O documento descreve as fontes utilizadas por dois pesquisadores em seus trabalhos acadêmicos sobre a história do Rio Grande do Norte. Alenuska Andrade analisou a relação entre a energia elétrica e a vida urbana em Natal entre 1911-1940 usando debates parlamentares, jornais locais e relatórios encontrados no Centro da Memória da Eletricidade no Brasil. Adriano Wagner da Silva discutiu projetos de açudagem para combater a seca no sertão nordestino baseado em discursos políticos sobre o assunto.
O documento descreve as fontes utilizadas por dois pesquisadores em seus trabalhos acadêmicos sobre a história do Rio Grande do Norte. Alenuska Andrade analisou a relação entre a energia elétrica e a vida urbana em Natal entre 1911-1940 usando debates parlamentares, jornais locais e relatórios encontrados no Centro da Memória da Eletricidade no Brasil. Adriano Wagner da Silva discutiu projetos de açudagem para combater a seca no sertão nordestino baseado em discursos políticos sobre o assunto.
O documento descreve as fontes utilizadas por dois pesquisadores em seus trabalhos acadêmicos sobre a história do Rio Grande do Norte. Alenuska Andrade analisou a relação entre a energia elétrica e a vida urbana em Natal entre 1911-1940 usando debates parlamentares, jornais locais e relatórios encontrados no Centro da Memória da Eletricidade no Brasil. Adriano Wagner da Silva discutiu projetos de açudagem para combater a seca no sertão nordestino baseado em discursos políticos sobre o assunto.
A MODERNIDADE NOS ESPAÇOS DO SERTÃO: “NATAL – RN EM LUZ” PELA
PERSPECTIVA DE ALENUSKA ANDRADE
Alenuska Kelly Guimarães Andrade tem licenciatura e bacharelado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), como também, mestrado pela mesma universidade. Sua experiência é na área de História, com ênfase em História Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: História da cidade de Natal, modernidade, inovações tecnológicas, transformações urbanas e patrimônio cultural. Em 2009, para defesa do mestrado apresentou sua dissertação: “A eletricidade chega à cidade: Inovação técnica e a vida urbana em Natal (1911-1940)”. Seu objetivo era o de analisar a relação entre energia elétrica e a vida urbana em Natal entre 1911 e 1940. Para isso, utilizou de bibliografia e fontes que exploraremos aqui, elencando algumas questões acerca delas. Veremos, por assim dizer, o uso do que dá sustentação ao trabalho da pesquisadora. No capitulo I, ao qual foi escolhido para esta analise, é possível ver a autora preparando seu terreno para poder discutir a chegada da energia elétrica e as transformações provocadas por esta na vida dos moradores da cidade de Natal – RN. Dentre a Bibliografia, muitas contidas nas notas de rodapé, podemos elencar dentre os nomes o da historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz e do historiador estadunidense Warren Dean. Tais autores, servem para relatar a condição mundial perante os avanços modernos provocados pela Revolução Industrial e os usos da eletricidade e do petróleo como fontes de energia. Alenuska (2009) aponta que no Brasil a instalação de energia se segue ao exemplo do Rio, capital do país entre os finais do século XIX e boa parte do XX. Material bibliográfico a parte, para imaginar o social e as emergências de eletricidade moderna, a autora utilizou muito de debates parlamentares sobre a energia elétrica na primeira república, estes, encontrados no Centro da Memória da Eletricidade no Brasil - uma entidade cultural sem fins lucrativos, instituída em 1986 por iniciativa dos principais agentes do setor de energia elétrica brasileiro, liderados pelas Empresas Eletrobras. Não só, também foram feitos usos de relatos encontrados em arquivo, apresentados na época à Assembleia Legislativa Provincial do Rio Grande do Norte, pelo exmo. primeiro vice-presidente da província. Muito do que paira no capitulo I, são relatos de domínio político, de ações legislativas e requerimentos para a cidade de Natal, como também relatos encontrados em jornais: A República, jornal brasileiro publicado e sediado em Natal, no estado do Rio Grande do Norte, fundado em 1 de julho de 1889 pelo ex-governador Pedro Velho, pertence ao Departamento Estadual de Imprensa, órgão do Governo do Rio Grande do Norte; e o Diário de Natal, jornal local. Alenuska (2009), usa suas fontes como ponte para a discussão. Através dos relatos jornalísticos e de memória, ela elenca as transformações paulatinas que a cidade foi tomando com o decorrer da primeira república e os interesses postos naquele momento de corrida para urbanizar os espaços. Ela explora seu conjunto documental para imaginar uma realidade passada que ela quer reconstruir. São pelos discursos analisados que o trabalho vai tomando forma e servem de norte para o seu objetivo, o de analisar a relação entre energia elétrica e a vida urbana em Natal entre 1911 e 1940, e, de modo forte, analisar as transformações no social natalense. A partir dos interesses da cidade contidos nos relatos orais e de memória, a autora narra as beneficie e inquietações de um novo mundo que se formava na capital norte- rio-grandense, das novas noites não escuras, dos novos ditames de postura. A partir do uso das fontes e materiais bibliográficos, a autora Alenuska Andrade nos contou sobre os processos de modernização dos espaços natalenses, e como estes desemborcaram pedidos constantes e transformações na vida das pessoas. A eletricidade foi debate em vários relatos de pedidos de troca dos lampiões que eram amodernos e precisavam de constantes reparos. A instalação elétrica na cidade possibilitou novas maneiras de interação social, uma vez que a noite passou a ser menos vista como trevas e mais como horário de interação social. A iluminação também favoreceu a segurança das pessoas, que tinham medo de andar pelas ruas a noite devido aos constantes assaltos e entes de alta periculosidade. Porém, também desenvolveu atritos, já que o custo da instalação era caro e poucas pessoas podiam pagar o serviço, gerando aí, segregações e mecanismos de defesa dos mais pobres.
SECA E PROJETOS DE AÇUDAGEM DISCUTIDOS NA DISSERTAÇÃO DE ADRIANO
WAGNER DA SILVA Adriano Wagner da silva possui graduação em História (2009), Mestrado em História (2012), ambos pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal. Atualmente, é professor do Estado. Como pesquisador, tem experiência na área de História, com ênfase em história contemporânea e do Brasil, História Social, História Social Urbana, Processos de Estruturação e Transformação do território e Patrimônio Histórico (Identidades Espaciais). Em 2012, apresentou sua dissertação ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, esta, intitulada “Engenharia nos sertões nordestinos: o Gargalheiras, a Barragem Marechal Dutra e a comunidade de Acari, 1909- 1958”, como defesa para a obtenção do título de mestre. Analisemos, então, suas fontes neste trabalho, elencando o tipo e local das mesmas, o uso dessas e o que fala sua narrativa apoiada nas fontes. No capítulo I da obra – “modernizando os sertões: o território sertanejo entre as secas e a engenharia politécnica”, pode se perceber fontes encontradas em material bibliográfico. Estas, são discursos, pronunciamentos e discussões políticas encontradas nos relatos apresentados ao presidente da república, que se encontram e que foram referenciadas no trabalho de Wagner como achado da pesquisa bibliográfica. Pensa-se, que o autor utilizou das fontes de seu aparato bibliográfico e deu a sua perspectiva histórica dos projetos de açudagem nas capitanias do norte que estavam se transformando em sertão no processo de modernização dos espaços. Isso leva a discutir o uso das fontes realizado pelo autor. Ao que se percebe, a partir dos relatos é que se foram formando cenários, com personagens de classes e interesses. Adriano Wagner expôs seus relatos e deles fez uma analise do discurso, vendo os limiares de uma possível narrativa que informasse sobre as discussões que permeavam o jogo entre norte e sul na corrida modernista. Fazendo recorte para sua pesquisa a cidade de Acari, nos interesses políticos do sul em cessar as imigrações do norte, aparece-se como objeto de resolução a construção de reservatórios d´água, elemento essencial que vive em estiagem no interior do norte no século XIX. A partir dos usos de relatos de memória, Adriano narra sobre os processos políticos e construtivos da busca pela defesa contra as secas no sertão, que até 2012, ano de seu trabalho, voltava a assolar os nordestinos com longos a períodos de estiagem. No capitulo I de seu trabalho, Adriano nos conta sobre o lento caminhar dos projetos em combate as secas, que estavam sob poder dos interesses do sul em minimizar as imigrações vindas do norte e de transformarem aqueles espaços que para eles era dicotômico. Do lado dos que sofrem com a estiagem, vemos também o fator da técnica moderna chegando as cidades do Rio Grande do Norte, criando novas definições para a economia e subsistência dos moradores das cidades. Ao que procure entender o trabalho mais a fundo do professor Adriano Wagner, encontrará uma analise do pesquisador discutindo as práticas de açudagem na cidade de Acari, espaço recorte do trabalho já referido.
RESENHA: CASTRO, Iná Elias de. Nordeste como tema de suas elites. In: O mito da necessidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992. ANDRADE, Manuel Correia de. A questão regional: o caso do Nordeste. In: Capítulo de Geografia do Nordeste. Recife: União Geográfica Internacional, 1982.