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Solução: Sabemos que a melhor forma de resolver este tipo de questão é começar pelo número de
elementos na interseção dos conjuntos existentes. No caso, os conjuntos são:
O número de alunos na interseção dos dois conjuntos é 70. Como 310 acertaram a segunda questão e,
neste total, também contam os que acertaram a primeira questão, temos que 310-70=240 acertaram
apenas a segunda questão. Como 560 alunos acertaram somente uma das questões, temos que 560-
240= 320 acertaram apenas a primeira questão. Finalmente, como 275 erraram a primeira questão e
estes podem ter acertado ou errado a segunda questão, temos que 275-240=35 alunos não acertaram
nenhuma das questões. Desta forma,
é o número de alunos que zeram a prova. Abaixo temos o diagrama de Venn relativo a este problema.
Exercício 2 (AP1 - 2016.2) Em uma cidade, são vendidas duas marcas de sabonetes, A e B. Sabe-
se que 12% da população compra ambas as marcas; que o percentual da população que compra
a marca A é o triplo do percentual que compra a marca B; e que apenas 16% da população não
compra A e nem B.
(b) Se a marca B lançar uma ofensiva publicitária e conseguir fazer com que um quinto das pessoas
que compram apenas a marca A passem a comprar a marca B, qual Será o aumento percentual
de clientela da marca B?
Solução:
(a) Vamos chamar de U o conjunto de todos os habitantes da cidade, de A o conjunto dos com-
pradores da marca A e de B o conjunto dos compradores da marca B. Representando em uma
diagrama de Venn, temos o seguinte:
24 12 16
3x + ·t + ·t + x + · t = t,
100 100 100
logo
52 48 12
4x = t − · t ∴ 4x = ·t∴x= · t.
100 100 100
O percentual de compradores exclusivos de A será então
12 24 60
n(A) − n(A ∩ B) = 3 · ·t+ ·t= · t.
100 100 100
Com isso, 60% da população compra apenas a marca A.
Observação: Uma forma mais simples (embora mais descuidada) de resolver seria supor
que a cidade possui 100 habitantes e resolver de forma similar à feita acima, porém sem o t.
Resolver desta forma, porém, poderia levar (não é o caso neste problema, mas poderia ocorrer)
à conjuntos com cardinalidade não inteira, que deveriam ser interpretados como percentuais da
forma 12,41%, por exemplo, que faz sentido para populações grandes.
O aumento percentual será o número de novos clientes dividido pelo número de clientes antigos,
isto é,
12
100
·t 1 50
24 = = = 50%.
100
·t 2 100
Exercício 3 (AP1 - 2018.1) Em uma cidade, o número de pessoas que não compram nas Lojas
Pedro é o dobro do número de pessoas que compram. Das pessoas que compram nas Lojas Pedro,
metade compra também nas Lojas Mateus. Sabe-se ainda que as duas lojas possuem o mesmo
número de clientes.
(a) Represente, por meio de um diagrama, a situação descrita, representando por P o conjunto de
quem compra nas Lojas Pedro e por M o conjunto de quem compra nas Lojas Mateus. Repre-
sente por x a quantidade de pessoas que compram nas Lojas Pedro e, a partir daí, complete
todas as partes do diagrama com a fração de x correspondente.
(b) Que fração da população da cidade não compra nem nas Lojas Pedro e nem nas Lojas Mateus?
(d) Que fração da população da cidade compra apenas nas Lojas Pedro? E apenas nas Lojas Mateus?
Solução:
(a) Começaremos a preencher o diagrama abaixo:
Chamando de x
a quantidade de pessoas que compram nas Lojas Pedro, como metade destas
x
pessoas também compram nas Lojas Mateus, a interseção entre P e M será . Com isso, a
2
x x
quantidade de pessoas que compram exclusivamente nas Lojas Pedro é x − = , conforme
2 2
representado abaixo.
O número de pessoas que compram nas Lojas Mateus é igual à quantidade que compra nas
x x
Lojas Pedro, logo, igual a x. Como já estão na interseção, temos pessoas comprando
2 2
exclusivamente em M .
Se chamarmos de y
o número de pessoas que não compra em qualquer uma das lojas, o número
de pessoas que não compram nas Lojas Pedro será dado por u + x2 . O enunciado diz que este
número é o dobro dos que compram nas Lojas Pedro, isto é,
x
u+ = 2x.
2
Com isso, temos
x 4x − x 3x
u = 2x − = = .
2 2 2
Assim, temos o diagrama abaixo:
(b) A população total da cidade é dada pela soma de cada quantidade do diagrama da questão
anterior. Temos, no total,
x x x 3x 6x
+ + + = = 3x.
2 2 2 2 2
3x
Desses,
2
não compra em nenhuma das lojas, ou seja, a metade da população total 3x.
x
(c) Dos 3x habitantes, apenas
2
compram nas duas lojas, logo
x
2 x 1 1
= · = .
3x 2 3x 6
1
Assim, da população compra nas duas lojas.
6
x
(d) Apenas pessoas compra apenas nas Lojas Pedro, e, como já vimos na questão anterior, isto
2
1
corresponde a do total.
6
1
Da mesma forma da população compra apenas nas Lojas Mateus.
6
Nos itens de a a c, despreze qualquer outra despesa que não seja o preço de aquisição do
produto pelo comerciante no fabricante e o recolhimento de impostos. Observe que, no
item d, aparecerá uma nova despesa que deverá ser levada em conta.
(a) Qual o preço de venda mínimo Vm pelo o produto deve ser vendido para que o comerciante não
tenha prejuízo com a venda deste produto? (apresente os cálculos, não apenas o valor nal de
Vm )
(b) Dê a expressão do lucro L obtido com a venda do produto. Utilize na expressão apenas o preço
de venda V e as despesas anteriormente mencionadas.
(c) Se o comerciante desejar obter um lucro de 30% sobre o valor de aquisição do produto, qual
deverá ser o preço de venda V?
(d) Além do valor recolhido na forma de impostos e o custo de aquisição, o comerciante ainda estima
que a venda deste produto demanda uma despesa xa de R$8.000,00 (logística, vendedor, espaço
na loja, etc.), independentemente da quantidade de produtos vendidos. Na média, são vendidos
200 produtos como este por mês. Por quanto cada unidade do produto deve ser vendida para
que o vendedor apure um lucro mínimo de R$4.000,00.
Solução:
(a) Em uma venda pelo preço Vm , após o desconto dos impostos, para o vendedor sobrarão
40 100 Vm − 40 Vm 60 Vm
Vm − 40% · Vm = Vm − Vm = = .
100 100 100
Para que a venda não resulte prejuízo, é necessário que
60 Vm
≥ 120,
100
logo
100
Vm ≥ 120 · = 200.
60
40 V
(b) Com a venda por um preço V, descontando os impostos de 40%V = 100
e o custo do produto,
termos um lucro de
40 V 60 V
L=V − − 120 = − 120.
100 100
30
(c) O preço de aquisição do produto é de 120 reais, logo, 30% deste valor é 30% · 120 = · 120 =
100
3600
= 36 reais.
100
Para que o lucro L seja maior que 36 reais, precisamos de um preço de venda V tal que
60 V
− 120 = 36,
100
logo
60 V
= 156.
100
Com isso,
100
V = 156 · = 260.
60
(d) Na questão 6, vimos que, considerando apenas o custo do fornecedor e os impostos, em cada
produto vendido a um preço V, há o lucro de
60 V
L= − 120.
100
60 V
A venda de 200 produtos resulta então em um lucro de
100
200 ·
− 120 = 120 V − 24000.
Descontando agora o custo xo de 8000, o vendedor tem um lucro total de
logo
120 V > 36000,
portanto
36000
V > = 300.
120
Assim, o produto deve ser vendido por, no mínimo, R$300,00.
Se um produto era vendido por P reais antes da nova política de preços, por quanto será vendido
no décimo terceiro dia?
20 2 2 8 4
P − 20%P = P − P =P− P = 1− P = P = P.
100 10 10 10 5
4 80
Assim, diminuir um preço em 20% signica multiplicá-lo por
5
(ou
100
, ou 0.8, etc.)
20 2 2 12 6
P + 20%P = P + P =P+ P = 1+ P = P = P.
100 10 10 10 5
6 120
Assim, aumentar um preço em 20% signica multiplicá-lo por
5
(ou
100
, ou 1.2, etc.)
4
(c) Nos itens acima, vimos que diminuir um preço em 20% signica multiplicá-lo por , enquanto
5
6
aumentá-lo em 20% representa uma multiplicação por . Com isso, no décimo terceiro dia, o
5
preço do produto passará por:
7 6
4 6 4 6 4 6 4 6 4 6 4 6 4 4 6
P· · · · · · · · · · · · · = P· · .
5 |{z}
|{z} 5 |{z}
5 |{z}
5 |{z}
5 |{z}
5 |{z}
5 |{z}
5 |{z}
5 |{z}
5 |{z}
5 |{z}
5 |{z}
5 5 5
dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5 dia 6 dia 7 dia 8 dia 9 dia 10 dia 11 dia 12 dia 13
7 6 7 6
80 120 8 12
P· · ;P · · ; P · (0.8)7 · (1.2)6 .
100 100 10 10
Exercício 6 (AP1 - 2018.2) Um comerciante adquire um produto, junto ao fornecedor, por 300
euros. Ao vender o produto, o comerciante deverá recolher, como impostos, o equivalente a 20% do
valor agragado, isto é, da diferença V −C entre o preço de venda V e o de compra C.
(a) Dê o valor do imposto que deve ser recolhido, caso o preço de venda seja de 500 euros.
(b) Dê a expressão do imposto que deve ser recolhido, caso o preço de venda seja dado, em euros,
por V.
(c) Se o comerciante desejar obter um lucro de 60 euros na venda (considerando apenas o preço de
venda, o de custo e o recolhimento dos impostos), por quanto deverá vender o produto?
Solução:
(a) Com o preço de venda V = 500, o valor agregado será
20
20% · 200 = · 200 = 40 euros.
100
V − C = V − 300 euros,
20 1 V
20% · (V − 300) = · (V − 300) = · (V − 300) = − 60.
100 5 5
(c) O lucro L é dado pelo preço de venda V, descontado o preço de compra C = 300 e o imposto
calculado na questão anterior. Assim,
V V 4V
L = V − 300 − − 60 = V − − 300 + 60 = − 240.
5 5 5
4V 4V 1500
L = 60 ⇔ − 240 = 60 ⇔ = 300 ⇔ V = = 375.
5 5 4
Exercício 7 (AP1 - 2016.2) Determine, na forma de intervalo ou de uma união nita de intervalos,
os números reais que tornam verdadeira a desigualdade abaixo.
2 1
2(x − 1) − (x − 2) 2x − > (2x − 1)(2x + 1)
2
Solução:
2 1 x
2(x − 1) + (x − 2) 2x − > (2x − 1)(2x + 1) ⇔ 2(x − 2x + 1) + 2x − − 4x + 1 > (2x)2 − 1
2 2
2 2
x
⇔ 2x2 − 4x + 2 + 2x2 − − 4x + 1 > 4x2 − 1
2
x
2 2
⇔ 2x − 4x + 2 + 2x − − 4x + 1 − 4x2 + 1 > 0
2
x
⇔ −8x − + 4 > 0
2
−16x − x
⇔ +4>0
2
−17x
⇔ +4>0
2
−17x
⇔ > −4
2
17x
⇔ <4
2
4·2
⇔ x<
17
8
⇔ x<
17
(i) Ana não está na escola, João não está no cinema, Maria não está na loja.
(ii) Ana não está na escola, João está no cinema, Maria está na loja.
(iii) Ana não está na escola, João está no cinema, Maria não está na loja.
(iv) Ana está na escola, João não está no cinema, Maria não está na loja.
(v) Ana está na escola, João está no cinema, Maria não está na loja.
Solução: Para que uma disjunção, isto é, uma proposição tipo A ou B, seja falsa, é necessário
que tanto A quanto B sejam falsas. Logo, como P é falsa, segue que A é falsa e B também é falsa.
Por outro lado, a proposição B é uma implicação do tipo p ⇒ q, onde p: João está no cinema e
q: Maria está na loja, logo, ela é falsa, apenas se vale p e ∼ q, isto é, se João está no cinema e
Maria não está na loja.
Exercício 9 (AP1 - 2018.2) Um empresa aceita pagamentos em cheque, boletos bancários de di-
versos bancos e cartão de crédito. Avaliando os pagamento feitos pelos clientes e recebidos pela
empresa, o diretor percebeu, hoje, que:
(i) Se um pagamento foi feito com cheque, então o pagamento foi recebido.
(ii) Se um pagamento foi feito com boleto e o boleto era do Banco iTatu, então o pagamento não
foi recebido.
(iii) Se um pagamento foi com cartão de crédito e o pagamento foi feito semana passada, então ele
não foi recebido.
(a) Diga se é possível concluir ou se não é possível concluir cada uma das armações abaixo,
baseando-se apenas nas armações acima.Não é necessário justicar, mas cada resposta
incorreta invalidará uma correta (portanto, não chute!).
(2) Se um pagamento foi recebido e foi feito com boleto, então este pagamento não é do Banco
iTatu.
(3) Se um pagamento foi feito com boleto e o boleto não era do Banco iTatu, então ele foi
recebido.
(4) Se um pagamento foi recebido, então ele foi feito com cheque.
(5) Se um pagamento foi feito com cartão e este pagamento foi recebido, então ele não foi feito
semana passada.
(6) Se um pagamento foi feito com cartão e este pagamento não foi recebido, então ele foi feito
semana passada.
(b) Se foram recebidos 25 pagamentos, quantos pagamentos, no máximo, foram feitos com cheque?
Se foram feitos 10 pagamentos com boleto, mas apenas 5 foram recebidos, pode-se dizer que 5
boletos eram do Banco iTatu? Em caso negativo, o que se pode garantir?
(2) Se o pagamento foi recebido, é possível concluir que o pagamento não é do Banco iTatu.
Se o pagamento com boleto fosse do Banco iTatu, então, por (ii), ele não teria sido recebido.
(3) Não se pode concluir. A armação diz apenas que se o boleto é do iTatu, então ele não
foi recebido. A armação não diz nada sobre os boletos dos outros bancos. Por exemplo,
um pagamento feito com um boleto do Banco Santo André, e não recebido, não seria um
contraexemplo para a armação, pois não satisfaria a hipótese.
(4) Não se pode concluir, ele pode ter sido feito com boleto de algum banco que não o iTatu,
ou pode ter sido feito com cartão de crédito antes da semana passada.
(5) É possível concluir! Se um pagamento foi feito com cartão e este pagamento foi recebido,
ele não pode ter sido feito na semana passada pois neste caso, por (ii), ele não teria sido
recebido.
(6) Não é possível concluir. A armação (iii) diz apenas que todo pagamento feito com
cartão na semana passada não foi recebido, mas nada impede que um pagamento feito
antes disso, por exemplo, também não tenha sido recebido.
(b) Foram feitos, no máximo, 25 pagamentos com cheques. Por (i), todo pagamento com cheque
foi recebido, logo, se tivessem sido feitos mais de 25 pagamentos com cheque, haveria mais de
25 pagamentos recebidos.
Não se pode garantir que 5 boletos eram do iTatu, apenas que 5 pagamentos feitos com boleto
não foram recebidos. A armação (ii) garante que pagamentos de boletos do iTatu não foram
recebido, mas não que apenas pagamentos deste banco não foram recebidos, como vimos no
item (c) da questão anterior. O que pode ser garantido é que, no máximo, 5 boletos eram do
iTatu pois, se houvesse 6 ou mais boletos deste banco, haveria 6 ou mais pagamentos por boleto
não recebidos.
(1) Se Pedro joga bola ou Mateus brinca de pique, então Bernardo pula corda.
(4) Para que Bernardo pule corda, basta que Mateus brinque de pique ou que Velentina coma um
lanchinho.
(a) Considere as proposições elementares p: Pedro joga bola, m: Mateus brinca de pique, b:
Bernardo pula corda, j: Julieta desenha, a: Ana sobe em uma árvore e v: Velentina come um
lanchinho. Reescreva as armações (1) a (5) com as letras atribuídas às proposições e com os
símbolos da Lógica (implicação, equivalência e conectivos).
(b) Considerando que sejam verdadeiras as armações (1) a (5), decida se cada uma das proposições
elementares abaixo é verdadeira ou falsa. E necessário que você apresente o raciocínio que usou
para deduzir sua conclusão a partir dos dados.
Solução:
(a) Reescrevendo as armações, temos
(1) p ou m ⇒ b
(2) j⇔a
(3) m⇒a
(4) m ou v ⇒ b
(5) (∼ j) e p
(b) Pela armação (5), são verdadeiras ∼j e p. Assim, como ∼j é verdadeiro, j é falso. Como jé
falso, por (2) temos que a é falso.
Por (5), p é verdadeiro. Logo p ou m"será verdadeiro, qualquer que seja o valor de m, logo,
por (1), b é verdadeiro.