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ÍNDICE

SOBRE ....................................................................................................................................... 3
CAPÍTULO I – VIZINHO CAÇADOR .................................................................................... 4
CAPÍTULO II – CAÇADORES NO TRANSPORTE PÚBLICO ............................................ 6
CAPÍTULO III – COLEGA CAÇADOR ................................................................................ 10
CAPÍTULO IV – CAÇADORES NO HOSPITAL ................................................................. 13
CAPÍTULO V – PATRÃO CAÇADOR ................................................................................. 17

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SOBRE

Título: Os Caçadores

Autor: Jonas Afonso

Lançamento: 05 de Julho de 2022

Website: www.profjav.com

Facebook: www.facebook.com/profjav

Instagram: www.instagram.com/profjav

Os Caçadores estão em todo lado, na vizinhança, Transporte Público, Hospital, Trabalho


sempre prontos para estragar o dia de quem cruzar o caminho deles. É preciso estar atento
para não cair na armadilha.

Dedico este livro a você que está neste momento lendo.

Todos os direitos reservados a Jonas Afonso

Não é permitida a reprodução total ou parcial do livro, por quaisquer meios, sem a prévia
autorização por escrito do Autor.

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CAPÍTULO I – VIZINHO CAÇADOR
Segunda-feira, mais um dia de trabalho, acordei bem animado para iniciar a semana da
melhor forma possível. Ao sair de casa em direcção ao trabalho encontro meu vizinho.

Vizinho: É difícil dizer bom dia?

Ignorei e continuei o meu caminho.

Vizinho: Agora me ignora. Esses jovens de hoje em dia.

Eu: Bom dia.

Vizinho: Agora já é tarde, o seu bom dia é inválido.

Eu: Você teve a coragem de perguntar se é difícil para eu dizer bom dia. Por acaso há alguma
ordem na saudação?

Vizinho: Eu perguntei porque estava vendo você me passar sem dizer nada.

Eu: E você não podia dizer bom dia para mim?

Vizinho: Claro que sim.

Eu: E porquê não disse?

Vizinho: Para de procurar justificar o seu erro assuma de uma vez e o assunto fica encerrado.

Eu: Eu não estou dizendo que estou certo, você viu que estava cometendo um erro. Deveria
ter dado a iniciativa dizendo bom dia para mim.

Vizinho: Você acha que é o dono da verdade, pensa que todos têm que se curvar na sua
presença. Eu sei que estou muito certo, estou mostrando o caminho da verdade e é a
ignorância que recebo em troca.

Ele continuou falando e fiquei sem perceber nada. Vi que falando com ele estava alimentando
a vontade que tinha de falar. Continuei a minha caminhada, e encontrei uma vizinha.

Vizinha: Bom dia vizinho como está?

Eu: Estou bem e você?

Vizinha: Também estou bem. Já está na Hora.

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Eu: Sim. Vamos a luta?

Vizinha: Vamos.

Vizinha: No dia 30 deste mês, vou fazer uma festa de aniversário para minha filha, está
completando 1 Ano. Vou convidar toda a vizinhança, até as famílias que não tem crianças
vou convidar.

Eu: O Aniversário dela é no dia 30 deste mês?

Vizinha: Não, o aniversário dela foi ontem. Mas no momento não tenho condições de fazer a
festa, até dia 30 terei reunido as condições.

Eu: Um Feliz Aniversário para ela. Só faltam 15 dias para a festa.

Vizinha: Sim. Até dia 20 terei convidado a vizinhança. Não sou como outros que fazem festa
e não convidam o vizinho que está a 2 minutos de distância. Para mim vizinho é família, se
eu estiver aflita a primeira pessoa que vai ouvir o meu pedido de ajuda é o vizinho.

Eu queria continuar falando com ela sobre a festa de Aniversário da filha, mudei de assunto
porque pensei na possibilidade de ela estar mandando uma indirecta para mim porque
recentemente eu preparei um jantar simples a comemorar o meu aniversário e só membros da
família estavam presentes.

Eu: Então vizinha como vai o trabalho?

Vizinha: Vai bem e o seu?

Eu: Também bem.

Vizinha: Conto com a sua presença na festa da minha filha.

Chegamos na paragem, estava muito cheio, os transportes não paravam, essa situação me
preocupava porque corria o risco de chegar atrasado no trabalho. Depois de muita espera
consegui transporte.

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CAPÍTULO II – CAÇADORES NO TRANSPORTE PÚBLICO
O Transporte Público estava lotado e 5 minutos depois de eu ter entrado no Transporte, uma
senhora começou a falar.

Senhora: Parece que algumas pessoas acordaram ainda com sono e saíram com as suas camas
para o Transporte. Você aí atrás de mim não quer que eu te dê uma almofada?

Eu: Almofada?

Senhora: Sim, porque você está muito a vontade nas minhas costas. A almofada é para
manter-te confortável nas minhas costas.

Eu: Perdão senhora.

Senhora: Talvez eu não saiba mas as minhas costas dão vontade dormir um pouco, um idoso
esteve a dormir por um bom tempo até descer, fiquei calada, quando o idoso desceu pensei
que já estava descansada, aí você chega e diz deixa dormir um pouco nela. Você chama
atenção a pessoa ao invés de corrigir o seu erro, diz desculpa, desculpas não libertam minhas
costas, eu só quero estar sossegada no meu canto aqui no Transporte Público.

Quando a senhora começou a falar depois de me desculpar não disse mais nada, eu não tinha
como dar o espaço que ela estava pedindo porque o transporte estava muito lotado, quando
percebeu que eu não estava respondendo a ela, ficou calada por algum tempo, e voltou ao
assunto minutos depois, no transporte só dava para ouvir ela e a mais ninguém.

Alguns minutos passaram e um passageiro estava para descer, efectuou o pagamento e o


cobrador deu troco a ele.

Cobrador: Vou dever-te 1 Metical.

Passageiro: Não vai acontecer, eu estou cansado de ser roubado por vocês cobradores, se eu
for a contabilizar todo dinheiro que os cobradores estão a dever-me já teria comprado um
carro.

Cobrador: Passageiro eu entendo mas eu não tenho 1 Metical para dar.

Passageiro: Azar seu cobrador porque justamente hoje quero o meu 1Metical. Se continuar a
insistir na dívida vamos acabar no ringue.

Cobrador: Gostei do seu senso de humor.

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Enquanto o Cobrador dava risada o passageiro segurou o cobrador pelo pescoço.

Passageiro: Cobrador o meu 1 Metical.

Cobrador: Quem você pensa que é para me ameaçar?

Passageiro: A pessoa que vai te encher de porrada que vai pensar em deixar de ser cobrador.

Cobrador: Você está ameaçando a pessoa errada.

O transporte chegou na Paragem do passageiro que estava trocando ameaças com o Cobrador,
o motorista parou o carro e os dois desceram, alguns passageiros gritavam “O Cobrador hoje
encontrou alguém que lhe vai fazer pagar todo o troco que está a dever aos passageiros”,
Força passageiro", "Hoje é Hoje", “Cobrador U file Nhamutlha” e já estavam para lutar e um
senhor viu que a questão de 1 Metical já estava ficando séria, ofereceu 5 Meticais ao
passageiro para poder libertar o cobrador.

Passageiro: Obrigado meu senhor mas eu quero o meu 1 Metical que o cobrador está a dever.

Senhor: Então leva o dinheiro que estou a dar, aí a dívida do cobrador será paga.

Passageiro: Eu quero que seja o Cobrador a pagar a dívida. Se a dívida de 1 Metical fosse
minha o cobrador não me deixaria descer, por isso que faço questão que ele me pague.

Senhor: Cobrador pague a dívida porque já estamos a perder tempo por causa de 1 Metical.

O cobrar levou o dinheiro entregue pelo senhor e deu ao passageiro, o passageiro foi embora,
pensamos que a confusão já tinha acabado. Mas não demorou para o motorista atacar o
Cobrador.

Motorista: Você Cobrador está bem mesmo?

Cobrador: Você viu chefe que ele me faltou com respeito.

Motorista: Faltou com respeito?

Cobrador: Sim.

Motorista: Mas você está bem mesmo?

Cobrador: Eu sei que falhei mas não precisa insultar-me.

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Motorista: Você estava para lutar por causa de 1 Metical, correr o risco de acabar com o seu
dia. Você não percebeu que ele estava esperando por isso para poder começar a confusão?

Cobrador: Não.

Motorista: Eu já não sei o que fazer contigo. Você não deixa uma semana passar sem causar
confusão. Ainda trabalhas comigo porque sei que tens uma família para cuidar. Noutro dia
tive que pagar uma multa por insistir em lotar o carro mais que deveria, eu te chamei atenção
e dizia que estava tudo controlado e não estava nada.

Cobrador: Esses passageiros gostam de provocar e não gosto nada de ser provocado.

Motorista: Pense antes de agir, porque o único prejudicado aqui sou eu.

Cobrador: Farei isso, mas não vou tolerar abuso desses passageiros.

O Cobrador pediu ao motorista para parar no mercado e abasteceu a sua carteira com dinheiro
o suficiente para não dever 1 Metical aos passageiros.

Motorista: Agora você colocou a sua cabeça a funcionar, se tivesse feito isso ontem nas
últimas horas não teria tido essa confusão com o passageiro.

Cobrador: A confusão com aquele passageiro é suficiente para um dia de trabalho.

Motorista: Entenda uma coisa, esses ataques são para mostrar que as suas ações têm
consequências. Se continuar assim vou fingir que não tens família e procurar alguém que
valorize ser Cobrador. Tens que viver em harmonia com os passageiros. Passamos muito
tempo com os passageiros e deveríamos trabalhar em Harmonia, sem passageiros não temos
como obter rendimento, e sem você e eu os passageiros não têm como se locomover. Chega
de brigas desnecessárias, somos família, eu preciso de você, você precisa de mim, o
passageiro precisa de um transporte.

Cobrador: Compreendo perfeitamente, de hoje em diante vou cuidar dos passageiros, porque
garantem o meu pão, um amigo uma vez disse "Gentileza gera gentileza".

Passageiros perdão pela confusão hoje mais cedo, a partir de agora eu vou cuidar de vocês
como merecem e espero que vocês também façam o mesmo.

Passageiros: O Cobrador está pedindo desculpas? Parece que sim. É a primeira vez a ver um
cobrador pedindo desculpas.

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Cobrador: Pode parecer estranho, mas de hoje em diante vamos trabalhar da melhor forma.

Os Passageiros começaram a aplaudir, o motorista ligou o Rádio colocou uma música bem
animada e a viagem decorreu da melhor forma possível, o cobrador foi tão cordial que
parecia uma outra pessoa. Se alguém me contasse eu não acreditaria mas eu estava lá para
ver.

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CAPÍTULO III – COLEGA CAÇADOR
Cheguei no trabalho atrasado, e encontrei meu colega.

Eu: Bom dia colega como está?

Colega: Bom dia estou bem e você?

Eu: Também estou bem. Como decorreu o final de semana?

Colega: Decorreu da melhor forma possível. E desse lado?

Eu: Decorreu da melhor forma possível também. Mais um dia de trabalho?

Colega: Falando em trabalho chegou esse computador aqui antes de eu chegar, liguei e
percebi que estava com o Sistema Operativo corrompido. O computador tem que ser
formatado.

Eu: Essas são as instruções?

Colega: Esse é um procedimento padrão, quando recebemos um computador nessas


condições, formatamos e instalamos os programas conforme o uso do computador.

Eu: A que horas chegou?

Colega: 10 Minutos antes de você chegar.

Eu: E estava a minha espera para formatar o computador?

Colega: Não.

Eu: Então...

Colega: A formatação do computador estará por sua conta. Quando estava para começar o
trabalho, recebi uma notificação informando para ir no banco.

Eu: Você tem certeza que é isso que tem que ser feito?

Colega: Tenho.

Eu: Tudo bem.

Colega: Já vou, até logo.

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Eu: Até logo.

Quando o colega saiu para o banco, comecei com o processo de formatação. No meio
processo o patrão chega.

Patrão: Bom dia.

Eu: Bom dia.

Patrão: O que está fazendo?

Eu: Formatando esse computador.

Patrão: Formatando o computador?

Eu: Sim.

Patrão: Qual é o computador que está Formatando?

Eu: É o computador que chegou hoje.

Patrão: Aí quando você chegou olhou para o computador e disse Ah esse computador
necessita de uma formatação.

Eu: Não, o cole...

Patrão: Todo esse esforço é para mostrar eficiência no trabalho? Se for isso, desta vez estás
enganado esse computador não é para formatar. Era para reparar o Windows e só formatar
quando a reparação não der certo. Antes de fazer alguma coisa pergunte primeiro, não sei
como vou explicar o dono do computador.

Minutos depois…

Saí de casa estava sentindo-me ótimo, mas do nada comecei a me sentir mal. Nessa hora o
patrão me chama.

Patrão: A formatação já esta concluída?

Eu: Sim.

Patrão: Para sua sorte o dono do computador tem um Backup de toda a informação dele.

Eu: Que bom. Eu preciso sair, não me sinto bem.

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Patrão: O que está sentindo?

Eu: Minha cabeça dói de uma forma que parece que vai explodir.

Patrão: Vá para o hospital. E não volte a cometer o mesmo erro que cometeu hoje mais cedo.

Eu: Terei mais atenção das próximas vezes. Obrigado por deixar ir para o Hospital.

Terminei a configuração e segui o caminho para o hospital, pelo caminho liguei para o colega
esclarecer o facto de ter-me dado uma informação errada.

Colega: Como vai colega?

Eu: O que foi aquilo?

Colega: Não estou a perceber.

Eu: Você disse que aquele computador era para formatar enquanto na verdade era para
reparar o Windows e só formatar no caso de a reparação não der resultados positivos. Para
minha sorte o dono do computador tinha um backup dos seus ficheiros. Chamaram a minha
atenção e não fui dado espaço para explicar a situação.

Colega: Ainda bem que o dono do computador tinha backup, e o patrão só te chamou
atenção. Não me diga que está chateado por causa disso?

Eu: Estou muito feliz, estava precisando de uma chamada de atenção.

Colega: I'm sorry.

Eu: Está tudo bem. Desta vez passa, porque acabou tudo bem.

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CAPÍTULO IV – CAÇADORES NO HOSPITAL
Ao chegar no hospital passei pelo Segurança, ele deixou-me entrar mas no meio do caminho
ele chama por mim.

Segurança: Ei, você aí, volta.

Eu: Está falando comigo?

Segurança: Por acaso está vendo outra pessoa?

Eu: Esse não é o caminho para o atendimento?

Segurança: O que você quer?

Eu: Eu quero ir até o atendimento para comprar senha para ser atendido.

Segurança: Esse caminho está fechado. Eu te vi a passar por mim, e fiquei sem perceber
nada. Até pensei que tivesses algum problema mental porque a placa já diz “Entrada
Proibida”.

Eu: Não vi a placa.

Segurança: Está falando sério, ou é para ganhar razão?

Eu: Qual é o caminho que leva até ao atendimento?

Segurança: É por aqui.

Eu: Obrigado.

Continuei a minha caminhada até ao atendimento e quando cheguei uma senhora estava a ser
atendida.

Senhora: Bom dia, é aqui onde compra-se a senha?

Senhora do Atendimento: É uma pergunta ou afirmação?

Senhora: É uma pergunta.

Senhora do Atendimento: Como você está aqui no hospital e não sabe onde comprar senha e
sem senha não há como estar na fila para ser atendida.

Senhora: É minha primeira vez neste hospital. Qual é o preço da senha?

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Senhora do atendimento: Também não sabe qual é o preço da senha? Com essa idade está
querendo dizer que nunca ficou doente e foi para o hospital por conta própria?
Senhora: Já fiquei doente e já estive no hospital por conta própria. Não custa nada informar o
preço da senha, custa?

Senhora do Atendimento: 1 Metical.

Senhora: Obrigada, o preço ainda é o mesmo.

Comprei o bilhete e aguardei pela chamada para ser atendido. Quando a pessoa que eu estava
seguindo saiu da sala do médico, eu entrei.

Médico: Quem te chamou?

Eu: A pessoa que eu estava seguindo já foi atendida então…

Médico: Se fosse para lhe atender eu teria chamado pelo paciente seguinte neste caso, você,
por acaso você ouviu a chamar pelo paciente seguinte?

Eu: Não.

Médico: Volte para sala de espera que eu lhe chamarei.

Médico: Esses pacientes são impacientes, não sabem esperar. A seguir.

Informei meu nome, idade e residência ao médico.

Médico: O que faz aqui?

Eu: Como?

Médico: Este hospital não é o mais próximo da sua casa.

Eu: Saí do trabalho para aqui, é mais perto.

Médico: O que está sentido?

Eu: Estou com dor de cabeça, náuseas e antes de ser atendido vomitei aqui no hospital.
Enquanto estava sentado esperando investiguei e parece que estou com…

Médico: Se você sabe o que sente e o que é, então deveria estar deste lado, o médico aqui sou
eu ou é você?

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Eu: Você é o médico.

Médico: Limite-se a dizer os sintomas. Se não melhorar em 5 dias volte para o hospital.

Eu: Obrigado.

O médico passou-me a receita e fui até a farmácia do hospital para receber a medicação.

O farmacêutico recolheu as receitas, pediu para aguardar pela chamada para levantar a
medicação, quando a chamada iniciou só quem estava bem perto conseguia ouvir o nome,
todos aproximaram mais a farmácia, o farmacêutico pediu para manter distância. O meu
nome foi chamado.

Eu: Boa Tarde.

Farmacêutico: Boa tarde, aqui está a sua medicação.

Eu: A dosagem?

Farmacêutico: Pergunte o Médico.

Levei a medicação, quando dei o primeiro passo em direção a sala do Médico.

Farmacêutico: Volta aqui. Para onde pensa que vai?

Eu: Na sala do Médico.

Ele explicou-me da dosagem da medicação com um tom de irritação. Saí de lá em direcção a


casa.

5 Dias depois…

Os dias passaram e a situação não melhorava, voltei para o hospital e na entrada principal
havia um outdoor com o seguinte texto “Se tiver um Smartphone aponte a câmara do seu
telemóvel para descarregar o aplicativo de reclamações e sugestões”. Instalei o Aplicativo e
quando abri recebi o passo a passo das funcionalidades e de como usar, uma das permissões
necessárias é a localização que permitia o aplicativo saber em qual hospital estava.

Entrei no hospital e quando passei pelo Segurança recebi uma notificação do nome do
Segurança em serviço e um formulário para avaliar o comportamento dele.

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Cheguei no atendimento para comprar a senha, fui tratado muito bem, recebi uma notificação
com o nome da pessoa que me atendia e um formulário para avaliar o atendimento. Quando
entrei na sala do médico, ele também recebeu-me muito bem e expliquei a minha situação e
pediu a receita e a medicação.

Médico: Essa medicação não é a correcta. Sinto muito mas passaram-lhe uma medicação
errada. Deve ser por isso que não melhorou, vou passar-lhe novamente a receita.

Eu: Obrigado.

Avaliei o atendimento do Médico, saí da sala dele em direcção a farmácia. Cheguei lá a


medicação já estava pronta.

Eu: Bom dia.

Farmacêutico: Bom dia Senhor, eu quero desculpar-me por ter passado uma medicação
errada. Recebi a notificação enviada pelo médico falando do erro. Não imagino o que deve
ter passado nesses dias em que estava com a medicação errada.

Eu: Ainda bem que não aconteceu nada grave durante esse período.

Avaliei o atendimento da Farmacêutico e quando estava saindo do hospital recebi uma


notificação para avaliar a minha experiência no hospital.

Não acreditei no que estava acontecendo, todo mundo estava fazendo o seu trabalho,
tratamento nunca antes visto.

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CAPÍTULO V – PATRÃO CAÇADOR
Quando cheguei em casa o telemóvel começou a tocar, era o meu patrão ligando. Desde que
saí do escritório para ir no hospital não fui mais no trabalho e no final do dia eu dava o
relatório da minha condição de saúde.

Eu: Boa tarde.

Patrão: Por acaso você deixou alguém aqui para cuidar do seu trabalho enquanto passeia pela
cidade?

Eu: Não estou passeando, acabo de chegar em casa e o médico explicou o motivo de não ter
melhorado nesses dias, me passaram uma medicação errada.

Patrão: Agora virou comediante, fique sabendo que não estou para gracinhas. Volte amanhã
ou pode ficar em casa para sempre.

Eu: Se acordar em condições irei trabalhar.

Patrão: Você está brincando comigo? Fica 5 dias em casa sem fazer nada e me diz que só
trabalhará se achar que sente-se melhor?

Eu: Eu fiquei 5 dias porque estou doente e não porque deu vontade de ficar em casa.

Patrão: Eu te pago para trabalhar não para contar histórias e depois ficar em casa. Se acha que
é pedir demais é só abandonar o trabalho.

A conversa foi longa e percebi que a minha doença veio como um presente para o meu
patrão. Ele estava usando a doença para demitir-me por justa causa. Ele terminou a chamada
e fiquei sem saber se continuava no trabalho ou não até que 30 minutos depois ligou
novamente.

Eu: Boa tarde.

Patrão: Você ainda continua trabalhando aqui na empresa, leve o tempo necessário. E não
leve a sério o que disse mais cedo, é muita coisa acontecendo na minha vida neste momento e
sem perceber acabei descontando em você, Sorry.

Eu: Está tudo bem.

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