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Reduzir os contaminantes na

fibra bras ileira, do campo até a unidade de


beneficiamento de algodão

Dr. Paulo Degrande- UFGD; Marcio Souza- IMAmt; Renildo Mion-UFR; Edmilson
Santos- SLC Agrícola; Jean- Louis Belot- IMAmt
O QUE É UM CONTAMINANTE?
Para a indústria têxtil: tudo o que não é fibra

Fotos:

Foto: Jean Belot


CAUSAS DE CONTAMINAÇÃO
7%

10%
ALGODÃO NO CAMPO -
FASE DE CRESCIMENTO

ALGODÃO NO CAMPO -
COLHEITA
40%
8%
TRANSPORTE -
EMBALAGENS

BENEFICIAMENTO -
PÁTIO

DURANTE O
BENEFICIAMENTO
15%
ARMAZENAMENTO E
FIAÇÃO - INDÚSTRIA

20% Uster
PONTOS ABORDADOS
● Contaminantes não biológicos
● Contaminantes de origem entomológica
● Contaminantes de origem vegetal
-Sementes de plantas daninhas
-Folhas
-Barks
-Cascas
1. CONTAMINANTES NÃO
BIOLÓGICOS
CONTAMINANTES ENCONTRADOS
Colheita mecanizada: pouca contaminação por polipropileno
Lonas para rolinhos e cordas para fardões
Graxas durante a colheita
Contaminações durante o beneficiamento

7 Foto: Jean Belot Fotos:


CONTAMINAÇÃO DURANTE A COLHEITA
CONTAMINAÇÃO DE PLÁSTICOS (USA) - 2019 - 2021
25.000.000 7.000

Número de amostras classificadas


6.278 6.000

Amostras com plásticos


20.000.000
4.913
5.000
4.103
15.000.000
4.000
1:[VALOR]
3.000
10.000.000 1:[VALOR]
1:[VALOR]
2.000
5.000.000
1.000

0 0
2019 2020 2021

Amostras classificadas Amostras com plásticos Taxa

Ben Robles (USDA) – 25/03/2022


8
CONTAMINAÇÃO DURANTE A COLHEITA
Presença de plástico nos fardos

9
CONTAMINAÇÃO DURANTE A COLHEITA

Presença de plástico nos fardos

https://www.mdpi.com/2624-7402/3/4/57/htmE

10 cottoninfo
CONTAMINAÇÃO DURANTE A COLHEITA

Regulagem errada Regulagem correta

Resultado

11
De s ágio por caus a da pre s e nça de plás tico

Os maiores problemas atualmente de contaminação do


algodão, é a presença de PLÁSTICO em amostras,
sendo, que nos últimos anos as agricultores
americanos perderam aproximadamente R$ 7,00@-¹,
comparado com os demais países produtores.

12
CONTAMINANTES PLÁSTICOS NA ALGODOEIRA

O envoltório plástico surgiu


como uma grande solução
na colheita do algodão, mas
Diâmetro do módulo Ajuste das laminas Inspeção da usina
junto com ele veio a
contaminação por plástico na
pluma.​

13 Local do corte
CONTAMINANTES PLÁSTICOS NA ALGODOEIRA

Algumas soluções
disponíveis no mercado
para evitar a contaminação
Abridor de módulo vertical Abridor de módulo giratório
e realizar a detecção de
plástico no processo de
beneficiamento.

Girador de módulos Visão computacional


14 Lummus
A contaminação com plástico
gera sérios problema na
indústria
têxtil

15
OUTRAS CONTAMINAÇÕES NA ALGODOEIRA

CERDAS DAS ESCOVAS

No mercado há vários tipo de escovas e a seleção das mesmas


devem ser feitas de acordo com o padrão de qualidade aceitável.

Escovas Contaminação com Cerdas


16
OUTRAS CONTAMINAÇÕES NA ALGODOEIRA

METAL
Um contaminante muito grave, que pode gerar incêndio na
usina de beneficiamento ou na fiação de algodão.

Arame encontrado Acessórios de máquinas no fardo de pluma


na pluma
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OUTRAS CONTAMINAÇÕES NA ALGODOEIRA

UMIDADE
Umidades acima de 10% na pluma de algodão provoca perdas de
qualidade na fibra.

cavitoma por excesso


Fibra seca Fibra úmida de umidade
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2. CONTAMINANTES DE
ORIGEM ENTOMOLÓGICA
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
FIBRA PEGAJOSA, provocando problemas na indústria têxtil
Quais tipos de problemas?

20
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
FIBRA PEGAJOSA, provocando problemas na indústria têxtil
Quais tipos de problemas?

Efeitos na Fiação:

- Mal andamento das cardas e de todas as máquinas em geral


- Enrolamento nos cilindros de borracha dos passadores, maçaroqueiras
e filatórios
- Aumento das rupturas e consequentemente piora significativa na
qualidade do fio
- Aumento dos custos de produção

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CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
FIBRA PEGAJOSA
Métodos de detecção na fibra

Metodologias de detecção de açucares


pegajosos

- Métodos químicos
açucares redutores.
HPLC, etc..

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CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
FIBRA PEGAJOSA
Métodos de detecção na fibra

Metodologias de detecção de açucares


pegajosos

- Enzimáticos
- Métodos físicos (mini
carda e thermodetector)

Internacional: sem conhecimento da


metodologia de determinação da
“caramelização”.

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CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
FIBRA PEGAJOSA
Métodos de detecção na fibra

Teste de “caramelização”
Diversas metodologias, usadas em alguns
laboratórios de classificação:

O que revela o teste de caramelização?:

Presença de açucares totais (fisiológicos


+ entomológicos)

Algodão com caramelização alta não é


automaticamente um algodão pegajoso

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CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
Os açucares fisiológicos

Capulho
50-59 Dias 60-69 Dias 70-79 Dias
Aberto
Sucrose 13,3 4,8 1,4 3,9
Fructose 277,8 63,1 32,5 20,7
Glucose 312 135,2 98,2 95,5
mg por kg de fibra (Fonte: Speck, 2003)

25
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
Comparação entre diversos laboratórios e metodologias

Comparação dos
níveis de
caramelização dos
diversos
laboratórios

26
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
Comparação entre diversos laboratórios e metodologias

Comparação entre
thermodetector e
níveis de
caramelização

27
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS

A pegajosidade da mosca branca e pulgão


geram sérios problemas de eficiência nas fiações de
algodão.
Geralmente a fiação opta pela devolução da carga de
pluma, quando não é informada previamente e ou o
produtor pode ter um deságio de 10% à 15% do valor
acordado entre as partes.

Deságio de
+10%
28
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
Origem

MOSCA-BRANCA PULGÃO
• 80-90% do ‘algodão doce’ a campo
• Mosca-branca: muito mais crítico
• Melado = pegajosidade = açúcares
• Adesão de ciscos, areia e outras sujeiras – final do
ciclo
29
MOSCA-BRANCA
Bemisia tabaci
biótipo B:
a praga, estratégias
30 e desafios
31
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
Origem

Fumagina
Fumagina
Grande heterogeneidade no talhão, no fardo, na amostra
analisada e na fibra

32
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
Origem

• Os açúcares pegajosos (ex: trehalulose)


• Temperatura de fusão vs. temperatura de diversas partes
da fiação- 53°C
• Trehalulose é muito higroscópica
Tipo de Açúcar Melting Point °C Decomposição °C
Fructose 116 178
Glucose 152 210
Sucrose 184 215
Trehalulose 48 193
Melezitose 152 225
33
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS

Como reduzir os danos qualitativos por açucaramento?

PROBLEMA: abandono do controle de pragas após o início da


abertura dos capulhos

PLANTAS DE PORTE ELEVADO

UMIDADE: orvalho ou chuva leve

Níveis de Controle vs. aplicações de final se safra

Desenvolvimento de agentes biológicos

34
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS

Níveis de Controle
• MELADO: pulgão e mosca-branca

• ENCURTAMENTO OU ALONGAMENTO DO CICLO:


tripes, lagarta-das-maçãs

• IMATURIDADE: desfolhadores (curuquerê, ácaro-branco,


ácaro-rajado, plusia e besouros)

• CARIMÃ: lagarta-rosada, bicudo, percevejos

• CASQUINHAS
35
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
Ficar atento com pragas pós-Cutout
- Brotamento de plantas – substrato para pulgões e
mosca-branca (água, N...)
- Variedades resistentes a ramulária
- Desfolha precoce

36
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
Manejo da desfolha

37
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS

Aplicar de forma correta

38
CONTAMINANTES ENTOMOLÓGICOS
Aplicar de forma correta

39
40
41
FIBRA PEGAJOSA
NEM SEMPRE ESSA PEGAJOSIDADE É DE ORIGEM ENTOMOLÓGICA

Reportados casos de “pegajosidade”


sem detecção em testes de
“caramelização”, nem de termodetector.

Hequet et al., 2007: 10 a 20% não


entomológica
- Açucares de baixo peso molecular
- Lubrificantes
- Caroço esmagado

42
3. CONTAMINANTES DE
ORIGEM VEGETAL
3. CONTAMINANTES VEGETAL
Se me nte s de plantas daninhas
CONTAMINAÇÃO COM PLANTAS DANINHAS
SEMENTES DAS PLANTAS DANINHAS

Capim carrapicho
(Cenchrus echinatus L.)

45
CONTAMINAÇÃO COM PLANTAS DANINHAS
SEMENTES DAS PLANTAS DANINHAS

Picão Preto
(Bid en s p ilosa )

46
CONTAMINAÇÃO COM PLANTAS DANINHAS
SEMENTES DAS PLANTAS DANINHAS

Picão preto talvez o mais complicado para


indústria

Sementes de carrapicho eliminadas mais


facilmente nos limpadores de pluma e até
nos limpadores de fibra das indústrias

47
Manejo de plantas daninhas em Soja

GLYPHOSATE DESSECAÇÃO
+ +
USO DE 2,4-D RESIDUAL
+
RESIDUAL 1 ou 2 aplicações em pós emergência
Dessecação
Sequencial Dessecação
PRÉ-PLANTIO

Colheita / Pós –colheita Plantio

48
Manejo de plantas daninhas em Algodão Safra

Jato dirigido

Intervalo-10 A 15 dias Plantio +15 +25 + 45

49
Pré emergente algodão

Herbicida C.amargoso Picão Preto Excelente


90 a 100%
S-Metalacloro Bom
75 a 90%
Clomazone Regular
50 a 75%
Trifluralina
Não satisfatório
Prometrina 0 a 50%

Diuron
Obs. Avaliação 30 Dias Após a Aplicação

50
Controle das plantas daninhas nas tecnologias
da cultura do algodão
RF:
• Pós emergentes seletivo: Glifosato, Staple, Envoke, herbicidas folha estreitas,
• Pós emergentes em jato dirigido: Glufosinato de amônio, Diuron, MSMA,
• Pré emergente em plantio: Gamit, Diuron, Gesagard, Trifluralina, Dual Gold
• Pré emergente pós inicial: Dual Gold
GL:
• Pós emergentes seletivo: Glifosato, Glufosinato amônio, herbicidas folha estreitas,
• Pós emergentes em jato dirigido: Glufosinato de amônio, Diuron, MSMA,
• Pré emergente em plantio: Trifluralina,
• Pré emergente pós inicial: Dual Gold
WS:
• Pós emergentes seletivo: “Glufosinato de amônio” (com restrição), Staple, Envoke,
herbicidas folha estreitas,
• Pós emergentes em jato dirigido: Glufosinato de amônio, Diuron, MSMA,
• Pré emergente em plantio: Gamit, Diuron, Gesagard, Trifluralina, Dual Gold
• Pré emergente pós inicial: Dual Gold
51
Controle das plantas daninhas nas tecnologias
da cultura do algodão

TLP:
• Pós emergentes seletivo: Glufosinato de amônio , herbicidas folha estreitas,
• Pós emergentes em jato dirigido: Glufosinato de amônio,
• Pré emergente em plantio:Trifluralina, Dual Gold
• Pré emergente pós inicial: Dual Gold

52
CONTAMINAÇÃO COM PLANTAS DANINHAS
LIMPEZA DA FIBRA NA ALGODOEIRA

Ocorreu uma redução significativa das contaminações por capim e picão por conta
da adoção das tecnologias embarcadas nas cultivares.

Picão Barras do limpa pluma Pluma contaminada com picão

A gestão da secagem e umidade na UBA, favorece


53 o processo de limpeza da fibra.
3. CONTAMINANTES VEGETAL
Grau de folhas
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO
O GRAU DE FOLHAS

Consequência da
colheita

Colheita
mecanizada

55
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO
O GRAU DE FOLHAS

Grau de folhas:

Base para mercado


interno
(Fonte: BBM, 2021)

TIPO 41-4

Folha: 1&2 3 4 5 6 7
Base para mercado
internacional 11 n n n n n n
(Fonte: ANEA 2020) 21 75 n n n n n
31 50 25 Base n n n
41 n n -100 n n n
TIPO: 31-4 51 n n n -400 n n
61 n n n n -700 n
71 n n n n n -1,000
81 n n n n n n
56
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO
O GRAU DE FOLHAS

Exemplo da Região de Cverde- Safra 2021 (Cooperfibra)


TIPO FOLHA_2 FOLHA_3 FOLHA_4 FOLHA_5 FOLHA_6 FOLHA_7
21 2.06 0 0 0 0 0
31 48.73 20.56 11.03 0 0 0
Para a indústria: 32 0.12 2.95 1.33 0 0 0
-perda de matéria prima 33 0 3.09 0.76 0 0 0
-custo de limpeza da fibra 34 0 0.43 0.15 0 0 0
41 0 0.04 6.59 0.69 0 0
42 0 0 1.16 0.08 0 0
43 0 0 0.10 0 0 0
44 0 0 0.05 0 0 0
51 0 0 0 0.01 0 0
53 0 0 0 0 0 0
54 0 0 0 0.03 0 0
64 0 0 0 0 0.04 0
84 0 0 0 0 0 0.01

Em termo de folha, o Brasil esta bem nessas últimas safras- Sem chuvas na colheita?!?
57
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO
O CLIMA E O GRAU DE FOLHAS

Condições climáticas

Frio quando capulhos abertos

58
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO
PROTEÇÃO FITOSANITÁRIA E O GRAU DE FOLHAS

Pragas que impactam o grau de folha


Desfolhadores (curuquerê, ácaro-branco, ácaro-rajado, plusia e besouros)

Fitotoxicidade

59
Produtos como promotor ou desfolhador na cultura do algodoeiro
( Atualização: Élio Machado, 2019)

Produto comercial Igrediente ativo Concentração I.A. Dose produto


comercial
Avguron Extra SC Diuron + tidiazuron 180g/l e 360 g/l 140 - 170 ml/ha

Drop Ultra Diuron + tidiazuron 60 g/l e 120 g/l 0,4- 0,5 l/ha

Punto Diuron + tidiazuron 180 g/l e 360 g/l 140 – 170 ml/ha

Cotton Quick etefon 273 g/l 4,0 -6,0 l/ha

Finish etefon 480 g/l 1,5 – 2,5 l/ha

Aurora Carfentrazona- etilico 400 g/l 0,05 – 0,08 l/ha

Kabuki Piraflufem- etilico 25 g/l 0,08 – 0,12 l/ha

Observações: Aurora e Kabuki, acrescentar 0,5 % de óleo mineral


60
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO

61
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO
Colheita realizada após um mês da desfolha

62
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO
Cuidados na manute nção

Encarneiramento por
causa de problemas na
limpeza dos fusos
pelas escovas.

63
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO

Limpe za da máquina
Intervalos de
limpeza:
A limpeza da
máquina deverá
ser dividia em
três intervalos:
- Cada mudança
de embalagem,
- A cada 6 horas,
- A cada 12 horas
ou diariamente
(o que ocorrer
64 primeiro).
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO
Limpe za da máquina

65
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO

Importância da Ge s tão do be ne ficiame nto


Caracte rís ticas intríns e cas

66
GESTÃO DO PROCESSO DE 1) Umidade do fardo de
BENEFICIAMENTO
pluma;
1) Programação de
transporte; 2) Condição da amostra
(tamanho e peso);
2) Programação de
beneficiamento. 3) Estocagem.

1) Gestão da temperatura
1) Umidade do algodão
da torre de secagem; em caroço;

2) Conferir regulagem do
2) Inspeção das escovas super Jet;
e grelhas.
3) Conferir regulagens do
limpador de plumas.
CONTAMINAÇÃO COM FOLHAS DE ALGODÃO

Efeito da Umidade e Secagem na Fibra do Algodão

Algodão Algodão
úmido seco
68
3. CONTAMINANTES VEGETAL
Barks
CONTAMINAÇÃO POR “BARKS”
Pedaços de casca da planta

Origem:

Caules ou ramos
dilacerados

70
CONTAMINAÇÃO POR “BARKS”
Pedaços de casca da planta
Problemas nas indústrias: o excesso de caule no algodão não é eliminado totalmente no
processo de fiar, e traz consequencias no acabamento final do produto.

71 Foto: karsten
CONTAMINAÇÃO POR “BARKS”
Controlar a altura das plantas
Excelência na qualidade de plantio

72
Morte das raízes por falta de oxigênio
Algodão fica mais sensível ao regulador

73
Variabilidades no Talhão

74
Variabilidades no Talhão

75
76
10.0

7.5
Cm

5.0

2.5

0.0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

No. de Entrenos
77
140
Flor Corte fisiológico
120 Botão Cut out
Altura, cms

100 Floral
1
80
60
40
2
20 3
0
0 5 10 15 20 25 30
4
Número de Nós

5
78
CONTAMINAÇÃO POR “BARKS”
Controlar a altura das plantas

79
ALTURA DAS
PLANTAS

80
81
SISTEMAS DE COLHEITA

Médias de casquinhas, caule e o total presente nas amostras do cesto da colhedora (%),

Sistemas de colheita Casquinhas(%) Caule (%) Total (%)


Stripper de escova sem extrator HL 19,82 c 3,16 c 22,98 c
Stripper de escova com extrator HL 5,89 b 2,01 b 7,95 b
Picker-12 VRS 0,87 a 0,32 a 1,19 a
Stripper de pente sem extrator HL 20,98 c 3,32 c 24,30 c
Stripper de pente com extrator HL 4,68 b 2,36 bc 7,04 b

82
A MENOR PRESSÃO NA PLACA DAS UNIDADES
REDUZIU APROXIMADAMENTE 29,39; 38,71 E 21,81% A
PRESENÇA DE IMPUREZAS NAS DIFERENTES
VELOCIDADES DE DESLOCAMENTO.
Velocidade (Km.h-1)
3,67 4,96 5,76
Placas sem 2,21 aA 2,01 aA 2,29 aA
pressão
Placas com 3,13 bA 3,28 bA 2,93 bA
pressão
83
As placas com pressão aumentaram em até 21,5%
a presença caules no algodão em caroço colhido.

Médias de caule presente nas amostras do cesto da colhedora (%)


Tratamentos Médias
Placas sem pressão 0,51
Placas com pressão 0,65

84
CONTAMINAÇÃO POR “BARKS”
Manejo na algodoeira

Pre s e nça de bark na pluma de Algodão

É Provocado principalmente por plantas


acima de 1.30 cm, excesso de galhos e
pressão das placas das colhedoras.

O bark é uma fibra maleável e por conta disso dificulta


a remoção da mesa no processo de limpeza.
85
CONTAMINAÇÃO POR “BARKS”
Manejo na algodoeira
A contaminação com bark vem
diminuído significativamente por conta da
conscientização dos profissionais que atua no
campo e nas algodoeiras.
O dimensionamento do sistema de
pré limpeza em conjunto com uma boa
regulagem do limpador centrifugo e limpador de
plumas, elimina boa parte do bark na pluma. Mas
ainda não temos uma tecnologia para eliminar
100% desse contaminante.
86
Impacto do bark na fiação de algodão

 Média de eficiência – algodão sem presença de caule: 97,0%;


 Média de eficiência – algodão com presença de caule: 87,3%;
 Média de rupturas - algodão sem presença de caule: 72;
 Média de rupturas - algodão com presença de caule: 390.

O bark gera uma perda de aproximada 10%


na eficiência operacional.
3. CONTAMINANTES VEGETAL
Fragme ntos de cas ca
SEED COAT FRAGMENTS: SCF
FRAGMENTOS DE CASCA DE CAROÇO DE ALGODÃO

Casca com fibra

No fio, até o tecido

89
SEED COAT FRAGMENTS: SCF
FRAGMENTOS DE CASCA DE CAROÇO DE ALGODÃO

Detecção Visual- “Contaminação” Detecção APHIS

AFIS (Advanced Fiber Information


90 System)
SEED COAT FRAGMENTS: SCF
FATORES ENVOLVIDOS NA FORMAÇÃO DE FRAGMENTOS DE CASCA
Determinismo genético
TIPO Desc ROLO 10 serras Alta Rot
AFIS SCN cnt/g SCN cnt/g SCN cnt/g
V1 8.00 ac 8.75 21.30
V2 8.60 ac 10.63 24.55
V3 5.45 c 6.63 18.60
V4 8.75 ac 6.25 20.30
V5 6.40 ac 7.25 22.00
V6 9.60 a 7.88 23.60
V7 6.20 ac 4.50 19.90
V8 8.10 ac 6.50 23.40
V9 5.90 bc 5.50 21.85
V10 7.45 ac 6.63 25.50
V11 9.10 ab 5.63 23.45
V12 9.05 ab 5.13 21.35
91 MEDIA 7.72 6.77 22.15
SEED COAT FRAGMENTS: SCF
FATORES ENVOLVIDOS NA FORMAÇÃO DE FRAGMENTOS DE CASCA
Determinismo genético

92
SEED COAT FRAGMENTS: SCF
FRAGMENTOS DE CASCA E AMBIENTE DE PRODUÇÃO

Efeito do
ambiente

93
SEED COAT FRAGMENTS: SCF
FRAGMENTOS DE CASCA E AMBIENTE DE PRODUÇÃO

Estresse
hídrico

94
SEED COAT FRAGMENTS: SCF
FRAGMENTOS DE CASCA E PROTEÇÃO FITOSANITÁRIA

BICUDO E LAGARTA-ROSADA

Promovem “carimã”
Fragmentos de sementes
Pouco impacto no HVI

BROCA-DA-HASTE
Promove “carimã”
Impurezas
95
SEED COAT FRAGMENTS: SCF
COMO MITIGAR A FORMAÇÃO DE FRAGMENTOS DE CASCA?

96
SEED COAT FRAGMENTS: SCF

Sistema de produção para MT


ESPAÇAMENTO X ÉPOCA X PLUVIOMETRIA X CULTIVAR X AMBIENTE PRODUTIVO
Mês Dezembro Janeiro Fevereiro
Semana 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Espaçamento

Espaçamento: 1,0/0,9m Espaçamento: 0,8/0,76m Espaçamento: 0,45/0,38m


Ciclo= 180 a 210 dias Ciclo= 160 a 180 dias Ciclo= 130 a 140 dias
Pluviometria:1.200 a 1.800mm Pluviometria:750 a 900 mm Pluviometria: 450 a 750mm

97
SEED COAT FRAGMENTS: SCF

98
SEED COAT FRAGMENTS: SCF

• Conhecer cultivares e adequar ao ambiente produtivo


• Época de plantio
• Stand adequado x espaçamento x produção x qualidade da fibra
• Regulador de crescimento
• Variabilidade da fertilidade e da correção da área
• Nutrição adequada
• Desfolhante e maturador no momento correto
• Estrutura operacional bem dimensionada
• ...
99
Seed Coat Neps
100
SEED COAT FRAGMENTS: SCF
MITIGAR A FORMAÇÃO DE FRAGMENTOS DE CASCA NA ALGODOEIRA
O seed coat neps (SCN), são fragmentos de casca do caroço de
algodão com fibras. Os SCNs são oriundos de variedades com caroços
frágeis e irregularidades no beneficiamento do algodão.

Os SCNs não são totalmente removidos ao longo


dos processos de fiação e ficam incorporados ao fio,
impactando na qualidade e eficiência .

101
SEED COAT FRAGMENTS: SCF
MITIGAR A FORMAÇÃO DE FRAGMENTOS DE CASCA NA ALGODOEIRA

Para beneficiar as variedades com baixa resistência do caroço é recomendado baixar a rotação
do eixo de serra da máquina com troca de polias ou com automação via inversor de frequência.

RPM Antes RPM Depois


102
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Contatos:
paulo.degrande@outlook.com
marciosouza@imamt.org.br
renildo.mion@ufr.edu.br
edmilson.santos@slcagricola.com.br
jeanbelot@imamt.org.br

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