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Arte nova

Art Nouveau, também conhecida em Portugal por Arte nova, na arquitetura surgiu
na Europa, no fim do século XIX, um estilo estético que também revolucionou as
artes plásticas, o design de interiores e a arte em decoração.

Esse movimento vanguardista nasceu com a proposta de quebrar as tradições


impostas pelo rigor formal da Arte Acadêmica. Seu surgimento também se relaciona
diretamente com a produção em massa, uma das características da Segunda
Revolução Industrial. Esse fato contou com inúmeras críticas, pois muitos
acreditavam que a arte não deveria estar atrelada ao capitalismo.

CARACTERÍSTICAS DO ART NOUVEAU NA ARQUITETURA

Entre as principais características do estilo Art Nouveau na arquitetura, as principais


são:

● linhas curvas assimétricas e delicadas;


● a natureza como fonte de inspiração;
● o prestígio das formas orgânicas;
● combinação da forma com função;
● design extravagante;
● uso de materiais como vidro e ferro;
● ter como inspiração os estilos barroco e rococó;
● a presença de vitrais e mosaicos.
Feita em ferro, a entrada do metrô de Paris é um belo exemplo de Art Nouveau na
arquitetura.

PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO ART NOUVEAU NA


ARQUITETURA

● Victor Horta
● Antoni Gaudi

CARACTERÍSTICAS DO ART NOUVEAU NA PINTURA

Este estilo de pintura não pode ser definido de uma única forma, uma vez que
apresentou ecletismo em seu estilo. No entanto, algumas características marcaram
esse movimento. Foram elas:
● presença de formas orgânicas da natureza, como folhas e flores;
● destaque para linhas assimétricas e ondulantes;
● dualidade artística: enquanto uns artistas utilizavam materiais de baixo custo
e métodos de produção em massa, outros aplicavam elementos mais caros e
valorizavam o artesanato;
● preocupação com a estética e elementos decorativos;
● utilização de metal e madeira no design de interiores;
● presença de vitrais e mosaicos;
● inspiração no rococó e no barroco.

ART NOUVEAU: ARTISTAS E OBRAS

1. ALFONS MARIA MUCHA: ILUSTRADOR, PINTOR E DESIGNER GRÁFICO CHECO

2. GUSTAV KLIMT: DESENHISTA E PINTOR AUSTRÍACO

Cerâmica
A cerâmica foi certamente a arte mais afectada pela Arte Nova. O conceito de objectos
cerâmicos baseados na ideia naturalista da Arte Nova tiveram como sede as Caldas da Rainha.
Pratos em forma de alface ou couve, terrinas em forma de abóbora ou mesmo travessas com o
formato de peixe são alguns exemplos de uma extensa lista louça das Caldas. Ainda hoje em
dia são produzidos esses muito populares objectos.

Ruturas na pintura da viragem do século

O final do século XIX conheceu três pintores que levaram ainda mais longe a rutura com a
arte académica. Paul Cézanne, Vincent van Gogh e Paul Gauguin produziram obras que se
enquadram no que foi denominado de pós-impressionismo.

Paul Cézanne inovou a pintura concebendo um novo tratamento das cores, das formas e
do espaço. A sua pintura assumiu uma nova dimensão. Ao olhar para a natureza, encontrou
formas que o inspiraram: a esfera, o cilindro e o cone. Considerava que este três elementos
permitiram representar a essência da realidade e conceber as figuras de acordo com
diferentes prismas. Os objetos da sua pintura assumiram facetamentos obtidos através de
um alargamento da mancha de cor. Esta técnica, que utiliza a mancha de cor e que tende a
abastecer as diferenças entre o fundo e os primeiros planos, distorce a noção clássica de
perspetiva, o que permitiu entrar em novos caminhos.

Vincent van Gogh conferiu à pintura um dinamismo que se revelou através do ondulado da
pincelada. Na sua paleta de cores, mais contrastantes e reduzida, predominavam,
sobretudo, cores vibrantes como os amarelos, azuis e verdes. A pintura de Vincent van
Gogh centrava-se na emoção e na imediatez, evocando, nas suas telas, os sentimentos e
estados de espírito. Estava aberto o caminho para novas formas artísticas e para um novo
modo de sentir a arte, baseado na emoção e na expressão.

Paul Gauguin empreendeu uma rutura nas artes plásticas quando, depois de uma estadia
na comunidade rural de Pont- Avene, na Bretanha, tomou contacto com os valores da
ruralidade, o que levou a empreender uma viagem ao Taiti. A partir de então, a sua pintura,
do ponto de vista temático, assumiu um caráter absolutamente diferente. O sentido do
primitivo e o afastamento da civilização europeia, levaram-no a procurar o mito do bom
selvagem, experimentando novas formas de entender a vida, mais próximas de uma pureza
de valores que entendia como mais verdadeiros e genuínos. Esta nova conceção da arte
marcou uma outra rutura, trazendo para a Europa novos valores e princípios estéticos.

O final do século XIX assumiu-se, então, como um período revelador da necessidade de


cortar com os cânones estabelecidos: o Realismo; o Simbolismo; a Arte Nova. A rutura final
fez-se como Cézanne, Van Gogh e Gauguin. Estava aberto o caminho para as correntes de
vanguarda do século XX.

Arte nova em Portugal

A Arte Nova foi tardia e de pouca duração em Portugal. Teve início por volta do ano de
1905 e terminou 15 anos mais tarde em 1920. Os princípios estéticos adotados pela
Arte Nova portuguesa eram semelhantes ao do estilo que já proliferava na Europa; a
influência francesa foi a que mais se fez notar nas construções deste estilo no território
português. A aplicação da Arte Nova em Portugal deveu-se sobretudo à ação da
burguesia urbana, que nas cidades de Lisboa, Porto e Aveiro e Cacia,

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