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Universidade Estadual Paulista - UNESP

Campus Experimental de Registro

Relatório final

Bolsa Fapesp (Proc. nº. 2020/08394-1)

(Período: 01/09/2020 a 31/08/2021)

Desempenho Agronômico de Clones de Coffea canephora na Região do


Vale do Ribeira Paulista

Bolsista: Carlos Issao Kanno

Orientador: Prof. Dr. Alex Mendonça de Carvalho

Registro/SP
2º Semestre/2021
Resumo: No cenário mundial a cultura do café se encontra entre os produtos mais
comercializados e rentáveis representando fonte de renda para vários países. A espécie
Coffea canephora L. se destaca na cafeicultura do Brasil, possuindo grande importância
para a economia na contribuição como agente atuante positivo na balança comercial
brasileira. Diante dessa importância econômica, objetivou-se com o projeto avaliar o
comportamento de 20 clones de cafeeiro Coffea canephora no Vale do Ribeira Paulista,
aliado à boas características agronômicas, a fim de gerar informações que contribuam
para a recomendação técnica desses clones para a região. O experimento foi instalado
em dezembro de 2019, no Câmpus Experimental da Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita filho” – UNESP, em Registro-SP, no espaçamento de 3,00 x 1,0m.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com três
repetições, e parcelas de 10 plantas, sendo considerada como parcela útil apenas as seis
plantas centrais. Foram avaliadas as seguintes características: diâmetro de caule, número
de ramos plagiotrópicos, altura de plantas, número de nós dos ramos plagiotrópicos,
comprimento de ramo plagiotrópico, incidência de cercosporiose nas folhas dos
cafeeiros, incidência da ferrugem, incidência de bicho-mineiro nas folhas dos cafeeiros
e incidência de phoma. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o
programa computacional Sisvar (Ferreira 2000). Os dados médios, das características
avaliadas, foram submetidos à análise de variância pelo teste F e, as médias comparadas
pelo teste de Skott Knott a 5% de probabilidade. Os resultados obtidos permitem
concluir que: os clones utilizados, de forma geral, foram tolerantes às principais pragas
e doenças da cultura do Coffea canephora na Região do Vale do Ribeira Paulista; com
relação ao crescimento vegetativo, todos os tratamentos obtiveram resultados
semelhantes, com destaque positivo para o tratamento 18 (Clone 410) que obteve
resultados e adaptação acima dos demais clones testados no Vale do Ribeira Paulista.
1. INTRODUÇÃO

Uma região de grande potencial para o cultivo do café no Estado de São Paulo é
o Vale do Ribeira. Essa região está localizada no sul do estado de São Paulo e norte do
estado do Paraná, abrangendo a Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape e o
Complexo Estuarino Lagunar de Iguape-Cananéia-Paranaguá. Sua área é extensa com
cerca de 2,83 milhões de hectares, abriga uma população de 481.224 habitantes, de
acordo com o Censo do IBGE de 2000 e inclui integralmente a área de 31 municípios (9
paranaenses e 22 paulistas). Existem ainda outros 21 municípios no Paraná e 18 em São
Paulo que estão parcialmente inseridos na bacia do Ribeira.
Duas espécies de café são as mais cultivadas comercialmente, no mundo e no
Brasil, sendo a Coffea arabica, que produz os cafés arábicas, considerados de melhor
qualidade e a espécie Coffea canephora, que dá origem aos cafés robusta, de qualidade
inferior. No mercado, os cafés arábica representam cerca de 65% do consumo mundial e
o robusta 35%, com crescimento grande observado para o robusta nas últimas décadas.
As variedades de café arábica são mais adaptadas às regiões de clima mais ameno, com
temperaturas médias anuais de 19-22º C, enquanto o robusta é bem adaptado a climas
mais quentes, em zonas de altitudes mais baixas, com temperaturas médias na faixa de
22-26º C. No Brasil o café robusta-conilon é cultivado principalmente nas regiões de
baixa altitude no estado do Espírito Santo, pouco no Vale do Rio Doce em Minas e
Extremo Sul da Bahia e em Rondônia.
As áreas aptas ao cultivo do café robusta são aquelas que apresentam
temperatura média anual entre 22 e 26oC e déficit hídrico inferior a 200 mm/ano,
podendo-se considerar como marginais, áreas com déficit hídrico de até 300 mm/ano
(MATIELLO, 1998). Segundo o mesmo autor, no Brasil, considerando-se as exigências
térmicas e hídricas, existem áreas aptas nos estados do Amazonas, Acre, Roraima,
Amapá, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pernambuco.
O cultivo de Coffea canephora no Brasil vem se expandindo rapidamente, com
forte tendência de aumento, a despeito dos menores preços alcançados pelo produto, que
tendem a oscilar entre 10 e 15% abaixo do preço dos arábicas locais (MATIELLO,
1998). Este fato decorre do menor custo de produção do café conilon, proporcionado
por sua menor exigência em tratos fitossanitários e de seu maior potencial produtivo.
Com o crescimento da demanda pelo robusta pelas indústrias de café expresso,
cápsulas e outras bebidas à base de café, a APTA e o Centro de Café do Instituto
Agronômico (IAC) têm se dedicado a desenvolver pesquisas para selecionar clones de
robusta adaptados às condições paulistas. “A maior parte das torrefadoras e indústrias
de café solúvel estão em São Paulo. Por que não oferecer o produto aqui, o que implica
em menor custo, do que ter que trazê-lo do Espírito Santo?,” explica o pesquisador Júlio
Cesar Mistro, responsável pelo projeto no IAC.
Dados preliminares da Secretaria de Agricultura paulista indicam que a
produção do café robusta oferece uma rentabilidade entre 20% e 30% superior à do café
arábica, mesmo com um preço 45% menor que o da variedade mais nobre. O custo
inferior e a alta produtividade justificam o investimento no plantio em terras paulistas.
Desse modo, em contraste ao valioso patrimônio ambiental, o Vale do Ribeira, é
historicamente uma das regiões mais pobres dos estados de São Paulo e Paraná. Seus
municípios possuem índices de desenvolvimento humano inferiores às respectivas
médias estaduais, assim como os graus de escolaridade, emprego e renda de suas
populações, entre outros indicadores, são tradicionalmente menores do que os de outras
populações paulistas e paranaenses.
Os principais ciclos econômicos que se instalaram no Vale do Ribeira ao longo
da história foram a exploração aurífera, a partir do século 17, e de outros minérios até
décadas recentes, e as culturas do arroz, do chá, banana e tentativas de estabelecer a
cultura do café. Estes ciclos transformaram o Vale do Ribeira em fornecedor de recursos
naturais de baixo custo, explorados sem qualquer respeito ao patrimônio ambiental e
cultural e sem geração de benefícios para a população residente.
Apesar da pesca exercer papel fundamental na ocupação e desenvolvimento
econômico das comunidades locais do Vale do Ribeira, é importante ressaltar que a
agricultura continua sendo a principal atividade e fonte de renda da população desta
vasta região paulista. Atualmente, existe produção e comercialização de mudas de
espécies nativas da Mata Atlântica, manejo do palmito nativo de juçara aproveitando
somente as frutas das árvores, plantio de banana em grande escala, açaí, pupunha, arroz,
chá-da-índia, produções de vários tipos de flores, folhagens e frutos com o plantio de
maracujá, goiaba, cupuaçu, etc.
Devido à sua proximidade com a capital de São Paulo e Curitiba-PR, outras
opções agrícolas devem ser pesquisadas para o Vale do Ribeira. Nesta região, grande
número de produtores, desenvolve agricultura de subsistência e, neste caso, o cultivo do
café deveria ser mais bem investigado a fim de proporcionar uma nova opção agrícola.
De acordo com o Sebrae, o Vale do Ribeira atualmente se caracteriza pela grande
concentração de pequenas propriedades, com até 50 hectares. Essas propriedades são
representadas pela agricultura familiar.
Com base no exposto, objetivou-se com o projeto avaliar o comportamento de
20 clones de cafeeiro Coffea canephora no Vale do Ribeira Paulista, aliado à boas
características agronômicas, a fim de gerar informações que contribuam para a
recomendação técnica desses clones para a região.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi instalado no Câmpus Experimental da Universidade Estadual


Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, em Registro-SP. O ensaio foi instalado
com vinte clones da espécie Coffea canephora em dezembro de 2019 (Tabela 1).
Os clones em estudo foram desenvolvidos e cedidos pelo Instituto Capixaba de
Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), principal instituição de
pesquisa responsável pelo programa de melhoramento genético de café conilon do
Brasil.

Tabela 01. Relação dos tratamentos empregados no experimento de Coffea


canephora.

Instituiç
Orde Clon
ão de
m es
origem
INCAP
01 2V
ER

INCAP
02 3V
ER

INCAP
03 4V
ER

INCAP
04 5V
ER

INCAP
05 6V
ER
INCAP
06 8V
ER

INCAP
07 10V
ER

INCAP
08 13V
ER

INCAP
09 401
ER

INCAP
10 402
ER

INCAP
11 403
ER

INCAP
12 404
ER

INCAP
13 405
ER

INCAP
14 406
ER

INCAP
15 407
ER

INCAP
16 408
ER

INCAP
ER
17 409
INCAP
18 410 ER

19 411 INCAP
ER
20 412
INCAP
ER

As condições meteorológicas enfrentadas durante o período de avaliação são


apresentadas na figura 1.
Dados meteorológicos
250 30

200 25

Temperatura média (ºC)


20
Precipitação (mm)

150
15
100
10
50 5
0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
y-2 n-2 l-2 g-2 p-2 ct-2 v-2 c-2 n-2 b-2 r-2 r-2 y-2 n-2 l-2
a Ju Ju u Se O o e Ja Fe a p
M A Ma Ju J
u
M A N D
Meses

Precipitação (mm) Temperatura média (ºC)


Figura 1. Dados meteorológicos correspondentes ao período de avaliação.

O experimento foi implantado e conduzido de acordo com as recomendações


técnicas para o cultivo do cafeeiro em São Paulo, seguindo o Boletim 100.
O delineamento empregado no ensaio foi de blocos casualizados, com três
repetições, parcelas compostas por dez (10) plantas, sendo considerada como parcela
útil apenas as seis (06) plantas centrais, no espaçamento de 3,0m entre linhas x 1,0m
entre plantas.
No experimento foram avaliadas características de crescimento vegetativo, com
início no mês de março de 2020 e finalizando em dezembro de 2020. Realizaram-se
quatro avaliações de crescimento vegetativo, no intervalo de 90 dias entre cada
avaliação (Apêndice A).
A seguir são apresentadas as variáveis de crescimento vegetativo analisadas:
 Diâmetro de caule: na região do colo da planta, com auxílio de um paquímetro,
medido em milímetros;
 Número de ramos plagiotrópicos: avaliado por meio da contagem de todos os
ramos laterais primários que apresentaram comprimento superior a 5
centímetros;
 Altura de plantas: medida em centímetros, do colo da planta até a gema apical
do caule, com auxílio de uma régua graduada;
 Número de nós dos ramos plagiotrópicos: avaliação feita por meio de
contagem de todos os nós presentes nos ramos plagiotrópicos;
 Comprimento do primeiro ramo plagiotrópico: avaliado através da medição
do primeiro ramo plagiotrópico acima do colo da planta, utilizando régua
graduada.

Também foram avaliadas as incidências de pragas e doenças, com início de


avaliação no mês de agosto de 2020 e término em julho de 2021 (Figura 7).
As avaliações foram realizadas da seguinte forma:
 Incidência de cercosporiose nas folhas dos cafeeiros: Para cada avaliação,
foram avaliadas as folhas do terceiro ou quarto par a partir da ponta de ramos do
terço médio das plantas úteis (MORAES, 1998)
 Incidência da ferrugem: Para cada avaliação, foram avaliadas as folhas do
terceiro ou quarto par a partir da ponta de ramos do terço médio das plantas úteis
(MORAES, 1998). A incidência, em percentagem, foi determinada contando-se
o número de folhas de café com pústulas esporuladas.
 Incidência de bicho-mineiro nas folhas dos cafeeiros: para o
acompanhamento da dinâmica populacional do bicho-mineiro do cafeeiro
(BMC), as avaliações foram mensais. Para cada avaliação, foram avaliadas as
folhas do terceiro ou quarto par a partir da ponta de ramos do terço médio das
plantas úteis (MORAES, 1998), efetuando-se a contagem de minas presentes nas
folhas do cafeeiro.
 Incidência da mancha de phoma nas folhas dos cafeeiros: Para cada
avaliação, foram avaliadas as folhas mais novas da ponta de ramos do terço
médio das plantas úteis, efetuando-se a contagem de folhas atacadas, sendo
avaliadas 50 folhas de cada lado do tratamento, totalizando 100 folhas.

Os dados obtidos foram submetidos a análises de variância pelo teste F,


utilizando o programa computacional Sisvar (Ferreira, 2000). Quando significativos, os
desdobramentos e as médias foram comparados entre si pelo teste de Scott Knott à 5%
de significância.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. Crescimento vegetativo

Para o cafeeiro conilon, especificamente, há relativamente poucas informações


disponíveis sobre as taxas de crescimento da parte aérea. As primeiras avaliações foram
realizadas na região de Linhares, norte do Espírito Santo (SILVEIRA, 1996;
SILVEIRA; CARVALHO, 1996), onde se concentra grande número de lavouras de café
conilon deste Estado. É necessário registrar, contudo, que as taxas de crescimento de
ramos do café conilon, não são valores fixos, podendo variar não só com os clones e
idade dos ramos (PARTELLI et al., 2013), mas também em razão das variações
temporais das condições ambientes, sobretudo as climáticas, do nível tecnológico e dos
tratos culturais empregados em cada lavoura.
A seguir será apresentado os gráficos e tabelas obtidos com os resultados para as
variáveis estudadas no experimento de Coffea canephora, ao longo de 4 épocas, isto é, o
período do mês de junho/2020 a fevereiro/2021.
Na figura 01 observa-se a evolução de altura de planta dos clones em estudo ao
longo do período de avaliação. Nota-se que de modo geral os tratamentos tiveram
comportamento semelhante, sendo que os tratamentos 18 (Clone 410) e 9 (Clone 401)
obtiveram os maiores valores de altura de planta, em comparação aos demais. Ainda na
figura 2 percebe-se também que os tratamentos 03 (Clone 4V) e 05 (Clone 6V) foram os
que tiveram menor evolução ao longo do tempo para a característica altura de plantas.
No desdobramento de clones dentro de cada época de avaliação, estatisticamente, os
valores médios de altura de planta pouco diferiram, com a formação de apenas 2 grupos
(Tabela 2, 3 e 4). Esse resultado, de baixa diferença estatística entre os tratamentos,
pode ser explicado pelo fato de as plantas estarem em desenvolvimento e ainda não
estarem formadas, além da heterogeneidade genética intrínseca entre os clones de
conilon Vitória Incaper 8142 e os demais clones estudados. Já é conhecido que a altura
do cafeeiro aumenta com a idade e com decréscimo do espaçamento, sem tendência de
estabilização, tendendo o aumento da iluminação, a ser obtido em espaçamentos
maiores, produzir plantas mais baixas e diferenciadas (RENA et al., 1998). De acordo
com Paulo, Furlani Junior e Fazuoli (2005) a altura da planta é determinada
principalmente pela capacidade de alongamento do entrenó.
É importante frisar que a variável altura de planta é uma das características
fenotípicas que mais se relacionam com a produtividade do cafeeiro, evidenciado por
Fonseca et al., (2007) para Coffea canephora.
Martinez et al. (2007) estudando o crescimento vegetativo de cultivares de café
arábica e a correlação com a produção em espaçamentos adensados afirma que, na
primeira colheita, a altura foi o caráter vegetativo determinante da produtividade em
todos os espaçamentos utilizados.

Evolução da altura de planta ao longo do tempo


100.00
Altura de planta (cm)

80.00

60.00

40.00

20.00
Apr-20 Jun-20 Aug-20 Sep-20 Nov-20 Jan-21 Feb-21

Tempo
2V Linear (2V) 3V Linear (3V)
Clones: 4V Linear (4V) 5V Linear (5V)
6V Linear (6V) 8V Linear (8V)

Figura 02. Altura de planta de 20 clones de Coffea canephora avaliados em 4 épocas


em Registro – SP.
Na figura 03 é apresentada o desenvolvimento ao longo do tempo da variável
diâmetro de caule. As linhas de tendência demonstram que houve um desenvolvimento
similar entre todos os tratamentos, com destaque apenas para o tratamento 01 (Clone
2V), que apresentou em sua linha de tendência uma taxa de crescimento maior em
relação aos demais tratamentos. Resultado este foram semelhantes aos encontrados por
Terceiro et al. (2019), estudando caráteres morfológicos de cafeeiro de porte baixo no
primeiro ano de formação em Jaboticabal – SP.
No desdobramento dos clones dentro de cada época, para diâmetro de caule
houve a formação de 3 grupos estatisticamente distintos, na época setembro (Tabela 3).
Na tabela 13 destaca-se de maneira negativa o tratamento 07 (Clone 10V), que
apresentou as menores médias e de diâmetro de caule ao final do período de avaliação.
Em trabalhos desenvolvidos avaliando-se características vegetativas em cafeeiro
conilon, alguns autores como Freitas (2004) mencionam que o incremento no diâmetro
de caule de cafeeiros em formação é uma característica genética bem definida,
observado na fase adulta. Conforme Adão (2002), o diâmetro do caule é fortemente
influenciado por diversos fatores tais como: qualidade de mudas no plantio,
espaçamento, luminosidade, nutrição, características físicas e químicas do solo,
entretanto, pode haver uma proporcionalidade entre diâmetro de caule e altura de planta.
Rena et al. (1998) cita que, segundo Guiscafré-Arrolaga e Gomes (1938), o
desenvolvimento do diâmetro do caule é muito influenciado pelo desenvolvimento das
raízes, sendo uma característica morfológica externa indicativo de um bom sistema
radicular do cafeeiro.
Estudando o déficit hídrico no desenvolvimento inicial do cafeeiro conilon,
Dardengo et al. (2006), constataram uma redução no diâmetro de caule com o déficit
hídrico, resultados semelhantes obtidos por Martin et al. (2004) e Zonta et al. (2009)
que obtiveram menores valores para a variável, quando associados a maiores intervalos
de irrigação. Busato et al. (2007) também encontraram menores valores com a aplicação
de lâminas deficitárias de irrigação.
Segundo Assis (2019), o crescimento em diâmetro depende da atividade cambial
que, por sua vez, é estimulada por carboidratos produzidos na fotossíntese e hormônios
translocados das regiões apicais. Logo, o diâmetro de colo é um bom indicador da
assimilação líquida, já que depende mais diretamente da fotossíntese.
Ricci et al. (2006) e Jesus (2008) verificaram em seus resultados um aumento no
diâmetro do caule em sistemas com maior exposição ao sol. Lunz (2006) também
encontrou resultados semelhantes aos 8 meses após o plantio do cafeeiro em consorcio
no sistema de maior incidência de radiação solar, no entanto aos 38 meses obteve
menores diferenças dos sistemas mais sombreados e os de maior exposição ao sol.
Segundo o autor esse comportamento deve-se ao início da fase reprodutiva em que os
frutos iniciam a competir por fotoassimilados.
Evolução do diâmetro de caule ao longo do tempo
30.00

25.00
Diâmetro de caule (cm)

20.00

15.00

10.00

5.00
Apr-20 Jun-20 Aug-20 Sep-20 Nov-20 Jan-21 Feb-21

Tempo
2V Linear (2V) 3V Linear (3V)
Clones: 4V Linear (4V) 5V Linear (5V)
6V Linear (6V) 8V Linear (8V)

Figura 03. Diâmetro de caule de 20 clones de Coffea canephora avaliados em 4 épocas


em Registro – SP.
Quanto a variável comprimento de ramos plagiotrópicos percebe-se pouca
variação entre os tratamentos nas 3 primeiras épocas, porém ao analisarmos a quarta e
última época (Tabela 4), observa-se que o tratamento 18 (Clone 410) apresentou maior
comprimento de ramos em relação aos demais tratamentos que se comportaram de
forma semelhante ao longo do período estudado (Figura 4). Em contrapartida os
tratamentos 05, 12 e 13 (Clones 6V, 404 e 05 respetivamente) possuíram as menores
médias da variável estudada. Acredita-se que a produção de folhas em café conilon
esteja associada intimamente com o crescimento dos caules, particularmente dos ramos
plagiotrópicos, haja vista que os primórdios foliares resultam diretamente da atividade
da gema apical de cada ramo lateral (RENA; MAESTRI, 1985). Segundo Ronchi e
DaMatta (2007), nas regiões não-equatoriais, o desenvolvimento dos ramos ortotrópicos
e plagiotrópicos do cafeeiro conilon variam sazonalmente em função da chuva,
temperatura e o fotoperíodo, sendo lento no outono/inverno e rápido na
primavera/verão.
O maior comprimento de ramos plagiotrópicos, concomitantemente com maior
número de nós, significa potencial de frutificação abundante, pela diferenciação de
gemas seriadas e cabeça-de-série em frutos (RENA; MAESTRI, 1986). No campo é
comum a previsão de safras por meio da avaliação do crescimento (do ano anterior) dos
ramos plagiotrópicos (GUIMARÃES; MENDES; SOUZA, 2002). Pesquisas também
concluíram que o tamanho do ramo plagiotrópico e o comprimento dos seus internódios
definem o número de nós formados por ramos (Silveira e Carvalho, 1996), fator de
suma importância para conhecimento do potencial produtivo de uma planta.
No estudo de Morais et al. (2003-PAB) no seu estudo observaram que em
ambientes com maiores índices de incidência de radiação o cafeeiro apresenta menor
comprimento de internódios. Araújo (2013), também verificou maior estiolamento dos
ramos plagiotrópicos e ortotrópicos em cafeeiro consorciado com seringueira em
relação ao cultivo a pleno sol.
Resultados obidos por Assis (2019), os ramos plagiotrópicos ou produtivos
apresentam menor crescimento quando submetidos ao cultivo a pleno sol. Segundo
Berthaud e Charrier, (1988), os habitats naturais de C. canephora são o sub-bosque das
florestas tropicais africanas, sendo este ambiente mais propício ao seu desenvolvimento.
Carvalho et al., (2010) evidenciam que a altura de planta, o número e
comprimento dos ramos plagiotrópicos sofrem forte efeito do ambiente, maior que o
sofrido pela produtividade.
Pesquisas concluíram que o tamanho do ramo plagiotrópico e o comprimento
dos seus internódios definem o número de nós formados por ramos (Silveira e Carvalho,
1996)

150.00
Evolução do comprimento de ramos ao longo do tempo
Comprimento de ramos plagiotrópicos (cm)

125.00

100.00

75.00

50.00

25.00

0.00
Apr-20 Jun-20 Aug-20 Sep-20 Nov-20 Jan-21 Feb-21

Tempo
2V Linear (2V) 3V Linear (3V)
Clones: 4V Linear (4V) 5V Linear (5V)
6V Linear (6V) 8V Linear (8V)
Figura 04. Comprimento de ramos plagiotrópicos de 20 clones Coffea canephora
avaliados em 4 épocas em Registro – SP.
A evolução do número de ramos plagiotrópicos ao longo do tempo (Figura 05),
demonstrou que todos os tratamentos tiveram desenvolvimento semelhante ao longo das
4 épocas, não havendo diferença estatística entre os mesmos (Tabela 4). Isto pode ser
explicado pelo fato de estarem em pleno desenvolvimento vegetativo e, portanto, se
tratar de plantas jovens ainda em formação.
Cafeeiros conilon crescem mais rapidamente na fase de formação do que na fase
de produção (Silveira et al., 1993), apresentando quedas nas taxas de crescimento com a
idade (Bragança et al., 2010) e o modelo de seu crescimento segue o padrão sigmoidal
(Bragança et al., 2010) e não é modificado pela remoção dos frutos, ainda que cafeeiros
sem frutos exibam maiores taxas de crescimento (Libardi et al., 1998). O crescimento é
diferenciado entre os clones que compõem uma variedade (Contarato et al., 2010) e pela
idade do ramo (Partelli et al., 2010).
Sabe-se que a característica nº de ramos plagiotrópicos é de suma importância
para conhecimento do potencial produtivo de um cafeeiro, visto que a produção de
flores e, por extensão, de frutos em cafeeiros dependem da quantidade de ramos
formados na estação corrente (DAMATTA et al., 2007), Thomaz et al., (2001) também
encontrou resultados semelhantes onde as floradas do cafeeiro tendem a serem
diretamente proporcionais ao número de ramos plagiotrópicos e ao número de nós por
ramo plagiotrópico.
Em trabalho desenvolvido por Bragança S. M., (2005) com cafeeiro formado,
encontrou dados interessantes, o qual resultados obtidos sugerem que, com o
envelhecimento da lavoura, estabelece-se gradualmente um desequilíbrio entre a área
foliar (associada à fotossíntese) e a massa seca total da planta, que passa a ser
constituída basicamente pelo excesso de ramos ortotrópicos, que se tornam fortes drenos
por fotoassimilados. Essas informações indicam, de forma contundente, a importância e
a necessidade de realização da poda na lavoura de café conilon, para que se tenha
equilíbrio na relação fonte dreno entre os componentes da planta.
O aumento do número de ramos plagiotrópicos pode ser considerado como um
aumento do potencial produtivo do cafeeiro, uma vez que ocorra aumento no número de
nós, local onde se originam as gemas laterais com capacidade produtiva. Contudo, o
lançamento excessivo de ramificações secundárias e terciárias pode prejudicar a safra
seguinte, pois pode estar ocorrendo uma grande diferenciação de gemas vegetativas em
detrimento das reprodutivas (MORAIS, 2003).
O aumento do número de ramos plagiotrópicos não necessariamente é capaz de
refletir em incrementos consideráveis de produtividade (PAVAN et al., 1994;
DaMATTA; RENA, 2002; DaMATTA et al., 2007; PEREIRA et al., 2011), por efeitos
do adensamento desses ramos na copa e de autossombreamento de folhas no dossel.

30.00 Evolução do nº de ramos ao longo do tempo

25.00
Nº de ramos plagiotrópicos

20.00

15.00

10.00

5.00
Apr-20 Jun-20 Aug-20 Sep-20 Nov-20 Jan-21 Feb-21

Tempo
2V Linear (2V) 3V Linear (3V)
Clones: 4V Linear (4V) 5V Linear (5V)
6V Linear (6V) 8V Linear (8V)

Figura 05. Número de ramos plagiotrópicos de 20 clones Coffea canephora avaliados


em 4 épocas em Registro – SP.
O número de nós por ramo plagiotrópico evidenciado na Figura 06, indica que
os tratamentos obtiveram resultados semelhantes, estatisticamente não houve diferença
entre eles ao final do período de avaliação (Tabela 04). Esses resultados possivelmente
se devem ao fato de as plantas estarem na fase jovem e em formação, apresentando
pouca diferenciação entre elas.
Além de altura de planta, diâmetro de caule e comprimento de ramos, o número
de nós é uma característica que interfere diretamente na produtividade de uma planta.
Segundo Silvarolla et al. (1997) e Bonomo et al. (2004), o número de nós é um bom
indicador da quantidade disponível de gemas produtivas, já que é considerado um dos
principais componentes de produtividade.
Assim como ocorre na grande maioria das regiões produtoras de café do mundo,
a taxa de crescimento da parte aérea do cafeeiro (crescimento dos ramos ortotrópicos e
plagiotrópicos, formação de nós, expansão foliar etc.) varia sazonalmente, em virtude
das condições climáticas, particularmente dos regimes de chuva e de temperatura,
apesar do fotoperíodo também ter alguma influência (RONCHI; DAMATTA, 2007). A
produção de folhas no café conilon, que tem relação direta com a formação de nós nos
ramos laterais, provavelmente segue o mesmo padrão de crescimento descrito acima
para os ramos plagiotrópicos, ou seja, é intensa na primavera/verão e mínima no
outono/inverno (RONCHI; DAMATTA, 2007).
Plantas de cafeeiros com maior radiação luminosa ou cultivadas a pleno sol
podem proporcionar maior número de nós nos ramos plagiotrópicos primários e um
maior comprimento dos internódios desses ramos (LUNZ, 2006).
Estudos dizem que as floradas do cafeeiro tendem a serem diretamente
proporcionais ao número de ramos plagiotrópicos e ao número de nós por ramo
plagiotrópicos (Thomaz et al., 2001); que problemas de estiolamento ou deficiência
nutricional podem interferir no número de nós de uma planta (Fonseca et al., 2007b).

180.00 Evolução do nº de nós ao longo do tempo


160.00
Nº de nós dos ramos plagiotrópicos

140.00

120.00

100.00

80.00

60.00

40.00

20.00
Apr-20 Jun-20 Aug-20 Sep-20 Nov-20 Jan-21 Feb-21

Tempo
2V Linear (2V) 3V Linear (3V)
Clones: 4V Linear (4V) 5V Linear (5V)
6V Linear (6V) 8V Linear (8V)

Figura 06. Número de nós dos ramos plagiotrópicos de 20 clones Coffea canephora
avaliados em 4 épocas em Registro – SP.
Analisando o desdobramento de tratamento dentro de cada época, verificou-se
efeito de relevância para cultivares (P≤0,05), apenas em quatro das cinco variáveis e
somente nas épocas 1, 2 e 4 representado pelos meses junho/2020, setembro/2020 e
fevereiro/2021 respectivamente (Tabelas 02,03 e 04).
A característica de comprimento de ramos plagiotrópicos apresentou efeito
significativo nos clones em todas as épocas, havendo a formação de 3 grupos distintos
de clones na última épocas de avaliação, indicando maior variabilidade entre os clones
nessa variável (Tabelas 04).

Tabela 02. Médias e (desvios padrões) das variáveis altura de planta (AP) e
comprimento do primeiro ramo plagiotrópico (CPRP) para a avaliação do mês de junho
de 2020.
JUNHO/2020
Tratamento
AP CPRP
1 39,78 (5,75) A 27,05 (4,68) A
2 40,89 (3,89) A 21,33 (2,56) B
3 31,83 (3,42) B 15,66 (1,01) B
4 29,28 (4,62) B 20,66 (1,69) B
5 30,83 (2,34) B 18,55 (3,25) B
6 40,56 (4,51) A 26,55 (2,26) A
7 37,11 (1,95) A 19,61 (2,00) B
8 38,22 (4,60) A 20,89 (5,36) B
9 44,33 (2,73) A 24,44 (2,54) A
10 39,45 (3,50) A 18,52 (3,13) B
11 42,61 (3,75) A 23,89 (3,23) A
12 37,33 (4,01) A 18,50 (5,08) B
13 38,61 (5,40) A 16,16 (2,35) B
14 32,56 (3,16) B 18,00 (1,16) B
15 37,56 (3,99) A 19,22 (2,55) B
16 42,60 (2,43) A 17,51 (4,15) B
17 39,94 (3,96) A 23,50 (2,60) A
18 43,66 (3,33) A 24,05 (3,69) A
19 33,00 (2,29) B 20,22 (1,07) B
20 39,99 (3,40) A 20,83 (0,57) B

C.V. (%) 14,25 22,68


*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a
5% de probabilidade.

Tabela 03. Médias e (desvios padrões) das variáveis altura de planta (AP), siâmetro de
caule (DC) e comprimento do primeiro ramo plagiotrópico (CPRP) para as avaliações
do mês de setembro de 2020.
SETEMBRO/

Tratamento 2020

AP DC CPRP

1 48,03 (7,71) A 13,42 (2,97) A 26,71 (4,77) A


2 50,30 (12,16) A 14,86 (2,22) A 24,51 (6,94) B
3 39,75 (8,71) B 11,18 (4,14) B 22,01 (7,49) B
4 41,36 (8,69) B 11,91 (1,70) B 24,60 (5,38) B
5 36,43 (4,52) B 11,45 (1,62) B 21,00 (3,98) B
6 43,36 (8,57) B 13,25 (4,18) A 27,75 (6,84) A
7 40,74 (4,11) B 11,77 (1,95) B 19,25 (3,40) B
8 46,76 (6,85) A 13,21 (2,33) A 23,28 (4,26) B
9 51,61 (7,23) A 13,67 (2,78) A 28,40 (3,81) A
10 44,10 (3,30) B 13,68 (1,71) A 22,06 (4,29) B
11 54,00 (7,16) A 11,63 (2,34) B 28,76 (7,10) A
12 45,23 (9,19) A 12,42 (3,11) B 22,90 (7,49) B
13 39,73 (3,13) B 9,62 (3,19) B 17,30 (5,69) B
14 44,03 (8,58) B 14,30 (1,40) A 27,31 (6,72) A
15 40,53 (3,42) B 11,50 (2,48) B 20,90 (4,17) B
16 47,23 (3,39) A 11,74 (2,66) B 20,66 (4,61) B
17 46,66 (8,59) A 13,25 (3,10) A 24,96 (6,23) B
18 49,26 (6,37) A 13,12 (2,42) A 28,91 (5,29) A
19 37,26 (15,54) B 10,60 (5,01) B 32,91 (4,79) A
20 44,70 (5,74) B 11,54 (1,75) B 21,30 (4,94) B
C.V. (%) 18,76 16,92 21,00
*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a
5% de probabilidade.
Tabela 04. Médias e (desvios padrões) das variáveis altura de planta (AP), diâmetro de
caule (DC), comprimento do primeiro ramo plagiotrópico (CPRP) e número de nós dos
ramos plagiotrópicos (NNRP) para as avaliações do mês de fevereiro de 2021.
FEVEREIRO/2021
Tratamento
AP DC CPRP NNRP

1 69,43 (23,77) B 22,94 (8,17) A 79,43 (38,89) B 66,26 (42,07) A


2 72,28 (25,04) B 22,20 (6,54) A 83,57 (37,33) B 71,26 (33,08) A
3 54,35 (16,79) B 18,09 (4,65) B 76,11 (31,56) B 60,29 (21,23) A
4 64,96 (25,35) B 18,41 (4,94) B 79,58 (44,18) B 61,46 (16,90) A
5 50,68 (14,99) B 17,87 (4,49) B 62,48 (25,85) C 36,53 (7,48) A
6 64,26 (22,13) B 19,63 (3,94) B 76,98 (31,82) B 53,33 (28,49) A
7 64,60 (13,38) B 16,92 (3,11) C 75,31 (25,68) B 59,23 (7,01) A
8 69,53 (23,24) B 20,27 (5,03) B 81,60 (36,62) B 89,83 (33,85) A
9 83,00 (21,75) A 20,32 (4,69) B 85,75 (34,98) B 87,13 (8,10) A
10 72,10 (4,56) B 19,90 (4,12) B 86,01 (23,69) B 82,93 (10,90) A
11 81,30 (13,93) A 19,92 (4,01) B 96,60 (24,95) B 119,26 (30,31) A
12 64,00 (21,20) B 17,57 (5,03) B 65,16 (31,96) C 80,06 (66,77) A
13 63,80 (21,57) B 17,62 (4,54) B 65,40 (29,84) C 56,86 (22,71) A
14 78,88 (19,82) A 21,48 (6,63) A 90,28 (33,21) B 103,73 (43,01) A
15 65,06 (8,74) B 18,76 (4,81) B 83,43 (26,83) B 66,53 (2,36) A
16 62,70 (19,46) B 19,71 (4,63) B 74,51 (29,73) B 48,86 (23,41) A
17 62,86 (24,42) B 19,10 (7,00) B 81,76 (35,58) B 60,00 (40,11) A
18 89,78 (20,91) A 22,05 (6,65) A 107,90 (42,00) A 112,00 (7,78) A
19 67,95 (27,25) B 19,10 (3,78) B 80,10 (38,03) B 51,81 (18,09) A
20 67,30 (10,66) B 18,32 (4,21) B 83,71 (27,40) B 68,86 (12,42) A
C.V. (%) 16,11 18,26 19,62 33,34
*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a
5% de probabilidade.

3.2. Incidência de pragas e doenças


A incidência de pragas e doenças de importância para a cultura do café canéfora
foram avaliadas a partir de agosto de 2020. Os resultados obtidos, no período de
avaliação, são apresentados na figura 7
Dentre as avaliações realizadas, a doença Mancha de Phoma foi a que mais
incidiu durante o período e em todos os clones, diferente do observado da cercosporiose
e ferrugem, o quais foram observados em apenas alguns clones. Quanto ao bicho
mineiro a sua incidência foi baixa, havendo picos de incidências nos meses de agosto,
setembro e outubro.
Segundo TOMAZIELLO et aI. (1997), as principais pragas que têm provocado
prejuízos para os cafeeiros são: bicho-mineiro, broca-da-café, cigarras e nematóides nas
raízes. Esses autores afirmam também que as principais doenças são a ferrugem, a
phoma e a cercosporiose.
A Mancha de Phoma incidiu com maior frequência e de forma variada nos
quatro primeiros meses, correspondentes a agosto, setembro, outubro e novembro para
praticamente todos os clones. Os clones 6, 12, 15, 16 e 18 foram os que tiveram uma
maior suscetibilidade a manifestação desta doença, atingindo taxas de 8% ou mais de
folhas incididas pela doença, como demonstrados nas figuras 10, 15, 18, 19 e 20,
respectivamente. No entanto vale destacar os clones que obtiveram médias de incidência
abaixou ou igual a 6%, podendo ser classificada como uma planta mais tolerante a esse
patógeno, sendo eles os clones: 1, 3, 5, 8, 9, 10, 13, 14, 19 e 20 (Figuras 7)
Zambolim, Vale e Zambolim (2005) citam que, para favorecer a ocorrência da
mancha de Phoma, há a necessidade de chuvas, neblina e alta umidade, entre outros
fatores, como temperatura próxima a 18 ºC e ventos frios. Fatores climáticos estes
citados pelos autores os de maior ocorrência na região do Vale do Ribeira, demonstrada
na figura 1 algumas características. A região é caracterizada por altas taxas de umidade
relativa.
Segundo Santos et al. (2014) um dos fatores que favorecem mancha de Phoma é
a umidade relativa elevada. Almeida & Matiello (1989) quantificaram perdas de 15% a
43% na produção de cafeeiro devido à infecção de Phoma tarda na parte superior da
planta, mas isso ocorreu em regiões favoráveis à doença com temperatura em torno de
20 °C e umidade relativa superiora 80%.
Quanto a doença cercosporiose e a praga bicho mineiro não houve grande
variação da incidência durante todo o período de análise.
Para a incidência de bicho mineiro vale destaque para o clone 6 (Figura 7), o
qual foi o único que obteve a maior incidência, com incidência de 3% de folhas
atingidas pela praga no mês de setembro de 2020, diferindo dos restantes, os quais
obtiveram porcentagens abaixo desta durante todo o período de avaliação.
De acordo com REIS et al. (2010), o café conilon é considerado moderadamente
tolerante ao ataque do bicho-mineiro, no entanto, COSTA et al. (2001), relatam a praga
como sendo a principal na cafeicultura do estado de Rondônia. Lavouras conduzidas
com maior espaçamento entre plantas têm apresentado maior infestação da praga, e
quando associadas a veranicos os ataques tornam-se mais severos (FORNAZIER et al.,
2017).
Segundo Reis & Souza (1986), a ocorrência do bicho-mineiro está condicionada
a diversos fatores. Entre eles estão as condições climáticas: a precipitação pluvial e a
umidade relativa influenciam negativamente a população da praga, ao contrário da
temperatura, que exerce influência positiva; a presença ou ausência de inimigos
naturais, como parasitos, predadores e patógenos, além de lavouras bem espaçadas,
favorecem as infestações dessa praga. Parra et al., (1992) menciona que a nutrição da
planta também exerce influência, pois cafezais bem nutridos resistem melhor à praga.
De acordo com Melo (2005), em Coffea canephora normalmente não são
encontradas infestações significativas do bicho-mineiro comparado ao C. arabica, o
qual apresenta maior suscetibilidade
Para a cercosporiose, a incidência foi praticamente inexistente em todos os
clones, podendo assim dizer que todos os clones avaliados são tolerantes a esta doença
nas condições analisadas.
Talamini et al. (2003) e Santos et al. (2004) observaram menor incidência da
cercosporiose em plantas de café irrigadas em relação às desprovidas de irrigação.
Maiores umidades relativas resultaram em menores incidência da cercosporiose (Paiva
et al., 2012). Chaves et al. (2015) estudando o potássio, fósforo, boro e irrigação na
distribuição espaço-temporal da cercosporiose do cafeeiro observou que a partir do mês
de outubro do primeiro ano de avaliação, ocorreu aumento gradual da precipitação
juntamente com o aumento das temperaturas e da umidade relativa, reduzindo a
intensidade da doença, fato também observado por Talamini et al. (2003).
A ferrugem também foi pouco incidente neste período, de forma geral, os clones
tiveram uma boa tolerância a incidência deste patógeno, vale destaque negativo para os
clones 7 e 10, os quais obtiveram os maiores índices durante o intervalo de avaliação.
Apesar da rusticidade, as variedades Conilon e Robusta são atacadas por
diversas
pragas e doenças. Dentre as principais doenças fúngicas do cafeeiro, destacam-se a
Cercosporiose (Cercospora coffeicola Berk. & Cooke) e a Ferrugem (Hemileia
vastatrix Berkeley & Broome) que ocasionam perdas na produtividade, estimadas entre
35 e 40% na ausência de medidas de controle (CARVALHO & CHALFOUN, 1998).
Doenças fúngicas que neste trabalho expressaram pouca incidência, demonstrando a
maior tolerância destes clones nas condições climáticas da região. Dados estes de
grande importância e positivas para o desenvolvimento da cultura na região do Vale do
Ribeira Paulista.

Figura 07. Porcentagem de incidência de praga e doenças nas folhas de Coffea


canephora nas condições do Vale do Ribeira Paulista entre os períodos de agosto/2020
a julho/2021, da praga bicho mineiro (BM) e das doenças fúngicas: mancha de phoma,
cercospora e ferrugem.
4. CONCLUSÃO
 Os clones utilizados, de forma geral, foram tolerantes as principais pragas e
doenças da cultura do Coffea canephora na Região do Vale do Ribeira Paulista.
 Quanto ao crescimento vegetativo, todos os tratamentos obtiveram resultados
semelhantes, com destaque positivo para o tratamento 18 (Clone 410) que
obteve resultados e adaptação acima dos demais tratamentos no Vale do Ribeira
Paulista.

5 .REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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6. APÊNDICES
Apêndice A – Avaliação de crescimento e adubação de cobertura.

Apêndice B – Avaliação de incidência de pragas e doenças.

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