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I UNIDADE: Economia Brasileira

Prof. Kaio Fernandes


Aluna: Marcilene Maiara Moreira de Oliveira
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO II (Atividade em Grupo – VALOR –
1,0 ): A TENTATIVA DE UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO E
AUTÔNOMO. Cap 4 Argemiro Brum.
1) Defina o projeto de industrialização do Brasil, que se efetiva a partir de
1930.
O projeto de industrialização do Brasil, foi implementado com objetivo de retirar
o país do grande atraso e impulsiona-lo a obter progresso. Para as forças que
assumiram o poder 1930, a industrialização era a chave para o desenvolvimento,
devendo estar associado a uma agricultura forte, para haver a expansão de um
porque industrial próprio do país, pois era a primeira vez na história que um
governo apoiava um projeto de industrialização. Porém o avanço da indústria
ocorrera por ação da iniciativa privada e foi impulsionado pelas circunstâncias
favoráveis da conjuntura histórica.
2) Explique a importância ou o papel que o Estado brasileiro desempenha
nesse processo de industrialização.
A sociedade passou a cobrar a intervenção do Estado na economia, para que
houvesse possibilidades reais de concessões aos trabalhadores. Nesse contexto
de crise aguda e do surgimento de um modelo alternativo de sociedade, entre o
liberalismo econômico do passado e o socialismo/comunismo revolucionário,
começaram a se construir variações de capitalismo reformado, próximas da
social-democracia. Devido a incipiência industrial brasileira, pois sempre era
representado os interesses do latifúndio exportador nos governos do país, que só
demonstrou qualquer avanço por ação da iniciativa privada.
A revolução de 1930 foi liderada por políticos moderadamente reformistas e
liberais, levando ao poder forças heterogêneas, políticos que tinham acentuadas
divergências entre si, porém nenhuma dessas forças tinham coesão e sustentação
própria. Deste modo, não se operou a ruptura total com o passado, mas uma
reacomodação de interesses.
3) Fale a respeito dos fatores decisivos que contribuíram para a decolagem do
processo de industrialização no Brasil e comente sobre as três fases da
evolução desse processo.
Os fatores que favoreceram a decolagem do processo de industrialização no
Brasil foram os seguintes: a Primeira Guerra Mundial, a crise do café, a
Revolução de 1930, o crescente mercado interno, a relativa disponibilidade de
capital, a presença e a ação de imigrantes europeus.
A evolução do processo de substituição de importações dividiu-se em três fases:
O crescimento econômico foi puxado principalmente pela fase inicial que foi a
expansão da indústria de bens de consumo não duráveis, que buscou produzir
para atender as necessidades mais imediatas dos consumidores e era um
processo artesanal industrial geralmente de base familiar.
Ex. produção têxtil, alimentação, bebidas calçados chapéus utensílios
domésticos, ferramentas de trabalho, equipamentos simples, bens de uso caseiro,
etc.
A segunda fase ocorreu na segunda metade da década de 1950, marcando a
liderança do processo de industrialização voltado para a produção de bens de
consumo duráveis, que se tornou o setor mais dinâmico da economia brasileira.
Transformações pós Segunda Guerra Mundial fizeram aumentar a demanda
interna de bens de consumo duráveis, tornando atrativa a instalação de indústria
para produzi-los. A implantação da indústria automotiva representou o passo
mais importante dessa fase, seguida da indústria de eletrodomésticos e
eletroeletrônica.
A terceira fase determinada pela produção de insumos básicos e de bens de
capital mereceu razoável atenção dos Governos de Getúlio Vargas e de Juscelino
Kubitschek, porém a indústria de base só se tornou prioridade efetiva a partir de
1974 no Governo Geisel. com o apoio oficial caracterizou-se a terceira fase do
processo de substituição de importações tornando o Brasil um país de
industrialização tardia. A espantosa velocidade da revolução tecnológica e a
rápida evolução dos novos processos produtivos no mundo provocaram a
defasagem da nossa capacidade produtiva
4) Explique ou caracterize a relação entre o capital/trabalho e a política
populista do governo Getúlio Vargas, dentro do contexto de formação do
capitalismo industrial brasileiro.
Getulio Vargas precisou criar mecanismos para controlar o país e legitimar-se
para garantir sua permanência no poder, então criou as políticas trabalhistas e o
populismo, pois as questões sociais precisavam de atenção do governo.
A política trabalhista surgiu para reprimir os esforços organizadores da classe
trabalhadora urbana, que estavam fora do controle do Estado, com intuito de
atrair essas classes para apoiar o governo. Em 1930 foi criado o Ministério do
Trabalho, Industria e Comércio, e em seguida instituiu-se várias leis de proteção
ao trabalhador, de enquadramento dos sindicatos pelo Estado e a criação das
juntas de conciliação e julgamento para resolver conflitos entre patrões e
operários. Aproveitando-se dessa boa fase com a classe operária, Vargas
projetou sobre si a imagem de patriarca e "pai dos pobres", o que possibilitou a
prática da política do populismo.
O populismo é uma política baseada na conquista das camadas sociais de menor
poder aquisitivo. Dessa forma o populismo caracteriza-se como uma política de
estado que busca satisfazer as necessidades mais imediatas das camadas
populares sem alterar a estrutura de poder dominante, ou seja, realizam
promessas e favores em troca de gratidão e de votos.
Por tanto, a relação entre capital/trabalho e a política do populismo está na
condição em que uma se fortaleceu mediante a implementação da outra, ou seja,
a política trabalhista que possibilitou a criação das leis do trabalho a CLT gerou
um sentimento de gratidão na massa operária, e esse fato se tornou a geratriz do
populismo.

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