Você está na página 1de 142

MANUAL DE CIDADANIA

E
EMPREGABILIDADE

Setembro/Outubro de 2010

Local de formação: Carregueira

Formadora: Fátima Nascimento

Co-financiado pelo FSE e Estado Português


Elaborado por Fátima
2

ÍNDICE
Fundamentação
3
Objectivos e Conteúdos
4
Introdução
5
O que é ser cidadão
6
Cidadania
7
Responsabilidade
9
Ética e Moral
13
Ética e Deontologia Profissional
16
Formação
21
Empregabilidade
31
Ambiente
35
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
43
Promoção da saúde
53
Anexos
60
Conclusão
138
Bibliografia
141

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
3

Fundamentação
Curso de Operador/a de Jardinagem, tendo como Entidade Formadora: Competir, Formação e Serviços,
S.A e como Entidade Promotora: Nova Fronteira - Associação para a Reabilitação de
Toxicodependentes, com o nº de projecto 040701/2010/61, apoiado pelos seguintes
programas:

 DGERT (Direcção Geral de Emprego e Relações do Trabalho)


 POPH (Programa Operacional Potencial Humano);

 QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional);

 EU (União Europeia)

Co- financiado pelo FSE (Fundo Social Europeu) e Estado Português,

Benefícios e condições de utilização do manual:

De acordo com o Referencial de Formação com o Código e Designação nº. 622161, surgiu a
necessidade da elaboração deste manual, cujo objectivo passa não só para servir de instrumento de apoio
e auxílio aos formandos no decorrer das sessões inerentes ao módulo de Cidadania e
Empregabilidade para aquisição de conhecimentos e competências enunciados nos objectivos, como
também como guia de consulta a posteriori aos destinatários do mesmo.

Os destinatários serão portanto, formandos candidatos ao Curso de Operador/a de Jardinagem integrados


no projecto acima mencionado.

Foi elaborado pela formadora Fátima Alves do Nascimento e o mesmo não poderá ser
reproduzido sem autorização da mesma e respectiva entidade formadora.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
4

Objectivos
• Despertar a consciencialização dos formandos para os seus
direitos e deveres enquanto cidadãos;

• Facultar conhecimentos sobre os vários tipos de


Cidadania e Responsabilidades, quer a nível educacional,
pessoal, profissional e ambiental

Conteúdos

Educação/formação, profissão e trabalho/emprego.

Ambiente e saúde.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
5

Introdução

A educação para a cidadania surge no contexto da gestão flexível do currículo como


componente obrigatória do mesmo e como um espaço de diálogo e reflexão sobre as
experiências vividas, as preocupações sentidas e os temas e problemas relevantes da comunidade e da
sociedade.
Tem como objectivo central, proporcionar a construção de identidade e o desenvolvimento da consciência
cívica dos alunos.
Ser cidadão é, então, também e concomitantemente, construir-se como sujeito, assumir-se como pessoa.
Admite-se como indispensável, nessa construção, uma fundamentação cujas linhas sejam traçadas numa
antropologia de amplas referências culturais, sociais, filosóficas

A cidadania define a pertença a um Estado. Ela dá ao indivíduo um estatuto jurídico, ao qual se ligam
direitos e deveres. Esse estatuto depende das leis próprias de cada Estado, e pode afirmar-se que há
quantos tipos de cidadãos quantos tipos de Estados. Nesta perspectiva, a
cidadania não confere valor ou dignidade suplementar ao indivíduo, apenas sanciona uma
situação de facto: a de que, ao nascer, se herda uma nacionalidade.
O Estado é uma criação humana, cultural e instrumental; costuma admitir-se que é um mal necessário.
Ressalta então a ideia de que a educação para a cidadania é um bem necessário e indispensável como
estimuladora da capacidade individual de análise e intervenção em função dos valores fundamentais da
comunidade em que se está inserido e da organização estatal que lhe subjaz.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
6

O QUE É SER CIDADÃO?

Ser cidadão é ser pessoa, é ter direitos e deveres, é assumir as suas


liberdades e responsabilidades no seio de uma comunidade democrática,
justa, equitativa, solidária e intercultural.

Na verdade, não é fácil exercer a liberdade e a cidadania – ser pessoa e


ser cidadão – por isso exige-se uma luta sem tréguas
para erradicar assimetrias e exclusões socioculturais e criar cenários de esperança realizáveis,
fundamentados em valores e princípios éticos, que requalifiquem a democracia com cidadãos
participativos e comprometidos.

Quem conhece e vive as contradições do sistema, sabe que de nada serve remediar, se não
assumirmos alterar projectos políticos, socioculturais e educativos que integrem em vez de excluir.

Não há soluções e estratégias pré-definidas.

Há grandes temas integradores da acção.

Desafios que devem alimentar as nossas esperanças, vivências quotidianas e aprendizagens


que nos permitam sonhar com um futuro melhor.

Tais como:

 Direitos Humanos;
 Democracia requalificada;
 Território partilhado (requalificação ambiental, rural e urbana);
 Relações significativas e laços comuns – uma cultura intergeracional assente em esteios de
liberdade, tolerância, justiça, igualdade, solidariedade – aprender a viver e a conviver com
os outros;

 Interacções sociais específicas – pedagogia da memória – participação em


organizações filantrópicas, programas para sectores específicos da população;

 Tradição e inovação (educação, informação, comunicação, formação);

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
 Identidade e diversidade (consciência colectiva);Cultura solidária e participação comunitária; 7

 Desenvolvimento sustentado – preservação do património comum da humanidade

 Desenvolvimento de experiências piloto – pontes para o futuro – com equipas


multidisciplinares de investigação/acção/emancipação e redes de parceria;

 Criação de espaços e colectividades de trabalho, ócio e tempos livres;


Investimento nas TIC como ferramentas potenciadoras da democracia participativa;

 Preparação dos cidadãos para o diálogo/reflexão/acção – fórum de diálogo


permanente

 (natural, histórico, social e cultural);

Cidadania

Há, no que fica dito, a emergência de transformações profundas, novas políticas, novas dinâmicas
para estimular a inovação, a criatividade e a partilha de valores, saberes e poderes, ou seja, uma visão
estratégica para a construção da educação para a cidadania.

No discurso corrente de políticos, comunicadores, dirigentes, educadores, sociólogos e


uma série de outros agentes que, de alguma maneira, se mostram preocupados com os rumos da
sociedade, está presente a palavra cidadania.

Como é comum nos casos em que há a super exploração de um vocábulo, este acaba ganhando
denotações desviadas do seu estrito sentido.

Hoje, tornou-se costume o emprego da palavra cidadania para referir-se a direitos humanos, ou
direitos do consumidor e usa-se o termo cidadão para dirigir-se a um indivíduo qualquer,
desconhecido.

De certa forma, faz sentido a mistura de significados, já que a história da cidadania confunde-se com
a história dos direitos humanos, a história das lutas das gentes para a afirmação de valores éticos,
como a liberdade, a dignidade e a igualdade de todos os humanos indistintamente; existe um
relacionamento estreito entre cidadania e luta por justiça, por democracia e outros direitos
fundamentais asseguradores de condições dignas de sobrevivência.

Expressão originária do latim, que tratava o indivíduo habitante da cidade (civitas), na situação
Roma antiga indicava a política de uma pessoa (excepto mulheres, escravos,
crianças e outros) e seus direitos em relação ao Estado Romano. N dizer de Dalmo
Dallari:

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a po sibilidade de 8
participar activamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está
marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição
de inferioridade dentro do grupo social”[1].

O exercício da cidadania plena pressupõe ter direitos civis, políticos e sociais e estes, se já presentes,
são fruto de um longo processo histórico que demandou lágrimas, sangue e sonhos daqueles que
ficaram pelo caminho, mas não tombados, e sim, conhecidos ou anónimos no tempo, vivos no
presente de cada cidadão do mundo, através do seu “ir e vir”, do seu livre arbítrio e de todas as
conquistas que, embora incipientes, abrem caminhos para se chegar a uma humanidade mais decente,
livre e justa a cada dia.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima

9
Responsabilidade: responder perante a Responsabilidade

O que é a Responsabilidade?

É a obrigação a responder pelas próprias acções, e pressupõe que as mesmas se apoiam em razões ou
motivos. O termo aparece em discussões sobre determinismo e livre-arbítrio (é a crença ou doutrina
filosófica que defende que a pessoa tem o poder de escolher suas
acções.), pois muitos defendem que se não há livre-arbítrio não pode haver
responsabilidade individual, e consequentemente, também não pode haver nem ética nem punição.

Diferentes tipos de responsabilidade

Tipos de
Responsabilidade

Pessoal Civil Criminal Moral Ambiental

Responsabilidade Pessoal - Este tipo de responsabilidade está directamente relacionada com a


privacidade e a integridade da pessoa para consigo.

A responsabilidade pessoal, é intransmissível!

Cada indivíduo deve ser responsável no meio que o rodeia e deve ser responsabilizado por todos os
seus actos.

Está obrigado ao cumprimento dos deveres gerais definidos no meio em que se insere.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
10

A responsabilidade no espaço - escola


 A responsabilidade de cada elemento da comunidade escolar está disposta no
Regulamento Interno da escola onde está inserido.

 Este documento regula os direitos e deveres da competência de cada elemento da sociedade


escolar e do respectivo cargo que ocupa.

 A cada um basta cumprir as leis desse regulamento, de forma responsável, para ser um
individuo aceite nessa sociedade.

Responsabilidade Pessoal
Este tipo de responsabilidade está directamente relacionado com a integridade privacidade e a
da pessoa para consigo.

A responsabilidade pessoal, é intransmissível!

Cada indivíduo deve ser responsável no meio que o rodeia e deve ser responsabilizado por todos os
seus actos.

Está obrigado ao cumprimento dos deveres gerais definidos no meio em que se insere.

Responsabilidade Civil

É a obrigação de reparação de um dano que uma pessoa cause a outra.

Procura determinar em que condições a pessoa pode ser considerada responsável e em que medida
é obrigada a repará-lo!

Reparação pode ser feita através de indemnização.

O dano pode ser causado à integridade física, aos sentimentos ou aos bens de uma pessoa.

Responsabilidade Criminal

Consiste na sujeição a uma pena – Multa ou Prisão – em consequência de prática de um crime.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Responsabilidade Moral 11

A responsabilidade moral é, por sua vez, uma capacidade, e ao mesmo tempo uma obrigação moral,
de assumirmos os nossos actos.

É reconhecermo-nos nos nossos actos, compreender que são eles que nos constroem e moldam
como pessoas.

A responsabilidade implica que sejamos responsáveis antes do acto (ao escolhermos e


decidirmos racionalmente, conhecendo os motivos da nossa acção e ao tentar prever as
consequências desta), durante o acto (na forma como actuamos) e depois do acto (no assumir das
consequências que advêm dos actos praticados).

Responsabilidade Ambiental

É aplicável aos danos e aos riscos de danos ambientais.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Pressupostos da Liberdade 12

Mas o que se entende por liberdade? –

Designa a capacidade que todo o homem possui de actuar segundo a sua própria decisão.

Autonomia do sujeito face às suas condicionantes.

Embora o homem esteja sempre condicionado por factores externos e internos, para que uma acção
possa ser considerada livre é necessário que ele seja a causa do seus actos, isto é, que tenha uma
conduta livre.

Consciência da acção.

A acção humana é a manifestação de uma vontade livre e portanto co sciente dos seus
actos. Este pressuposto
implica que o sujeito não ignore a intenção, os motivos e as
circunstâncias, assim como as consequências da própria acção. Pressuposto que está todavia
longe de estar sempre satisfeito.

Escolhas fundamentada em valores.

A acção implica sempre a manifestação de certas preferências, implicando o homem nessa escolha.
Nem sempre contudo, esta dimensão da liberdade é consciente, embora seja sempre materializada na
própria acção.

Formas da Liberdade

Liberdade interior: autonomia face a si mesmo (Liberdade psicológica) e de agir segundo valores
livremente escolhidos (Liberdade Moral)

Liberdade Exterior: autonomia face à sociedade (Liberdade sociológica) e de exercer os direitos


básicos de qualquer cidadão (Liberdade Política).

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima

1
Acção

Condicionantes da acção

Condicionantes físico-biológicas e psicológicas

Património genético dos seus progenitores (sexo, cor da pele, cor dos olhos, inteligência, etc.) que se
constitui como um conjunto de condicionantes das suas acções, a estrutura do nosso corpo e a sua
relação com o meio ambiente condicionam aquilo que podemos fazer e como o podemos fazer.

O ambiente em que vivemos (recursos e matérias primas, clima e outras co dições


ambientais) condiciona os costumes, as crenças, os valores Sociais, religiosos, estéticos, etc.

Personalidade condiciona o modo como actuamos e nos relacionamos com os outros.


Características como: conformismo, optimismo, timidez condicionam a acção, permitindo-nos prever,
até certo ponto, qual será o tipo de conduta mais provável.

Condicionantes histórico-socioculturais

A época histórica e o meio sociocultural influenciam as nossas decisões, pois não é indiferente ter
nascido na Idade Média ou no século XXI. Nascer e ser educado noutra época e noutro lugar faria de
nós um ser humano diferente.

A acção humana é o campo onde se traçam projectos que nos levam a inventar o nosso futuro e a definir
o que queremos ser.

Ética e Moral

Experiência Moral.

Quotidianamente somos confrontados com situações em que temos que decidir sobre coisas que
interferem na liberdade de outros. A simples coexistência coloca a questão da necessidade de cumprir
normas.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
14
É por isso que nas nossas decisões temos em conta valores, princípios, normas ou regras de
conduta que impomos a nós mesmos, mas também esperamos que os outros as sigam ou pelo menos as
aceitem.

Se os outros manifestam um comportamento diverso daquele que à luz destes ideais julgamos que
deveriam ter, afirmamos que não agiram correctamente, não têm valores, princípios ou mesmo "moral".

Há situações-limite em que revelamos profundas dúvidas sobre a opção mais correcta que devemos
tomar. Estão neste caso as situações que envolvem dilemas de difícil resolução, como a droga, o aborto, a
clonagem, eutanásia, o roubo ou a fecundação in vitro.

Ética

Trata-se de uma disciplina normativa que tem como objectivo estabelecer os princípios, regras e valores
que devem regular a acção humana, tendo em vista a sua harmonia. Num grande
número de filosofias estes princípios, regras e valores aspiram a afirmarem-se como
"imperativos" da consciência como valor universal. A ética preocupa-se não como os homens são, mas
como devem ser. Em qualquer caso o homem é entendido como a autoridade última das suas decisões.

Moral

Trata-se do conjunto de valores que uma dada sociedade ao longo dos tempos foi formando e que os
indivíduos tendem a sentir como uma obrigação que lhes é exterior.

Nós e os Outros.

O homem vive em sociedade. Viver é, não apenas estar no mundo, mas relacionar-se com outros,
conviver.

A multiplicidade destas relações (de coexistência, de convivência, de colaboração, de conflito,


de confronto, etc), permanentemente faz emergir a necessidade de se estabelecerem e
acatarem normas, padrões e valores que possibilitem harmonizar acções muito distintas.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima

(Exemplo de um princípio moral: "Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti".)

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
16

Ética e Deontologia Profissional

Ética: compromisso com valores duradouros

Deontologia fixa os deveres e responsabilidades requeridos por um determinado ambiente


profissional e pode reflectir evolução e novas prioridades

A ética e deontologia de uma profissão constitui em conjunto o seu código de conduta profissional

Para garantia e segurança da sociedade e defesa dos próprios profissionais face a exigências e
prepotências a que possam ser sujeitos

Um código de conduta profissional é um componente essencial indispensável para o exercício livre e


responsável de qualquer profissão digna de “confiança pública”

Esquecemo-nos muitas vezes que um dos objectivos dos códigos de conduta é auto-regular a própria
actividade, antes que a legislação laboral o faça por nós. Mais: devemos partir do convencimento de que
os usos corruptos acabam por viciar a vida de qualquer organização: a corrupção é que corrompe, não o
dinheiro ou o poder.

Ética e Economia de mercado

Sistema económico, sistema político e sistema ético-cultural

Lei/Liberdade

Progresso/Tradição

“Inteligentes”/“Espertinhos”

Valores e Fins

Factos e Valorações

1. Ética: diz respeito, antes de mais, à relação comigo mesmo

2. Ética dos”mínimos”e ética dos “máximos”

3. Ética da “primeira pessoa”e ética da “terceira pessoa”

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Pilares para um edifício ético 17

A ética profissional não é uma ética distinta da ética geral.

O sujeito da ética é a pessoa, não a associação ou a empresa.

É uma ciência prática: não se estuda para saber, mas para actuar. É uma ciência normativa: não diz
como actua a maioria -isso seria sociologia -, mas como deveríamos actuar.

A ética é uma ciência teórica de carácter normativo, como a lógica, ainda que esta se dirija à razão e a
ética à vontade.

Não se deve confundir, por isso, a moral com a moralidade.

A ética nem sempre coincide com a legalidade.

Os comportamentos éticos devem nascer de convicções internas, quer estas sejam de


natureza transcendente, quer de raiz humanista.

A ética é algo para ser vivido todos os dias, não um remédio ou uma solução para quando surge um
problema ou um conflito.

Para uma ética bem aplicada

1. Como as pessoas boas tomam decisões difíceis

2. Juízos e decisões

3. Liberdade e Bem

Valor e limites dos códigos

A temática dos códigos de ética deve servir para mostrar que a ética não é a fria aplicação de normas.

A ciência ética não se deve fixar nas “muletas”, deve centrar-se antes no dever ser próprio da pessoa
livre e consciente.

Mais do que as “determinações”, o essencial da ética é a “auto-determinação”.

As “muletas” do dever ser podem até ser vistas como estruturas do bem, mas não são o Bem.

“ O mapa não é o território e o menu não é a comida” (Ronald Laing)

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Ética: um valor com ou sem preço? 18

Quanto vale a ética? Quanto custa?

É um luxo a que (não) nos podemos permitir?

A ética paga? A ética dá dinheiro?

A ética conta... e conta cada vez mais.

A honradez é a melhor política!

Visões e posturas

Deontológica (fixação de normas)................................................Cumprimento

Utilitarista (fixação nos valores)...................................................Integridade

Integral (evita abordagens unilaterais).........................................Excelência

Em suma, o código de conduta -como toda a norma -representa um ideal de comportamento, mas o
comportamento real não reside na norma, mas na virtude.

Para o código, basta uma aprendizagem teórica, mas a virtude requer uma aprendizagem
prática: a virtude adquire-se.

As normas têm sentido na medida em que facilitam a aquisição de virtudes, ao assinalar o que se deve
fazer e o que convém evitar.

DEONTOLOGIA E ÉTICA PROFISSIONAL

CÓDIGO DE CONDUTA PESSOAL

No nosso dia-a-dia, devemos pautar a nossa conduta por um conjunto de normas ou procedimentos que
visam a construção de uma Sociedade mais justa e harmoniosa no âmbito de uma Cidadania plena.

É um dever ser auto-crítico desde que seja feito de forma justa: esta contribui para uma
sociedade melhor;

É importante partilhar saberes e promover a entreajuda;

É essencial respeitar a opinião dos outros;

Deve-se acreditar no nosso valor/capacidades para ver reconhecido os nossos conhecimentos;

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
• A humildade é a base para a construção de um ser em sociedade; 19

• É fundamental olhar para a Humanidade com sensibilidade;

• Deve-se primar pela honestidade;

• Todos devem ser tratados com dignidade, independentemente das diferenças;

• Cada um é responsável pelos seus actos;

• Deve-se primar pelos princípios de educação incutindo-os aos nossos filhos, contribuindo
com isso para uma sociedade mais justa e humana;

• É importante estimular o convívio como enriquecimento pessoal;

• É dever de todos buscar o caminho da felicidade sem prejuízo de outrem;

• É da responsabilidade de todos ter preocupação na preservação do ambiente como bem comum;

• Ser flexível é saber ceder.

CÓDIGO DE CONDUTA PROFISSIONAL


Cada vez mais, é ponto assente que o que somos no nosso quotidiano, reflecte-se na nossa forma
de encarar o trabalho, o que de forma simplista, é definido por profissionalismo. O que se segue
são um conjunto de recomendações ou pensamentos
subjacentes à forma considerada adequada de como encarar o que somos no mundo do trabalho.

Deste modo, deve-se:

• Ser assíduo e pontual;

• Manter o sigilo profissional;

• Adoptar princípios de ética, moralidade e civismo;

• Saber trabalhar em equipa contribui para um espírito harmonioso no local de trabalho;

• Ser polivalente, responsável, tolerante e honesto;

• Criar um bom ambiente de trabalho respeitando as normas de segurança e higiene;

• Ter brio profissional;

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
• Não se fazer valer das suas funções para privilégios pessoais ou de terceiros ou para actos 20
discriminatórios;

• Promover a igualdade entre o Homem e a Mulher nas funções existentes;

• Comunicar ao seu superior hierárquico, alguma irregularidade;

• Dignificar a profissão;

• Cumprir com o regulamento da instituição;

• Ter capacidade auto-crítica.

A simples implantação de um código de comportamento não assegura que se apreciem e se pratiquem


os valores e normas que nele se estabelecem. O código de conduta é algo que se
pode aprender, enquanto a rectidão moral e a competência profissional se adquirem com
esforço, dentro de uma comunidade de aprendizagem e graças a contínuos exercícios de ensaio e
erro, de equívocos e melhorias.

“Não basta o compromisso

Vale mais o coração

Já que não me entendes, não me julgues

Não me tentes

...

Ninguém sabia e ninguém viu

Que eu estava a teu lado então

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou

mulher

Sou minha mãe e minha filha,

Minha irmã, minha menina

Mas sou minha, só minha e não de quem

quiser

Sou Deus, tua deusa, meu amor

Alguma coisa aconteceu

Do ventre nasce um novo coração”


Música:

1º de julho

(Cássia Eller e Renato Russo,1994)

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
21

FORMAÇÃO O QUE É?

Questões do currículo, da didáctica e do saber


profissional

O Que é ensinar?

Ensinar é ser capaz de fazer com que outros aprendam alguma coisa.

O “alguma coisa” – é o currículo (o conjunto das aprendizagens pretendidas porque


necessárias).

O “aprender dos outros” – é o processo cognitivo do aluno e as suas circunstâncias.

O “fazer com que” – é a opção sobre o como (didáctica) tendo em vista o para quê (finalidade
curricular) e a quem.

QUE É SABER ENSINAR?


O conhecimento profissional

Saber ensinar exige:

- Saber MUITO BEM o que se ensina – conteúdo;

- Saber muito bem como se pode ensinar aquele conteúdo – várias opções didácticas;

- Saber muito bem como aprendem os alunos que queremos ensinar

- Saber muito bem ESCOLHER, CONCEBER e JUSTIFICAR a nossa acção de ensinar –


estratégia e finalidade.

A formação

Se ensinar fosse apenas dar matéria …seria estudando a matéria..

Se ensinar fosse apenas cativar os alunos…seria aprendendo técnicas de motivação...

Se ensinar fosse apenas aplicar teorias …. repetíamos as “boas” teorias…

Se ensinar fosse apenas treino….seria repetindo processos e materiais…

Se ensinar fosse continuar como sempre foi…seria fazendo o que os colegas já faziam…

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Se ensinar é fazer com que alguém aprenda alguma coisa….é preciso MAIS… 22

Saber ensinar e saber melhorar o ensino-formação em contexto

Ensinar – acto complexo e individualizado.

Ensinar – não é apenas tarefa prática ou conjunto de actividades organizadas.

Ensinar requer teorizar a acção, pensar sobre ela, para agir de novo, numa circularidade permanente.

Ensinar e analisar o ensino alimenta-se de MAIS saber – é uma actividade intelectual.

COMO SOBREVIVE, CRESCE OU MORRE O SABER PROFISSIONAL?

Saber profissional constrói-se largamente no contexto de trabalho – COMO SÃO OS NOSSOS


CONTEXTOS a este respeito?

Formação inicial, formal e académica é essencial …mas não cobre a totalidade da construção do saber do
profissional – Quantos professores devolvem à escola formações académicas que adquirem ao longo da
carreira? Quem lho pede ou lho recusa?

A cultura da escola e a cultura dos pares (hábitos, crenças, práticas dominantes) quase sempre dominam a
aquisição de saber pelos indivíduos – QUE ACÇÔES INTERNAS DE CARÀCTER FORMATIVO
OCORREM NA ESCOLA?

Acontece nessa cultura o DESMEMBRAMENTO DO SABER COMPLEXO DE ENSINAR em


parcelas, em modos definitivos ou rotineiros de agir, em esbatimento da análise da acção que se realiza.

IDEIAS (Mal) FEITAS SOBRE A FORMAÇÃO

Formação como pedir a alguém que nos diga como resolver um problema – em lugar de adquirir
saber que nos permita agir (instrumentalidade do saber sem construção pessoal)

Acumular tópicos de formação para cada área ou situação novas – o infindável défice…? (adição
irrelevante de informações, sempre insuficiente ou desactualizada)

Acreditar que o saber que se adquire se “aplica” directamente – mas a acç o é sempre mais
complexa… (aplicacionismo simplificador).

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
23

IDEIAS PODEROSAS SOBRE FORMAÇÃO

Formação como capacitação do formador – saber novo que o torna MAIS CAPAZ de...

Formação como parte central do trabalho quotidiano dos formadores.

Formação como processo de trabalho colectivo e enquadrado na acção.

Formação como construção de novos instrumentos cognitivos para o profissional da formação.

FORMAÇÃO ENQUANTO CONSTRUÇÃO DE SABER NOVO

Partir do que se sabe

Analisar o que se faz

Desmontar os porquês

Levantar mais porquês..

Estudar, analisar e pensar como agir – com outros

Avaliar e ser avaliado pelos e com os pares

FORMAÇÃO ENQUANTO BASE DO TRABALHO DIÁRIO

Cada dia traz questões novas;

Cada tentativa de melhorar precisa de ser discutida com os outros;

Cada aula, cada acção, tarefa – boa ou menos boa…- precisa de ser percebida, avaliada e refeita,
para construir mais saber;

FORMAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO PROF SSIONAL

Afirmação da nossa competência;

Afirmação da qualidade da nossa acção – visível no processo e nos resultados;

Afirmação da nossa indispensabilidade social;

Crescimento do nosso modo de desempenhar a profissão;

Marcação de uma comunidade profissional pelo saber comum que se demonstra;

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Formação 24

 Formação tem a ver com formar, com forma.

 Processo ou conjunto de ações ou de procedimentos que dão forma.

 Processo constitutivo de uma configuração.

 O verbo constituir apresenta-se, amiúde, quando se pensa em formação.

 É dar forma a algo.

 No caso dos seres humanos pode-se e, julgamos que se deva, falar em dar-se uma forma no
conjunto das relações humanas.

“A experiência não é aquilo que nos acontece

É o que fazemos com aquilo que nos acontece"

Aldous Huxley

(Reflexão)

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
A formação é importante em todos os aspectos por exemplo: 25

Tirar melhor rendimento de uma máquina e conhecer novas técnicas e tecnologias de


produção.

Identificar outros métodos de trabalho e de execução de tarefas, enfim, manter os


colaboradores em dia com as novidades na sua área de intervenção diária.

No mundo em que vivemos as mudanças são tantas e tão rápidas que, se o não fizermos, corremos o risco
de ficar obsoletos em pouco tempo.

Por isso a formação é importante, não é importante o modo como se faz, se em sala ou no local de
trabalho.

Há aqui outro ponto que interessa considerar.

Não interessa fazer formação só por fazer, a chamada formação cega.

As necessidades de formação devem ser estudadas e a formação adequada ás necessidades da empresa,


mais ainda, é imperativo que se avalie do impacto que essa formação teve no dia a dia da empresa.

A formação será, então, uma mais-valia, se for enquadrada numa política séria e estruturada, e se todos os
colaboradores estiverem perfeitamente cientes das responsabilidades acrescidas e da melhoria que esta
lhes trás no dia-a-dia.

Desta forma poderemos aliar a arrumação e limpeza, não só à imagem física da empresa mas também à
sua imagem empresarial de rigor, competência e profissionalismo.

Podemos encarar a formação profissional como uma actividade que favorece a evolução global
da personalidade do indivíduo, partindo dos conhecimentos adquiridos e de experiências
vividas, permitindo obter elementos de realização mais completos de si próprio, e uma melhor
adaptação ao meio de inserção, nomeadamente no plano sócio -profissional.

Neste sentido, a formação profissional pode ser considerada como um proce so organizado de educação
graças ao qual as pessoas enriquecem os seus conhecimentos, desenvolvem as suas capacidades e
melhoram as suas atitudes ou comportamentos, aumentando, deste modo, as suas qualificações técnicas
ou profissionais, com vista à felicidade e realização, bem como à participação no desenvolvimento sócio
-económico e cultural da sociedade.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima

2
Trata-se, desta forma, de um processo global e
permanente através do qual os jovens e adultos, a
inserir ou inseridos no mercado de trabalho, se
preparam para o exercício de uma actividade
profissional, cuja síntese e integração
possibilitam a adopção de comportamentos
adequados ao desempenho da profissão.

Mais Formação ou Melhor Formação?

“O que ouço, esqueço; o que vejo, recordo; o que faço, compreendo”

Confúcio

Todos os dias somos bombardeados com a divulgação de medidas para incentivar a sociedade do
conhecimento, a inovação e o empreendedorismo, e com apelos à mobilização nacional no sentido de
preparar o país para o desafio do crescimento inclusivo.

O que se deve fazer é avaliar o desempenho e não os conhecimentos.

É uma ilusão pensar que se pode melhorar o desempenho de uma pessoa pelo simples facto
de este ouvir um professor, ler um texto ou responder a um teste, com
mais ou menos
interactividade e recursos multimédia.

Mas, como dizia John Dewey, o princípio de que a formação é um processo activo de
construção, e não de discurso ou escuta, é tão aceite na teoria como violado a prática.

Esta herança centenária é outro pecado capital.

Por esta razão, quando precisamos de aprender algo de novo pensamos logo em soluções “artificiais”
como centros de formação, cursos e aulas onde um professor nos explica a matéria.

Por norma, nem sequer pensamos nas soluções “naturais” que tão bons resultados deram na nossa
infância e na nossa juventude.

O segredo destas soluções é simples: curiosidade, interesse, motivação e persistência.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima

2
A Formação no 3º Milénio

“Valor e produtividade são, actualmente, efeitos de sistema “

P. Veltz

Se analisarmos o que foi feito nos últimos anos em matéria de formação, em especial nos anos 90,
facilmente se constata que a preocupação central foi o desenvolvimento de competências individuais.

A frase de Veltz, acima reproduzida, traduz o pensamento desses analistas.

Para responder à pergunta, convém analisar as implicações da economia do conhecimento.

Se é verdade que as empresas sempre utilizaram o conhecimento para produzir, também é verdade que as
empresas da economia do conhecimento dependem cada vez mais da criação de conhecimento para se
manterem competitivas.

Se na nova economia as organizações dependem fortemente da criação de conhecimento, então estes


não podem ser um mero recurso humano.

A competitividade das empresas exige que sejam fonte de criação de valor, contribuindo para a criação de
conhecimento.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
28

Formação, o Pecado da Auto-Prescrição

“A imaginação é a única arma na guerra contra a realidade”,

Anónimo

Imagine um país com uma população que apresenta dos indicadores


mais baixos da União Europeia em termos de saúde. Imagine, ainda, que
para resolver esta grave situação se criava um Fundo Social de Saúde
para co-financiar o pagamento dos
medicamentos e dos cuidados de saúde.

Nesse país, os financiamentos são atribuídos à indústria farmacêutica para produzir os


medicamentos, que são distribuídos através das farmácias, assim como às entidades
prestadoras de cuidados de saúde.

Na generalidade dos casos, os medicamentos e os cuidados de saúde são


comparticipados a 100%, havendo mesmo medicamentos e cuidados de saúde que dão direito a
que os utentes recebam um subsídio de saúde em dinheiro.

Os utentes do sistema de saúde, para resolver os seus problemas, em vez de consultar um médico
para diagnosticar a doença e prescrever o tratamento adequado, preferem consultar catálogos de
medicamentos e fazer a sua auto-medicação, com a finalidade de receberem os subsídios de saúde
disponíveis.

Neste sistema, como os subsídios são pagos no final do tratamento, os utentes fazem
como os doentes com bulimia, tomando os medicamentos e deitando-os Este
ora logo a seguir.
país imaginário, felizmente não existe.

Esta caricatura visa, somente, chamar a atenção para uma prática que continua a dominar o mundo
da formação em Portugal.

Em poucas palavras, é o pecado da auto-prescrição. Basta recordar o que se passou no sector da


formação após a adesão á União Europeia, com os apoios do Fundo Social Europeu, para perceber,
apesar do grotesco da caricatura, que há traços comuns.

Senão vejamos. Os financiamentos do Fundo Social Europeu visavam aumentar o baixo nível de
qualificação dos portugueses.

Nesse sentido, foram concedidos avultados apoios financeiros a empresas, entidades formadoras e
formandos.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Nesse contexto de grande disponibilidade de financiamentos, muitas empresas 29
promoveram formação para os seus trabalhadores numa óptica clara de “caça ao
subsídio”, uma prática
que acabou por envolver também entidad s formadoras e
formandos.

Muitas entidades formadoras conceberam e organizaram a sua oferta de formação tendo em


atenção os critérios de financiamento do Fundo Social Europeu, optando por
promoverem as acções mais vantajosas em termos financeiros e não as que eram
necessárias ao crescimento do país.

Para atrair os formandos, a divulgação das acções de formação, através de anúncios na imprensa e de
catálogos, tinha como foco central não os conteúdos da formação mas os subsídios atribuídos aos
formandos.

Em consequência, a procura de formação orientou-se para os subsídios, com muitos jovens e


trabalhadores a tornarem-se “formandos profissionais” frequentando dezenas de
acções para receberem os respectivos subsídios, em alguns casos bem superiores à
remuneração conseguida no exercício das respectivas profissões.

Também nesta situação, tal como acontece com os doentes com bulimia, os formandos recebiam
a formação e esta era “deitada pelo cano” logo que possível.

No entanto, começam a surgir exemplos que traduzem a desejada mudança de paradigma.

A Loja do Cidadão foi um organismo criado para revolucionar os modelos de prestação de serviços
públicos, e é um caso de sucesso reconhecido por todos pela sua excelente qualidade de serviço.

Um dos segredos do sucesso residiu no facto da formação ter sido concebida e ministrada para
sustentar uma estratégia de qualidade de serviço, que não de resumiu, obviamente, à componente
formação.

Perante esta constatação, porque não se abandonam as práticas erradas de levantamento de


necessidades e de auto-prescrição da formação e se adoptam as boas práticas da Loja do Cidadão?

Copiar também pode ser um acto virtuoso.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
30

Se, pela caricatura inicial facilmente se compreendem os malefícios da auto-medicação, porque se


continua a considerar a auto-prescrição da formação como a “norma” a seguir e não como um pecado
capital que constitui um forte obstáculo ao desenvolvimento dos recursos humanos, das organizações
e do país.

Porque não ousar “imaginar” um país com uma população que apresente dos indicadores mais
elevados da União Europeia em termos de qualificações e competências …

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
31

Empregabilidade

O CONCEITO DE EMPREGABILIDADE

Dada a actualidade e importância do termo “ empregabilidade” importa defini-lo. A “ empregabilidade”


pode ser entendida como as acções empreendidas pelas pessoas com o intuito de desenvolverem
capacidades e procurar novos conhecimentos favoráveis que lhes
permita estar ao alcance de uma colocação no mercado de trabalho, s informal. ja ele formal ou
(MINARELLI, 1995,p.37) Poder-se-á afirmar que a questão da passou a ocupar um empregabilidade,
lugar de destaque nos contextos de trabalho, principalmente pela abertura dos desencadeados
mercados mundiais, a chamada gl o balização, pelas
inovações tecnológicas e obviamente pelo necessário reajustamento das empresas e
organizações a esses mercados globais. Deste cenário surgiu o termo empregabilidade, é
necessário enquadrar este conceito numa época de mudança do mercado nacional e
internacional, as empresas
procuram alternativas de modernização aos seus sistemas e
processos produtivos que p ssam por constantes diminuições de pessoal, aposta nas novas
a
tecnologias e aumento da
competências dos seus colaboradores, a condição de ser
empregável é mais do que o spróprio emprego, exigindo que as pessoas tenham maior
capacidade de aprender, estarem mais disponíveis a essa aprendizagem e adaptarem-se à
nova realidade do mercado. Esta transformação do trabalho que não é mais, do que a
chamada empregabilidade deve redireccionar as relações capital/trabalho na era da
informação. As pessoas dev
m procurar novas capacidades e conhecimento para poder fazer
e
frente ao novo contexto, o onhecimento tornou-se assim o principal ingrediente do que se
produz. Gerir esse conhecimento, torna-se a tarefa económica mais importante dos indivíduos e das
empresas. c

Com o aumento exponencial do desemprego verificado actualmente no nosso país, temos de ter uma
preocupação ainda maior de formar os nossos jovens de modo a que consigam lidar
com este panorama e fazer f ce aos desafios que os esperam no mundo do trabalho.

A velha ideia de que poderá existir um único emprego ou profissão para toda a vida, tal como acontecia
há não muito pouco tempo, já não faz mais sentido nos tempos que correm. O sentido de carreira
linear e progressiva numa determinada profissão anteriormente existente na maioria dos casos, tem de ser
abandonada pelos nossos jovens e compreendida pelos seus pais/ família, com o risco de se aumentarem
as consequências e impacto negativos.

De facto e segundo Rui Moura (1996, In Revista Dirigir), “a segurança do emprego típica de uma
sociedade industrial, deixa cada vez mais de ter lugar no sentido estrito da palavra.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Então que fazer para lidar com todos estes problemas do nosso contexto social? Que 32
competências são exigidas pelos nossos empregadores do mercado de trabalho actual?

Antes de mais, devemos ter consciência destas situações e por outro lado, procurar construir não só um
projecto de vida, mas preparar-nos para a sua redefinição constante e por outro,
procurar alargar, sempre que possível, o nosso leque de competências p ssoais, sociais e
profissionais. “A sociedade mudou e hoje, no limiar da sociedade da inform ação, a segurança
faz-se sobretudo de competências múltiplas, isto é, o emprego não está à espera de ninguém-
ele constrói-se por cada q
al numa abordagem contingencial ao merca o.”(Moura, 1996,
Revista Dirigir).
u d
Assim, devemos investir numa formação que se adeque às exigênci s dos possíveis
empregadores, com uma estreita colaboração na definição de perfis profi sionais actuais e futuros.

a
E quais serão as exigências ctuais do mundo do trabalho?

Nos tempos que correm e e termos globais, a maioria das empresas valori a um sconjunto de
competências que vão para além das competências técnicas, mas essencialmente ao nível
a
pessoal e social. Portanto, há que evoluir ao nível também pessoal, valorizan o:

 O desenvolvimento de um pensamento flexível;


z
m
 O contacto com todas as oportunidades de actividades profissionais livres; u lúdicas/ tempos
d
 A alteração de funções como uma oportunidade, ao invés de uma ameaça;

 O desenvolvimento das diferentes áreas da inteligência (emocional, cognitiva, …);


o
 As oportunidades e formação que correspondem aos intere ses e projectos
vocacionais;

 A preparação para a transição de actividade profissional;

 O desenvolvimento da autonomia, capacidade de iniciativa, facili ade relacional e


comunicativa, capacidade de resolução de problemas, capacidade equipa,
de trabalho em
criatividade.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
EMPREGABILIDADE NO CONTEXTO DO MERCADO DE TRABALHO 33
PORTUGUÊS

Natália Alves, defende no seu artigo que se verifica uma preocupação do poder público em explicar os
níveis de desemprego em Portugal, por via exclusiva de ausência de competências de empregabilidade
dos trabalhadores portugueses. Em Portugal a empregabilidade está iminentemente ligada ao
desemprego, mas este fenómeno social não pode ser passível de
interpretação e explicação ú nica e exclusivamente por si, para o desempreg o no panorama do
mercado de trabalho português, outros factores, nomeadamente a fraca capacidade do nosso
sistema educativo que leva a baixos níveis de escolaridade da população activa, baixo
investimento das empresas na formação profissional contínua, que é vista como um custo para as
empresas, formas de organização de trabalho demasiado rígidas, onde não se verifica o apelo ao potencial
humano, privilegio de uma concepção de competir no mercado através de mão-de-obra barata não
qualificada, todos estes factores ajudam a perceber os fracos níveis
de empregabilidade dos port ugueses.

SÍNTESE CONCLUSIVA
Neste contexto torna-se fácil perceber que não podemos colocar a tónica d empregabilidade
em Portugal, apenas e só sob a responsabilidade dos indivíduos, mas outras abordagens a
haverá que considerar, desde logo, a responsabilidade do estado em facultar políticas públicas
que visem melhorar substancialmente o sistema educativo português que nos permita
recuperar dos baixos níveis de escolaridade. Por outro lado é essencial requalificar os empresários
portugueses, o tecido empresarial é maioritariamente constituído por pequenas e médias empresas,
muitas delas mesmo de cariz familiar, onde os empresários têm fracos
recursos habilitacionais e nã estão preparados para a globalização, para as novas tecnologias
e sobretudo para o fundamental
o de competitividade de hoje, que é o capital humano. A
organização das empresas também é outro dos factores que tem influência nos níveis de
empregabilidade, nomeadamente nas estratégias de recursos huma profissional, é
os e formação a
fundamental sensibilizar os empresários portugueses para u formação dos seus
aposta forte na s
colaboradores, só assim conseguirão ser competitiv globais através do conhecimentom
nos mercados or
e inovação. Temos assistido a um esforço
parte do poder
o
político em implementar politicas que contrariem estes dados estatísticos, vejamos! Plano
Tecnológico, Novas Oportunidades, E. Professores, E. Escolas, mas sabe os que não cabe
aos governos gerar empreg , cabe sim proporcionar politicas facilitadores de gerar pemprego
o
junto dos empresários e dos empreendedores. O paradigma do mercado de trabalho mundial alterou, já
não passa somente por uma indústria competitiva, mas concretiza-se fundamentalmente pelo
conhecimento e da forma como o exercitamos nas nossas empresas. Com a entrada do programa QREN
(Quadro de Referência Estratégico Nacional) 2007-2013, Portugal terá mais uma oportunidade de
superar ou minimizar o défice das qualificações da

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
população portuguesa e de vencer aquele que é um dos maiores flagelos da economia 34
portuguesa, o capital humano, uma aposta na formação permanente dos trabalhadores, empresários e na
modernização das empresas, sobretudo no conhecimento e inovação, como determinantes potenciadores
de criação de riqueza será o caminho a percorrer.

Finalmente, cada vez mais caminha-se para a polivalência dos trabalhador s e a necessária
humildade na aprendizagem de novas competências, exigências actuais que permitem aos
indivíduos que as possuem, vingar mais facilmente no mercado de trabalho.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima

35
Ambiente

Educação ambiental

O objectivo geral da educação ambiental é formar cidadãos activos que saibam identificar os problemas e
participar efectivamente de sua solução e prevenção. Que ajudem a conservar o nosso património comum,
natural e cultural; que ajam, organizem-se e lutem por melhorias que favoreçam a sobrevivência das
gerações presentes e futuras da espécie humana e de todas as espécies do planeta, em um mundo mais
justo, saudável e agradável que o a tual. c

Objectivos da Educação Ambiental

Consciência – Adquirir consciência do meio ambiente global e sensibilização para essas questões;

Conhecimento – Vivenciar maior diversidade de experiências e compreensão do meio


ambiente e dos seus problemas;

Atitudes – Adquirir valores sociais, aliados ao interesse pelo ambiente e vontade de participar
activamente em sua melhoria e protecção;

Habilidades – Desenvolver a tidões


p necessárias para resolver problemas ambientais;

Participação – Proporcionar aos grupos sociais e aos indivíduos a possibilida e de participarem


activamente nas tarefas de r solução dos problemas ambientais. d

A educação como prática política

A educação ambiental como prática política deve ser tratada de uma maneira que demonstre
que essa prática não pode ser neutra: isso ficou evidenciado pelos ensinam ntos do professor
Paulo Freire, e mais ainda, pelas acções que inspirou e liderou no Brasil e mundo fora.e

A educação ambiental revela, em tudo, a força da afirmação do grande mestre e agora, quando já
vivenciamos o terceiro milénio, é um capítulo indispensável da educação para a cidadania.
Que fizemos, que fazemos, e o que fazermos com o planeta Terra, já combalido e frágil
património comum da humanidade?

O tema nos convoca para dialogar, na comunidade, em todo e qualquer momento e lugar, nos obrigando
também a agir. Afinal para conseguir e fazer compreender ideias e conceitos, como não existe
neutralidade nesta matéria – é imperativo agir. Omitir-se é uma forma de acção, já que facilita a acção dos
que buscam objectivos diametralmente opostos.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Mais que nunca, unir discurso e prática é inadiável, sob pena de total incoerência. A omissão 36
tem custo e suas consequências são visíveis a
curto prazo. Como a própria
acção, aliás. A
Educação Ambiental, como ta
tas outras áreas,
demonstra exaustivamente que teoria e prática são
indissociáveis; que discursos sem acção revelam
idealismo inconsistente; que acção sem
teoria tem quase sempre consequências
dramáticas.

Mudar o pensamento, a forma de falar e encarar


o ambiente provoca resultad
s imediatamente somente
visíveis, além daqueles que
ficarão
evidenciados longos anos depois. Mudar as possível
acções, sabendo que é gerir de forma responsável e consensual nosso
relacionamento com os recursos naturais – recursos renováveis e não-renováveis – dos quais dispomos a
cada momento, muitas vezes sem lembrar que não se trata de recursos inesgotáveis.

O autor destaca ainda que cada um de nós no seu dia-a-dia interage com o ambiente e
podemos perceber os impactos da acção ou omissão nossa e dos outros, em casa, na escola, nas ruas, no
lazer, no exercício de uma profissão, na atitude individual ou na colectiva, na acção dos dirigentes de
organismos públicos e privados, de empresários e de políticos. Mais
uma vez, na acção e na omissão, se analisarmos bem, pode-se evidenciar o impacto
ambiental.

Discutir a educação ambiental como um dos temas transversais do ensino básico é tarefa que já se
desenvolve em muitos países, inclusive no Brasil, embora ainda de forma não generalizada. É
seguramente um dos caminhos para devolver esperança ao nosso planeta
Terra. Inserindo-se de forma decidida e criativa neste novo mutirão, os profissionais que
actuam no ensino básico resgatam uma dívida permanente que temos com o legado que
recebemos do criador e de nossos antepassados, legado que nos está confiado
provisoriamente e que devemos gerir com cuidado e sabedoria.

O que você pode fazer pelo meio ambiente exercendo sua cidadania

PARTICIPE – Procure fazer contacto ou associar-se a algum grupo ou ONG


(organização não-governamental) ambientalista que actue em seu bairro ou cidade. Se não houver, ou se
preferir, você mesmo pode criar uma ONG. É preciso haver no mínimo umas seis pessoas interessadas,
registar o nome, endereço e o estatuto da associação em cartório. Ou ainda, você e seus amigos podem
“ecologizar” a sua associação de moradores, o condomínio

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
onde mora, o sindicato ou grupo de jovens de sua igreja, o gringo estudantil e outras formas de 37
associações, propondo que incorporem as questões ambientais nas lutas e reivindicações da instituição.
COMPROMETA-SE – Cobre compromisso e acções das entidades ambientalistas já
existentes, assim como dos dirigentes, dos vereadores, dos deputados senadores, dos
prefeitos e governadores nos quais você votou. Escreva ou organize abaixo-assinados e os envie às
autoridades, solicitando o cumprimento da legislação ambiental. Seja criativo e apresente ideias para a
criação de novas leis e medidas de preservação do meio ambiente.
COMUNIQUE-SE – As empresas de comunicação rádios, emissoras de televisão,
imprensa, etc., nem sempre
podem estar com seus repórteres em toda parte, assim sua
participação será sempre bem-vinda. Não tenha receio de se comunicar, desde que sua informação
respeite a ética e a verdade. Vá pessoalmente, telefone, use a Internet, escreva cartas aos veículos de
comunicação, encaminhe denúncias, fotos, registe agressões ao meio ambiente e também sugestões para
solução de problemas ambientais. Nos casos em que, além da denúncia, faz-se necessário mover uma
acção judicial contra os agressores do meio
ambiente, pode-se recorrer aos órgãos públicos da administração municipal, estadual ou
federal.
DÊ O EXEMPLO – Proteste e denuncie sempre que observar lixo sendo colocado em locais
públicos, como praias, margens de rodovias, em terrenos, etc., o que contribui para degradar a paisagem
e contaminar o solo, a água e o ar. Ao ver alguém promovendo
vandalismo, ateando fogo na mata, maltratando árvores ou animais, procure avisar às
autoridades competentes. Incentive a reciclagem de materiais, mesmo que em sua cidade não exista
ainda uma fábrica ou local de tratamento e reciclagem de lixo. Incentive as pessoas de
sua casa, da escola, do bairro, a separar o papel, o plástico, o metal, o vi ro, que pode ser
vendidos e reaproveitados pelas indústrias. Os restos de comida, que é o lixo mesmo, podem ser
transformados em adubo orgânico, excelente para as plantas do jardim ou da horta. Se
toda a comunidade participar da campanha e os homens que recolhem o lixo da área se
organizarem, dá até para fazer uma associação e obter lucro com esta actividade. Procure reduzir e
controlar o seu consumo para evitar o desperdício de água, energia, alimentos e
materiais diversos. Se você ou sua família possui automóvel, mantenha o motor do carro
regulado para economizar combustível e diminuir a poluição. Evite usar automóvel sem
necessidade, dando preferência, sempre que possível, ao uso dos transportes colectivos ou da bicicleta.
Tenha orgulho de dar o seu exemplo de cidadania ecológica na sua comunidade.

- Elabore algumas sugestões para a prática da Educação Ambiental baseando-se na


realidade da sua comunidade.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima

38

Principais Direitos e Deveres do Cidadão

PRINCIPAIS DIREITOS DO CIDADÃO

• Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como condição qualidade de uma melhor
de vida;

• de ser informado sobre o quadro ambiental e sobre a actuação do poder público em sua defesa;

• de receber informações e educação formal e informal;

• de ter áreas especialmente protegidas, para conservação da biodiversidade, por meio da criação de
reservas e estações ecológicas, parques, unidades e áreas de protecção ambiental, etc;

• de obter a reparação aos danos causados ao meio ambiente;

• direito de viver em condições dignas, a partir do oferecimento adequado dos serviços de saúde,
educação, habitação, saneamento básico, alimentação, etc.

PRINCIPAIS DEVERES DO CIDADÃO

• de defender o meio ambiente junto ao Poder Público;

• de preservar o património ambiental;

• de observar a defesa ambiental na condução de qualquer actividade económica;

• de recuperar o ambiente degradado;

• de agir pelas vias legais em situações de ameaça ou danos ao meio ambiente.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
COMO SE ORGANIZAR E AGIR 39

EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE

a) Os cidadãos podem propor novas regras jurídicas.

Desde a promulgação da última Constituição Federal, em


1988, os cidadãos podem, de forma organizada, fazer
propostas para modificações da legislação existente. No entanto, para que isso seja feito, é necessário que
o projecto de lei seja apresentado por, pelo menos, 1% do eleitorado do país; que os requerentes
pertençam a pelo menos, cinco estados diferentes e que, no mínimo, 0,3% dos eleitores de cada um desses
estados assinem a proposta.

Esse é um importante passo para a democratização de nossas instituições, que pressupõem


para o seu funcionamento, um elevado nível de organização da população, além de uma
intensa participação da comunidade interessada.

b) Os cidadãos podem e devem participar junto aos órgãos de defesa ambiental.

A sociedade, uma vez organizada, pode participar directamente de órgãos competentes de defesa
ambiental.

Cabe à sociedade organizada trabalhar junto a seus representantes eleitos, para que sejam criados os
Conselhos Municipais de Defesa do Meio Ambiente, nos quais a representação comunitária deve ser parte
integrante e activamente participante.

c) A participação popular.

Além das acções já citadas, a sociedade pode fazer reivindicações:

• Por meio de um requerimento assinado por pelo menos 50 cidadãos, solicitar a realização de uma
audiência pública para o exame dos Estudos e Relatório de Impactos sobre o Ambiente (EIA- Rima), com
o objectivo de conhecer quais serão as consequências da execução de uma determinada obra em relação
ao meio ambiente natural, social, económico e cultural;

• Por meio do Ministério Público, órgãos ambientais ou associações civis, que tenham um mínimo
de representatividade, com pelo menos um ano de existência e que tenham a defesa
do meio ambiente incluída em seus estatutos, podem propor uma Acção Civil Pública em
defesa do meio ambiente;

• Por meio de uma petição de qualquer pessoa, é possível solicitar informações sobre questões ambientais
nos órgãos públicos, bem como certidão sobre a actuação daquela instituição em relação à defesa
ambiental.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
• Por meio de uma Acção Popular, que tem como objectivo fazer do cidadão um fiscal do Poder 40
Público, solicitar a anulação de actos lesivos ao património público
e responsabilizar
pessoalmente a autoridade responsável.

Educação Ambiental: um exercício de cidadania

Estamos vivendo uma situação de verdadeira emergência, a “Terra ped e socorro”. O ser
humano torna-se cada vez
mais inconsequente nas suas acções que atingem, quase
irreversivelmente, nosso planeta. Furacões, tempestades, enchentes, desmoronamentos são
a em
apenas algumas das diversas consequências que demonstram a triste realid de do planeta
decorrência do desequilíbrio da natureza. Desequilíbrio este, causado pelo próprio homem e
suas atitudes impensadas. Pois, se o mesmo reflectisse ao menos uma vez com seriedade
sobre os últimos acontecimentos, perceberia o disparate de suas ambições que comprometem todo o
processo ambiental.
Tal reflexão precisa ser enc rada
a como uma necessidade vital, a qual só será bem sucedida
através de uma educação conscientizadora. Neste ponto, a escola encontra um papel mais do
que relevante, primordial, formar cidadãos capazes de viver respeitando se ambienteu e lutar
constantemente contra toda equalquer agressão ao ecossistema.
Com esta visão, fica clara a necessidade de sedesenvolver no espaço escolar uma formação
ambiental, onde o aluno po sa desde cedo perceber a real importância de sua participação
juntamente com os professores, colegas, familiares, enfim, todos os interessados em evitar problemas
ambientais e, desta forma, encontrar soluções para transformar essa realidade aqui discutida; tendo este
aluno como um parceiro ambiental, e não como mais um destruidor de seu meio.
Neste âmbito, os Parâmetros Curriculares Nacionais, trabalha com os temas transversais, enfocando a
temática Meio Ambiente e Saúde oferecendo importantes sugestões que favorecem os educadores.
Observa-se que

Como se infere da visão aqui exposta, a principal função do trabalho com o


tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes,
aptos para decidirem e actuarem na realidade sócio- ambiental de um modo
comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade,
local e global. (PCN, 1997, p.29)

Manter um intuito concreto de uma Educação Ambiental, é trabalhar por uma melhoria
completa para a qualidade de vida, estando esta correlacionada a qualidade escolar, na qual deve-se
envolver valores e práticas dentro de uma base estruturada, planejada e não avulsa, sem a devida
seriedade que este tema pede. Onde há de se procurar uma proposta

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
pedagógica que atenda e oportunize ao aluno uma liberdade de expressão, seja qual for sua condição ou 41
sua limitação.

Educação Ambiental: uma proposta inclusiva


Já é bem claro o cenário precário em que se encontra o ambiente natural de
nosso planeta. Assim como, também já se é bem entendido que o principal
caminho para reais e efectivas mudanças, para resoluções dos diversos
problemas que a situação envolve, é, certamente, através de uma educação
ambiental planejada que
busque consciencializar as crianças, que estão aprendendo um novo conceito de harmonia para conviver
com seu ambiente.
Esse processo de consciencialização, de uma educação para o ambiente saudável, deve ser iniciado o mais
depressa possível, não somente atendendo ao público, dito “normal”, mas sua abrangência deve ser
ampliada para todo e qualquer cidadão.
Neste sentido, é necessário uma reflexão sobre o processo educacional em si, afinal tal
processo demonstra muitas falhas em seu contexto regular de ensino, o que se torna gritante ao que se
remete a alunos com determinadas limitações; estes são até mesmo excluídos do convívio escolar.
A respeito deste enfoque, são várias as barreiras, que nos leva a questionamentos de grande importância
social: estamos passando realmente a essência de educação humanista, na qual
não há nenhuma distinção de raça, cor, cultura, deficiência? Como queremos educar as
pessoas se não aceitar as diferenças de algumas?
Para se alcançar uma educação que seja humanista e humanizada, é preciso apresentar aos alunos
acções que sejam exemplo de como conviver de maneira justa e igualitária. Até por
que, todo ser humano pode, de uma forma ou de outra ser acometido de al ou guma imperfeição,
alguma necessidade que nem mesmo nos damos conta por nos consid rarmos “normais”
frente aos paradigmas impostos pela sociedade. “Quando conseguirmos olhar para a pessoa
e e não para a
deficiência, teremos conquistado a etapa mais importante: aceitar ao próximo como ele é, respeitando
suas diferenças individuais. Cada um é como é!” (LEMOS, 2002, p. 39).
Desta forma, é inaceitável q e alguém
u com limitações não faça parte de um desenvolvimento
educacional que visa o bem estar- de um planeta que também é seu. O mesmo pode e deve estar inserido
neste aprendizado, que assim como todas as demais crian as, estará sendo instrumento de
consciencialização ambiental, tendo o direito de aprender a proteger o meio natural em que vive, e do
qual, como todos, necessita.
Nas palavras de Cavalcante, “a inclusão ensina a tolerância para todos os que estão diariamente na escola
e para a comunidade” (CAVALCANTE, 2006, p.36). Com esta visão, pesquisas sobre propostas
pedagógicas vem nos apresentando resultados surpreendentes e favoráveis para a pessoa com deficiência
perante a sociedade.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Resultados estes, que nos mostram a alta capacidade e sensibilidade destas pessoas em 42
trabalharem qualquer assunto com a mais disponibilidade e espontaneidade possível; ao contrário de
crianças do ensino regular que são, muitas vezes, indiferentes, ou criam barreiras em acolher novos
assuntos, novas visões, ou que ainda, não aceitam desenvolver trabalhos a longo prazo.
O ensino inovador com esse público, dito “normal”, pode tornar-se mais difícil ainda quando se tenta
mudar maus hábitos comportamentais diante de situações, algo que é bem mais aceito por pessoas com
deficiência, pois são bem mais desprovidas de preconceitos a novos assuntos.
Sem perceber, as pessoas com deficiência acabam contribuindo imensamente para a melhoria da nossa
sociedade e especificamente o nosso ambiente, no qual se designa esta reflexão. É importante destacar
que essas pessoas precisam de um mediador, um facilitador no ensino- aprendizagem, os quais estejam
convictos de seu papel para potencializar as habilidades adormecidas ou ocultas na pessoa com
deficiência.

Atesta-nos Del Claro que

Deve-se acreditar em seu aluno, deve-se amá-lo e, desta forma,


conduzi-lo à superação de seus obstáculos e limites. Cada dia é uma
vitória, e uma batalha vencida. Quem gosta de viver, gosta de
aprender. Pessoalmente, acredito que não há limites para o saber e a
inclusão vai nos mostrar isso. (DEL CLARO, 2002, p.47)

É provado, desta forma, o valor, a relevância de um investimento no aprendizado de um


cidadão com deficiência.

A pessoa com deficiência tem um papel que pode, certamente, fazer a diferença diante do problema
que o planeta enfrenta.

A educação ambiental de uma forma inclusiva torna-se claramente um caminho proveito e eficaz, de
ganhos inestimáveis, tanto para o aluno com deficiência, quanto para a sociedade e o ambiente que nos
envolve.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
43

SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

Fundamentos de SHST

Trabalho

Acto ou efeito de trabalhar.

Exercício de actividade humana ou intelectual

Pela Constituição de 1976, o trabalho passa a ser visto, não como uma mera fonte de
rendimento ou subsistência, mas reconhece aos trabalhadores, o direito á organização deste trabalho em
condições socialmente dignificantes, promovendo a sua realização pessoal, bem como, a prestação deste
em condições de higiene e segurança. ( artºs 24,59 e 64)

Artigo 24º

Direito à Vida

1) A vida humana é inviolável.

2) Em caso algum haverá pena de morte.

Artigo 59º

Direito à greve

1) É garantido o direito à greve.

2) Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve,


não podendo a lei limitar esse âmbito.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Artigo 64º 44

Saúde

1) Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.

2) O direito à protecção da saúde é realizado pela criação de um serviço nacional de saúde


universal, geral e gratuito, pela criação de condições económicas, sociais e culturais que
garantam a protecção da infância, da juventude e da velhice e pela melhoria sistemática das condições
de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva,

3) Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado:

– Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição


económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação;

– Garantir uma racional e eficiente cobertura médica e hospitalar de todo o país;

– Orientar a sua acção para a socialização da medicina dos sectores médico-


medicamentosos;

– Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina,


articulando-as com o serviço nacional de saúde;

Disciplinar e controlar a produção, a comercialização e o uso dos produtos químicos, biológicos e


farmacêuticos e outros meios de tratamento e diagnóstico escolar e popular a ainda pelo desenvolvimento
da educação sanitária do povo.

A segurança é na sua ampla acepção, um conceito substancialmente unido ao do ser humano,


individualmente ou socialmente considerado

Historicamente a Prevenção de acidentes e doenças profissionais evoluiu de uma forma


crescente, englobando um número cada vez maior de factores e actividades desde as
primeiras acções de reparação de danos (lesões) até um conceito mais amplo onde se buscou a prevenção
de todas as situações geradoras de efeitos indesejados para o trabalho.

O seu desenvolvimento e evolução circunscrevem-se ao progresso humano com a mesma relevância de


outros aspectos que são facetas do mesmo poliedro, tais como, a ecologia, o bem-estar social, a
estabilização das pressões sociais, em suma:

a qualidade de vida em todas as suas componentes e circunstâncias.

A segurança dos locais de trabalho constitui a primeira preocupação social que impulsionou a criação de
legislação laboral.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
A higiene e segurança no trabalho é uma actividade pluridisciplinar, que tem por objectivo limitar ou 45
eliminar os riscos que possam conduzir a acidentes de trabalho ou doenças profissionais.

CONCEITOS

• Perigo:

- Fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ou ferimentos para o corpo
humano ou danos para a saúde, o património, para o ambiente, ou um a combinação destes.

• Risco:

- Combinação da probabilidade e das consequências de um determinado


acontecimento perigoso

• Risco Aceitável:

- Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela organização, tomando em atenção
as obrigações legais e a sua própria política de SST

• Quase Acidente:

- Acidente em que não ocorram quaisquer danos para a saúde, ferimentos, danos materiais ou
qualquer outra perda

• Acidente:

- Acontecimento não planeado no qual a acção ou a reacção de um objecto, substância, individuo


ou radiação, resulta num dano pessoal ou na probabilidade de tal ocorrência

O Que é A higiene, segurança e saúde do trabalho?

Higiene e Segurança do Trabalho

É uma actividade pluridisciplinar que tem por objectivo, limitar, reduzir ou eliminar riscos que
possam conduzir a acidentes de trabalho ou doenças profissionais.

Qualquer actividade tem inerente um determinado risco que podem provocar Acidente de trabalho
e doença profissional.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Factores de risco 46

Iluminação
Movimentação de cargas
Incêndios/explosões
Ambiente Térmico
Riscos Eléctricos
Armazenagens
Atmosfera Contaminada
Ruído e Vibrações

Riscos Profissionais

Riscos Ambientais
Riscos de Operação
Riscos Ergonómicos

Outros Riscos

Stress Profissional

Riscos Ambientais

Estão associados à existência de agentes agressivos do


ambiente que envolve os postos de trabalho, os quais
Agente químico: gases, vapores, fumos aerossóis, fumos

Agente físico: ruído, vibrações, iluminação

Agente biológico: vírus, bactérias, etc. podem ser de origem, química, física ou biológica.

Riscos de Operação

Estão relacionados com as actividades desenvolvidas e são essencialmente os riscos inerentes


à utilização de máquinas e ferramentas, manuseamento de substâncias perigosas,
movimentação de cargas, manual ou mecanismos, etc.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
47

Riscos Ergonómicos

Aparecem associados à inadaptação do posto de trabalho ao homem.

CAUSAS DE ACIDENTES

• Instalações:

- Projecto deficiente

- Má construção e montagem

- Manutenção inadequada

- Modificações do equipamento incompatíveis com o projecto

Alguns tópicos para uma política de SHST:

Promover e assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável

Reconhecer a segurança do trabalho como parte influente do organização desempenho da

Comprometer-se no cumprimento da legislação em SHST

Proteger instalações e equipamentos de modo a assegurar condições de segurança

Incentivar todos os colaboradores a zelarem pela segurança sua e dos colegas

Alocar todos os recursos financeiros e humanos necessários à implementação do sistema


de gestão de gestão de prevenção

Nenhuma situação de urgência será subscrita se puser em perigo a sua integridade ou a de


alguém

Promover acções de formação para que todos possam ser envolvidos e o sistema
comprometido

Procurar rever e melhorar sempre o sistema

Minimizar os riscos para pessoas e ambiente que possam advir das suas actividades

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Princípios Gerais de Prevenção: 48

Eliminação de risco

Avaliação de riscos

Combater os riscos na origem

Adaptação do trabalho ao homem

Atender ao estado de evolução da técnica

Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso

Organização do trabalho

Prioridade da protecção colectiva face à protecção individual

Informação e formação

Objectivos:

Reduzir os índices de sinistralidade

Reduzir o índice de frequência em 10% ao ano

Diminuir os custos indirectos dos acidentes

Diminuir os custos indirectos em 5% em dois anos

Eliminar os acidentes de quedas em um ano

Obter ganhos de produtividade com a melhoria das condições de trabalho

Melhorar a imagem da empresa em relação aos acidentes de trabalho

A prevenção de segurança como actividade multidisciplinar resulta da necessidade de correcção de


um certo numero de situações de insegurança, bem como dum conjunto de acções preventivas

Na tomada de decisão é importante desmistificar o estigma de que os investimentos em


segurança não são produtivos

1.- Redução de custos

2.- Função desejável e imprescindível ao bem estar e à produtividade da empresa

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
49

Obrigações Gerais do Empregador

O empregador é obrigado tacitamente a estabelecer uma política de prevenção na empresa


devidamente programada e planificada, dotada de meios permitindo aos trabalhadores dispor de
instruções sobre as situações em que devam cessar a sua actividade em caso de perigo grave e eminente.

Para tais efeitos, o empregador tem que ter em conta os seguintes


princípios de prevenção:

Identificar os riscos aquando da concepção das instalações, dos locais de trabalho e processos de trabalho,
combatê-los, anulá-los ou limitá-los;

Princípios de Prevenção

Avaliar os riscos integrando-os no conjunto das actividades e ad ptar medidas de


prevenção;
Assegurar que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos não
constituem um risco para a saúde dos trabalhadores;
Planificar a prevenção;
Organizar os meios para aplicação das medidas de prevenção tendo em consideração a evolução
da técnica
Dar prioridade à prevenção colectiva em detrimento da protecção individual;
Organizar o trabalho, eliminar os efeitos do trabalho monótono e do trabalho cadenciado;
Estabelecer as medidas que devem ser adoptadas em matéria de primeiros socorros,
de combate a incêndios e de evacuação dos trabalhadores e
identificação dos
responsáveis pela sua aplicação;
Assegurar a vigilância da saúde;
Limitar o acesso a zonas de risco grave, apenas permitindo o acesso a trabalhadores com
aptidão e formação adequada
Cooperarem entre si quando várias entidades desenvolvam simultaneamente
actividades no mesmo local.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima

5
Factor humano da segurança

Relações Humanas

Atitudes Psicológicas perante os acidentes de trabalho

Motivação

Sensibilização às Causas de Insegurança

Formação Profissional

Tipos de Riscos Analisados

Riscos Tecnológicos

(libertação de nuvens tóxicas, incêndios e explosões, derrames de hidrocarbonetos)

Riscos Naturais

(sismos, inundações)

Riscos Sociais

(intrusão e roubo; ameaça de bomba)

Reparação de Acidentes de Trabalho – Prestações

Em dinheiro:

Indemnizações por incapacidade temporária para o trabalhador;

Indemnizações por incapacidade permanente;

Pensões aos familiares da vítima;

Despesas de funeral no caso de morte.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
51

Saúde no trabalho

Situações de Risco

1.- Alterações Cardio-Respiratórias

2.- Choque

3.- Envenenamento/Intoxicação

4.- Hemorragias

5.- Feridas

6.- Queimaduras

7.- Irritações Cutâneas

8.- Lesões pelo ambiente quente / Frio

9.- Fracturas e Traumatismos

10.- Alterações de Conhecimento

Ao conjunto de metodologias de higiene e segurança que são aplicadas por uma organização no seu dia-
a-dia de trabalho sem seguir qualquer procedimento (ou norma) ou formal (escrito) chamam-se “ Boas
Práticas” e estas dividem-se em dois eixos:

Organizacionais
Individuais

Exemplos:

Organizacionais:

Obrigatoriedade de uso de EPI’s

Limpeza dos locais de trabalho

Arrumação dos locais de trabalho

Rotatividade de empregados expostos a certos riscos

Permissão de pausas curtas e frequentes em certas tarefas

Ventilação

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Aquisição de meios auxiliares de elevação 52

Registo de acidentes

Investigação de acidentes

Exemplos:

Individuais:

Utilização correcta do mecanismo corporal na movimentação manual de cargas

Utilização de EPI em locais não obrigatórios

Higiene pessoal, após execução de tarefas de manuseamento de produtos químicos

Arrumação e limpeza do seu posto de trabalho

Desligar sempre uma máquina antes de executar qualquer tarefa

Rotatividade e substituição de colegas por iniciativa própria

Princípios Gerais de Prevenção

Visam:

Eliminar os Riscos
Avaliar os Riscos
Combater os riscos na origem
Adaptar o trabalho ao homem
Atender ao estado de evolução da técnica
Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso Integrar a
prevenção num todo coerente
Protecção colectiva face à protecção individual
A formação e a informação

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
53

Saúde

“A promoção da Saúde é o processo que permite capacitar as pessoas a melhorar e a aumentar o


controle sobre a sua saúde (e seus determinantes – sobretudo, comportamentais, psicossociais e
ambientais) ” (Carta de Otawa, 1986).

A Carta de Bangkok para a promoção da saúde num mundo globalizado (2005) parte dos valores,
princípios e estratégias de intervenção estabelecidas na Carta de Otawa, complementando-a. Com a
promoção da saúde, surge a noção da “saúde como um recurso” e de esta ser um “empreendimento
colectivo”.

Torna-se, portanto, necessário o estabelecimento de parcerias funcionais, de alianças e redes fortes para
a promoção da saúde, que incluam os sectores público e privado e outros grupos da sociedade civil, para
além daqueles já tradicionalmente envolvidos na intervenção em saúde, de modo a criar massa crítica
para a promoção da saúde em diferentes settings (escolas, locais de trabalho, locais de recriação e lazer,
estabelecimentos de saúde, prisões, etc.).

“A saúde é um direito fundamental e essencial para o desenvolvimento social e económico. A


promoção da saúde é cada vez mais reconhecida como um elemento essencial para o
desenvolvimento da saúde. É um processo para permitir que as pessoas tenham maior
controlo sobre
a sua saúde e para melhorá-la”
in Declaração de Jacarta., 1997

O conceito moderno de promoção da saúde desenvolveu-se fundamentalme te nos últimos 30


anos, como reacção à crescente mediatização da vida social com fracos impactos sobre as condições
de saúde.

Em 1974 no Canadá, o Relatório Lalonde “A new perspective on the health of Canadians” marca
o movimento moderno da promoção da saúde, sendo o primeiro documento oficial a
usar o conceito e a colocá-lo como prioridade nas políticas de saúde. O Relatório define
promoção da saúde como “informar, influenciar e apoiar indivíduos e organizações para que assumam
maiores responsabilidades e sejam mais activos em matéria de saúde”.

Considerando quatro determinantes de saúde/doença,

 Biologia: genes, idade, sexo


 Ambiente: físico – ar, água, radiações, agentes infecciosos; e social e económico – pobreza,
classe social, emprego, educação, desigualdades

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
 Estilos de Vida: álcool, tabaco, drogas, nutrição, exercício, atitudes sexuais 54
 Serviços de Saúde: acesso, equidade, serviços, saúde pública, medicamentos, cuidados
primários...

... o Relatório Lalonde propôs 23 medidas exclusivamente relacionadas com factores específicos de
estilos de vida: dieta, tabaco, álcool, drogas, comportamento sexual.

Em 1978 a Declaração de Alma Ata estabeleceu o entendimento da saúde no


desenvolvimento, a inter-sectorialidade e a responsabilização do Estado – mediante a adopção de medidas
sanitárias e sociais adequadas – e da sociedade pelas consequências das políticas públicas sobre a saúde.

A Declaração de Alma Ata “reafirma enfaticamente que a saúde – estado de completo bem- estar físico,
mental e social, e não simplesmente a ausência de doença – é um direito humano fundamental (...) cuja
realização requer, para além do sector da saúde, a acção de muitos outros sectores sociais e económicos”.

Considerada a principal referência da promoção da saúde em todo o mundo, a Carta de Ottawa


define Promoção de Saúde como “o processo que visa aumentar a capacidade dos
indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, no sentido de a melhorar”,
reforçando a responsabilidade e os direitos dos indivíduos e da comunidade pela sua própria saúde.

A Carta de Ottawa assume a definição do conceito de saúde da OMS (1947) “saúde é o estado de
mais completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade”, reforçando o
facto de que a saúde “é o maior recurso para o desenvolvimento social, económico e pessoal, assim como
uma importante dimensão da qualidade de vida”.

Constituindo-se como uma estratégia da promoção de saúde, a OMS (1968) define Educação para a
Saúde como “uma acção exercida sobre os indivíduos no sentido de modificarem os seus
comportamentos, adquirirem e conservarem hábitos saudáveis, aprenderem a usar os serviços de saúde de
forma criteriosa e estarem capacitados para a tomada de decisões que implicam a melhoria do seu estado
de saúde”.

Paul Buss (1999) refere que “a informação, a educação e a comunicação inter-pessoal, assim como a
comunicação de massas através dos Media, têm sido reconhecidas como ferramentas importantes que
fazem parte da promoção da saúde de indivíduos e da comunidade”.

A comunicação da saúde como estratégia de promoção da saúde global. A informação sobre a saúde
divulgada através dos meios de comunicação de massas pode “contribuir para um melhor entendimento
das causas da saúde e para a construção de um discurso político e

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
reivindicatório consistente e persuasivo que mobilize e reforce a acção da comunidade na 55
afirmação dos seus direitos e no seu confronto com o Estado” (Buss, 1999).

O Relatório “Por uma Política de Comunicação para a Promoção da Saúde na América Latina”, da
Organização Pan-americana da Saúde (Restepro e Alfonso, OPS/UNESCO, 1993), define a Comunicação
em Saúde como “uma estratégia para partilhar conhecimentos e práticas que possam contribuir para a
conquista de melhores condições de saúde, incluindo não apenas a
disponibilização de informação mas também de elementos de educ ção, persuasão,
mobilização da opinião pública, participação social e promoção de audiências chave.

Determinantes de Saúde e Promoção para a saúde uma abordagem para a melhoria do


estado de saúde das populações

Os estudos epidemiológicos revelam que uma grande parte dos problemas de saúde causadores de morte e
morbilidade estão relacionados com o estilo de vida, no qual se incluem os comportamentos de saúde.
Entre as condutas nocivas para a saúde estão o consumo de drogas (tabaco, álcool e drogas psicotrópicas);
o sedentarismo; a alimentação desregrada (excesso de gorduras inadequadas e hidratos de carbono,
defeito de fibras e vitaminas) e insuficiente (em termos quantitativos).

Se o estado de saúde está directamente relacionada com os comportamentos das pessoas


devemos procurar as vias
mais adequadas para promover a adopção de comportamentos
saudáveis ou alteração de
condutas prejudiciais. Para isso é necessário compreender os
factores determinantes dos estilos de vida das pessoas. Segundo Mendoza, Pérez, e Foguet (1994), os
estilos de vida estão relacionados com uma complexa constelação e interacção de factores biológicos,
psicológicos, micro e macrosocias e ambientais.

Este esquema para além de dar uma ideia da complexidade da etiologia dos comportamentos humanos,
releva a necessidade de actuar globalmente, em todas as esferas, sistemas e sub- sistemas da vida humana,
para se obterem mudanças de comportamento efectivas, sustentáveis e duradoiras.

Uma via para intervir nas várias esferas da vida das pessoas no sentido de promover a adopção de
comportamentos saudáveis é a Educação para a Saúde.

Está actualmente demonstrado que muitos problemas de saúde estão relacionados com o estilo de vida
das mesmas, no qual se incluem os comportamentos de saúde. Uma das vias para promover a
adopção/modificação de comportamentos é a Educação para a Saúde. A Educação para a Saúde, pelo
impacto positivo que pode ter na saúde das pessoas, deve ser um direito de todos os cidadãos em qualquer
fase da sua vida, conforme está reconhecido na carta de Ottawa (WHO, 1986). Deve começar na
família, continuar em todas as fases do

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
sistema de ensino (desde o básico até ao universitário), prolongar-se no local de trabalho, na 56
comunidade, nos média, etc., promovendo e reforçando as politicas de promoção da saúde.

A promoção para a saúde através da educação para a saúde constitui uma estratégia chave de
actuação sobre os determinantes da saúde de modo a favorecer e reforçar
s hábitos de vida
saudáveis.

No entanto esta acção não pode ser isolada e nem deve ser ao cargo de uma única instituição
ou entidade. A mesma deve ser fruto da conjugação de esforço inter e intra o
nstitucional, onde
envolvimento e participação comunitária é crucial.

Educação para a Saúde

A saúde é um conceito positivo, um recurso quotidiano que implica “um estado completo de bem-
estar físico, social e mental e não apenas a ausência de doença e/ou enfermidade (OMS, 1993).
Dentro desta perspectiva, a Educação para a Saúde deve ter como finalidade a preservação da saúde
individual e colectiva.

Em contexto escolar, Educar para a Saúde consiste em dotar as crianças e os jovens de


conhecimentos, atitudes e
valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões
adequadas à sua saúde e ao tal bem-estar físico, social e mental.

A ausência de informação incapacita e/ou dificulta a tomada de decisão. Daí, a importância da


abordagem da Educação para a Saúde em meio escolar.

O PAPEL DOS PROMOTORES DE SAÚDE

As sociedades modernas têm revelado uma preocupação crescente com o conceito emergente de “risco”,
em particular aqueles que são causados pelos determinantes tecnológicos e pelos estilos de vida
patogénicos. O termo “risco” adquiriu uma nova proeminência nas sociedades
ocidentais, constituindo-se, hoje em dia, como um constructo cultural centra (Douglas, 1990).
O discurso do risco faz constantemente títulos na imprensa e constitui-se, cada vez mais, como objecto
das campanhas de promoção de saúde (Rice & Atkin, 1989).

No âmbito da saúde pública, o “discurso do risco” pode ser considerado sob duas perspectivas
específicas e peculiares. Uma delas percepciona o risco como um perigo lat nte para a saúde
das populações, derivado das questões ambientais, como sejam a poluição, os resíduos nucleares e os
resíduos químicos tóxicos. Nesta conceptualização, o risco é visto como externo, em relação ao qual o
indivíduo exerce pouco controlo. A segunda perspectiva, pelo
contrário, focaliza o risco como sendo uma consequência das escolhas dos indivíduos
relativamente aos estilos de vida, colocando a ênfase no auto-controlo pessoal. Neste sentido, o risco é
percepcionado como internamente imposto, podendo ser considerado em função da

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
capacidade de gestão cognitivo-emocional da self individual. Assim, os indivíduos seriam exortados pelas 57
autoridades de promoção de saúde a avaliar o risco de sucumbir à doença e, nessa medida, alterar o seu
comportamento no sentido de a evitar (Lupton, 1995).

Uma terceira conceptualização, menos comum, refere-se mais especificamente a grupos sociais que a
indivíduos, entendendo-se que, um determinado grupo está “em risco” quando não tem uma
acessibilidade satisfatória aos cuidados de saúde. Nesta linha de análise, o risco é percepcionado como
uma forma de desvantagem social.

Na verdade, nos domínios da saúde pública e da promoção da saúde, o termo “risco” é


constantemente utilizado como sinónimo de perigo.

Em resposta às previsões epidemiológicas do risco, os textos de saúde pública e de promoção de saúde


identificam, comummente, determinados grupos na população que requerem particular atenção da
comunidade. O documento «Saúde em Portugal» ao tecer objectivos para a saúde em Portugal como
«Uma estratégia para o virar do século», é um exemplo
paradigmático, entre muitos outros, na medida em que nesse documento se estabelecem
metas de acordo com as necessidades de cada um dos subgrupos específicos da população portuguesa
considerados como estando “em risco” (Ministério da Saúde, 1999).

No seio do conceito de promoção de saúde, conforme tem sido referenciado, objectiva-se o desenho de
intervenções que têm como alvo factores comportamentais de risco associados a comportamentos
patogénicos dos indivíduos. Estas intervenções têm dois níveis básicos de actuação que consistem
essencialmente em, por um lado, informar as pessoas sobre os meios de redução dos riscos
comportamentais e, por outro promover mudanças sociais e ambientais na comunidade que facilitem
essas mesmas mudanças (Kolbe, 1986).

As políticas de promoção da saúde envolvem a implementação estratégica de programas de educação para


a saúde. Todavia, estes programas devem ter em conta a investigação básica sobre as condutas de saúde,
sendo a sua eficácia incrementada quando se mobilizam os conhecimentos recolhidos no terreno da
investigação básica sobre as condutas de saúde dos indivíduos. Assim, o conhecimento acerca do papel
que jogam as crenças e atitudes pessoais,
as normas e/ou as redes sociais, deve orientar intrinsecamente o desenvolvimento das
políticas sociais que suportam a implementação desses mesmos programas.

Segundo Spacapan e Oskamp (1987), as estratégias de educação para a saúde podem


desenvolver- se de acordo com distintos níveis de actuação individual, grupal ou comunitário e
incluem, desde campanhas
nos meios de comunicação social, até intervenções directas e
pessoais.

No que respeita à eficácia destas intervenções, esta pode ser incrementada, segundo Kolbe (1986) de
cinco formas:

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
1) Desenvolvendo teorias e modelos que mobilizem intervenções eficazes; 58

2) Focalizando as intervenções em condutas prioritárias, decidindo por aquelas com maior


incidência sobre a saúde da população;

3) Centrando--se em populações de alto risco;

4) Analisando as políticas que influenciam as condutas de saúde; e

5) Combinando intervenções para obter efeitos complementares ou sinérgicos.

A concepção actual das campanhas de promoção de saúde induz, por vezes, a manipulação psicológica
através do apelo às emoções, medos, ansiedades e sentimentos de culpabilidade,
no sentido de persuadir o maior número de sujeitos na população-alvo. De notar que, na
frequentemente se focalizam noção central de risco, em torno da qual são construídas
imagens de inevitabilidade associadas ao recrutamento do medo, na consequência de uma atitude
patogénica.

DeJong e Winsten, citados por Lupton (1995), referem que a vasta literatura disponível
considera que, a elaboração de uma campanha se traduz nos seguintes princípios:

(1) Definir um problema de saúde como preocupação prioritária ao nível do público em geral;
(2) Incrementar o conhecimento e mudar crenças que impeçam a adopção de comportamentos e atitudes
que visem a promoção da saúde;

(3) Motivar a mudança, demonstrando os benefícios pessoais e sociais do comportamento desejado;

(4) Ensinar novas capacidades ao nível do comportamento, demonstrando como as diversas barreiras
poderão ser ultrapassadas ensinando técnicas de auto-gestão, de modo a alcançar uma mudança
sustentada; e

(5) Fornecer apoios para a manutenção da mudança, incentivando a comunicação


interpessoal.

Como tal, para que uma campanha seja considerada eficaz deverá persuadir e captar a atenção da
população alvo, de tal forma que, toda a informação prestada seja compreendida
de modo contínuo e sistemático, objectivando a curto e a longo prazo a mudança de
comportamentos individuais sociais e comunitários (Piotrow, Kincaid,Rimon & Rinehart, 1997). A
investigação que visa o incremento da eficácia dos programas de promoção para a saúde deve, por um
lado, dirigir- se a populações de alto risco e grupos minoritários e, por outro, desenhar intervenções
específicas que tenham em conta as necessidades e características culturais destas populações.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Uma estratégia chave na divulgação destas campanhas continua a ser a utilização dos mass media por 59
abrangerem públicos-alvo alargados. Assim, são utilizados princípios e doutrinas da publicidade
comercial para promover a preocupação com os riscos para a saúde e encorajar
uma subsequente mudança de comportamentos. Uma campanha de promoção de saúde conceptualizada como
através dos mass media é uma sessão de educação para a saúde
subjacente à premissa de que os promotores de saúde se encontram a “comunicar saúde”.

A adopção das técnicas de publicidade comercial pelos promotores da saúde, assenta


essencialmente na crença
de que publicitar nos mass media é um meio efectivo de
propaganda, capaz de persuadir as audiências a adoptar comportamentos salutogénicos ou a
abandonar práticas lesivas para a saúde. Os textos de promoção de saúde encontram-se
repletos de asserções respeitantes à importância da adopção de uma linguagem apropriada e
de estratégias de discurso que permitem atingir esse objectivo, sublinhando formas mais
efectivas de atingir as campanhas de comunicação de saúde, através de uma cuidadosa
definição dos públicos-alvo ou da segmentação das audiências. A ignorância, a apatia e
iliteracia do público em geral, constituem, ainda, uma feroz barreira que tem que ser ultrapassada
(Lupton, 1995; Rodgers, 1999).

Os mass media parecem, contudo, constituir importantes fontes de informação,


percepcionadas pelos doentes como credíveis, actualizadas e valiosas. No entanto, a informação
divulgada através dos meios de comunicação mais populares é normalmente considerada, tanto pelos
profissionais de saúde como pela comunidade científica, como pouco credível, viciada e desajustada.
Principalmente porque os documentos científicos são
recrutados arbitrariamente e transformados, enviesando a realidade de acordo com as
pressões editoriais competitivas.

Como tal, partilhando responsabilidades, os cientistas, os profissionais de saúde e os


jornalistas, devem, colectiva e proactivamente, desempenhar um papel significativo como
comunicadores de temáticas de saúde, modelando e reforçando o significado “leigo” da ciência e da
medicina.

Para que se possam reforçar mudanças efectivas de estilos de vida saudáveis, a segmentos alargados da
população, urge a necessidade de promover o diálogo entre a comunidade científica, os mass media e as
Pessoas, com a finalidade de incrementar os benefícios deste “jogo a três mãos”, nos terrenos da saúde.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
61

CIDADANIA E EMPREGABILIDADE

Exercícios de Reflexão

Quem Sou Eu?


I
De forma a reflectir sobre a sua experiência de vida, é importante que, em primeiro lugar, consiga reflectir sobre si, sobre quem é e

Procure, assim, reflectir sobre quem é, caracterizando-se tendo em conta alguns papéis sociais que desempenha na sua vida (ex.: cid

Enquanto Cidadão/ã, considero que sou….

Enquanto considero que sou …

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Enquanto considero que sou …

62

Enquanto considero que sou …

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
63

II

Relate uma situação na sua vi a pessoal, em que a sua intervenção tenha sido importante para resolver um problema.
d

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
64

DICIONÁRIO AMBIENTAL
A
Aeração - Reoxigenação da água com ajuda do ar. A taxa de oxigénio dissolvido, expressa em
% de saturação, é uma característica representativa de certa massa de água e de seu grau de poluição.
Para restituir a uma água poluída a taxa de oxigénio dissolvido ou para alimentar o
processo de biodegradação das matérias orgânicas consumidoras de oxigéni , é preciso
favorecer o contacto da água e do ar.
A aeração pode também ter por fim a eliminação de um gás dissolvido na água: ácido
carbónico, hidrogénio sulfurado.
Adutora - Tubulação normalmente sem derivações que liga a captação ao tratamento da água, ou o
tratamento à rede de distribuição.
Afluente ou Tributário - Qualquer curso d'água que desagua em outro maior, ou num lago, ou lagoa.
Agenda 21 - Plano de metas voltado para os desafios do século XXI (daí seu nome). Traçado pelos
governos mundiais, tem como base a definição de um programa que inclui a criação de mecanismos de
financiamento para projectos de preservação ambiental e de transferência de tecnologias e ainda o
estabelecimento de normas jurídicas para a protecção da biosfera.
Água - Forma líquida do composto químico H2O. A água é essencial para a vida.
Água capilar - Humidade líquida presa entre grãos de solo, seja por atracção electrostática entre as
moléculas minerais e da água, seja por forças osmóticas.
Aguaceiro - Chuva pesada e intensa que cai repentinamente. Associada ao verão e aos cúmulos-
nimbos.
Água-cinza - Termo geral para água servida, doméstica, que não contém contaminação de esgoto
ou fecal. Um exemplo de água-cinza é o efluente de máquinas de lavar roupa.
Água conata - água que foi captada nos espaços porosos de rochas sedimentares desde a época em
que os sedimentos originais foram depositados.
Água de captação - Qualquer rio, lago ou oceano em que a água servida tratada ou não- tratada
é finalmente descarregada.
Água de esgoto - Corrente de água servida que é drenada de um pátio de fazenda, de um monte
de escória ou de uma rua.
Águas interiores - As águas que ocupam as reentrâncias do litoral, como, as baías, abras,
recôncavos, enseadas, etc.
Água de mineração - 1) água salgada ou pasta aquosa contendo os materiais minerais
dissolvidos ou sólidos que são extraídos durante o processo de mineração fluida
2) Água retirada de recursos subterrâneos.
Água de reposição - água requerida para substituir a usada num sistema ou perdida por ele. A água de
reposição inclui a usada para substituir a água que escoa de um sistema de irrigação e, mais
comummente, aquela perdida numa torre de refrigeração usada na geração de energia.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Água de superfície - Ocorrência de água na superfície da terra. 65
Água de tempestade - Volume de escoamento de fluxo de água subterrânea, de fluxo de rio,
atribuído a um evento de tempestade.
Água doce - água que contém muito pouco sal (menos de 0,05 por cento), em comparação com a
água salobra (que tem entre 0,05 e 3 por cento), como a dos rios, lagos e lagoas.
Água do mar - A água salina do oceano. Os componentes dissolvidos da água do mar montam a uma
média de 34 partes por mil medidas por peso.
Água doméstica - Fonte de água disponível para uso doméstico e geralmente distribuída por um
sistema de tubulações.
Água dura - água subterrânea com sais minerais dissolvidos, geralmente carbonato de cálcio (ou uma
combinação de cálcio e magnésio). A água dura não espuma bem com sabão, forma depósitos (escama,
CaC03 ou MgCO) em chaleiras e tanques de água quente, e, em casos mais extremos, pode entupir as
tubulações, formando depósitos de cálcio nos canos de água. O tratamento com amaciantes de água
remove grande parte do cálcio e do magnésio por meio
da troca de iões. Comummente, a água dura é misturada com cloreto de sódi sódio (sal de mesa); o de
"amacia" a água, substituindo grande parte do cálcio durante o process troca de iões.
Água freática - água que ocupa os vãos dentro de uma rocha ou solo num nível abaixo do lençol
de água.
Água gravitacional - água que se move através do solo sob a influencia da gravidade. Um solo
não pode se tornar saturado até que a água gravitacional tenha assentado.
Água juvenil - água que é quimicamente derivada do magma durante o processo de formação mineral.
A água juvenil nunca circulou no cicIo da água.
Água-marinha - Pedra semipreciosa azul, constituída pelo minério berilo. O berilo é um silicato de
alumínio e de berílio que forma cristais hexagonais nos pegmatitos.
Água meteórica - água recentemente derivada de processos atmosféricos
(chuva, neve, saraiva).
Água pesada - água que contém grande proporção de moléculas como o isótopo de deutério de
hidrogénio em vez do hidrogénio comum (escrito como D2O ou HDO). Tais moléculas são encontradas
em quantidades muito pequenas na água comum. A água pesada, também chamada de óxido de
deutério, e usada como um moderador em alguns reactores nucleares. Água potável - Termo que
descreve a água que e segura e palatável para consumo humano. Água receptora - Qualquer rio, lago
ou oceano em que a água servida tratada ou não-tratada é descarregada.
Água-régia - Mistura de acido clorídrico e acido nítrico concentrado numa proporção de 3 para 1 por
volume de HCl para HNO3, a água-régia (que significa água real) é um oxidante muito poderoso e
suficientemente forte para dissolver todos os metais, inclusive o ouro e a platina.
Água salgada - Água que contém concentrações significativas de sal (acima de 3 por cento), como a
encontrada nos oceanos.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Água salgada quente - Corpo de água de nascente que é aquecida geotermicamente, sendo, portanto, 66
rica em minerais dissolvidos.
Água servida - 1) Termo geral aplicado ao vazamento de água de um reserv tório.
2) Termo geral para o efluente de um sistema de esgoto residencial ou municipal.
Água servida in natura - Lixo aquoso civil ou industrial que não passou por purificação ou
tratamento.
Águas interestaduais - Termo aplicado a rios e vertentes ou bacias de captação que se situam
dentro de dois ou mais limites políticos estaduais.
Água subsuperficial - Termo que se aplica a toda água abaixo da superfície da terra, nas formas
sólida, líquida ou gasosa. A água subsuperficial inclui a do solo, do fundo de rocha e da litosfera..
Água subterrânea - Toda a água que está contida nos espaços porosos de rochas e no solo abaixo da
elevação do lençol freático.
Água vadosa - Ver ÁGUA FREÁTICA.
Auto depuração da água - Processo natural de purificação da água, que reduz a poluição
orgânica. Por exemplo, há espécies de plantas aquáticas que absorvem poluentes.
Alcalinidade da água - Qualidade da água em neutralizar compostos ácidos, em virtude da
presença de bicarbonatos, hidróxidos, boratos, silicatos e fosfatos.
Esgotos são alcalinos, por receberem materiais de uso doméstico com estas aracterísticas.
Aquífero - Formação porosa (camada ou estrato) de rocha permeável, areia ou cascalho, capaz de
armazenar e fornecer quantidades significativas de água.
Amazónia Legal - Toda a região da bacia amazónica, incluindo parte do nort de Mato
Grosso, de Minas Gerais, de Goiás, do Tocantins e do oeste do Maranhão, segundo fixado em lei.
Anaeróbico - Organismo que não necessita de oxigénio.
Áreas naturais de protecção - Essas áreas são protegidas para fins de manutenção de
biodiversidade, pesquisas científicas e conservação de ecossistemas. No Brasil, são divididas em
Unidades de Conservação, todas protegidas por leis, e que são as seguintes:
· Áreas naturais tombadas - áreas ou monumentos naturais cuja conservação é de interesse público,
por seu valor ambiental, arqueológico, geológico, histórico, turístico ou paisagístico.
Podem ser instituídas em terras públicas ou privadas.
· Áreas de protecção ambiental - áreas voltadas para a conservação da vida silvestre, os recursos
naturais e a manutenção de bancos genéticos, além da preservação da qualidade de vida dos habitantes
da área. A ocupação acontece por meio de zoneamento ambiental pelo
poder político, juntamente com universidades e ONG’s. Podem ser federais o estaduais.
· Áreas de relevante interesse ecológico - Apresentam os mesmos objectivos que as anteriores,
com a particularidade de que nestas últimas a extensão territorial é sempre menor, mas as restrições às
actividades humanas são sempre maiores. Podem ser federais, estaduais ou municipais.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
67
Área sob protecção especial - A protecção especial é uma primeira instância de
preservação de áreas ou bens, que após estudos mais detalhados podem ter seu status ampliado. São
definidas por resolução federal, estadual ou municipal, em áreas de domínio público ou privado.
· Estações ecológicas - áreas representativas de ecossistemas naturais destinadas a pesquisas
ecológicas, protecção do meio ambiente e desenvolvimento de uma educação voltada para o
preservacionismo.
Precisam Ter no mínimo 90% de sua área destinada à conservação integral do ecossistema. Podem ser
criadas pela União, estados ou municípios.
· Parques - áreas de extensão considerável, pertencentes ao poder público, com grande variedade
de espécies e habitats de interesse científico, educacional ou recreativo. Devem estar abertos à
visitação pública. Podem ser criados pelo governo federal ou pelos estados.
· Reservas biológicas - áreas de tamanhos variados cuja característica básica é conter
ecossistemas ou comunidades frágeis, em terras de domínio público e fechadas à visitação pública.
Podem ser declaradas pela União ou pelos estados.
· Reservas florestais - áreas de grande extensão territorial, inabitadas, de difícil acesso e ainda em
estado natural. Devem ser protegidas até que se estabeleça seu status e se proceda a sua inclusão em
outra categoria de Unidade de Conservação.
Área contaminada - área onde há comprovadamente poluição causada por quaisquer substâncias ou
resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados, e que
determina impactos negativos sobre os bens a proteger.
Área degradada - área onde há a ocorrência de alterações negativas das suas propriedades físicas, tais
como sua estrutura ou grau de capacidade, a perda de matéria devido à erosão e a alteração de
características químicas, devido a processos como a salinização, lixiviação, deposição ácida e a
introdução de poluentes.
Área de protecção ambiental (APA) - Categoria de unidade de conservação cujo objectivo é
conservar a diversidade de ambientes, de espécies, de processos naturais e do património natural,
visando a melhoria da qualidade de vida, através da manutenção das actividades socioeconómicas da
região. Esta proposta deve envolver, necessariamente, um trabalho de gestão integrada com participação
do Poder Público e dos diversos sectores da comunidade. Pública ou privada, é determinada por decreto
federal, estadual ou municipal, para que nela seja discriminado o uso do solo e evitada a degradação dos
ecossistemas sob interferência humana.
Área de relevante interesse ecológico (ARIE) - É declarada por ato do Poder Público e
possui características extraordinárias ou abriga exemplares raros da biota regional, com,
preferencialmente, superfície inferior a cinco mil hectares.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
68
Aterro sanitário - Aterro para lixo residencial urbano com pré-requisitos de ordem sanitária e
ambiental. Deve ser construído de acordo com técnicas definidas, como: impermeabilização do solo para
que o chorume não atinja os lençóis freáticos, contaminando as águas; sistema de drenagem para
chorume, que deve ser retirado do aterro sanitário e depositado em lagoa próxima que tenha essa
finalidade específica, vedada ao público; sistema de drenagem de tubos para os gases, principalmente o
gás carbónico, o gás metano e o gás sulfídrico, pois, se isso não for feito, o terreno fica sujeito a
explosões e deslizamentos.

B
Bacia hidrográfica - Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. A noção de
bacias hidrográfica inclui naturalmente a existência de cabeceiras ou nascentes, divisores d'água, cursos
d'água principais, afluentes, subafluentes, etc. Em todas as bacias hidrográficas deve existir uma
hierarquização na rede hídrica e a água se escoa normalmente dos pontos mais altos para os mais
baixos. O conceito de bacia hidrográfica deve incluir também noção de dinamismo, por causa das
modificações que ocorrem nas linhas divisórias de água sob o efeito dos agentes erosivos, alargando ou
diminuindo a área da bacia.
Bacia de Captação - Mais de que o rio, lago ou reservatório de onde se retira a água para consumo,
compreende também toda a região onde ocorre o escoamento e a captação dessas águas na natureza.
(Fonte: Rede AIPA)
Bacia de Drenagem - área de captação que recolhe e drena toda a água da chuva e a conduz para um
corpo d'água (por exemplo, um rio), que depois leva ao mar ou um lago.
Bacia Hidrográfica ou Bacia Fluvial - Conjunto de terras, rios e seus afluentes, que forma uma
unidade territorial. Em alguns casos, usa-se como sinónimo a palavra vale. Por exemplo: Vale do Rio
São Francisco ou Bacia do Rio São Francisco.
Bactérias - Espécies vivam microscópicas, caracterizadas por uma estrutura celular sem núcleo
definido, que existem no ar, água, animais e plantas. Há as que ajudam na decomposição de
matéria orgânica.
Barragem - Construção para regular o curso de rios, usada para prevenir enchentes, aproveitar a força
das águas como fonte de energia ou para fins turísticos. Sua construção pode trazer problemas
ambientais, como no caso de grandes hidroeléctricas, por submergir terras férteis, muitas vezes
cobertas por importantes florestas, e/ou por desalojar populações que vivem na área.
Biota - Conjunto de fauna e flora, de água ou de terra, de qualquer área ou região, que não considera
os elementos do meio ambiente.
Bloom - Proliferação de algas e/ou outras plantas aquáticas na superfície de lagos ou lagoas. [Os blooms
são muitas vezes estimulados pelo enriquecimento de fósforo advindo da lixiviação das lavouras e
despejos de lixo e esgotos].

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
69
C
Cabeceira ou Nascente - Local onde nasce o rio, ou curso d'água. Nem sempre é um ponto bem
definido, constituindo às vezes toda uma área. Isso se nota, por exemplo, na dificuldade em determinar
onde nasce o rio principal, como é o caso da definição das cabeceiras do Rio Amazonas.
Calha - Vales ou sulcos por onde correm as águas de um rio.
Captação da água - Conjunto de estruturas montadas para retirar água dos mananciais, para
abastecimento público ou outros fins.
Carga poluidora - Quando se fala de recursos hídricos, é a quantidade de poluentes que atingem
os corpos d'água, prejudicando seu uso. Medida em DBO e DBQ.
Chorume - Líquido venenoso que se forma na decomposição do lixo, podendo contaminar o
ambiente, se não houver cuidados especiais.
Chuva ácida - Chuva contaminada por poluentes atmosféricos, como os óxidos sulfúricos (de enxofre)
e nítricos (de nitrogénio), emitidos por exemplo pelas chaminés das indústrias e escapamentos de
automóveis. As gotas contaminadas (PH mais baixo) penet am no solo, envenenando-o, o que causa a
morte de florestas. Também contaminam rios, lagos e corroem elementos como mármore, ameaçando
patrimónios artísticos e arquitectónicos. A chuva ácida pode cair longe das fontes de poluição, já que o
vento carrega os poluentes atmosféricos.
Ciclo Hidrológico - Movimento da água através do ecossistema. O ciclo dep nde da
capacidade de a água estar presente nas formas líquida e gasosa. O ciclo tem quatro fases: evaporação,
condensação, precipitação e deflúvio.
Classe de águas - Classificação da qualidade da água dos rios, mares e outros corpos d'água. No
Brasil, a Resolução 20/86, do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, define cinco classes
para as águas doces, e determina que tipo de uso pode se fazer da água, em cada caso (de consumo
humano à navegação). No caso de águas salobras (com 0,5 a 30% de salinidade) e salinas (salinidade
acima de 30% de salinidade) a Resolução estabelece duas classes para cada uma.
Corpo d'água - Rio, lago, ou reservatório.
Córrego - Pequeno riacho, ou afluente de um rio maior.
Coliforme Fecal - Organismo humano trato intestinal humano (e de outros animais), cuja
ocorrência serve como índice de poluição.
CONAMA - Sigla de Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Contaminação da água - Contaminação de águas correntes devido às crescentes descargas de
resíduos procedentes de indústrias e de águas servidas; poluição da água.
Contaminação do Mar - Deterioramento das águas marinhas, como vazamentos de petroleiros,
experiencias nucleares, lixo, esgotos, etc.; poluição do mar, poluição marinha, poluição marítima.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Contaminação por Óleo - Contaminação geralmente das águas continentais marinhas ou subterrâneas 70
por óleo ou produtos análogos aos óleos minerais [Um litro de ó eo em 1 milhão de litros de água veta o
seu consumo pois ela deixa de ser potável].
Controle Ambiental - Acção pública, oficial ou privada, destinada a orientar, corrigir e fiscalizar
actividades que afectam ou possam afectar o meio ambiente; gestão ambiental.

D
Degradação Ambiental - Alteração poluidora, degradante do meio ambiente.
Deflúvio - Escoamento superficial da água. Aproximadamente um sexto da precipitação numa
determinada área escoa como deflúvio. O restante evapora ou penetra no solo. Os deflúvios agrícolas,
das estradas e de outras actividades humanas podem ser uma importante fonte de poluição da água.
Desenvolvimento sustentado - Modelo de desenvolvimento que leva em consideração, além dos
factores económicos, aqueles de carácter social ecológico, assim como as disponibilidades dos recursos
vivos e inanimados, as vantagens e os inconvenientes, a curto, médio e longo prazos, de outros tipos de
acção. Tese defendida a partir do teórico indiano Anil Agarwal, pela qual não pode haver
desenvolvimento que não seja harmónico com o meio ambiente. Assim, o desenvolvimento sustentado
que no Brasil tem sido defendido mais intensamente, é um tipo de desenvolvimento que satisfaz as
necessidades económicas do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras; Segundo
definição em 1987 da Comissão Brutland, da ONU, no relatório "Nosso futuro comum", é o
desenvolvimento social, económico e cultural que atende às exigências do presente sem comprometer as
necessidades das gerações futuras.
Para os países pobres, de acordo com o relatório "Nossa própria agenda", da Comissão de
Desenvolvimento e Meio Ambiente da América Latina e do Caribe, o
desenvolvimento sustentado é essencialmente a satisfação das necessidades básicas da população,
sobretudo dos grupos de baixa renda, que chegam a mais de 75% do continente.

E
Educação ambiental - Processo por meio dos quais o indivíduo e a colectividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
(art.1º, Lei Federal nº 9.795, de 27/4/99).
Efeito residual - Tempo de permanência de um produto químico, biologicamente activo nos
alimentos, no solo, no ar e na água, podendo trazer implicações de ordem toxicológica.
Efluente - Substância líquida, com predominância de água, contendo moléculas orgânicas e
inorgânicas das substâncias que não se precipitam por gravidade.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
71
Erosão - Desgaste do solo devido ao vento, à chuva, ou a outras forças da natureza. A erosão pode ser
acelerada pela agricultura, excesso de pastagem, actividade madeireira e construção de estradas.
Estuário - Foz de um rio ou baía, onde se misturam a água doce do rio e a água salgada do mar. Os
estuários são importantes por se constituírem num dos mais diversificados ecossistemas.
Esgotos - Resíduos líquidos, divididos, pelos técnicos, em quatro tipos:
1- Esgotos domésticos, que contém matéria fecal e águas servidas, resultantes de banho, lavagem
de roupa e louças,
2- Despejos ou efluentes industriais, que compreendem resíduos orgânicos (por exemplo, de indústrias
alimentícias ou matadouros), ou inorgânicas, podendo conter materiais tóxicos;
3- Águas pluviais (da chuva);
4- Águas do subsolo, que se infiltram no sistema de esgotos.
Eutroficação - Processo de alterações físicas, químicas e biológicas de águas paradas ou represadas,
associado ao enriquecimento de nutrientes, matéria orgânica e minerais; é o envelhecimento precoce da
água de lagos e reservatórios, que afecta a transparência da água, o nível de clorofila, a concentração de
fósforo, a quantidade de vegetais flutuantes, o oxigénio dissolvido, e leva à alteração do equilíbrio das
espécies animais e vegetais. [O mesmo que eutrifização e trofização nítrica]
Eutrófico - Diz-se do meio aquático rico em sais, que são neutros.
Eutrofização - Aumento de nutrientes (como fosfatos) nos corpos d'água, resultando na proliferação
de algas podendo levar a um desequilíbrio ambiental a ponto de provocar à morte lenta do meio
aquático. A eutrofização acelerada é problemática, porque resulta na retirada de oxigénio da água,
matando os peixes ou outras formas de vida aquática não-vegetais.

F
Floração das águas - Fenómeno em que um grande número de algas, num corpo d'água, interfere
em outras formas de vida, devido, principalmente, ao consumo do O2 dissolvido na água. Esse
fenómeno pode ser causado pela eutrofização.
Flotação - Processo de elevação de partículas existentes na água, por meio de aeração, insuflação,
produtos químicos, electrólise, calor ou decomposição bacteriana, e respectiva remoção.
Floração de algas - Proliferação ou explosão sazonal da biomassa de fitoplâncton como
consequência do enriquecimento de nutrientes em uma massa aquática, o que conduz, entre outros
efeitos, a uma perda de transparência, à coloração e à presença de odor e sabor nas águas.
Fluoretação - Adição de flúor (à água) sob forma de fluoretos para prevenir a cárie dentária, à razão
de 0,5 a 1 mg/l de flúor.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Fonte - Lugar onde brotam ou nascem águas. A fonte é um manancial de água, que resulta da infiltração 72
das águas nas camadas permeáveis, havendo diversos tipos como: artesianas, termais etc...
Fossa negra - É uma fossa séptica, uma escavação sem revestimento intern onde os
dejectos caem no terreno, parte se infiltrando e parte sendo decomposta na superfície de fundo. Não
existe nenhum deflúvio. São dispositivos perigosos que só devem ser empregados em último caso.
Fossa seca - São escavações, cujas paredes são revestidas de tábuas não aparelhadas com o fundo em
terreno natural e cobertas na altura do piso por uma laje onde é instalado um vaso sanitário.
Fossa séptica - Câmara subterrânea de cimento ou alvenaria, onde são acumulados os esgotos de
um ou vários prédios e onde os mesmos são digeridos por bactérias aeróbias e
anaeróbias. Processada essa digestão, resulta o líquido efluente que deve se rede ou dirigido a uma
sumidouro.
"Unidade de sedimentação e digestão de fluxo horizontal e funcionamento contínuo, destinado ao
tratamento primário dos esgotos sanitários" (Decreto nº 533, de 16.01.76).
Foz - Ponto mais baixo no limite de um sistema de drenagem (desembocadura). Extremidade onde o
rio descarrega suas águas no mar.
"Boca de descarga de um rio. Este desaguamento pode ser feito num lago, numa lagoa, no mar ou mesmo
num outro rio. A forma da foz pode ser classificada em dois tipos: estuário e delta". Fundo Nacional
do Meio Ambiente - Fundo criado pela Lei nº 7.797, de 10.07.89, e regulamentado pelo Decreto nº
98.161, de 21.09.89, para o desenvolvimento de projectos ambientais nas áreas de Unidades de
Conservação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, educação ambiental, manejo florestal, controle
ambiental, desenvolvimento institucional e aproveitamento sustentável da flora e da fauna. Seus recursos
provêm de dotações orçamentárias, doações de pessoas físicas e jurídicas, além e de outros que lhe
venham a ser destinados por lei.

G
Gestão integrada - É a combinação de processos, procedimentos e práticas adoptadas por uma
organização para implementar suas políticas e atingir seus objectivos de forma mais eficiente do que
através de múltiplos sistemas de gestão.
Na integração de elementos de sistemas de gestão, considerando-se as dimensões qualidade, meio
ambiente, saúde e segurança no trabalho, temos a congregação das normas ISO 9001, ISO 14001, e
OSHAS 18001.
Geologia - Ciência que estuda a origem, estrutura, formação e as sucessivas transformações da Terra e
da evolução do mundo inorgânico.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
73

H
Hidrófilo - I. Diz-se de ou planta adaptada à vida na água ou em ambientes encharcados. II.
Que gosta de água. III. Que absorve bem a água. IV. Que é polinizado pela á ua.

I
Impacto Ambiental - Alteração provocada ou induzida pelo homem, com efeito temporário ou
permanente das propriedades físicas, químicas e biológicas.
Intemperismo - Processo pelo qual as rochas, ao sofrerem a acção da chuva, do sol, do vento e de
organismos vivos, vão se transformando, até chegarem a minúsculas partículas, invisíveis a olho nu e
que formam as argilas.
Ilha - Porções relativamente pequenas de terra emersa circundada de água doce ou salgada. Ilha fluvial
- É aquela que é circundada apenas por água doce, aparecendo no leito de um rio. Inundação - É o
efeito de fenómenos meteorológicos, tais como chuvas, ciclones e degelo, que causam acumulações
temporárias de água, em terrenos que se caracterizam por deficiência de drenagem, o que impede o
desagúe acelerado desses volumes.

ISO série 14000 - Conjunto de normas internacionais que tem por objectivo p over as organizações
dos elementos de um sistema de gestão ambiental, possível de integração com outros requisitos de
gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar seus objectivos ambientais e económicos. ISO 14001 - Sistema
de gestão ambiental, especificação e directrizes de uso, e ISO 14004 - Sistemas de gestão ambiental -
Directrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.

J
Jusante - Uma área ou um ponto que fica abaixo de outro ao se considerar uma corrente fluvial
ou tubulação na direcção da foz, do final. O contrário de montante.

L
Lago - Depressões do solo produzidas por causas diversas e cheias de águas confinadas, mais ou menos
tranquilas, pois dependem da área ocupada pelas mesmas. As formas, as profundidades e as extensões
dos lagos são muito variáveis. Geralmente, são alimentados por um ou mais 'rios afluentes'. Possuem
também 'rios emissários', o que evita seu transbordamento.
Lago oligotrófico - Lago ou represamento pobre em nutrientes, caracterizad por baixa
quantidade de algas planctônicas.
Lagoa - Depressão de formas variadas, principalmente tendente a circulares, de profundidades pequenas
e cheias de água salgada ou doce. As lagoas podem ser definidas como lagos de

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
pequena extensão e profundidade (...) Muito comum é reservarmos a denomi ação 'lagoa' para 74
as lagunas situadas nas bordas litorâneas que possuem ligação com o oceano.
Lagoa aerada - Lagoa de tratamento de água residuária artificial ou natural, em que a aeração
mecânica ou por ar difuso é usada para suprir a maior parte de oxigénio necessário.
Lagoa aeróbica - Lagoa de oxidação em que o processo biológico de tratamento é predominantemente
aeróbio. Estas lagoas têm sua actividade baseada na simbiose entre algas e bactérias. Estas decompõem a
matéria orgânica produzindo gás carbónico, nitratos e fosfatos que nutrem as algas, que pela acção da luz
solar transformam o gás carbónico em hidratos de carbono, libertando oxigénio que é utilizado de novo
pelas bactérias e assim por diante.
Lagoa anaeróbica - Lagoa de oxidação em que o processo biológico é predominantemente
anaeróbio. Nestas lagoas, a estabilização não conta com o curso do oxigénio dissolvido, de maneira
que os organismos existentes têm de remover o oxigénio dos compostos das águas residuárias, a fim
de retirar a energia para sobreviverem. É um processo que a rigor não se pode distinguir daquele que
tem lugar nos tanques sépticos.
Licença Ambiental - Certificado expedido pela CECA ou por delegação desta, pela FEEMA, a
requerimento do interessado, atestatório de que, do ponto de vista da protecção do meio ambiente, o
empreendimento ou actividade está em condições de ter prosseguimento. Tem sua vigência subordinada
ao estrito cumprimento das condições de sua expedição. São tipos de licença: Licença Prévia (LP),
Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO)" (Del.
CECA nº 03, de 28.12.77).
Lixiviação - Processo que sofrem as rochas e solos, ao serem lavados pela água das chuvas (...) Nas
regiões intepropicais de clima húmido os solos tornam-se estéreis com poucos anos de uso, devido, em
grande parte, aos efeitos da lixiviação. A lixiviação também ocorre em vazadouros e aterros de
resíduos, quando são dissolvidos e carreados certos poluentes ali presentes para os corpos d'água
superficiais e subterrâneos.
Lodo - Mistura de água, terra e matéria orgânica, formada no solo pelas chuvas ou no fundo dos
mares, lagos, estuários etc.

M
Manancial - Qualquer corpo d'água, superficial ou subterrâneo, utilizado para abastecimento
humano, industrial, animal ou irrigação.
Manguezal - Ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e aquático sujeito a regime
das marés.
Matéria em suspensão - Em sentido estrito, matéria sólida que flutua na água (ou em outro meio) por
ter peso específico similar ao do meio, sendo arrastada por ele. No caso em que a matéria sólida seja mais
leve que a água, e por isso fluente sobre ela, é chamada matéria flutuante, se trata de matéria sólida que,
após certo período de flutuação, acaba fundindo-se ao solo, chama-se matéria submergida.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Marketing verde - Processo através do qual a economia sustentável é integrada à sociedade, atraindo 75
clientes de forma a atender às suas necessidades bem como aos objectivos da organização, tornando
perene sua existência.
Mata ciliar - É o conjunto da flora existente à beira de um rio, córrego ou espelho d'água.
Também conhecido como floresta ciliar.
Metais pesados - Grupo de metais de peso atómico relativamente alto. Alguns - como zinco e ferro -
são necessários ao corpo humano, em pequeníssimas concentrações. Outros - como chumbo, mercúrio,
cromo e cádmio - são, em geral, tóxicos aos animais e às plantas, mesmo em baixas concentrações.
Meio Ambiente - A totalidade dos factores fisiográficos (solo, água, floresta, relevo, geologia,
paisagem, e factores meteoroclimáticos) mais os factores psicossociais inerentes à natureza humana
(comportamento, bem-estar, estado de espírito, trabalho, saúde, alimentação, etc.) somados aos factores
sociológicos, como cultura, civilidade, convivência, o respeito, a paz, etc; ambiente.
Montante - Um lugar situado acima de outro, tomando-se em consideração a corrente fluvial que
passa na região. O relevo de montante é, por conseguinte, aquele que está mais próximo das cabeceiras
de um curso d'água, enquanto o de jusante está mais próximo da foz.

N
Nível da água subterrânea - Limite superior da zona saturada, do solo ou aquífero.
Nerítico - Zona de água do mar que cobre a plataforma continental.
Níuston - Organismos minúsculos que flutuam na camada superficial da água.

O
Osmose - Fenómeno produzido quando, duas substâncias liquidas ou dissolvidas, com
concentrações desiguais e separadas por membrana semipermeável, atravessam-na e se misturam.
Osnose resersa - Processo de separação de poluentes por meio de membranas
semipermeáveis.
Olho d'água, nascente - Local onde se verifica o aparecimento de água por afloramento do lençol
freático (Resolução nº 04, de 18.09.85, do CONAMA).
Onda cheia - Elevação do nível das águas de um rio até o pico e subsequente recessão, causada por
um período de precipitação, fusão das neves, ruptura da barragem ou liberação de água por central
eléctrica
.
P
Poluente - Substância. meio ou agente que provoque, directa ou indirectame forma
te qualquer
de poluição.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Poluição - É qualquer interferência danosa nos processos de transmissão de energia em um 76
ecossistema. Pode ser também definida como um conjunto de factores limitantes de interesse especial
para o Homem, constituídos de substâncias nocivas (poluentes) que, uma vez introduzidas no ambiente,
podem ser efectiva ou potencialmente prejudiciais ao Homem ou ao uso que ele faz de seu habitat;
Efeito produzido por um agente poluidor num ecossistema.
Plâncton - Conjunto dos seres vivos que flutuam sem actividades nas massas de água de lagos ou de
oceanos. A parte vegetal é chamada fitoplâncton e ocorre até onde chegam os
raios de sol (cerca de 100 metros de profundidade, dependendo da altitude). parte da fauna é
chamada zooplâncton e é formada basicamente de minúsculos crustáceos. O plâncton é a principal
reserva alimentar dos ecossistemas marinhos.

Q
Qualidade da água - Características químicas, físicas e biológicas, relaciona as com o seu
uso para um determinado fim. A mesma água pode ser de boa qualidade para um determinado
fim e de má qualidade para outro, dependendo de suas características e das
xigências
requeridas pelo uso específico.

R
Recarga artificial - Processo de aumentar o fornecimento natural de água a um aquífero
bombeando água para dentro dele através de perfurações ou para dentro de captação
acias de
que drenam a água para dentro do aquífero.
Reciclar - Colectar e processar um recurso de modo que ele possa ser transformado em novos produtos,
como recuperar garrafas ou latas de alumínio para processá-las em novas garrafas ou latas. A reciclagem
difere da reutilização por envolver processamento; reutilizar significa usar um recurso novamente em sua
forma original, como na lavagem e reutilização de um contentor.
Recife - Proeminência ou massa de rochas ou de coral (ou de um banco de areia estendido) junto à
superfície do oceano.

S
SA 8000 - A SA 8000 regulamenta questões referentes ao trabalho infantil, ao trabalho forçado, à saúde
e à segurança, à liberdade de sindicalização e o direito de negociação colectiva, à discriminação, às
práticas disciplinares, às horas de trabalho, à remuneração, ao sistema de gestão de responsabilidade
social, etc.
Sua certificação constitui a materialização de um consenso ético-normativo sobre a responsabilidade
social das empresas, sob as prerrogativas da Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas. A
responsabilidade dessa iniciativa partiu do "CEPA - Council on Economic Priorities Agency (Conselho da
Agência de Prioridades Económicas dos EUA) ", e representa um novo padrão de certificação que,
embora recente, já é conhecido mundialmente.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Saneamento - Realização de disposições municipais direccionados à renovação de bairros, 77
melhoria do traçado das ruas, colocação de esgotos e água encanada, drena Limpeza
em de pântanos.
de rios e valas, etc; saneamento básico.
Salinidade - Medida de concentração de sais minerais dissolvidos na água.
Salinização - Degradação de terras férteis causada pelo sal. A salinização das terras agrícolas é comum
em áreas que dependem de irrigação: a evaporação superficial retira sais do solo e das pedras do subsolo,
sendo que a redução das águas subterrâneas aumenta o percentual de minerais e sais na água armazenada.
Sedimentação - Acúmulo de solo e/ou partículas minerais no leito de um corpo d'água. Em geral, esse
acúmulo é causado pela erosão de solos próximos, ou pelo movimento vagaroso de um corpo d'água,
como ocorre quando um rio é representado para formar um reservatório.
Sumidoro - Em hidrologia - Cavidade, em forma de funil, na superfície do sol , que se
comunica com o sistema de drenagem subterrânea, em regiões calcárias, causada pela dissolução da
rocha. Em engenharia sanitária - Poço destinado a receber o efluente da fossa séptica e permitir sua
infiltração subterrânea.

T
Tratamento de água - É o conjunto de acções destinado a alterar as características físicas e ou
químicas e ou biológicas da água, de modo a satisfazer o padrão de potabilidade adoptado pela
autoridade competente.
Tratamento de lixo - Procedimento destinado à redução e eliminação, ou, ao contrário, à elaboração e
ao aproveitamento dos produtos residuais, provenientes da indústria, do comércio e de residências;
eliminação de lixo.

V
Voçoroca - Processo erosivo subterrâneo. causado por infiltração de águas pluviais, através de
desmoronamento e que se manifesta por grandes fendas na superfície do terreno afectado, especialmente
quando este é de encosta e carece de cobertura vegetal.
Vazão - Volume fluído que passa, na unidade de tempo, através de uma superfície (como
exemplo, a secção transversal de um curso d'água).
Vazão ecológica - Vazão que se deve garantir a jusante de uma estrutura de armazenagem
(barragem) ou captação (tomada de água), para que se mantenham as condições ecológicas naturais de
um rio.
Vertedor - Dispositivo utilizado para controlar e medir pequenas vazões de líquidos em canais abertos.
Fonte: Universidade da Água

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
78
RAP DA CIDADANIA
(fonte: Youtube)
Liberdade, Igualdade
Fica nessa meu irmão
Moradia, mais trabalho, mais saúde, educação Eu
agora me apresento:
Sou Zé Fisco Cidadão

Liberdade, Igualdade
Fica nessa minha irmã
Seja firme, seja forte
Tenha sempre a mente sã Eu
agora me apresento:
Sou a Cida Cidadã

Esse é o Rap da Cidadania


Que fala em igualdade, liberdade e fraternidade
Em terra, pão, trabalho, saúde, moradia e educação

Em direitos e deveres
Em paixão e dignidade
Em alegria no coração

Liberdade, Liberdade
Abre as asas sobre nós
Nas lutas, nas tempestades Até
que ouçamos sua voz

Venha nessa, venha logo


Minha amiga, meu irmão
Bem na crista dessa onda
Cidadão é cidadão

Este livro é a Constituição A


Bíblia da Cidadania
Aqui estão escritos todos os direitos e deveres dos povos, Seja
pobre, seja rico,
Seja preto, seja branco

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
79
Homens, mulheres,
Crianças ou adultos, todos são iguais perante o que está escrito neste livro.

Neste livro está a garantia de saúde, escola, moradia, liberdade e igualdade para todos, mas…
…como bem sabemos, existe uma distância enorme entre o que está escrito Porque
a realidade:
tanto cidadão vive na pior
Sem ter condições de uma vida digna e tranquila Me
responde a essa,
Cidadã Cida!

Ora Zé Fisco
Porque alguns cidadãos
Só querem ter direitos e não deveres
E isso acaba prejudicando outros cidadãos

Além do mais, a cidadania não cai do céu…é uma conquista


Assim como um super herói faz das suas façanhas uma maneira de conquistar o que quer… O cidadão
tem que lutar para fazer valer o que está na lei

A lei é feita para todos


Tem mais é que ser cumprida Se
a lei for respeitada,
Fica bem melhor a vida

É isso mesmo Zé Fisco


Se todos lutassem pelos seus direitos e cumprissem seus deveres Por
certo teriam muito melhor
Buscar direitos e cumprir deveres
É fundamental para que todos vivam bem

Por falar em babaquice, acho que está na hora de conferir um rap que fala sobre isso

Um rap sobre os babacas que pensam que são espertos, mas só prejudicam a si e á toda a população:

O Babaca é aquele que não é um cidadão Que


suja as paredes
E que quebra o orelhão (cabine telefónica)

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Isso aí não é protesto É 80
burrice meu irmão

O Babaca é aquele que deixa a vida passar Que


não age e não luta
Para o mundo melhorar…
O Babaca é aquele que não quer participar!

O Babaca é aquele que sonega a nação Que


não paga seus impostos
Esse aí, é um ladrão
Põe no bolso o que é para o bem do cidadão…

- Viram só, o rap disse bem, babaquice é não lutar pelos seus direitos e não cumprir seus deveres.
Gostei de ver Zé fisco…babaquice é quebrar o orelhão e “enfeiar” a cidade pichando (sujando)
paredes…
Babaquice é não pagar os tributos (impostos)
Tributos? Estava com essa pergunta na ponta da língua, o que é isso mesmo, hein Zé Fisco?

- Ora Cidadã Cida, tributo é uma quantia em dinheiro que o cidadão paga ao poder público. Juntando os
tributos de quem deve pagar, o Estado fica com dinheiro para investir no bem- estar da sociedade, em
saúde, educação, moradia, segurança, estradas e saneamento básico…em resumo: o Estado fica com
dinheiro para investir naquilo que todos precisam para se ter uma vida bem melhor…

Liberdade, Igualdade
Fica nessa meu irmão
Moradia, mais trabalho, mais saúde, educação Eu
agora me despeço:
Sou Zé Fisco Cidadão

Liberdade, Igualdade
Fica nessa minha irmã
Seja firme, seja forte
Tenha sempre a mente sã Eu
agora me despeço: Sou a
Cida Cidadã !!!

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
81

50 Pequenas coisas que você pode fazer para salvar a Terra


THE EARTH. WORKS. GROUP
EDITORA BEST SELLER

O QUE ESTÁ ACONTECENDO


EFEITO ESTUFA
O LADO BOM
“ O efeito estufa, em condições normais, mantém o planeta aquecido. Certos gases naturais, presentes na
atmosfera, formam uma espécie de coberta que deixa passar a luz do Sol, mas impede que o calor da
superfície terrestre se dissipe ( como as paredes de vidro de uma estufa de plantas). Essa manta gasosa
`prende o calor junto à superfície e mantém aquecida a atmosfera”. Global Warning: The Greenhouse
Effect Friends of the Earth
O LADO MAU
“ Actualmente, a presença de gases industriais vem tornando esse escudo cada vez mais
espesso, `prendendo uma quantidade cada vez maior de calor junto à superfície da Terra. (...) Isso pode
levar a um aumento de temperatura, da ordem de 2 a 4° C, nos próximos setenta anos. Para comparar: a
temperatura média da Terra, nos últimos 18 mil anos, desde o começo
da civilização, sofreu variação de apenas 1,6° C.” - The Greemhouse Crisis F udation
O LADO FEIO
Os gases da estufa:
Dióxido de Carbono (CO2).
Responsável por cerca de 50% do efeito estufa. Por ano, a humanidade joga na atmosfera 6 bilhões de
toneladas deste gás ( 1,5 bilhão só nos EUA ).
Principais fontes de CO2: queima de fósseis (petróleo, carvão mineral, gás natural)e destruição das matas,
ocorrendo libertação de CO2 pela queima das árvores e também, quando serradas. Clorofluorcarbonos
(CFCs).
Gases que contêm átomos de cloro, flúor e carbono, responsáveis por 15 a 20% do super aquecimento
total e ainda pela destruição da camada de ozono que envolve a Terra.
Metano
18% do efeito estufa. Produzido pelo estrume de gado nas plantações adubagem do
de arroz e pela
solo.
Óxidos de nitrogénio
São 10% do efeito estufa. Formados pela queima de combustíveis fósseis, por microrganismos e pela
decomposição de fertilizantes químicos.
Ozono ( O3)
Resulta da poluição provocada por veículos a motor usinas e refinarias.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
82
A POLUIÇÃO DO AR
O QUE O VENTO NÃO LEVA
Apesar das leis de protecção ambiental, milhões de pessoas vivem em áreas consideradas críticas quanto à
qualidade do ar que respiram. Os veículos a motor, refinarias e indústrias químicas lançam poluentes na
atmosfera numa escala de bilhões de toneladas por ano.
O QUE POLUI
Poluentes mais importantes: monóxido de carbono, dióxido de enxofre e óxidos de nitrogénio. Também o
ozono resultante da combinação de óxido de nitrogénio com hidrocarbonetos, à luz do Sol, é perigoso
para a saúde quando ocorrem em camadas próximas da superfície terrestre. DE ONDE VEM
Existe certa contaminação da atmosfera provocada por processos naturais, como a poeira transportada
pelo vento. Mas a maior parte é causada pelo homem e se deve aos produtos de combustão: fumaça (da
queima da madeira, carvão e óleo, em fornos industrias e domésticos ; monóxido de carbono e de chumbo
( dos carros, ônibus e veículos a motor em geral); óxidos de nitrogénio e dióxido de enxofre (sobretudo
da queima do carvão).
ALERTA CINZENTO
“ O ar poluído pode gerar
alergias, afecções respiratórias, cardiovasculares e cancerosas. plantas e
Também para a saúde das
animais ele causa sérios problemas, e até sobre os
objectos inanimados exerce efeitos corrosivos. (...) No Brasil, o problema da poluição do ar é bastante
grave, tanto nos grandes centros como nas pequenas cidades industriais do interior. Um exemplo
tristemente famoso é o de Cubatão (SP), que produzia mais de trinta mil toneladas de poluentes do ar. O
resultado é que essa cidade chegou a possuir um dos mais elevados índices mundiais de anecefalia infantil
(ausência ou atrofia do cérebro em recém – nascidos) direitamente relacionada com a poluição.” António
Lago / José Augusto Pádua, O que é Ecologia, Ed Brasiliense
A CAMADA DE OZONO
VOA, VOA, VOA.....
“ Bem alto, muito acima da nossa cabeça, existe uma frágil, invisível camada de gás ozono (O3), que
protege a superfície terrestre da perigosa radiação ultravioleta que compõe, junto com outras, a luz
solar. A camada de ozono tem se conservado por milénios.”
....E DESAPARECE
“ O homem, contudo, esta destruindo esse escudo protector. Os cloroflucarbonos (CFCs) e outros
produtos químicos criados pelo homem já alcançam a estratosfera, tendo sido detectado a altitudes que
vão de 10 mil a 30 mil metros. Nessa altitude é que as moléculas se partem, liberando desse modo os
átomos que destroem o ozono.” NRDC
O QUE SÃO CFCs
Os clorofluorcarbonos são usados em centenas de produtos, inclusive como gás propulsor para aerossóis.
Isso porque são de baixa toxicidade, não inflamáveis e bastantes estáveis, quer

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
dizer, não se decompõem com facilidade. Justamente por causa dessa estabilidade é que permanecem 83
como são, por mais de 150 anos. Os CFCs sobem lentamente e alcançam a altitudes de até 50 mil metros.
È aí que, submetidas à radiação ultravioleta, as moléculas de CFCs se “ quebram”, liberando átomos de
cloro, que passam da forma passiva para a activa
um único átomo de cloro destrói cerca de 100 mil moléculas de ozono, antes de cair
novamente sobre a superfície da Terra, anos depois. No mínimo 3% da camada de ozono já está
destruída pela atenção dos CFCs.” Curtis a Moore, International Wildlife
E DEPOIS?
“ À medida que o ozono vai sendo destruído nas camadas mais altas da atmosfera, a superfície
da Terra começa a receber maior quantidade de radiação ultravioleta, que é causa do
surgimento de cânceres de pele e catarata ( doenças dos olhos ), além de reduzir a resistência a infecções.
Quanto maior a carga de radiação ultravioleta, pior o efeito sobre a saúde humana, sobre as colheitas e as
populações marinhas. Nenhum ser humano está a salvo destes efeitos perversos.” - Worldwactch paper
87 – The Worldwatch Institute
O LIXO TÓXICO CRESCE
O PROBLEMA
Tem aumentado nos últimos anos, o impacto ambiental do lixo tóxico, potencialmente poluidor. Os
Estados Unidos acumulam mais de uma tonelada desse lixo por habitante. No Brasil,
somente o Estado de São Paulo produziu em 1998 mais de 918 toneladas de resíduos
industriais tidos como perigosos
RESTOS INDUSTRIAIS
“ Os países industrializados produzem quase 70 mil diferentes substâncias químicas, a maior parte das
quais não chega a ser convenientemente testada. A falta de cuidado e critério no uso e na destinação final
destas substâncias acaba por causar a poluição de nossa comida, da água, do ar, e ameaça os ecossistemas
dos quais dependemos para viver.” Citizem´s Guide to Global Issues Coalition for a Global
Tomorrow
NA PRESSA O RISCO
“ Os produtos químicos já se tornaram parte indispensável de nossa vida diária.
Todos nos beneficiamos das substâncias químicas presentes nos plásticos, nos detergentes, nos aerossóis,
sem perceber o alto custo que representam. De modo geral, estes produtos acabam se incorporando à água
ou ao solo através dos sistemas de adubagem, de drenagem ou da rede de esgotos.” Guide to
Hazardows Household Products, The Clean Water Action Project
... QUE VOLTA CORRENDO
“ Embora nem sempre os consumidores saibam, há uma estreita relação entre os objectos e as embalagens
de plástico que compram o problema da poluição tóxica. Muitos dos produtos químicos usados na
fabricação dos plásticos são altamente tóxicos. Da lista dos vinte resíduos
potencialmente poluentes, os cinco primeiros são de produtos químicos industria de empregados na
plásticos.” Wrapped in Plastics, Environmental Action Foundation

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
A CHUVA 84
ÁCIDA COMO
OCORRE
“ O dióxido de enxofre e os óxidos de nitrogénio são jogados na atmosfera pelas usinas eléctricas
movidas pelo carvão e pelos motores dos veículos. Na atmosfera, estes produtos entram em reacção
química (...) e volta à Terra na forma de chuva ou neve corrosivas, com alta concentração de ácidos. Esta
chuva ou neve destrói a fauna e a flora nos rios, atinge florestas e causa até erosão de prédios e
monumentos.” Cleaning Up the Outdoors
GOTAS DE ÁCIDO
O número de pH é usado em Química para medir a acidez. A chuva com pH abaixo de 5,0 é considerada
ácida. Na Alemanha, o índice de acidez chega a 4,3. No Rio de Janeiro, já caiu chuva com índice médio
de 4,6. Nos Montes Apalaches (EUA), a chuva é dez vezes mais ácida do que nas áreas vizinhas, de
menor altitude, e cem vezes maior do que chuva não poluída. Quando atinge valor 2 mil vezes maior ( já
observado nos Apalaches), a chuva é tão ácida quanto o suco de limão. No Brasil, a região industrializada
do Sudeste já regista incidência de chuva ácida. Sabe-se também que os ventos levam estes
poluentes quilómetros adiante, sendo assim possível a contaminação de uma vasta área, distante do foco
po uidor.
MENOS ENXOFRE!
“ O dióxido de enxofre é o componente primário da chuva ácida em grande número de regiões; usinas
termoeléctricas a carvão total de emissões dessas substâncias nos EUA.
Uma das maneiras de reduzir energia eléctrica.” ACÇÃO RÁPIDA
“ Precisamos fazer alguma coisa, e logo! Ou muito em breve já não sobrarão nem florestas com
que nos preocupar, num futuro próximo, a devastação pela chuva ácida alcançará até as
regiões desabitadas. Se a poluição continuar a crescer ao ritmo dos últimos anos, em poucas décadas
quase não haverá árvores em nosso território.” Jonh Seymour e Herbert Girardet, Blueprint for a
Green Planet
A FAUNA
AMEAÇADA
EXPANSÃO URBANA
“Em 1980, a Terra tinha 4,4 bilhões de habitantes. Em 1990, já somos 5,2 b lhões. A cada dia uma parcela
desta população invade áreas até então reservadas á fauna e á flora nativas. Florestas são derrubadas.
Várzeas, oceanos, calotas polares, pradarias vão sendo invadidas pelo homem.” VÃO INDO...
“ A extinção de espécies animais prossegue em ritmo acelerado. Nosso planeta perde três espécies
por dia. Nesse ritmo, podemos chegar a três espécies por hora, em apenas dez anos.
No ano de 2000, é provável que 20% do total de espécies que habitam perdidas para a Terra estejam
sempre.” The Nature Conservancy
... E SE FORAM
“ Até o ano de 2000, se for mantido o nível de matança actual, praticamente estarão extintos os elefantes
no continente africano.” Revista Defenders

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
85
PATOS MORTOS
“ A julgar pela população sempre decrescente de patos selvagens, a região lacruste do
continente americano – habitat de várias espécies nativas - deve estar enfrentando severas
agressões. O. U. S. Fish and Wildlife Service estima que 66 milhões de patos selvagens
migraram para o Sul no Outono de 1988: formaram 08 milhões a menos do que no ano anterior.
Worldwatch Magazine
TODOS SÃO IGUAIS
“Apenas algumas espécies de mamíferos – mais populares e considerados ‘simpáticos’, como baleias e
golfinhos – são protegidos e recebem tratamento legal adequado. Mas é importante cuidar da preservação
de outras espécies, sobretudo dos insectos, de determinados peixes, dos anfíbios, dos répteis e da flora
em geral, sob pena de quebrarmos os elos essenciais que mantêm coesos os diferentes ecossistemas.”
Brian Gaffney, The Ecology Center Newsletter
A POLUIÇÃO DO SUBSOLO
ESTAMOS NAUFRAGANDO
“ Nos oceanos se encontra armazenada 97% da água do planeta, e 2% do total está
congelada. Para consumo humano, usamos o 1% que resta – 04 triliões de litros por dia -,
obtido na superfície da Terra (em rios, lagos e nascentes) ou extraídos
do subsolo.” The
National Coalition Against Pesticide Use
UMA FONTE PRECIOSA
“Actualmente, quase 60% da população mundial depende da água do subsolo para beber. Não é de
surpreender, assim, que a descoberta da contaminação do subsolo, em muitos países, tenha gerado tanta
preocupação.” Velma Smith Environmental Action
DE ONDE VEM?
“ A água que se cumula no subsolo é a água que penetra na rocha, através de fendas e da porosidade
existentes na superfície. Boa parte desses reservatórios naturais são de água pura. Em vários casos, ela
permanece anos, ás vezes séculos, sem ser usada. Mais de 90% das reservas de água potável do planeta
estão no subsolo, no chamado lençol freático.” The Water Pollution Control Federation
O PROBLEMA
Gasolina e outros líquidos poluentes acabam vazando de seus reservatórios e misturam-se à água do
subsolo. Vazamento de fossas sanitárias, agro tóxico e resíduos químicos também causam
contaminação. Um caso grave ocorreu em 1987: o lixo químico não tratado do Pólo Petroquímico de
Camaçari, Bahia, foi absolvido pelo solo e infiltrou-se no lençol freático da região do rio Capivara
Pequeno, considerada a mais importante reserva local de água mineral. A SOLUÇÃO
“Não conhecíamos o subsolo (...), não sabíamos o quanto ele é vulnerável poluição. Agora,
só continuaremos a ter água potável se fiscalizarmos melhor a qualidade da água que corre sob nossos
pés.” The Water Polluition Control Federation

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
QUANTO LIXO 86
FALTA DE ESPAÇO
São montanhas e montanhas de detritos, “lixões” urbanos oficiais ou clandestinos e até “exportação” de
lixo dos grandes centros para cidades do interior, ou devido ao esgotamento de aterros sanitários e à
falta de usinas de compostagem. Somente São Paulo produz 12 mil toneladas por dia, e o lixo domiciliar
cresce 5% ao ano.
... E O PLÁSTICO AVANÇA
“Ninguém sabe estimar a quantidade de restos de plásticos que sujam os oceanos.
Fala-se em cerca de 160 mil toneladas, apenas em embalagens e linha de pescar, jogadas ao mar a cada
ano por pescadores e marinheiros. E outras milhares de toneladas do lixo individual de banhistas, dos
barcos de passeio e das fábricas.”
RESÍDUOS PERIGOSOS
Uma parte do lixo industrial (7% ou cerca de 190 mil toneladas/ano na região metropolitana de São
Paulo) é composta de materiais considerados perigosos: resíduos sólidos ou mistura de
sólidos cuja inflamabilidade, poder corrosivo e toxicamente podem trazer riscos à saúde
pública. Inúmeros pontos de despejo de lixo perigoso estão em áreas de protecção de
mananciais, onde se capta a água. Esses lixões e aterros muitas vezes são frequentados por comida, papel,
roupas e utensílios. Há ainda a presença de animais – porcos e vacas – que se alimentam de resíduos
contaminados, também ajudando a espalhar o perigo.
O PROBLEMA
“O problema da destinação final do lixo é consequência de um modo de vida baseado no
preparo e consumo rápidos de produtos e na facilidade existente em ‘ jogar no lixo’. Nos
últimos trintas anos, o lixo do mundo multiplicou-se por três, principalmente por embalagens.”Renew
America
A SOLUÇÃO
“ O poder público e as indústrias precisam juntar forças para construir mais aterros e incineradores, além
de adoptar a reciclagem. O bom senso recomenda: desperdiçar menos e reciclar mais.”
POUPAR ÁGUA E ENERGIA É POUPAR A NATUREZA
“Alto rendimento, em termos de energia, significa obtermos os mesmos resultados, ou
melhores, com menor consumo.” Cristopher Flavin e Alan B. Durning
Depois do “choque de petróleo” e da crise energética dos anos 70, já nos familiarizamos com a idéia de
que é preciso economizar energia. Combustíveis alternativos como o álcool, aparelhos domésticos e
aquecedores bem regulados poderão fazer nossas despesas diminuir bastante. Energia solar ainda é cara
por causa do equipamento necessário, mas em poucos anos poderá
compensar o investimento... E, daí em diante, o lucro será todo nosso. Um ar umento de peso!
Mas até aqui ainda não estamos considerando o meio ambiente como um todo. E, em função disso, cria-se
a impressão de que economizar energia – e água – não é assunto relevante para a ecologia. Afinal, que
diferença pode fazer tomar banhos mais rápidos e andar mais a pé, em

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
relação ao meio ambiente já tão maltratado, e há tanto tempo? A resposta é simples: muita, enorme 87
diferença!
Se você queima menos óleo, carvão ou madeira, haverá menos emissão de dióxido de carbono e outros
gases venenosos na atmosfera. Com isto o aquecimento da superfície do planeta começará a voltar em
equilíbrio.
Se as usinas termoeléctricas não precisarem queimar tanto carvão, haverá menos chuva ácida, menos
erosão do solo e menor poluição do ar.
Com menor consumo de electricidade, haverá quantidade menor de lixo ra ioactivo, no caso
de usinas nucleares, e menos barragens para as hidroeléctricas terão de ser construídas, evitando
inundação de vastas áreas de terra produtivas.
Menor quantidade de petróleo extraído do solo significa menor agressão à fauna e à flora dos locais de
perfuração, menor quantidade de óleo a ser transportado e menor risco de acidente com os grandes
petroleiros.
Quanto à água, poupá-la não é providência a ser tomada apenas em tempo de seca, quando as represas
entram em estado crítico. Cada gota de água desperdiçada é uma gota a menos em um rio ainda não
poluído, em uma corredeira necessária á desova dos peixes, em um riacho que da vida e um vale
densamente povoado. Ou a um vale simplesmente lindo.
O consumo controlado de água reduz também a quantidade de produtos químicos e de energia necessários
ao tratamento e a purificação dos esgotos. Reduz-se a quantidade de energia para levar a água até a sua
casa e para aquece- lá. E, já que o aquecimento é o segundo responsável pelo consumo doméstico de
electricidade, isto não é pouca coisa!
Mas que ninguém pense que, por ser pouca, uma coisa deixa de ser importante. Se é para poupar a
natureza, as mínimas atitudes são sempre muito bonitas. A tarefa hercúlea de devolver ao homem
equilíbrio em que sempre se manteve com relação ao seu habitat, deixa de ser assustadora, se a dividimos
em várias partes – de modo que possamos, nós mesmos, em nossa vida pessoal, tratar e ir mudando de
ideias e hábitos. As lâmpadas e chuveiros de alto rendimento, por exemplo, são a prova consciência
ecológica. E, na verdade, as pequenas mudanças que introduzimos em nossas vidas já vêm tendo
considerável impacto
no total da energia poupada.
Quando pela primeira vez falou-se em crise de energia, em 1973, até as previsões mais optimistas - de
que nossa taxa de crescimento teria de ficar limitada a um aumento de, no máximo, 20% no consumo de
energia - partiam do pressuposto de que teríamos de reorganizar nossa vida em nossa vida em sociedade
para alcançar algum sucesso, ainda que modesto. Em 1987, o mundo consumiu 44% menos energia do
que fossem mantidos os velhos hábitos de desperdício e de mau uso de nossos recursos. E isto sem a
necessidade de medidas drásticas, sem passar frio em casa, sem esquecer o conforto do automóvel, sem
precisar desligar a televisão.
Podemos economizar energia pela adopção de medidas simples, de baixo custo, que implicam
apenas em pequenas alterações nos nossos hábitos. Uma boa notícia, aliás, para todos

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
aqueles que, de um modo ou de outro, estejam preocupados em salvar a Terra! Katina Lutz, revista 88
Home Energy
ATITUDE SIMPLES
ADOTE UM DETERGENTE LIMPO
O mercado brasileiro consome anualmente 300 mil toneladas de detergente em pó e 150
mil toneladas de detergente liquido
Os fosfatos, compostos químicos à base de fósforo, são encontrados na maior parte dos
detergentes. Os fabricantes empregam essas substâncias porque elas separam os óleos e gorduras das
superfícies que estão sendo limpas. Infelizmente, os fosfatos apresentam graves
consequências a ecologia. Na água de um rio por exemplo, esses produtos c ”maré usam a chamada
vermelha”, isto é, super fertilizam as algas, fazendo-as crescer e ritmo acelerado.
Quando a alga morre, no fim de seu ciclo natural de vida, a bactéria necessária para sua decomposição é
mobilizada em altíssimas quantidades e o processo químico do qual participa utiliza todo o oxigénio do
meio ambiente, em prejuízo das demais formas de vida daquele determinado nicho ecológico. Ao fim de
pouco tempo, todo um ecossistema está ameaçado.
VOCÊ SABIA?
Muitos detergentes também contêm alvejantes e enzimas, que “ quebram” as moléculas de
proteínas como as de ovo e do chocolate (manchas muitos comuns nas Esses
oupas). Cuidado!
produtos podem causar alergia.
O QUE FAZER
Use menor quantidade de detergente. De acordo com a revista americana Consumer Report,
os fabricantes recomendam o uso de quantidades superiores à necessária.
Compre detergentes biodegradáveis, que se decompõem e agridem menos ao meio ambiente. Certifique-
se de que o detergente é biodegradável, pois existem muitos produtos não regulamentados sendo
comercializados no Brasil.
Procure alternativas. Uma mistura de bicarbonato de sódio e água serve para limpar banheiros,
cozinhas e tapetes. Sal de
cozinha pode ser útil no polimento e vinagre banco destilado,
misturado meio a meio com água, é óptimo para limpar vidros, azulejos e vasos sanitários. Utilize limão
para polir metais e solução de azeite par tirar manchas da madei a.
MUDE OS HÁBITOS NA COZINHA
A produção brasileira de embalagens, entre papelão, vidro, alumínio e folha de flandres, está
perto dos 04 milhões de unidades ( 3,94 milhões em 1989)
A cozinha é um excelente lugar para se começar a criar uma nova consciência ecológica, integrando-a a
seu dia a dia. Cada vez que você decidir alterar um velho hábito, substituindo-o por uma atitude de
preocupação com o meio ambiente, estará contribuindo para a mudança de hábitos do país. Em alguns
casos, talvez seja preciso trocar um produto barato por outro um pouco mais caro, porque neste momento,
com a pequena demanda, as soluções alternativas nem sempre são as mais baratas do mercado. Mas, com
certeza, à medida que a procura por produtos alternativos aumentar, os preços começarão a cair.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
89
VOCÊ SABIA?
Seus filtros de café, tolhas de papel e outros utensílios só são branquíssimos porque foram alvejados por
processos químicos. O processo de alvejar, apesar do efeito estético, tem o grave defeito de criara a
dioxidina, um produto altamente tóxico, que está sendo despejado nos rios e mananciais.
Em muitos casos, o papel é alvejado, mesmo que para ser usado apenas fora. Por ma vez e jogado
exemplo nos filtros descartáveis de café.
Para tornar aderente o filme transparente de PVC (usado para embalar alimentos) os fabricantes usam
“plastificantes” que, em contacto com o alimento, os contaminam.
A folha de alumínio é feita de bauxita, minério muito encontrado no norte do Brasil, onde a floresta
amazónica é devastada para se tirar a bauxita do solo.
O QUE FAZER
Reaproveite as embalagens para guardar comida na geladeira, em vez de usar papel
– Alumínio ou filme de PVC.
Use coador para café de pano ou de “vida longa”, já disponível no mercado (esse filtro de café substitui
02 mil filtros descartáveis e vai no mesmo suporte plástico que os filtros de papel).
Na cozinha, use panos em vez de toalhas de papel. Depois é só lavá-los e reutilizá-los
.PEGUE O TELEFONE
Parece bobagem? Que efeito tem o telefone sobre o meio ambiente? Na verdade, este
utensílio da civilização moderna pode ser exactamente valioso para a colecta de informações. De que
adiante as pessoas guardarem latas e garrafas para ser recicladas, se não sabem onde entregá-las?
Não há dúvida de que é um item de extrema importância, por isso convidamos você a começar, por sua
conta, sua própria pesquisa. Leia este livro, familiarize-se com alguns termos e com as
questões que levantamos aqui... e ponha mão á obra! Saia pela sua cid de e veja o que
encontra. Com certeza as surpresas serão muitas.
Telefone à empresa que lhe manda as contas de luz:
Informe-se se podem enviar um técnico a sua casa, para uma revisão de fiação interna e externa.
Pergunte se existem folhetos informativos sobre a racionalização do consumo de energia eléctrica.
Telefone à empresa que lhe manda as contas de água:
Pergunte se recomendam algum modelo especial de torneiras ou chuveiros que consomem menos água.
Peça folhetos ou qualquer material de divulgação relativos à economia de água domiciliar.
Telefone ao serviço de atendimento ao consumidor de sua cidade:
Indague sobre produtos nocivos à saúde que estejam à venda no mercado.
Telefone a um centro de reciclagem de materiais:

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Como encontrá-lo? Procure nas Páginas Amarelas. Telefone à Administração 90
Regional da Prefeitura mais próxima de sua casa, ou para a Secretaria do Meio Ambiente
Ligue para lá. Pergunte que materiais recolhem, se têm colecta domiciliar ou se você pode entregar o
material na própria usina.
Veja o que encontra nas páginas amarelas sobre:
- Reciclagem
- Serviços relativos ao meio ambiente
- Serviços de lavagem de fraldas de pano
NÃO PINTE COM QUALQUER TINTA
Os americanos consomem 12 milhões de litros de tinta por dia, enquanto o consumo brasileiro
é aproximadamente 2,4 milhões de litros por dia.
Pintura as casa. Uma decisão importante. Você deve escolher não apenas a nova cor, mas
também o tipo de tinta que vai usar, o que fazer com a tinta que sobrar... Todas essas
respostas devem levar em conta o impacto que terão sobre o meio ambiente. VOCÊ
SABIA?
De acordo com as autoridades especializadas da cidade de San Francisco, nos Estados
Unidos, a tinta de parede
e seus assemelhados são responsáveis por 60% de dejectos
potencialmente poluentes lançados no meio ambiente por pessoas (não pelas indústrias).
Estão incluídos nessa lista
as tintas a óleo, o toners, os solventes e os produtos para
polimento. O pigmento que dá a cor à tinta a óleo é produzido quase sempre a partir de metais pesados,
como o cádmio e o dióxido de titânio.
Não apenas tinta óleo é tóxica; são tóxicos também os elementos a partir dos quais a tinta é produzida,
além dos dejectos de processo de fabricação. Sempre que o dióxido de titânio é usado, por exemplo,
resultam detritos líquidos, e este “lixo” contém ácido sulfúrico, metais pesados e hidrocarbonetos
clorados.
Em hipótese alguma jogue tinta sobre a terra, sob o risco de contaminar o subsolo.
Nem deixe aberta as latas de tinta a óleo, pois os produtos resultantes da evaporação são altamente
tóxicos.
O QUE FAZER
Manuseie cuidadosamente os restos de tinta. Se a tinta for látex, deixe a lata aberta, ao ar livre, para que o
líquido evapore, e jogue os resíduos sólidos na lata de lixo. Mas não pense que o processo de evaporação
é rápido: pode levar, às vezes, até um ano.
Limpe cuidadosamente os pincéis(no caso do látex). Não os lave sobre a grama ou a terra: a tinta infiltra-
se e alcança o subsolo. De preferência, lave-os numa pia, em água corrente, pois assim a tinta será levada
para uma estação de tratamento de água.
Procure se desfazer de maneira racional dos restos de tinta: venda-os ou doe para alguém que precise.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
91
É PNEU QUE NÃO ACABA MAIS
A produção anual de pneus no Brasil está em torno de 25 milhões de unidades.
Os pneus têm grande impacto sobre o meio ambiente, muito maior do que você imagina. Com
manutenção adequada, é possível economizar e energia e os recursos gastos em sua
manufactura; assim, você ajuda a evitar a poluição gerada pela fabricação de borracha,
economiza gasolina e diminui a quantidade de problemas criados “lixões” de pneus. ( Os
pneus, pela forma que têm e pelo fato de não serem biodegradáveis, acumulam água parada, local perfeito
para a proliferação de mosquitos, inclusive o da dengue, que ainda é um grave problema de saúde no
Brasil.)
VOCÊ SABIA?
Aproximadamente 250 milhões de pneus são jogados fora por ano apenas nos Estados Unidos. Existem
bilhões de pneus atulhando os depósitos de lixo americano.
É preciso meio barril de petróleo bruto para produzir a borracha de um único pneu de caminhão.
Velocidade mais baixa desgasta menos o pneu. A 105 km/h o pneu se desgasta 50% mais do que se
estivesse a 80 km/h.
Pneus radiais fazem aumentar a quilometragem por litro de combustível.
Os pneus nacionais têm garantia de cinco anos, a partir da data de fabricação. A garantia cobre defeitos
de mão de obra, processamento de matéria-prima. O consumidor que tiver dúvida sobre a qualidade dos
pneus de seu carro pode solicitar uma análise em em qualquer revendedor autorizado, mas de preferência
no local onde a mercadoria foi comprada.
De acordo com os fabricantes, os pneus sem câmara são mis seguros e duram mais tempo.
A pressão dos pneus.
Pouca gente sabe que a calibragem dos pneus tem influência sobre o meio ambiente.
A calibragem correcta não só ajuda a preservar o pneu, evitando o desgaste de modo desigual ou seja
prejudicado pelo super aquecimento, mas também economiza combustível.
Se o pneu do carro estiver apenas 30% abaixo da pressão recomendada, poderá metade de sua vida útil.
Leia o manual do proprietário para conhecer as especificações do fabricante para o seu modelo de
automóvel.
Reciclando
Tiras ou “retalhos” de borracha podem ser misturados ao asfalto para a pavimentação de
estradas, playgrounds e pistas de atletismo. Através da mistura da borracha, pode-se aumentar a vida útil
das áreas pavimentadas em mais de 400% e reduzir a quantidade de materiais empregados no
revestimento.
Pneus de carros, caminhões e outros veículos podem ser recauchutado, mas os pneus excessivamente
gastos ou com cortes laterais, bolhas etc. ficam excluídos da recapagem ou recauchutagem. A vida útil de
um pneu recauchutado é de 30 a 40 mil quilómetros – se for pneu comum – e de 80 a 100 mil
quilómetros – se for pneu radial.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
No Brasil, muitas empresas clandestinas estão no ramo da recauchutagem. E já que os pneus novos e 92
recauchutados têm a mesma aparência, não se arrisque: compre de loja com tradição no mercado.

O QUE FAZER
Compre pneus de maior vida útil. Se não quiser recapá-los, venda-os para recapagem, pois assim não
serão misturados ao lixo comum.
Controle atentamente a pressão dos pneus de seu carro, mas faça isso sempre com os pneus frios.
Faça um rodízio de pneus a cada 05 mil quilómetros – os pneus ligados à tracção do carro, se desgastam
mais rapidamente.
Periodicamente, alinhe a direcção e balanceie as rodas.
Quando trocar um pneu velho por um novo, recomenda-se trocar também a câmara, pois ela perde a
elasticidade e as dimensões originais.
NÃO ENTRE EM FRIA
São fabricadas no Brasil uma média de 720 mil geladeiras por ano.
Os especialistas em energia não se cansam de repetir que é possível poupar bastante energia com a
simples providência de manter em boas condições de uso os electrodomésticos, como os refrigeradores.
Isto é fácil de dizer. O difícil é saber o que fazer. A seguir, damos algum s dicas de como
economizar energia, mas é apenas um começo; procure mais informações nas empresas
fornecedoras de energia eléctrica de sua cidade.
VOCÊ SABIA?
Mais de 25% do consumo de electricidade nos apartamentos urbanos é relativo apenas ao consumo
dos refrigeradores.
Geladeiras duplex consomem 108kw ao mês, enquanto as comuns consomem 30kw ao mês. Se você
mantiver seu refrigerador ou freezer apenas 5° abaixo da temperatura indicada pelo fabricante, seu
consumo de energia aumentará em 25%.
Quando abrimos a geladeira, o ar frio escapa e o ar quente entra. para voltar à temperatura anterior(mais
baixa), a geladeira irá gastar mais energia do que simplesmente tivesse de manter o frio.
Geladeira cheia consome menos energia. A comida retém o frio. O
QUE FAZER
Verifique se há uma camada fina de gelo sobre os alimentos. Se isso acontecer, diminua a temperatura.
Cubra os alimentos para evitar a formação de gelo.
Não coloque o refrigerador perto do fogão ou de outra fonte do calor.
Verifique periodicamente a borracha que veda a porta da geladeira, pois ela impede a entrada de
humidade no aparelho e, consequentemente, evita desperdício de energia.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Mantenha as portas da geladeira sempre limpas 93
Para um melhor funcionamento, limpe uma vez por ano o condensador, que fica no fundo ou em baixo
da geladeira. Há escovas especiais para esse serviço.
Cuidado com geladeiras velhas, pois são uma ameaça ao meio ambiente. O gás CFC usado no sistema de
refrigeração pode vazar, ameaçando a camada de ozônio que envolve o planeta.
DE FORNO E FOGÃO
A produção nacional de fogões é de 100 mil unidades ao mês, parte da qual é exportada. Preste
atenção a sua maneira de cozinhas. Não só nos temperos e ingredientes que você utiliza, mas
também no tipo de panela e na madeira que coze os alimentos. Sua metodologia de forno e fogão
influencia também seu consumo de energia.
VOCÊ SABIA?
Cada vez que se abre a porta do forno, a temperatura em seu interior diminui entre
15 e 25 C°. E, para aquecer o forno novamente, será necessário mais gás ou electricidade. Isto
significa energia – e dinheiro – desperdiçada.
O forno de microondas está se tornando mais popular, mas atenção: ele consome 2 400 W/ hora e a
energia eléctrica, no Brasil, é mais cara que o gás.
Torradeiras consomem menos energia que fornos.
Panela de água tampada ferve mais rápido do que panela destapada.
Panelas de vidro ou cerâmica absorvem mais calor, por isso consomem menos energia. O QUE
FAZER
Tampe a panela se estiver fervendo água e alimentos.
Procure deixar a tampa do forno fechada ao máximo possível quando estiver assando.
“Ouça” a comida que você está preparando, bem como as panelas que utiliza. Se escutar assobios,
ruídos agudos ou qualquer barulho anormal, talvez o fogo esteja muito alto.
Use panelas menores para economizar energia (demora mais tempo para aquecer uma
superfície maior) e panelas de pressão (apressam o cozimento).
A chama deve apresentar
coloração azulada. Se estiver amarelada, é sinal de que os
queimadores estão desregulados ou sujos. Limpadores de cachimbo são perfeitos para desentupir as
entradas de gás.
REGULE O MOTOR DO CARRO
Na região metropolitana de São Paulo circulam 05 milhões de veículos, lançando 06
toneladas de poluentes por dia.
Os carros representam uma séria ameaça á ecologia. No Brasil, porém, contamos com um agravante:
existem três tipos de gasolina sendo comercializados (com 22% de álcool, 13% e 0%), para motores a
gasolina fabricados para funcionar com mistura de 22% de álcool (os motores a álcool funcionam com
3% de gasolina). Isso atrapalha o controle da poluição.
VOCE SABIA?
A gasolina que usamos no Brasil contém chumbo, o que representa um te rível risco para o meio
ambiente. Lançando à atmosfera pelo escapamento dos veículos, o chumbo pode causar
Co-financiado pelo FSE e Estado
Elaborado por Fátima
disfunções no fígado, rins e cérebro. O monóxido de carbono que também é expelido pelos 94
escapamento dos veículos, o chumbo pode causar disfunções no fígado, rins e cérebro. O
monóxido de carbono que também é expedido pelos escapamentos o que pode causar
problemas respiratórios.
Carros a álcool produzem 50% menos monóxido de carbono (CO) do que os carros a gasolina. Mas os
carros a álcool produzem os aldeídos, que a longo prazo produzem câncer. Os veículos movidos a diesel
expelem dióxido de enxofre, que podem provocar coriza, catarro e problemas pulmonares.
Uma redução de 2 a 4% no teor alcoólico da gasolina para automóvel aumenta em 50% a emissão de
monóxido de carbono.
Se todos os carros a álcool da cidade de São Paulo fossem convertidos para gasolina, a poluição seria
inviável viver nesta cidade. Mesmo se toda a frota paulistana fosse de carros a álcool, São Paulo
continuaria poluída.
Preocupado coma a poluição, o governo brasileiro criou em 1986 o Proconve( Programa de
Controle de Poluição do Ar
por Veículos Automotores). A meta que em 1997 os carros
brasileiros passem a emitir 02 gramas de CO por quilómetros rodado (hoje, esse níveis
alcançaram 24 gramas por quilómetros rodado, nos carros produzidos a partir de 1988). Noventa por
cento da poluição paulistana provém dos veículos a motor. Na campanha da Cetesb (Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental entre 29 de Junho e 6 de Julho de 1990, 63% dos carros foram
reprovados quanto à regulagem dos motores, contra 70% nos anos anteriores.
O QUE FAZER
Evite locais de tráfego intenso; procure roteiros alternativos. Nas grandes cidades, nem sempre o caminho
mais curto é necessariamente o que toma menos tempo. Em congestionamentos, o veículo polui duas
vezes mais.
Mantenha seu carro bem regulado. É o modo mais simples de economizar combustível. Um carro bem
regulado chega a consumir 9% menos combustível que outro, cujo o motor esteja desregulado. E isto
apresenta 09% menos de emissões tóxicas.
Mantenha um controle rigoroso do rendimento de seu carro por litro de combustível.
Assim, se observar um repentino aumento de consumo, saberá que o motor está precisando de regulagem.
Não deixe o motor ligado desnecessariamente. Dar a partida consome menos combustível do que manter
o motor funcionando. Em um minuto de motor ligado, o consumo é maior do que dar a partida
novamente.
Mantenha sempre limpos os filtros de ar, velas, carburador, platinado e escapamento: assim você diminui
o seu consumo de combustível.
Não carregue o carro com o peso excessivo. A cada 50 quilos de peso extra que seu carro carrega, o
consumo de combustível aumenta mais de 1%.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Faça pressão para que as montadoras instalem um conversor catalítico (ou catalisador) nos automóveis. 95
Se essa peça fosse instalada, reduziria significativamente os índices de poluição atmosférica.
Pressione o governo a adoptar uma política de combustível, e assim ajustar o tipo de gasolina produzido
pelo país ao tipo de motor produzido pelas indústrias automobilísticas.
UM ROMBO NO CÉU
Em 1987, a NASA – Agência Espacial Americana- registrou a maior destruição da camada
de ozono sobre a Antárctida; observou-se um buraco dentro de uma faixa de 12 a 22
quilómetros de altura.
Proteger a camada de ozono e um dos maiores desafios que a humanidade já teve
de enfrentar. O problemas é grave e urgente, mas não escapou totalmente ao controle, pois a camada
de ozono ainda existe e nós podemos salva-la.
Para sabermos o que fazer, é preciso entender os mecanismos que vêm causando essa destruição.
VOCÊ SABIA?
A camada de ozono está sendo destruída por gases industriais (os clorofluorcarbonos, ou CFCs, e
halons) presentes nas casas e escritórios em todo o mundo.
No início, os CFCs foram considerados inofensivos, e por esta razão passaram a ser usados em nível
mundial desde 1932.
E ainda são usados. O freon, empregado nos equipamentos de refrigeração, um CFC.
Algum tipo de poliestireno usados em materiais como o isopor são fabricados pelo
CFCs. Ao contrário do que você pode imaginar, os CFCs são liberados na atmosfera apenas durante a
manufactura desses materiais: também é liberado quando o produto é cortado ou quando suas moléculas
se rompem. Por isso, aquela caixa de isopor que ajudou você a conservar as cervejas e refrigerantes na
praia, durante o final de semana, pode estar, nesse instante, destruindo átomos da camada de ozono.
Durante muitos anos, os CFCs foram usados em aerossóis, e ainda são em alguns países. No Brasil, no
final de 1989, esse uso dos CFCs foi proibido pelo Congresso
Nacional.
Alguns extintores de incêndio para uso doméstico utilizam halons como gases propelentes.
Infelizmente, os halons atacam a camada de ozono mesmo que o extintor j porque
mais seja usado,
o gás acaba vazando.
Os CFCs também retêm calor, contribuindo para o efeito estufa. Uma
molécula de CFC dura cem anos na atmosfera.
A produção de CFCs no mundo movimentava, até 1989, a quantia de 28 bilhões de dólares.
O buraco na camada e ozono sobre a Antárctida é maior porque ali a concentração de cloro activo é
maior (na estratosfera, o cloro se dissocia da molécula de CFC, destruindo
o ozono).

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Os CFCs produzidos no Brasil são usados na produção de refrigeradores ( 70%) e espumas (17%); só 96
os aerossóis para uso medicinal contêm CFC.
Os CFCs devem deixar de ser fabricados no mundo até o ano de 2010. O QUE
FAZER
Não compre extintores de incêndio com halons.
Evite espuma de poliestireno. Isso inclui diversas embalagens, como isopor, além de colchões (evite
espumas mais baratas).
Pense bem antes de comprar um ar-condicionado para o aumento de CFC na atmosfera. Compre apenas
aerossóis que não contenham CFC, identificados pelo selo “Não contém CFC”, ou Inofensivo para a
Camada de Ozono”. Melhor ainda é não usar aerossóis, pois mesmo os que utilizam gases considerados
inofensivos acabam agredindo o meio ambiente.
EVITE AS SACOLAS PLÁSTICAS
De acordo com a entidade ecológica SAVE A TREE, é preciso uma árvore de 15 a 20 anos
de idade para fazer apenas setecentos sacos de papel.
Quando vamos ao supermercado, parece óbvio e natural guardarmos nossas compras em sacos de papel
pardo ou sacolas de plástico. Mas será que esses bilhões de sacos e sacolas que carregamos todos os anos
são realmente necessários?
Em geral, sacos de plásticos parecem mais práticos que os de papel mas não são biodegradáveis, além de
serem fabricados a partir do petróleo, um recurso natural não renovável.
Os sacos plásticos, se jogados ao mar, podem acabar matando os animais marinhos, que são estrangulados
ou engasgam ao engolir essas embalagens.
A tinta usada no saco plástico contem cádmio, um metal pesado e altamente tóxico.
Assim, cada vez que um saco plástico impresso à tinta é incinerado, gases tóxicos são liberados na
atmosfera.
Alguns supermercados italianos já suspenderam o uso de sacolas de plásticos.
Os sacos de papel, por outro lado, são reutilizáveis e biodegradáveis, mas também agridem o meio
ambiente. Os sacos de supermercado são feitos de papel de virgem, não reciclado, porque os fabricantes
afirmam que é necessário empregar papel de fibra longa, mais resistente, para o transporte de
mercadorias pesadas.
Em 1988, foram distribuídos no Brasil cerca de 80 mil toneladas de sacos plásticos e de papel. Nos
Estados Unidos, começa a ser fabricado um plástico feito a partir do amido de milho, que não polui e se
decompõem um ou dois anos.
O QUE FAZER
Papel ou plástico? Pense duas vezes antes de escolher qualquer um dele no caso de compras pequenas.
Reutilize os sacos posteriormente; os de papel são recicláveis.
Melhor ainda: quando você for ao supermercado, leve uma sacola de pano ou uma outra
também resistente, ou ainda o carrinho de feira.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
COMO É BONITO O MEU JARDIM 97
No mundo como um todo, os 15% mais ricos da população consomem um terço dos
fertilizantes do planeta.
O cuidado com o jardim está entre as actividades que raramente associamos à preocupação
com o meio ambiente. Porém, se você pensar que só nos Estados Unidos existem
aproximadamente 80 mil quilómetros quadrados de gramado e cerca de 600 triliões de mudas de grama
plantadas, você perceberá que o problema de aguar, adubar e cortar a grama de
todos estes jardins ganha importante dimensões, principalmente em nível mu dial.
Há alguns anos, os especialistas descobriram que grande parte da água consumida
em jardins residenciais seria para o cultivo de plantas que dificilmente se ada tariam às regiões
onde estavam sendo plantadas. Testes realizados demonstraram que plantas nativas que consumiam 54%
menos água, eram mais saudáveis é correcto o ponto de vista ecológico, mas também resulta em jardins
mais bonitos e saudáveis.
Dicas para tornar seu jardim mais saudável
É perfeitamente possível manter um jardim saudável sem o uso de pesticidas químicos.
Entre em contacto com alguma entidade local, como o Departamento de Parques e Jardins da prefeitura,
para se informar sobre as plantas nativas.
Regue seu jardim de manhã cedo. Durante o dia, a evaporação de água é maior e à noite aumenta o risco
de proliferação dos fungos na grama.
As plantas que exigem pequenas quantidades de água não são apenas os cactos. Há centenas de espécies
que se adaptam perfeitamente bem aos solos secos, como jasmins, glicínias e narcisos.
Boca de leão, lilases e magnólias atraem borboletas no jardim de sua casa. Chame pássaros com
amendoim, árvores frutíferas e comedores.
Não faça queimadas de folhas e restos de grama, pois isso libera vapores tóxicos.
Não coloque piso de concreto em seu jardim, pois o concreto impede os raios solares de atingirem
o solo. Opte por pedras, tijolos, madeira, ou ardósia, em cobrir totalmente a terra.
Cavocar a terra melhora a drenagem e afasta os insectos que se alimentam de raízes. Plante
antes da lua nova, pois a gravidade ajudará a planta a fixar as raízes.
SE LIGUE NAS PILHAS
No Brasil, são consumidas
anualmente de 800 milhões a 01 bilhão de ilhas por ano (o
consumo americano é de 02 bilhões de unidades).
As pilhas que você usa, por exemplo, em lanternas, rádios e câmaras
fotográficas, têm
influência sobre o meio ambiente. Talvez você ache difícil de acreditar. Mas as pilhas que usamos
diariamente em casa contêm metais pesados, que são tóxicos.
Deles, o mais comum é o mercúrio, que já pode ser considerado uma das principais fontes de
contaminação em inúmeros depósitos de detritos, perigosos ao meio ambiente.
As pilhas não são recicláveis; são jogadas fora no lixo doméstico, levadas aos depósitos e lá se enferrujam
e acabam se abrindo, liberando assim o mercúrio e o cádmio, que penetram no

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
solo. No caso de serem incineradas junto com o lixo, as pilhas liberam os mesmos metais na atmosfera, 98
em forma de vapores tóxicos.
VOCÊ SABIA?
A exposição prolongada ao mercúrio é a causa de doenças graves e pode, inclusive, provocar alterações
de comportamento. Por volta do século 17, os fabricantes de chapéus - que usavam mercúrio para tratar o
feltro e as peles que trabalhavam – começaram a agir de modo estranho.
Como ninguém sabia que aqueles homens estavam desenvolvendo problemas típicos de
envenenamento por mercúrio, foram simplesmente tratados por loucos. Daí a expressão “doido como
chapeleiro”, muito usada no idioma inglês e incorporada à literatura por Lewis Carroll em Alice no País
das Maravilhas, na figura do Chapeleiro Maluco.
Pilhas alcalinas são mais económicas, duram em média sete vezes mais do que pilhas comuns.
Consequentemente, poluem menos.
O índice de mercúrio nas pilhas brasileiras é de 2%, contra 0,8% nos países europeus, onde é maior a
preocupação com a ecologia.
Nos Estados Unidos, 75% das pilhas usadas são alcalinas – 01% de mercúrio -, enquanto no Brasil apenas
08% são alcalinas.
Cerca de 50% da produção americana de mercúrio e 25% de cádmio fabricação de é consumida na
pilhas.
Nos Estados Unidos e na Europa já se fabricam pilhas recarregáveis, mas não existe precisão de se
fabricar tais pilhas no Brasil. Os fabricantes alegam que o custo é muito elevado.
O QUE FAZER
Procure usar cada vez menos aparelhos que necessitem de pilhas, ou opte por aparelhos que
possam ser ligados à tomada (eléctricos). Muitos equipamentos electrónicos que
aparentemente só funcionam com pilhas, podem ser usados na electricidade, por meio de um conversor
(informe-se nas lojas de material electrónico).
Use calculadoras que se recarregam com energia solar.
Para fazer a pilha render mais, deixe-a sempre na embalagem quando não estiver usando-a; mantenha
longe de outros equipamentos, caso contrário pode haver perda de energia .
Colocar as pilhas na geladeira para que não se descarreguem é pura crendice popular.
Pilhas grandes duram 32 vezes mais que as pilhas pequenas. Se puder, escolha produtos que utilizem as
pilhas maiores.
Evite comprar brinquedos movidos a pilha. Com a publicidade que é veicul da hoje com dia,
principalmente na televisão, a criança costuma pedir ao pai que compre brinquedos electrónicos.
Substitua-os por brinquedos que despertem mais a criatividade – e que não sejam movidos a pilha.
Pressione os fabricantes brasileiros para diminuir o teor de mercúrio das pilhas e para produzir pilha
recarregável!

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
BANQUE O DETETIVE 99
O lar de uma família média americana possui hoje maior quantidade de produtos químicos do
que um laboratório de cem anos atrás.
Substâncias tóxicas existem em espantosa quantidade dentro de nossa casa, escondida por toda parte, nos
artigos de limpeza e até nos produtos que usamos para a higiene pessoal. Quando utilizadas, essas
substâncias representam um perigo não apenas para você e sua família, mas também para o ecossistema, a
partir do momento em que são fabricadas, até serem jogadas no lixo.
O que há de mais ameaçador em relação a isso é o fato de que fortunas são gastas, todos os
anos, para nos convencer da necessidade desses produtos, de quanto são úteis e
indispensáveis a nossa vida. Porém, a única verdade é que são perigosíssimos.
Felizmente, existem alternativas, produtos naturais de custo mais baixo e de fácil utilização, que podem
ser usados em substituição aos produtos comerciais de alto teor tóxico. Basta um pouco de atenção e “faro
de detective” para encontra-los.
VOCE SABIA?
Um pouco não pode ser considerado como não tóxico apenas porque é o que está escrito no rótulo. Não
existem leis que obriguem os fabricantes a informar, no rótulo, a verdadeira fórmula de um produto,
desde que o mesmo seja considerado “aprovado para o consumo”, segundo os
padrões de saúde pública. Talcos infantis, por exemplo, muitas vezes contêm amianto
(partículas de amianto podem causar pneumoconiose – uma doença pulmonar – e até câncer de pulmão, e
inaladas).
A expressão “não - tóxico” no rótulo de um produto, de modo geral pouco significa.
Segundo a publicação Making The Switch, as indústrias americanas consideram não tóxico qualquer
produto que se enquadre nas especificações de órgãos oficiais de fiscalização. Em alguns casos, por
exemplo, podem indicar que morreram menos de 50% das cobaias expostas as produto durante duas
semanas, seja por inalação ou por ingestão.
As substâncias químicas disponíveis no mercado crescem de maneira alarmante. O governo americano já
listou 63 mil substâncias químicas comercializadas desde 1975; em média, são introduzidos no mercado
1.500 novos produtos por ano.
O QUE FAZER?
Descubra o tóxico oculto:
O método mais seguro é recorrer à literatura especializada, como revistas sobre ecologia e saúde.
Compre ou prepare produtos alternativos:
Ao adoptar soluções alternativas, em substituição aos produtos tóxicos, você reduz o risco de
contaminação para sua família, para você próprio e para o planeta. Apresentamos a seguir alguns
exemplos que servem como “aperitivo”; cabe a você também mobilizar seu “faro de detective” e assim
descobrir mais alternativas naturais, mais saudáveis e, não raro, mais baratas do que os produtos
industrializados.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
São tóxicos: 100
Os produtos para limpeza de fornos.
Alternativa:
Usar água quente e palha-de-aço ou bicarbonato de sódio.
São tóxicos:
Os “purificadores de ar” em latinhas. A rigor, não purificam nem perfumam nada.
Apenas obstruem o nariz, recobrindo as mucosas com gotículas de óleo. Muitos deles contêm xileno
(tóxico para aparelhos digestivo e respiratório, pele e olhos), etanol e naftalina.
Alternativa:
Mistura de ervas naturais ou vinagre com suco de limão.
São tóxicas:
As bolinhas de naftalina, comummente usadas para espantar traças, contém naftaleno puro, que afecta
o fígado.
Alternativa:
Sacos com lavanda, lascas de cedro ou óleo de cedro. Mantenha as roupas sempre limpas para evitar
o acúmulo de ovos de traça.
São tóxicos:
Aerossóis para repelir insectos, pois trazem em sua fórmula tetrametrina e fenotrina, ambos
altamente danosos para a
vida aquática e para as abelhas. Essas substâncias são
consideradas “moderadamente tóxicas” pela Organização Mundial de Saúde, embora 15 gramas delas já
tenham causado a morte de uma criança.
Alternativa:
Faça uma mistura de açúcar queimado, melado e água. Disponha em tiras sobre um papel de coloração
amarronzada. Essa é uma armadilha para insectos bem menos tóxica.
Mantenha a cozinha sempre limpa. Para espantar baratas faça uma mistura de farinha, gesso calcinado,
açúcar e bicarbonato de sódio. Se quiser se livrar de formigas, espalhe borra de café em pequenos pires
ou outro recipiente aberto.
ABAIXO O ISOPOR
Todos os anos, os americanos produzem copos descartáveis de isopor em quantidade
suficiente para dar a volta na Terra 436 vezes.
VOCÊ SABIA?
A espuma de poliestireno é totalmente não - biodegradável. Daqui a quinhentos anos, aquela
embalagem de isopor em
que serviram seu hambúrguer ontem ainda estará sujando a
superfície da Terra.
Por causa de sua estrutura molecular – com vazios entre as moléculas -, o isopor ocupa muito
espaço em relação ao seu
peso. Por isso, congestiona ainda mais os lixões urbanos, já
saturados.
O isopor é uma grave ameaça à vida marinha, pois flutua nos oceanos e parte-se em pequenos pedaços,
que podem ser confundidos com alimentos pelos peixes e outros animais marinhos.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Quando, por exemplo, uma tartaruga marinha come isopor, altera seu mecanismo de flutuação e 101
mergulho. Sem poder mergulhar, acaba morrendo de fome.
O QUE FAZER
Não existe isopor seguro. Simplesmente deixe de usá-lo. Não aceite embalagens de ovos de isopor,
prefira as de papelão, que são geralmente recicladas. Recuse também carne e outros alimentos em
bandejas de isopor.
Nas lanchonetes de fast-food, não aceite comida que venha em embalagens de isopor. Exija pratos de
papel, que podem ser reciclados. Nos Estados Unidos, uma rede de lanchonetes começou a usar
embalagens recicláveis devido à pressão dos ecologistas.
NEM TUDO QUE NADA É PEIXE
Estima-se que cerca de 50% das praias brasileiras estão poluídas por esgotos, vazamento
de petróleo ou efluentes líquidos (lixo tóxico).
Imagine uma praia paradisíaca no Brasil. Não seria de espantar que essa maravilha da natureza esteja
contaminada. A poluição, muitas vezes invisível ao olho humano, é formada
por bactérias e produtos químicos das mais diversas composições. Ao nadar em águas
contaminadas, você arrisca a saúde e corre o risco de pegar infecções, hepatite, desidratação e outras
doenças.
VOCÊ SABIA?
Segundo cálculos de 1980, um projecto de despoluição da baía de Guanabar custaria
em torno de 1 bilhão de dólares. Existem ali redes de esgotos clandestinas e legais, e são lançados
os mais diversos tipos de lixo em suas águas. Em Maio de 1988, as praias do
Leblon e Flamengo apresentavam taxas de 500 a 16 mil coloformes fecais (bactérias) por 100 ml de
água do mar – a taxa satisfatória é de 01 mil coliformes fecais por 10 ml segundo a Cetesb.
O rio Paraíba é outro exemplo da poluição de nossas águas. Em seus 1 137 quilómetros de extensão
recebe esgotos de mais de quarenta cidades do Vale do Paraíba (em 1986 foram jogadas 200 toneladas
por dia, das quais 360 quilos são materiais pesado como o cádmio, chumbo e cromo). Apesar de todos
esses detritos, o rio é responsável pelo abastecimento de
água de 1,5 milhão de pessoas e ainda desagua toda a sua poluição no m estão r. Nesta situação
vários rios brasileiros.
Ao norte de Salvador, na Bahia, está sendo ampliado o Pólo Petroquímico de Camaçari, que
gera lixo tóxico, despejado no mar. Das 140 mil toneladas/ dia de detritos
óxicos que serão
produzidos, a empresa promete eliminar a toxicidade de 90% do total.

O QUE FAZER
Cobrar do governo uma política de controlo da poluição das águas.
Colabore não jogando lixo nas praias (leve sempre um saco para recolher detritos ) e
promovendo multidões de limpeza – junto às prefeituras. Não leve cachorros praia.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Se as águas estiverem escuras e espumantes, procure outra praia. 102
Depois de um dia de chuva, evite banho de mar, pois as águas das redes plu iais – às quais se ligam os
esgotos clandestinos – vão dar na praia.
APAGUE A LUZ
São consumidas no Brasil uma média de 5 milhões de lâmpadas por ano.
Accione o interruptor de luz...e imagine como este gesto afecta o meio ambiente. Pode parecer estranho,
porque não estamos habituados a pensar na questão da iluminação como um problema doméstico, quase
que particular; algo que acontece dentro, e não fora de nossos lares. No entanto, a iluminação doméstica
no Brasil é responsável por 20% do consumo total de energia no país (nos Estados Unidos, a proporção
é a mesma). Isso significa que nossos hábitos domésticos, relativos à iluminação da casa e nossas
escolhas em relação a este consumo têm um significativo impacto ecológico. Quanto mais energia for
consumida, mais
usinas hidroeléctricas terão de ser construídas, acentuando-se a devastação da flora e da
fauna Existem vários métodos de se racionalizar a iluminação doméstica. O mais óbvio é
conservar e economizar energia, como apagar luzes que não sejam necessárias. Outro método, menos
óbvio e mais eficaz, é usar lâmpadas de baixo consumo e alto rendimento.
VOCÊ SABIA?
Anualmente, os americanos compram cerca de 1 bilhão de lâmpadas.
Lâmpadas fluorescente são mais caras, porém mais económicas do que as lâmpadas
incandescentes, convencionais. As fluorescentes de um quarto a um terço de energia dos bolbos comuns;
por exemplo, uma lâmpada incandescente de 60 w tem vida útil de aproximada de 750 horas, enquanto
uma lâmpada fluorescente de 20 w fornecerá a mesma iluminação, com a vida útil de até 7.500 horas.
Ao trocar uma lâmpada tradicional por uma fluorescente, você estará contribuindo para evitar 500 quilos
de CO2 sejam lançados à atmosfera, durante o período de vida útil da lâmpada convencional.
Substituir as lâmpadas convencionais por fluorescentes pode pesar um pouco mais no seu bolso na hora
da compra, mas certamente a longa vida dessas lâmpadas tornará as reposições bem menos frequentes.
Há 100 milhões de residências nos Estados Unidos. Se uma única lâmpada fluorescente for instalada em
cada uma dessas residências, será economizada a energia equivalente a aproximadamente o consumo de
60 milhões de lâmpadas incandescentes.

O QUE FAZER
Pense na possibilidade de substituir alguma lâmpada incandescente por fluorescente em sua casa.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Atenção! Uma única lâmpada incandescente é eficaz do que duas menores, instaladas em um lustre. Uma 103
única lâmpada de 100 w, por exemplo, oferece iluminação idêntica à de duas lâmpadas de 60 w e
economiza electricidade.
Nos lustres de três soquetes, experimente usar apenas duas lâmpadas. Mas, por medida de segurança,
coloque uma lâmpada queimada no soquete vazio.
Experimente usar lâmpadas incandescentes de maior rendimento do que as comuns
– são as chamadas “longa vida”, que equivalem a seis lâmpadas comuns de 115 w ou duas de 200 w.
Também estão disponíveis no mercado lâmpadas incandescentes mais económicas; assim, você pode
substituir a lâmpada de 60 w por uma de 54 w e a de 100 w
por uma de 90 w.
Troque suas lâmpadas quando elas começarem a falhar. As lâmpadas rendem apenas 80% do
fluxo inicial no fim de sua vida útil, gastando a mesma quantidade de energia.
Tire o pó das lâmpadas. Por incrível que pareça, lâmpadas empoeiradas gastam mais energia. Da energia
que uma lâmpada consome, apenas 10% se transformam em luz, o resto se converte em calor. Por
isso, aproveite mais a luz do sol para leituras e trabalhos – é de graça e não polui.
O DIA-A-DIA DA SAÚDE
O cigarro é fonte mais comum de poluentes em escritórios, residências, restaurantes e centros de lazer –
constitui 80% da poluição
Seu bem-estar está directamente ligado à ecologia. Sua maneira de se vestir, de comer, seus hábitos e
passatempos influenciam o meio ambiente.
VOCÊ SABIA?
O homem encontra-se no fim da cadeia alimentar e a poluição tende a matar primeiro os predadores
finais. Assim, por exemplo, a poluição dos mares atinge os microrganismos marinhos e larvas de peixes
em doses que não são suficientes para matar.
Esses animais marinhos vão acumulando substâncias tóxicas durante a vida, até servirem de alimento para
peixes maiores, que também vão acumulando toxinas; esses peixes, por sua vez, alimentam focas e
baleias, que acumulam ainda mais substâncias tóxicas. O homem come esses peixes com toxinas, além da
carne de gado e tantos outros alimentos contaminados pela poluição.
O QUE FAZER
Cuidado com o flúor que você ingere (em creme dental, na água de algumas cidades
e em muitos alimentos, por causa do solo onde são cultivados). Mais de 4mg por dia pode causar
problemas nos dentes e nos ossos.
Corte o cloro presente em alvejantes, desinfectantes e outros produtos de limpeza.
Ele também é usado na fabricação de papel, no refino de açúcar, na manufactura de tintas e corantes e na
prevenção de vegetais congelados. O cloro é uma substância química muito relativa e combina –se com
outros elementos químicos que se tornam perigosos para o meio ambiente e para a saúde.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Evite meias de nylon. Elas foram inventadas pela empresa química americana DuPont, 104
em1938. Nesse primeiro ano foram vendidos 03 milhões de pares de meia. Na época,
pareciam durar mais do que as meias de seda; hoje em dia, porém, viraram artigo descartável. Cuidado!
Meias de nylon não são biodegradáveis e podem causar problemas de saúde. Use meias de algodão ou,
simplesmente, não use meias.
Doenças menos graves, picadas de insecto e ferimentos leves podem produtos ser tratadas com
naturais, como ervas, mel etc.
Em nosso dia –a –dia estamos expostos à radiação. A tela do televisor libera um modesto nível de
radiação electromagnética, que pode afectar crianças pequenas se estiverem sentados próximo à tela.
Tente não assistir à televisão durante longos períodos de tempo e fique pelo menos 02 metros do
televisor.
Monitores de computador também emitem radiação, prejudicial ao digitadores. Por isso, se você está
trabalhando com computadores, faça intervalos regulares de hora em hora, ande um
pouco, de preferência ao ar livre. Mulheres grávidas devem evitar o contacto com
computadores.
A maior fonte de energia radioactiva absorvida provem dos raios X, por isso se vitais para se exponha a
eles apenas o estritamente necessário. Quando for tirar alguma radiografia, proteja o resto do seu corpo
com algum tipo de avental a base de chumbo, em especial os órgãos de reprodução. Mulheres grávidas
não podem tirar radiografias.
Evite lavagens a seco. Nesse tipo de lavagem são usados solventes em vez de água; os mais comuns são
os triclorofluoretileno (um CFC) e percloroetileno, ambos tóxicos. O contacto a longo prazo com estas
substâncias pode causar danos aos órgãos do corpo e aumentar o risco de câncer, além de provocar
náuseas e tonturas. Já foram registados casos de desmaios de pessoas que transportavam no carro roupas
recém – lavadas a seco e ainda húmidas. Alguns dos solventes usados também destroem a camada de
ozono e deveriam ser banidos. Por isso evitem roupas que necessitem de limpeza a seco e caso contrário,
pendure - as ao ar livre antes de usá-las ou guardá-las; dessa maneira os produtos químicos irão se
dispensar no ar.
Evite lençóis e tecidos que dispensam o uso de ferro de passar. De acordo com a publicação americana
The Nontoxical Home, esses tecidos são tratados com resíduos de formaldeído, “ aplicados de tal forma
que o formaldeído prefira fibras naturais ou, pelo menos diminua os cigarros que você consome por dia.
Além de ser prejudicial à saúde, a fumaça do cigarro queimando é mais poluente do que a expelida pelo
fumante.
ANIMAIS EM EXTINÇÃO
Nas décadas de 70 e 80 dobrou o número de animais em extinção no Brasil, de 86 espécies
para 202 espécies. Sete foram consideradas extintas.
Dez por cento de todas as espécies vivas do planeta estão ameaçadas de extinção. Obcecado pelo lucro
fácil, o homem mata indiscriminadamente. Mas, como consumidor.
Você tem nas mãos um grande poder. Use-o para defender a sobrevivência das espécies ameaçadas.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
VOCÊ SABIA? 105
Em 1979 existiam 1,5 milhão de elefantes na África; actualmente, são 750 mil. Nesse ritmo, os elefantes
estarão extintos no ano 2000.
Os rinocerontes também estão ameaçados de desaparecer do planeta. Eles têm sido caçados
há mais de mil anos e em 1987 existiam apenas alguns milhares de animais. A caça ao
rinoceronte se deve a uma antiga superstição, segundo a qual seu chifre tem poderes mágicos e
medicinais.
O mercado comum Europeu importa anualmente do Brasil 200 mil papagaios (no mundo, são
comercializados 500 mil).
O Papagaio - dourado é um dos mais cobiçados pelos
coleccionadores e poderá desaparecer em seis anos. Mas a situação do papagaio
Brasileiro é muito pior: existem apenas quinze exemplares. É vital para os nossos papagaios a protecção à
Mata Atlântica.
A Arainha – Azul – de - Lear é uma das espécies da fauna brasileira mais ameaçada de extinção. Restam
apenas 61 aves no norte da Bahia, onde estão sendo perseguidas pelos fazendeiros por invadirem as
plantações em busca de milho.
No Pantanal, milhões de animais são mortos todos os anos.
A situação das baleias, golfinhos, peixes – boi, tartarugas e outros animais marinhos também é
preocupante.
O QUE FAZER
Não compre marfim, peles ou quaisquer produtos extraídos de animais em perigo de extinção. O boicote é
a grande arma do consumidor. Recentemente, na Islândia, a carne de baleia teve o seu preço diminuído e
muitas baleias foram salvas por pressão dos consumidores.
Participe de movimentos a favor da preservação dos consumidores. Não cace por desporto.
HISTÓRIAS DE PESCADOR
O Brasil poderá ficar, dentro de alguns anos, sem cardumes de sardinha, se continuarem
sendo apanhados peixes que nem sequer atingiram a idade de reprodução.
Os dados do Instituto de Pesca do Estado de São Paulo traduzem a s tuação da pesca predatória no Brasil:
em 1973, uma frota de duzentos barcos pescou 228 mil toneladas de sardinha nas costas brasileiras.
Em 1986, o total pescado caiu para 125 mil toneladas. Em 1989, com uma frota de quatrocentos barcos,
foram apanhadas apenas 82 mil toneladas de sardinha.
VOCÊ SABIA?
Mais de 6,5 milhões de golfinhos já foram mortos no planeta, sem nenhum interesse comercial, pelos
pescadores de atum. Usando enormes redes, os pescadores cercam os cardumes de atum que nadam junto
com os cardumes.
Os botos da barra do rio Tramandaí (litoral RS) foram considerados protegidos por decreto municipal no
início de 1990. Essa região é considerada uma das principais do reduto da espécie do Brasil.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Durante o séculos os brasileiros do litoral se dedicaram à caça das tartarugas e a colher seus ovos, o que 106
levou a espécie à quase extinção (em Pernambuco e o Ceará as tartarugas não existem mais).
Das três espécies as peixe- boi existente no mundo, duas são encontradas no Brasil – a fluvial na
Amazónia e a marinha na costa. Por ter carne de boa qualidade, os pescadores captura e comercializam
esse animal indiscriminadamente. Sua captura foi proibida em 1973 pelo IBDF, instituto Brasileiro de
Desenvolvimento Florestal.
A moratória de cinco anos à caça das baleias terminou em 1990, mas foi pr rrogada por mais
um ano. Apesar disso, países como o Japão, Noruega e Islândia continuam desrespeitando o acordo. No
Brasil, podem desaparecer em breve as baleias francas, jubarete e azul.
A pesca indiscriminada também ameaçada o krill, pequeno crustáceo que é a base alimentar de peixes,
pinguins , focas e baleias na Antárctida.
O QUE FAZER
Enquanto indivíduos, nossa
única arma continua sendo o boicote. Apoie movimentos de
protecção ás baleias e outros animais marinhos. O
MELHOR AMIGO DO CÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a população de cachorros na cidade de São
Paulo corresponde a 10% da população humana.
Você não quer que seu cachorro ou gato de estimação tenha pulgas. Evidentemente.
Mas também não deseja que seu animal seja envenenado com coleiras pesticidas. Nem aceita a idéia de
contaminar o meio ambiente quando tiver de jogar fora a coleira e outros produtos tóxicos anti - pulgas
que existem no mercado. Felizmente, há alternativas.
VOCÊ SABIA?
Existem mais de 100 milhões de cães e gatos nos Estados Unidos.
As coleiras anti- pulgas jogadas no lixo urbano são uma ameaça ao meio ambiente, devido aos produtos
químicos tóxicos que contêm.
O pesticida usado nessas coleiras pode causar problemas neurológicos aos animais. A pele do gato ou
cachorro. A pele do gato ou cachorro absorve os produtos químicos da coleira e acabam exalando vapores
tóxicos que matam os insectos.
O QUE FAZER
Faça óleo de frituras cítricas para combater as pulgas. Pegue cascas de aranja ou toranja
(grape-fruit), triture -as de maneira que soltem um óleo e depois misture com um pouco de água. Espalhe
o líquido com as suas mãos sobre a pele do animal. Lembre-se de usar as apenas as cascas, não fruta, o
que deixaria o animal melado.
Misture alho cru na comida do animal. Por alguma razão, as pulgas odeiam alho, que serve também como
vermífugo natural.
Uma dieta saudável deixa os animais menos susceptíveis a parasitoses.
Não compre animais em extinção e só dê animais de presente se tiver certeza de que eles serão bem –
vindos em seus novos lares.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
QUE PAPELÃO! 107
Se o mundo reciclasse metade do papel que consome, 40 mil quilómetros quadrados de terras
seriam liberados do cultivo de árvores para a indústria de papel.
Devido ao alto consumo de papel em todo o planeta, florestas estão sendo destruídas para em seu lugar
serem plantados eucaliptos, utilizados na produção de papel.
Porém , os eucaliptos, absorvem muita água da terra , afectando o equilíbrio do solo. Isso pode causar
erosão e danos ecológicos, pois incontáveis espécies de animais deixarão de existir
com o fim das matas. Além disso, as árvores absorvem grande parte do gás carbónico
presente na atmosfera; sem as árvores, o gás carbónico permanecerá no ar, contribuindo para o efeito
estufa.
VOCÊ SABIA?
Todos os anos, 310 milhões de caixas de lenços de papel são consumidas na Grã - Bretanha (lenços de
papel não são recicláveis). Se cada habitante do planeta utilizasse uma de lenço de papel por mês, não
haveria mais árvores no mundo.
Se o desmatamento persistir, até o final do século mais de 01 milhão de espécies de animais serão
extintos, única ocorrência desse tipo nos últimos 65 milhões de anos.
É necessária uma floresta inteira – mais de 500 mil árvores – para se produzir os jornais que os
americanos consomem semanalmente. O americano médio utiliza aproximadamente 2 600 quilos de
papel por ano, enquanto o consumo de papel “per capita” no Brasil foi de 28 quilos em 1989.
Produzir papel a partir de papel “ velho “ consome cerca de 50% menos energia do que fabricá- lo a partir
de árvores; utiliza-se 50 vezes menos água, além de reduzir a poluição do ar em 95%.
O papel virgem poderia ser substituído pelo reciclado em vários produtos, sem comprometer a
qualidade; porém, como no Brasil a demanda de papel reciclado é pequena, seus preços
tendem a ser superior ao do papel virgem. Desta maneira, sua produção não chega a ser comercialmente
interessante. A maior parte do material reciclado é usado em embalagens e na fabricação de papel
absorvente (papel higiénico, lenços e toalhas de papel).
Cada tonelada de papel reciclado representa 03 metros cúbicos de espaço disponível nos aterros
sanitários. (Aterros sanitários é um depósito de lixo fiscalizado e que segue certas normas técnicas,
servindo para nivelar terrenos públicos.)
O Brasil produz anualmente cerca de 4,700 toneladas de papel e apenas 30% são reciclados. Algumas
empresas começam a se preocupar com o meio ambiente. A Bahia Sul
Celulose, por exemplo, reservou 30% de área de 101 mil hectares na sua cidade de Mucuri para
preservação e reconstituição da mata natural.
O QUE FAZER
O papel de jornal é provavelmente, o material de mais simples reciclagem, uma vez que não há casa onde
não existam jornais velhos. Começar por aí pode ser um bom método para alterar os hábitos.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Guarde os jornais: 108
Não jogue fora os jornais velhos.
Separe as pilhas diferentes: revistas de papel brilhante e capas impressas em cores, que não são tão
facilmente recicláveis.
Organize-se. O primeiro passo para um programa pessoal de reciclagem de jornais é criar, em casa, um
lugar onde se possa guardá-los, sempre.
Recicle
Descubra algum lugar perto de sua casa que compre materiais para recic agem. Para isso, telefone à
regional da prefeitura mais próxima e se informe. Outra opção é procurar
nas Páginas Amarelas.
RECICLE VIDRO
O Brasil fabrica anualmente cerca de 01 milhão de embalagens de vidro; somente 30% desse
volume é reciclado.
A humanidade produz vidro há aproximadamente 3 500 anos. De um modo geral, o vidro é obtido a partir
da mistura de três ingredientes: areia, carbono de sódio e carbonato de cálcio. A mistura é submetida à
temperatura de 1 300 C°, até que se dissolva e se torne transparente, quando então é resfriada. Esse
processo consome muita energia; no entanto, quando 10% de cacos de vidro são introduzidos na
composição da matéria-prima, economizam-se 25% de energia, além de poluir menos a atmosfera.
VOCÊ SABIA?
Anualmente, os americanos jogam fora 28 milhões de embalagens de vidro, o suficiente para encher até o
topo as torres gémeas do World Trade Center em Nova York, um dos maiores edifícios do mundo.
A energia economiza com a reciclagem de uma única garrafa é suficiente para manter acesa uma lâmpada
de 100W durante quatro horas.
Todos os tipos de garrafas e potes de vidros podem ser reciclados infinitas vezes. Mas
devem ser separados os cristais, lâmpadas, espelhos e vidros planos.
A garrafa retornável, como a de refrigerante e cerveja, é utilizada em média 30 vezes.
As garrafas one-way, sem retorno, consomem três vezes mais energia na sua fabricação do que as
garrafas de vidro reciclado.
Uma tonelada de cacos reciclados significa uma economia de 80 quilos de petróleo.
Como o vidro é um material que demora para se recompor, a garrafa que você joga no lixo hoje poderá
ainda estar sobre a superfície da Terra no ano de 3000.
Em países como a Grã – Bretanha, Alemanha e Suíça existem “ bancos “ de garrafas, onde a população
deposita as garrafas já utilizadas. Em muitas cidades americanas e canadenses, o lixo já é recolhido de
maneira selectiva, o que começa a acontecer no Brasil.
Em alguns países, o preço dos produtos embalados em garrafas inclui um depósito, que será devolvido ao
comprador quando ele devolver o recipiente vazio.
No Brasil, apenas duas indústrias de embalagens de vidro investem na reciclagem.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
O QUE FAZER 109
Comece com uma reciclagem básica:
A maneira mais simples para se começar a reciclar vidro doméstico é conse uir algumas latas
de lixo, de modo que você possa separar o vidro dos outros materiais. Se preferir, reserve um lugar para
as garrafas e potes de vidro, dentro ou fora de casa.
Por exemplo, reserve num armário uma caixa ou prateleira para as garrafas e potes de vidro, compre
um engradado próprio para guardar garrafas vazias.
Classifique as garrafas pela cor: casco escuro, claro e verde.
Retire as tampas de metal ou plástico do gargalo. Mas, se preferir ou for mais fácil para você, deixe os
rótulos de papel.
A lavagem das garrafas usadas é recomendável, mas não indispensável. Cuidado apenas para não atrair
insectos indesejáveis.
Depois que tiver um lugar para guardar o vidro, sua tarefa não lhe tomará mais de quinze minutos por
semana.
Se você for mais ambicioso:
Inicie uma campanha de arrecadação de garrafas e doe os fundos para alguma instituição de caridade.
Faça campanha pelo “ vale – garrafa”. Em alguns Estados americanos, 90% das garrafas são
devolvidas, o que reduz o
volume de lixo sólido em 8%, em 50% o volume de garrafas
espalhadas pelos lixões.
RESULTADOS.
Todo o vidro que você guarda para reciclar é efectivamente reaproveitando para a produção de vidro
novo.
O emprego de vidro reciclado significa menor consumo de recursos naturais. Apesar de a areia
ser matéria – prima abundante, é indispensável peneirá-la e transportá acontece com
– la, e o mesmo
os demais produtos que entram na composição do vidro.
Os processos de
fabricação gastam energia e geram grande quantidade de detritos industriais. É possível
alcançar uma redução de até 80% dos detritos empregando -se, na produção de vidro, 50% de vidro
reciclado.
COMPRE CERTO
O serviço de limpeza urbana da cidade de São Paulo calcula que, por dia, perto de 12 mil
toneladas de lixo são recolhidas – quantidade que, se espalha em um campo de futebol,
alcançaria 4 metros de altura.
Não desperdiçar antes mesmo de comprar, essa é a idéia. Tudo tem seu preço, e a maneira como você
decide gastar seu tempo e dinheiro pode afectar o bem – estar do planeta. Não custa nada perder alguns
segundos lendo rótulos de produtos ou pensando duas vezes antes de efectuar a comprar, optando por
artigos duráveis, reutilizáveis ou recicláveis em vez bens descartáveis, não recicláveis. Escolher é colocar
em prática seu poder de consumidor.
VOCÊ SABIA?

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
De cada 11 dólares que os americanos gastam em comida, 1 dólar corresponde apenas à embalagem. Na 110
verdade, gastam mais no pacote em que embrulham a comida do que os agricultores recebem pelo
pagamento de seus produtos.
Só os Estados Unidos produzem cerca de 10 bilhões de toneladas de lixo sólido por ano, e mais de
75% do lixo sólido urbano é feiro de material reciclável.
O Brasil produz em média 18 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos e 60% desse total é de
material reciclável.
A cidade de São Paulo gasta todos os anos 120 milhões de dólares para eliminar 4,5 toneladas de lixo (o
dobro da quantidade da década de 50).
Quase 30% do plástico produzido nos Estados Unidos é usado em embalage s. Os
americanos movimentam 2,5 milhões de garrafas plásticas por hora.
Anualmente, as usinas de reciclagem de lixo brasileiras podem fornecer às indústrias 500 mil toneladas de
sucata metálica e 400 mil toneladas de sucata de vidro, o que significaria uma economia de 80% de
energia para essas empresas e para o país.
O QUE FAZER
Ai ir às compras, abra o olho: cada produto que você traz para casa tem um determinado impacto
sobre o meio ambiente. Por isso, escolha produtos que agridam menos
a natureza.
Compre produtos em embalagens maiores, para o seu consumo semanal ou mensal, conforme o caso.
Alguns supermercados vendem mercadorias a granel.
Compre verduras e legumes por unidades em bandejas de isopor. O mesmo vale para carnes, frangos, e
peixes.
Compre bebidas e refrigerantes em garrafas de vidro, que são “ reenchidas” ou recicladas. Evite
embalagens plásticas, principalmente a s “ultra- resistentes, que são feitas de vários tipos de materiais
sintéticos dispostos em camadas, o que as torna menos biodegradáveis.
Compre detergentes biodegradáveis. SE
AINDA QUISER FAZER MAIS...
Ensine seus filhos a comprar “certo”. As crianças são particularmente atraídas por embalagens
coloridas, principalmente as que aparecem na televisão. Mas, por outro lado, também são
sensíveis à natureza e à conservação da vida no planeta.
UTILIZE FRALDAS DE PANO
A produção brasileira de fraldas descartáveis está em torno de 400 milhões
ano.
a
As fraldas descartáveis foram introduzidas no mercado americano em 1961. Par a maioria dos jovens
pais, as novas fraldas surgiram como uma conquista da tecnologia moderna; são
higiénicas e fáceis de usar – uma solução fantástica para simplificar os cuidados com os
bebés. Também para os fabricantes, as fraldas descartáveis eram uma bênção, pois
significavam grandes lucros. Mas só com o tempo os problemas começaram a aparecer; o mais
preocupante é a destinação seriamente o meio ambiente.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
final de tantas fraldas descartáveis, que
começam a ameaçar

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
VOCÊ SABIA? 111
Só os americanos consomem por ano 18 bilhões de fraldas descartáveis. O suficiente, em quilometragem
de tecido sintético, para ir e voltar a lua sete vezes.
Aproximadamente 1% da superfície total dos depósitos de lixo americanos é ocupado apenas com faldas
descartáveis, que compõe 4% do lixo doméstico dos lares americanos.
Uma árvore de porte médio precisa ser derrubada para se produzir entre 500 e 1 mil fraldas descartáveis
leva quinhentos anos decompor. As fraldas de tecido de algodão, que podem ser reutilizadas em média
100 vezes, decompõem- se no período máximo de seis meses.
A polpa da madeira utilizada na fabricação de fraldas descartáveis é alvejada com cloro, elemento
químico nocivo ao meio ambiente e a seus filhos. Também é utilizada uma mistura de plásticos e
absorventes sintéticos.
Os fabricantes recomendam que os consumidores lavem as fraldas descartáveis antes de jogá- las no lixo,
que na realidade pouco acontece. Isso significa que, a cada ano, milhares de fraldas sujas ,
potencialmente contaminadas por bactérias e vírus, são lançadas nos aterros sanitários.
Segundo estimativas de entidades ecológicas Environmental Action, em função do uso
disseminado de fraldas descartáveis, todos os anos milhões de toneladas de fezes são levadas aos
depósitos de lixo americanos e não ao sistema de esgotos. A principal consequência disso é a possível
contaminação das águas do subsolo, principalmente por vírus patogénicos. Foi publicado num boletim
dessa entidade: “Mais de cem diferentes tipos de vírus patogénicos
estão presentes nas fezes humanas, entre eles o dia da poliomielite e da hepatite”. O
problema da contaminação aumenta com o crescimento do volume de fraldas descartáveis nos depósitos
de lixo.
O QUE FAZER
A resposta não é fácil. Não porque saibamos exactamente o que fazer, mas porque é uma decisão
difícil para a jovem mãe, da a practicidade das fraldas descartáveis.
Se você está disposto(a) a tentar:
Fraldas de pano não agridem o meio ambiente. Os detritos entram no sistema de esgotos da cidade e
são tratados de modo a evitar qualquer risco de contaminação.
Fraldas de pano são mais baratas do que fraldas descartáveis. Faça os cálc compensa los e veja se não
comprar uma secadora de roupas.
Se você não tem tempo para fraldas de pano:
Faça prevalecer o bom senso. É possível que, no seu caso, o melhor seja a solução intermediária: você
usa fraldas de pano quando tem tempo para elas, deixando as descartáveis para ocasiões de “emergência”
como viagens, visitas etc.
Uma outra possibilidade é usar fraldas de pano em casa e as descartáveis quando a criança vai para a
creche.
Mesmo com fraudas de pano você vai precisar de calças impermeáveis:

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
As fraldas de pano não são tão absorventes quanto as fraldas descartáveis, daí a necessidade de calças 112
impermeáveis, para manter seco o seu bebé. Escolha um modelo que permita a circulação do ar e que não
irrite a pele da criança.
AO TRABALHO NO TRABALHO
Anualmente, os americanos jogam fora papel para dactilografia e folhas pautadas em
quantidade suficiente para
construir um muro de 3,5 metros de altura e medindo 4 500
quilómetros, quase a mesma distancia que vai de Los Angeles a Nova York.
Grande parte das atitudes simples que podem ser tomadas em casa também se aplica a seu local de
trabalho. Nem sempre as mudanças serão muito fáceis, mas o resultado justifica o esforço. Há uma
enorme quantidade de recursos naturais desperdiçados nos escritórios, o que significa economia em
potencial. Com um incentivo extra: você talvez seja promovido quando seu chefe perceber que as
alterações que você sugeriu resultaram em maiores lucros para a empresa.
VOCÊ SABIA?
Os funcionários de escritório, em média, jogam fora a cada ano 500 quilos de material reciclável de
primeira qualidade.
Cada tonelada de papel de escritório reciclada economiza 700 litros de petróleo. O Etetric
Power Research Institute dos Estados Unidos estima que os escritórios poderiam economizar
facilmente 50% da energia eléctrica que consomem por ano se instalassem luminárias
adequadas, que os economizassem energia sem prejuízo da boa iluminação. Papel –
carbono, papel plastificado, clipes, grampos e fitas adesivas não são
ecicláveis.
Uma tonelada de aparas de papel reciclada substitui 2 metros cúbicos de madeira necessária para se obter
pasta de celulose, usada na fabricação de papel, o que evita o corte de duas árvores adultas.
O QUE FAZER
Sozinho:
Você tem todo o direito de promover pequenas reformas, apenas para criar um ambiente mais agradável.
Provavelmente isso não salvará o mundo, mas fará com que você sinta à vontade e servirá para chamar a
atenção de seus colegas para as questões relativas ao meio ambiente. Por exemplo:
Leve para o trabalho seu próprio copo de vidro e não use os copos descartáveis oferecidos pela empresa.
Reaproveite os envelopes que puder, colando etiquetas adesivas sobre o endereço do
destinatário e do remetente.
Em grupo:
Organize campanhas para recolhimento de vidro e latas para reciclagem. Em geral, você precisará apenas
de uma caixa para as garrafas e outra para as latas. E poderá deixá- las à vista ao lado da cafeteira, onde
todos possam vê-las.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Elabore um boletim ou um quadro de avisos para a divulgação de notícias sobre ecologia e conservação 113
de recursos naturais. Afixe estatísticas, novidades, fotos. Estimule a participação de todos.
Promova uma campanha de reciclagem. O procedimento mais simples é manter junto às
mesas um cesto de lixo especial para material a ser reciclado. Os cestos serão recolhidos no final do dia e
todo papel armazenado em um local específico para esse fim. Insista em que as cópias xerox utilizem a
frente e o verso da folha de papel.
Sugira uma revisão técnica do sistema eléctrico da empresa. As descobertas poderão ser
muito mais interessantes. Em 1989, por exemplo, uma empresa americana de Emeryville, na
Califórnia, conseguiu reduzir 02 mil dólares de suas despesas com energia, simplesmente
fazendo uma pequena alteração na fiação eléctrica. A idéia foi proposta especializado
por um técnico
em conservação de energia.
NO PAÍS DO DESPERDÍCIO
A região metropolitana de São Paulo consome 108 mil toneladas de latas por ano e apenas
16% são reaproveitadas. O restante acaba nos lixões e nos aterros sanitários.
VOCÊ SABIA?
O plástico reciclado pode ser utilizado em vários produtos, como sacos de lixo para
residências, mangueiras e até peças de veículos (plásticos preto do painel, por exemplo). A dificuldade
consiste na existência de quarenta tipos diferentes de plásticos, que precisam ser limpos e separados para
a reciclagem. Justamente por isso, a maioria dos plásticos reciclados no Brasil vem de aparas (restos) das
próprias indústrias.
Sete por cento das 184 mil toneladas de lixo domiciliar que são recolhidos mensalmente na grande São
Paulo correspondem a material plástico que não é biodegradável. Para resolver os
problemas da destinação final desse material estão sendo desenvolvidos sistemas para a
separação e a lavagem dos diferentes plásticos.
O paulistano joga no lixo 10 quilos de embalagens plásticas por não enquanto o habitante de Tóquio, no
Japão, se desfaz de 54 quilos todos os anos.
Nos Estados unidos, onde vale repetir são jogado fora 2,5 milhões de garrafas plásticas por hora, o
plástico reciclado está sendo usado, por exemplo, na fabricação de brinquedos e fibras para isolamento
térmico de sacos de dormir. Em 26 garrafas plásticas de refrigerantes são suficientes para se produzir um
abrigo desportivo de poliéster.
A reciclagem de latas comuns (sucatas ferrosas) produz uma economia de energia da ordem de 74%;
reduz a poluição do ar em cerca de 85%; diminui em 95% o volume relativo do lixo e em 76% a poluição
das águas.
Anualmente, o Brasil produz 510 mil toneladas de latas, mas apenas um terço disso é recuperado. No
mesmo período, estima-se que sejam fabricadas 720 milhões de latas de alumínio.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Cada vez que você joga fora uma lata de alumínio, está desperdiçando tanta energia como se jogasse fora 114
uma lata de gasolina. Além disso, essa lata de alumínio de que você se desfaz ainda estará poluindo a
Terra daqui a quinhentos anos.
E mais: se você jogar fora duas latas de alumínio, estará desperdiçando mais energia do que a usada
diariamente por cada um do 1 bilhão de habitantes dos países subdesenvolvidos.
A energia economizada com a reciclagem de uma única lata de alumínio é o suficiente para manter ligado
um aparelho de televisão durante três horas.
Em 1988, a reciclagem de alumínio nos Estados Unidos economizou mais de 11 bilhões de Kw/horas em
energia eléctrica. O suficiente para assegurar o fornecimento de electricidade às residências da cidade de
Nova York durante seis meses.
O QUE FAZER
Procure se informar sobre colecta selectiva e promova campanhas de reciclagem em sua
cidade, junto a grupos de pessoas à própria prefeitura.
Pressione o governo e as empresas a começarem a reciclagem de alumínio no
Brasil, já que esse tipo de reciclagem é altamente rentável e as técnicas para esse fim é as mais
desenvolvidas que existem no sector. De acordo com as estatísticas da entidade Recycle America, se
apenas 250 pessoas (incluindo você, é claro) reciclassem, cada uma, uma lata de alumínio por dia,
economizaríamos energia equivalente a até 13 mil litros de gasolina. Calcule a economia obtida se 250
mil pessoas fizessem o mesmo: cerca de 13 milhões de litros de gasolina.
Com a reciclagem, reduzimos também a necessidade de extracção de matéria – prima: para se produzir 01
tonelada de alumínio, são necessárias quase 4 toneladas de bauxita, e um processo de lavagem do
minério que polui bastante o meio ambiente.
OLHO NO ÓLEO
No Brasil, refina-se apenas 7% do óleo lubrificante consumido no País. Nos países europeus,
este percentual é bem mais alto: 20% na Alemanha e 18% na Itália.
Os fabricantes de automóveis recomendam que se troque o óleo do motor entre 2 e 5 mil quilómetros
rodados. Mas não se preocupam em dizer o que fazer com o óleo usado, que é o mais perigoso dos
poluentes, uma vez que entrou em contacto com as várias partes do motor e está carregado de substâncias
tóxicas.
VOCÊ SABIA?
Os americanos consomem
aproximadamente 3,7 triliões de litros de óleo para motor
anualmente. Desses, 1,2 trilião de litros evaporam e são lançados ao meio ambiente. Pode-se
refinar o óleo do motor até nove vezes.
Alguns especialistas calculam que 40% da poluição dos rios americanos é causada pelo óleo usado nos
motores. Todos os anos, aproximadamente 2,1 toneladas deste produto acabam sendo levadas para os
rios.
Óleo jogado no chão pode de infiltrar no solo e contaminar mananciais de água.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Uma lata de 1 litro de óleo para motor é capaz de poluir um milhão de litros de água potável. Jogar óleo 115
no esgoto (ou na rua, de onde fatalmente acabará chegando aos esgotos) é o mesmo que despejá-lo
directamente num rio ou lago. E apenas meio litro de óleo é suficiente para causar uma mancha venenosa
de milhares de metros quadrados.
Dados de 1983 mostram que dos 753 mil metros cúbicos foram reaproveitados.
No Brasil, infelizmente, grande parte do óleo de motor usado é vendido para alimentar caldeiras
industriais, substituindo assim o óleo combustível. Essa prática é ilegal, porque lança substâncias tóxicas
na atmosfera.
O QUE FAZER
Exija do governo providências para aumentar a taxa de refino do óleo usado e uma fiscalização rigorosa
do destino desse produto, a fim de impedir seu uso industrial.
DE PINGO EM PINGO
Se uma família de quatro pessoas cada uma tomar um banho de cinco minutos todos os dias,
serão gastos mais de 25 mil litros de água por semana – o equivalente ao suprimento de água
bebida por uma pessoa em três anos.
Mesmo que você não desperdice água, com certeza conhece alguém que deixa a torneira aberta enquanto
escovas os dentes, faz a barba ou lava a louça. Diante da a tual preocupação com os recursos naturais, não
é pouca coisa. Qualquer um pode economizar, simplesmente não deixando a torneira aberta durante as
tarefas domésticas e a higiene pessoal.
VOCÊ SABIA?
Trinta e dois por cento do consumo doméstico de água é devido aos chuveiros e 14% às lavadoras
de roupa.
Uma torneira aberta deixa correr muito mais água do que você pode imaginar: por minuto, escorrem
pelo ralo de 12 a 20 litros de água.
Enquanto você escova os dentes com a torneira aberta, escoa pelo ralo cerca de 120 litros de água.
Enquanto você faz a barba, lá se vão cerca de 40 a 80 litros.
Para lavar o carro no quintal de casa com uma mangueira, você chega a consumir mais de 600 litros de
água.
Vasos sanitários com descarga de parede consomem 19 litros de água cada vez utilizados. Vasos com
reservatórios externos consomem 12 litros. No Japão, usa-se no máximo 3 litros de água em cada
descarga.

O QUE FAZER
Ao escovar os dentes: se você abrir a torneira só para enxaguar a boca e lavar a escova, estará
usando apenas 2 litros de água, economizando assim 36 litros de água.
Ao fazer a barba: encha a pia com água, o que representa um gasto de cerca de 4 litros de água e uma
economia de 36 litros.
Ao tomar banho: procure não ficar no chuveiro mais tempo do que o necessário.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Chuveiros de baixo fluxo economizam cerca de 50% de água. 116
Ao lavar a roupa na máquina: use toda capacidade da lavadora, pois, em média, as lavadoras consomem
de 100 a 200 litros de água por ciclo de lavagem.
ANDE MAIS, DIRIJA MENOS
Os carros se reproduzem com maior velocidade que os seres humanos. Estão ocupando um
espaço que deveria ser nosso. Estão sujando o ar que respiramos. Estão consumindo
praticamente toda a nossa força de trabalho.
Para muita gente, falar em deixar o carro em casa soa como se falássemos em combater
moinhos de vento. Uma batalha impossível, tanto para Dom Quixote quanto para muita gente da
sociedade moderna. Mas em alguns países o que parecia impossível tornou- se realidade:
Suécia e Noruega, por exemplo, conseguiram fazer com que 80% dos usuários de trens
suburbanos usem a bicicleta para o trajecto intermediário entre suas casas essas estações. Na Dinamarca,
30% de todos os deslocamentos urbanos são feitos de bicicletas nas grandes cidades.
VOCÊ SABIA?
Em Toronto, Canadá, a prefeitura autorizou um grande aumento no preço cobrado pelos estacionamentos,
a fim de desencorajar o uso de automóveis.
Nos Estados Unidos, os carros são responsáveis por 20% da emissão total de gás carbónico a partir de
combustíveis fósseis. O gás carbónico, como sabemos, é o principal factor do efeito estufa.
Automóveis também respondem pelo aumento da chuva ácida nos Estados Unidos:
34% do óxido de nitrogénio liberado na atmosfera americana provém dos veículos. São mais de 7
milhões de toneladas por ano.
Os carros, além disso, são responsáveis por 27% dos hidrocarbonetos que causam danos às árvores e
aos pulmões humanos, através da produção de fuligem.
Em Tóquio, capital do Japão, a poluição é tanta que o oxigénio está se tornando um sucesso
de venda nas lojas. Os guardas de trânsito, inclusive, inalam oxigénio trabalho nas
puro durante seu
ruas.
A Cetesb define o estado de atenção em uma área poluída quando se regista 375 microgramas de
partículas por metro cúbico de ar. Há uma piora das doenças respiratórias e ardor nos olhos.
O estado de alerta é declarado com 875 microgramas por metro cúbico de ar; nesse caso, há proibição de
tráfego de veículos na área e implantação de rodízios para circulação em outras regiões.
Em 1988, a Cetesb promoveu a Operação Alerta em São Paulo, impedindo a circulação de
veículos que transitam nessas áreas, apenas 20 mil circulam, dimin atmosférica
indo a poluição
dessas regiões em 50%. A poluição apoiou a medida.
O QUE FAZER

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Para os que estão começando a trabalhar pela preservação do planeta, existe a alternativa de utilizar 117
outros meios de transporte, como ônibus, metro, trens, bicicletas ou, simplesmente, andar a pé...mesmo
que seja apenas uma vez por semana. Evite usar o carro em dias de inversão térmica, ou seja, quando uma
camada de ar se resfria em contacto com o solo, dificultando a dispersão de poluentes. Os meios de
comunicação geralmente divulgam esse fenómeno.
AJUDE A PRESERVAR AS MATAS
A cada ano, 27 milhões de quilómetros quadrados de florestas tropicais são destruídas, ou 74
mil quilómetros quadrados por dia...3 mil quilómetros quadrados por hora...50 quilómetros por
minuto...
A destruição das florestas tropicais do planeta é considerada por muitos como a mais terrível ameaça ao
equilíbrio ecológico da Terra, porque pode vir a ter consequências que hoje não conseguimos nem se quer
avaliar. As grandes florestas tropicais localizam-se em uma estreita
faixa do globo, próxima ao equador, na África, Ásia, América Central e do Sul, e estão
desaparecendo tão rapidamente que se prevê que no ano 2000 já estarão extintas em pelo menos 80%.
Florestas tropicais são tecnicamente definidas como florestas localizadas em áreas tropicais, com índice
fluviométrico anual entre 4 e 8 metros. Mais do que isso, são um autêntico laboratório natural para todos
os tipos de vida animal e vegetal. A existência das florestas tropicais representa um elo essencial da
cadeia ecológica que mantém o equilíbrio na biosfera terrestre.
VOCÊ SABIA?
Embora as florestas tropicais ocupem apenas 2% da superfície terrestre, mas da metade do
total de espécies vegetais, de animais e de insectos do planeta encontram lá seu habitat
natural. Numa área de aproximadamente 6 quilómetros quadrados de floresta tropical é possível
encontrar: mais de 750 espécies de árvores, mais de 1.500 espécies de plantas que
dão flor, 125 mamíferos diferentes, quatrocentos tipos de pássaros, cem répteis, sessenta
anfíbios e inúmeros insectos – inclusive 150 tipos diferentes de borboletas. E apenas 1% dessas
espécies já foram estudadas.
O consumo de madeiras tropicais no mundo cresceu quinze vezes desde 1950. Somente
uma árvore está sendo plantada para cada dez que são cortadas.
Uma em cada quatro drogas empregadas pela indústria farmacêutica tem origem vegetal, em espécies
típicas das florestas tropicais. Aproximadamente 70% das plantas classificadas pelo Instituto de Câncer
dos Estados Unidos como indicadas para o tratamento do câncer são
encontradas exclusivamente nas florestas tropicais; existem 1.400 espécies vegetais nas
florestas tropicais que, pelo menos em teoria, podem ser consideradas úteis para a terapia do câncer.
As florestas tropicais – como toda reserva verde – produzem oxigénio carbónico. e consomem gás

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
A América Latina e o Sudeste Asiático já perderam 40% de suas florestas tropicais. 118
O desmatamento contribui com uma percentagem que varia de 10 e 30% para o aumento das emissões
de gás carbónico na atmosfera. Em 1987, as queimadas praticadas em plena floresta
(método usado para limpar e preparar o terreno para plantio e pastagens) jogaram na
atmosfera cerca de 518 milhões de toneladas de gás carbónico, aproximadamente um décimo do total
resultante da queima de combustíveis fósseis no mesmo ano.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM AS FLORESTAS TROPICAIS:
As florestas tropicais do planeta estão sendo destruídas para ceder espaço a diversas actividades criadas
pelo progresso: assentamento de poluição e de projectos agrícolas e pastorais; implementação de grandes
usinas hidroeléctricas, de barragens e de complexo rodoviário que sempre acompanha esses projectos.
O solo das florestas tropicais não é fértil: apenas uma pequena camada da superfície pode ser considerada
agricultável, em função da presença de nutrientes no solo. Na floresta tropical, os nutrientes mais
importantes se acumulam na própria vegetação que cobre o solo. Quando uma área da floresta é destruída
para dar lugar, por exemplo, a pastagens, o solo se exaure em pouco mais de dois anos. O gado, então, é
levado para outra região. E da floresta tropical já nada resta: foi transformada em deserto.
O QUE FAZER
Estamos diante de uma luta que não é apenas política: temos de defender uma preciosa área do planeta.
Quem sabe o que se esconde numa floresta tropical ainda virgem?
Talvez esteja lá a cura do câncer ou alguma nova espécie de alimento que venha a salvar da fome as
próximas gerações. Infelizmente, só podemos convencer empresas e entidades que estão explorando
nossas florestam a diminuírem a devastação.
Participe de movimentos em defesa das florestas.
Procure alternativas para o uso de madeira de lei em móveis e todo tipo de assim
bjectos, forçando
uma queda no consumo.
PLANTA UMA ÁRVORE
Na época do descobrimento do Brasil, a Mata Atlântica possuía 1.085 544 quilómetro quadrado
de área; hoje, restam apenas 8% da mata origem.
As árvores têm papel fundamental na questão do aquecimento do planeta, o chamado efeito estufa, na
medida em que depende delas a redução de gás carbónico da atmosfera. Portanto, uma maneira de lutar
contra isso é plantar uma árvore, o que pode ser muito mais simples do que você imagina.
VOCÊ SABIA?
Dez mil anos atrás, antes de haver agricultura, mais de 60 milhões de quilómetros quadrados de área do
planeta eram revestidos de florestas. Actualmente, mal temos 40 milhões de quilómetros quadrados onde
ainda existem árvores. Só entre os anos 50 e 80 deste século, o que equivale a pouco menos de dois
Brasis.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Em algumas áreas, o desflorestamento aumenta a taxas assustadoras. Um americano médio usa o 119
equivalente a sete árvores por ano; no total, são mais de 1,5 bilhão de árvores anualmente, apenas nos
estados Unidos.
A cada ano são destruídos 112 mil quilómetros quadrados de florestas tropicais; alguns países que até
pouco tempo eram exportadores de madeira, como a Nigéria, hoje se vêem obrigados a importá-la.
A interdependência entre árvores, vida animal e vida humana é fundamental: para viver, necessitamos de
oxigénio e eliminados gás carbónico, e o oposto acontece com as árvores.
Qualquer redução significativa da área de florestas afecta a atmosfera extensão, terrestre e, por
todas as formas de vida.
Através do gás carbónico, as árvores “neutralizam” o efeito estufa. Só a queima de
combustíveis fósseis lança
5,6 bilhões de toneladas de gás carbónico na atmosfera, e as
árvores são responsáveis pela absorção de 50% disso. Estima-se que cada árvore adulta consome,
em média, cerca de 6 quilos de gás carbónico do que as árvores rurais.
A perda de uma árvore reduz não apenas o consumo de gás carbónico presente na atmosfera,
mas acrescenta ainda mais gás carbónico ao ar que respiramos. Quando ma árvore morre
naturalmente, esse gás é liberado de maneira muito lenta; porém, quando uma árvore é cortada ou
queimada, a libertação do gás é súbita e rápida, o que torna a absorção pela atmosfera muito mais difícil.
Em termos planetários, a destruição de árvores é o factor responsável por 25% do total de gás carbónico
no ar.
Árvores também afectam a temperatura local – novamente, árvores urbanas mais rurais -, pelo facto de
oferecerem sombra e resfriarem certas áreas pela evaporação das águas. A existência de pequenos
bosques urbanos pode significar, portanto, uma redução de até 12° C na temperatura ambiente, o que
implica em menos dispêndio de energia, por exemplo, com aparelhos de ar condicionado.
O QUE FAZER
Se você quiser plantar uma árvore, mas não sabe por onde começar, vá ao viveiro de sua cidade (Jardim
Botânico, Horto Florestal, Departamentos de Parques e Jardins), ou entre em contacto com alguma
associação de agricultores. Plantar uma árvore é mais fácil do que você imagina, e existem pessoas não só
dispostas a ajudá-lo, mas também muito entusiasmadas com sua iniciativa.
Procure organizar um grupo interessado em “reflorestar”, por exemplo, sua rua ou seu bairro.
As prefeituras costumam atender pedidos de plantio de árvores em vias públicas ou
mesmo em terrenos particulares.
RESULTADOS:
O plantio de 100 milhões de árvores urbanas pode reduzir a emissão de gás carbónico em cerca de 18
milhões de toneladas.
Plantar árvores tem um efeito cumulativo: cada árvore plantada significa benefício por muitos anos. Se,
por exemplo, 100 mil pessoas se encarregassem de plantar, cada uma, uma árvore

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
em 1990, estas mesmas árvores ainda estariam absorvendo por ano mais de 500 mil quilos de gás 120
carbónico, no ano 2010. Mas, se as mesmas pessoas plantassem uma árvore por ano, de
1990 até o ano 2010, as árvores estariam absorvendo 1 bilhão de quilos de g DIGA s carbónico.
NÃO AOS AGROTÓXICOS
O uso indiscriminado de pesticidas tem provocado cerca de 1 milhão de casos de
envenenamento agudo por ano no mundo.
O DDT foi introduzido no mercado na década de 40 e recebido como um autêntico milagre; depois de
milhares de anos de luta contra as pragas que atacavam as lavouras, o ser humano afinal encontrava um
modo “seguro” e “eficiente” de acabar com elas. Com o emprego do DDT, diziam os cientistas, o solo se
tornaria mais produtivo e estaríamos mais próximos de acabar com a fome no mundo.
Não foi exactamente o que aconteceu. Logo descobriu-se que o DDT era tóxico, não apenas para os
insectos, mas para qualquer forma de vida. O DDT – assim como outros pesticidas – afecta a cadeia
alimentar, pois os insectos que ele mata serviriam de alimento para pequenos mamíferos, que por sua
vez alimentam pássaros, que por sua vez Dessa maneira, o DDT
abalou o equilíbrio ecológico e acumulou-se nos organismos vivos, sejam peixes, animais
selvagens de um modo geral e até o homem. (O leite materno já contém resíduos de pesticidas.)
A história do DDT serve de ilustração para o que aconteceu com muitos outros pesticidas químicos. No
começo, pareciam perfeitos; actualmente, já não há como fugir da evidência de que são um verdadeiro
desastre ecológico. Embora sejam produzidos tendo em vista “alvos” específicos, acabam por envenenar
outras formas de vida animal. Já alcançaram o lençol de
água no subsolo e contaminaram a água potável. Estão destruindo o solo, matando
microrganismos essenciais, micróbios e, por exemplo, as úteis minhocas.
Além disso, são terrivelmente perigosos para os seres humanos, principalmente as crianças, já que os
médicos pouco conhecem sobre o diagnóstico e o tratamento de doenças relacionadas de agro tóxicos, o
que dá em torno de 1,2 quilo por pessoa; em todo o mundo foram vendidos 2 milhões de toneladas, cerca
de meio quilo por pessoa.
Por sorte, temos recursos naturais que substituem plenamente, e com vantagens, os pesticidas químicos.
Como consumidores, podemos impor que os produtos rurais os apliquem. E jamais devemos nos esquecer
deles, em nossos jardins e em nossas casas.
VOCÊ SABIA?
Ironicamente, os pesticidas
não têm conseguido aumentar o índice de produtividade na
agricultura. O governo britânico, inclusive, tem relatórios comprovando que, ao se reduzir o uso de
pesticidas no campo, as lavouras chagam a produzir mais durante um certo período de tempo, e não o
contrário.
Existem mais de cem componentes activos nos agro tóxicos, aos quais já se pode atribuir o nascimento de
crianças com problemas físicos, o surgimento de diversos tipos de câncer e

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
alterações genéticas, além de doenças do sistemas nervoso, deficiências respiratórias e até perda de 121
memória.
Uma verdade á qual não se pode fugir: mais cedo ou mais tarde, as pragas alvo desenvolvem
resistências aos pesticidas, tornando assim inútil ao seu emprego. Já existem mais de 440
espécies de insectos e de ácaros e setenta tipos de fungos que já são resistentes aos
pesticidas.
Os pesticidas considerados “de uso doméstico” são tão venenosos quanto os empregados em maior
escala na agricultura.
O QUE FAZER
Procure informar-se sobre as alternativas que existem:
Elas funcionam mesmo. Em
1982, a cidade americana de berkeley, na Califórnia, proibiu
oficialmente o emprego de herbicidas e pesticidas em áreas públicas. Desde então, a cidade
tem conseguido manter em
excelente estado os parques públicos, sem precisar recorrer a
produtos tóxicos.
Compre e consuma produtos chamados “orgânicos”:
Investigue se na sua cidade existe algum entreposto de produtos naturais, plantados e cultivados sem o
uso de pesticidas químicos. Nas capitais , as lojas naturalistas já são comuns. Se houver interesse da
produção, cada vez mais sítios e lojas desse tipo irão surgir.
Na Califórnia, por exemplo, a produção de “alimentos naturais” cresceu 20para 100 milhões de dólares
em apenas quatro anos.
Cuidados:
Lave bem frutas e verduras, pois assim elimina-se parte dos resíduos dos pesticidas.
Não dê a bebés alimentos que possam estar contaminados. Batatas, tomate e morangos são alguns dos
produtos mais “bombardeados” por pesticidas.
Nunca jogue pesticidas pelo ralo, pois contaminam o nosso já poluído sistema de esgoto.
Para acabar com pulgões, use um pouco de água com sabão, pois isso elimina a película de gordura
desse insectos, e sem ela não sobreviverão.
CONVIVA COM O VERDE
Existem trezentos parques nacionais nos Estados Unidos (30% do território americano) que
recebem a visita de 200 milhões de pessoas por ano; no Brasil são 25 (1,5 do território
nacional), mas apenas nove estão abertos, para 100 milhões de visitantes em média.
Turismo ecológico seria a solução ideal para um desenvolvimento económico aliado à
protecção ambiental, pois permitiria que os próprios parques, mediante cobrança e pequenas taxas de
ingresso, obtivessem recursos financeiros para a sua sobrevivência.
VOCE SABIA?
Além de falta de verbas, os parques nacionais brasileiros não possuem recursos humanos. Nos Estados
Unidos, cerca de 39 mil pessoas trabalham como voluntárias nos parques todos os anos.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Os parques brasileiros estão constantemente expostos à acção de empresas mineradoras, caçadores, 122
desmatadores e invasores. Na Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro, considerada a maior floresta urbana do
mundo, há exploração particular de pedreiras de granito ornamental, actividade que prejudica o meio
ambiente e provoca o deslizamento de terra nas encostas.
Nos últimos anos surgiram diversos hotéis considerados ecológicos, alguns dele em plena
selva amazónica. São bangalôs rústicos que propõem diversos programas ligados à natureza,
como a observação de pássaros e animais e caminhadas na floresta acompanhamento
sempre com o
de guias especializados.
Os principais “santuários” para um roteiro ecológico são a Amazónia e o Pantanal, mas existem outros
lugares de atracção turística nos mais variados pontos do território nacional.
Como em diversos países, os brasileiros começam a promover excursões para limpar trilhas de
montanhas, florestas, parques e cavernas. O objectivo é chamar a atenção para o turismo predatório que se
pratica sobre o meio ambiente.
O QUE FAZER
O turismo desordenado tem
um poder destruidor, basta olharmos para o que restou de
algumas praias do Nordeste. Mas é possível mudar a mentalidade das pessoas quanto à importância de se
visitar um parque, uma floresta ou uma praia sem destruir uma folha se quer. O objectivo do turismo
ecológico é aproximar as pessoas da natureza.
ENVOLVA-SE
ADUBO ORGÂNICO
Cinquenta e dois por cento do lixo domiciliar da cidade de São Paulo é composto de material
orgânico.
Grande parte do material orgânico que você joga na lata de lixo em casa (desde flores até maças
mordidas) pode ser transformada num fertilizante muito rico em nutrientes. Isso não
significa, é claro, que basta jogar as flores murchas e as maças mordidas no jardim. É
necessário reunir esse lixo orgânico num local especialmente construído para receber e “tratar” o lixo.
Nesses depósitos, bilhões de microrganismos presentes no lixo trabalham para decompor a matéria
orgânica, de forma e torná-la mais digerível às plantas. O composto final que resulta desse processo –
chamado de compostagem -, misturado à terra, melhorará a textura do solo e também aumentará a
retenção de água e ar.
Esse adubo caseiro, além de ser uma fonte natural de nutrientes, é uma solução para o
problema do lixo orgânico, o qual, de outro modo, serviria apenas apara ocupar espaço nos depósitos
de lixo das cidades.
VOCÊ SABIA?
A cada ano, os americanos jogam no lixo 24 milhões de toneladas de folhas e grama, que poderiam
ser aproveitadas para adubo orgânico.
Uma família média americana produz mais de 600 quilos de lixo orgânico por ano.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Existem na cidade de São Paulo duas usinas de compostagem, com capacidade de processar 1 600 123
toneladas de lixo por dia (dessas, resultam 800 toneladas de adubo orgânico).
Quando o lixo orgânico é “tratado” e existe uma colecta selectiva, os resultados podem
surpreender. A cidade americana de Davis, na Califórnia, conseguiu reduzir à metade de lixo urbano.
O QUE FAZER
Comece a preparar seu próprio lixo orgânico para ser tratado, o primeiro passo pode ser, por exemplo,
varrer o quintal e empilhar as folhas e os restos de grama num canto do jardim. Não é o sistema ideal,
pois esse lixo ocupa muito espaço, mas as folhas entrarão em decomposição, acabarão por se misturar à
terra e, novamente, o espaço será liberado.
Tratamento mais sofisticado de lixo orgânico envolve um pouco mais de esforço:
Separe o lixo orgânico e coloque em recipientes separados.
Informe-se sobre como proceder quanto ao mau cheiro e manter a necessári circulação do ar.
Basicamente, o recipiente precisa ser “ventilado”, para permitir a entrada de microrganismos que irão
decompor o lixo; no caso de uma caixa de madeira, por exemplo, será necessário retirar algumas ripas.
Movimentar o recipiente de um lado para o outro evitará o mau cheiro.
Se você tem quintal, mas não tem jardim:
Ainda assim o tratamento doméstico do lixo orgânico valerá a pena, pois poderá oferecer os compostos
orgânicos aos vizinhos que precisem que precisem dele.
COLECTA DE SELETIVA DE LIXO
Na cidade de São Paulo, a colecta selectiva de lixo atinge 60 mil moradores de 04 bairros e
reduz em 72 toneladas o volume mensal de lixo.
Esperamos que, a essa altura, você já esteja convencido das vantagens da reciclagem. Mas o que fazer
quando se olha ao redor e se percebe que em nossa cidade ou região não existe nenhum programa de
reciclagem?
Depois de consultarmos especialistas em reciclagem, nosso conselho é que você procure fazer contacto
com outras comunidades que tenham tentado( e conseguido) implantar programas de reciclagem.
VOCE SABIA?
O lixo domiciliar corresponde a 57% do lixo da cidade de São Paulo. A
colecta selectiva diminui em 42% o peso do lixo a ser colectado.
Segundo a ONU, Organização das Nações Unidas, o Brasil joga no lixo anualmente
4,5% de seu produto interno bruto, isto é, de tudo aquilo que se produz, o equivale a 11 bilhões de dólares
jogados pela janela, ou 10% da dívida externa.
COMO SEPARAR O LIXO EM CASA:
Tenha sempre 02 cestos de lixo, um para material orgânico e outro para o reciclável.
As prefeituras que adoptam a colecta selectiva distribuem sacolas especiais, mas você pode usar outro
recipiente, como caixas de papelão.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Como você já viu, plástico, papel, vidro e latas são materiais recicláveis. Procure lavar as 124
embalagens, como as de iogurte e as latas de conserva antes de colocá-las no saco ou caixote.
Lixo reciclável limpo obtém maior valor na revenda.
O lixo restante – orgânico – deve ser colocado em sacos plásticos comuns, que serão
recolhidos normalmente.
O lixo selectivo geralmente é recolhido uma vez por semana por caminhões da prefeitura.
RESULTADO
A reciclagem é a forma mais racional de eliminação de resíduos, pois o material usado volta
para o ciclo de produção (
nas indústrias ou na terra ), o que soluciona o problemas de
superlotação nos aterros sanitários. Precisamos nos consciencializar de que nós somos os poluidores do
planeta e temos obrigação de contribuir para uma solução eficaz.
O LIXO RADIOACTIVO
O Brasil ainda não tem uma legislação que trate do destino no lixo nuclear
O pior acidente nuclear que o mundo já presenciou foi a explosão de um dos quatros reactores da central
soviética de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, quando 31 pessoas morreram e 135 mil tiveram de deixar
suas casas.
No Brasil, o caso mais sério aconteceu em Goiânia (GO), quando uma cápsula de césio 137, usada em
radiografia foi vendida como sucata a um ferro velho. Quatro pessoas morreram e
dezenas ficaram feridas. A principal causa desse acidente foi a deficiência na legislação
nacional sobre rejeitos atómicos, pois com excepção do Estado de São Paulo, até aquela data não havia
nenhuma fiscalização de equipamentos radiológicos no país.
VOCÊ SABIA?
Três anos depois do incidente de Goiânia, as 3,4 toneladas de lixo radioactivo recolhidas na área do
acidente continuam em um depósito provisório nos arredores de Goiânia.
Um desabamento, em Março de 1985, lançou ao mar seis cápsulas de césio 137, além de outras fontes
radioactivas; o material estava no interior do laboratório de Radioecologia do complexo nuclear de Angra
dos Reis. A Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN – afirma que há pequena possibilidade de
contaminação do meio ambiente, Furnas Centrais Eléctricas vem fazendo análises frequentes nas águas da
região.
Em Março de 1988, um veículo do Instituto de Radioprotecção e Dosimetria – ligado directamente à
CNEN – com amostras radioactivas (água, lodo, água do mar, peixes) sofreu um acidente próximo a
Angra dos Reis. Em Agosto, um bateu contra um outdoor na cidade de São Paulo; o veículo transportava
uma cápsula de irídio 192. Em ambos os acidentes não foram registados vazamentos.
No campus da Universidade de São Paulo, por onde circulam diariamente milhares de pessoas, existem
200 toneladas de lixo radioactivo.
A Usan, Usina de Processamento de Areias Monzaíticas de Santo Amaro, na cidade de São Paulo,
apresentou vazamento de radiação no início de 1990. A usina se localiza em área residencial e aos
moradores desconheciam a actividade da empresa.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
O QUE FAZER 125
Exija uma legislação que regulamente o armazenamento de material radioactivo.
RESÍDUOS PERIGOSOS
A região metropolitana de São Paulo produz anualmente 2,5 milhões de toneladas de lixo
industrial e, desse total, 85% são lançados de forma inadequada sobre o solo, causando danos
ao meio ambiente.
Lixo tóxico é o veneno produzido pelas nossas indústrias ou nosso estilo de vida. Contém uma mistura de
diversos produtos químicos que utilizamos e, dos quais, posteriormente, nos desfazemos. Por ser esse lixo
tão perigoso, é muito difícil encontrar uma maneira segura de livrar-se dele.
Muito de nós sem nos darmos conta do fato, jogamos pelo ralo a pia os restos tóxicos de muitos produtos
que empregamos diariamente. É aí que reside o grande perigo: as estações de tratamento de água não
estão equipadas para a descontaminação de detritos químicos potencialmente tóxicos. O resultado pode
ser um grave processo de contaminação.
Livrar-se de restos químicos jogando-os no quintal de casa ou num terreno baldio também não resolve,
porque produtos infiltram- se no solo, são carregados pela água da superfície, como a da chuva, ou ainda
podem contaminar o ar que respiramos.
Como existe em circulação muitos produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, é importante que
saibamos lidar com eles, quais os riscos que corremos, como armazenar nossos “venenos domésticos” e
como nos desfazemos dos restos.
VOCÊ SABIA?
Fazem parte do lixo tóxico que frequentemente temos em casa: tintas e solventes, baterias de carro,
pilhas, limpadores de forno, produtos para desentupir pias e vasos sanitários, naftalina, ceras para
polimento, limpadores de tecidos e tapetes, pesticidas em geral e lustra - móveis.
Alguns metais pesados são considerados essenciais para o nosso organismo – me
quantidades mínimas - como o manganês, o cobre e o zinco. Porém, em grandes quantidades tornam -se
nocivos à saúde. Alguns – são o caso do chumbo, mercúrio e cádmio
– São venenoso, e compostos químicos desses elementos podem se armazenar em animais, plantas e no
homem. Os metais pesados penetram em nossos organismos de diferentes maneiras: proximidades de
minas de onde são extraídos (gases tóxicos), na poluição que as indústrias soltam no ar e na água e
alimentos contaminados.
Sete por cento do lixo gerado pelas indústrias da Grande São Paulo é considerado perigoso e não recebe
nenhum tipo de cuidado. Por terem de pagar para depositar o lixo em aterros sanitários, muitas indústrias
paulistanas jogam seus resíduos perigosos em “lixões” clandestinos, sem que haja fiscalização e controle.
Nos últimos anos tem-se praticado uma nova e sinistra maneira de se desfazer de lixo tóxico.
Os países do primeiro mundo, grandes produtores de material perigoso, pagam aos dos
terceiros mundo par que recebam seus detritos tóxicos. Como a maioria desses países não

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
adopta medidas de segurança para manusear tais substâncias, o risco de danos ao meio ambiente é 126
enorme.
Não existe maneira segura de se livrar de lixo tóxico. Precisamos, sim, é reduzir drasticamente a
quantidade de produtos tóxicos que geramos e consumimos.
O que fazer para armazenar esses produtos:
Conserve as embalagens originais. Assim, estará evitando, pelo menos e pessoa
parte, que uma
qualquer utilize o produto tóxico para fins diferentes.
Verifique se os rótulos estão bem colocados às embalagens.
Guarde-os em local fresco e seco, bem longe das crianças!
Se a embalagens original se partir ou vazar, transfira o conteúdo para outro recipiente, tendo o cuidado de
escrever nele o que contém.
Como reduzir a quantidade de produtos perigosos utilizados em casa:
Compre exactamente o quanto você precisa, na quantidade que vai consumir, pois quanto menos
sobrar, menores serão os restos que acabarão no lixo ou no ralo da pia.
E, sempre que for possível prefira os produtos menos tóxicos.
O que fazer com as sobras:
Recicle, sempre que possível. Procure localizar, em sua cidade, os centros e programas de reciclagem
que existem.
Telefone a uma estação de tratamento de água e informe-se de como dispor dos restos
líquidos. Procure um departamento de saúde para o que fazer com os resíduos sólidos.
Engaje-se em programas de colecta de resíduos tóxicos. Estes programas no entanto, ainda são raros. Sem
sua cidade não houver nenhum, entre em contacto com as lideranças políticas ás quais você tiver acesso e
apresente sugestões. Muitos dos programas mais bem sucedidos começaram, simplesmente, com único
cidadão preocupado com o futuro.
ENERGIA ALTERNATIVA
Parte da energia eléctrica consumida pela cidade de Ribeirão Preto (SP)
rovém de usinas
termoeléctricas que utilizam o bagaço de cana produzido na região.
Retirar energia do meio ambiente não é uma idéia recente. Durante muitos séculos foram usados o vento e
a água como fonte de energia, até que a Revolução Industrial do Século 18 tornou necessária a utilização
de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão.
Esses combustíveis levaram milhões de anos para se formar no subsolo do planeta; o homem, porém, usa
de maneira descontrolada essas fontes de energia, que tendem a se esgotar rapidamente. Daí a
necessidade de se procurar alternativas, que sejam eficazes e duradouras. VOCÊ SABIA?
Todas as fontes de energia renovável vêm, em última instância, do Sol; apenas um milésimo de um
milionésimo de energia solar é absorvida pela Terra. Mas isso já é o suficiente para produzir ventos e
ondas ( pelo aumento nas rochas das “profundezas” do planeta)e energia solar, que significa “capturar” a
própria energia do sol.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Outros exemplos de energia renovável são o gás metano, criado nos aterros e fossas 127
sanitárias, e as “ fazendas de vento” (energia eólica), que estão suprindo de energia diversas regiões dos
Estados Unidos.
Estão sendo feitas experiência com gás natural (biogás) em indústrias e colectivos. O biogás em
indústrias e colectivos. O biogás não polui e substitui todos os derivados de petróleo.
As usinas de cana do Estado de São Paulo utilizam bagaço de cana para gerar dois terços de sua própria
energia.
O QUE FAZER
Economize energia, pois assim será menor a urgência de se encontrar alternativas.
Cobre das empresas e do governo uma melhor eficiência dos aparelhos electrodomésticos. Em São Paulo,
por exemplo, a voltagem das residências varia entre a cerca de 100 e 140 volts, o que faz com que os
aparelhos electrodomésticos sejam fabricados para operar nesse intervalo de voltagem. Isso diminui sua
eficiência, aumentando o consumo de energia.
As construções das grandes cidades, como edifícios de escritórios e shoppings centers, deveriam ser mais
bem elaboradas, aproveitando melhor os materiais de construção utilizamos não obrigamos o uso
indiscriminado de ar - condicionado.
Energia solar – das alternativas renováveis, a mais popular:
A médio prazo, instalar painéis de energia solar sai mais barato do que a utilização de energia eléctrica.
Para quem vive em regiões remotas, num prazo de um a dois anos, a captação de energia solar sai mais
económica do que gerador, que precisa de combustível para produzir energia.
Painéis de energia solar substituem a electricidade na iluminação doméstica: lâmpadas e alguns aparelhos
como geladeira e televisor funcionam sem problemas (entretanto, aconselha- se usar geladeiras adaptadas
para energia solar, como consumo de energia mais baixo). Para o aquecimento de água e para aparelhos
que necessitem de mais energia, como é o caso do ar - condicionado, é necessário um colector solar.
No Brasil, os painéis solares são usados com mais frequência em torres repetidoras de televisão da
Embratel (Empresa Brasileira de Telecomunicações), plataforma de petróleo, fazendas (também para a
irrigação e electrificação de cercas)e outdoors, sendo encontrados até em brinquedos – como, por
exemplo, carrinhos com um pequenino painel solar ligado ao motor, com uma ressalva: a criança precisa
brincar ao ar livre.
Os painéis de energia solar não necessitam de manutenção por cerca absorvem a de vinte anos e
energia do Sol mesmo em dias parcialmente nublados.
OS MANGUEZAIS TAMBÉM MORREM
Os mangues ocupam cerca de 20 milhões de hectares do planeta. No Brasil, calcula-se que
ocupem uma área de 25 mil quilómetros quadrados, distribuídos ao longo do litoral, do
Amapá a Santa Catarina.
Os mangues são a base da cadeia alimentar dos oceanos. No meio do “lodo” considerado inútil durante
muitos anos, crescem os únicos cinco géneros de plantas capazes de sobreviver à

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
salinidade dos mares e à pressão das marés. Suas raízes abrigam microrganismos e pequenos 128
invertebrados, que servem de alimento para os peixes da região, são fonte de matéria orgânica e,
consequentemente, de alimento.
Apesar de sua importância para a ecologia os mangues têm sido destruídos para dar lugar a moradias,
estradas, instalação de complexos industriais e portuários, tornando-se alvos da expansão turístico
imobiliária.
VOCÊ SABIA?
Os mangues são considerados áreas de conservação permanentemente pela legislação federal desde
1965.
Diversas baías, como a de Todos os Santos, Guanabara, Paranaguá, Sepetiba, São
Marcos e Ilha Grande tinham vegetação predominante de mangues. No en anto, a cobertura vegetal
dessas regiões está em acelerado processo de desaparecimento.
No Nordeste do Brasil, o governo de Sergipe e a prefeitura de Aracaju são os maiores
agressores, através da construção de conjuntos habitacionais, entradas e loteamentos.
A moderna estrada costeira que integra o pólo turístico Costa do Sol, na Paraíba, destruiu uma grande
área de maguezais.
Em Santa Catarina, 30% doa 92 quilómetros quadrados de mangues já foram devastados.
No Estado de São Paulo, inúmeros loteamentos de veraneio foram construídos sobre os mangues
paulistas, além de complexos industriais e portos.
Na baía da Guanabara, 80 quilómetros quadrados de mangues tentam ainda sobreviver à
ocupação do homem, mas recebem dejectos de mais de setenta indústrias, além de servir de combustível
para os fornos de olarias da região.
No litoral, onde os mangues foram aterrados, é grave problema de erosão, do solo.
No Recôncavo Baiano, trechos de mangue foram transformados em fazendas de camarões para
exportação. Em Valença, a madeira dos maguezais foi usada para a fabricação de barcos. O exemplo mais
triste de devastão aconteceu em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
No fim dos anos 50, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek, a indústria naval
brasileira se instalou em Angra; em 1969, a região assistiu à construção de uma central
nuclear, de um terminal petrolífero e da Rodovia BR101, a RIO – SANTOS. O desenvolvimento trouxe
também o turismo e, no início da década de 70, a Embratur aprovou a instalação de
hotéis e loteamentos para condomínios fechados. Segundo a revista Manchete (edição
30/06/90), para legalizar a questão da terra – protegida pela legislação - em 1972 Angra foi declarada área
de prioridade para reforma agrária. Dessa maneira, os caiçaras e posseiros deram lugar a uma rentável
exploração imobiliária. Um milhão de metros quadrados de mangues foram destruídos, 40% da vegetação
nativa.
O QUE FAZER
Exija a protecção dos mangues pelo governo federal. A
FLORESTA AFOGADA

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
De acordo com o plano decenal de energia, serão construídas no Brasil 73 usinas 129
hidroeléctricas entre 1990 e 1999. Até o ano de 2001, 30 mil quilómetros quadrados de
florestas brasileiras serão inundados, deslocando 250 mil pessoas (dessas, 28 mil são índios)
A nova constituição brasileira diz que qualquer actividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente somente poderá ser executada após a elaboração de um relatório de
impacto nacional. Até o fim da década de 80, no entanto, o país assistiu a verdadeiros crimes
ecológicos, verificados em todo o território nacional.
VOCÊ SABIA?
As hidroeléctricas de Sobradinho e Itaparica, ambas no rio São Francisco, foram construídas sem que
houvesse um enfoque sócio – ambiental em seu projecto inicial, cem mil pessoas
tiveram de ser realojadas. O assentamento dessas populações foi definido pela própria
Companhia de Hidroeléctrica de São Francisco, responsável pelas duas obras, sem a participação das
populações envolvidas.
A Usina Hidroeléctrica Doze de Outubro será instalada no rio do mesmo nome, em Vila Bela, a
26 quilómetros da cidade de Vilhena (RO), inundando 4,4 hectares da reserva indígena
Nhambiquara. Estradas de acesso terão de ser abertas, o que vai colaborar para a invasão de garimpeiros e
colonos a região (A reserva de Nhambiquara já foi demarcada oficialmente pelo governo federal.)
A construção da usina de Itaipu, no Paraná, provocou mais impactos sociais que ambientais, pois a região
já havia sido desmatada para cultivo agrícola. Muitos dos colonos que tiveram suas terras desapropriadas
seguiram para Rondônia, onde provocaram o desmatamento da mata virgem.
A barragem da usina de Tucuruí, ás margens do rio Tocantins (PA), foi fechada para a
formação da represa antes que fosse retirada a madeira nobre, arrasou-se com 6 500
quilómetros de riquezas naturais e o lago ficou seriamente poluído pela floresta apodrecida. (Hoje a
floresta submersa está sendo retirada por empresas particulares.) além disso, o lago de
Tucuruí inundou trechos da rodovia Transamazônica, vilas habitadas e áreas dos índios
paracanãs, que há séculos ocupavam aquela terra. Na época, foram feitas denúncias de que teriam sido
utilizados poderosos agros tóxicos para o desfolhamento da floresta.
A hidroeléctrica de Balbina, no rio Uatumã (afluente do Amazonas) repetiu os erros de Tucuruí,
inundando 236 mil hectares de mata virgem. Os índios waimiri-atroaris tiveram de ser
realojados; foram destruídos sítios arqueológicos que nunca haviam sido estudados.
Milhões de dólares (60% a mais do que o previsto) e gera 32 vezes menos energia eléctrica
por quilómetro quadrado de floresta sacrificada. A Eletronorte, responsável pelo projecto,
assumiu que esse foi o maior erro do sector energético do país.
Existem projectos para a construção de hidroeléctricas contribuem para o efeito estufa, pois as
inundações liberam metano na atmosfera.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
As operações de resgate dos animais na maioria dos casos é feita com descaso, simplesmente 130
transferindo-os para as margens da represa, que já está ecologicamente ocupada. Esses
animais entram em competição, podendo até causar a morte de muitos espécimes. O QUE
FAZER
Pressione o governo federal – por meio dos representantes no Congresso Nacional – a adoptar
programas de conservação e redução de energia.
A construção de pequenas usinas hidroeléctricas, ao lado das redes de transmissão já
existentes, reduziria o impacto ecológico, além de ter custo inferior. As centrais eléctricas de Santa
Catarina têm estudos para a construção dessas “miniusinas”.
Devido a pressões internas e externas, as empresas brasileiras do sector eléctrico estão
mudando sua postura para a realização de novos empreendimentos. O resultado imediato foi o
cancelamento de cinco hidroeléctricas na Amazónia, levando em conta a população afectada pelos
projectos, a dimensão das áreas a serem alagadas e a interferência sobre as populações indígenas. As
empresas também incluíram em seus gastos apoio à flora e à fauna das regiões afectadas.
Essas novas medidas que surgem, mais o “endurecimento” do Banco Mundial em financiar a construção
de barragens e reservatórios, contribuem para uma possível solução pacífica da questão, evitando os erros
e atrocidades cometidas no passado.
Mas, enquanto indivíduos, precisamos fiscalizar e cobrar o que está sendo feito no campo energético.
MAIS GRÃOS, MENOS CARNE
De acordo com os dados da entidade americana Diet for a New America, mais de 1 bilhão de
pessoas poderiam ser alimentadas pelos grãos que servem de ração todos os anos ao rebanho
de gado dos Estados Unidos.
É difícil alguém nos dizer o que podemos ou não comer – esta é uma questão muito pessoal.
Mas você precisa estar consciente de como seus hábitos alimentares afectam o meio
ambiente. Muita gente nunca imaginou a quantidade de recursos não – renováveis que são
empregados, por exemplo, no hambúrguer que você comeu hoje no almoço. É hora de
começarmos a pensar no futuro, e tentarmos conservar os recursos naturais de que dispomos. VOCÊ
SABIA?
Segundo o Diet for a New America, se os americanos reduzissem em apenas 10% seu
consumo de carne, a economia de grãos criaria um excedente suficiente para alimentar 60 milhões
de pessoas – o número de seres humanos que morrem de fome no mundo por ano.
Para se produzir cerca de meio quilo de carne bovina são necessários 7,5 quilos de grãos,
9.500 litros de água e a energia equivalente a quase 4 litros de petróleo.
A criação de gado consome mais de metade de toda a água consumida nos Estados
Unidos.
Parece incrível, mas o aumento dos rebanhos de gado faz com que aumente o efeito estufa. Segundo
estimativas, os 1,3 bilhões de bois e vacas existentes no planeta produzem, com seu

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
estrume ao decompor-se, cerca de 100 milhões de toneladas de gás metano. Esse gás é um dos 131
responsáveis pelo efeito estufa, e em nível molecular, o metano retém 25 vezes mais calor do que o gás
carbónico.
Oitocentos e noventa mil quilómetros quadrados de terras nos Estados Unidos foram
desmatados (áreas equivalentes do tamanho da Áustria) no Brasil e metad América
das florestas da
Central foram destruídas para a produção de carne bovina.
Um terço da superfície da América do norte está coberta de passagens para o gado. Metade da área
agricultável americana está sendo usada para o plantio de grãos para alimentar o gado (a maioria bovino).
Vinte vegetarianos “ortodoxos” poderiam alimentar-se com o produto de uma área de cultivo suficiente
para alimentar apenas um “comedor de carne”.
Dos 01 milhão de quilómetros quadrados do território americano que foram reflorestados caso se parasse
de alimentar gado.
Para cada americano que adopte uma dieta puramente vegetariana, 04 mil metros quadrados de cobertura
vegetal não precisarão ser desmatados por ano.
O custo das matérias-primas consumidas para se produzir carne para o consumo americano é maior do
que os gastos em petróleo, gás e carvão nos Estados Unidos.
O rebanho bovino brasileiro é de 128 milhões de cabeças; são abatidas anualmente cerca de 21,4 milhões,
a maioria para consumo interno.
O cultivo de grãos, verduras e frutas consome menos de 5% do total d matérias-primas
necessárias à produção de carne.
O QUE FAZER.
A mais simples providência de todas, mesmo que você seja um “carnívoro” inveterado, é
diminuir seu consumo de carne.
Faça uma experiência: compre um livro de receitas vegetarianas.
Se você tiver um jardim, plante as verduras para o seu consumo. Ficará espantado com a quantidade de
alimento de excelente qualidade que por ser obtido de um simples canteiro verde.
A ONDA DE MERCÚRIO
Entre 1983 e 1989, estima-se que de 250 a 300 toneladas de mercúrio foram utilizadas nos
garimpos do rio Tapajós, contaminando directa ou indirectamente o meio ambiente.
O mercúrio é um metal líquido altamente tóxico a qualquer forma de vida, sendo utilizado na garimpagem
de ouro. Depois de retirado, o cascalho do rio é misturado ao mercúrio líquido. O ouro em pó do cascalho
se aglutina ao mercúrio e o resto do cascalho é jogado fora. Aquece- se então a mistura mercúrio/ouro até
que os dois metais se separam. Durante o processo, 55% do mercúrio evapora; o restante acaba sendo
jogado nos rios. Para cada quilo de ouro retirado dos rios brasileiros, usa-se 1,5 a 3 quilos de mercúrio.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
No leito dos rios o mercúrio reage com os sedimentos orgânicos e é consumido pelos peixes. A 132
outra parte que evaporou acaba se condensando e assumindo sua forma lí uida original. Daí
temos a poluição dos rios, terras, vegetação, meio ambiente e, finalmente, do homem. VOCÊ
SABIA
O desejo de mercúrio na baía de Minamata, no Japão, na década de 50, provocou a morte de mais de
100 mil pessoas.
A tolerância do mercúrio nos seres humanos é de 0,02 ppm (partes por milhão) no sangue de 0,2 ppm
na urina. Na natureza, os teores de mercúrio são baixos, chegando a 1 ou 2 ppm em
certos solos. Alguns garimpos brasileiros já apresentaram contaminação até 2 mil vezes
superior à tolerância biológica. Em serra Pelada, no Pará, a amostra do cabelo de um garimpeiro mostrou
uma taxa de 2,92 ppm de mercúrio.
Muitos peixes migram para outros rios para a desova; assim, peixes contaminados pelo
mercúrio de um rio, podem levar essa poluição a outras regiões.
Os garimpos de ouro muitas vezes utilizam mercúrio contrabandeado, o que torna a operação ilegal. Em
1987, 90% do ouro extraído na região de Poconé, no Pantanal, saiu do Estado de forma ilegal, sem
tributação.
O QUE FAZER
Exija um maior controlo do governo sobre os garimpos, proibindo a importação e o uso ilegal do
mercúrio e boicote o ouro usado nas jóias e outros bens supérfluos.
A PROTEÇÃO DO LITORAL
Só nos primeiros cinco meses de 1989, a Petrobrás derramou 12 mil toneladas de petróleo no
canal de São Sebastião, em São Paulo, e mais de 40 toneladas no terminal de Angra dos Reis,
no rio de Janeiro.
O mais dramático acidente com petróleo aconteceu em 24 de Março de 1989, quando o
petroleiro Exxon Valdez chocou-se contra um iceberg na costa do Alasca, causando o vazamento de 240
mil toneladas de petróleo cru e prejuízos ecológicos irremediáveis para a região. A empresa proprietária
do navio teve de pagar 2 bilhões de dólares para recuperar os estragos.
O caso do Exxon Valdez nos chama a atenção para o problema dos constantes vazamentos de petróleo na
costa brasileira e no perigo que isso significa para o nosso tão ameaçado meio ambiente.
VOCÊ SABIA?
Em 1989, foram registados 68 derramamentos de petróleo nas instalações da Petrobrás em todo o país. Ao
contrário do que acontece nos Estados Unidos, a empresa estatal brasileira não paga pesadas multas por
destruir o meio ambiente.
A Petrobrás tem grandes investimentos na extracção de petróleo em águas profundas, através das
plataformas espalhadas pela costa brasileira. O rompimento de uma tubulação submarina causaria
enormes prejuízos ao meio ambiente da região; conter um vazamento de um possível acidente poderá
levar de vinte a trinta dias – basta lembrar o que aconteceu com a plataforma

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
de Enchova, em Abril de 1988, quando um vazamento de gás deu início a um incêndio e provocou um 133
vazamento de nove milhões de metros cúbicos de petróleo.
Não é só petróleo que polui a costa brasileira. No Pará, centenas de cerrarias contaminam a Ilha de
Marajó com “pó da China” – pentaclorofetano de sódio, altamente tóxico, usado para imunizar madeiras.
O QUE FAZER
Pressione o governo a adoptar uma política de protecção ao meio ambiente, que evite vazamentos de
petróleo e que impeça que outros detritos sejam jogados indiscriminadamente em nossos mares.
Quanto mais se usar formas alternativas de energia e menos se consumir petróleo, menos super
petroleiros navegarão nas costas brasileiras, reduzindo o risco de vazamentos.
AMAZÔNIA
A floresta Amazónica produz 40% do oxigénio do planeta
O desmatamento da Amazónia até o final de 1989 atingiu 404 mil quilómetros quadrados de florestas,
segundo Instituto de Pesquisa Espaciais, INPE. Só em 1989 foram destruídos pelo menos 50 mil
quilómetros quadrados de florestas na região, o equivalente à área do Estado do Rio de Janeiro.
VOCÊ SABIA?
A floresta amazónica armazena 60 bilhões de toneladas de gás carbónico e seus troncos.
A floresta tem sido devastada através de invasões de colonos e aberturas de passagens. Entretanto,
segundo pesquisas do brasileiro Carlos Nobre, o solo da Amazónia é muito pobre
para a lavoura e a região nunca se tornará “ o celeiro do mundo”, a menos que sejam
importadas grandes quantidades de fertilizantes.
Em 1980, apenas 3% do território de Rondônia estava desmatado; em 1989, o desmatamento alcançou
24%.
As quatro siderúrgicas de ferro- gusa situadas ao longo da ferrovia Carajás, no Pará,
consumiram 1,2 milhão de árvores para a produção de carvão em 1989. Outras siderúrgicas
obtiveram permissão para se instalar na região, atraídas pelos incentivos fiscais e pela
possibilidade de ter madeira barata a seu redor. Caso essas siderúrgicas sejam efectivamente instaladas,
até o ano de 2000 a devastação atingirá 1 mil quilómetro quadrados das florestas.
O surgimento de estradas na floresta provocou a devastação de pelo menos duas regiões: no Acre, entre a
capital Rio Branco e a cidade de Basileia ( quase divisa com a Bolívia), e no Maranhão, entre os
municípios de Açailândia e Imperatriz ( a 20 quilómetros da mata amazónica).
Para expor 04 mil toneladas de bauxita por ano durante a década de 80, um consórcio de empresa
nacionais e estrangeiras praticamente matou o Lago da Batata, à margem do rio trombetas, no Pará. A
poluição foi causada pelo escoamento da água de lavagem de bauxita, carregada de argila.
O QUE FAZER

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Exija que o governo implante um a política ambiental para proteger o que restou de nossas 134
florestas. Uma boa maneira de os ecologistas internacionais ajudar de forma concreta a
Amazónia seria pressionando seus governos a vender carvão mineral a preços subsidiados às siderúrgicas
brasileiras, que deixariam de derrubar árvores para obter carvão vegetal.
POR DENTRO DO PANTANAL
Todos os anos 1,7 milhão de peles de jacaré Caiman saem do Pantanal, contrabandeadas
pelos “coureiros”
O pantanal é uma região de 140 mil quilómetros quadrados, localizada nos Estados de Mato Grosso do
Sul, onde vivem 1 500 espécies de animais. É a maior planície inundável do mundo e está sendo alvo de
desmatamento para abrigar rebanho bovino.
VOCÊ SABIA?
Além do jacaré, outras espécies de animais do Pantanal podem ser extintas, como é o caso da
ararinha, onça capivara, arara-azul e diversos tipos de peixe (dourad piracanjuba).
, pintado, pacu,
A cada ano, os garimpos lançam no Pantanal entre 100 e 120 toneladas de mercúrio,
provocando devastações sem precedente. Anualmente, são extraídas 60 toneladas de ouro e 400 mil
quilates de diamantes.
O assoreamento – causado pelas lavouras malfeitas – e a erosão provocam o acúmulo de 05 bilhões de
areia no leitos dos rios. No inicio da década de 80, o rio Taquari tinha 15 metros de profundidade; hoje,
mal suporta barcos com o motor de popa.
O cultivo da terra joga agros tóxicos nas águas, o que afecta a vida dos peixes, animais silvestres e até do
homem pantaneiro.
Cinquenta por cento dos peixes do rio Paraguai já não procuram o rio Taquari para a desova, devido às
barreiras de entulho no Taquari, que impedem a travessia. Essa é uma séria ameaça aos animais que se
alimentam de peixe, como o tuiuiú, maguari, gaivota, jaca é e outros.
Os fazendeiros fecham a baías – lagoas existentes nos rios - , onde ocorre o desenvolvimento dos peixes
(eles permanecem nessas lagoas até alcançarem a idade adulta). A impossibilidade de seguirem para os
rios para onde escapar, morrem por asfixia.
A introdução da tecnologia moderna no Pantanal é uma grande ameaça à ecologia, pois está alterando os
costumes do homem pantaneiro: ele perde respeito pela natureza e parte, por exemplo, à caça do jacaré (a
pele do animal é comercializada a 100 dólares por unidade).
O QUE FAZER
Novamente, cobrar o governo uma política ambiental. A
QUESTÃO DOS ÍNDIOS
Os índios brasileiros, acostumados a viver em harmonia com a natureza. Hoje devastam o
meio ambiente.
O avanço do homem branco expulsou os índios de suas terras, confinando-os em reservas e alterando sua
estrutura sócio - económica. Abandonados pela FUNAI – Fundação Nacional do Índio - , acabam
obrigados a produzir aquilo que a sociedade branca comercializa: destroem

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
suas florestas para vender árvores aos madeireiros – que exercem uma grande pressão sobre os índios 135
carentes de recursos – e acabam se associando a garimpeiros, que poluem ás águas e solos, mas em troca
lhes dão alimentos e roupas.
VOCÊ SABIA?
A reserva Kaiapó, em São Félix do Xingu, está com os rios Fresco e Iriri poluídos pelo garimpo Maria
Bonita, que funciona no interior da reserva com a permissão dos índios.
Os índios são usados como mão-de-obra barata na construção de hidroeléctricas e no projecto Calha
Norte – promovido pelo Exército brasileiro para desenvolver a região da fronteira do Norte do país.
A construção de hidroeléctricas e estradas ameaçam as aldeias; vastas áreas das reservas são inundadas
para as hidroeléctricas, e as estradas cortam suas terras, aumentando a destruição. A BR 174 (Manaus –
Boa Vista) acabou com várias aldeias waimiri - atroari, além de piorar as já hostis relações da nação
indígena com os brancos. A BR 364 (Cuiabá –
Porto Velho), construída com recursos do Banco Mundial, facilitou a invasão das terras dos nhambiquaras
no vale do Guaporé, Mato Grosso.
Os 9 mil yanomamis têm visto suas terras - na fronteira com a Venezuela – invadidas por garimpeiros.
Em 1988, as comunidades indígenas de Rondônia deixaram de receber 1 bilhão de cruzados(
valor da época), o que
corresponde a 60 mil metros cúbicos de madeira, retirada
clandestinamente de suas terras.
Os 2 mil índios pataxós que vivem numa reserva próxima ao Parque Nacional de Monte Pascoal (BA)
venderam madeira nobre para empresas de Porto Seguro. Os madeireiros equipavam os índios com
motosserras.
O QUE FAZER
Pressionar o governo federal a dar mais auxílio aos índios.
GOTAS DE ÁCIDO
Durante uma tempestade na Escócia, em 1974, foi registrado o PH da chuva mais ácido que o
vinagre: 2,4
Ameaça da chuva ácida, que está destruindo lugares para nós tão distantes, como a Floresta Negra na
Alemanha ou os monumentos históricos da Grécia, já afetam nossas florestas, solo e água.
VOCÊ SABIA?
Várias espécies de animais não sobreviveram a um pH abaixo de 5,0 ou se a, meio ambiente ácido.
Quanto mais dependente da água for o animal, maiores suas chances de morrer. No solo, a acidez
prejudica a raiz das plantas e microrganismos responsáveis pela fertilidade natural, principalmente
bactérias associadas a leguminosas como a soja e o feijão.
As chuvas ácidas da Escandinávia, segundo os cientistas, estavam ligadas directamente à poluição das
indústrias inglesas, que instalavam as chaminés mais altas; assim, essas indústrias deixavam o seu ar
bom, enquanto poluíam os dos vizinhos.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
A Floresta da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, já registou chuvas com pH médio de 4,6. Na 136
Amazónia, o pH das chuvas é próximo ao de São Paulo e Rio, devido às queimadas.
O Uruguai acusa o Estado do Rio Grande do Sul de causar as chuvas ácidas que assolam o norte daquele
país. A acidez é provocada pelo complexo termoeléctrico de Candiota, na cidade de Bagé, a 70
quilómetros da fronteira.
No Estado de São Paulo, um projecto está causando muita polémica: a a construção da De
termoeléctrica de Paulínia, maior do país na região de Campinas. acordo com
pesquisadores da USP, a termoeléctrica de Paulínia lançara na atmosfera de 100 a 300 toneladas de
dióxido de enxofre por dia, fora as 100 toneladas já emitidas pelas indústrias químicas da região.
O QUE FAZER
A única solução é diminuir a quantidade de poluição emitida na atmosfera. Na Europa e
Estados Unidos, as industrias são muito poluentes são obrigadas a instalar filtros e os filtros e os governos
investem muito em pesquisas de novas fontes de energia, além de estimularem o uso racional de energia.
Precisamos seguir o exemplo.
DIREITOS DO CONSUMIDOR
A maior arma do consumidor sem dúvida nenhuma é o boicote.
Se não houver vendas, o produto deixará de ser comercializado. Dessa maneira, os
consumidores da Islândia diminuíram a matança de baleias e os american s impediram que
milhares de golfinhos fossem mortos pelos pesqueiros de atum. Como tentamos mostrar ao longo deste
livro, o simples fato de não consumir pode salvar desde tartarugas, elefantes e jacarés até imensas áreas
florestais. Tudo tem seu preço na natureza, portanto, precisamos cada vez menos o meio ambiente.
Outro tópico que não podemos deixar de lado - nunca – é que, enquanto consumidores, temos nossos
direitos e devemos fazer valer a lei.
VOCÊ SABIA?
A Constituição brasileira, aprovada em 1988, contém o Código de Defesa do Consumidor, com legislação
específica para cada caso.
O cidadão brasileiro pode - e deve – encaminhar petições aos Poderes Públicos, solicitando providencias
para questões sobre o meio ambiente (devastações e poluição etc).
O QUE FAZER
Para enviar uma petição:
O primeiro passo é organizar as informações de maneira objectiva, ident ficando o agente causador do
problema e a localização exacta (por escrito ou através de um mapa); fotografias são bastante úteis. Envie
seu relatório pessoalmente ou por intermédio de carta registada – é
importante você ter um protocolo de recebimento desse documento ou um AR (aviso de
recebimento), assim será mais fácil reclamar uma providência. Além dos Poderes Públicos, mande
também para grupos ecológicos e veículos de comunicação de sua cidade e Estado. O

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
direito de petição aos órgãos públicos é assegurado pela Constituição e regulamentado no caso de 137
meio ambiente ( Lei Federal n° 7347/85).
Serviços de atendimento ao consumidor:
Algumas empresas mantêm um canal de comunicação com os consumidores (o telefone ou
endereço para contacto na embalagem do produto), para receber reclamaçõ s e sugestões do
público. Se você comprou uma mercadoria defeituosa, estragada ou se sentiu lesado, poderá ser
ressarcido de seu prejuízo. Se uma determinada empresa não possuir esse tipo de serviço escreva uma
carta com a sua reclamação ou vá pessoalmente fazer sua queixa.
Outra opção é recorrer às entidades de defesa do consumidor de sua cidade, como o Procon
(Departamento de Protecção ao Consumidor) em São Paulo, onde existem advogados
à disposição da população.
Pesquise sempre antes de comprar, principalmente bens duráveis, como electrodomésticos; exija nota
fiscal de tudo o que adquirir, pois é um comprovante de compra que serve como documento pata uma
possível reclamação.
O poder do voto:
Vote consciente. Os parlamentares que você elege para a Câmara dos Deputados e o Senado Federal são
seus representantes no governo. Exija que eles defendam seus direitos de cidadão e que protejam nosso
meio ambiente. Cobrar e exercer nossos direitos é um dever que temos
frequente às futuras gerações, para que elas encontrem um planeta equilibrado. ecologicamente
ENTIDADES ECOLÓGICAS
Este livro é apenas um ponto de partida, para que todos contribuam, a su
preservação da natureza. maneira, para a
Daqui por diante é com você: envolva-se… e não desista!

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Conclusão 138
A educação para a cidadania surge no contexto da gestão flexível do currículo como
componente obrigatória do mesmo e como um espaço de diálogo e reflexão sobre as
experiências vividas, as preocupações sentidas e os temas e problemas relevantes da comunidade e da
sociedade.
Tem como objectivo central, proporcionar a construção de identidade e o desenvolvimento da consciência
cívica dos alunos.
Ser cidadão é, então, também e concomitantemente, construir-se como sujeito, assumir-se como pessoa.
Admite-se como indispensável, nessa construção, uma fundamentação cujas linhas sejam traçadas numa
antropologia de amplas referências culturais, sociais, filosóficas.
A história da cidadania mostra bem como esse valor encontra-se em permanente construção. A cidadania
constrói-se e conquista-se. É objectivo perseguido por aqueles que anseiam por liberdade, mais direitos,
melhores garantias individuais e colectivas frente ao poder e a arrogância do Estado. A sociedade
ocidental nos últimos séculos andou a passos largos no sentido das conquistas de direitos de que hoje as
gerações do presente desfrutam.
Hoje, os profissionais, independentemente das áreas onde eles actuam: médicos, dentistas, vendedores,
jardineiros, borracheiros, professores, jogadores de futebol, administradores de empresas, mecânicos,
cozinheiros, advogados, devem a todo o momento, desenvolver as suas competências, visando a plena
capacitação profissional, num mundo altamente competitivo e
qualificado onde todos nós devemos estar preparados para prestar serviços nas nossas
empresas, com qualidade, eficiência e produtividade.
Com o rápido avanço da tecnologia, muitas máquinas e equipamentos
utilizados para a
produção, existentes nas empresas, possuem sofisticados sistemas de computadores e da robótica, motivo
pelo qual os operadores destas máquinas deverão necessariamente conhecer informática e, em alguns
casos, até o inglês básico.

Perdoem-me os prezados leitores e não vai aí nenhuma crítica, muito menos qualquer
comentário que envolva a qualidade de vida das pessoas, mas, muitas vezes, na nossa vida, não
aproveitamos adequadamente nosso tempo disponível para aplicá-lo no nosso desenvolvimento e
crescimento profissional. Muitas vezes saímos dos nossos trabalhos e, ao
invés de frequentarmos escolas, cursos profissionalizantes, formações, etc, encostamos
"nossos umbigos" aos balcões de bares, muitas vezes jogando tempo, conversa e dinheiro fora.
Poderíamos perfeitamente estar aproveitando este tempo para investir em nós mesmos, permitindo
aumentar a cada dia nosso conhecimento e, o mais importante, estar aplicando este
conhecimento no nosso próprio trabalho ou a favor da comunidade onde act amos. Hoje, fala-
se muito em trabalhos voluntários junto às escolas e entidades filantrópicas. Talvez seja uma
oportunidade de estarmos transferindo nossos conhecimentos para outras p
ssoas carentes e
interessadas em aprender algo de novo.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
Por outro lado, cabe também às empresas investir em formações e na educação para seus 139
funcionários.
Hoje o profissional deverá possuir algumas características básicas: ser pró-activo, ser
generalista, ser flexível, estar propenso a mudanças, entre outras coisas. O que era bom
ontem, hoje já não é tão bom e amanhã, com toda certeza, tornará ultrapassado. Vale a pena lembrar
aquela história, que diz o seguinte: "todos os passageiros de um avião, em chamas, foram obrigados a
saltar de pára-quedas. Caíram em um determinado lugar da selva africana, um japonês e um norte-
americano que, foram abordados por um leão faminto e disposto a devorar a primeira presa que
encontrasse. O japonês, mais que depressa, tirou as calças, a
camisa, o paletó e a gravata e colocou um calções, uma t- shirt um ténis, ronto para iniciar
uma grande corrida. O americano, inconformado, perguntou ao japonês: você acha que pode correr mais
que este leão faminto. O japonês respondeu: mais que o leão não, mas mais que você, com certeza".

Sabe-se que a humanidade sempre utilizou dos recursos naturais sem nem mesmo se
preocupar com as consequências que tais acções reflectiram em todo o planeta.
É nítida a degradação sofrida pelo ambiente e tudo que o compõe, inclusive o próprio ser humano. São
cada vez mais presentes fatos provocados pela “má” acção do homem contra o seu habitat natural,
acarretando assim perdas em diversos âmbitos; como, por exemplo, na
área económica, surgindo necessidades de recuperar o que foi tão maltratado. O
empobrecimento ambiental traz o descontrole social, inclusive entre as nações, reflectindo na qualidade
de vida.
Tais perspectivas tornam evidente o grave problema que já se enfrenta actualmente, dessa
forma exigindo do próprio
ser humano, o único culpado, atitudes de retratamento e
compromisso com a natureza. Uma dessas atitudes há-de ser, indiscutivelmente, no campo
educacional. Afinal, é através da educação que a humanidade pode, de maneira efectiva,
provocar mudanças concretas em seus hábitos perante o planeta. Sabe-se, porém, que tais reformulações
não ocorrem do dia para noite. É necessário um trabalho longo e profundo de consciencialização para que
se promova tão imprescindíveis inovações.
Daí dizer-se da importância de um processo educativo que forme cidadãos participativos,
empenhados em proteger a vida acima de tudo. As crianças, sem dúvida são o ponto principal
desta jornada; são nelas que se encontra a base norteadora de uma nova vis o.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
140
Está actualmente demonstrado que muitos problemas de saúde estão relacionados com o estilo de vida
das mesmas, no qual se incluem os comportamentos de saúde. Uma das vias para promover a
adopção/modificação de comportamentos é a Educação para a Saúde. A Educação para a Saúde, pelo
impacto positivo que pode ter na saúde das pessoas, deve ser um direito de todos os cidadãos em qualquer
fase da sua vida, conforme está reconhecido na carta de Ottawa (WHO, 1986). Deve começar na família,
continuar em todas as fases do sistema de ensino (desde o básico até ao universitário), prolongar-se no
local de trabalho, na comunidade, nos média, etc., promovendo e reforçando as políticas de promoção da
saúde.

A promoção para a saúde através da educação para a saúde constitui uma estratégia chave de
actuação sobre os determinantes da saúde de modo a favorecer e reforçar
s hábitos de vida
saudáveis.
No entanto esta acção não pode ser isolada e nem deve ser ao cargo de uma única instituição ou entidade.
A mesma deve ser fruto da conjugação de esforço inter e intra institucional, onde o envolvimento e
participação comunitária é crucial.

Co-financiado pelo FSE e Estado


Elaborado por Fátima
141

Bibliografia
1. ALMEIDA,ANTÓNIO JOSÉ (2007). Empregabilidade, contextos de trabalho e funcionamento do
mercado de trabalho em Portugal.
Revista de Ciências de Educação, 2 pp.51-58
2. ALVES, NATÁLIA (2007). E se a melhoria da empregabilidade dos jovens escondesse novas formas
de desigualdade Social?
Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 2,pp.59-68
Ajzen, I., & Fishbein, M. (1980). Understanding Attitudes and Predicting Social Behavior.
Englewood Cliffs: Prentice-Hall. Barbosa, A. (1987). Educação para a saúde: determinação
individual ou social? Revista Critica de Ciências Sociais, 23, 169-184.
Bennett, P., & Murphy, S. (1999). Psicologia e Promoção da Saúde. Lisboa: Climepsi.
Carvalho Teixeira, J. A. (2000). O que faz falta na prevenção primária em saúde. In J. Ornelas, & S.
Maria (Eds.), Actas da 1.ª Conferência de Desenvolvimento
Comunitário e Saúde Mental (pp. 71-78).
Lisboa: ISPA. Chapman, S., & Davis, R. (1998). Play it again. Tobacco
Control, 7, 301-309.
Costa, M., & López, E. (1986). Salud Comunitaria.
Barcelona: Martínez Roca.
Cummings, K. M., Morley, C. P., Horan, J. K., Steger,
C., & Leavell, N.-R. (2002). Marketing to America’s youth: evidence from corporate documents.
Tobacco Control, 11 (suppl I), 115-117.
http://www.dianova.pt
http://www.misau.gov.mz/pt
http://www.iefp.pt
http://www.wikipedia.com
http://www.poph.qren.pt
http://www.psicologia.com.pt
http://www.forma-te.pt
http://www.google/images.pt

Co-financiado pelo FSE e Estado

Você também pode gostar