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SÍNTESE DE ARTIGO

ACADÊMICO

SHOCK! Slasher movie “made in Brazil”


Artigo da Doutora Laura Cánepa, enviado à Revista Contracampo, em 2010.

Disciplina: Seminário de Pesquisa: processos de formação, mediação e recepção.


Professora Rachel de Sousa Vianna - 1º semestre 2023
Discente: Luciano Marcio
Autora: Laura Loguercio Cánepa
Instituto Superior de Comunicação Publicitária (ISCP). Universidade Anhembi Morumbi (UAM).
Escola de Ciências Humanas e Sociais (Instituição Sede da última proposta de
pesquisa)Instituto Superior de Comunicação Publicitária (ISCP). Universidade Anhembi
Morumbi (UAM). Escola de Ciências Humanas e Sociais (Instituição Sede da última proposta
de pesquisa)

Autora do seminal tese de Doutorado “MEDO DE QUÊ? UMA HISTÓRIA DO HORROR NOS
FILMES BRASILEIROS”

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Multimeios do Instituto de Artes da


UNICAMP, como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutora em Multimeios. 2008.
Resumo:
O presente artigo analisa o longa-metragem Shock! (São Paulo, 1984), de Jair Correia, filme
juvenil brasileiro e principal representante nacional de um dos subgêneros do horror
internacional mais populares no planeta desde o final dos anos 1970: o slasher movie. O que
se pretende é comparar algumas estratégias narrativas usadas em Shock! com as formas
canônicas desse subgênero, buscando caracterizar a composição específica do exemplar
brasileiro e também sugerir como tal composição se relaciona com a cultura urbana jovem
brasileira dos anos 1980.

Palavras-chave: Cinema juvenil. Cinema de horror. Slasher movie. Brasil. Anos 1980.
1. No mundo do cinema de exploração

Nesta primeira parte do artigo, Laura Cánepa versa sobre o cinema de


“Exploitation” - o cinema de exploração. Um cinema paralelo ao cinema de massas,
que - por cinema de bordas - entende-se como uma forma cinematográfica de
“apelar” a instintos mais basais.
O cinema de exploitation, teve vários sub nichos. Um estilo de cinema, que por -
abordar temas considerados como “pouco elevados”, teve boa recepção
econômica por parte do público. Citamos brevemente ao “teen exploitation”, o
“black exploitation”, e até mesmo o bizarro “nun exploitation”. Filmes que, a
partir da década de 1950/60/70 - (talvez por fetichismo?), criou audiência cativa.
2. O teenexploitation e o slasher movie
Surgimento do cinema Slasher e cinema de ‘exploração’

● Caracterizado por tratar de temas tabu


● Filmes de baixo orçamento “marginais”
● Normalização de imagens chocantes
● Apelava sem constrangimentos
Pré Slasher
Psycho e Pepping Tom, ambos de 1960, são exemplos de filmes Pré Slashers.
Teenexploitation à Brasileira
O gênero do assassino serial surgiu timidamente no Brasil na década de 1960, e
procriou-se em filmes do chamado ‘Boca do Lixo’.

Noivas do Mal, George Dusek - 1960


Slasher Clássico norte-americano - teve apogeu em filmes como ‘Hora do
Pesadelo’ (Wes Craven, 1984), Pânico (Wes Craven, 1996), Halloween (Jonh
Carpenter, 1978) e Massacre da Serra Elétrica (Tobe Hoper, 1974).
3. Shock!: um slasher movie brasileiro
O Cinema de Horror Brasileiro, pré 'À Meia-Noite Levarei sua alma’ não se
reconhecia como tal. Exemplares do gênero, mesmo os que ostentavam algumas
características análogas ao horror, não eram completamente e assumidamente
de terror.

O Filme de José Mujica Marins, lançado em 1964 - foi um marco para o gênero.
Após o sucesso comercial de Zé do Caixão, alguns exemplares do gênero surgiram nos
cinemas, com destaque ao cinema da Boca do Lixo, pólo de filmes underground de São
Paulo, que se assumiram de maneira inédita, como filmes de terror.
Shock - Diversão Diabólica

Em 1984, surge no país, o único representante clássico de um filme Slasher, lançado


no país durante o apogeu do subgênero. Shock - Diversão Diabólica de Jair Corrêa
(1984).
O Filme de Jair Côrrea, mesmo que não se reconhecendo como um Slasher (a partir das
palavras do próprio autor) - segundo Laura Cánepa - ostenta características que aludem
ao período clássico do subgênero.

Características do Slasher, em “Shock!”, que podem ser percebidas, são:


● Jovens em situações marginais
● Assassino misterioso - câmera POV
● A “Final Girl”

O artigo submetido à Revista Contracampo, da UFRJ, em 2010 - destaca um filme único na


filmografia do gênero nacional de terror. O trabalho de Cánepa, autora importante para o estudo
do cinema de horror nacional, salienta todo um universo de pesquisas possíveis de serem
formuladas, sobre tão rico espectro de possibilidades fílmicas.

A Revista Contracampo foi fundada em 1990, e se destaca pela recepção de trabalhos nas áreas
artísticas, com destaque ao audiovisual.

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