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Manual de Cidadania e Empregabilidade Definitivo 1
Manual de Cidadania e Empregabilidade Definitivo 1
E
EMPREGABILIDADE
Setembro/Outubro de 2010
ÍNDICE
Fundamentação
3
Objectivos e Conteúdos
4
Introdução
5
O que é ser cidadão
6
Cidadania
7
Responsabilidade
9
Ética e Moral
13
Ética e Deontologia Profissional
16
Formação
21
Empregabilidade
31
Ambiente
35
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
43
Promoção da saúde
53
Anexos
60
Conclusão
138
Bibliografia
141
Fundamentação
Curso de Operador/a de Jardinagem, tendo como Entidade Formadora: Competir, Formação e Serviços,
S.A e como Entidade Promotora: Nova Fronteira - Associação para a Reabilitação de
Toxicodependentes, com o nº de projecto 040701/2010/61, apoiado pelos seguintes
programas:
EU (União Europeia)
De acordo com o Referencial de Formação com o Código e Designação nº. 622161, surgiu a
necessidade da elaboração deste manual, cujo objectivo passa não só para servir de instrumento de apoio
e auxílio aos formandos no decorrer das sessões inerentes ao módulo de Cidadania e
Empregabilidade para aquisição de conhecimentos e competências enunciados nos objectivos, como
também como guia de consulta a posteriori aos destinatários do mesmo.
Foi elaborado pela formadora Fátima Alves do Nascimento e o mesmo não poderá ser
reproduzido sem autorização da mesma e respectiva entidade formadora.
Objectivos
• Despertar a consciencialização dos formandos para os seus
direitos e deveres enquanto cidadãos;
Conteúdos
•
Educação/formação, profissão e trabalho/emprego.
•
Ambiente e saúde.
Introdução
A cidadania define a pertença a um Estado. Ela dá ao indivíduo um estatuto jurídico, ao qual se ligam
direitos e deveres. Esse estatuto depende das leis próprias de cada Estado, e pode afirmar-se que há
quantos tipos de cidadãos quantos tipos de Estados. Nesta perspectiva, a
cidadania não confere valor ou dignidade suplementar ao indivíduo, apenas sanciona uma
situação de facto: a de que, ao nascer, se herda uma nacionalidade.
O Estado é uma criação humana, cultural e instrumental; costuma admitir-se que é um mal necessário.
Ressalta então a ideia de que a educação para a cidadania é um bem necessário e indispensável como
estimuladora da capacidade individual de análise e intervenção em função dos valores fundamentais da
comunidade em que se está inserido e da organização estatal que lhe subjaz.
Quem conhece e vive as contradições do sistema, sabe que de nada serve remediar, se não
assumirmos alterar projectos políticos, socioculturais e educativos que integrem em vez de excluir.
Tais como:
Direitos Humanos;
Democracia requalificada;
Território partilhado (requalificação ambiental, rural e urbana);
Relações significativas e laços comuns – uma cultura intergeracional assente em esteios de
liberdade, tolerância, justiça, igualdade, solidariedade – aprender a viver e a conviver com
os outros;
Cidadania
Há, no que fica dito, a emergência de transformações profundas, novas políticas, novas dinâmicas
para estimular a inovação, a criatividade e a partilha de valores, saberes e poderes, ou seja, uma visão
estratégica para a construção da educação para a cidadania.
Como é comum nos casos em que há a super exploração de um vocábulo, este acaba ganhando
denotações desviadas do seu estrito sentido.
Hoje, tornou-se costume o emprego da palavra cidadania para referir-se a direitos humanos, ou
direitos do consumidor e usa-se o termo cidadão para dirigir-se a um indivíduo qualquer,
desconhecido.
De certa forma, faz sentido a mistura de significados, já que a história da cidadania confunde-se com
a história dos direitos humanos, a história das lutas das gentes para a afirmação de valores éticos,
como a liberdade, a dignidade e a igualdade de todos os humanos indistintamente; existe um
relacionamento estreito entre cidadania e luta por justiça, por democracia e outros direitos
fundamentais asseguradores de condições dignas de sobrevivência.
Expressão originária do latim, que tratava o indivíduo habitante da cidade (civitas), na situação
Roma antiga indicava a política de uma pessoa (excepto mulheres, escravos,
crianças e outros) e seus direitos em relação ao Estado Romano. N dizer de Dalmo
Dallari:
O exercício da cidadania plena pressupõe ter direitos civis, políticos e sociais e estes, se já presentes,
são fruto de um longo processo histórico que demandou lágrimas, sangue e sonhos daqueles que
ficaram pelo caminho, mas não tombados, e sim, conhecidos ou anónimos no tempo, vivos no
presente de cada cidadão do mundo, através do seu “ir e vir”, do seu livre arbítrio e de todas as
conquistas que, embora incipientes, abrem caminhos para se chegar a uma humanidade mais decente,
livre e justa a cada dia.
9
Responsabilidade: responder perante a Responsabilidade
O que é a Responsabilidade?
É a obrigação a responder pelas próprias acções, e pressupõe que as mesmas se apoiam em razões ou
motivos. O termo aparece em discussões sobre determinismo e livre-arbítrio (é a crença ou doutrina
filosófica que defende que a pessoa tem o poder de escolher suas
acções.), pois muitos defendem que se não há livre-arbítrio não pode haver
responsabilidade individual, e consequentemente, também não pode haver nem ética nem punição.
Tipos de
Responsabilidade
Cada indivíduo deve ser responsável no meio que o rodeia e deve ser responsabilizado por todos os
seus actos.
Está obrigado ao cumprimento dos deveres gerais definidos no meio em que se insere.
A cada um basta cumprir as leis desse regulamento, de forma responsável, para ser um
individuo aceite nessa sociedade.
Responsabilidade Pessoal
Este tipo de responsabilidade está directamente relacionado com a integridade privacidade e a
da pessoa para consigo.
Cada indivíduo deve ser responsável no meio que o rodeia e deve ser responsabilizado por todos os
seus actos.
Está obrigado ao cumprimento dos deveres gerais definidos no meio em que se insere.
Responsabilidade Civil
Procura determinar em que condições a pessoa pode ser considerada responsável e em que medida
é obrigada a repará-lo!
O dano pode ser causado à integridade física, aos sentimentos ou aos bens de uma pessoa.
Responsabilidade Criminal
A responsabilidade moral é, por sua vez, uma capacidade, e ao mesmo tempo uma obrigação moral,
de assumirmos os nossos actos.
É reconhecermo-nos nos nossos actos, compreender que são eles que nos constroem e moldam
como pessoas.
Responsabilidade Ambiental
Designa a capacidade que todo o homem possui de actuar segundo a sua própria decisão.
Embora o homem esteja sempre condicionado por factores externos e internos, para que uma acção
possa ser considerada livre é necessário que ele seja a causa do seus actos, isto é, que tenha uma
conduta livre.
Consciência da acção.
A acção humana é a manifestação de uma vontade livre e portanto co sciente dos seus
actos. Este pressuposto
implica que o sujeito não ignore a intenção, os motivos e as
circunstâncias, assim como as consequências da própria acção. Pressuposto que está todavia
longe de estar sempre satisfeito.
A acção implica sempre a manifestação de certas preferências, implicando o homem nessa escolha.
Nem sempre contudo, esta dimensão da liberdade é consciente, embora seja sempre materializada na
própria acção.
Formas da Liberdade
Liberdade interior: autonomia face a si mesmo (Liberdade psicológica) e de agir segundo valores
livremente escolhidos (Liberdade Moral)
1
Acção
Condicionantes da acção
Património genético dos seus progenitores (sexo, cor da pele, cor dos olhos, inteligência, etc.) que se
constitui como um conjunto de condicionantes das suas acções, a estrutura do nosso corpo e a sua
relação com o meio ambiente condicionam aquilo que podemos fazer e como o podemos fazer.
Condicionantes histórico-socioculturais
A época histórica e o meio sociocultural influenciam as nossas decisões, pois não é indiferente ter
nascido na Idade Média ou no século XXI. Nascer e ser educado noutra época e noutro lugar faria de
nós um ser humano diferente.
A acção humana é o campo onde se traçam projectos que nos levam a inventar o nosso futuro e a definir
o que queremos ser.
Ética e Moral
Experiência Moral.
Quotidianamente somos confrontados com situações em que temos que decidir sobre coisas que
interferem na liberdade de outros. A simples coexistência coloca a questão da necessidade de cumprir
normas.
Se os outros manifestam um comportamento diverso daquele que à luz destes ideais julgamos que
deveriam ter, afirmamos que não agiram correctamente, não têm valores, princípios ou mesmo "moral".
Há situações-limite em que revelamos profundas dúvidas sobre a opção mais correcta que devemos
tomar. Estão neste caso as situações que envolvem dilemas de difícil resolução, como a droga, o aborto, a
clonagem, eutanásia, o roubo ou a fecundação in vitro.
Ética
Trata-se de uma disciplina normativa que tem como objectivo estabelecer os princípios, regras e valores
que devem regular a acção humana, tendo em vista a sua harmonia. Num grande
número de filosofias estes princípios, regras e valores aspiram a afirmarem-se como
"imperativos" da consciência como valor universal. A ética preocupa-se não como os homens são, mas
como devem ser. Em qualquer caso o homem é entendido como a autoridade última das suas decisões.
Moral
Trata-se do conjunto de valores que uma dada sociedade ao longo dos tempos foi formando e que os
indivíduos tendem a sentir como uma obrigação que lhes é exterior.
Nós e os Outros.
O homem vive em sociedade. Viver é, não apenas estar no mundo, mas relacionar-se com outros,
conviver.
(Exemplo de um princípio moral: "Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti".)
A ética e deontologia de uma profissão constitui em conjunto o seu código de conduta profissional
Para garantia e segurança da sociedade e defesa dos próprios profissionais face a exigências e
prepotências a que possam ser sujeitos
Esquecemo-nos muitas vezes que um dos objectivos dos códigos de conduta é auto-regular a própria
actividade, antes que a legislação laboral o faça por nós. Mais: devemos partir do convencimento de que
os usos corruptos acabam por viciar a vida de qualquer organização: a corrupção é que corrompe, não o
dinheiro ou o poder.
Lei/Liberdade
Progresso/Tradição
“Inteligentes”/“Espertinhos”
Valores e Fins
Factos e Valorações
É uma ciência prática: não se estuda para saber, mas para actuar. É uma ciência normativa: não diz
como actua a maioria -isso seria sociologia -, mas como deveríamos actuar.
A ética é uma ciência teórica de carácter normativo, como a lógica, ainda que esta se dirija à razão e a
ética à vontade.
A ética é algo para ser vivido todos os dias, não um remédio ou uma solução para quando surge um
problema ou um conflito.
2. Juízos e decisões
3. Liberdade e Bem
A temática dos códigos de ética deve servir para mostrar que a ética não é a fria aplicação de normas.
A ciência ética não se deve fixar nas “muletas”, deve centrar-se antes no dever ser próprio da pessoa
livre e consciente.
As “muletas” do dever ser podem até ser vistas como estruturas do bem, mas não são o Bem.
Visões e posturas
Em suma, o código de conduta -como toda a norma -representa um ideal de comportamento, mas o
comportamento real não reside na norma, mas na virtude.
Para o código, basta uma aprendizagem teórica, mas a virtude requer uma aprendizagem
prática: a virtude adquire-se.
As normas têm sentido na medida em que facilitam a aquisição de virtudes, ao assinalar o que se deve
fazer e o que convém evitar.
No nosso dia-a-dia, devemos pautar a nossa conduta por um conjunto de normas ou procedimentos que
visam a construção de uma Sociedade mais justa e harmoniosa no âmbito de uma Cidadania plena.
É um dever ser auto-crítico desde que seja feito de forma justa: esta contribui para uma
sociedade melhor;
• Deve-se primar pelos princípios de educação incutindo-os aos nossos filhos, contribuindo
com isso para uma sociedade mais justa e humana;
•
Cada vez mais, é ponto assente que o que somos no nosso quotidiano, reflecte-se na nossa forma
de encarar o trabalho, o que de forma simplista, é definido por profissionalismo. O que se segue
são um conjunto de recomendações ou pensamentos
subjacentes à forma considerada adequada de como encarar o que somos no mundo do trabalho.
• Dignificar a profissão;
Não me tentes
...
mulher
quiser
1º de julho
FORMAÇÃO O QUE É?
O Que é ensinar?
Ensinar é ser capaz de fazer com que outros aprendam alguma coisa.
O “fazer com que” – é a opção sobre o como (didáctica) tendo em vista o para quê (finalidade
curricular) e a quem.
- Saber muito bem como se pode ensinar aquele conteúdo – várias opções didácticas;
A formação
Se ensinar fosse continuar como sempre foi…seria fazendo o que os colegas já faziam…
Ensinar requer teorizar a acção, pensar sobre ela, para agir de novo, numa circularidade permanente.
Formação inicial, formal e académica é essencial …mas não cobre a totalidade da construção do saber do
profissional – Quantos professores devolvem à escola formações académicas que adquirem ao longo da
carreira? Quem lho pede ou lho recusa?
A cultura da escola e a cultura dos pares (hábitos, crenças, práticas dominantes) quase sempre dominam a
aquisição de saber pelos indivíduos – QUE ACÇÔES INTERNAS DE CARÀCTER FORMATIVO
OCORREM NA ESCOLA?
Formação como pedir a alguém que nos diga como resolver um problema – em lugar de adquirir
saber que nos permita agir (instrumentalidade do saber sem construção pessoal)
Acumular tópicos de formação para cada área ou situação novas – o infindável défice…? (adição
irrelevante de informações, sempre insuficiente ou desactualizada)
Acreditar que o saber que se adquire se “aplica” directamente – mas a acç o é sempre mais
complexa… (aplicacionismo simplificador).
Formação como capacitação do formador – saber novo que o torna MAIS CAPAZ de...
Desmontar os porquês
Cada aula, cada acção, tarefa – boa ou menos boa…- precisa de ser percebida, avaliada e refeita,
para construir mais saber;
No caso dos seres humanos pode-se e, julgamos que se deva, falar em dar-se uma forma no
conjunto das relações humanas.
Aldous Huxley
(Reflexão)
No mundo em que vivemos as mudanças são tantas e tão rápidas que, se o não fizermos, corremos o risco
de ficar obsoletos em pouco tempo.
Por isso a formação é importante, não é importante o modo como se faz, se em sala ou no local de
trabalho.
A formação será, então, uma mais-valia, se for enquadrada numa política séria e estruturada, e se todos os
colaboradores estiverem perfeitamente cientes das responsabilidades acrescidas e da melhoria que esta
lhes trás no dia-a-dia.
Desta forma poderemos aliar a arrumação e limpeza, não só à imagem física da empresa mas também à
sua imagem empresarial de rigor, competência e profissionalismo.
Podemos encarar a formação profissional como uma actividade que favorece a evolução global
da personalidade do indivíduo, partindo dos conhecimentos adquiridos e de experiências
vividas, permitindo obter elementos de realização mais completos de si próprio, e uma melhor
adaptação ao meio de inserção, nomeadamente no plano sócio -profissional.
Neste sentido, a formação profissional pode ser considerada como um proce so organizado de educação
graças ao qual as pessoas enriquecem os seus conhecimentos, desenvolvem as suas capacidades e
melhoram as suas atitudes ou comportamentos, aumentando, deste modo, as suas qualificações técnicas
ou profissionais, com vista à felicidade e realização, bem como à participação no desenvolvimento sócio
-económico e cultural da sociedade.
2
Trata-se, desta forma, de um processo global e
permanente através do qual os jovens e adultos, a
inserir ou inseridos no mercado de trabalho, se
preparam para o exercício de uma actividade
profissional, cuja síntese e integração
possibilitam a adopção de comportamentos
adequados ao desempenho da profissão.
Confúcio
Todos os dias somos bombardeados com a divulgação de medidas para incentivar a sociedade do
conhecimento, a inovação e o empreendedorismo, e com apelos à mobilização nacional no sentido de
preparar o país para o desafio do crescimento inclusivo.
É uma ilusão pensar que se pode melhorar o desempenho de uma pessoa pelo simples facto
de este ouvir um professor, ler um texto ou responder a um teste, com
mais ou menos
interactividade e recursos multimédia.
Mas, como dizia John Dewey, o princípio de que a formação é um processo activo de
construção, e não de discurso ou escuta, é tão aceite na teoria como violado a prática.
Por esta razão, quando precisamos de aprender algo de novo pensamos logo em soluções “artificiais”
como centros de formação, cursos e aulas onde um professor nos explica a matéria.
Por norma, nem sequer pensamos nas soluções “naturais” que tão bons resultados deram na nossa
infância e na nossa juventude.
2
A Formação no 3º Milénio
P. Veltz
Se analisarmos o que foi feito nos últimos anos em matéria de formação, em especial nos anos 90,
facilmente se constata que a preocupação central foi o desenvolvimento de competências individuais.
Se é verdade que as empresas sempre utilizaram o conhecimento para produzir, também é verdade que as
empresas da economia do conhecimento dependem cada vez mais da criação de conhecimento para se
manterem competitivas.
A competitividade das empresas exige que sejam fonte de criação de valor, contribuindo para a criação de
conhecimento.
Anónimo
Os utentes do sistema de saúde, para resolver os seus problemas, em vez de consultar um médico
para diagnosticar a doença e prescrever o tratamento adequado, preferem consultar catálogos de
medicamentos e fazer a sua auto-medicação, com a finalidade de receberem os subsídios de saúde
disponíveis.
Neste sistema, como os subsídios são pagos no final do tratamento, os utentes fazem
como os doentes com bulimia, tomando os medicamentos e deitando-os Este
ora logo a seguir.
país imaginário, felizmente não existe.
Esta caricatura visa, somente, chamar a atenção para uma prática que continua a dominar o mundo
da formação em Portugal.
Senão vejamos. Os financiamentos do Fundo Social Europeu visavam aumentar o baixo nível de
qualificação dos portugueses.
Nesse sentido, foram concedidos avultados apoios financeiros a empresas, entidades formadoras e
formandos.
Para atrair os formandos, a divulgação das acções de formação, através de anúncios na imprensa e de
catálogos, tinha como foco central não os conteúdos da formação mas os subsídios atribuídos aos
formandos.
Também nesta situação, tal como acontece com os doentes com bulimia, os formandos recebiam
a formação e esta era “deitada pelo cano” logo que possível.
A Loja do Cidadão foi um organismo criado para revolucionar os modelos de prestação de serviços
públicos, e é um caso de sucesso reconhecido por todos pela sua excelente qualidade de serviço.
Um dos segredos do sucesso residiu no facto da formação ter sido concebida e ministrada para
sustentar uma estratégia de qualidade de serviço, que não de resumiu, obviamente, à componente
formação.
Porque não ousar “imaginar” um país com uma população que apresente dos indicadores mais
elevados da União Europeia em termos de qualificações e competências …
Empregabilidade
O CONCEITO DE EMPREGABILIDADE
Com o aumento exponencial do desemprego verificado actualmente no nosso país, temos de ter uma
preocupação ainda maior de formar os nossos jovens de modo a que consigam lidar
com este panorama e fazer f ce aos desafios que os esperam no mundo do trabalho.
A velha ideia de que poderá existir um único emprego ou profissão para toda a vida, tal como acontecia
há não muito pouco tempo, já não faz mais sentido nos tempos que correm. O sentido de carreira
linear e progressiva numa determinada profissão anteriormente existente na maioria dos casos, tem de ser
abandonada pelos nossos jovens e compreendida pelos seus pais/ família, com o risco de se aumentarem
as consequências e impacto negativos.
De facto e segundo Rui Moura (1996, In Revista Dirigir), “a segurança do emprego típica de uma
sociedade industrial, deixa cada vez mais de ter lugar no sentido estrito da palavra.
Antes de mais, devemos ter consciência destas situações e por outro lado, procurar construir não só um
projecto de vida, mas preparar-nos para a sua redefinição constante e por outro,
procurar alargar, sempre que possível, o nosso leque de competências p ssoais, sociais e
profissionais. “A sociedade mudou e hoje, no limiar da sociedade da inform ação, a segurança
faz-se sobretudo de competências múltiplas, isto é, o emprego não está à espera de ninguém-
ele constrói-se por cada q
al numa abordagem contingencial ao merca o.”(Moura, 1996,
Revista Dirigir).
u d
Assim, devemos investir numa formação que se adeque às exigênci s dos possíveis
empregadores, com uma estreita colaboração na definição de perfis profi sionais actuais e futuros.
a
E quais serão as exigências ctuais do mundo do trabalho?
Nos tempos que correm e e termos globais, a maioria das empresas valori a um sconjunto de
competências que vão para além das competências técnicas, mas essencialmente ao nível
a
pessoal e social. Portanto, há que evoluir ao nível também pessoal, valorizan o:
Natália Alves, defende no seu artigo que se verifica uma preocupação do poder público em explicar os
níveis de desemprego em Portugal, por via exclusiva de ausência de competências de empregabilidade
dos trabalhadores portugueses. Em Portugal a empregabilidade está iminentemente ligada ao
desemprego, mas este fenómeno social não pode ser passível de
interpretação e explicação ú nica e exclusivamente por si, para o desempreg o no panorama do
mercado de trabalho português, outros factores, nomeadamente a fraca capacidade do nosso
sistema educativo que leva a baixos níveis de escolaridade da população activa, baixo
investimento das empresas na formação profissional contínua, que é vista como um custo para as
empresas, formas de organização de trabalho demasiado rígidas, onde não se verifica o apelo ao potencial
humano, privilegio de uma concepção de competir no mercado através de mão-de-obra barata não
qualificada, todos estes factores ajudam a perceber os fracos níveis
de empregabilidade dos port ugueses.
SÍNTESE CONCLUSIVA
Neste contexto torna-se fácil perceber que não podemos colocar a tónica d empregabilidade
em Portugal, apenas e só sob a responsabilidade dos indivíduos, mas outras abordagens a
haverá que considerar, desde logo, a responsabilidade do estado em facultar políticas públicas
que visem melhorar substancialmente o sistema educativo português que nos permita
recuperar dos baixos níveis de escolaridade. Por outro lado é essencial requalificar os empresários
portugueses, o tecido empresarial é maioritariamente constituído por pequenas e médias empresas,
muitas delas mesmo de cariz familiar, onde os empresários têm fracos
recursos habilitacionais e nã estão preparados para a globalização, para as novas tecnologias
e sobretudo para o fundamental
o de competitividade de hoje, que é o capital humano. A
organização das empresas também é outro dos factores que tem influência nos níveis de
empregabilidade, nomeadamente nas estratégias de recursos huma profissional, é
os e formação a
fundamental sensibilizar os empresários portugueses para u formação dos seus
aposta forte na s
colaboradores, só assim conseguirão ser competitiv globais através do conhecimentom
nos mercados or
e inovação. Temos assistido a um esforço
parte do poder
o
político em implementar politicas que contrariem estes dados estatísticos, vejamos! Plano
Tecnológico, Novas Oportunidades, E. Professores, E. Escolas, mas sabe os que não cabe
aos governos gerar empreg , cabe sim proporcionar politicas facilitadores de gerar pemprego
o
junto dos empresários e dos empreendedores. O paradigma do mercado de trabalho mundial alterou, já
não passa somente por uma indústria competitiva, mas concretiza-se fundamentalmente pelo
conhecimento e da forma como o exercitamos nas nossas empresas. Com a entrada do programa QREN
(Quadro de Referência Estratégico Nacional) 2007-2013, Portugal terá mais uma oportunidade de
superar ou minimizar o défice das qualificações da
Finalmente, cada vez mais caminha-se para a polivalência dos trabalhador s e a necessária
humildade na aprendizagem de novas competências, exigências actuais que permitem aos
indivíduos que as possuem, vingar mais facilmente no mercado de trabalho.
35
Ambiente
Educação ambiental
O objectivo geral da educação ambiental é formar cidadãos activos que saibam identificar os problemas e
participar efectivamente de sua solução e prevenção. Que ajudem a conservar o nosso património comum,
natural e cultural; que ajam, organizem-se e lutem por melhorias que favoreçam a sobrevivência das
gerações presentes e futuras da espécie humana e de todas as espécies do planeta, em um mundo mais
justo, saudável e agradável que o a tual. c
Consciência – Adquirir consciência do meio ambiente global e sensibilização para essas questões;
Atitudes – Adquirir valores sociais, aliados ao interesse pelo ambiente e vontade de participar
activamente em sua melhoria e protecção;
A educação ambiental como prática política deve ser tratada de uma maneira que demonstre
que essa prática não pode ser neutra: isso ficou evidenciado pelos ensinam ntos do professor
Paulo Freire, e mais ainda, pelas acções que inspirou e liderou no Brasil e mundo fora.e
A educação ambiental revela, em tudo, a força da afirmação do grande mestre e agora, quando já
vivenciamos o terceiro milénio, é um capítulo indispensável da educação para a cidadania.
Que fizemos, que fazemos, e o que fazermos com o planeta Terra, já combalido e frágil
património comum da humanidade?
O tema nos convoca para dialogar, na comunidade, em todo e qualquer momento e lugar, nos obrigando
também a agir. Afinal para conseguir e fazer compreender ideias e conceitos, como não existe
neutralidade nesta matéria – é imperativo agir. Omitir-se é uma forma de acção, já que facilita a acção dos
que buscam objectivos diametralmente opostos.
O autor destaca ainda que cada um de nós no seu dia-a-dia interage com o ambiente e
podemos perceber os impactos da acção ou omissão nossa e dos outros, em casa, na escola, nas ruas, no
lazer, no exercício de uma profissão, na atitude individual ou na colectiva, na acção dos dirigentes de
organismos públicos e privados, de empresários e de políticos. Mais
uma vez, na acção e na omissão, se analisarmos bem, pode-se evidenciar o impacto
ambiental.
Discutir a educação ambiental como um dos temas transversais do ensino básico é tarefa que já se
desenvolve em muitos países, inclusive no Brasil, embora ainda de forma não generalizada. É
seguramente um dos caminhos para devolver esperança ao nosso planeta
Terra. Inserindo-se de forma decidida e criativa neste novo mutirão, os profissionais que
actuam no ensino básico resgatam uma dívida permanente que temos com o legado que
recebemos do criador e de nossos antepassados, legado que nos está confiado
provisoriamente e que devemos gerir com cuidado e sabedoria.
O que você pode fazer pelo meio ambiente exercendo sua cidadania
38
• Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como condição qualidade de uma melhor
de vida;
• de ser informado sobre o quadro ambiental e sobre a actuação do poder público em sua defesa;
• de ter áreas especialmente protegidas, para conservação da biodiversidade, por meio da criação de
reservas e estações ecológicas, parques, unidades e áreas de protecção ambiental, etc;
• direito de viver em condições dignas, a partir do oferecimento adequado dos serviços de saúde,
educação, habitação, saneamento básico, alimentação, etc.
A sociedade, uma vez organizada, pode participar directamente de órgãos competentes de defesa
ambiental.
Cabe à sociedade organizada trabalhar junto a seus representantes eleitos, para que sejam criados os
Conselhos Municipais de Defesa do Meio Ambiente, nos quais a representação comunitária deve ser parte
integrante e activamente participante.
c) A participação popular.
• Por meio de um requerimento assinado por pelo menos 50 cidadãos, solicitar a realização de uma
audiência pública para o exame dos Estudos e Relatório de Impactos sobre o Ambiente (EIA- Rima), com
o objectivo de conhecer quais serão as consequências da execução de uma determinada obra em relação
ao meio ambiente natural, social, económico e cultural;
• Por meio do Ministério Público, órgãos ambientais ou associações civis, que tenham um mínimo
de representatividade, com pelo menos um ano de existência e que tenham a defesa
do meio ambiente incluída em seus estatutos, podem propor uma Acção Civil Pública em
defesa do meio ambiente;
• Por meio de uma petição de qualquer pessoa, é possível solicitar informações sobre questões ambientais
nos órgãos públicos, bem como certidão sobre a actuação daquela instituição em relação à defesa
ambiental.
Estamos vivendo uma situação de verdadeira emergência, a “Terra ped e socorro”. O ser
humano torna-se cada vez
mais inconsequente nas suas acções que atingem, quase
irreversivelmente, nosso planeta. Furacões, tempestades, enchentes, desmoronamentos são
a em
apenas algumas das diversas consequências que demonstram a triste realid de do planeta
decorrência do desequilíbrio da natureza. Desequilíbrio este, causado pelo próprio homem e
suas atitudes impensadas. Pois, se o mesmo reflectisse ao menos uma vez com seriedade
sobre os últimos acontecimentos, perceberia o disparate de suas ambições que comprometem todo o
processo ambiental.
Tal reflexão precisa ser enc rada
a como uma necessidade vital, a qual só será bem sucedida
através de uma educação conscientizadora. Neste ponto, a escola encontra um papel mais do
que relevante, primordial, formar cidadãos capazes de viver respeitando se ambienteu e lutar
constantemente contra toda equalquer agressão ao ecossistema.
Com esta visão, fica clara a necessidade de sedesenvolver no espaço escolar uma formação
ambiental, onde o aluno po sa desde cedo perceber a real importância de sua participação
juntamente com os professores, colegas, familiares, enfim, todos os interessados em evitar problemas
ambientais e, desta forma, encontrar soluções para transformar essa realidade aqui discutida; tendo este
aluno como um parceiro ambiental, e não como mais um destruidor de seu meio.
Neste âmbito, os Parâmetros Curriculares Nacionais, trabalha com os temas transversais, enfocando a
temática Meio Ambiente e Saúde oferecendo importantes sugestões que favorecem os educadores.
Observa-se que
Manter um intuito concreto de uma Educação Ambiental, é trabalhar por uma melhoria
completa para a qualidade de vida, estando esta correlacionada a qualidade escolar, na qual deve-se
envolver valores e práticas dentro de uma base estruturada, planejada e não avulsa, sem a devida
seriedade que este tema pede. Onde há de se procurar uma proposta
A pessoa com deficiência tem um papel que pode, certamente, fazer a diferença diante do problema
que o planeta enfrenta.
A educação ambiental de uma forma inclusiva torna-se claramente um caminho proveito e eficaz, de
ganhos inestimáveis, tanto para o aluno com deficiência, quanto para a sociedade e o ambiente que nos
envolve.
Fundamentos de SHST
Trabalho
Pela Constituição de 1976, o trabalho passa a ser visto, não como uma mera fonte de
rendimento ou subsistência, mas reconhece aos trabalhadores, o direito á organização deste trabalho em
condições socialmente dignificantes, promovendo a sua realização pessoal, bem como, a prestação deste
em condições de higiene e segurança. ( artºs 24,59 e 64)
Artigo 24º
Direito à Vida
Artigo 59º
Direito à greve
Saúde
A segurança dos locais de trabalho constitui a primeira preocupação social que impulsionou a criação de
legislação laboral.
CONCEITOS
• Perigo:
- Fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ou ferimentos para o corpo
humano ou danos para a saúde, o património, para o ambiente, ou um a combinação destes.
• Risco:
• Risco Aceitável:
- Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela organização, tomando em atenção
as obrigações legais e a sua própria política de SST
• Quase Acidente:
- Acidente em que não ocorram quaisquer danos para a saúde, ferimentos, danos materiais ou
qualquer outra perda
• Acidente:
É uma actividade pluridisciplinar que tem por objectivo, limitar, reduzir ou eliminar riscos que
possam conduzir a acidentes de trabalho ou doenças profissionais.
Qualquer actividade tem inerente um determinado risco que podem provocar Acidente de trabalho
e doença profissional.
Iluminação
Movimentação de cargas
Incêndios/explosões
Ambiente Térmico
Riscos Eléctricos
Armazenagens
Atmosfera Contaminada
Ruído e Vibrações
Riscos Profissionais
Riscos Ambientais
Riscos de Operação
Riscos Ergonómicos
Outros Riscos
Stress Profissional
Riscos Ambientais
Agente biológico: vírus, bactérias, etc. podem ser de origem, química, física ou biológica.
Riscos de Operação
Riscos Ergonómicos
CAUSAS DE ACIDENTES
• Instalações:
- Projecto deficiente
- Má construção e montagem
- Manutenção inadequada
Promover acções de formação para que todos possam ser envolvidos e o sistema
comprometido
Minimizar os riscos para pessoas e ambiente que possam advir das suas actividades
Eliminação de risco
Avaliação de riscos
Organização do trabalho
Informação e formação
Objectivos:
Identificar os riscos aquando da concepção das instalações, dos locais de trabalho e processos de trabalho,
combatê-los, anulá-los ou limitá-los;
Princípios de Prevenção
5
Factor humano da segurança
Relações Humanas
Motivação
Formação Profissional
Riscos Tecnológicos
Riscos Naturais
(sismos, inundações)
Riscos Sociais
Em dinheiro:
Saúde no trabalho
Situações de Risco
2.- Choque
3.- Envenenamento/Intoxicação
4.- Hemorragias
5.- Feridas
6.- Queimaduras
Ao conjunto de metodologias de higiene e segurança que são aplicadas por uma organização no seu dia-
a-dia de trabalho sem seguir qualquer procedimento (ou norma) ou formal (escrito) chamam-se “ Boas
Práticas” e estas dividem-se em dois eixos:
Organizacionais
Individuais
Exemplos:
Organizacionais:
Ventilação
Registo de acidentes
Investigação de acidentes
Exemplos:
Individuais:
Visam:
Eliminar os Riscos
Avaliar os Riscos
Combater os riscos na origem
Adaptar o trabalho ao homem
Atender ao estado de evolução da técnica
Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso Integrar a
prevenção num todo coerente
Protecção colectiva face à protecção individual
A formação e a informação
Saúde
A Carta de Bangkok para a promoção da saúde num mundo globalizado (2005) parte dos valores,
princípios e estratégias de intervenção estabelecidas na Carta de Otawa, complementando-a. Com a
promoção da saúde, surge a noção da “saúde como um recurso” e de esta ser um “empreendimento
colectivo”.
Torna-se, portanto, necessário o estabelecimento de parcerias funcionais, de alianças e redes fortes para
a promoção da saúde, que incluam os sectores público e privado e outros grupos da sociedade civil, para
além daqueles já tradicionalmente envolvidos na intervenção em saúde, de modo a criar massa crítica
para a promoção da saúde em diferentes settings (escolas, locais de trabalho, locais de recriação e lazer,
estabelecimentos de saúde, prisões, etc.).
Em 1974 no Canadá, o Relatório Lalonde “A new perspective on the health of Canadians” marca
o movimento moderno da promoção da saúde, sendo o primeiro documento oficial a
usar o conceito e a colocá-lo como prioridade nas políticas de saúde. O Relatório define
promoção da saúde como “informar, influenciar e apoiar indivíduos e organizações para que assumam
maiores responsabilidades e sejam mais activos em matéria de saúde”.
... o Relatório Lalonde propôs 23 medidas exclusivamente relacionadas com factores específicos de
estilos de vida: dieta, tabaco, álcool, drogas, comportamento sexual.
A Declaração de Alma Ata “reafirma enfaticamente que a saúde – estado de completo bem- estar físico,
mental e social, e não simplesmente a ausência de doença – é um direito humano fundamental (...) cuja
realização requer, para além do sector da saúde, a acção de muitos outros sectores sociais e económicos”.
A Carta de Ottawa assume a definição do conceito de saúde da OMS (1947) “saúde é o estado de
mais completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade”, reforçando o
facto de que a saúde “é o maior recurso para o desenvolvimento social, económico e pessoal, assim como
uma importante dimensão da qualidade de vida”.
Constituindo-se como uma estratégia da promoção de saúde, a OMS (1968) define Educação para a
Saúde como “uma acção exercida sobre os indivíduos no sentido de modificarem os seus
comportamentos, adquirirem e conservarem hábitos saudáveis, aprenderem a usar os serviços de saúde de
forma criteriosa e estarem capacitados para a tomada de decisões que implicam a melhoria do seu estado
de saúde”.
Paul Buss (1999) refere que “a informação, a educação e a comunicação inter-pessoal, assim como a
comunicação de massas através dos Media, têm sido reconhecidas como ferramentas importantes que
fazem parte da promoção da saúde de indivíduos e da comunidade”.
A comunicação da saúde como estratégia de promoção da saúde global. A informação sobre a saúde
divulgada através dos meios de comunicação de massas pode “contribuir para um melhor entendimento
das causas da saúde e para a construção de um discurso político e
O Relatório “Por uma Política de Comunicação para a Promoção da Saúde na América Latina”, da
Organização Pan-americana da Saúde (Restepro e Alfonso, OPS/UNESCO, 1993), define a Comunicação
em Saúde como “uma estratégia para partilhar conhecimentos e práticas que possam contribuir para a
conquista de melhores condições de saúde, incluindo não apenas a
disponibilização de informação mas também de elementos de educ ção, persuasão,
mobilização da opinião pública, participação social e promoção de audiências chave.
Os estudos epidemiológicos revelam que uma grande parte dos problemas de saúde causadores de morte e
morbilidade estão relacionados com o estilo de vida, no qual se incluem os comportamentos de saúde.
Entre as condutas nocivas para a saúde estão o consumo de drogas (tabaco, álcool e drogas psicotrópicas);
o sedentarismo; a alimentação desregrada (excesso de gorduras inadequadas e hidratos de carbono,
defeito de fibras e vitaminas) e insuficiente (em termos quantitativos).
Este esquema para além de dar uma ideia da complexidade da etiologia dos comportamentos humanos,
releva a necessidade de actuar globalmente, em todas as esferas, sistemas e sub- sistemas da vida humana,
para se obterem mudanças de comportamento efectivas, sustentáveis e duradoiras.
Uma via para intervir nas várias esferas da vida das pessoas no sentido de promover a adopção de
comportamentos saudáveis é a Educação para a Saúde.
Está actualmente demonstrado que muitos problemas de saúde estão relacionados com o estilo de vida
das mesmas, no qual se incluem os comportamentos de saúde. Uma das vias para promover a
adopção/modificação de comportamentos é a Educação para a Saúde. A Educação para a Saúde, pelo
impacto positivo que pode ter na saúde das pessoas, deve ser um direito de todos os cidadãos em qualquer
fase da sua vida, conforme está reconhecido na carta de Ottawa (WHO, 1986). Deve começar na
família, continuar em todas as fases do
A promoção para a saúde através da educação para a saúde constitui uma estratégia chave de
actuação sobre os determinantes da saúde de modo a favorecer e reforçar
s hábitos de vida
saudáveis.
No entanto esta acção não pode ser isolada e nem deve ser ao cargo de uma única instituição
ou entidade. A mesma deve ser fruto da conjugação de esforço inter e intra o
nstitucional, onde
envolvimento e participação comunitária é crucial.
A saúde é um conceito positivo, um recurso quotidiano que implica “um estado completo de bem-
estar físico, social e mental e não apenas a ausência de doença e/ou enfermidade (OMS, 1993).
Dentro desta perspectiva, a Educação para a Saúde deve ter como finalidade a preservação da saúde
individual e colectiva.
As sociedades modernas têm revelado uma preocupação crescente com o conceito emergente de “risco”,
em particular aqueles que são causados pelos determinantes tecnológicos e pelos estilos de vida
patogénicos. O termo “risco” adquiriu uma nova proeminência nas sociedades
ocidentais, constituindo-se, hoje em dia, como um constructo cultural centra (Douglas, 1990).
O discurso do risco faz constantemente títulos na imprensa e constitui-se, cada vez mais, como objecto
das campanhas de promoção de saúde (Rice & Atkin, 1989).
No âmbito da saúde pública, o “discurso do risco” pode ser considerado sob duas perspectivas
específicas e peculiares. Uma delas percepciona o risco como um perigo lat nte para a saúde
das populações, derivado das questões ambientais, como sejam a poluição, os resíduos nucleares e os
resíduos químicos tóxicos. Nesta conceptualização, o risco é visto como externo, em relação ao qual o
indivíduo exerce pouco controlo. A segunda perspectiva, pelo
contrário, focaliza o risco como sendo uma consequência das escolhas dos indivíduos
relativamente aos estilos de vida, colocando a ênfase no auto-controlo pessoal. Neste sentido, o risco é
percepcionado como internamente imposto, podendo ser considerado em função da
Uma terceira conceptualização, menos comum, refere-se mais especificamente a grupos sociais que a
indivíduos, entendendo-se que, um determinado grupo está “em risco” quando não tem uma
acessibilidade satisfatória aos cuidados de saúde. Nesta linha de análise, o risco é percepcionado como
uma forma de desvantagem social.
No seio do conceito de promoção de saúde, conforme tem sido referenciado, objectiva-se o desenho de
intervenções que têm como alvo factores comportamentais de risco associados a comportamentos
patogénicos dos indivíduos. Estas intervenções têm dois níveis básicos de actuação que consistem
essencialmente em, por um lado, informar as pessoas sobre os meios de redução dos riscos
comportamentais e, por outro promover mudanças sociais e ambientais na comunidade que facilitem
essas mesmas mudanças (Kolbe, 1986).
No que respeita à eficácia destas intervenções, esta pode ser incrementada, segundo Kolbe (1986) de
cinco formas:
A concepção actual das campanhas de promoção de saúde induz, por vezes, a manipulação psicológica
através do apelo às emoções, medos, ansiedades e sentimentos de culpabilidade,
no sentido de persuadir o maior número de sujeitos na população-alvo. De notar que, na
frequentemente se focalizam noção central de risco, em torno da qual são construídas
imagens de inevitabilidade associadas ao recrutamento do medo, na consequência de uma atitude
patogénica.
DeJong e Winsten, citados por Lupton (1995), referem que a vasta literatura disponível
considera que, a elaboração de uma campanha se traduz nos seguintes princípios:
(1) Definir um problema de saúde como preocupação prioritária ao nível do público em geral;
(2) Incrementar o conhecimento e mudar crenças que impeçam a adopção de comportamentos e atitudes
que visem a promoção da saúde;
(4) Ensinar novas capacidades ao nível do comportamento, demonstrando como as diversas barreiras
poderão ser ultrapassadas ensinando técnicas de auto-gestão, de modo a alcançar uma mudança
sustentada; e
Como tal, para que uma campanha seja considerada eficaz deverá persuadir e captar a atenção da
população alvo, de tal forma que, toda a informação prestada seja compreendida
de modo contínuo e sistemático, objectivando a curto e a longo prazo a mudança de
comportamentos individuais sociais e comunitários (Piotrow, Kincaid,Rimon & Rinehart, 1997). A
investigação que visa o incremento da eficácia dos programas de promoção para a saúde deve, por um
lado, dirigir- se a populações de alto risco e grupos minoritários e, por outro, desenhar intervenções
específicas que tenham em conta as necessidades e características culturais destas populações.
Para que se possam reforçar mudanças efectivas de estilos de vida saudáveis, a segmentos alargados da
população, urge a necessidade de promover o diálogo entre a comunidade científica, os mass media e as
Pessoas, com a finalidade de incrementar os benefícios deste “jogo a três mãos”, nos terrenos da saúde.
CIDADANIA E EMPREGABILIDADE
Exercícios de Reflexão
Procure, assim, reflectir sobre quem é, caracterizando-se tendo em conta alguns papéis sociais que desempenha na sua vida (ex.: cid
62
II
Relate uma situação na sua vi a pessoal, em que a sua intervenção tenha sido importante para resolver um problema.
d
DICIONÁRIO AMBIENTAL
A
Aeração - Reoxigenação da água com ajuda do ar. A taxa de oxigénio dissolvido, expressa em
% de saturação, é uma característica representativa de certa massa de água e de seu grau de poluição.
Para restituir a uma água poluída a taxa de oxigénio dissolvido ou para alimentar o
processo de biodegradação das matérias orgânicas consumidoras de oxigéni , é preciso
favorecer o contacto da água e do ar.
A aeração pode também ter por fim a eliminação de um gás dissolvido na água: ácido
carbónico, hidrogénio sulfurado.
Adutora - Tubulação normalmente sem derivações que liga a captação ao tratamento da água, ou o
tratamento à rede de distribuição.
Afluente ou Tributário - Qualquer curso d'água que desagua em outro maior, ou num lago, ou lagoa.
Agenda 21 - Plano de metas voltado para os desafios do século XXI (daí seu nome). Traçado pelos
governos mundiais, tem como base a definição de um programa que inclui a criação de mecanismos de
financiamento para projectos de preservação ambiental e de transferência de tecnologias e ainda o
estabelecimento de normas jurídicas para a protecção da biosfera.
Água - Forma líquida do composto químico H2O. A água é essencial para a vida.
Água capilar - Humidade líquida presa entre grãos de solo, seja por atracção electrostática entre as
moléculas minerais e da água, seja por forças osmóticas.
Aguaceiro - Chuva pesada e intensa que cai repentinamente. Associada ao verão e aos cúmulos-
nimbos.
Água-cinza - Termo geral para água servida, doméstica, que não contém contaminação de esgoto
ou fecal. Um exemplo de água-cinza é o efluente de máquinas de lavar roupa.
Água conata - água que foi captada nos espaços porosos de rochas sedimentares desde a época em
que os sedimentos originais foram depositados.
Água de captação - Qualquer rio, lago ou oceano em que a água servida tratada ou não- tratada
é finalmente descarregada.
Água de esgoto - Corrente de água servida que é drenada de um pátio de fazenda, de um monte
de escória ou de uma rua.
Águas interiores - As águas que ocupam as reentrâncias do litoral, como, as baías, abras,
recôncavos, enseadas, etc.
Água de mineração - 1) água salgada ou pasta aquosa contendo os materiais minerais
dissolvidos ou sólidos que são extraídos durante o processo de mineração fluida
2) Água retirada de recursos subterrâneos.
Água de reposição - água requerida para substituir a usada num sistema ou perdida por ele. A água de
reposição inclui a usada para substituir a água que escoa de um sistema de irrigação e, mais
comummente, aquela perdida numa torre de refrigeração usada na geração de energia.
B
Bacia hidrográfica - Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. A noção de
bacias hidrográfica inclui naturalmente a existência de cabeceiras ou nascentes, divisores d'água, cursos
d'água principais, afluentes, subafluentes, etc. Em todas as bacias hidrográficas deve existir uma
hierarquização na rede hídrica e a água se escoa normalmente dos pontos mais altos para os mais
baixos. O conceito de bacia hidrográfica deve incluir também noção de dinamismo, por causa das
modificações que ocorrem nas linhas divisórias de água sob o efeito dos agentes erosivos, alargando ou
diminuindo a área da bacia.
Bacia de Captação - Mais de que o rio, lago ou reservatório de onde se retira a água para consumo,
compreende também toda a região onde ocorre o escoamento e a captação dessas águas na natureza.
(Fonte: Rede AIPA)
Bacia de Drenagem - área de captação que recolhe e drena toda a água da chuva e a conduz para um
corpo d'água (por exemplo, um rio), que depois leva ao mar ou um lago.
Bacia Hidrográfica ou Bacia Fluvial - Conjunto de terras, rios e seus afluentes, que forma uma
unidade territorial. Em alguns casos, usa-se como sinónimo a palavra vale. Por exemplo: Vale do Rio
São Francisco ou Bacia do Rio São Francisco.
Bactérias - Espécies vivam microscópicas, caracterizadas por uma estrutura celular sem núcleo
definido, que existem no ar, água, animais e plantas. Há as que ajudam na decomposição de
matéria orgânica.
Barragem - Construção para regular o curso de rios, usada para prevenir enchentes, aproveitar a força
das águas como fonte de energia ou para fins turísticos. Sua construção pode trazer problemas
ambientais, como no caso de grandes hidroeléctricas, por submergir terras férteis, muitas vezes
cobertas por importantes florestas, e/ou por desalojar populações que vivem na área.
Biota - Conjunto de fauna e flora, de água ou de terra, de qualquer área ou região, que não considera
os elementos do meio ambiente.
Bloom - Proliferação de algas e/ou outras plantas aquáticas na superfície de lagos ou lagoas. [Os blooms
são muitas vezes estimulados pelo enriquecimento de fósforo advindo da lixiviação das lavouras e
despejos de lixo e esgotos].
D
Degradação Ambiental - Alteração poluidora, degradante do meio ambiente.
Deflúvio - Escoamento superficial da água. Aproximadamente um sexto da precipitação numa
determinada área escoa como deflúvio. O restante evapora ou penetra no solo. Os deflúvios agrícolas,
das estradas e de outras actividades humanas podem ser uma importante fonte de poluição da água.
Desenvolvimento sustentado - Modelo de desenvolvimento que leva em consideração, além dos
factores económicos, aqueles de carácter social ecológico, assim como as disponibilidades dos recursos
vivos e inanimados, as vantagens e os inconvenientes, a curto, médio e longo prazos, de outros tipos de
acção. Tese defendida a partir do teórico indiano Anil Agarwal, pela qual não pode haver
desenvolvimento que não seja harmónico com o meio ambiente. Assim, o desenvolvimento sustentado
que no Brasil tem sido defendido mais intensamente, é um tipo de desenvolvimento que satisfaz as
necessidades económicas do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras; Segundo
definição em 1987 da Comissão Brutland, da ONU, no relatório "Nosso futuro comum", é o
desenvolvimento social, económico e cultural que atende às exigências do presente sem comprometer as
necessidades das gerações futuras.
Para os países pobres, de acordo com o relatório "Nossa própria agenda", da Comissão de
Desenvolvimento e Meio Ambiente da América Latina e do Caribe, o
desenvolvimento sustentado é essencialmente a satisfação das necessidades básicas da população,
sobretudo dos grupos de baixa renda, que chegam a mais de 75% do continente.
E
Educação ambiental - Processo por meio dos quais o indivíduo e a colectividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
(art.1º, Lei Federal nº 9.795, de 27/4/99).
Efeito residual - Tempo de permanência de um produto químico, biologicamente activo nos
alimentos, no solo, no ar e na água, podendo trazer implicações de ordem toxicológica.
Efluente - Substância líquida, com predominância de água, contendo moléculas orgânicas e
inorgânicas das substâncias que não se precipitam por gravidade.
F
Floração das águas - Fenómeno em que um grande número de algas, num corpo d'água, interfere
em outras formas de vida, devido, principalmente, ao consumo do O2 dissolvido na água. Esse
fenómeno pode ser causado pela eutrofização.
Flotação - Processo de elevação de partículas existentes na água, por meio de aeração, insuflação,
produtos químicos, electrólise, calor ou decomposição bacteriana, e respectiva remoção.
Floração de algas - Proliferação ou explosão sazonal da biomassa de fitoplâncton como
consequência do enriquecimento de nutrientes em uma massa aquática, o que conduz, entre outros
efeitos, a uma perda de transparência, à coloração e à presença de odor e sabor nas águas.
Fluoretação - Adição de flúor (à água) sob forma de fluoretos para prevenir a cárie dentária, à razão
de 0,5 a 1 mg/l de flúor.
G
Gestão integrada - É a combinação de processos, procedimentos e práticas adoptadas por uma
organização para implementar suas políticas e atingir seus objectivos de forma mais eficiente do que
através de múltiplos sistemas de gestão.
Na integração de elementos de sistemas de gestão, considerando-se as dimensões qualidade, meio
ambiente, saúde e segurança no trabalho, temos a congregação das normas ISO 9001, ISO 14001, e
OSHAS 18001.
Geologia - Ciência que estuda a origem, estrutura, formação e as sucessivas transformações da Terra e
da evolução do mundo inorgânico.
H
Hidrófilo - I. Diz-se de ou planta adaptada à vida na água ou em ambientes encharcados. II.
Que gosta de água. III. Que absorve bem a água. IV. Que é polinizado pela á ua.
I
Impacto Ambiental - Alteração provocada ou induzida pelo homem, com efeito temporário ou
permanente das propriedades físicas, químicas e biológicas.
Intemperismo - Processo pelo qual as rochas, ao sofrerem a acção da chuva, do sol, do vento e de
organismos vivos, vão se transformando, até chegarem a minúsculas partículas, invisíveis a olho nu e
que formam as argilas.
Ilha - Porções relativamente pequenas de terra emersa circundada de água doce ou salgada. Ilha fluvial
- É aquela que é circundada apenas por água doce, aparecendo no leito de um rio. Inundação - É o
efeito de fenómenos meteorológicos, tais como chuvas, ciclones e degelo, que causam acumulações
temporárias de água, em terrenos que se caracterizam por deficiência de drenagem, o que impede o
desagúe acelerado desses volumes.
ISO série 14000 - Conjunto de normas internacionais que tem por objectivo p over as organizações
dos elementos de um sistema de gestão ambiental, possível de integração com outros requisitos de
gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar seus objectivos ambientais e económicos. ISO 14001 - Sistema
de gestão ambiental, especificação e directrizes de uso, e ISO 14004 - Sistemas de gestão ambiental -
Directrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.
J
Jusante - Uma área ou um ponto que fica abaixo de outro ao se considerar uma corrente fluvial
ou tubulação na direcção da foz, do final. O contrário de montante.
L
Lago - Depressões do solo produzidas por causas diversas e cheias de águas confinadas, mais ou menos
tranquilas, pois dependem da área ocupada pelas mesmas. As formas, as profundidades e as extensões
dos lagos são muito variáveis. Geralmente, são alimentados por um ou mais 'rios afluentes'. Possuem
também 'rios emissários', o que evita seu transbordamento.
Lago oligotrófico - Lago ou represamento pobre em nutrientes, caracterizad por baixa
quantidade de algas planctônicas.
Lagoa - Depressão de formas variadas, principalmente tendente a circulares, de profundidades pequenas
e cheias de água salgada ou doce. As lagoas podem ser definidas como lagos de
M
Manancial - Qualquer corpo d'água, superficial ou subterrâneo, utilizado para abastecimento
humano, industrial, animal ou irrigação.
Manguezal - Ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e aquático sujeito a regime
das marés.
Matéria em suspensão - Em sentido estrito, matéria sólida que flutua na água (ou em outro meio) por
ter peso específico similar ao do meio, sendo arrastada por ele. No caso em que a matéria sólida seja mais
leve que a água, e por isso fluente sobre ela, é chamada matéria flutuante, se trata de matéria sólida que,
após certo período de flutuação, acaba fundindo-se ao solo, chama-se matéria submergida.
N
Nível da água subterrânea - Limite superior da zona saturada, do solo ou aquífero.
Nerítico - Zona de água do mar que cobre a plataforma continental.
Níuston - Organismos minúsculos que flutuam na camada superficial da água.
O
Osmose - Fenómeno produzido quando, duas substâncias liquidas ou dissolvidas, com
concentrações desiguais e separadas por membrana semipermeável, atravessam-na e se misturam.
Osnose resersa - Processo de separação de poluentes por meio de membranas
semipermeáveis.
Olho d'água, nascente - Local onde se verifica o aparecimento de água por afloramento do lençol
freático (Resolução nº 04, de 18.09.85, do CONAMA).
Onda cheia - Elevação do nível das águas de um rio até o pico e subsequente recessão, causada por
um período de precipitação, fusão das neves, ruptura da barragem ou liberação de água por central
eléctrica
.
P
Poluente - Substância. meio ou agente que provoque, directa ou indirectame forma
te qualquer
de poluição.
Q
Qualidade da água - Características químicas, físicas e biológicas, relaciona as com o seu
uso para um determinado fim. A mesma água pode ser de boa qualidade para um determinado
fim e de má qualidade para outro, dependendo de suas características e das
xigências
requeridas pelo uso específico.
R
Recarga artificial - Processo de aumentar o fornecimento natural de água a um aquífero
bombeando água para dentro dele através de perfurações ou para dentro de captação
acias de
que drenam a água para dentro do aquífero.
Reciclar - Colectar e processar um recurso de modo que ele possa ser transformado em novos produtos,
como recuperar garrafas ou latas de alumínio para processá-las em novas garrafas ou latas. A reciclagem
difere da reutilização por envolver processamento; reutilizar significa usar um recurso novamente em sua
forma original, como na lavagem e reutilização de um contentor.
Recife - Proeminência ou massa de rochas ou de coral (ou de um banco de areia estendido) junto à
superfície do oceano.
S
SA 8000 - A SA 8000 regulamenta questões referentes ao trabalho infantil, ao trabalho forçado, à saúde
e à segurança, à liberdade de sindicalização e o direito de negociação colectiva, à discriminação, às
práticas disciplinares, às horas de trabalho, à remuneração, ao sistema de gestão de responsabilidade
social, etc.
Sua certificação constitui a materialização de um consenso ético-normativo sobre a responsabilidade
social das empresas, sob as prerrogativas da Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas. A
responsabilidade dessa iniciativa partiu do "CEPA - Council on Economic Priorities Agency (Conselho da
Agência de Prioridades Económicas dos EUA) ", e representa um novo padrão de certificação que,
embora recente, já é conhecido mundialmente.
T
Tratamento de água - É o conjunto de acções destinado a alterar as características físicas e ou
químicas e ou biológicas da água, de modo a satisfazer o padrão de potabilidade adoptado pela
autoridade competente.
Tratamento de lixo - Procedimento destinado à redução e eliminação, ou, ao contrário, à elaboração e
ao aproveitamento dos produtos residuais, provenientes da indústria, do comércio e de residências;
eliminação de lixo.
V
Voçoroca - Processo erosivo subterrâneo. causado por infiltração de águas pluviais, através de
desmoronamento e que se manifesta por grandes fendas na superfície do terreno afectado, especialmente
quando este é de encosta e carece de cobertura vegetal.
Vazão - Volume fluído que passa, na unidade de tempo, através de uma superfície (como
exemplo, a secção transversal de um curso d'água).
Vazão ecológica - Vazão que se deve garantir a jusante de uma estrutura de armazenagem
(barragem) ou captação (tomada de água), para que se mantenham as condições ecológicas naturais de
um rio.
Vertedor - Dispositivo utilizado para controlar e medir pequenas vazões de líquidos em canais abertos.
Fonte: Universidade da Água
Liberdade, Igualdade
Fica nessa minha irmã
Seja firme, seja forte
Tenha sempre a mente sã Eu
agora me apresento:
Sou a Cida Cidadã
Em direitos e deveres
Em paixão e dignidade
Em alegria no coração
Liberdade, Liberdade
Abre as asas sobre nós
Nas lutas, nas tempestades Até
que ouçamos sua voz
Neste livro está a garantia de saúde, escola, moradia, liberdade e igualdade para todos, mas…
…como bem sabemos, existe uma distância enorme entre o que está escrito Porque
a realidade:
tanto cidadão vive na pior
Sem ter condições de uma vida digna e tranquila Me
responde a essa,
Cidadã Cida!
Ora Zé Fisco
Porque alguns cidadãos
Só querem ter direitos e não deveres
E isso acaba prejudicando outros cidadãos
Por falar em babaquice, acho que está na hora de conferir um rap que fala sobre isso
Um rap sobre os babacas que pensam que são espertos, mas só prejudicam a si e á toda a população:
- Viram só, o rap disse bem, babaquice é não lutar pelos seus direitos e não cumprir seus deveres.
Gostei de ver Zé fisco…babaquice é quebrar o orelhão e “enfeiar” a cidade pichando (sujando)
paredes…
Babaquice é não pagar os tributos (impostos)
Tributos? Estava com essa pergunta na ponta da língua, o que é isso mesmo, hein Zé Fisco?
- Ora Cidadã Cida, tributo é uma quantia em dinheiro que o cidadão paga ao poder público. Juntando os
tributos de quem deve pagar, o Estado fica com dinheiro para investir no bem- estar da sociedade, em
saúde, educação, moradia, segurança, estradas e saneamento básico…em resumo: o Estado fica com
dinheiro para investir naquilo que todos precisam para se ter uma vida bem melhor…
Liberdade, Igualdade
Fica nessa meu irmão
Moradia, mais trabalho, mais saúde, educação Eu
agora me despeço:
Sou Zé Fisco Cidadão
Liberdade, Igualdade
Fica nessa minha irmã
Seja firme, seja forte
Tenha sempre a mente sã Eu
agora me despeço: Sou a
Cida Cidadã !!!
O QUE FAZER
Compre pneus de maior vida útil. Se não quiser recapá-los, venda-os para recapagem, pois assim não
serão misturados ao lixo comum.
Controle atentamente a pressão dos pneus de seu carro, mas faça isso sempre com os pneus frios.
Faça um rodízio de pneus a cada 05 mil quilómetros – os pneus ligados à tracção do carro, se desgastam
mais rapidamente.
Periodicamente, alinhe a direcção e balanceie as rodas.
Quando trocar um pneu velho por um novo, recomenda-se trocar também a câmara, pois ela perde a
elasticidade e as dimensões originais.
NÃO ENTRE EM FRIA
São fabricadas no Brasil uma média de 720 mil geladeiras por ano.
Os especialistas em energia não se cansam de repetir que é possível poupar bastante energia com a
simples providência de manter em boas condições de uso os electrodomésticos, como os refrigeradores.
Isto é fácil de dizer. O difícil é saber o que fazer. A seguir, damos algum s dicas de como
economizar energia, mas é apenas um começo; procure mais informações nas empresas
fornecedoras de energia eléctrica de sua cidade.
VOCÊ SABIA?
Mais de 25% do consumo de electricidade nos apartamentos urbanos é relativo apenas ao consumo
dos refrigeradores.
Geladeiras duplex consomem 108kw ao mês, enquanto as comuns consomem 30kw ao mês. Se você
mantiver seu refrigerador ou freezer apenas 5° abaixo da temperatura indicada pelo fabricante, seu
consumo de energia aumentará em 25%.
Quando abrimos a geladeira, o ar frio escapa e o ar quente entra. para voltar à temperatura anterior(mais
baixa), a geladeira irá gastar mais energia do que simplesmente tivesse de manter o frio.
Geladeira cheia consome menos energia. A comida retém o frio. O
QUE FAZER
Verifique se há uma camada fina de gelo sobre os alimentos. Se isso acontecer, diminua a temperatura.
Cubra os alimentos para evitar a formação de gelo.
Não coloque o refrigerador perto do fogão ou de outra fonte do calor.
Verifique periodicamente a borracha que veda a porta da geladeira, pois ela impede a entrada de
humidade no aparelho e, consequentemente, evita desperdício de energia.
O QUE FAZER
Cobrar do governo uma política de controlo da poluição das águas.
Colabore não jogando lixo nas praias (leve sempre um saco para recolher detritos ) e
promovendo multidões de limpeza – junto às prefeituras. Não leve cachorros praia.
O QUE FAZER
Pense na possibilidade de substituir alguma lâmpada incandescente por fluorescente em sua casa.
O QUE FAZER
Ao escovar os dentes: se você abrir a torneira só para enxaguar a boca e lavar a escova, estará
usando apenas 2 litros de água, economizando assim 36 litros de água.
Ao fazer a barba: encha a pia com água, o que representa um gasto de cerca de 4 litros de água e uma
economia de 36 litros.
Ao tomar banho: procure não ficar no chuveiro mais tempo do que o necessário.
Perdoem-me os prezados leitores e não vai aí nenhuma crítica, muito menos qualquer
comentário que envolva a qualidade de vida das pessoas, mas, muitas vezes, na nossa vida, não
aproveitamos adequadamente nosso tempo disponível para aplicá-lo no nosso desenvolvimento e
crescimento profissional. Muitas vezes saímos dos nossos trabalhos e, ao
invés de frequentarmos escolas, cursos profissionalizantes, formações, etc, encostamos
"nossos umbigos" aos balcões de bares, muitas vezes jogando tempo, conversa e dinheiro fora.
Poderíamos perfeitamente estar aproveitando este tempo para investir em nós mesmos, permitindo
aumentar a cada dia nosso conhecimento e, o mais importante, estar aplicando este
conhecimento no nosso próprio trabalho ou a favor da comunidade onde act amos. Hoje, fala-
se muito em trabalhos voluntários junto às escolas e entidades filantrópicas. Talvez seja uma
oportunidade de estarmos transferindo nossos conhecimentos para outras p
ssoas carentes e
interessadas em aprender algo de novo.
Sabe-se que a humanidade sempre utilizou dos recursos naturais sem nem mesmo se
preocupar com as consequências que tais acções reflectiram em todo o planeta.
É nítida a degradação sofrida pelo ambiente e tudo que o compõe, inclusive o próprio ser humano. São
cada vez mais presentes fatos provocados pela “má” acção do homem contra o seu habitat natural,
acarretando assim perdas em diversos âmbitos; como, por exemplo, na
área económica, surgindo necessidades de recuperar o que foi tão maltratado. O
empobrecimento ambiental traz o descontrole social, inclusive entre as nações, reflectindo na qualidade
de vida.
Tais perspectivas tornam evidente o grave problema que já se enfrenta actualmente, dessa
forma exigindo do próprio
ser humano, o único culpado, atitudes de retratamento e
compromisso com a natureza. Uma dessas atitudes há-de ser, indiscutivelmente, no campo
educacional. Afinal, é através da educação que a humanidade pode, de maneira efectiva,
provocar mudanças concretas em seus hábitos perante o planeta. Sabe-se, porém, que tais reformulações
não ocorrem do dia para noite. É necessário um trabalho longo e profundo de consciencialização para que
se promova tão imprescindíveis inovações.
Daí dizer-se da importância de um processo educativo que forme cidadãos participativos,
empenhados em proteger a vida acima de tudo. As crianças, sem dúvida são o ponto principal
desta jornada; são nelas que se encontra a base norteadora de uma nova vis o.
A promoção para a saúde através da educação para a saúde constitui uma estratégia chave de
actuação sobre os determinantes da saúde de modo a favorecer e reforçar
s hábitos de vida
saudáveis.
No entanto esta acção não pode ser isolada e nem deve ser ao cargo de uma única instituição ou entidade.
A mesma deve ser fruto da conjugação de esforço inter e intra institucional, onde o envolvimento e
participação comunitária é crucial.
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