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Art Nouveau, também conhecida em Portugal por Arte nova, na arquitetura surgiu
na Europa, no fim do século XIX, um estilo estético que também revolucionou as
artes plásticas, o design de interiores e a arte em decoração.
● Victor Horta
● Antoni Gaudi
Este estilo de pintura não pode ser definido de uma única forma, uma vez que
apresentou ecletismo em seu estilo. No entanto, algumas características marcaram
esse movimento. Foram elas:
● presença de formas orgânicas da natureza, como folhas e flores;
● destaque para linhas assimétricas e ondulantes;
● dualidade artística: enquanto uns artistas utilizavam materiais de baixo custo
e métodos de produção em massa, outros aplicavam elementos mais caros e
valorizavam o artesanato;
● preocupação com a estética e elementos decorativos;
● utilização de metal e madeira no design de interiores;
● presença de vitrais e mosaicos;
● inspiração no rococó e no barroco.
Cerâmica
A cerâmica foi certamente a arte mais afectada pela Arte Nova. O conceito de objectos
cerâmicos baseados na ideia naturalista da Arte Nova tiveram como sede as Caldas da Rainha.
Pratos em forma de alface ou couve, terrinas em forma de abóbora ou mesmo travessas com o
formato de peixe são alguns exemplos de uma extensa lista louça das Caldas. Ainda hoje em
dia são produzidos esses muito populares objectos.
O final do século XIX conheceu três pintores que levaram ainda mais longe a rutura com a
arte académica. Paul Cézanne, Vincent van Gogh e Paul Gauguin produziram obras que se
enquadram no que foi denominado de pós-impressionismo.
Paul Cézanne inovou a pintura concebendo um novo tratamento das cores, das formas e
do espaço. A sua pintura assumiu uma nova dimensão. Ao olhar para a natureza, encontrou
formas que o inspiraram: a esfera, o cilindro e o cone. Considerava que este três elementos
permitiram representar a essência da realidade e conceber as figuras de acordo com
diferentes prismas. Os objetos da sua pintura assumiram facetamentos obtidos através de
um alargamento da mancha de cor. Esta técnica, que utiliza a mancha de cor e que tende a
abastecer as diferenças entre o fundo e os primeiros planos, distorce a noção clássica de
perspetiva, o que permitiu entrar em novos caminhos.
Vincent van Gogh conferiu à pintura um dinamismo que se revelou através do ondulado da
pincelada. Na sua paleta de cores, mais contrastantes e reduzida, predominavam,
sobretudo, cores vibrantes como os amarelos, azuis e verdes. A pintura de Vincent van
Gogh centrava-se na emoção e na imediatez, evocando, nas suas telas, os sentimentos e
estados de espírito. Estava aberto o caminho para novas formas artísticas e para um novo
modo de sentir a arte, baseado na emoção e na expressão.
Paul Gauguin empreendeu uma rutura nas artes plásticas quando, depois de uma estadia
na comunidade rural de Pont- Avene, na Bretanha, tomou contacto com os valores da
ruralidade, o que levou a empreender uma viagem ao Taiti. A partir de então, a sua pintura,
do ponto de vista temático, assumiu um caráter absolutamente diferente. O sentido do
primitivo e o afastamento da civilização europeia, levaram-no a procurar o mito do bom
selvagem, experimentando novas formas de entender a vida, mais próximas de uma pureza
de valores que entendia como mais verdadeiros e genuínos. Esta nova conceção da arte
marcou uma outra rutura, trazendo para a Europa novos valores e princípios estéticos.
A Arte Nova foi tardia e de pouca duração em Portugal. Teve início por volta do ano de
1905 e terminou 15 anos mais tarde em 1920. Os princípios estéticos adotados pela
Arte Nova portuguesa eram semelhantes ao do estilo que já proliferava na Europa; a
influência francesa foi a que mais se fez notar nas construções deste estilo no território
português. A aplicação da Arte Nova em Portugal deveu-se sobretudo à ação da
burguesia urbana, que nas cidades de Lisboa, Porto e Aveiro e Cacia,