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HENRIQUE BISPO BACHA 26/11/2021

HISTÓRIA DO CINEMA AMERICANO 2020-2

Título

O cinema americano comporta em si vários gêneros que expressam e


expressaram contextos históricos sociais, ideologias nacionalistas, neocoloniais,
cinismo, esperança e por assim vai. Muito do entretenimento e das formulas criadas
pelo cinema transparecem os espíritos de um povo em um certo momento, como
aconteceu com os gêneros cinematográficos, como o expressionismo na Alemanha, nos
Estados Unidos vemos o surgimento do Western, quase que junto ao surgimento da
própria sétima arte, o filme Noir e os filmes de suspense, o triller policial.

Não só frutos de momentos os gêneros são formas de se comunicar com nichos


e cada um carrega consigo particularidades estéticas e narrativas. Os westerns
representavam o choque entre mundos, quando um país em desenvolvimento
alcançava o interior já com valores morais e suas próprias leis que região a estabilidade
do lugar, ambientado nesse cenário representavam muitas vezes de forma
estereotipada o embate civilização x selvageria, esta última atribuída a cultura e os
meios de vida indígenas, muitas vezes retratados como vilões. O gênero também é
muito marcado por heróis com regidos códigos de conduta e violência.

Já os filmes Noir surgem no mercado americano devido a uma influência francesa


e da migração da mão de obra europeia para a indústria de Hollywood, este gênero
marcado por uma estética de altos contrastes no preto e no branco, muita sombra e jogo
de luzes, simbolizava os anseios do homem moderno num momento de pós-guerra,
com personagens com moral duvidosa, em um submundo corrompido. As histórias eram
narradas pelo protagonista carregando muitas vezes o arquétipo do anti-herói, uma
pessoa individualista, desconfiada, absorta pelo seu ambiente hostil, é muito comum
também a presença de uma figura feminina forte a femele fatale, que desorienta os
sentidos do protagonista o manipulando e expondo suas fragilidades.
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A profundidade de campo traria mais sentido para a produção desses novos


gêneros, como nos filmes de suspense que automaticamente evocam Hitchcock, que
utilizou dessa e outras técnicas para consolidar e caracterizar o gênero que dominava
com maestria. Dentre elas o efeito Kulechov, como em (Janela Secreta), os cortes
rápidos e desorientastes, como na cena do chuveiro em (Psicose), e como ele orienta
o olhar do público através da câmera, manipula as emoções ora omitindo informação,
ora expondo, gerando expectativa e assim o suspense.

O surgimento desses gêneros no passado faz do cinema americano o que ele é


hoje, diretores contemporâneos consagrados bebem diretamente das fontes e
exploram ao máximo as técnicas e conceitos em suas narrativas, muitas vezes de
forma conjunta, no que se desdobra hoje no neo-noir, neon noir, terror, filmes de
gangster, filmes de crime, ficções, filmes de fantasia, ação e drama. A elaboração
desses filmes e suas estéticas no passado são de extrema importância para a
consolidação de uma mais diversa e sofisticada linguagem cinematográfica hoje, no
momento que diretores são verdadeiros cinéfilos e tomam como referência os filmes de
gênero do passado. Quentin Tarantino é um exemplo eminente da indústria, na sua
última produção (Era uma vez em Holltwood) vemos o filme transitar por diversas
estéticas, enquanto evoca a própria história de Hollywood, um filme de crime, uma
comédia em outros momentos e até um Western dentro de si mesmo, quando
acompanhamos o personagem de DiCaprio, um ator em decadência, no seu ofício.
Tarantino é um ícone de uma geração que representa a importância da cultura
cinematográfica, tendo chegado ao estrelato sem formação acadêmica ou formal,
investigando filmes e a história do cinema que transborda nas referências de seus
filmes, sem esconder todo seu ecletismo.
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Referências bibliográficas
AUGUSTO, Sérgio. Cinco visões críticas de Meu ódio será sua herança. In: Catálogo da
Retrospectiva Sam Peckinpah, 14 a 23 de julho de 2014. São Paulo: Sesc, 2014.

BAZIN, André. Prefácio. In: RIEUPEYROUT, Jean Louis. O Western ou o Cinema


Americano por Excelência. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1963.

CANTERO, Marcial. 1993. “La lista de Schindler (Schindler´s List)”. In: CANTERO,


Marcial. Steven Spilberg. Madrid: Ediciones Cátedra, 2006, 2ª Ed.

MATTOS, A.C. Gomes. O outro lado da noite: Filme Noir. Rio de Janeiro: Editora Rocco,
2001.

OLIVEIRA JR., Luiz Carlos. “O plano-olhar hitchcockiano”. In: Catálogo da Mostra


Hitchcock, São Paulo: Centro Cultural Banco do Brasil/Ministério da Cultura, 2011.

PERON, Mauro Luiz. “A estética cinematográfica de Alfred Hitchcock”. In: Catálogo da


Mostra Hitchcock, São Paulo: Centro Cultural Banco do Brasil/Ministério da Cultura, 2011.

RIEUPEYROUT, Jean Louis. O Western ou o Cinema Americano por Excelência. Belo


Horizonte: Editora Itatiaia, 1963.

VEDIA, Mauro Baptista. “O cinema de Tarantino”, p. 117-134. In: KURTINAITIS, Marcos


(org.). Catálogo da mostra Mondo Tarantino. São Paulo: Pró-reitoria de Cultura e
Extensão Universitária – USP, 2013.

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