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ROTEIRO DE ESTUDOS

TEORIA JURÍDICA DO DIREITO


PENAL
Este roteiro orientará a sua aprendizagem por meio da leitura de livros e artigos que cabem na sua
rotina de estudos. Experimente esse recurso e aumente a sua habilidade de relacionar a teoria à
prática profissional.
No seu caminho de aprendizagem, você encontrará os seguintes tópicos:

 Texto de apresentação de cada leitura indicada;


 Links para acesso às referências bibliográficas.

É importante ressaltar: o seu esforço individual é fundamental para a sua aprendizagem, mas você
não estará sozinho nessa!

UNIDADE 3
Elementos e principais características da teoria do
crime

Características dos crimes culposos


Olá, aluno! Como vai? Estamos iniciando uma nova seção de estudo e a partir desse momento
apresentarei a você esse breve resumo contendo os assuntos que serão estudados. Então vamos
logo começar! Não se esqueça de fazer uma leitura atenta das páginas 147 a 154 do nosso KLS
de Teoria Jurídica de Direito Penal.

Em um primeiro momento, você aprenderá que os crimes culposos ocorrerão quando o agente,
por inobservância a um dever objetivo de cuidado, incorrer em um comportamento imprudente,
negligente ou imperito. Verá também que o dolo é a regra no ordenamento jurídico pátrio,
devendo o crime culposo estar expresso no tipo penal.

Em seguida, você conhecerá todos os elementos necessários para a configuração do crime


culposo, quais sejam a inobservância de um dever objetivo de cuidado, o resultado, o nexo
causal e a previsibilidade objetiva do resultado. Ainda, aprenderá a distinção entre imprudência,
negligência e imperícia. Aposto que você tem curiosidade sobre isso, certo? Para que saiba
maiores detalhes indico a você a leitura da obra de Cezar Roberto Bitencourt, no capítulo que
aborda o injusto culposo.

Ademais, você conhecerá as espécies de culpa usualmente abordadas pela doutrina, tais como
a culpa consciente, a culpa inconsciente, a culpa imprópria, a culpa indireta e a culpa presumida.

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É bem importante que você se dedique ao aprofundamento do conceito de culpa imprópria, já
que isso tem sido abordado com frequência em exames em razão da natureza jurídica do
instituto.

Acredito que você já conheça bem a distinção existente entre a culpa consciente e o dolo
eventual, não é mesmo? Porém, por se tratar de um tema relevante, sugiro a leitura atenta do
artigo de Sérgio Salomão Shecaira que trata do assunto.

Você aprenderá sobre a compensação e a concorrência de culpas no Direito Penal. O que você
acha que acontecerá quando duas ou mais pessoas concorrerem para a prática do crime sem o
conhecimento uma da outra? Além disso, será que a contribuição da vítima para a ocorrência
do crime influi na punição do agente? Isso tudo será visto neste momento!

Por último, você aprenderá a distinção entre crime preterdoloso e crime qualificado pelo
resultado. Não são expressões sinônimas... então não confunda! O crime qualificado pelo
resultado é gênero do qual o crime preterdoloso é espécie. Vamos logo conhecer o que é cada
um desses conceitos? Bons estudos!

Referências e Link do material na Biblioteca Virtual


e artigo
CARVALHO, F.L; BARBETA, EFFG. Teoria Jurídica do direito penal. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A, 2016. p. 147 a 154.

BITENCOURT, C.R. Tratado de direito penal: parte geral - vol. 1. 25. ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2019. p. 383 – 399.
Link:<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553610037/pageid/383>.

SHECAIRA, S.S. Dolo eventual e culpa consciente. Doutrinas Essenciais de Direito Penal. Revistas
dos tribunais, São Paulo, v. 3, p. 943-956, out. 2010.
Link:<encurtador.com.br/bkyOQ>.

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Erro de tipo e descriminantes putativas
Olá, aluno! Tudo bem? Dando continuidade ao nosso roteiro, indico a você a leitura do nosso
KLS das páginas 159 a 167. A leitura do KLS lhe auxiliará a compreender bem o assunto objeto
do nosso estudo, pois se trata de um tema complexo e muito importante para a sua trajetória
acadêmica.

Inicialmente, você aprenderá sobre o conceito de erro de tipo, previsto no art. 20 do CP, que
consiste na falsa percepção da realidade pelo agente quanto aos elementos constitutivos do
tipo penal. Verá também que o erro de tipo divide-se em essencial e acidental. No erro de tipo
essencial a falsa percepção da realidade incidirá sobre elementos essenciais (principais do tipo),
excluindo o dolo e a culpa quando escusável ou invencível; se inescusável (ou vencível) excluirá
o dolo, subsistindo a culpa se houver previsão dessa modalidade no tipo penal (ex: o agente leva
a mala de terceiro acreditando ser sua em razão da semelhança existente entre elas). O erro de
tipo acidental, por sua vez, ocorre quando o erro incidir sobre elementos não essenciais
(secundários do tipo penal), sendo comumente classificados em erro sobre o objeto (ex: o
agente quer furtar um anel de ouro, mas, por erro, subtrai uma bijuteria), erro sobre a pessoa
(ex: o agente quer matar A, mas engana-se e mata B, que é irmão gêmeo de A), erro sobre o
nexo causal (ex: A, pretendendo matar B, joga-o de uma ponte para que morra por afogamento,
contudo, durante a queda B bate a cabeça e falece imediatamente em razão da lesão), aberratio
ictus (ex: o agente pretende matar A, porém, por erro na pontaria, acerta B) e aberratio criminis
(ex: A, pretendendo danificar a vitrine de uma loja pertencente ao seu desafeto, atira uma pedra
em sua direção, acertando, na verdade, um consumidor, que estava adentrando no local). A
compreensão aprofundada dessa matéria é muito importante para a sua caminhada jurídica.
Por essa razão, indico a você a leitura da obra de Eugênio Pacceli e André Callegari no capítulo
pertinente ao erro de tipo.

Em seguida, você aprenderá sobre as teorias do dolo e as teorias da culpabilidade, conhecidas


como a teoria extremada do dolo, teoria limitada do dolo, teoria extremada da culpabilidade e
teoria limitada da culpabilidade. Esse assunto é complexo e importante, razão pela qual indico
a leitura do artigo denominado ‘a culpabilidade jurídico-penal’, de Ana Cristina Ribeiro
Bonchristiano.

Ainda, você aprenderá os conceitos e as distinções entre o erro provocado por terceiro e o delito
putativo por erro de tipo. Ainda, conhecerá melhor o significado das descriminantes putativas,

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fazendo-se, nesse tópico, sucinta análise das causas excludentes de ilicitude penal. Ufa! Bastante
assunto, hein? Dedique-se aos estudos das teorias do erro e comece já!

Referências e Link do material na Biblioteca Virtual


e artigo

CARVALHO, F.L; BARBETA, EFFG. Teoria Jurídica do direito penal. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A, 2016. p. 159 a 167.

PACCELI, E. Manual de Direito penal: parte geral. 4. ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 2018. p. 306
– 313.
Link:<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597014617/epubcfi/6/42[;vnd.v
st.idref=html21]!/4/1744[sec148]/2/2@0:0>.

BONCHRISTIANO, A.C.R. A culpabilidade jurídico-penal. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 633,
p. 255 – 262, jul. 1988.

Link:<encurtador.com.br/rBP58 >.

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Iter criminis e tentativa
Caro aluno, como vai? Nesse momento adianto a você que estudaremos uma importante
matéria da disciplina de Direito Penal: o iter criminis e a tentativa. Esse assunto tem uma
repercussão prática enorme, de modo que é importantíssimo que você domine todo o
conteúdo. Para lhe auxiliar nessa jornada, indico a leitura do nosso KLS de Teoria Jurídica de
Direito Penal, páginas 173 a 179.

Em um primeiro momento você aprenderá que o iter criminis significa


caminho/trajetória/percurso/itinerário do crime. Para a sua realização, o crime inicia-se a partir
da cogitação, seguido dos atos preparatórios, dos atos executórios e, por último, da
consumação. Doutrina minoritária ainda acrescenta o exaurimento como uma das fases do iter
criminis.

Em seguida, você aprenderá que tentativa, prevista no art. 14, II, do CP, ocorrerá quando,
iniciada a execução, o crime não atingir a consumação em virtude de circunstâncias alheias à
vontade do agente. Verá também que, quanto à punibilidade da tentativa, o Código Penal adota
a teoria objetiva, o que significa que a diminuição da pena de um a dois terços ocasionada na
tentativa é justificada pela menor exposição a perigo do bem jurídico se comparado ao crime
consumado.

Ademais, você aprenderá as espécies de tentativa, conhecidas como tentativa perfeita, tentativa
imperfeita, tentativa branca, tentativa vermelha, tentativa inidônea (ou crime impossível) e, por
último, a tentativa abandonada (arrependimento eficaz e desistência voluntária). Existem
infrações penais, porém, que não admitem a tentativa. Você sabia disso? Você também verá
quais são eles nessa seção. Contudo, como imagino que está curioso, já adianto a você... são
eles: contravenção penal, crime habitual, crime unissubsistente, crime culposo, crime omissivo
próprio, crime preterdoloso e o crime de empreendimento ou de atentado, cada um deles por
razões específicas que você aluno verá detalhadamente neste material.

Quanto aos estudos da tentativa, em razão de sua importância e implicações prática, para
aprofundamento, recomendo a leitura da obra de Cláudio Brandão no capítulo pertinente ao
tema, bem como do artigo de Luís Paulo Sirvinskas, denominado ‘aspectos relevantes da punição
da tentativa no sistema penal brasileiro’.

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Referências e Link do material na Biblioteca Virtual
e artigo

CARVALHO, F.L; BARBETA, EFFG. Teoria Jurídica do direito penal. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A, 2016. p. 173 a 179.

BRANDÃO, C. Curso de direito penal: parte geral. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. p. 289 –
296.
Link:<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-309-3792-8/pageid/331>.

SIRVINSKAS, L.P. Aspectos relevantes da punição da tentativa no sistema penal brasileiro.


Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 795, p. 464 – 476, jan. 2002.
Link:< encurtador.com.br/eOPRV >.

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Desistência voluntária, arrependimento eficaz,
arrependimento posterior e crime impossível
Olá, aluno! Tudo bem? Novamente faremos um breve roteiro do conteúdo que será visto por
você nessa seção. Nesta oportunidade, você conhecerá quatro institutos muito importantes
para os seus estudos, quais sejam a desistência voluntária, o arrependimento eficaz, o
arrependimento posterior e o crime impossível. Para melhor compreensão desses assuntos,
recomendo a leitura das páginas 184 a 190 do nosso KLS de Teoria Jurídica de Direito Penal.

Inicialmente, você aprenderá que, além da configuração da tentativa ou da consumação do


delito, existem outras situações que podem ocorrer ao longo do iter criminis. O agente poderá,
dessa forma, desistir de prosseguir na empreitada criminosa (desistência voluntária) ou,
realizando-a, poderá praticar novos atos para evitar a sua consumação (arrependimento eficaz).

Em seguida, você conhecerá o instituto do arrependimento posterior, o qual dispõe, consoante


o art. 16 do CP, que nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

Para aprofundamento das espécies de arrependimento aqui abordadas, recomendo a leitura do


artigo denominado ‘arrependimento no Direito Penal’, de José Osterno Campos de Araújo.

Ademais, você verá que, segundo o art. 17 do CP, a tentativa não será punida quando, por
ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, for impossível consumar-
se o crime. Estudará também que, quanto à punibilidade do crime impossível, o Código Penal
adota a teoria objetiva, de modo que a tentativa não será punida, nesse caso, em virtude de o
bem jurídico não ter sido exposto a perigo em nenhum momento.

Quer saber um pouco mais sobre os temas abordados nessa seção? Recomendo a leitura da
obra de Victor Eduardo Rios Gonçalves nos pontos referentes à desistência voluntária, ao
arrependimento eficaz, ao arrependimento posterior e ao crime impossível. Espero que se
aprofunde e consiga compreender bem esses relevantes temas de Direito Penal.

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Referências e Link do material na Biblioteca Virtual
e artigo
CARVALHO, F.L; BARBETA, EFFG. Teoria Jurídica do direito penal. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A, 2016. p. 184 a 190.

GONÇALVES, V.E.R. Curso de Direito Penal: parte geral - vol. 1. São Paulo: Saraiva 2015. p. 173
– 181.
Link:<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502635715/pageid/173>.

ARAÚJO, J.O.C. Arrependimento no Direito Penal. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 808, p.
496 – 512, fev. 2003.
Link:< encurtador.com.br/kFV08 >.

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