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Prof.º Wangney Ilco

Títulos de crédito.

Sumário
1 – Teoria Geral dos Títulos de Crédito ................................................ 4
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

1.1– Definição de Título de Crédito ............................................................................................... 4


1.2– Princípios e características ..................................................................................................... 4
1.3– Legislação Aplicável ................................................................................................................ 5
1.4– Classificação dos títulos de crédito ........................................................................................ 6
1.5– Endosso .................................................................................................................................. 7
1.6– Aval ......................................................................................................................................... 9
1.6.1– Aval X Fiança.................................................................................................................. 10
2 – Letra de Câmbio ........................................................................... 11
2.1– Definição e Requisitos essenciais ................................................................ 11
2.2– Saque ............................................................................................................................. 12
2.3– Aceite ............................................................................................................................ 12
2.4– Vencimento e Modalidades ............................................................................... 13
2.5–Pagamento da Letra de Câmbio ...................................................................... 14
2.6–Protesto ......................................................................................................................... 14
2.7–Ação cambial .............................................................................................................. 15
3 – Nota promissória ......................................................................... 17
3.1– Definição e Requisitos essenciais ................................................................ 17
3.2– Regime jurídico e características ................................................................. 18
4 – Cheque......................................................................................... 18
4.1– Definição e Requisitos essenciais ................................................................ 18
4.2– Características ......................................................................................................... 19
4.3– Espécies de cheque ............................................................................................... 20
4.4– Apresentação e pagamento do cheque ..................................................... 21
4.5– Revogação e Sustação do cheque ................................................................ 21
4.6– Cheque sem fundos e ação cambial ............................................................ 22
5 – Duplicata ..................................................................................... 23
5.1– Definição e Requisitos essenciais ................................................................ 23
5.2– Aceite ............................................................................................................................ 23

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5.3– Pagamento e aval .................................................................................................. 24


5.4– Protesto e ação cambial ..................................................................................... 25
5.5– Duplicata de prestação de serviços............................................................. 26
6 – Ação cambial e protesto ............................................................... 27
7 – Questões ...................................................................................... 28
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Olá pessoal! Tudo beleza?


Bem, hoje abordaremos os títulos de crédito – Direito Cambiário.
Então vamos lá!!
Abraços e bons estudos.

“Nunca avalie a altura de uma montanha até que atinja


o cume. Quando atingir seu objetivo, verá então com a
montanha era baixa."
(Dag Hammarkjold - Ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1961)

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1 – Teoria Geral dos Títulos de Crédito

1.1– Definição de Título de Crédito

“Art. 887 do CC. O título de crédito, documento necessário ao


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exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente


produz efeito quando preencha os requisitos da lei. ”

1.2– Princípios e características

O crédito está incorporado no papel


(cártula). "documento necessário". A
cartula legitima o crédito.
Cartularidade
(ou incorporação) O possuidor do título poderá exigir a sua
prestação. Apresentar o título é necessário
ao exercício do direito nele contido.

O título representa o direito literal nele


Princípios expresso. Vale o que está escrito no título.
títulos de Literalidade
crédito Não serão consideradas informações em
separado ou apartado do título, exceto a
chamada folha de alongamento.

Cada obrigação que consta no título de


crédito é autônoma e independente em
relação às demais.
Autonomia
Assegura livre circulação do título de
crédito e protege o possuidor de boa-fé.

Considera-se, ainda, que o princípio da autonomia pode ser dividido em dois


subprincípios:

Princípio da autonomia
(título em circulação)

Inoponibilidade das exceções


Abstração pessoais a terceiros de boa-fé

Desprende-se Aspecto As exceções ou


O vício contido
da relação processual da defesas não são
numa obrigação
jurídica que lhe autonomia oponíveis ao
não se propaga
deu causa portador de boa-fé

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NEGOCIABILIDADE: o título de crédito é livremente


aceito no mercado, em razão de sua segurança e
confiança.

EXECUTIVIDADE: têm força executiva extrajudicial e


Características
títulos de crédito
representam direito líquido e certo.

São considerados bens móveis (art. 82 a 84, CC)


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Representam documentos formais com previsão em lei.

• Teoria da criação: a obrigação cambiária surge a partir da assinatura


do emitente sem levar em conta acordos de vontade. Ao ser apresentado,
o pagamento deve ser realizado. Por exemplo, no caso de um cheque
assinado que tenha sido roubado ou furtado – se apresentado ao sacado,
deverá ser liquidado (óbvio que considerando que não houve a
comunicação do roubo). Há certa presunção de que o portador do título
esteja agindo de boa-fé e, por isso, deve ser protegido. Vejamos o art.
905 do CC:
Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação
nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao
devedor.

Parágrafo único. A prestação é devida ainda que o título tenha


entrado em circulação contra a vontade do emitente.

• Teoria da emissão: a mera assinatura do título não significa,


necessariamente, o surgimento da obrigação cambial. É preciso, também,
que ele tenha sido “abandonado” de forma voluntária. Ou seja, no caso
de circulação por meio de fraude, não surge a obrigação cambial que o
título representa. É uma proteção ao emitente do título. Vejamos o caput
do art. 909, CC, onde necessita de uma medida judicial para tanto
(notemos que o portador poderá não receber o pagamento):
Art. 909. O proprietário, que perder ou extraviar título, ou for
injustamente desapossado dele, poderá obter novo título em juízo,
bem como impedir sejam pagos a outrem capital e rendimentos.

1.3– Legislação Aplicável


➢ Letra de Câmbio e Nota Promissória - Lei Uniforme de Genebra (LUG),
incorporada ao ordenamento jurídico nacional pelo Decreto nº 57.663/66. Em
caso de lacuna ou se não for aplicada alguma norma da LUG por reserva
expressa, utilizamos o Decreto 2.044/1908.
o Cheque - Lei nº 7.357/85 (Lei do Cheque - LC) e de forma subsidiária a LUG.
❖ Duplicata - Lei nº 5.474/68 (Lei da Duplicata – LD) e no que couber pela
LUG.

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Ainda, o Código Civil preconiza normas gerais sobre os títulos de


crédito nos arts. 887 a 926.

1.4– Classificação dos títulos de crédito

Envolve 3 sujeitos: sacador ordena que


o sacado pague determinada quantia
representada no título de crédito ao
beneficiário ou tomador
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Ordem de
pagamento
Ex: Cheque - emitente (sacador) ordena
ao banco (sacado) que seja paga a
quantia expressa no cheque ao seu
Quanto à
portador. Letra de câmbio e duplicata.
estrutura
Envolve 2 sujeitos: o promitente
(emitente) promete pagar (ele mesmo)
Promessa de determinada quantia ao beneficiário.
pagamento
Ex: Nota promissória e cédual de crédito
bancário

Lei expressamente autoriza a emissão


Título do título conforme as hipóteses legais.
Causal Ex: Duplicata, na hipótese de venda de
mercadorias ou prestação de serviços.
Quanto à
natureza
Ou abstrato. Podem ser emitidos em
Título
qualquer situação, independente da
não-causal
causa debendi (causa da dívida).

O nome do beneficiário está em branco


no título. A transferência ocorre por
Ao portador simples tradição (entrega), mas
quando emitido sem autorização de lei
especial é nulo (art. 907,CC).

Emitido em favor de pessoa que consta


no registro do emitente (art. 921,CC).
Nominativo
A transferência do título é mediante
Quanto ao termo no registro do emitente.
modo de
circulação
Transmitido em favor de pessoa que
conste no próprio título, pelo simples
À ordem
endosso, lançado no verso ou anverso do
título (art.910,CC).

É transmissível pela forma e com os


efeitos de uma cessão civil de créditos
Não à ordem (art. 11, alínea 2ª, LUG). Consta o nome
do beneficiário e cláusula que veda o
endosso.

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Quanto ao
Prazo

A certo prazo A certo prazo


À vista A dia certo
da vista de data
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O vencimento O vencimento
A data de
se dá no O título deve ocorre em
vencimento vem
momento de ser apresentado determinado
expressamente
sua para aceite e a prazo de sua
no título. A
apresentação, partir daí emissão. A
apresentação
quando deverá correrá o prazo apresentação
para aceite é
ser pago. Ex: de vencimento. para aceite é
facultativa.
cheque facultativa.

NOTA PROMISSÓRIA => promessa de pagamento à vista ou a prazo

CHEQUE => ordem de pagamento à vista

DUPLICATA => ordem de pagamento à vista ou a prazo certo

Por fim, quanto ao modelo, os títulos de crédito podem ser de MODELO


LIVRE, LETRA
onde DE
a CÂMBIO
forma =>nãoordem
precisa observar àum
de pagamento vistapadrão normativamente
ou a prazo
estabelecido, ou de MODELO VINCULADO, onde a lei estabeleceu um padrão,
um formato que deve ser observado pelo título. Ex: Modelo vinculado - cheque
e duplicata; Modelo livre – letra de câmbio.
Obs.: O negócio jurídico que deu causa à emissão do título de crédito
continua válido mesmo quando inválido o título por omissão de qualquer
requisito legal.

1.5– Endosso
declaração formal, facultativa e literal lançada no verso
(normalmente) ou anverso do título, pela qual se transfere a propriedade
do título e, por conseguinte, todos os direitos nele incorporados. Os arts.
11 a 20 da LUG tratam do endosso.
• Endossante - é aquele que passa o título.
• Endossatário - é quem assume as funções do tomador (beneficiário);

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Deve ser puro e simples. Qualquer condição que esteja


subordinado considera-se como não escrita.

Mesmo sem conter expressamente a cláusula "à ordem", o


título é transmissível via endosso.

O endosso parcial é nulo. Ou endossa o título inteiro ou


não endossa.
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Cláusula "não à ordem" ou equivalente - Veda o endosso,


ENDOSSO mas poderá ser transferido pela forma e efeitos de uma
cessão civil de créditos.

Endosso em preto - O nome do endossatário (beneficiário)


vem indicado no título. “Pague-se a fulano de tal.”

Endosso em branco - sem o nome do endossatário. Pode


consistir somente na assinatura do endossante no verso ou
folha anexa. O endosso dado no anverso e em branco
equivale ao aval.

Agora, vejamos as espécies de endosso:


Tipo de endosso Características
É um endosso impróprio, pois não transfere a propriedade do
título ao endossatário, apenas o constitui como mandatário.
Porém, o endossatário poderá exercer os direitos inerentes ao
Endosso-mandato título, salvo restrição expressa. Ainda poderá endossar novamente
o título na qualidade de procurador. Não se extingue por morte ou
ou procuração
sobrevinda incapacidade legal do endossante. Contém a expressão
“valor a cobrar”, “para cobrança” ou “por procuração” (art. 917, CC
e art. 18, LUG).

O título de crédito serve como garantia ao cumprimento de


obrigações assumidas pelo endossante. É também uma
Endosso espécie de endosso impróprio, pois não transfere a
pignoratício ou propriedade do título. O endossatário é mero credor e poderá
caução exercer todos os direitos inerentes ao título. Contém a expressão
“valor em garantia” e “valor em penhor” (art. 19, LUG).

O endosso ocorre após o vencimento do título, mas produz os


mesmos efeitos que o anterior. Este endosso precisa, porém,
Endosso póstumo ser feito antes do protesto, senão produzirá os efeitos de uma
ou tardio cessão civil de créditos (art. 20, LUG).

Não tem previsão legal expressa. É aquele que tem como causa
um contrato de alienação fiduciária em garantia de bem
móvel. O credor do contrato recebe do devedor, através de
Endosso fiduciário endosso, a propriedade da letra de câmbio, comprometendo-se a
reendossá-la após o pagamento da última prestação do
financiamento. Neste caso o endosso é completo, ou seja, é
translatício de domínio (próprio).

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• LEIS ESPECÍFICAS => endossante se responsabiliza pelas


obrigações do título, salvo regra em contrário;

• CÓDIGO CIVIL => endossante não se responsabiliza pela prestação


constante do título, salvo regra em contrário.

1.6– Aval
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“Art. 47 da LUG. Os sacadores, aceitantes, endossantes ou avalistas de uma letra


são todos solidariamente responsáveis para com o portador.”

O aval, então, possui duas características principais: a equivalência e a


autonomia.

Equivalência Autonomia
(aval) (aval)

O ato de avalizar é
O avalista é devedor e autônomo em relação à
responsável da mesma obrigação avalizada, ou
maneira que o seu avalizado seja, a existência do aval,
pela obrigação constante no bem como sua validade e
título de crédito (art. 32, eficácia, não estão
LUG). condicionadas à da
obrigação avalizada.

Em branco: somente assinatura identificada como aval,


onde não se identifica o avalizado. Presume-se dado em
favor do emitente (sacador) do título de crédito.

Em preto: o avalizado é identificado (art. 31, LUG).

Simultâneo ou co-aval: diversos avalistas estão


Aval
avalizando a mesma pessoa, ao mesmo tempo. São
solidários.

Sucessivo: Um avalista é avalista de outro.

AVAL parcial: O CC não admite (art. 987,§único). A


LUG admite (art. 30, LUG).

Obs.: Súmula 189 – STF: “avais em branco e superpostos consideram-


se simultâneos e não sucessivos”.

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1.6.1– Aval X Fiança

Aval Fiança

•Obrigação autônoma •Obrigação acessória, que


•A inexigibilidade da obrigação depende da principal;
do avalizado não afeta o •Se a obrigação é inexigível,
avalista. igualmente é a fiança.
•Solidariedade presumida •A solidariedade entre fiador
entre avalista e avalizado. e afiançado deve ser expressa
•Não há benefício de ordem, (contrato).
podendo o avalista e o •Há o benefício de ordem, e
avalizado serem acionados o fiador é acionado após o
juntos. afiançado.
•As exceções que aproveitam •O fiador, em geral, pode
o avalizado são inoponíveis alegar contra o credor as
pelo avalista. exceções do afiançado.

Envolve 3 sujeitos: sacador ordena que


o sacado pague determinada quantia
representada no título de crédito ao
Ordem de beneficiário ou tomador
pagamento
Ex: Cheque - emitente (sacador) ordena
ao banco (sacado) que seja paga a
quantia expressa no cheque ao seu
Quanto à
portador. Letra de câmbio e duplicata.
estrutura
Envolve 2 sujeitos: o promitente
(emitente) promete pagar (ele mesmo)
Promessa de determinada quantia ao beneficiário.
pagamento
Ex: Nota promissória e cédual de crédito
bancário

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2 – Letra de Câmbio

2.1– Definição e Requisitos essenciais

Sacador
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(emitente
) Entrega a letra
Ordem de pagamento
de câmbio

Sacado Tomador
(beneficiário)

A palavra "letra de câmbio"

Mandato puro e simples de pagar quantia


determinada

Requisitos O nome do sacado e do tomador


da letra de
câmbio A época do pagamento. Se omissa, é pagável
à vista.

O lugar do pagamento. Se omisso, é o local ao


lado do nome do sacado e domicílio do sacado

Data e local de emissão. Se omisso, é o local


ao lado do nome do sacador.

Omissão do lugar do pagamento


LUG (letra de câmbio) C. Civil (regras gerais)

Domicílio do SACADO Domicílio do EMITENTE

Obs.: SÚMULA 387 do STF: “A cambial emitida ou aceita com omissões,


ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da
cobrança ou do protesto”.

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2.2– Saque

SAQUE
Letra de Câmbio
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À ordem do próprio Sobre o próprio Por ordem e conta de


sacador sacador terceiros

Situação normal,
O sacador emite a O sacador emite a
com sacador,
letra a seu favor (é letra contra ele
sacado e tomador
o tomador). próprio (é o sacado).
distintos.

2.3– Aceite
... é uma declaração unilateral e facultativa do sacado, o qual assume
a obrigação de pagar a soma indicada no título nos prazos ali especificados,
passando a ser chamado de aceitante e obrigado principal.

Sacador
(emitente
) Entrega a letra
Ordem de pagamento
de câmbio

Sacado Tomador
(aceitante) (portador da
LC)

Apresentação da LC p/ aceite

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O sacado pode limitar a quantia


É puro e (ACEITE PARCIAL).
simples
Outra modificação na LC equivale
como recusa de aceite.

Normalmente é o domicílio do
sacado (art. 27, LUG)
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ACEITE Localidade
Outro local pode ser indicado para o
pagamento.

Se o sacado risca o aceite dado,


considera-se recusado(art.29,LUG)
Cancelamento
Se o sacado declara por escrito
que aceita, então fica obrigado

2.4– Vencimento e Modalidades

Modalidades
de Letra de Câmbio

A certo prazo A certo prazo


À vista A dia certo
da vista de data

O vencimento
A data de
O vencimento O título deve ocorre em
vencimento vem
se dá no ser apresentado determinado
expressamente
momento da para aceite e a prazo de sua
no título. A
apresentação, partir daí emissão. A
apresentação
quando deverá correrá o prazo apresentação
para aceite é
ser pago. de vencimento. para aceite é
facultativa.
facultativa.

Letra de Câmbio
NÃO-aceitável

Proibição de apresentação para aceite com o uso da expressão "sem


aceite" ou "não aceitável". Evita vencimento antecipado.

Não aplica-se à LC emitida a certo prazo da vista e à LC pagável em


domicílio diferente do sacado ou em domicílio de terceiro.

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2.5–Pagamento da Letra de Câmbio

Vencimento
Antecipado

Por falta ou recusa FALÊNCIA do sacador


FALÊNCIA do sacado
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de ACEITE (LC não aceitável)

Deve ser Aceitante ou não. A


A sentença de
comprovado por ato sentença de
declaração da
formal (protesto) declaração da
falência é suficiente
nos prazos fixados falência é suficiente
para exercer o direito
para a apresentação para exercer o direito
de ação cambial.
ao aceite. de ação cambial.

A quitação regular deve ser na própria LC -


princípio da literalidade.

O devedor (sacado) que paga pode exigir a entrega


da LC com a devida quitação (retira de circulação).

Desonera-se o devedor que paga a LC no


Pagamento vencimento, exceto se agiu de má-fé.

O portador não poderá recusar o pagamento


parcial - deve constar esse pagamento na LC.

O portador não é obrigado a aceitar o pagamento


antecipado, mas aquele que paga fica responsável.

2.6–Protesto
“o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o
descumprimento de obrigação” cambiária, e demonstra-se a falta de
pagamento, a falta de aceite ou a não-devolução do título de crédito.
As MODALIDADES de protesto são as seguintes (art. 21, Lei
9.492/97):

Por falta ou recusa de Por falta de Por falta de


ACEITE PAGAMENTO DEVOLUÇÃO
•Somente antes do •Após o •Quando o sacado
vencimento da vencimento. não devolve no
obrigação e após o •Contra o sacado, prazo legal a letra
decurso do prazo somente se ele for de câmbio e
para o aceite ou a aceitante da LC. duplicata.
devolução.
•Impõe o vencimento
antecipado.

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Obs.: Prazo do protesto por falta de pagamento-Divergência


doutrinária:

Lei Interna LUG


(Decreto nº (Decreto nº 57.663/66)
2.044/1908)

•Art. 44, 3ª alínea - LC pagável


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•Art. 28 - A LC deve ser


protestada no em dia fixo ou a certo termo
PRIMEIRO dia útil que de data ou de vista deve ser
se seguir ao do protestada num dos DOIS
vencimento. DIAS úteis seguintes àquele
em que a letra é pagável.

Protesto •Contra os coobrigados - sacador,


necessário endossantes e seus avalistas.

Protesto •Contra o devedor principal


facultativo (aceitante) e seu avalista.

Dispensa o portador de efetuar o protesto.


Cláusula "sem Dada pelo sacador, endossante ou avalista.
despesas" ou
"sem protesto" SE dada pelo sacador, beneficia todos os
signatários da LC. Mas não dispensa o
portador da apresentação no prazo.
PROTESTO

SUSTAÇÃO Retirada do título antes da lavratura do


protesto. Paga-se despesas e emolumentos.

Pelo pagamento. Se por outro motivo,


deve ser pela via judicial.
Cancelamento
Qualquer interessado, mediante
apresentação do documento protestado.

2.7–Ação cambial
A ação cambial nada mais é que a simples ação executiva extrajudicial
para cobrança do título de crédito.

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Protesto Protesto
Ação Cambial
facultativo Necessário

Regressiva: do portador
Direta: todos
contra coobrigados ou
contra o aceitante
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coobrigados entre si

Prescrição c/ coobrigados
Prescrição: 3 anos Prescrição contra entre si: 6 meses
do vencimento. coobrigados: 1 ano contados do dia em que
da data do protesto pagou ou foi acionado

Avalista (em branco)


Sacador
(emitente) Entrega a letra
de câmbio
3 anos-ação cambial
Ordem de pagamento

Sacado 3 anos-ação cambial Tomador


(aceitante) (endossante)

LC
3 anos-ação cambial
X
Apresentação da LC p/ aceite
Portador
(endossatário)

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3 – Nota promissória

3.1– Definição e Requisitos essenciais

Uma PROMESSA de pagamento direta e escrita, à vista ou


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a prazo, feita por uma pessoa (emitente ou subscritor) em


benefício de outra (tomador ou beneficiário).

Promete o pagamento
da dívida
Emitente Tomador
(subscritor) (beneficiário)
Nota promissória

Devedor e obrigado
principal

A palavra "nota promissória"

Promessa pura e simples de pagar quantia


determinada

Requisitos O nome do tomador (beneficiário)


da NP
A época do pagamento. Se omissa, é pagável
à vista.

O lugar do pagamento. Se omisso, é o lugar onde


foi passada e domicílio do subscritor.

Data e local de emissão. Se omisso, é o local


ao lado do nome do subscritor.

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3.2– Regime jurídico e características

Ajustes
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As disposições
Aceitante da LC incompatíveis a Modalidade "a certo
= subscritor da promessa de termo da vista" Aval em
NP (art. 78,LUG) pagamento branco
Prescrição é de
3 anos, como é Apresenta a NP para
para o aceitante; Aceite, cláusula visto do subscritor O avalizado é o
protesto "não aceitável", no prazo de até um subscritor no
facultativo c/ prazo para ano. A partir do visto caso do avalista
subscritor; apresentação ao corre o prazo de não identificar o
falência do aceite, vencimento vencimento. Cabe seu beneficiário
subscritor antecipa antecipado por protesto no caso de (art. 77, LUG)
o vencimento. falta de aceite, recusar dar o visto.
recusa parcial, ...

4 – Cheque

4.1– Definição e Requisitos essenciais


O cheque é uma ordem de pagamento à vista, escrita e em dinheiro,
emitida pelo sacador contra uma instituição financeira (banco, sacado), onde
possui provisão de fundos, em benefício de terceiro (tomador ou beneficiário).

Obrigado
Sacador principal
(emitente)

Ordem de Entrega o
pagamento cheque

Sacado Tomador
(banco) (beneficiário)

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A palavra "cheque"

Ordem incondicional de pagar


quantia determinada
Requisitos do
Cheque O nome do sacado
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O lugar do pagamento. Se omisso, é


o lugar junto ao nome do sacado

Data e lugar de emissão. Se


omisso, é o local junto ao nome do
emitente.

4.2– Características

À ordem do próprio sacador

Formas de Por conta de terceiros


Emissão
(art. 9º)
Na forma de cheque administrativo

CHEQUE Nominal "à ordem" (com ou sem


a expressão) - tem o nome do
beneficiário e permite o endosso
Formas de Nominal "não à ordem" - tem o
circulação - nome do beneficiário e proíbe o
endosso endosso
(art. 8º)

Ao portador - sem o nome do


beneficiário. Pagável a quem
apresentar o cheque

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4.3– Espécies de cheque

• Visado (art. 7º, LCh) =>o banco sacado visa o cheque (verso) e garante
a reserva de fundos na conta do emitente (sacador) durante o prazo
de apresentação, a pedido do tomador ou do próprio emitente. Não
significa o aceite e o cheque deve ser sempre nominal. Somente o
cheque nominativo e ainda não endossado pode receber o visto;
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• Cruzado (art. 44, LCh) => o valor deve ser pago a banco ou cliente do
ESPÉCIES DE CHEQUE

sacado mediante crédito em conta, não podendo ser pago na “boca do


caixa”. Emitente ou portador podem cruzar o cheque – dois traços
paralelos no anverso. Cruzamento geral (sem indicar o banco p/
depósito do cheque) e especial (indica o nome do banco);

• Para ser creditado em conta (art. 46, LCh) => tem a mesma função
do cheque cruzado; não pode ser pago em dinheiro, o banco faz o
lançamento contábil (crédito em conta, transferência ou
compensação). É feita a inscrição transversal no anverso do cheque da
expressão “para ser creditado em conta’’. Não se admite a cláusula “à
ordem” e, consequentemente, o endosso.

• Administrativo (art. 9º, III, LCh) =>emitido contra o banco sacador,


desde que não ao portador, ou seja, é emitido pelo banco em benefício
de terceiro e pagamento por uma das filiais do emitente. O emitente e
sacado são os mesmos (banco). Também chamado de cheque bancário
ou de tesouraria. Usado para dar segurança quando envolver grandes
valores.

Outros
cheques

Cheque Cheque Cheque de


marcado especial viagem
O banco poderia Cheque fiscal
O banco Disponibilizado
marcar outro disponibiliza pelo banco ao Emitido pelas
dia para crédito ao cliente cliente talonários autoridades
pagamento, sem que este com valores fixos - fazendárias
tornando-se tenha moeda estrangeira. para devolução
codevedor. necessariamente Confere maior de excesso de
"Bom para o fundos disponível segurança aos arrecadação.
dia...". Não no banco. Via viajantes.
mais admitido. contrato. Traveller's check.

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4.4– Apresentação e pagamento do cheque


Como já foi visto na sua definição, o cheque é uma ordem de pagamento
pagável à vista, e como consequência dessa definição, qualquer disposição
em contrário é considerada como não escrita.
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PRAZO de apresentação do cheque para pagamento


“mesma praça”
Lugar de pagamento = lugar de emissão.

30 dias
Data de emissão-
indicada no cheque

“praças diferentes”
Lugar de pagamento ≠ lugar de emissão. 60 dias

Súmula 600 do STF – “Cabe ação executiva contra o emitente e seus


avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal,
desde que não prescrita a ação cambiária”.

4.5– Revogação e Sustação do cheque


O ato de evitar o pagamento do cheque pelo sacado ao portador pode
ocorrer de duas maneiras que se excluem reciprocamente:

Revogação Sustação
(contraordem) X (oposição)
Art. 35 Art.36

•Ato exclusivo do emitente. •Ato do emitente e portador


•Produz efeito definitivo. legítimo - por escrito.
•Somente produz efeitos após •Efeitos imediatos
expirado o prazo de •Mesmo durante o prazo de
apresentação - não é imediato. apresentação.
•Revoga-se a ordem de •Deve haver relevante razão de
pagamento dada. direito (furto, roubo, extravio,
•Dado por via judicial ou etc.)
extrajudicial •IMPEDE o pagamento

Obs.: Segundo determinada doutrina, a revogação não exige a existência de


saldo disponível na conta bancária; na sustação, há a necessidade de existir
saldo disponível.

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4.6– Cheque sem fundos e ação cambial


.... cabe ação cambial por falta de pagamento contra os obrigados
cambiários (emitente, endossantes e avalistas) para cobrar o cheque não pago.
O banco sacado possui apenas responsabilidade contratual e não é executado.

Cheque apresentado em
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Contra os tempo hábil


endossantes e
seus avalistas Prova da recusa por
protesto ou declaração
do sacado
Contra o
emitente e seu Protesto facultativo
avalista
Ação de O protesto deve ser feito no prazo de
execução apresentação (30 ou 60 dias) ou no 1º dia útil
seguinte (art. 48).

Declaração do banco equivale ao protesto para


demandar os codevedores

Objetos: valor do cheque , os juros desde o dia


da apresentação, as despesas que fez e perda do
poder aquisitivo da moeda

Prazo prescricional
ação cambial

6 meses

Do término do prazo de Do dia em que o obrigado


apresentação (30 ou 60 dias) pagou ou foi demandado

Do coobrigado que
Do portador contra
pagou contra os demais -
qualquer acionado
ação de regresso

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5 – Duplicata

5.1– Definição e Requisitos essenciais

Ordem de pagamento
Sacado
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Emitente Duplicata (comprador)


ou sacador
(vendedor)
Devedor e obrigado
principal
Credor originário

Art. 2º. No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata
para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de
título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao
comprador.

A palavra "duplicata" e nº da fatura

Data de emissão e nº de ordem

Requisitos da O nome e domicílio do vendedor e comprador


Duplicata
Data vencimento ou declaração à vista

Valor a pagar (sempre o total da fatura), local de


pagamento e cláusula à ordem.

Aceite do comprador e assinatura do vendedor

5.2– Aceite
O sacado ou comprador deverá proceder ao aceite da duplicata, pois o
aceite é obrigatório. Porém, esta regra possui as seguintes hipóteses de
exceção (Art. 8º, LD):

ACEITE é obrigatório, exceto:


•Avaria ou não recebimento das mercadorias,
quando não expedidas ou não entregues.
•Vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou
na quantidade das mercadorias, devidamente
comprovados;
•Divergência nos prazos ou nos preços
ajustados.

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Ordinário - assinatura do devedor no campo


próprio

Por presunção - o aceite fica caracterizado mesmo


Tipos de
em caso de retenção ou inutilização ou restituição
aceite sem assinatura da duplicata

Por comunicação - retenção da duplicata e envio


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de comunicação escrita ao credor.

Remessa Devolução
Emissão da
para aceite pelo sacado
duplicata

30 dias 10 dias

5.3– Pagamento e aval

Pagamento

O comprador poderá Desde que autorizados, Pode haver reforma ou


resgatar a duplicata quaisquer créditos prorrogação do
antes do aceite ou podem ser deduzidos vencimento mediante
no pagamento, como assinatura do vendedor
vencimento - prova-
os surgidos de ou endossatário ou
se pelo recibo no devolução de procuradores, bem
verso da duplicata ou mercadorias, diferença como da anuência dos
em documento em de preços, enganos intervenientes por
separado verificados, etc. endosso ou aval.

AVAL ANTECIPADO: O aval dado antes do titulo ser aceito pelo sacado
responsabiliza o avalista no caso da posterior recusa ao aceite? Há
divergência doutrinária. A corrente majoritária defende que o que se
está avalizando é o título e não a pessoa. Além disso, o aval é ato cambial
autônomo, existindo mesmo quando o sacado (avalizado) não aceita o
título. Assim, o avalista assume a obrigação de pagar o título de
crédito no vencimento, mesmo sem o aceite do avalizado. No mesmo
sentido, a Lei Interna-LI (Dec. 2.044/08) dispõe em seu art. 14: “O
pagamento de uma letra de câmbio, independente do aceite e do
endosso, pode ser garantido por aval. Para a validade do aval, é
suficiente a simples assinatura do próprio punho do avalista ou do
mandatário especial, no verso ou no anverso da letra”.

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5.4– Protesto e ação cambial


O protesto da duplicata ocorre por 3 (três) razões (art. 13, LD):

Por falta ou
recusa ao
aceite
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Protesto Por falta de


Por falta de da
pagamento devolução
duplicata

Garante o direito
de regresso contra
endossantes e
avalistas

O protesto deverá ser tirado em forma regular e dentro do prazo de 30


(trinta) dias da data de seu vencimento.

Não depende de protesto; basta a


Contra o duplicata
aceitante
(art. 15, I, LD)

Ação Contra o
cambial Precisa do protesto
endossante e
avalistas (arts. 15, II e 13, §4º, LD)
Duplicata

Contra o Não foi aceita. Depende dos


sacado requisitos acumulados:

1.Sacador deve comprovar que cumpriu a


sua parte do contrato;
2. Protesto da duplicata;
3.Não houve legítima recusa ao aceite.

No caso de impossibilidade de ajuizar a ação de execução acima, a


duplicata ou triplicata não aceita poderá ser cobrada através de ação
ordinária, nos seguintes casos (art. 16, LD):
a) protestada, mas sem o documento hábil de comprovação da
entrega da mercadoria;
b) sem protesto e com documento hábil;

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c) sem protesto e sem documento hábil;

Prescrição ação cambial


(duplicata)
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Contra obrigado
Dos coobrigados
direto (aceitante e Contra coobrigado
entre si
avalista) e sacado

Em 3 (três) anos Em 1 (um) ano da


Em 1 (um) ano da
da data do data do pagamento
data do protesto
vencimento pelo coobrigado

5.5– Duplicata de prestação de serviços

• Emitente: as empresas individuais ou coletivas (sociedades


empresárias), fundações e sociedades civis que se destinam à prestação
de serviços, bem como profissionais liberais que prestem serviços, ainda
que de natureza eventual;
• Documento hábil para comprovação da prestação do serviço: para
fins de protesto, qualquer escrito que comprove a efetiva prestação e
vínculo contratual (art. 20, §3º).
A duplicata de prestação de serviços também poderá não ser aceita pelo
devedor, conforme os seguintes motivos:
I. Não correspondência com os serviços efetivamente contratados;
II. Vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente
comprovados;
III. Divergência nos prazos ou nos preços ajustados.

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6 – Ação cambial e protesto

PRAZOS PRESCRICIONAIS

TÍTULO PRAZO TERMO INICIAL SUJEITO (contra)

3 anos Do vencimento Aceitante

LETRA DE 1 ano Do protesto Endossante/sacador


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CÂMBIO
6 meses Do pagamento ou do Coobrigados entre si
acionamento

3 anos Do vencimento Emitente/subscritor

NOTA 1 ano Do protesto Endossante


PROMISSÓRIA
6 meses Do pagamento ou do Coobrigados entre si
acionamento

6 meses Do término do prazo de Independente do


apresentação (30 ou 60 acionado
CHEQUE dias)

6 meses Do pagamento ou do Coobrigados entre si


acionamento

3 anos Do vencimento Aceitante/avalista/saca


do-Aceite presumido
DUPLICATA
MERCANTIL 1 ano Do protesto Coobrigado

1 ano Do pagamento Coobrigado entre si

Então, meus amigos e amigas, terminamos aqui mais um tópico de nosso


programa, ok? Na sequência, temos algumas questões CESPE. Ressalto que, no
momento, apresentamos uma quantidade pequena de questões da banca, mas
que serão disponibilizadas para uma aula somente de questões ao final, ok?
Então, não se preocupe que teremos uma enorme quantidade de questões
CESPE ao final. Beleza?

Qualquer dúvida é só perguntar. Estarei sempre disponível!

Desejo a todos um excelente estudo e vamos que vamos!


Abraço!
Wangney

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7 – Questões

1. (CESPE / Juiz do Trabalho-TRT-23ª /2009) Sobre a letra de cambio é


correto afirmar que:
e) Se for emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada
pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
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Comentários
CERTO, conforme o conteúdo da súmula 387 do STF que acabamos de ver.
Logo, a letra de câmbio não necessita estar totalmente completa no momento
de sua emissão, sendo permitido o seu preenchimento posterior. O mesmo vale
para os demais títulos de crédito, ok? O art. 891 do CC também reforça este
entendimento. Assim, os títulos de crédito podem circular ao portador (ou em
branco) desde a sua emissão, mas devem estar completos no momento do seu
pagamento. Por exemplo, alguém pode assinar um cheque e entregar a pessoa
de sua confiança para que o complete, conforme ajustado entre eles. Essa
pessoa deve agir de boa-fé ao completar o título.
Gabarito1: Certo

2. (CESPE/Analista–Advogado-HEMOBRÁS/2008) Acerca da teoria geral


dos títulos de crédito, julgue os itens:
1) Segundo a doutrina dominante, são princípios gerais do direito cambiário a
cartularidade, literalidade e autonomia das obrigações.
Comentários
Certo. A assertiva está certa e limitou-se a cobrar somente o conhecimento da
existência dos princípios dos títulos de crédito. As bancas costumam cobrar o
conhecimento desses princípios, ok?
Gabarito2: Certo

3. (CESPE/Delegado da PF/2013) Com relação aos títulos de crédito, julgue


o item abaixo.
O devedor que, como forma de pagamento de um negócio celebrado, transfere
ao credor, por simples tradição, títulos de crédito emitidos por terceiros, sem
endossá-los, não possui responsabilidade solidária pelo pagamento da cártula.
Comentários
Certo. Pelo endosso do título de crédito, transfere-se todos os direitos
representados na cártula. Assim, configura-se um ato cambiário, sujeito ao
regime dos títulos de crédito. No entanto, não houve endosso; mas, simples
tradição do título. Exemplo: Na compra de um produto, o comprador emite
cheque em favor do vendedor, que possui um débito com o seu mecânico.

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Então, o vendedor transfere de forma simples, sem endosso, o cheque ao seu


mecânico para liquidar a sua dívida. Neste caso, o cheque foi transferido com
os efeitos de uma cessão civil de créditos (art. 11, alínea 2ª, LUG):
“Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não a
ordem", ou uma expressão equivalente, a letra só é transmissível
pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos”.

O art. 919 do CC também é no mesmo sentido: “A aquisição de título à ordem,


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por meio diverso do endosso, tem efeito de cessão civil”. Assim, devemos nos
socorrer nos dispositivos do CC que tratam da cessão civil transcritos abaixo.
Como podemos observar, não há a responsabilidade solidária pelo pagamento,
mas somente pela existência do crédito no momento da cessão:
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito
ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas
cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela
solvência do devedor.

Gabarito3: Certo

4. (CESPE/Delegado da PF/2013) De acordo com a legislação


empresarial vigente, julgue o item a seguir.

O denominado cheque pré-datado, apesar de usual no comércio brasileiro, não


está previsto na legislação, segundo a qual o cheque é uma ordem de
pagamento à vista, estando a instituição bancária obrigada a pagá-lo no ato de
sua apresentação, de modo que a instituição não pode ser responsabilizada pelo
pagamento imediato de cheques datados com lembrete de desconto para data
futura.
Comentários
Certo. Conforme o art. 32 da Lei do Cheque (Lei nº 7.357/85):
Art. 32. O cheque é pagável à vista. Considera-se não-estrita qualquer menção
em contrário.
Parágrafo único - O cheque apresentado para pagamento antes do dia indicado
como data de emissão é pagável no dia da apresentação.

Assim, a instituição não tem responsabilidade pelo pagamento imediato


de cheques pré-datados, conforme entendimento jurisprudencial. No entanto,
conforme Súmula nº 370 do STJ (“Caracteriza dano moral a apresentação
antecipada do cheque pré-datado”), o credor que apresentou o cheque antes da
data pactuada poderá ser responsabilizado por dano moral.
Gabarito4: Certo

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