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de Sistemas
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Teoria dos Sistemas Complexos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Esp. Márcio Belloni

Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Teoria dos Sistemas Complexos

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:

Fonte: Getty Images


• Teoria dos Sistemas;
• Teoria do Caos;
• Teoria de Redes;
• Teoria dos Sistemas Terrestres;
• As Ferramentas da Ciência de Sistemas Complexos.

Objetivos
• Compreender os conceitos basilares de sistemas complexos;
• Conhecer o estado da arte e a capacidade existente nos estudos acerca de sistemas complexos.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Teoria dos Sistemas Complexos

Contextualização
Imagine-se analisando um sistema qualquer, mas percebendo que o seu sistema,
objeto de sua pesquisa, parece agir aleatoriamente, não respeitando nenhum método
científico. A impressão que lhe dá é que algo, ou alguma coisa, influencia o sistema
de tal maneira que consegue mudar o seu foco, o seu moto, de forma a fazer com que
você acredite que a pesquisa concluirá que é impossível observar este sistema, e mais
impossível ainda determinar qual é este “agente fantasma” que “puxa” o sistema para
um sentido aleatório e influencia drasticamente os resultados.

Então, você procura, no sistema estudado, como um furacão, por exemplo, move-se
de forma aparentemente aleatória, e ainda muda de intensidade de modo mais aleatório
ainda, acabando por desaparecer de forma quase mágica. Sim, você está diante de um
sistema complexo e vislumbrando as ações dos atratores em tais sistemas.

Assim, nesta Unidade veremos como tais atratores e a aparente aleatoriedade agem nos
sistemas complexos e diagrama de redes complexas como ferramentas para analisarmos
profundamente os sistemas.

Bom estudo!

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Teoria dos Sistemas
Cientes de que o sistema nada mais é do que o conjunto de elementos que, interligados,
formam um todo, e tendo conferido diversos exemplos, sabemos que tais elementos intera-
gem no sistema, formando o todo com um objetivo, ou seja, visam a um objetivo, que no
caso dos sistemas complexos, são almejados via um comportamento emergente.
No final da década de 1930, o biólogo Ludwig Bertalanffy, formulou o que se tornaria
a teoria dos sistemas, ou a teoria geral dos sistemas, buscando não resolver proble-
mas como até então a maioria das teorias formuladas almejava. Ludwig buscava produzir
modelos, formulações que pudessem ser aplicadas na realidade. Tratava-se de uma teoria
que via o todo, pois pregava que o conjunto ou todo apresenta características e comporta-
mentos que, ao isolar os elementos deste conjunto, perdiam-se. Como o caso da formiga,
que sozinha parece um ser inofensivo e de certo ponto insignificante, mas no contexto do
todo, o formigueiro é uma intrincada e complexa organização social.
Deste conceito veio a ideia de sinergia, que foi conceituado como sendo o esforço que
cada elemento do sistema desprende para provocar o resultado, muito mais ampliado e
complexo. Veja que o biólogo Ludwig percebeu que as suas leis não cabiam somente à Bio-
logia, mas a inúmeras outras Ciências. Por analogia, ele percebeu que se a probabilidade
é aplicada à genética e a seguros de vida, a Lei da gravidade rege as maçãs e os planetas,
de modo que a sua teoria dos sistemas poderia ir além dos limites da Biologia.
Na sua obra intitulada A teoria geral dos sistemas, Bertalanffy já vislumbrava a comple-
xidade em tratar de sistemas com quantidades de elementos muito grandes. O autor exem-
plificava, já na década de 1930, com a quantidade aproximada de partículas no Universo,
sendo da ordem de 1080 e tratando, como a máquina de Turing, posto autômato, sempre
uma quantidade finita de palavras e movimentos (BERTALLANFY, 2010). Mais curioso
ainda é que o biólogo fez tais conjecturas baseando-se na tecnologia dos computadores com
armazenamento à fita, na época.

Teoria do Caos
O Principia de Newton apresentou um panorama de Universo formado de modo deter-
minístico, ou seja, conhecendo-se o início de um fenômeno, o seu marco inicial, conhecer-
-se-á os resultados por meio de fórmulas que são pétreas. Isto elimina as situações que
englobam os sistemas complexos. Por exemplo, o determinismo clássico não consegue
vislumbrar a complexidade da vida, logicamente, pois não se consegue determinar as
condições iniciais. Ou seja, tendo a vida se originado em um momento desconhecido sobre
condições desconhecidas, como teria se originado em um planeta sem vida alguma?
O comportamento caótico de alguns sistemas não é uma teoria tão recente. As for-
mulações matemáticas clássicas vislumbram em uma fórmula determinística, sobre uma
só condição inicial, uma só resposta. Mas muitos estudiosos verificaram que nem todos
os fenômenos podem ser explicados por este método. Poincaré, ao estudar o movi-
mento dos planetas em torno do Sol, verificou, com apenas três corpos celestes, uma
quantidade tamanha de variações e uma situação tão aleatória que não se aventurou
nem a riscar um gráfico que representasse os valores obtidos. Tratavam-se de situações

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UNIDADE
Teoria dos Sistemas Complexos

aparentemente aleatórias e com tantas nuances que não se podia afirmar nenhuma con-
clusão – ficando conhecido como o problema dos três corpos.

O próprio Laplace enumerou a dificuldade de a mente humana perceber nos fenômenos


complexos a real situação do sistema, os espaços de estados e principalmente a solução
determinística, mesmo porque não existe. Eram verificados os primórdios da teoria do caos.

Stephen Smale, na década de 1960, buscou apresentar modos de funcionamento de


circuitos eletrônicos. Ele percebeu uma similaridade nas respostas dos seus circuitos com
as de Poincaré no problema dos três corpos, e embora determinístico, observou uma
aleatoriedade que ficou conhecida como a ferradura de Smale.

Em 1975, James Yorke e Tien-Yen Li, em um artigo acerca da simplificação do teorema


de Sharkoviskii de 1964, ao tratar o tempo de forma discreta, apresentou pela primeira vez
na Ciência o termo caos.

Efeito Borboleta
Agora, compreendendo a criação da teoria do caos, trataremos a “borboleta”. O ditado
quase sagrado da teoria do caos apresenta que “o bater das asas de uma borboleta no Brasil
pode causar um furacão nos Estados Unidos”. Contudo, não é bem assim que a teoria do
caos se apresenta. Limitar essa análise a uma borboleta e a um furacão é diminuir tanto
o sistema que ele acaba perdendo a sua complexidade. Na verdade, o clima todo de uma
região pode ser alterado pelo bater das bilhões de borboletas do Globo Terrestre e outros
seres, todos os que podem movimentar alguma massa de ar e pelos climas vizinhos, pelas
marés, correntes tropicais, pelo efeito estufa e outros inúmeros elementos variáveis.

Nas suas equações, ao estudar a dinâmica, Edward Lorentz verificou comportamentos


estranhos onde alterações muito pequenas poderiam gerar efeitos catastróficos, provo-
cando um “efeito dominó” que levaria a efeitos futuros incertos, com estas equações:

 x  10  y  x 

 y  28 x  y  xz

 8
 z     z  xy
 3

Ao representar estas equações em um gráfico tridimensional (x, y, z), observamos


que existe uma atração dos movimentos para um ponto específico.

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Figura 1 – Atrator estranho de Lorentz
Fonte: Wikimedia Commons

O clima é um dos sistemas complexos mais difíceis de se calcular, levando a aproxima-


ções muito pobres, mas que conseguem, na medida do possível, apresentar certa quan-
tidade de acertos. Isto ocorre pela quantidade de atratores estranhos dentro do sistema
complexo denominado clima. Atrator estranho é o movimento interno ao sistema com-
plexo e que se comporta de modo a alterar os seus resultados sem que seja perceptível ao
observador. Isto faz com que os sistemas caóticos possam ser até mais previsíveis a curto
prazo, mas não a longo prazo. Quanto mais longe no tempo se deseja prever um resultado,
menor será a probabilidade de se conseguir exatidão.

Esses atratores estranhos são os elementos que geram fractais; por exemplo, nos
fractais de Mandelbrot, números complexos em série se desenrolam, uns dentro dos
outros, formando as imagens mais belas que se pode ver na internet:
• Z 0 = 0;
• Z1= x + iy;
• Z 2 = Z14 + ( x + iy );
• Z n = Z n4−1 + ( x + iy ).

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UNIDADE
Teoria dos Sistemas Complexos

Figura 2 – Fractal de Mandelbrot criada por computador,


demonstrando a infinidade em suas séries
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons

Teoria de Redes
Muitas vezes estudamos o mundo segundo as suas propriedades e características.
Contudo, quando os sistemas não são isolados, onde essas características e proprieda-
des não são tão latentes, principalmente em sistemas complexos, pode-se fazer uso da
teoria de redes.

Esta teoria inicia-se com uma visão simples das coisas e a relação entre tais coisas
como, por exemplo, as pessoas e suas relações sociais. Esta ideia pode ser usada para
modelar uma grande variedade de situações, tais como redes biológicas e sociais.

Em 1736 já se analisava os grafos, pois Leonhard Euler já apresentava a teoria dos gra-
fos e da topologia. Note que Kirchoff, ao formular os seus estudos sobre os circuitos elétri-
cos, mantém-se atual em análises de circuitos, tendo apresentado a teoria das árvores – que
veio embasar a teoria das redes.

No ano de 1930, Jacob Levy Moreno apresentou uma série de representações onde o
mesmo analisava as interações sociais entre alunas de diversas turmas da New York Training
School for Girls, formando o que ficou mais tarde conhecido como sociogramas. Isto
embasa ria a disciplina da Sociologia denominada Análise de Redes Sociais, visando
analisar, via redes, o padrão de conexões entre as pessoas que compõem esta rede – tal
como network, por exemplo.

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Figura 3 – Rede de blogs políticos nos Estados Unidos
Fonte: INTERIAN; RIBEIRO, 2018 apud SANTOS; SIMÕES; CAVALCANTE, 2021

O agregado à esquerda corresponde ao alinhamento com o Partido Democrata,


enquanto o agregado à direita corresponde ao alinhamento com o Partido Republicano.

Tratam-se de grafos representados por nós e que visam ilustrar, de forma eficiente, os
sistemas complexos. É uma ferramenta matemática muito eficiente porque busca modelar os
sistemas complexos presentes na natureza e nas interações humanas.

No trabalho de Mello e colaboradores (2010), a análise de redes apresenta os municí-


pios como nós da rede e forma uma rede no País em relação às rodovias pavimentadas e
não pavimentadas.

Figura 4 – Mapa das rodovias brasileiras com as rodovias


pavimentadas em azul e as não pavimentadas em marrom
Fonte: MELLO et.al., 2010

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UNIDADE
Teoria dos Sistemas Complexos

A teoria de redes nos apresenta ferramentas para analisar os elementos individual-


mente, além de fornecer um panorama de todo o sistema. Desta forma, uma das carac-
terísticas mais importantes diz respeito a quão conectado é cada indivíduo na rede ou
a rede em um todo. Isto nos apresenta um panorama de quão rápido um novo evento
pode se espalhar através do sistema. A conectividade média nos dá uma noção sobre
esta capacidade de espalhar o novo evento – trata-se da razão entre o número total de
conexões e o número total de nós.

Total de conexões
Grau médio de conectividade =
Total de nós

O tamanho da rede é denominado comprimento médio de conexão, que é a média


entre os comprimentos de conexão entre todos os nós. Estes nós possuem um valor que
depende de seu grau de conectividade na rede e este valor é calculado pela centralidade de
autovetores ou autoprestígio que mede quantas conexões o nó possui e quão conectados
estão aos nós que se conectam a este primeiro. Trata-se de cálculo usado na teoria dos
grafos. Algoritmos de busca na internet utilizam esta ferramenta e as redes possuem as
seguintes configurações:
• Ring;
• Mesg;
• Star;
• Fully connected;
• Line;
• Tree;
• Bus.

Você poderá se questionar: mas em um sistema complexo, como poderemos ter


uma formação tão certinha? Quando a relação entre os elementos é efetuada de forma
aleatória, ocorrerá formação uniforme.

Teoria dos Sistemas Terrestres


O planeta Terra é composto de múltiplos processos físicos e biológicos que formam o
sistema no qual reconhecemos como planeta Terra. Veja que estes processos são inter-
dependentes, mas são estudados por diferentes Ciências: por exemplo, os meteorólogos
estudam a atmosfera e os geólogos a formação de rochas.

Graças a estes ramos de estudos do Planeta a Física vem acumulando muito conheci-
mento e adquirindo uma consciência muito mais abrangente, percebendo o planeta Terra
inteiro como um grande sistema complexo. Os satélites começaram a fazer perceber o
Planeta como uma totalidade e mostraram os resultados das interações entre os processos
físicos e químicos.

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Figura 5 – O planeta Terra é visto como um sistema complexo
formado por processos físicos, químicos e biológicos
Fonte: Wikimedia Commons

Esta percepção do sistema formado por todos os processos do Planeta dá origem


à Ciência Terrestre, ou às Ciências dos Sistemas Terrestres. Uma das provas de que o
planeta Terra é um sistema é que existe uma entrada de energia, provinda do Sol e do
próprio Universo na forma de radiação cósmica, sendo tais energias o principal fator dos
processos que ocorrem no Planeta.
A Ciência Terrestre estuda as diferentes esferas da Terra, processos que formam o
sistema complexo terrestre, como o que se segue:
• Atmosfera: composta por gases, partículas suspensas e vapores;
• Hidrosfera: composta pela água em estado líquido e seus componentes;
• Litosfera: composta pelos minerais e pelas rochas;
• Biosfera: composta por materiais e processos biológicos.

Figura 6 – Na atmosfera, processos de ciclos ocorrem renovando o oxigênio e formando o ozônio;


o ciclo do hidrogênio e nitrogênio são exemplos da interação entre as esferas
Fonte: Wikimedia Commons

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UNIDADE
Teoria dos Sistemas Complexos

Cada uma dessas esferas possui ciclos, tal como no caso da litosfera o ciclo do carbono.
Pode-se ainda enumerar o ciclo das rochas, o qual impulsionado pela energia térmica do
interior da Terra através dos vulcões. Na atmosfera, o ciclo da água através dos processos
da evaporação, condensação e precipitação, ajudando a enviar água para regiões distantes.
Na biosfera, toda atividade biológica é verificada.

A energia solar flui quando a fotossíntese das plantas recebe a energia solar e, através
dos ciclos tróficos, distribuem tal energia aos animais herbívoros e estes aos predadores
e estes ao solo.

Nitrogênio na atmosfera (N2)

Plantas
Assimilação
Bactérias
desnitrificantes
Bactérias fixadoras de
N2 nos nódulos de raízes Nitratos (NO3-)
Decompositores
de leguminosas (Fungos e bactérias
aeróbicas e anaeróbicas)
Bactérias
Amonificação Nitrificação nitrificantes

Amônia (NH4+) Nitritos (NO2-)


Bactérias fixadoras de Bactérias nitrificantes
N2 no solo

Figura 7 – O ciclo do nitrogênio, um dos ciclos das esferas que compõem o sistema terrestre
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons

As esferas são responsáveis pelo ecossistema, onde existe a combinação das diferentes
esferas com um equilíbrio, mas sem um sistema de liderança. Modelos que representem
este sistema complexo que é o nosso planeta é um grande desafio para a modelagem
matemática. Um sistema tão complexo, que possui conceitos caóticos e pseudoaleatórios,
atratores e ainda com a presença do intelecto humano atuando ativamente traz grandes
desafios aos cientistas.

As Ferramentas da Ciência
de Sistemas Complexos
Até aqui percebemos que para se analisar um sistema complexo é necessária a presença
de multidisciplinariedade, pois a exemplo do sistema terrestre, a biosfera exige um biólogo,
a litosfera demanda um geólogo e a atmosfera um meteorólogo. Os sistemas complexos
devem sempre ser analisados com modelagem matemática e na maioria das vezes seria
impossível sem a modelagem computacional.

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Assim, primeiramente, é necessário se atentar à aquisição de dados, e neste sentido
ferramentas como big data e machine learning devem ser utilizadas para maior abran-
gência e tratamento dos dados levantados. Sistemas complexos possuem dados muito
volumosos, de modo que algoritmos computacionais são utilizados para big data.

A tecnologia big data relaciona os dados em grande volume, enquanto machine learning
verifica e analisa tais dados de forma singular, de um modo que o ser humano não conse-
guiria verificar.

Outra ferramenta para a análise de sistemas complexos é a modelagem matemática.


As equações diferenciais podem ser aplicadas para esta análise como, por exemplo, as
equações que identificam o crescimento das bactérias – neste sentido, vejamos o modelo
de Malthus:

dN
= bN − dN
dt

N ( t ) = N 0 e ( b − d )t

Neste caso, a população depende exponencialmente com o tempo, onde N é a popula-


ção e b e d demonstram a quantidade de elementos de entrada e saída na população, tais
como nascimento e mortalidade. Este modelo pode ser utilizado para examinar o cresci-
mento em tempo curto.

Por exemplo, em um sistema de bactérias onde 2 exemplares formam 4 exemplares


após 1 segundo, com um índice de mortalidade de 1,4 exemplar por segundo, conforme
o modelo de Malthus o gráfico do crescimento populacional será o seguinte:

Modelo de Malthus
30

25

20
Exemplares vivos

15

10

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Tempo (s)
Figura 8 – Gráfico demonstrando o crescimento populacional pelo modelo de Malthus

Mas e se o crescimento for analisado durante longo período e o ambiente suportar um va-
lor máximo para a população, com escassos recursos de alimentação? Para solucionar este
problema podemos utilizar uma constante k, tal como na equação do modelo de Verhulst:

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UNIDADE
Teoria dos Sistemas Complexos

dN  N 
= k0 N 0  1 − 0 
dt  k 

N0k
N (t ) =
N 0 + [ k − N 0 ] e rt

Onde k0 é o termo de saturação inicial do tamanho da população e pode ser encon-


trado por regressão não linear.

Para o mesmo caso, assumindo a possibilidade de um panorama com 25 indivíduos


vivos, segundo o modelo de Verhulst, após 30 minutos teremos o seguinte gráfico:

32 y
30

25

20
Indivíduos

15

10

1 x
-2 -1 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
Tempo (s)

Figura 9 – Modelo de Verhulst

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
NetLogo
Programa em nuvem – para simular sistemas complexos.
https://bit.ly/3oNHtrW

Vídeos
Teoria de Redes
https://youtu.be/iYElG6ZLbzs
Teoria de Redes – Marc Samet
https://youtu.be/eM1KaaTez0A
The Chaos Theory, Unraveling the Mystery of Life | Samuel Won | TEDxDaculaHighSchool
https://youtu.be/Q8JZ4L6Ocic

Leitura
Caos: A Criação de uma nova Ciência? As Aplicações e Implicações
da Teoria do Caos na Administração de Empresas
https://bit.ly/3uhzh4a

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UNIDADE
Teoria dos Sistemas Complexos

Referências
BERTALANFFY, L. V. Teoria geral dos sistemas. Petrópolis, RJ: Vozes, 1975.

CATICHA, A. Lectures on probability, entropy and statistical physics. In: International


Workshop on Bayesian Inference and Maximum Entropy Methods in Science
and Engineering, 28., 2008.

DOTSENKO V. Introduction to the replica theory of disordered statistical systems.


[S.l.]: Cambridge University, 2001.

NISHIMORI, H. Statistical physics of spin glasses and information processing.


[S.l.]: Oxford University, 2001.

NOWAK, M. Evolutionary dynamics. [S.l.]: Belknap, 2006.

SANTOS, R. P. dos. Utilizando Ciência de redes no desenvolvimento de sistemas com-


plexos. SBC OpenLib, [20--]. Disponível em: <https://sol.sbc.org.br/livros/index.php/
sbc/catalog/download/49/225/477-1?inline=1>. Acesso em: 08/04/2021.

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