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ESCOLA ESTADUAL CONDE DO PARNAÍBA

HISTÓRIA
GIULIA MOLINARI, MIGUEL PEREIRA, RENATA AMORIM - 1A

HANNAH
ARENDT
ESCOLA ESTADUAL CONDE DO PARNAÍBA
HISTÓRIA
GIULIA MOLINARI, MIGUEL PEREIRA, RENATA AMORIM - 1A

1) O filme traz a história da filósofa política alemã Hannah Arendt, de origem judaica que dado o contexto histórico de
perseguição e privação de direitos durante a Segunda Guerra Mundial decidiu emigrar para os Estados Unidos. O filme
narra a história da construção de uma das teorias mais complexas e polêmicas desenvolvidas por Hannah. Ao
acompanhar o julgamento de Adolf Eichmann, figura importante do exército nazista Hannah ter um olhar diferente
sobre o que era taxado como “monstro” pela comunidade e seu circulo de amigos, ela vê um burocrata e seguidor leal
de suas convicções, que de acordo com Hannah é fenômeno da resistência em recusar o caráter, não assumir a
consequência dos próprios atos. Em nossa opinião o filme retratou com maestria a ideia e o percurso trilhado por
Hannah enquanto desenvolvia seu pensamento, retratando a filósofa sem tom de genialidade ou arrogância, mas com
firmeza sobre o que pensava.
2) Muitas coisas podem ser absorvidas ao assistir ao filme, o contexto em que a personagem viveu de perseguição ao judeus
e posteriormente ter desenvolvido sua tese com base no julgamento de um dos personagens mais importantes do
Holocausto deixa no ar o pensamento de que a violência é parte do processo de criação de um “poder”, a banalização do
mal, poodendo ser associada diretamente ao regime antissemita da Segunda Guerra Mundial, onde a violência ocorria
com tanta constância que foi banalizada.
3) Não, compreendemos todo o contexto e a mensagem que o filme quis passar.
4) De um ponto de vista artístico temos muitos elogios para a direção e produção do filme, em especial a maestria em
retratar o isolamento de Hannah após a divulgação de sua ideia, com a filmagem demonstrando a personagem cada vez
mais sozinha, com o afastamento de seu círculo de amizades, acompanhado com o sensacional trabalho desenvolvido no
som, que vai desaparecendo aos poucos em cada cena aumentando a sensação de isolamento de Arendt.
5) Escolhemos a cena final do filme onde Arendt tem um confronto direto com Eichmann que apesar de todas as acusações
e depoimentos insiste em dizer que nunca matou ninguém com suas próprias mãos, estava apenas fazendo seu
“trabalho”. Hannah então responde a ele uma frase que singelamente nos impactou e que além de tudo é a mais pura
verdade "O maior mal do mundo é o mal cometido por ninguém", diz ela. "O mal cometido pelos homens sem motivo ou
convicção, sem um coração perverso ou palavras demoníacas é o que eu chamo de 'banalidade do mal'". Acreditamos
que a motivação por trás de tanta persistência e coragem de Hannah é em verdadeiramente provar e afirmar seus
pensamentos.
6) Chegamos em um consenso que apesar de clichê pode ser muito bem explicado devido a complexidade das nuances da
personagem de Hannah Arendt. Além de ser a protagonista e a pensadora responsável por mover toda a história do
filme, em nossa visão Hannah se mostrou uma personagem muito determinada e convencida de suas opiniões. O filme
foi certeiro em escolher este momento da vida da filósofa para ser retratado, a coragem da personagem em criticar as
posições da época de um mal presente como um “vírus”. A coragem de Hannah é excepcionalmente impactante assim
como sua inteligência.
7) Não conseguimos identificar um personagem que não gostamos de fato, acreditamos verdadeiramente na essência dos
personagens e nas complicadas histórias que infligiram sua personalidade e caráter, assim como razões e sentimentos
puramente humanos, como o envolvimento de Hannah com Martin Heidegger, filósofo militar nazista, que encantou
Hannah com apenas 18 anos, deixando para sempre marcas profundas em sua vida.
8) A cor é um elemento essencial para a produção de um bom material audiovisual, contudo os elogios continuam para a
direção de Von Trotta e a equipe de produção que maravilhosamente usou a cor como um recurso para mostrar a
“tristeza” ao acompanhar o isolamento de Hannah.
9) Assim como citado no item 4, a trilha sonoro e a manipulação correta dela durante o filme foram essenciais para
transmitir a sensação correta para os espectadores, em destaque novamente as cenas que demonstram o isolamento de
Hannah que realmente nos impressionou,cada vez mais o som se esvai, assim como acreditamos ter sido a intenção de
utilizá-lo como meio simbólico da felicidade da pensadora, tornando-se cada vez mais solitária e apática devido às
complexidades e consequências da publicação de seu polêmico pensamento.
10) É comum em filmes que retratam acontecimentos reais que em algumas cenas exista uma "glamourização"
justamente para manter o entretenimento e devido ao fato de que é impossível que certos acontecimentos na vida de
Hannah tenham sido acompanhados tão intimamente como mostrado no filme, no entanto o longa foi verdadeiro em
questão de contar os fatos historicamente marcados e o acompanhamento da evolução do pensamento de Arendt, assim
como o uso de cenas verdadeiras do julgamento de Eichmann televisionado de Jerusalém visando uma aproximação do
espectador com a história vivenciada, que afinal de contas é real.
11) Como mencionado anteriormente o filme acompanha o julgamento de Eichmann, parte do exército nazista, e a
cobertura de Hannah Arendt para o jornal The New York Times, e o desenvolvimento de suas impressões que
posteriormente se tornaram pensamentos políticos filosóficos, defendendo a tese de que nem todos os praticantes de
nazismo e crimes de guerra são os “monstros”. Hannah ao invés de tomar partido dada sua origem judaica continuou
com o pensamento racional ao analisar as incongruências do julgamento, idealizando a necessidade da capacidade de
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GIULIA MOLINARI, MIGUEL PEREIRA, RENATA AMORIM - 1A
pensar, raciocinar e refletir. O que infelizmente resultou no seu isolamento da comunidade judaica norte americana,
taxada como antissemita e mal interpretada na sua visão do caso.
12) A narrativa do filme de fato é bem acelerada, com exagero na alternância das situações o que pode tornar confuso e
maçante para os espectadores, assim como a narrativa focada nos diálogos políticos muitas vezes difíceis de
compreender.

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