO
EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.
Primeiramente, na chegada dos grãos aos locais de
armazenamento, existe o risco de explosão devido ao alto grau de
combustão da máquina de moagem, exigindo que seja realizada a
instalação de extintores de incêndio, além de sinalizações até saídas
de emergência. Além disso, a fábrica deverá contar com inspeções
periódicas para garantir que toda a produção ocorra dentro da
regulamentação, já que agentes como ruído e poeira devem ser
constantemente monitorados.
Outro risco a ser avaliado é relativo ao cozimento, resfriamento,
fermentação, maturação e filtração da cerveja, onde riscos com
produtos químicos e condições ergonômicas devem ser observadas.
Os colaboradores devem passar por treinamentos específicos, com a
instrução de profissionais, para que todo o manuseio de materiais seja
realizado da forma mais segura possível.
Mais um ponto de alerta está na fase do envase da cerveja,
onde existe um alto risco de corte e uso de diferentes produtos
químicos. Nessa etapa, o uso de equipamentos de proteção individual
e equipamentos de proteção coletiva se fazem essenciais. Os EPIs
necessários na produção já foram detalhados anteriormente neste
trabalho.
Por fim, no armazenamento e transporte da bebida, há riscos de
queda, cortes, etc. Para isso, os profissionais devem receber
treinamentos de segurança do trabalho periodicamente.
47
fábrica deverá ter janelas em todos os ambientes visando fornecer um
ambiente ventilado aos trabalhadores, em adição a isso, um sistema
de ventilação industrial poderá ser instalado no local. Além disso, a
instalação de ar condicionado se faz essencial em nossa situação,
onde não apenas o conforto dos funcionários é relevante, mas também
a produção da cerveja, exige que os ambientes estejam frescos. Além
disso, as cores das paredes devem ser claras e não refletoras, para
evitar reflexão da luz solar.
48
vida útil das matérias primas. Como as matérias primas primárias das
cervejas são armazenadas dentro de sacos, foi projetada uma porta com
largura de 1,20m. Dessa forma, pallets podem ajudar no transporte das
matérias primas, facilitando o trabalho dos funcionários e tornando o
ambiente fabril mais ergonômico.
18. TRANSPORTES
Segundo Ballou (2001), uma empresa que investe no desenvolvimento
de seu sistema de transporte pode ter um melhor desempenho operacional,
maior disponibilidade de serviços e um custo menor, garantindo maior
49
eficiência nas suas operações. Dadas as demandas e tamanho da instalação
aqui apresentadas e a quantidade de funcionários, bem como a
movimentação, tornaria-se muito custoso e desnecessário adotar um sistema
de movimentação interno com maquinários complexos, tais como
empilhadeiras ou Automatic Guided Vehicle (AGV).
Outras opções como esteiras e transportadores de rolos ocupariam um
espaço considerável que não se justifica pelo peso dos materiais e pelas
distâncias percorridas no processo da fábrica. Assim, a melhor opção é
adotar um sistema simples e suficiente para as necessidades do nosso
processo produtivo, para a análise de tal o transporte foi dividido em dois
grupos.
O primeiro seria em relação à chegada de líquidos nos tanques. Como
o volume é grande, a chegada destes ocorre por meio de tubulações que
alimentam os tanques diretamente, como ilustrado na planta baixa da parte
hidráulica (imagem 23). A máquina de envase presente em outra sala é
alimentada por uma tubulação diretamente ligada à saída da cerveja (imagem
20) nos tanques, de modo a estar disponível para que o operador realize o
envase.
Já em relação às movimentações internas de materiais, tais como
garrafas a serem envasadas ou as que já foram usadas, bem como as
garrafas preenchidas prontas para consumo e o lúpulo que é utilizado no
processo, optou-se pela utilização de carrinhos plataforma industriais
metálicos (imagem 19). Assim, os trabalhadores não precisam carregar os
engradados de garrafas e sacos de lúpulo nos braços, ao invés disso, os
colocam em cima da plataforma do carrinho, podendo colocar e empilhar uma
quantidade considerável e movimentar tudo de uma vez, utilizando das
caixas plásticas já mencionadas no estudo, evitando várias viagens de ida e
volta. A plataforma dos carrinhos teria dimensões aproximadas de 150 cm x
80 cm.
50
Imagem 19 - Ilustração dos carrinhos plataforma utilizados para
movimentação interna
51
Imagem 21 - Planta baixa completa do galpão
52
Imagem 22 - Planta baixa da parte de fabricação da cerveja
53
Imagem 23 - Planta baixa da parte elétrica da cervejaria
54
Imagem 25 - Planta baixa da parte hidráulica da cervejaria
Para uma melhor compreensão do Layout Físico, foi feito também o diagrama
de Espaguete para o processo produtivo de forma a ver como os materiais e
pessoas fluem em nossa planta.
55
Imagem 26 - Diagrama de Espaguete Geral
20. CONCLUSÃO
Após desenvolvimento do presente estudo, torna-se viável a elaboração de
um projeto de instalações industriais de uma cervejaria artesanal. Foi possível
levantar, ainda, todos os recursos necessários para a produção de cerveja e
instalações adicionais necessárias no parque fabril. Ademais, ressalta-se a
importância de se pensar em questões ambientais referentes aos processos, por
isso a escolha das garrafas de vidro e o estudo aprofundado sobre logística reversa
e gestão ambiental. Com o auxílio de ferramentas aprendidas em disciplinas como
Gestão de Projetos e Gestão Ambiental, foi possível abranger, no escopo do
trabalho, questões além do estudo sobre maquinários e processos.
Destarte, é possível concluir a importância e relevância de se aplicar a
ferramenta Six Sigma, que possibilita não só um controle de qualidade como
também a viabilidade de todo o processo. Como desafios, ressalta-se os altos
custos relacionados com os maquinários necessários para a fabricação em lote das
cervejas, sendo necessário, em estudos posteriores, uma análise mais detalhada
sobre a viabilidade do orçamento nesse projeto especificado e sobre uma possível
troca de maquinário por outros mais baratos.
Analisando-se de uma forma mais micro, o presente trabalho ainda ressalta a
necessidade de se analisar todos os postos de trabalho detalhadamente, a fim de
evitar lesões e acidentes de trabalho. Ademais, ficou especificado a grande gama
de possibilidades de aplicação de tecnologias emergentes referentes a indústria 4.0,
que não só aumentariam a qualidade dos processos, como poderiam diminuir
custos a longo prazo - entretanto, por ter alto investimento inicial, optou-se por
deixar como possibilidade apenas os AGVs e QR codes.
56
Por se tratar de uma pesquisa de caráter exploratório, deixa-se como
possibilidades de estudos futuros - além da análise de custos - uma análise mais
detalhada do mercado cervejeiro curitibano, que conta com várias cervejarias
artesanais famosas que competem entre si.
21. REFERÊNCIAS:
57
mercado cervejeiro. Cadernos de Prospecção, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 580, 2018. DOI:
10.9771/cp.v11i2.23433. Disponível em:
https://periodicos.ufba.br/index.php/nit/article/view/23433. Acesso em: 23 jun.
2022.
Moedor de malte
PONZETTO, Gilberto. Mapa de riscos ambientais: NR-5. 2. ed. São Paulo: LTr,
58
2007. 134 p.
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1356129810-moedor-malte-inox-motoriz
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https://www.imovelweb.com.br/propriedades/barracao-capao-raso-2933371711.ht
ml
https://www.imovelweb.com.br/propriedades/excelente-loja-com-600-m-sup2--no-p
rado-velho-proximo-2961330177.html
59