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2ª2ª

EDIÇÃO
EDIÇÃO

MANUAL
MANUALde
de
FARMÁCIA
FARMÁCIA

ANÁLISES
ANÁLISES Volume
Volume 55
CLÍNICAS
CLÍNICAS
2ª2ª
EDIÇÃO
EDIÇÃO

MANUAL
MANUAL de
de
FARMÁCIA
FARMÁCIA

ANÁLISES
ANÁLISES Volume
Volume 55
CLÍNICAS
CLÍNICAS

COORDENADORA
COORDENADORADA
DACOLEÇÃO
COLEÇÃO
AANDRÉA
NDRÉAMM ENDONÇAGG
ENDONÇA USMÃOCC
USMÃO UNHA
UNHA

AUTORES
AUTORES
ANA
ANALEONOR
LEONORPARDO
PARDOCAMPOS
CAMPOSGG ODOY• A
ODOY • NDRÉA
ANDRÉAMM ENDONÇA
ENDONÇA GG
USMÃO
USMÃOCUNHA
CUNHA
ANDREZA
ANDREZAPATRICIA
PATRICIAMMARINHO
ARINHO SOUZA
DEDE SOUZAMM ARTINS• C
ARTINS • AROLINE
CAROLINECONCEIÇÃO
CONCEIÇÃODADAGGUARDA
UARDA
CYNARA
CYNARAGG
OMES
OMES BARBOSA• M
BARBOSA • MAGDA
AGDA OOLIVEIRA
LIVEIRASEIXAS CARVALHO• R
SEIXASCARVALHO • ICARDO
RICARDORICCIO
RICCIOOOLIVEIRA
LIVEIRA
SUZANA
SUZANARAMOS FERRER• T• HESSIKA
RAMOSFERRER THESSIKAHH IALLA ALMEIDA
IALLA ALMEIDA
2021
© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda.
pela Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução
deste volume ou qualquer parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas
ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições apli-
cam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas, sem
permissão expressa da Editora.

Título | Análises Clínicas


Editora | Caroline Cerqueira
Diagramação| Microart Design Editorial
Capa | Elementto Art
Copidesque | Microart Design Editorial
Conselho Editorial | Caio Vinicius Menezes Nunes
Itaciara Lazorra Nunes
Paulo Costa Lima
Silvio José Albergaria da Silva

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

C972a Cunha, Andréa Mendonça Gusmão (coord.).

Análises Clínicas / Andréa Mendonça Gusmão Cunha. – 2 .


ed. – Salvador, BA : Editora Sanar, 2021.
416 p.; il; 16x23 cm. (Coleção Manuais da Farmácia, v.5).

Inclui bibliografia
ISBN 978-65-89822-58-5

1. Análises Clínicas. 2. Coleção Manuais. 3. Farmácia. 4.


Manual. I. Título. II. Assunto. III. Cunha, Andréa Mendonça
Gusmão.

CDD: 615
CDU: 615.12

ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO


1. Medicina: Farmácia.
2. Medicina: Análises Clínicas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CUNHA, Andréa Mendonça Gusmão (coord.). Análises Clínicas. 2. ed. Salvador: Editora Sanar, 2021. (Coleção
Manuais de Farmácia, v.5).

Editora Sanar Ltda.


Rua Alceu Amoroso Lima, 172
Caminho das Árvores,
Edf. Salvador Offiace & Pool, 3º andar.
CEP: 41820-770, Salvador – BA.
Telefone: 71.3052-4831
www.sanarsaude.com
atendimento@editorasanar.com.br
AUTORES

ANDRÉA MENDONÇA GUSMÃO CUNHA


Coordenadora

Farmacêutica Bioquímica com habilitação em Análises Clínicas e Saúde Píblica for-


mada pela Universidade Federal da Bahia (1996/1998), Mestrado (2001) e Doutorado
(2005) em Ciências Médicas na área de Virologia e Biologia Molecular pela Universida-
de Estadual de Campinas (UNICAMP) e Pós-doutorado (2009) em Virologia Molecular
pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Possui experiência na área de Microbiologia,
Biologia Molecular e Cultura de Células, com ênfase em Virologia e diagnóstico mole-
cular de patógenos. Atualmente é Professora Associada I da Universidade Federal da
Bahia (UFBA) e Professora Adjunta da UniFTC. Consultora e avaliadora externa de Pro-
jetos de Pesquisa da ANLIS/Argentina e Consultora Ad Hoc PPSUS. Compatibilidade
com o leitor de tela ativada.

ANA LEONOR PARDO CAMPOS GODOY

Professora Adjunto de Toxicologia e Análise Toxicológica na Faculdade de Farmácia


da Universidade Federal da Bahia, com pós-doc em Farmacologia Clínica com ênfase
em farmacocinética no Programa de Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas,
pela Universidade de São Paulo (2010 – 2012). Doutora em Ciências – área Toxicologia
(2006/2009) pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universi-
dade de São Paulo em farmacocinética de fármacos quirais, com doutorado Sandu-
íche – Ünivesitat Ulm, Ulm (Alemanha) com abordagem em farmacologia e farma-
cogenética (2008-2009). Mestre em Toxicologia (2004-2006) e graduada em Farmácia
Bioquímica modalidade Fármaco e Medicamento, ambas pela Faculdade de Ciências
Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (2003). Experiência na
área de Farmacologia Clínica/Toxicologia, atuando principalmente nos seguintes te-
mas: farmacologia clínica, farmacocinética experimental e clínica, toxicologia, doen-
ças autoimunes, fármacos quirais.
ANDREZA PATRICIA MARINHO DE SOUZA MARTINS

Biomédica pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Mestre


em Química Biológica – Instituto de Bioquímica Médica (IBQM)/ Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou como pesquisadora na área de virologia e diagnós-
tico molecular na UFRJ e Instituto Fernandes figueira (IFF/FIOCRUZ). Ministra há 15
anos as disciplinas de Bioquímica, Fisiologia,Patologia, Sistema nervoso, entre outras.
Atualmente é analista de conteúdo da Hilab, escritora, revisora técnica e professora
referência do núcleo de farmácia da Sanar Saúde.

CYNARA GOMES BARBOSA

Graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA),


Mestrado e Doutorado em Patologia também pela UFBA / Fundação Oswaldo Cruz,
com período sanduíche na Boston University. Atua nas áreas de Análises Clínicas com
ênfase em Bioquímica Clínica, Hematologia Clínica, Diagnóstico Laboratorial e Biolo-
gia Molecular. É Professora Adjunta de Bioquímica Clínica, Diagnóstico Laboratorial
e Estágio em Análises Clínicas, da Faculdade de Farmácia da UFBA. Realiza pesquisa
na área de biomarcadores genéticos, bioquímicos e imunológicos moduladores da
anemia falciforme, de neoplasias hematológicas e doenças multifatoriais. É revisor de
periódicos nas áreas de Análises Clínicas e Medicina Laboratorial.

MAGDA OLIVEIRA SEIXAS CARVALHO

Graduada em Farmácia e habilitada em Análises Clínicas e Saúde Pública pela Univer-


sidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre em Patologia Humana pela UFBA/Friocruz-Ba.
Doutora em Patologia Humana pela UFBA/FRIOCRUZ-BA. Atualmente é farmacêuti-
ca habilitada em análises clínicas do Hospital Universitário Professor Edgard Santos
(HUPES) da UFBA. Atua como coordenadora de Laboratório de Análises Clínicas e
também como professora de cursos de graduação e pós-graduação na área de Bio-
medicina, Farmácia e Medicina. Experiência em Hematologia Clínica, Bioquímica Clí-
nica e Biologia Molecular.
RICARDO RICCIO OLIVEIRA

Doutor e Mestre em Imunologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre


em Clinical Epidemiology and Health Services Research pela Weill Cornell Medical
College – Nova York-EUA. Graduado em Farmácia com Habilitação em Análises
Clínicas pela UFBA. Foi Professor Adjunto de Parasitologia da Faculdade de Farmácia
da UFBA entre 2011 e 2013. Desde 2013 é Pesquisador em Saúde Pública da
FIOCRUZ-BA e professor permanente do programa de pós-graduação em Patologia
(PGPAT) da UFBA/FIOCRUZ. Atualmente é Chefe do Laboratório de Patologia
Experimental (LAPEX) da FIOCRUZ-BA, Acessor da Vice-diretoria de Pesquisa,
Desenvolvimento Tecnológico e Serviço de Referência da FIOCRUZ-BA e Vice-
coordenador Nacional do Programa Integrado de Esquistossomose da FIOCRUZ
(PIDE/FIOCRUZ).

SUZANA RAMOS FERRER

Graduação em Farmácia pela Universidade Federal da Bahia (1992), com habilitação


em Análises Clínicas e Saúde Pública pela Universidade Federal da Bahia (1994), mes-
trado em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia/FIOCRUZ (2000) e
doutorado em Saúde Pública pela Universidade Federal da Bahia/Instituto de Saúde
Coletiva (2007). Atualmente é professora adjunto da Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública. Tem experiência na área de Microbiologia aplicada, com trabalhos na
área de epidemiologia e diagnóstico doenças infecciosas e resistência bacteriana.

THESSIKA HIALLA ALMEIDA ARAÚJO

Graduação em Biomedicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/Fun-


dação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências com habilitação em Análises
Clínicas e Diagnóstico por Imagem. Possui Mestrado e Doutorado do Curso de Biotec-
nologia em Saúde e Medicina Investigativa – PgBSMI do Centro de Pesquisa Gonçalo
Moniz – CPqGM/FIOCRUZ. Possui experiência na área de Genética Humana e de Po-
pulações, Biologia Molecular, Bioinformática e Retrovirologia. Atualmente atua como
professora de Biotecnologia e Genética de populações e evolução e realiza pesquisa
na área de retrovirologia na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
APRESENTAÇÃO

VOLUME 5 – ANÁLISES CLÍNICAS

A coleção Manuais da Farmácia é o melhor e mais completo conjunto de obras


voltado para a capacitação e aprovação dos farmacêuticos em provas e concur-
sos públicos em todo o Brasil. Elaborada a partir de uma metodologia que julga-
mos ser a mais apropriada ao estudo, contemplamos os volumes da coleção com
os seguintes recursos:

✓ Teoria esquematizada de todos os assuntos;


✓ Questões comentadas alternativa por alternativa (incluindo as falsas);
✓ Quadros, tabelas e esquemas didáticos;
✓ Destaque em vermelho para as palavras-chave;
✓ Questões categorizadas por grau de dificuldade, seguindo o seguinte
modelo:

FÁCIL

INTERMEDIÁRIO

DIFÍCIL

Elaborado por autores com sólida formação acadêmica em farmácia, a presente


obra é composta por um conjunto de elementos didáticos que em nossa avalia-
ção otimizam o estudo, contribuindo assim para a obtenção de altas performan-
ces em provas e concursos.

CAROLINE CERQUEIRA
Editora
SUMÁRIO
BIOLOGIA MOLECULAR CAPÍTULO 1

1. Introdução a Biologia Molecular........................................................................16


2. Ácidos nucleicos, conceitos básicos e aplicações..............................................16
3. Principais técnicas utilizadas do diagnóstico molecular.................................19
3.1 Reação em Cadeia da Polimerase (PCR e RT-PCR).......................................................19
3.2 Nested-PCR..................................................................................................................................20
3.3 PCR em Tempo Real.................................................................................................................21
3.4 RFLP (Restriction Fragment Length Polymorhism).....................................................23
3.5 Sequenciamento.......................................................................................................................24

PARASITOLOGIA CLÍNICA CAPÍTULO 2

1. Introdução.............................................................................................................38
2. Ciclo Biológico e transmissão.............................................................................40
2.1 Helmintos intestinais...............................................................................................................40
2.2 Protozoários intestinais..........................................................................................................42
2.3 Parasitos encontrados no sangue e em outros tecidos.............................................44
3. Diagnóstico parasitológico.................................................................................46
3.1 Pesquisa de ovos de helmintos ..........................................................................................46
3.2 Pesquisa de larvas de helmintos ........................................................................................49
3.3 Pesquisa de trofozoítos...........................................................................................................50
3.4 Pesquisa de Cistos.....................................................................................................................52
3.5 Pesquisa de Oocistos...............................................................................................................54
3.6 Pesquisa de parasitos no sangue........................................................................................57
3.7 Pesquisa de parasitos em outros tecidos........................................................................61
4. Parasitos emergentes..........................................................................................62
5. Comentários finais...............................................................................................63

IMUNOLOGIA CAPÍTULO 3

1. Introdução.............................................................................................................88
2. Resposta Imune Inata..........................................................................................89
2.1 Reconhecimento do antígeno.............................................................................................89
2.2 Barreiras epiteliais e células efetoras...............................................................................90
2.3 Sistema complemento..........................................................................................................91
3. Resposta Imune Adaptativa................................................................................92
3.1 Apresentação de antígenos..................................................................................................93
3.2 Resposta Imune Humoral......................................................................................................94
3.3 Resposta Imune Celular..........................................................................................................96
3.4 Imunização..................................................................................................................................98
4. Imunodeficiências............................................................................................. 101
4.1 Imunodeficiências primárias..............................................................................................101
4.2 Imunodeficiências Secundárias........................................................................................103
5. Hipersensibilidades.......................................................................................... 104
5.1 Hipersensibilidade tipo I......................................................................................................104
5.2 Outros tipos de Hipersensibilidade.................................................................................105
6. Doenças autoimunes........................................................................................ 106
7. Imunodiagnóstico............................................................................................. 108
7.1 ELISA.............................................................................................................................................108
7.2 Imunocromatografia.............................................................................................................112
7.3 Imunofluorescência...............................................................................................................116
7.4 Western Blotting......................................................................................................................118
7.5 Citometria de Fluxo................................................................................................................120
7.6 Outros testes usados no imunodiagnóstico................................................................122
8. Comentários Finais............................................................................................ 125

HEMATOLOGIA CAPÍTULO 4

1. Introdução........................................................................................................ 148
2.  Hematopoese e microambiente medular...................................................... 149
2.1 Eritropoese...............................................................................................................................153
2.2 Leucopoese..............................................................................................................................154
2.3 Megacariocitopoese.............................................................................................................156
3.  Série eritroide e anemias................................................................................. 157
3.1 Eritrócitos..................................................................................................................................157
3.2 anemias.....................................................................................................................................162
4.  Série leucocitária, anomalias e doenças correlatas...................................... 172
4.1 Leucócitos.................................................................................................................................172
4.2  Anomalias leucocitárias......................................................................................................175
4.3  Alterações leucocitárias......................................................................................................176
4.4  Doenças proliferativas da linhagem mieloide...........................................................177
4.5  Doenças proliferativas da linhagem linfoide..............................................................182
5.  Plaquetas e hemostasia................................................................................... 184
5.1 Plaquetas...................................................................................................................................184
5.2 Hemostasia...............................................................................................................................186
BIOQUÍMICA CLÍNICA CAPÍTULO 5

1. Formação da urina e tipos................................................................................ 211


1.1 Pesquisa dos elementos anormais e sedimento (PEAS).........................................211
2. Coleta da amostra............................................................................................. 212
3. Exame macroscópico........................................................................................ 212
3.1 Volume.........................................................................................................................................212
3.2 Cor.................................................................................................................................................213
3.3 Aspecto.......................................................................................................................................213
4. Exame físico químico........................................................................................ 213
4.1 pH..................................................................................................................................................214
4.2 Proteínas.....................................................................................................................................214
4.3 Glicose.........................................................................................................................................215
4.4 Cetonas.......................................................................................................................................215
4.5 Sangue.........................................................................................................................................215
4.6 Bilirrubina...................................................................................................................................216
4.7 Urobilinogênio.........................................................................................................................216
4.8 Nitrito...........................................................................................................................................217
4.9 Leucócitos..................................................................................................................................217
4.10 Densidade/Gravidade Específica...................................................................................217
5. Exame microscópico......................................................................................... 217
5.1 Hemácias/Eritrócitos..............................................................................................................218
5.2 Leucócitos..................................................................................................................................218
5.3 Células Epiteliais......................................................................................................................219
5.4 Bactérias......................................................................................................................................220
5.5 Fungos.........................................................................................................................................221
5.6 Parasitas......................................................................................................................................221
5.7 Muco.............................................................................................................................................222
5.8 Cilindros......................................................................................................................................223
5.9 Cristais..........................................................................................................................................226
6. Outros achados.................................................................................................. 229
7. Como estudar a função renal através de marcadores bioquímicos e quais
as principais doenças que afetam os rins...................................................... 230
7.1 Ureia.............................................................................................................................................231
7.2 Creatinina...................................................................................................................................232
7.3 Relação ureia/ creatinina......................................................................................................233
7.4 Cistatina C plasmática...........................................................................................................233
7.5 Dosagem de ácido úrico......................................................................................................234
7.6 Proteinúria e microalbuminúria........................................................................................235
7.7 Biomarcadores precoces das doenças renais..............................................................235
8. Principais doenças que afetam os rins e achados laboratoriais .................. 236
8.1 Doença crônica do rim (DCR).............................................................................................236
8.2 Lesão aguda do rim ...............................................................................................................237
8.3 Litíase renal................................................................................................................................239
8.4 Síndrome nefrítica..................................................................................................................239
8.5 Síndrome nefrótica.................................................................................................................239
8.6 Síndrome urêmica..................................................................................................................239
9. Diagnóstico bioquímico das alterações metabólicas de açúcares e lipídeos.. 240
9.1 Alterações da glicemia .........................................................................................................240
9.2 Alterações do metabolismo lipídico...............................................................................244
10. O diagnóstico laboratorial e a enzimologia clínica .................................... 253
10.1 Perfis enzimáticos e órgãos alvo....................................................................................253

MICROBIOLOGIA CAPÍTULO 6
1. Introdução a microbiologia clínica................................................................. 283
1.1 Conceitos básicos em microbiologia..............................................................................284
1. Técnicas de Diagnóstico ................................................................................... 288
1.2 Métodos de coloração em bacteriologia e meios de cultura .............................288
1.3 Técnicas diagnósticas em micologia..............................................................................294
1.4 Diagnóstico virológico ........................................................................................................299
2. Principais patógenos ........................................................................................ 301
2.1 Principais bactérias Gram positivas patogênicas.......................................................301
2.2 Principais bactérias Gram negativas patogênicas.....................................................309
2.3 Bactérias que não se coram pelo Gram.........................................................................320
2.4 Principais fungos de interesse clínico.............................................................................328
3. VIROLOGIA......................................................................................................... 335
3.1 Introdução à virologia..........................................................................................................335
3.2 Morfologia e classificação viral.......................................................................................336
3.3 Diagnóstico virológico e principais espécies de interesse clínico.....................337
3.4 Hepatite viral...........................................................................................................................339
3.5 Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)...................................................................347
3.6 Vírus da rubéola......................................................................................................................352
3.7 Parvovírus B 19........................................................................................................................356
3.8 Vírus do sarampo...................................................................................................................358
3.9 Influenzavírus..........................................................................................................................360
3.10 Papilomavírus.........................................................................................................................362
3.11 Herpesvírus.............................................................................................................................363
3.12 Arbovírus..................................................................................................................................368
3.13 Coronavírus humanos........................................................................................................374
CAPÍTULO

BIOLOGIA MOLECULAR
1
Thessika Hialla

O que você verá neste capítulo:


v Introdução a biologia molecular
v Ácidos nucleicos, conceitos básicos e aplicações
v Principais técnicas utilizadas do diagnóstico molecular
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR e RT-PCR)
Nested-PCR
PCR em Tempo Real
RFLP (Restriction Fragment Length Polymorhism)
Sequenciamento
v Quadro resumo
v Quadro esquemático
v Questões comentadas
v Referências

Objetivos de aprendizagem
• Conceituar os ácidos nucleicos;
• Demonstrar as principais técnicas de Biologia Molecular;
• Explanar as principais aplicações das técnicas de Biologia Molecu-
lar;
• Conhecer as principais etapas das técnicas de Biologia Molecular.

15
CAPÍTULO 1

1. INTRODUÇÃO A BIOLOGIA MOLECULAR

Novos estudos na área da genética, integrados aos processos bioquí-


micos, resultaram na criação, no início da década de 50, em uma nova área
da ciência, a Biologia Molecular. As interações entre os diversos sistemas
celulares, incluindo a relação entre DNA, RNA, síntese proteica, bem como
essas interações são reguladas, tornam-se importantes para o entendi-
mento dos processos ocorridos em nível molecular.
A construção do conhecimento em uma esfera tão minuciosa, como a
da Biologia Molecular, abriu uma série de possibilidades na fabricação de
medicamentos, tratamentos e diagnósticos médicos e no auxílio à justiça,
com a Genética Forense.
Neste capítulo, vamos tratar dos principais tópicos de Biologia Mole-
cular explorados nos mais diversos concursos públicos do Brasil, focando
principalmente nos conceitos e nas técnicas de biologia molecular mais
utilizadas na atualidade.

2. ÁCIDOS NUCLEICOS, CONCEITOS BÁSICOS E APLICAÇÕES

Os nucleotídeos são as unidades formadoras dos ácidos nucleicos.


Cada nucleotídeo contém resíduos de uma molécula de ácido fosfórico,
uma pentose e uma base púrica ou pirimídica (Figura 1).
As principais bases púricas são a adenina (A) e a guanina (G), en-
quanto as pirimídicas são a timina (T), a citosina (C) e a uracila (U) (Fi-
gura 2).
Os ácidos nucleicos são moléculas que atuam na síntese de macromo-
léculas, na diferenciação celular, em processos básicos do metabolismo
celular e na transmissão das informações genética de uma célula para as
suas descendentes.
O DNA ou ácido desoxirribonucleico atua no armazenamento e
transmissão da informação genética. Encontra-se principalmente nos cro-
mossomos nucleares e, mais discretamente, nas mitocôndrias e nos clo-
roplastos.
A molécula de DNA consiste em duas cadeias de nucleotídeos arran-
jadas em hélice em torno de um eixo. A direção das ligações 3’ e 5’ diés-
ter-fosfato de uma cadeia é inversa em relação à da outra cadeia, por esse
motivo, elas são chamadas de antiparalelas (sense e antisense) (Figura 3).

16
BIOLOGIA MOLECULAR

Figura 1. Representação dos nucleotídeos do DNA e RNA. As bases


distintas (timina e uracila) estão destacadas na imagem1.

Figura 2. Elementos dos ácidos nucleicos (DNA e RNA)1.

17
QUADRO ESQUEMÁTICO

Utilizado na detecção de níveis


muito baixos de antígenos em
PCR
células e tecidos.
Técnica qualitativo

Menor índice de contaminação


da amostra; técnica de execução
PCR REAL rápida, sendo considerada sensível
e eficiente.
Técnica qualitativo e quantitativa

Detecção de tipos de vírus, bac-


térias e determinação de padrões
de mutação de doenças genéticas.
PCR- RFLP
Possui um excelente custo
benefício, além de um fácil manejo
nos labora- tórios clínicos.

Alta sensibilidade na detecção;


mostra-se que esta técnica é
mais específica do que a PCR
NESTED – PCR
convencional para identificar, por
exemplo, o DNA viral em amostras
com infecções múltiplas.

Por conta da capacidade


de determinar a ordem dos
nucleotídeos, esta técnica possui
uma vasta aplicabilidade no
SEQUENCIAMENTO âmbito da biologia molecular,
destaca-se a sua utilização na
ciência forense, no diagnóstico
de câncer e detecção de agentes
infeciosos.

28
QUESTÕES COMENTADAS

05 (IBFC – SES/AC – 2019)


É consenso que a PCR (Polymerase Chain Reaction; reação em cadeia de
polimerase) é uma das técnicas que mais revolucionou a medicina nos
últimos tempos, tornando a medicina molecular um verdadeiro ramo da
clínica médica. Com relação à Técnica de PCR, analise as afirmativas abaixo
e assinale a alternativa correta.

Ⓐ A PCR não permite que o ácido nucléico-alvo seja especificamente se-


lecionado
Ⓑ A amplificação do primer não é exponencial
Ⓒ Sua técnica, apesar de revolucionária, possui um tempo de reação lon-
go, em sua maioria cerca de 20 horas
Ⓓ Amplifica por milhares de vezes o alvo selecionado

••°
GRAU DE DIFICULDADE 

Alternativa A: INCORRETA. A PCR permite a amplificação de regiões pre-


viamente selecionadas, isso é possível por conta da utilização de primers
específicos6,7.
Alternativa B: INCORRETA. A PCR gera uma amplificação exponencial6,7.
Alternativa C: INCORRETA. A técnica de PCR está cada vez mais eficiente.
Novos equipamentos e reagentes com maior performance, agilizaram a
reação em minutos ou poucas horas6,7.
Alternativa D: CORRETA. A PCR tem a função primordial de amplificar
por milhares de vezes a sequência alvo6,7.

06 (INSTITUTO AOCP – UFRB – 2019)


Um microrganismo gram-positivo foi observado em amostras de tecido
obtidas de um paciente com uma doença previamente não diagnostica-
da. Qual, dentre as seguintes técnicas, seria mais útil para identificar esse
microrganismo?

Ⓐ Eletroforese em gel com poliacrilamida.


Ⓑ Espectrofotometria de absorção atômica.
Ⓒ Eletroforese com enzimas poliavançadas.
Ⓓ Amplificação por PCR e sequenciamento de DNA.

•°°
GRAU DE DIFICULDADE 

33
CAPÍTULO

PARASITOLOGIA CLÍNICA
2
ricardo riccio Oliveira

O que você verá neste capítulo:


v introdução
v Ciclo Biológico e transmissão
Helmintos intestinais
Protozoários intestinais
Parasitos encontrados no sangue e em outros tecidos
v Diagnóstico parasitológico
Pesquisa de ovos de helmintos
Pesquisa de larvas de helmintos
Pesquisa de trofozoítos
Pesquisa de cistos
Pesquisa de oocistos
Pesquisa de parasitos no sangue
Pesquisa de parasitos em outros tecidos
v Parasitos emergentes
v Comentários finais
v Quadro resumo
v Quadro Esquemático
v Questões Comentadas
v referências

37
CAPÍTULO 2

Objetivos de aprendizagem

• Conhecer os principais parasitos de interesse médico;


• Compreender algumas diferenças conceituais aplicadas à parasi-
tologia;
• Aprender a forma de transmissão dos parasitos de interesse mé-
dico;
• Identificar os principais métodos utilizados no diagnóstico parasi-
tológico;
• Entender as principais diferenças morfológicas entre os parasitos;
• Distinguir alguns helmintos intestinais de menor importância epi-
demiológica.

1. INTRODUÇÃO

As infecções por parasitos constituem importante problema de saú-


de pública no Brasil, mesmo com todo o avanço econômico e social ob-
servado nos últimos anos. Estimativas recentes do Ministério da Saúde
apontam para uma prevalência variando entre 2 a 36% de infecção por
geohelmintos, especialmente em municípios com baixo Índice de Desen-
volvimento Humano (IDH), sendo a maior parte delas em crianças.
Os principais parasitos de interesse clínico em seres humanos perten-
cem aos reinos Protista e Animalia. Entre os protistas, os parasitos humanos
restringem-se ao sub-reino Protozoa, sendo denominados genericamen-
te de protozoários. Os parasitos do reino Animalia, de maior importância
para saúde pública, pertencem a dois principais filos: Platyhelminthes, co-
nhecidos como platelmintos ou helmintos chatos; e Nemathelminthes, co-
mumente chamados de nematelmintos ou helmintos redondos. Os proto-
zoários e helmintos que serão discutidos neste e nos capítulos seguintes
são indicados no quadro seguinte:

38
CAPÍTULO

IMUNOLOGIA
3
Ricardo Riccio Oliveira

O que você verá neste capítulo:


Introdução
Resposta Imune Inata
Reconhecimento do antígeno
Barreiras epiteliais e células efetoras
Sistema complemento
Resposta Imune Adaptativa
Apresentação de antígenos
Resposta Imune Humoral
Resposta Imune Celular
Imunização
Imunodeficiências
Imunodeficiências primárias
Imunodeficiências Secundárias
Hipersensibilidades
Hipersensibilidade tipo I
Outros tipos de Hipersensibilidade
Doenças autoimunes
Imunodiagnóstico
ELISA
Imunocromatografia
Imunofluorescência
Western Blotting
Citometria de Fluxo
Outros testes usados no imunodiagnóstico
Comentários Finais
Quadro Resumo
Quadro Esquemático
Questões Comentadas
Referências

87
CAPÍTULO 3

1. INTRODUÇÃO

A imunologia é a ciência que estuda as defesas dos organismos con-


tra agentes invasores como vírus, fungos, parasitos e bactérias. Além de
ser capaz de proteger contra infecções, o mau funcionamento do siste-
ma imunológico pode ocasionar doenças autoimunes e hipersensibili-
dade, ou mesmo maior suscetibilidade a infecções, no caso de imuno-
deficiências.
A imunologia básica é dividida didaticamente em resposta imune ina-
ta e resposta imune adaptativa. A resposta imune inata é o conjunto de
células e moléculas que já nascem com o indivíduo e estão prontos para
iniciar a defesa do organismo. A resposta adaptativa depende, entretanto,
do reconhecimento de substâncias estranhas, chamadas de antígenos,
para a posterior proliferação e diferenciação celular, culminando com a
ativação da resposta imune específica.
O sistema imunológico deveria ser capaz de identificar agentes estra-
nhos, diferenciá-los do que é do próprio organismo e direcionar uma res-
posta imune de uma magnitude suficiente para eliminar o invasor e não
causar danos ao tecido onde está sendo montada a resposta de defesa.
Entretanto, assim como ocorre em diversas outras situações, nem sempre
o sistema imunológico funciona perfeitamente.
O mau funcionamento do sistema imunológico pode ser decorrente de
uma falha na produção ou função de determinadas moléculas ou células
do sistema imune, gerando imunodeficiências que podem ser congênitas
ou adquiridas, e as quais estão associadas a aumento da suscetibilidade a
agentes invasores. Por outro lado, uma resposta imunológica exagerada
pode também ser deletério ao organismo, como acontece nas reações de
hipersensibilidade e nas doenças autoimunes.
O diagnóstico de diversas doenças, sejam elas de base imunológica
ou não, baseiam-se em propriedades do sistema imunológico, como por
exemplo a produção de anticorpos específicos. O diagnóstico laboratorial
que utiliza os princípios da imunologia são chamados genericamente de
imunodiagnóstico.
O imunodiagnóstico, assim como outros métodos de diagnóstico la-
boratorial, deveria fornecer o resultado real de uma determinada condi-
ção. Entretanto, apresenta um desempenho que nem sempre fornece o
resultado verdadeiro. O desempenho de um determinado teste pode ser
avaliado através dos valores de sensibilidade e especificidade.

88
CAPÍTULO

HEMATOLOGIA
4
Magda Seixas
Caroline da Guarda

O que você verá neste capítulo:


v Introdução
v Hematopoese e microambiente medular
Eritropoese
Leucopoese
Megacariocitopoese
v Série eritroide e anemias
Eritrócitos
Anemias
v Série Leucocitária, Anomalias e Doenças Correlatas
Leucócitos
Anomalias leucocitárias
Alterações leucocitárias
Doenças proliferativas da linhagem mieloide
Doenças proliferativas da linhagem linfoide
v Plaquetas e Hemostasia
Plaquetas
Hemostasia
v A hierarquia da hematopoese humana
v Quadro resumo
v Quadro esquemático
v Questões comentadas
v Referências

Objetivos de aprendizagem
• Descrever as etapas envolvidas na hematopoese para formação
dos elementos figurados do sangue;
• Caracterizar a série eritroide em relação à sua função, morfologia e
compreender fisiopatologia das anemias;

147
CAPÍTULO 4

• Identificar a morfologia dos leucócitos bem como as principais al-


terações qualitativas e proliferativas associadas a eles;
• Caracterizar as funções das plaquetas com ênfase para seu papel
na hemostasia e na coagulação.

1. INTRODUÇÃO

A hematologia é a área da medicina responsável pelo estudo do san-


gue, dos órgãos hematopoiéticos e das doenças que envolvem seus com-
ponentes. Na área das ciências biomédicas a hematologia inclui o diag-
nóstico e tratamento de doenças e malignidades sanguíneas, incluindo as
hemofilias, leucemias, linfomas, coagulopatias e anemias.
O tecido sanguíneo é composto basicamente por células, elementos
figurados e plasma distribuído pelos vasos, sendo responsável pelo trans-
porte de oxigênio e nutrientes. O sangue fornece esse suporte para outros
tecidos ao mesmo tempo que também recolhe produtos metabólicos que
não serão utilizados pelo corpo para serem excretados. Não há substituto
para o sangue, portanto os indivíduos quem apresentam necessidade de
reposição dependem de doações voluntárias.
O sangue é constituído por quatro elementos principais: hemácias, pla-
quetas, leucócitos e o plasma, que corresponde à parte líquida. As três li-
nhagens celulares presentes no sangue periférico tem origem em comum
de uma célula-tronco hematopoiética presente na medula óssea, que ao
realizar a divisão celular assimétrica, se compromete com cada uma das
três populações celulares.
As hemácias são corpúsculos com morfologia bicôncava, anucleadas,
que correspondem a 40-45% do volume total do sangue. No seu interior
carregam a proteína hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigê-
nio dos pulmões para os outros tecidos, e de gás carbônico dos tecidos
para ser exalado pelos pulmões. A hemoglobina apresenta uma estrutura
de anel protoporfirínico com quatro anéis pirrólicos que no centro se li-
gam à um átomo de ferro. As hemácias tem vida média de 80-120 dias e
possuem membranas e citoesqueleto flexíveis o suficiente para permitir
que elas alcancem vasos de pequeno calibre (capilares).
As plaquetas, da mesma forma que as hemácias, não possuem núcleo,
e são pequenos fragmentos da membrana dos megacariócitos (células

148
CAPÍTULO

BIOQUÍMICA CLÍNICA
5
Andreza Patricia Marinho de Souza Martins
Cynara Barbosa
Ana Leonor Godoy

O que você verá neste capítulo?


v Formação da urina e tipos
Pesquisa dos elementos anormais e sedimento (PEAS)
v Coleta da amostra
v Exame macroscópico
Volume
Cor
Aspecto
v Exame físico químico
pH
Proteínas
Glicose
Cetonas
Sangue
Bilirrubina
Urobilinogênio
Nitrito
Leucócitos
Densidade/Gravidade Específica
v Exame microscópico
Hemácias/Eritrócitos
Leucócitos
Células Epiteliais
Bactérias
Fungos
Parasitas
Muco
Cilindros
Cristais

209
CAPÍTULO 5

v  Outros achados
v  Como estudar a função renal através de marcadores bioquími-
cos e quais as principais doenças que afetam os rins
Ureia
Creatinina
Relação ureia/ creatinina
Cistatina C plasmática
Dosagem de ácido úrico
Proteinúria e Microalbuminúria
Biomarcadores Precoces das doenças renais
v  Principais doenças que afetam os rins e achados laboratoriais
Doença Crônica do Rim (DCR)
Lesão Aguda do Rim
Litíase Renal
Síndrome Nefrítica
Síndrome Nefrótica
Síndrome Urêmica
v  Diagnóstico bioquímico das alterações metabólicas de açúcares
e lipídeos
Alterações da glicemia
Alterações do metabolismo lipídico
v  O diagnóstico laboratorial e a enzimologia clínica
Perfis enzimáticos e órgãos alvo

Objetivos de Aprendizagem:
• Identificar as principais características da análise de urina, tais
como: composição química, amostras adequadas, e métodos de
análise;
• Interpretar as variações nos parâmetros químicos da análise de uri-
na relacionando-os com condições fisiológicas e patológicas;
• Conhecer as características analíticas básicas dos sistemas utiliza-
dos para os exames laboratoriais importantes para o diagnóstico e
acompanhamento do nefropata.
• Diferenciar os tipos de diabetes
• Conhecer os tipos de dislipidemias e relacionar com algumas pa-
tologias
• Identificar as principais enzimas de interesse clínico, relacionadas
com doença pancreática, hepática, óssea e muscular.

210
BIOQUÍMICA CLÍNICA

1. FORMAÇÃO DA URINA E TIPOS

A urina é formada pelos rins e corresponde a um ultrafiltrado do plas-


ma, sendo composta por vários componentes orgânicos e inorgânicos
dissolvidos em água. As concentrações destas substâncias podem variar
de acordo com o metabolismo, dieta, atividade física, função endócrina e
até em decorrência de questões posturais.
A uroanálise é considerada como o início da medicina laboratorial, da-
tada desde o período A.C. Durante séculos foi uma das poucas formas de
diagnóstico. A facilidade de obtenção das amostras, o baixo custo, e o fato
de que a urina fornece informações acerca de muitas funções e possíveis
disfunções do organismo, mantém esse exame popular na prática clínica
e laboratorial até os dias atuais.
O exame básico desse fluido biológico, conhecido como sumário de
urina, inclui a avaliação das características macroscópicas (cor e aspec-
to), físicas (pH e densidade ou gravidade específica), químicas (através
de tiras reagentes), microscópicas, além de testes confirmatórios, quan-
do necessário.

Sinônimos para o sumário de urina:

• Urina de rotina;
• Urina do tipo 1;
• Elementos Anormais e Sedimento (EAS);
• Exame Químico de Urina (EQU);
• Exame Comum de Urina (ECU);
• Urina parcial.

1.1 Pesquisa dos elementos anormais e sedimento (PEAS)


Outras determinações laboratoriais podem ser realizadas em amostras
de urina coletadas em intervalo de tempo definido, tal como para o clea-
rance da creatinina, entre outros.
Mas afinal, quais são as principais indicações da uroanálise?

✓ Auxiliar no diagnóstico e monitoramento de uma doença;


✓ Triagem de uma população quanto a doenças assintomáticas, con-
gênitas, ou hereditárias;
✓ Monitorizar a efetividade ou as complicações de terapias;

211
CAPÍTULO

MICROBIOLOGIA
6
Andréa Mendonça gusmão Cunha e
Suzana Ramos Ferrer

O que você verá neste capítulo?


v Introdução a microbiologia clínica
v Conceitos básicos em microbiologia
Características morfotintoriais das bactérias
Classificação dos fungos: leveduriformes, filamentosos e
dimórficos
Morfologia e classificação viral
v Técnicas de Diagnóstico
Métodos de coloração em bacteriologia e meios de cultura
Técnicas diagnósticas em micologia
Diagnóstico virológico
v Principais patógenos
Principais bactérias Gram positivas patogênicas
Principais bactérias Gram negativas patogênicas
bactérias que não se coram pelo gram
Principais fungos de interesse clínico
v Introdução à virologia
v Morfologia e classificação viral
v Diagnóstico virológico e principais espécies de interesse clínico
v Hepatite viral
Introdução
Apresentações clínicas
Diagnóstico laboratorial
Exames complementares
v Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
Introdução
Apresentação clínica
Diagnóstico da infecção pelo HIV
Exames complementares e monitorização da infecção

281
CAPÍTULO 6

v  Vírus da rubéola
Introdução
Apresentação clínica
Diagnóstico
v  Parvovírus B 19
Introdução
Apresentação clínica
Diagnóstico
v  Vírus do sarampo
Introdução
Apresentação clínica, vias de transmissão e prevenção
Diagnóstico
v  Influenzavírus
Introdução
Apresentação clínica
Diagnóstico, vias de trasmissão e prevenção
v  Papilomavírus
Introdução
Apresentação clínica, vias de transmissão e prevenção
Diagnóstico
v  Herpesvírus
Introdução
Apresentação clínica
Diagnóstico
v  Arbovírus
Introdução
Apresentação clínica e vias de transmissão
Diagnóstico laboratorial
prevenção
v  Coronavírus humanos
v  Quadro Resumo
v  Quadro Esquemático
v  Questões Comentadas
v  Referências

Objetivos de aprendizagem
• Conhecer a morfologia básica e classificação de bactérias, fungos e
vírus;
• Conhecer e saber identificar as principais espécies de bactérias, fun-
gos e vírus de interesse clínico, vias de transmissão, doenças asso-
ciadas e diagnóstico laboratorial.

282
Microbiologia

1. INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA CLÍNICA

A Microbiologia Clínica é a ciência que estuda os microrganismos


de interesse biomédico, com divisão em três principais grandes áreas de
estudo: Bacteriologia, Virologia e Micologia. A bacteriologia estuda as
bactérias, a virologia os vírus e a micologia os fungos.
Após análise de várias provas de concursos em Análises Clínicas, verifi-
camos que as questões em Microbiologia são mais cobradas nas áreas de
bacteriologia, seguida de virologia e com pequeno número de questões
relacionadas a micologia. Devido ao exposto, no capítulo de microbiolo-
gia serão abordados os principais assuntos cobrados em concursos e com
maior ênfase nas áreas de bacteriologia e virologia.
É importante revisar alguns marcos históricos, pois algumas provas de
concurso cobram questões que relacionam grandes cientistas às desco-
bertas na área microbiológica. Em destaque, os cientistas Louis Pasteur e
Robert Koch, considerados os pais da microbiologia, por terem contribuí-
do com experimentos marcantes.

Quadro 7. Cientistas e suas principais


descobertas na área da microbiologia.

Antony Van Confeccionou o primeiro microscópio.


Leeuwenhoek Observou os primeiros seres microscópicos, os quais denominou de “ani-
(1632-1723) malículos”.

Derrubou a teoria da abiogênese ou geração espontânea, utilizando fras-


cos de vidro com pescoço de cisne para ferver o caldo de carne. Estabele-
ceu os “Fundamentos da Teoria Microbiológica da doença”: toda doença
Louis Pasteur infecciosa era causada por um microrganismo.
(1822-1895) Descobriu a primeira vacina contra raiva (antirrábica).
Introduziu medidas de assepsia em práticas médicas hospitalares. Desen-
volveu a técnica de pasteurização do leite e outras bebidas como vinhos
e cervejas

Descobriu o agente etiológico da tuberculose, o Bacilo de Koch ou bacilo


da Tuberculose.
Robert Koch Desenvolveu os “Postulados de Koch”, onde estabeleceu 4 critérios para
(1843-1910) associar um determinado agente etiológico a causa de uma doença.
Denominou e descreveu as células.
Desenvolveu o primeiro microscópio composto (múltiplas lentes).

Alexander Descoberta da Penicilina produzida pelo fungo Penicillium notatum, o pri-


Fleming (1881- meiro antibiótico usado em humanos.
1955)

283

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