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LASER
REABILITAÇÃO FUNCIONAL
ESTÉTICA
I-PRF
E SEU USO NA
HARMONIZAÇÃO OROFACIAL
BIOESTIMULADORES
DE COLÁGENO
INDICAÇÕES E FUNÇÕES
VENHA CONHECER O MELHOR CONTEÚDO EM HARMONIZAÇÃO OROFACIAL
02 06 12 22
EDITORIAL MANEJO DAS COMO GERENCIAR OS BIOESTIMULADORES
PRINCIPAIS RISCOS EM DE COLÁGENO
COMPLICAÇÕES PREENCHIMENTO
EM HARMONIZAÇÃO FACIAL
OROFACIAL
26 32 34 40
A TOXINA REABILITAÇÃO o I-PRF Revitalização
BOTULÍNICA NO FUNCIONAL ESTÉTICA e seu uso na dérmica com Ácido
AMBIENTE COM LASER harmonização Hialurônico de
HOSPITALAR orofacial micropartículas
Expediente
Diretor: José Peixoto Ferrão Junior
Secretária: Juliana Frigeri
Conselho: Tarley Pessoa de Barros, Marcos Andre MATOS, João Macedo, Alessandra Trindade, Nara Rejane Santos Pereira,
Sérgio Khan, Hermes Prettel, Andrea Tedesco
Jornalista Responsável: Claudio Prado Jr Mtb. 41.453/SP @claudiopradojr
Coordenação de Conteúdo: Diretoria SBTI
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EDITORIAL
A SBTI além de visar nossos direitos também sempre pautou pela ética e pela ciência. Assim sendo nossa
revista está 100% voltada para conteúdos científicos informando e divulgando trabalhos relacionados à
HOF. Para mim é uma responsabilidade muito grande estar a frente dessa revista e também uma honra.
Sabemos que a Odontologia vai muito além da boca, que estamos respaldados para trabalhar com a face
e afinal sempre trabalhamos com harmonização facial nas suas mais diversas nuances desde sempre.
Baseado nessas colocações temos que trabalhar com responsabilidade, sempre respeitando a legislação
e embasados em ciência.
Enfim, eu juntamente com toda diretoria, conselho científico e equipe de produção assumimos essa
missão e vamos sempre juntos levar até vocês um conteúdo sério, pautado na responsabilidade técnico-
científica que a HOF e a Odontologia como um todo merecem.
Contamos com todos vocês nessa nova jornada, estamos sempre abertos para sugestões, artigos, críticas
e elogios, pois esta revista não é da diretoria e sim de todos nós, sócios da SBTI que fazemos da HOF
brasileira um orgulho mundial.
Dr Juliano do Vale
04 REVISTA HOF NEWS PRESIDENTE CFO
PALAVRAS DO PRESIDENTE
A nossa SBTI tem crescido de maneira muito positiva pelos quatro cantos do país e também vem
estendendo seus laços para o mundo todo.
A proposta de ter uma sociedade que tivesse uma representatividade sólida dentro da Odontologia, surgiu
quando um grupo de pessoas que se dedicavam à Harmonização Orofacial viu a necessidade de uma
entidade forte e séria no sentido de ajudar o crescimento e desenvolvimento da área no aspecto científico,
administrativo e legal.
Neste curto, mas intenso tempo de vida a SBTI já se coloca entre as maiores entidades de área
especifica, ultrapassando 1000 membros, reunindo as principais lideranças de todo pais, assessorando
sempre que necessário e solicitada aos Conselhos em geral e principalmente aos seus membros, com
informações técnicas, jurídicas, enfim dentro das necessidades de cada um.
A SBTI no intuito de multiplicar sua participação em todo território brasileiro criou as Delegacias nos
estados desta forma levando voz a todo Brasil na HOF e estando perto de nossos membros em cada local
ouvindo suas necessidades e participando de seu dia a dia. Uma proposta que deu ainda mais dinâmica à
nossa entidade.
Cada momento passado neste período atual, nos dedicamos ainda mais firmemente para dar continuidade
ao crescimento da SBTI para que se torne cada dia mais forte e se fortalecendo como a voz da HOF, para
que essa voz seja ouvida em todos os cantos do país.
Portanto queremos aqui agradecer a todos que nos ajudaram a criar a SBTI, todos que acreditam na
entidade, todos que participam da SBTI e nos fortalece a cada novo dia.
Atualmente com o aumento da expectativa de vida, e o desejo cada vez maior das pessoas de possuírem
um aspecto jovial, aliado ao aumento considerável de profissionais habilitados e capacitados na realização
de procedimentos estéticos faciais, os mesmos cresceram muito nos últimos anos.
Várias pesquisas apontam o crescimento mundial de uso do AH injetável para procedimentos estéticos
minimamente invasivos, com isso os efeitos adversos e complicações crescem concomitantemente ao seu
uso, sendo assim requer por parte do profissional que o aplica, observação, análise e aprendizado com
relação as formas de apresentação, técnicas de aplicação, compreensão das complicações e respectivas
condutas nas intercorrências. Em tempos de "antes e depois" liberados e uma preocupação excessiva
pelas redes sociais, que são sim, fundamentais nos dias de hoje, não devemos jamais nos esquecer sobre
a importância de estarmos altamente preparados para uma possível complicação e nunca, quando nos
depararmos com a mesma não oferecer suporte ao nosso paciente. O tratamento de uma complicação
exige rapidez e decisões assertivas, muitas vezes subestimar um sinal ou sintoma pode ser crucial no
tempo de resolução do problema.
Pensando em tudo isso e em alguns casos que já tivemos que tratar, resolvemos propor um protocolo
para tratamento de complicações e suspeita de necrose, afim de suprimir duvidas e nortear o profissional
para um tratamento rápido, que como já dito anteriormente pode ser decisivo na evolução do caso.
Devemos conhecer toda a anatomia facial de nosso paciente, e mapear areas de risco, como região
temporal, glabelar, nasal e sulco nasolabial. Outro aspecto importante, é ter uma postura antes e durante
procedimento, atenta a assepsia e biossegurança durante o ato da aplicação do preenchedor, medidas
preventivas simples, podem inibir transtornos futuros e difíceis de tratar.
O profissional deve avaliar cada paciente individualmente antes do procedimento, fazer uma boa
anamnese, incluindo antecedente de alergia e uso de medicações, verificar os riscos e benefícios, e
discutir os objetivos e expectativa do paciente. O paciente deve ler e assinar o termo de consentimento.
A documentação fotográfica, com fotos antes e depois do procedimento, deve ser realizada para registrar
a aparência dos pacientes antes do procedimento, para permitir melhor análise das áreas críticas
específicas do paciente e eventuais assimetrias. (PARADA, et al., 2016).
Quando possível, suspender anticoagulantes e anti-inflamatórios não hormonais de sete a dez dias antes
do procedimento para evitar aumento de sangramento. No caso de foco de infecção adjacente ativo, o
procedimento deve ser adiado, também é recomendado, caso o paciente esteja sob tratamento
odontológico, adiar o procedimento, pois tal tratamento pode causar bacteremia transitória, bem como,
teoricamente, provocar a colonização do preenchimento e a formação de biofilme de bactérias (PARADA,
et al., 2016 e CROCCO, et al., 2012).
2 - Edemas
As infecções de início rápido apresentam endurecimento, eritema, sensibilidade e prurido, mas podem ser
indistinguíveis da resposta transitória pós procedimento.
Podem ocorrer nódulos flutuantes e sintomas sistêmicos como febre e calafrios. Nossa sugestão de caso
é a associação de antibióticos, cefalexina 500 mg de 6 em 6 horas e metronidazol 400 mg de 12 em 12
horas.
HIALURONIDASE - Sugestão
4 - Necrose
A necrose é complicação rara, ocasionada por compressão local arterial ou venosa ou injeção intra-arterial
acidental com embolização vascular.
O paciente pode relatar dor imediata após aplicação e algumas horas depois a pele torna-se pálida (pela
isquemia),
Posteriormente transforma-se em coloração cinza-azulada, formação de livedo reticular que pode evoluir
em em dois ou três dias para ulceração e necrose local.
Sendo assim, respeitar as quantidades adequadas, tratar o paciente gradativamente e respeitar a curva de
aprendizado seriam suficientes para prevenir e evitar a ocorrências desses raros episódios de necrose
tecidual.
PROTOCOLO
Sugerimos um protocolo para suspeita de necrose e vale ressaltar que deve ser feito imediatamente ao
aparecimento dos sinais e sintomas, para o sucesso do tratamento e evitar sequelas.
O paciente deve ser reavaliado a cada 6 horas e a administração de antibiótico deve ser
realizada na presença de infecção.
Como já dito anteriormente a velocidade da tomada de decisão e o inicio do tratamento são fundamentais
para a existências de sequelas futuras
O uso de preenchedores faciais ocupa uma posição de grande destaque entre as opções estético
funcionais atualmente disponíveis em todo o mundo. O sucesso do procedimento está relacionado à
preferência por materiais biocompatíveis, à realização de técnica precisa, ao entendimento dos
parâmetros estético-faciais e de suas alterações durante o envelhecimento, e sobretudo, do detalhado e
minucioso conhecimento da anatomia facial.
A complicação mais temida e que pode gerar consequências importantes é a injeção intravascular com
embolização do produto, gerando necroses teciduais que são passíveis de reversão desde que tomadas
providencias precocemente.
Outra possibilidade é a injeção acidental intravascular em um dos ramos distais da artéria oftálmica,
ocasionada por preenchimentos da região ocular, dorso nasal e glabela, que ocupam o conhecido
triângulo perigoso da face, podendo levar a uma complicação muito grave, a AMAUROSE*, por
embolização da artéria central da retina.
O conhecimento das características anatômicas de cada região facilita a execução e diminui riscos.
Podem ser eleitas como áreas de maior risco aos procedimentos preenchedores, aquelas irrigadas por
ramos da artéria carótida interna, aquelas onde ocorre anastomose do sistema carotídeo externo com
interno, bem como os locais em que as artérias emergem dos forames cranianos.
Deve-se levar em consideração a espessura relativamente fina de tecido (pele, subcutâneo, músculo e
periósteo) sobre as estruturas ósseas desta área. Qualquer preenchedor injetado nessa região pode
resultar em nódulos ou formações lineares visíveis. O ramo frontal da artéria temporal superficial
anatomiza-se com o sistema arterial supra orbital nos planos profundo e superficial, representando outro
caminho de embolização retrógrada para o suprimento arterial do globo ocular.
Deve-se estar atento para evitar injeções profundas na área dos forames
supraorbitário e supratroclear, prevenindo isquemias das estruturas que de
lá emergem.
TÊMPORA - RISCO
A presença da artéria temporal superficial, além do nervo e das veias, que atravessam a região temporal
no quadrante posterior e acima da fáscia temporal superficial, representam o maior risco desta região. A
injeção de preenchedores na derme dessa área apresentaria risco baixo, porém, a injeção de substâncias
no subcutâneo pode levar não somente à lesão de veias, com formação de hematoma ou equimoses,
como à lesão neural caso o procedimento seja realizado de forma intempestiva.
GLABELA – RISCOS
Considerada uma das regiões mais perigosas, por estar sujeita facilmente a problemas de origem
vascular, o preenchimento nesta área é contraindicado por muitos profissionais.
A glabela é suprida por poucos e pequenos vasos como nenhum outro tecido da linha medial, com
circulação colateral menos competente do que a de outras áreas. A sua vascularização é pobre e
predominantemente terminal, assim, a obstrução dessas pequenas artérias pode ocorrer facilmente com
injeções de materiais usados para preenchimento.
ÓRBITA – RISCOS
A artéria infraorbitária emerge do forame infraorbitário, bem como, a artéria zigomático orbitária que
emerge do forame de mesmo nome, na região da proeminência zigomática. Correm justaperiostealmente
e se superficializam em direção medial descendente.
O plano mais seguro para injeção de preenchedores nesta região é o subcutâneo médio (coxins
gordurosos profundos), pois as estruturas neurais importantes se encontram em planos mais profundos e
os vasos principais se encontram margeando a linha lateral da região nasal.
Atenção especial deve ser dada à artéria facial, que emerge superficialmente dos músculos da mímica em
uma área considerável da face.
Seus ramos são distribuídos na região infraorbitária através da camada de tecido subcutâneo e podem ser
vulneráveis à lesão vascular iatrogênica direta ou indireta durante a injeção de material preenchedor.
NARIZ - RISCOS
Localizado no triângulo perigoso da face, apresenta anastomoses entre as artérias derivadas da carótida
interna e da carótida externa (como a artéria angular que se comunica com as artérias infratroclear,
supratroclear, infraorbital, e dorsal nasal) tornando-se uma área de extremo risco para procedimentos
preenchedores quando consideradas as consequências de oclusão vascular, que podem levar à necrose,
isquemia, cicatrizes importantes em toda essa área, além de amaurose.
A vascularização venosa dessa região comunica-se com o seio cavernoso por meio de condutos
desvalvulados.
Infecções nessa região podem ser letais, pois as veias que drenam o sangue a partir do nariz são as
mesmas que drenam para o sistema venoso intracraniano, podendo causar meningite, bem como,
trombose do seio cavernoso.
Pacientes que tenham sido submetidas à rinoplastia com concomitante cirurgia na região septal poderão
ter a irrigação sanguínea nasal, comprometida.
O preenchimento nesta área deve ser rigorosamente avaliado e tem sido contraindicado por muitos
profissionais.
Há diversos relatos de necrose nessa região incluindo a asa nasal, dorso nasal e parte da região
paranasal.
As principais causas dessa complicação são embolização ou compressão da artéria facial devido à
grande quantidade de produto injetado e, possivelmente, técnica incorreta, dependendo da altura da
injeção do preenchedor no sulco nasolabial.
A artéria facial, principal vasculatura desta região, apresenta percurso ascendente variado em relação ao
sulco nasolabial e à fossa canina. Cruza superficialmente os músculos orbicular da boca, bucal e
elevador do ângulo da boca, porém, é profunda aos músculos
elevador do lábio superior, elevador do lábio superior e da
asa do nariz, bem como, zigomáticos maior e menor
e músculo risório.
LÁBIOS- RISCOS
As artérias que irrigam os lábios, labial superior e labial inferior são ramos da artéria facial que se
anastomosam com as do lado oposto formando um círculo arterial ao redor da rima da boca.
Acima do músculo orbicular da boca encontram-se as artérias central do filtro, artérias laterais
ascendentes e artérias acessórias, que irrigam a pele do lábio superior, região que pode apresentar
comumente equimose pós preenchimento devido à sua ampla vascularização.
Embora muitas variações da vasculatura perioral estejam documentadas na literatura as artérias labiais
superior e inferior se dispõem entre a linha da mucosa úmida e seca do lábio superior e inferior e na
parte interna do lábio superior. A posição das artérias deve ser considerada durante as técnicas atuais de
preenchimento labial. Por apresentarem-se curvas e onduladas, é possível transfixá-las com facilidade,
levando fatalmente à perfuração das mesmas com maior possibilidade de hematomas e equimoses.
Na maioria das vezes, se localizam profundamente ao músculo orbicular da boca e mais superficiais no
limite entre a mucosa úmida e seca dos lábios. Esta é a região de escolha de muitos profissionais para
injetar o preenchedor com o objetivo de obter volume dos lábios.
O operador deve ter cautela na utilização de agulhas para o preenchimento labial, preocupando-se
sempre com a profundidade, velocidade e quantidade de injeção de material preenchedor.
O forame mentual, por onde emergem os vasos e nervos mentuais, não é uma área usualmente
preenchida, mas o operador deve atentar-se ao fato da vasculatura caminhar justaperiostalmente em
direção à linha media facial.
Preenchimentos com agulha nesta região devem ser realizados com cautela.
Os preenchimentos para aumento vertical do mento são usualmente realizados na região submentual, e
um cuidado maior deve ser tomado quando a extensão lateral do preenchimento se estender à região de
pré-molares.
Nesta área emergem, justaperiostealmente, os vasos submetuais, especialmente a veia submentual, que
está mais anterior em relação à artéria de mesma nomenclatura.
A lesão do nervo mentual resulta em dormência das superfícies mucosas e cutâneas do lábio inferior e
do mento, podendo dificultar a manutenção do alimento na boca e levando o indivíduo a morder
inadvertidamente o lábio inferior durante a mastigação.
O preenchimento desta região, apresenta alguns riscos a vascularização local, quanto a possibilidade de
injeção intravascular ou compressão dos vasos. Cuidado especial deve ser dado à artéria e veia faciais,
ao preencher a região de linha mandibular posteriormente ao jowls, pois é exatamente nesta área que
contornam a borda óssea, superficializando-se. Nesta região encontra-se o ramo marginal mandibular do
nervo facial, que sai da glândula parótida no ângulo da mandíbula, divide-se em dois ou mais ramos e
cursa anteriormente ao longo do ramo da mandíbula para suprir os músculos depressor do ângulo da
boca, depressor do lábio inferior e parte do músculo orbicular da boca.
A lesão desse nervo cria uma deformidade notável e extremamente angustiante, especialmente quando
o paciente sorri. Durante a mímica facial, os músculos zigomático maior e menor, elevam lateralmente o
canto da boca sem oposição pelo músculo depressor comprometido, o que resulta na incapacidade de
mostrar a parte inferior do lado afetado. Em repouso, o tônus nos músculos zigomáticos normalmente
inervados se desloca sem oposição pela falta de tônus no músculo depressor do ângulo da boca e,
novamente, puxa o canto da boca para cima, de modo que o lábio inferior passe alto sobre os dentes
unilateralmente.
BIOESTIMULADORES DE COLÁGENO
O complexo processo de envelhecimento facial que acontece inevitavelmente em geral após os 25 anos
de idade, engloba o colapso em conjunto de todas as estruturas faciais: ossos, músculos, coxins adiposos,
ligamentos e pele. Uma infinidade de procedimentos invasivos e não invasivos foram introduzidos para
reduzir os sinais de envelhecimento e restaurar a aparência jovem do rosto.
Como cada um dos diferentes procedimentos é baseado na anatomia facial subjacente, o entendimento de
sua composição tridimensional e conceito em camadas é crucial para aplicações seguras, naturais e
duradouras. Os preenchimentos dérmicos têm sido utilizados para preencher rugas e aumentar e atenuar
o volume dos tecidos devido ao envelhecimento da pele.
Os enchimentos podem ser divididos em produtos biodegradáveis (como ácido hialurônico), estimuladores
de colágeno biodegradáveis (como hidroxiapatita de cálcio [CaHA], ácido poli-l-láctico (PLLA) e
policaprolactona [PCL]).
Através da avaliação minuciosa do grau de envelhecimento facial do paciente, se pode começar a planejar
procedimentos que auxiliem na retomada de um aspecto mais jovial, menos cansado e desanimado, e
escolher adequadamente qual produto escolher para mimetização dos contornos perdidos e a diminuição
de todo colapso facial provocado pelo envelhecimento.
Ellansé (Policaprolactona),
Sculptra ( Acido Poli - L - Láctico),
Diamond (Hidroxiapatita de cálcio),
Radiesse ( Hidroxiapatita de cálcio).
Vale ressaltar que no caso especifico do Ellansé, a marca não recomenda, atualmente, a diluição do
produto. Sendo assim, sempre preocupados com o posicionamento atual das empresas, orientamos a não
diluição do produto. Mas, existe na literatura uma recomendação, no artigo Investigation of Physical
Properties of a Polycaprolactone Dermal Filler when Mixed with Lidocaine and Lidocaine/Epinephrine
escrito por Francisco de Melo e Joanna Marijnissen-Hofste, onde concluiu-se que a mistura de lidocaína
no preenchimento dérmico à base de PCL pode ser realizada com segurança, sem alterações prejudiciais
nas propriedades físicas do preenchimento dérmico original, tornando a injeção do produto mais facial
para os menos experientes.
Referências
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de Melo F, Nicolau P, Piovano L, Lin SL, Baptista-Fernandes T, King MI, Camporese A, Hong K, Khattar MM, Christen MO. Recommendations for volume augmentation
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Moradi A, Watson J. Current Concepts in Filler Injection. Facial Plast Surg Clin North Am. 2015 Nov;23(4):489-94.
A Odontologia Hospitalar é definida na literatura como um conjunto de práticas seja em baixa, média ou
alta complexidade, que visa o tratamento e prevenção de enfermidades por meio de procedimentos em
nível hospitalar, cujo foco principal é o cuidado de pacientes críticos que necessitam de tratamentos
especiais (Gaetti - Jardim et al., 2013). Apesar de muitas vezes ainda desconhecida, essa área da
Odontologia é praticada na América desde a metade do século XIX e no Brasil foi legitimada em 2004,
com a criação da Associação Brasileira de Odontologia Hospitalar (ABRAOH).
A Odontologia Hospitalar, abrange ações que vão além das proporções imaginadas e atribuídas pela
população, uma vez que os procedimentos realizados não dizem respeito somente a intervenções
cirúrgicas, e sim a práticas que visam os cuidados das alterações bucais que exigem procedimentos de
equipes multidisciplinares de alta complexidade ao paciente.
Segundo Camargo em 2005, quando se fala em Odontologia Integrada e em Equipe Multidisciplinar, deve-
se ter em mente a abordagem do paciente como um todo e não somente nos aspectos relacionados aos
cuidados com a cavidade bucal. A saúde bucal, como estado de harmonia, normalidade ou higidez da
boca, só tem significado quando acompanhada em grau razoável de saúde geral do individuo.
No ambiente hospitalar, o Cirurgião Dentista pode atuar como consultor da saúde bucal com rotina diária
no hospital, supervisão e atendimento dos pacientes internados, prevenção de doenças, higienização e
inspeção da boca e estruturas associadas. Além disso, pode também atuar como prestador de serviço,
tanto em nível ambulatorial quanto em regime de internação, sempre com o objetivo de colaborar, oferecer
e agregar forcas ao que caracteriza a nova identidade do hospital, visto que a condição bucal altera e
evolução e a resposta ao tratamento médico, assim como a saúde bucal fica comprometida pelo estresse
e pelas interações medicamentosas.
Um ponto relevante em relação à ligação direta da saúde bucal com a saúde geral é a incidência de
periodontite, que aumenta significantemente o risco de várias patologias como arterosclerose, infarto
cardíaco, derrame cerebral e complicações do diabetes. Em certos pacientes, a bacteremia causada por
procedimentos dentais, mesmo a simples escovação dental, pode causar endocardite bacteriana.
A diabetes, imunodeficiência, distúrbios renais e câncer, são exemplos de enfermidades que colocam o
indivíduo em alto riscos de doenças bucais, como cárie dental, gengivite, periodontite, mucosite, devido ao
aumento de susceptibilidade do paciente.
Os pacientes hospitalizados, por muitas vezes, estão entubados e/ou apresentam comorbidades como por
exemplo: paralisia cerebral, Doença de Parkinson, Autismo, Esclerose Lateral Amiotrófica, entre outros. Os
mesmos, apresentam maior risco de doenças bucais, devido a medicação, dieta e obstáculos físicos,
comportamentais e educacionais, que impedem a implementação de um programa eficiente de higiene
bucal. Os sintomas e efeitos colaterais mais comuns dos pacientes citados acima, podemos destacar:
sialorréia, dores na face e mordeduras involuntárias originadas da hiperfunção dos músculos da
mastigação e bruxismo. Tais condições afetam a qualidade de vida do paciente e podem aumentar o
tempo de permanência em ambiente hospitalar.
Diante disso, e na busca pelo conforto do paciente, a Toxina Botulínica tipo A, se apresenta como uma
excelente alternativa de tratamento para os pacientes em ambiente hospitalar. O uso terapêutico da TB foi
consolidado em 1973, quando Alan Scott publicou um trabalho com experimentos em primatas não
humanos, para tratamento de estrabismo, sendo assim o primeiro relato do uso da substância com
objetivo terapêutico (BACHUR, 2009).
A TB age nas terminações nervosas, bloqueando canais de cálcio, diminuindo liberação de acetilcolina a
qual é responsável pela resposta de contração e movimentação do musculo. Por ter uma técnica simples e
raros efeitos colaterais, a TB se apresenta como uma excelente ferramenta para tratar
pacientes com sialorréia, dor na face e/ou mordeduras involuntárias devido hiperfunção dos músculos da
mastigação e intubação orotraqueal.
A sialorréia é a salivação excessiva pelas glândulas salivares, que são: glândula sublingual (localizada no
assoalho anterior da boca), glândula submandibular (localizada no triangulo mandíbula, posterior ao
músculo milohioideo) e glândula parótida (localizada na região pré auricular), sendo que 90% da salivação
é produzida pelas glândulas parótida e submandibular.
Essa condição é comum e normal nos primeiros meses de vida, dos 15 aos 36 meses, e se torna um
sintoma e efeito colateral característico de diversa doenças que acometem adultos e crianças, e que
impedem que a saliva seja deglutida de maneira correta, causando complicações clinicas funcionais e
sociais, impacto negativo na qualidade de vida do paciente e familiares.
O tratamento pode ser realizado através de medicamentos, que possuem efeitos colaterais e interações
medicamentosas, radioterapia e cirurgia que muitas vezes são inviabilizadas pela condição em que o
paciente se encontra na internação, ou a aplicação de TB, que quando bem indicada e técnica bem
aplicada, tem efeito na redução da saliva e melhoria da qualidade de vida do paciente, além de evitar
pneumonia por aspiração de saliva.
A técnica de aplicação da TB para sialorréia é realizada através da localização anatômica das glândulas e,
consiste em dois pontos na glândula parótida de 5U, e um ponto de 5U na glândula submandibular.
É importante que o acompanhamento do paciente seja realizado de perto pelo Cirurgião Dentista, visto
que a diminuição da saliva pode acarretar alguns efeitos colaterais, que devem ser tratados e controlados.
Os pacientes hospitalizados, diversas vezes, apresentam dores orofaciais, bruxismo, trismo e mordeduras
involuntárias devido a entubação orotraqueal ou devido algumas doenças como por exemplo autismo e
esclerose lateral amiotrófica.
A alteração no reflexo da mastigação, faz com que o paciente desenvolva as condições citadas acima,
além de deformidades, desnutrição e hipovolemia.
Diante disso, o tempo de internação é prolongado, diminui a qualidade de vida, aumento de tempo na UTI,
as internações se tornam recorrentes e altos custos hospitalares.
As alternativas de tratamento para essas condições, são: medicamentos tópicos, laserterapia, protetor
bucal, hidratação da lesão e exodontias.
Da mesma forma como já citado acima no caso da sialorréia, muitas vezes, essas alternativas de
tratamento são inviabilizadas ou ineficazes pela condição em que o paciente se encontra, ou pela
interação medicamentosa com os medicamentos que estão sendo administrados.
A TB mais uma vez, se apresenta como uma alternativa de fácil aplicação e poucos e raros efeitos
colaterais, além de eficácia rápida e muitas vezes a única “solução” encontrada para auxiliar o paciente.
A aplicação é feita no músculo masseter, pouco acima da base da mandíbula, através de 3 pontos, onde
são colocadas de 7,5 a 15 unidades por ponto, dependendo da necessidade individual do paciente.
No músculo temporal, por sua vez, a aplicação é realizada através de 2 a 3 pontos, com 5 a 10 unidades
por ponto, também a ser definido de maneira individual e após exame clinico do paciente.
A escolha do tratamento, deve ser decidida em conjunto com a equipe multidisciplinar, visando a melhoria
de qualidade de vida do paciente. É preciso que seja realizada uma boa anamnese, exame clinico e seguir
um protocolo individualizado para cada indivíduo.
Deve-se entender que o paciente hospitalizado, muitas vezes, não terá a cura através da aplicação da
Toxina Botulínica, e sim, a melhoria da sua condição, o aumento da qualidade de vida e muitas vezes, a
alta hospitalar e o retorno à vida em sociedade.
Dentro desse conceito, a Estética mundial caminha a passos largos na essência de que a beleza é
proporcional ao perfeito funcionamento do organismo. O inevitável envelhecimento mostra muito bem que
a redução das funções orgânicas leva a consequências inestéticas. Por isso, a grande novidade do
momento aposta na estratégia de que reabilitar o perfeito funcionamento de órgãos e tecidos é condição
primordial para a busca pelo envelhecimento sustentável.
Nesse raciocínio, uma pele com tônus muscular adequado, perfeita microcirculação arterial, venosa e
linfática, rica em fibras colágenas imunes ao processo de glicação, hidratada, nutrida, descontaminada,
com luminosidade natural e perfeita sustentação superficial estará refletindo uma saúde do tecido
conjuntivo e muscular que proporcionará o resultado desejado por todos aqueles que buscam resultados
estéticos comprometidos com a saúde. É importante que se saiba que, antes da realização de vários
procedimentos injetáveis, como a toxina botulínica, os materiais preenchedores e os materiais
bioestimuladores, além de uso de fios absorvíveis, ou não, é condição essencial a reabilitação das
disfunções que acompanham o processo de envelhecimento.
Diante dessas constatações, a FOTOBIOMODULAÇÃO mostra-se como uma excelente alternativa que
estimule as funções celular, tecidual e sistêmica. Nesse conceito, um equipamento dotado de uma sistema
híbrido (LASER E LEDS), com irradiâncias adequadas para tecidos alvos, pode interagir com os mesmos
e, através da absorção da luz por cromóforos específicos, associados a dermocosméticos ou técnicas de
IPC (Indução Percutânea de Colágeno), fazem com que haja a modulação das atividades biológicas
fundamentais que, por sua vez, proporcionarão Hitratação, nutrição celular e tecidual, mais síntese de
ATP, mais colágeno, luminosidade, clareamento da pele, tônus muscular, melhora na textura superficial,
descontaminação bacteriana e lifting naturais).
Esses protocolos são possíveis com o uso de laseres terapêuticos vermelho e infravermelho, leds azuis e,
simultaneamente, leds âmbares com laser terapêutico infravermelho, já consolidados e conhecidos como
PLÁSTICA BIOFOTÔNICA, ABSOLUTE, VITA, KRONNA, CORPORIS, dentre outros.
De outra forma, ao se posicionar o laser terapêutico vermelho próximo a um vaso sanguíneo superficial
ou em locais de muita microcirculação, proporciona-se eventos sistêmicos que se baseiam em aumento da
saturação de oxigênio, aumento da disponibilidade do principal antioxidante sistêmico (Superóxido
Dismutase), melhora da capacidade hemorreológica de hemácias e terapia antiaging. Tal procedimento é
conhecido como técnica ILIB Modificada.
Como podemos observar, a mesma FOTOTERAPIA, largamente utilizada para biomodular o processo
inflamatório no tratamento de diversas patologias, tem proporcionado valorização de resultados em todos
os procedimentos de HARMONIZAÇÃO OROFACIAL, mostrando-se como uma alternativa fundamental,
quando utilizada por profissionais devidamente qualificados.
ISMAEL CAÇÃO
Coordenador da Divisão de Odontologia e Estética
Núcleo de Pesquisa e Ensino em
Fototerapia nas Ciências da Saúde - NUPEN;
Pós Graduação em Bioengenharia Fotônica - IPD -São José dos Campos;
-Habilitação em Laser pelo CFO;
Sócio Fundador e Professor do Grupo REO (Reabilitação Orofuncional)
Não é de hoje que os profissionais da área da saúde buscam melhores resultados reparadores nos
derivados plaquetários.
Há cerca de 20 anos, Marx e Anitua descreveram técnicas para se obter Plasma Rico em Plaquetas
(PRP), de maneira rápida e segura, em ambiente ambulatorial. Com o relacionamento dos fatores de
crescimento contidos nas plaquetas com os processos de cicatrização, foi lógico o pensamento de
aumentar o número de plaquetas no sítio alvo para otimizar essa cicatrização.
Os fatores de crescimento plaquetários são substâncias, em sua maioria proteícas, que sinalizam a
cicatrização por estimulação ou inibição da divisão, diferenciação e migração celular, assim como a
expressão gênica.
Portanto, no reparo de um área ou ferida cirúrgica, os fatores de crescimento plaquetários vão sinalizar
células para uma sequencial cascata de eventos que vão, resumidamente falando, desde a migração de
macrófagos e estímulo da angiogênese, até diferenciação de células progenitoras em células formadoras
de tecidos e sua maturação.
Até então pouca importância se dava ao papel da fibrina do PRP no reparo, sendo ele totalmente
coadjuvante ao que se pretendia com o infiltrado.
Nessa época o PRP, obtido com os tubos de vácuo com a tampa azul, era amplamente utilizado em
cirurgias odontológicas de implantes e enxertos ósseos, na ortopedia em infiltrações intra-articulares e na
estética facial em forma de mesoterapia ( mesolift ou plasmalift ).
Com a publicação dos trabalhos de Dohan e Choukroun intitulados “a segunda geração de infiltrados
plaquetários” em 2006 , foi introduzido o conceito da fibrina Rica em Plaquetas ( PRF ) que visou trazer os
fatores de crescimento para a área a ser tratada de maneira mais natural, sem aditivos químicos, com
protocolos definidos e validados.
Desde 2006 a literatura sobre o PRF vem crescendo rapidamente, sobretudo na última década ,
abordando comportamentos celulares in vitro, variantes de protocolos de centrifugação, diferentes tubos
de coleta de sangue, novas técnicas cirúrgicas entre outros assuntos.
Vale ressaltar que se faz necessária a validação científica de cada alteração de protocolo. No Brasil,
desde 2015 o cirurgião dentista pode fazer venopunção para obtenção e manipulação dos infiltrados
plaquetários autólogos, para uso odontológico, desde que devidamente capacitado em cursos e
comprovados por meios de diplomas, certificados , declarações e congêneres.
Na área da estética facial, se fez necessário algum infiltrado que pudesse ser injetado na pele.
Até então se utilizava o PRP por sua forma líquida ser mantida pelo anticoagulante.
Porém , devido as desvantagens listadas acima sobre o uso de aditivos químicos na sua obtenção, a
utilização de uma variante do PRF tem se mostrado eficaz e melhor indicada na substituição do PRP,
incluindo trabalhos científicos já publicados ( PRP x I-PRF ): Fibrina Rica em Plaquetas Injetável ( I-PRF ).
Este infiltrado é obtido pela coleta e centrifugação do sangue em um tubo de vácuo plástico de tampa
branca, sem nenhum tipo de aditivo químico ou anticoagulante.
Com protocolo de poucos minutos se obtêm a separação dos elementos figurados do sangue onde os
eritrócitos ocupam a porção mais inferior do tubo (parte vermelha) e os leucócitos e plaquetas ocupam
uma porção intermediária (parte amarela) .
A região mais próxima da parte vermelha detêm de maior concentração de leucócitos e plaquetas,
chamada de região de névoa ou buffy coat.
Por não conter anticoagulantes, esse infiltrado deve ser pipetado e utilizado imediatamente após a
centrifugação, com um tempo de trabalho de 12 a 16 minutos.
Como a cascata da coagulação está ativa, esse infiltrado, que se encontra na forma de um plasma líquido,
após este tempo, se tornará inviável para o uso injetável, na forma de mesoterapia ou gotejamento, devido
a formação da fibrina.
om protocolo de poucos minutos se obtêm a separação dos elementos figurados do sangue onde os
eritrócitos ocupam a porção mais inferior do tubo ( parte vermelha ) e os leucócitos e plaquetas ocupam
uma porção intermediária ( parte amarela ) .
A região mais próxima da parte vermelha detêm de maior concentração de leucócitos e plaquetas,
chamada de região de névoa ou buffy coat.
Por não conter anticoagulantes, esse infiltrado deve ser pipetado e utilizado imediatamente após a
centrifugação, com um tempo de trabalho de 12 a 16 minutos.
Como a cascata da coagulação está ativa, esse infiltrado, que se encontra na forma de um plasma líquido,
após este tempo, se tornará inviável para o uso injetável , na forma de mesoterapia ou gotejamento,
devido a formação da fibrina.
O objetivo maior do PRF na Harmonização Orofacial é reequilibrar a pele ou prepará-la para outros
tratamentos, agindo no microambiente celular.
A sua utilização, por otimizar o reparo, proporciona um microambiente reorganizado, com renovação
vascular e celular, sustentado por matriz extracelular firme e hidratada, permeada por fibras colágenas e
elastina.
Tecnicamente, aplicação do I-PRF na estética facial se dá por meio de mesoterapia, injetando o infiltrado
entre a epiderme e a derme. Isso requer treinamento, agulhas extremamente finas e curtas e um
protocolo sequencial desde a limpeza da pele, técnicas anestésicas, venopunção, obtenção do infiltrado ,
aplicação, nanoagulhamento e cuidados pós operatórios.
As aplicações podem ser únicas, dependendo da resposta do paciente, local aplicado e objetivo do
procedimento, até múltiplas , por exemplo em aplicações para amenizar as cicatrizes de acne.
Na face temos áreas tegumentares com características distintas, exigindo um modo de aplicação do I-
PRF diferente para cada uma delas. Por exemplo, a área palpebral apresenta uma pele delgada sobre um
tecido adjacente, com pouca área adiposa e muscular. Portanto requer uma aplicação com agulhas de 4,0
mm de comprimento (tipo Lebel), com inclinação de 30 graus . O sulco nasogeniano, outra área de
aplicação corriqueira , apresenta uma pele fina porém sobre um tecido subcutâneo gorduroso presente,
assim como uma musculatura geralmente tonificada e espessa Neste caso podem ser feitas aplicações
com cânulas e agulhas calibrosas, subcision, retro injeções , etc.
I-PRF + nanoagulhamento
1 Aplicação de I-PRF
1 Aplicação de I-PRF + nanoagulhamento
Por ser totalmente autólogo, isento de química e sem potencial embolizador, quase não apresenta riscos
ao paciente, podendo ser aplicado em áreas como a glabela , porção medial do sulco nasojugal e
pálpebras. Os resultados deste tratamento muitas vezes não são tão evidentes em fotos do tipo antes e
depois, porém sua verbalização, por parte dos pacientes é gratificante e estimulante. Expressões como
pele mais mais clara e mais firme, luminosa e hidratada, fazem parte do resultado desta terapia que tem
seus resultados de dentro para fora, por alteração do microambiente celular, de maneira natural e
biológica. Conhecer a anatomia da área de aplicação , sua topografia, os fatores de envelhecimento que
estão mais pronunciados, os aspectos nutricionais do indivíduo, enfim, o histórico completo do paciente é
de importância vital para um correto diagnóstico e plano de tratamento.
ROBERTO PUERTAS
Pós Graduação em Cirurgia – Santa Casa – São Paulo
Especialista e Mestre em Implantodontia Especialista em Harmonização Orofacial
Professor de Cursos de Atualização e Especialização em Implantodontia desde 1998
Professor de Cursos de Cirurgias Avançadas em Implantodontia
Speaker de PRP desde 2000
Speaker de PRF desde 2011 – Choukroun – Miami - EUA
Ministrador de cursos de PRF facial e cirúrgico
Autor de capítulo de livro: I-PRF na Estética facial
A busca pela beleza sempre foi muito importante e faz parte da história da humanidade.
Desde 1965 Gonzalez-Ulloa já trazia essas evidências vindas da Grécia antiga e relatórios recentes
mostraram que 23 milhões de procedimentos cosméticos foram realizados em 2018, e que o Brasil foi o
segundo país no mundo a realizar tais procedimentos.
Com os avanços da ciência, as pessoas aprenderam a envelhecer com saúde, mantendo as atividades
físicas e intelectuais por muito mais tempo, o que aumenta também o convívio em sociedade. Porém
embora o estado físico geral esteja em boas condições, se a aparência não acompanhar isso, pode torná-
la mais vulneráveis psicologicamente com impacto na saúde, bem estar e atividades sociais.
O marco dos novos tempos, segundo Teston, é viver mais com aparência mais jovial possível.
Um estudo de Fink de 2008, mostrou que uma boa qualidade de pele, sem rugas, hidratada e firme denota
uma aparência quase 10 anos mais jovem. Nas mulheres uma boa textura da pele, delicada, firme, com
brilho e sem manchas pode determinar a atratividade da face.
O processo de envelhecimento acontece de maneiras diferentes para cada indivíduo e para cada camada
da face. A pele vai diminuído de espessura, como demonstrado nos cortes histológicos por Oriá em 2003,
isso ocorre devido a menor densidade de colágeno que o envelhecimento apresenta, fragmentação das
fibras elásticas, achatamento da junção epidermo-dérmica e menor concentração de ácido hialurônico
quando comparados com a juventude.
Cotofana em uma revisão de literatura, descreveu o envelhecimento como uma alteração multifatorial que
deve ser tratada de acordo com cada estrutura, camada e a necessidade de cada paciente.
É sabido que a melhora dos sinais de envelhecimento pode ocorrer pelo estímulo da matriz extra celular,
isso foi demonstrado por Wang em 2007 com um ensaio clínico em vivo, que ao injetar ácido hialurônico
estabilizado de origem não animal (NASHA) em antebraço, mostrou em cortes histológicos da biópsia
realizada no local haver um estímulo dos fibroblastos e consequente aumento de colágeno tipo 1. Mais
recentemente, em uma revisão de literatura publicada em 2019, Bukhari confirmou as evidências que o
ácido hialurônico além da capacidade estrutural, também participam dos processos biológicos e quando
injetados podem melhorar a hidratação da matriz extracelular e por consequência o turnover celular e
atividade do sistema imune local.
Para melhorar a qualidade da pele tanto biológica quanto estruturalmente sem no entanto aumentar
volume, o Restylane® Skinboosters™ tem demonstrado eficiência, segurança e durabilidade próxima de
12 meses segundo estudo de Gubanova em 2015. Isso se deve a suas características fisico química e
reológicas, por se tratar de um produto que tem um G’ alto e ser microparticulado, o Restylane®
Skinboosters™ melhora a firmeza da pele sem aumentar o volume, e é também devido as suas
micropartículas que mesmo sendo um gel firme com swelling factor baixo, esse produto consegue manter
a água confinada dentro da sua rede, tornando-se um reservatório hídrico, levando a melhora gradativa da
hidratação e qualidade de pele, o que foi demonstrado por Nikolis e Enright em 2018.
Baseado no consenso realizado durante o 6o encontro anual da Academia Mundial de Cirurgia Cosmética
em Setembro de 2018 na cidade de Viena, os especialistas sugerem que para melhora da qualidade de
pele deve-se injetar Restylane® Skinboosters™ na camada subcutânea superficial distribuído em toda
lateral da face, região perioral e lateral da órbita, afim de melhorar a estrutura e hidratação da pele com
eficácia, segurança e longevidade. Esse grupo de especialistas desencoraja totalmente a aplicação
superficial desse produto para evitar a ocorrência de eventos adversos como pápulas e nódulos.
Ainda segundo consenso, o protocolo de tratamento para se conseguir a melhora da qualidade de pele e
manutenção do resultado é que se aplique 2ml na primeira sessão, sendo 1ml em cada lado da face, mais
1ml depois de 30 dias, sendo 0,5ml de cada lado da face e depois de 9 a 12 meses, 1ml da mesma
maneira de acordo com a necessidade de cada paciente.
A nova seringa alcança maior conforto de trabalho por meio dos novos recursos ergonômicos, como o
aperto dos dedos e o descanso do polegar, além de parecer leve na mão.
Para melhor precisão e controle, foi desenvolvido um
controle de dosagem audível por meio do sistema SmartClick™,
que distribui aproximadamente 10 μL ou 0,01ml de
micropartículas para cada clique audível. Permite que os
injetores se concentrem na técnica de injeção sem se preocupar
com a leitura da quantidade injetada. O profissional deve ativar
o Sistema SmartClick™ simplesmente pressionando um botão
localizado no punho da seringa. Isso engata uma placa metálica
contra a superfície com ranhuras da seringa que produz cliques
audíveis à medida que o profissional pressiona o embolo,
indicando assim a quantidade injetada.
O teste da seringa pelo injetor, mostrou que, embora a nova seringa seja um pouco mais pesada devido à
adição do Sistema SmartClick™, os profissionais a percebem como mais leve e mais confortável.
Os presentes autores recomendam Restylane® Skinboosters™ como uma excelente opção terapêutica
para melhorar da qualidade dérmica, com o intuito de prevenir ou frear o envelhecimento da pele, também
sugerimos que seja utilizado previamente a qualquer reestruturação global da face independente da idade,
além dos pacientes que querem realizar procedimentos estéticos, mas que temem por grandes mudanças,
a nossa experiência clínica tem mostrado que este procedimento deve ser encarado como um tratamento
de promoção a saúde da pele para todas as faias etárias com grande aceitação e alto índice de satisfação
dos pacientes.
Por fim, o Restylane® Skinboosters™ é um produto a base de ácido hialurônico reticulado, com
tecnologia NASHA, que foi desenvolvido para suprir uma demanda de mercado por um produto capaz
de repor a ácido hialurônico sem volumizar a face dos pacientes. Os estudos realizados e apresentados
aqui, sugerem que seja seguido o protocolo de tratamento e manutenção, para que os resultados, já
comprovados, sejam alcançados e mantidos a longo do tempo promovendo o rejuvenescimento facial.
Antes Depois
Aplicação de Restylane® SkinboostersTM na lateral da face, a fotografia de antes e depois evidencia
a melhora da qualidade de pele.
www.sbti.com.br