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SOBRE O NOME ADVENTISTA DO 7 DIA

Mais de um século e meio atrás, em 1º de outubro de 1860, em Battle Creek, Michigan,


um grupo de indivíduos esperando o breve retorno de Jesus escolheu o nome
“Adventistas do Sétimo Dia” para si mesmos. Aproximadamente 3.000 fortes na época,
os primeiros adventistas foram quase forçados pelas circunstâncias a escolher um nome.
Primeiro, havia a questão da igreja não ser capaz de possuir uma propriedade porque
ela não era legalmente constituída. Segundo, o que responder quando lhes
perguntassem a que denominação pertenciam? Além disso, várias Igrejas Adventistas já
haviam escolhido nomes diferentes para suas congregações.

E foi assim que 25 delegados se reuniram num dia de outono em uma cidade próspera
de Michigan, para abordar a questão da adoção de um nome. Depois de uns dias de
discussão — tendo abandonado outras denominações, os delegados estavam hesitantes
de formar outra organização — o nome Adventista do Sétimo Dia foi sugerido por um
homem chamado David Hewitt, conhecido como o “homem mais honesto” em Battle
Creek. Seguiu-se uma longa discussão, mas o nome foi votado favoravelmente 24-1.

O nome Adventista do Sétimo Dia reflete as crenças da igreja em três palavras.


“Adventista” indica a segurança do breve retorno (advento) de Jesus a esta Terra.
“Sétimo Dia” se refere ao Sábado bíblico de descanso que foi graciosamente dado por
Deus para a humanidade na criação e observado por Jesus durante a Sua encarnação.
Juntos, os dois termos falam do evangelho que é a salvação em Jesus Cristo.
COMO É ORGANIZADO A IGREJA ADVENTISTA?

Os adventistas do sétimo dia se organizam através de quatro níveis desde o membro


individual até a organização mundial:

A igreja local, que é um corpo organizado e unido de membros individuais;


A Associação ou Missão local, que é um corpo organizado e unido de igrejas de um
estado, província ou território;

A União, que é um corpo unido de associações, missões ou campos dentro de um


território maior. Exemplo: União Sul-Brasileira – compreende os estados da região Sul
do Brasil;

A Associação Geral, a maior unidade da organização, que abrange todas as uniões em


todas as partes do mundo.

As Divisões são seções da Associação Geral, com responsabilidade administrativa a elas


atribuída em determinadas áreas geográficas.

No caso da América do Sul, oito países (Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Peru,
Bolívia e Equador) fazem parte da Divisão Sul-Americana, com sede em Brasília. Os
demais países sul-americanos (Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e
Suriname) fazem parte da chamada Divisão Interamericana.
Biografias de quem fez parte da história do ADVENTISMO

Biografias de quem fez parte da história do adventismo sul-americano nos últimos 100
anos

SAIBA MAIS
John Lipke
Médico e pastor John Lipke foi pioneiro da obra educacional adventista

SAIBA MAIS
Guilherme Stein
Primeiro adventista do Brasil nascia há 143 anos, nascido em 13 de novembro de 1871
na cidade de Campinas, no interior de São Paulo

SAIBA MAIS
Pastor H.F. Graf
Pastor pioneiro no Brasil batizou mais de 1.400 pessoas em 12 anos

SAIBA MAIS
Pastor Boehm
Missionário doou recursos para comprar área de instituição adventista

SAIBA MAIS
Casal Halliwell
Missionário doou recursos para comprar área de instituição adventista

SAIBA MAIS
Clair A. Nowlen
História de amor abriu caminho para o cristianismo
TEMA: SAÚDE, VESTUÁRIO

ADVENTISTAS.ORG
Igreja Adventista do Sétimo Dia - Institucional

ESTILO DE VIDA E CONDUTA CRISTÃ


O que é, e qual é o propósito do Documento

Uma comissão de líderes adventistas de oito países sul-americanos votou, no final de


2012, documento intitulado Estilo de Vida e Conduta Cristã. O objetivo é reafirmar a
crença bíblica defendida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia quanto ao
comportamento de um cristão diante de diferentes situações da sua vida cotidiana
como recreação, mídia, vestuário, sexualidade, joias, ornamentos e saúde. A ideia do
documento não é substituir a Bíblia e nem criar novas normas.

A intenção foi resumir, em uma linguagem simples mas clara e objetiva, o que Deus
estabeleceu em Sua Palavra sobre esses temas no contexto da misericórdia e da graça
cristãs. Trata-se de um material que reúne em um só lugar várias declarações que
refletem o pensamento adventista sobre o assunto. Como o próprio documento diz, “as
recomendações apresentadas neste documento não devem ser usadas como elemento
de crítica ou julgamento de outros, mas como apoio para a vida pessoal”.

Segue abaixo o documento na íntegra:

Introdução

A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece a importância do sacrifício de Cristo na cruz


como o preço pago pela nossa salvação. Deus, em Seu infinito amor pelo mundo, “deu
Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida
eterna” (Jo 3:16). Ele “prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo
morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8), e nos convida a aceitar esse
sacrifício de amor, a entregar-Lhe totalmente a vida e a nascermos de novo em Cristo
(Jo 3:3-15).
A pessoa que passou por essa experiência com Jesus deve agora andar em “novidade de
vida”, entregando-Lhe todo o seu ser e todos os aspectos de sua vida (Rm 6:1-11). “E,
assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que
se fizeram novas” (2Co 5:17). Uma vida renovada leva o cristão a um alto padrão de
comportamento através de um estilo de vida que O glorifique e que evidencie
publicamente a fé e o compromisso que ele tem com Cristo Jesus. Dois ensinos bíblicos
fundamentam a importância do estilo de vida para o cristão adventista: 1) a restauração
da imagem de Deus no ser humano; e 2) a missão profética específica da Igreja
Adventista no final dos tempos.

A restauração da imagem de Deus. Segundo as Escrituras, o ser humano foi criado à


“imagem e semelhança” de Deus (Gn 1:26, 27). Essa realidade foi manchada pelo pecado
(Gn 3). Desde a queda, no entanto, Deus tem trabalhado pela restauração plena dessa
imagem no ser humano (Rm 8:29; 1Co 15:49; 2Co 3:18; Ef 4:22-24; Cl 3:8-10) através da
redenção em Cristo Jesus e da atuação do Espírito Santo na vida e mente daqueles que
respondem positivamente ao Seu convite à salvação (Jo 1:12, 13; 3:3-16). Nesse
processo de restauração, Deus chama Seus filhos a um reavivamento e reforma através
do compromisso com a santidade. “Sede santos porque Eu sou santo” (Lv 11:44, 45;
19:2; 20:26); “sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:48).

Essas exortações bíblicas são muitas vezes mal-interpretadas e usadas como base de um
legalismo exigente e frio, comumente denominado de perfeccionismo. No entanto, no
Sermão da Montanha (Mt 5:43-48), Cristo deixou claro que “ser santo” e “ser perfeito”
como Deus, é ser um canal divino de Sua graça, amor e bondade aos seres humanos. O
cristão torna-se um canal de Deus ao amar sinceramente todos os indivíduos com quem
ele se relaciona, orando por eles e ajudando-os, mesmo sendo seus inimigos ou aqueles
que o perseguem.

O chamado do cristão é imitar a Deus em todos os aspectos de sua vida (1Pe 1:13-16).
Para que isso seja possível, Deus concede aos Seus filhos o Espírito Santo, o Consolador,
que opera na mente e coração dos seres humanos, envolvendo o cultivo de atributos
internos (amor, bondade, compaixão, justiça, verdade, pureza, honestidade,
responsabilidade, altruísmo, etc.) e externos (modéstia, decência, temperança, boas
obras, etc.). Esses atributos representam a restauração do caráter divino evidenciado
pelo fruto do Espírito na vida dos filhos de Deus (Rm 12:1-13:14; Gl 5:16-26; Ef 4:17-
5:21; Cl 3:1-17; 1Ts 4:1-12; 1Tm 2:8-3:13). A missão profética da Igreja Adventista.

O segundo ensino bíblico que realça a importância de um estilo de vida consagrado a


Deus é a missão específica da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Desde seus primórdios,
os Adventistas do Sétimo Dia se consideram um movimento profético, com a missão
especial de preparar um povo para a Segunda Vinda de Jesus. Esse movimento foi
profetizado em Isaías 40:1-5, como a “voz do que clama no deserto” preparando o
caminho do Senhor; em Isaías 58:12, como o “reparador de brechas e restaurador de
veredas” que restabeleceria verdades bíblicas esquecidas, entre as quais a santificação
do sábado; em Malaquias 4:4-6, como o Elias que antecederia a vinda do Messias. Seu
cumprimento foi predito em Apocalipse 14:6-12, com a tríplice mensagem angélica
pregada nos últimos dias da história humana pelos “santos, os que guardam os
mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.

A missão da Igreja Adventista é a mesma de João Batista — preparar um povo para a


vinda de Jesus, e ambos são objetos das profecias específicas de Isaías 40 e Malaquias
4. João Batista é, portanto, um modelo profético da Igreja Adventista, e grande ênfase
é dada ao seu estilo de vida, especialmente em relação à comida, bebida e vestimenta
(Mt 3:4; Mc 1:6; Lc 1:15). Isso pressupõe que um estilo de vida específico, ordenado por
Deus, é um aspecto importante no cumprimento da missão do mensageiro profético
que prepara a vinda do Senhor.

Recomendações

Com base nessa percepção das verdades bíblicas, a Divisão Sul-Americana da Igreja
Adventista do Sétimo Dia reafirma seu compromisso com um estilo de vida cristã que
represente seu chamado e sua missão diante do mundo e que seja uma resposta de
coração à graça e ao amor de Deus. E, com o propósito de aconselhar e incentivar seus
membros a crescerem na fé, a aprofundar sua experiência com Deus e a avançar no
cumprimento da missão evangélica, faz as seguintes recomendações:

1. Vida de santificação

O cristão é chamado a consagrar a Deus todos os aspectos de sua vida. Como está
escrito: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente
na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da
obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância;
pelo contrário, segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós
mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque Eu
sou santo” (1Pe 1:13-16). Ao fazer a vontade do Mestre, “precisamos chegar ao ponto
de reconhecer plenamente o poder e a autoridade da Palavra de Deus, quer ela
concorde ou não com nossas opiniões preconcebidas. Temos um perfeito livro-guia. O
Senhor nos falou a nós; e, sejam quais forem as consequências, devemos receber Sua
Palavra e praticá-la na vida diária. De outro modo estaremos escolhendo nossa própria
versão do dever e fazendo exatamente o oposto daquilo que nosso Pai celestial nos
mandou fazer” (Ellen G. White, Manuscrito 148, 1902; ver Medicina e Salvação, p. 255,
256).

2. Crescimento espiritual

A santificação implica um contínuo processo de crescimento espiritual pela graça de


Deus em Jesus, através da comunhão pessoal com Ele pelo estudo da Bíblia, pela prática
da oração e pelo testemunho pessoal. O alvo é chegar “ao pleno conhecimento do Filho
de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que
não mais sejamos como meninos, agitados de um lado ao outro e levados ao redor por
todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao
erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça,
Cristo” (Ef 4:13-15). “Muitos têm a ideia de que devem fazer sozinhos parte do trabalho.
Confiaram em Cristo para o perdão dos pecados, mas agora procuram por seus próprios
esforços viver retamente. Mas qualquer esforço como este terá de fracassar. Diz Jesus:
‘Sem Mim nada podereis fazer’ (Jo 15:5). Nosso crescimento na graça, nossa felicidade,
nossa utilidade – tudo depende de nossa união com Cristo. É pela comunhão com Ele,
todo dia, toda hora – permanecendo nEle – que devemos crescer na graça” (Ellen G.
White, Caminho a Cristo, p. 69).

3. Pureza moral

Todo filho e filha de Deus deve conservar puros o coração e a mente (Sl 24:3, 4; 51:10),
seguindo o modelo de Cristo: “E a si mesmo se purifica todo o que nEle tem esta
esperança, assim como Ele é puro.” (1Jo 3:3). O cristão deve evitar e rejeitar tudo que
possa poluir sua mente e sua vida, levando-o a pecar. Duas exortações de Paulo servem
para nortear suas escolhas: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa
qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31); “Finalmente, irmãos, tudo que
é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é puro, tudo que é amável, tudo que
é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isto que ocupe o
vosso pensamento” (Fp 4:8).

4. Recreação e mídia

Seguindo o princípio da pureza moral, o cristão deve evitar livros e revistas, programas
de rádio, televisão, internet ou qualquer outro tipo de mídia, jogos ou equipamentos
modernos cujo conteúdo possa poluir sua mente e coração. Deve-se evitar tudo que
induza ao mal e promova violência, desonestidade, desrespeito, adultério, pornografia,
vícios de toda sorte, descrença, uso de palavrões e linguagem obscena, entre outras
coisas. O cristão não pode conformar-se aos valores comuns de um mundo
profundamente corrompido pelo pecado, mas deve ser transformado pelo Espírito,
renovando sua mente a fim de experimentar “a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus” (Rm 12:2; ver também 1Jo 2:15-17). Certos lugares públicos de diversão tais como
estádios esportivos, teatros e cinemas, em sua programação habitual, são inapropriados
para o cristão adventista. Vários fatores contribuem para essa avaliação negativa por
parte da Igreja, dentre eles:

a falta de controle sobre o conteúdo que é apresentado ou o evento que está ocorrendo;
a psicologia de massa que muitas vezes leva alguém a seguir em uma direção que de
outro modo não o faria;
o fato de todo o ambiente ser planejado para potencializar o impacto sobre o indivíduo
e sua mente, facilitando a aceitação, geralmente imperceptível, de ideias e valores
contrários à fé cristã;
o tempo e os recursos financeiros gastos nessas diversões que poderiam ser utilizados
para outros fins mais condizentes com a fé e os propósitos de vida de um cristão;
o testemunho negativo que a frequência a esses lugares pode deixar na mente de
membros e não membros da igreja. O conselho de Ellen White aos jovens acerca do
teatro, no seu tempo, parece ainda mais pertinente hoje para todos os lugares de
diversão: “Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o teatro. Em vez de ser
uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro
foco de imoralidade. Hábitos viciosos e propensões pecaminosas são fortalecidos e
confirmados por esses entretenimentos. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes
licenciosos depravam a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma
assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. [...] O amor a essas cenas
aumenta a cada condescendência, assim como o desejo das bebidas alcoólicas se
fortalece com seu uso. O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro, ao circo e a
qualquer outro lugar de diversão duvidosa” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p.
380).
A dança e os ambientes sociais como boates e outras casas noturnas são contrários ao
princípio da pureza cristã, uma vez que excitam as paixões humanas, a luxúria e sedução.
A dança é ainda comumente acompanhada do estímulo ao uso de bebidas alcoólicas, de
drogas, da prática de violência e comportamento desenfreado. Sua promoção e prática
não se harmonizam com os princípios cristãos adventistas, nem mesmo em um contexto
particular, residencial, ou em atividades espirituais e sociais realizadas pela igreja.
A recreação através da música, seja ela religiosa ou não, também deve passar pelos
critérios bíblicos da glorificação a Deus e qualidade do material em questão. Uma
discussão detalhada desse assunto tão importante aparece nos documentos: “Filosofia
Adventista do Sétimo Dia com Relação à Música”; e “Orientações com Relação à Música
para a Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul”, que você acessa clicando
aqui.

5. Vestuário

O vestuário cristão é claramente orientado nas Escrituras pelo princípio da modéstia e


da beleza interior que implicam bom gosto com decoro. Os Adventistas do Sétimo Dia
creem que os princípios acerca do vestuário que aparecem em 1 Timóteo 2:9 e 10 e 1
Pedro 3:3 e 4, em relação às mulheres cristãs, se aplicam tanto a homens como a
mulheres. O cristão deve se vestir com modéstia, decência, bom-senso, evitando a
sensualidade provocativa tão comum da moda, e sem ostentação de “ouro, pérolas ou
pedras preciosas, ou vestuário dispendioso” (1Tm 2:9).

Esse princípio deve aplicar-se não apenas a roupas, mas a todas as questões que
envolvem a aparência pessoal e seus enfeites. Tudo deve evidenciar a riqueza do
“homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto,
que é precioso diante de Deus” (1Pe 3:4). “O caráter de uma pessoa é julgado pelo
aspecto de seu vestuário. Um gosto apurado, um espírito cultivado, revelar-se-ão na
escolha de ornamentos simples e apropriados. [...] É justo amar e desejar a beleza; Deus,
porém, deseja que amemos e procuremos primeiro a mais alta beleza – aquela que é
imperecível. As mais seletas produções da perícia humana não possuem beleza que se
possa comparar com a beleza do caráter, que à Sua vista é de grande preço” (Ellen G.
White, Educação, p. 248, 249).

6. Jóias e ornamentos

Os princípios bíblicos da modéstia e da beleza interior, que aparecem em 1 Timóteo 2:9


e 1 Pedro 3:3, deixam bem claro que o cristão deve abster-se do uso de joias e de outros
ornamentos, como bijuterias e piercing, e de tatuagens (Lv 19:28). Segundo a exortação
bíblica, o cristão deve levar uma vida simples, sem ostentação, evitar despesas
desnecessárias e estar livre do espírito de competição tão comum na sociedade. Esses
princípios se aplicam às joias ornamentais. As joias funcionais, usadas segundo o
contexto sociocultural, também devem seguir os mesmos princípios. Para o cristão, a
autoestima e a valorização social estão fundamentadas no fato de o ser humano ter sido
criado à imagem de Deus (Gn 1:26, 27); de cada individuo ser dotado de dons e talentos
que lhes são únicos (Mt 25:14-29); e, sobretudo, por ele ter sido resgatado do pecado
pelo mais alto preço possível no Universo, o precioso sangue de Cristo (1Co 6:20).

A busca de autoestima e valorização social por meio do uso de joias ou ornamentação


externa conflita com a profunda experiência cristã que Deus deseja para Seus filhos e
filhas (1Tm 2:9, 10; 1Pe 3:3, 4). Apesar de vários personagens bíblicos terem usado joias,
o texto bíblico deixa claro que o seu abandono caracteriza um movimento de total
reavivamento e reforma espiritual do povo de Deus (Gn 35:2-4; Êx 33:5, 6). É nesse
contexto de reforma e reconsagração que os apóstolos Paulo e Pedro apontam a norma
a ser seguida pelos discípulos de Cristo. Para os Adventistas do Sétimo Dia, essa norma
deve ser ainda mais relevante, visto que nossa missão como o Elias profético nestes
últimos tempos significa também simplicidade no vestuário (Mt 11:7-10; Mc 1:6; Lc 7:24-
27). “Trajar-se com simplicidade e abster-se de ostentação de joias e ornamentos de
toda espécie está em harmonia com nossa fé” (Ellen G. White, Testemunhos Para a
Igreja, v. 3, p. 366).

7. Sexualidade humana

A sexualidade humana é apresentada na Bíblia como parte da imagem de Deus na


humanidade (Gn 1:27), e foi planejada por Deus para ser uma bênção ao gênero humano
(Gn 1:28). Desde o princípio, Deus estabeleceu também o contexto em que ela deve ser
exercida – o casamento entre um homem e uma mulher (Gn 2:18-25; Hb 13:4). A Bíblia
deixa claro que a sexualidade deve ser exercida com respeito, fidelidade, amor e
consideração pelas necessidades do cônjuge (Pv 5:15-23; Ef 5:22-33).

O fiel adventista deve evitar também o jugo desigual, relacionando-se afetivamente e


unindo-se em matrimônio somente com alguém que compartilhe sua fé (2Co 6:14, 15).
As Escrituras claramente classificam como pecado as diferentes formas de sexo fora das
diretrizes divinas, como:

o sexo pré-marital e a violência sexual (Dt 22:13-21, 23-29);


o adultério ou sexo extraconjugal (Êx 20:14; Lv 18:20; 20:10; Dt 22:22; 1Ts 4:3-7);
a prostituição, feminina ou masculina (Lv 19:29; Dt 23:17);
a relação com pessoas da mesma família ou crianças (Lv 18:6-17; 20:11, 12, 14, 17, 19-
21);
a relação entre pessoas do mesmo sexo (Lv 18:22; Lv 20:13; Rm 1:26, 27);
o travestismo (Dt 22:5);
e a relação sexual com animais (Lv 18:23; Lv 20:15, 16).
As Escrituras também condenam:
o assédio sexual (Gn 39:7-9; 2Sm 13:11-13);
o exibicionismo sensual (Ez 16:16, 25; Pv 7:10, 11);
manter pensamentos e desejos impuros (Mt 5:27-28; Fp 4:8);
a impureza e os vícios secretos, como a pornografia e a masturbação (Ez 16:15-17; 1Co
6:18; Gl 5:19; Ef 4:19; 1Ts 4:7).
O argumento comum de que muitos desses comportamentos sexuais não eram aceitos
na antiguidade, quando a Bíblia foi escrita, mas que hoje são socialmente aceitos e,
portanto, podem ser até mesmo praticados pelos cristãos, demonstra falta de
conhecimento da realidade entre os povos vizinhos do antigo Israel. O próprio texto
bíblico é bem claro nessa questão. Levítico 18 diz que essas práticas eram comuns e
aceitas no Egito e, mais ainda, na terra de Canaã (Lv 18:3, 24, 25, 27).

Deus condenou essas práticas, apesar de serem aceitas na antiguidade. Os israelitas


deveriam viver segundo outro modelo de comportamento sexual, ou seja, o que está
explícito nos mandamentos de Deus (Lv 18:4, 5, 26, 30). No entanto, para aqueles que
sofrem tentações ou que têm sucumbido em qualquer área do comportamento sexual,
a promessa de vitória em Deus é animadora: “Tudo posso nAquele que me fortalece”
(Fp 4:13); “não por força nem por poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos
Exércitos” (Zc 4:6). “Os que põem em Cristo a confiança não devem ficar escravizados
por nenhuma tendência ou hábito hereditário, ou cultivado. Em lugar de ficar
subjugados em servidão à natureza inferior, devem reger todo apetite e paixão. Deus
não nos deixou lutar contra o mal em nossa própria, limitada força. Sejam quais forem
nossas tendências herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer mediante o
poder que Ele está disposto a nos comunicar” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver,
p. 175, 176).

8. Saúde

O corpo humano é o templo do Espírito Santo e o cristão deve glorificar a Deus em seu
corpo (1Co 3:16, 17; 6:19, 20; 10:31). O cuidado do corpo e da saúde faz parte da
restauração da imagem de Deus no homem: “Deus deseja que alcancemos a norma de
perfeição que o dom de Cristo nos tornou possível. Ele nos convida a fazer nossa escolha
do direito, para nos ligarmos com os instrumentos celestes, adotarmos princípios que
hão de restaurar em nós a imagem divina. Na Sua palavra escrita e no grande livro da
natureza, Ele revelou os princípios da vida. É nossa obra obter conhecimento desses
princípios e, pela obediência, cooperar com Ele na restauração da saúde do corpo bem
como da alma” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 114, 115).

Em Sua Palavra, Deus deu orientações claras acerca de comida (Gn 1:29; 3:18; 7:2; 9:3,
4; Lv 11:1-47; 17:10-15; Dt 14:3-21) e bebida (Lv 10:9; Nm 6:3; Pv 20:1; 21:17; 23:20, 29-
35; Ef 5:18). A dieta vegetariana é o ideal de Deus para o ser humano (Gn 1-3) e também
a abstinência de qualquer tipo de bebida alcoólica e de tudo que seja prejudicial à saúde
humana, como bebidas cafeinadas e drogas (Êx 20:13; 1Co 3:17; 6:19; 10:31). As boas
coisas que Deus criou para o ser humano devem ser usadas com equilíbrio e sabedoria
(Pv 25:16, 27). As coisas más devem ser totalmente evitadas.

Alimentação adequada e abstinência de tudo que é prejudicial à saúde são dois dos oito
remédios naturais que Deus prescreveu para a manutenção de uma vida saudável e
equilibrada e para a cura de muitas doenças e sofrimento: “Ar puro, luz solar,
abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder
divino – eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos
meios terapêuticos naturais e da maneira de aplicá-los. [...] Aqueles que perseveram na
obediência à suas leis ceifarão galardão em saúde de corpo e de alma” (Ellen G. White,
A Ciência do Bom Viver, p. 127).

Conclusão

As recomendações apresentadas neste documento são conselhos e orientações a serem


seguidos com oração, como resultado de profundo relacionamento pessoal com Deus,
na busca de Suas verdades e de Sua presença na primeira hora de cada dia. Elas não
devem ser usadas como um elemento de crítica ou julgamento de outros, mas como
apoio para a vida pessoal. A Palavra de Deus e os conselhos divinos que nos foram
transmitidos pelo ministério profético de Ellen G. White nos exortam, como Adventistas
do Sétimo Dia, a viver um estilo de vida que seja uma resposta de amor à bondade, à
graça e ao infinito amor de Deus por nós. O fruto do Espírito deve permear todas as
dimensões do nosso viver, proporcionando equilíbrio entre os aspectos interiores do ser
e os exteriores do fazer. O resultado disso será nossa própria felicidade e bem-estar, e
o desenvolvimento da nossa salvação em todos os aspectos desejados por Deus. E, por
fim, estaremos lançando uma das bases fundamentais para o cumprimento de nossa
missão profética, esperando em breve ouvir dos lábios do próprio Jesus: “Bem está,
servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu
Senhor” (Mt 25:21).
CRENÇAS DA IGREJA ADVENTISTA

Igreja Adventista do Sétimo Dia - Institucional

CRENÇAS
Os adventistas consideram toda a Bíblia Sagrada como segura e única regra de fé e
esperança. Suas doutrinas, portanto, seguem integralmente os ensinamentos bíblicos e
nela estão fundamentados. Estas crenças aqui expostas constituem a percepção e
expressão que a Igreja sustém com respeito aos ensinos bíblicos.

As Escrituras Sagradas

As Escrituras Sagradas, o Antigo e o Novo Testamentos, são a Palavra de Deus escrita,


dada por inspiração divina. Os autores inspirados falaram e escreveram ao serem
movidos pelo Espírito Santo. Nesta Palavra, Deus transmitiu à humanidade o
conhecimento necessário para a salvação. As Escrituras Sagradas são a revelação
infalível, suprema e repleta de autoridade de sua vontade. Constituem o padrão de
caráter, a prova da experiência, o revelador definitivo de doutrinas e o registro fidedigno
dos atos de Deus na história.

Sl 119:105; Pv 30:5, 6; Is 8:20; Jo 17:17; 1Ts 2:13; 2Tm 3:16, 17; Hb 4:12; 2Pe 1:20, 21

A Trindade

Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três pessoas coeternas. Deus
é imortal, onipotente, onisciente, acima de tudo e sempre presente. Ele é infinito e está
além da compreensão humana, mas é conhecido por meio de sua autorrevelação. Deus,
que é amor, para sempre é digno de culto, adoração e serviço por parte de toda a
criação.

Gn 1:26; Dt 6:4; Is 6:8; Mt 28:19; Jo 3:16; 2Co 1:21, 22; 13:14; Ef 4:4-6; 1Pe 1:2
O Pai

Deus, o eterno Pai, é o criador, o originador, o mantenedor e o soberano de toda a


criação. Ele é justo e santo, compassivo e clemente, tardio em irar-se e grande em
constante amor e fidelidade. As qualidades e os poderes manifestos no Filho e no
Espírito Santo também são os mesmos do Pai.

Gn 1:1; Dt 4:35; Sl 110:1, 4; Jo 3:16; 14:9; 1Co 15:28; 1Tm 1:17; 1Jo 4:8; Ap 4:11

O Filho

Deus, o Filho Eterno, encarnou-se como Jesus Cristo. Por meio dele foram criadas todas
as coisas, é revelado o caráter de Deus, efetuada a salvação da humanidade e julgado o
mundo. Sendo para sempre verdadeiramente Deus, Ele se tornou também
verdadeiramente humano, Jesus, o Cristo. Foi concebido do Espírito Santo e nasceu da
virgem Maria. Viveu e experimentou a tentação como ser humano, mas exemplificou
perfeitamente a justiça e o amor de Deus. Por seus milagres manifestou o poder de Deus
e atestou que era o Messias prometido por Deus. Sofreu e morreu voluntariamente na
cruz por nossos pecados e em nosso lugar, foiressuscitado dentre os mortos e ascendeu
ao Céu para ministrar no santuário celestial em nosso favor. Virá outra vez, em glória,
para o livramento final de seu povo e a restauração de todas as coisas.
Is 53:4-6; Dn 9:25-27; Lc 1:35; Jo 1:1-3, 14; 5:22; 10:30; 14:1-3, 9, 13; Rm 6:23; 1Co 15:3,
4; 2Co 3:18; 5:17-19; Fp 2:5-11; Cl 1:15-19; Hb 2:9-18; 8:1, 2

O Espírito Santo

Deus, o Espírito Santo, desempenhou uma parte ativa com o Pai e o Filho na criação,
encarnação e redenção. Ele é uma pessoa tanto quanto o Pai e o Filho. Inspirou os
escritores das Escrituras. Encheu de poder a vida de Cristo. Atrai e convence os seres
humanos; e os que se mostram sensíveis são renovados e transformados por Ele à
imagem de Deus. Enviado pelo Pai e pelo Filho para estar sempre com seus filhos, Ele
concede dons espirituais à igreja, a habilita a dar testemunho de Cristo e, em harmonia
com as Escrituras, guia-a em toda a verdade.

Gn 1:1, 2; 2Sm 23:2; Sl 51:11; Is 61:1; Lc 1:35; 4:18; Jo 14:16-18, 26; 15:26; 16:7-13; At
1:8; 5:3; 10:38; Rm 5:5; 1Co 12:7-11; 2Co 3:18; 2Pe 1:21
A Criação

Deus comunica por meio das Escrituras o relato autêntico e histórico de sua atividade
criadora. Ele criou o universo; e, em uma criação recente, que durou seis dias, o Senhor
fez “os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” e descansou no sétimo dia. Assim
Ele estabeleceu o sábado como memorial perpétuo da obra que Ele realizou e terminou
em seis dias literais que, junto com o sábado, constituem a mesma unidade de tempo
que hoje chamamos de semana. O primeiro homem e a primeira mulher foram
formados à imagem de Deus como obra-prima da criação, foi-lhes dado domínio sobre
o mundo e atribuiu-se-lhes a responsabilidade de cuidar dele. Quando o mundo foi
concluído, ele era “muito bom”, proclamando a glória de Deus.

Gn 1–2; 5; 11; Êx 20:8-11; Sl 19:1-6; 33:6, 9; 104; Is 45:12, 18; At 17:24; Cl 1:16; Hb 1:2;
11:3; Ap 10:6; 14:7

A Natureza da Humanidade

O homem e a mulher foram formados à imagem de Deus com individualidade, poder e


liberdade de pensar e agir. Conquanto tenham sido criados como seres livres, cada um
é uma unidade indivisível de corpo, mente e espírito, e dependente de Deus quanto à
vida, respiração e tudo o mais. Quando nossos primeiros pais desobedeceram a Deus,
negaram sua dependência dele e caíram de sua elevada posição. A imagem de Deus
neles foi desfigurada, e tornaram-se sujeitos à morte. Seus descendentes partilham
dessa natureza caída e de suas consequências. Nascem com fraquezas e tendências para
o mal. Mas Deus, em Cristo, reconciliou consigo o mundo e por meio de seu Espírito
restaura nos mortais penitentes a imagem de seu Criador. Criados para a glória de Deus,
são chamados para amá-lo e amar uns aos outros, e para cuidar de seu ambiente.

Gn 1:26-28; 2:7, 15; 3; Sl 8:4-8; 51:5, 10; 58:3; Jr 17:9; At 17:24-28; Rm 5:12-17; 2Co
5:19, 20; Ef 2:3; 1Ts 5:23; 1Jo 3:4; 4:7, 8, 11, 20
O Grande Conflito

Toda a humanidade está agora envolvida no grande conflito entre Cristo e Satanás
quanto ao caráter de Deus, sua lei e sua soberania sobre o universo. Esse conflito
originou-se no Céu quando um ser criado, dotado de liberdade de escolha, por exaltação
própria, tornou-se Satanás, o adversário de Deus, e conduziu à rebelião uma parte dos
anjos. Ele introduziu o espírito de rebelião neste mundo, ao induzir Adão e Eva ao
pecado. Esse pecado humano resultou na deformação da imagem de Deus na
humanidade, no transtorno do mundo criado e em sua consequente devastação por
ocasião do dilúvio global, conforme retratado no relato histórico de Gênesis 1 a 11.
Observado por toda a criação, este mundo tornou-se o palco do conflito universal,
dentro do qual será finalmente vindicado o Deus de amor. Para ajudar seu povo nesse
conflito, Cristo envia o Espírito Santo e os anjos leais para os guiar, proteger e amparar
no caminho da salvação.

Gn 3; 6–8; Jó 1:6-12; Is 14:12-14; Ez 28:12-18; Rm 1:19-32; 3:4; 5:12-21; 8:19-22; 1Co


4:9; Hb 1:14; 1Pe 5:8; 2Pe 3:6; Ap 12:4-9

Vida, Morte e Ressurreição de Cristo

Na vida de Cristo, de perfeita obediência à vontade de Deus, e em seu sofrimento, morte


e ressurreição, Deus proveu o único meio de expiação do pecado humano, de modo que
os que aceitam essa expiação pela fé possam ter vida eterna, e toda a criação
compreenda melhor o infinito e santo amor do Criador. Esta expiação perfeita vindica a
justiça da lei de Deus e a benignidade de seu caráter; pois ela não somente condena o
nosso pecado, mas também garante o nosso perdão. A morte de Cristo é substituinte e
expiatória, reconciliadora e transformadora. A ressurreição corpórea de Cristo proclama
a vitória de Deus sobre as forças do mal, e assegura a vitória final sobre o pecado e a
morte para os que aceitam a expiação. Proclama a soberania de Jesus Cristo, diante do
qual se dobrará todo joelho, no Céu e na Terra.

Gn 3:15; Sl 22:1; Is 53; Jo 3:16; 14:30; Rm 1:4; 3:25; 4:25; 8:3, 4; 1Co 15:3, 4, 20-22; 2Co
5:14, 15, 19-21; Fp 2:6-11; Cl 2:15; 1Pe 2:21, 22; 1Jo 2:2; 4:10
A Experiência da Salvação

Em infinito amor e misericórdia, Deus fez com que Cristo, que não conheceu pecado, se
tornasse pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. Guiados pelo
Espírito Santo, sentimos nossa necessidade, reconhecemos nossa pecaminosidade,
arrependemo-nos de nossas transgressões e temos fé em Jesus como Salvador e Senhor,
Substituto e Exemplo. Essa fé salvadora advém do divino poder da Palavra e é o dom da
graça de Deus. Por meio de Cristo, somos justificados, adotados como filhos e filhas de
Deus, e libertados do domínio do pecado. Por meio do Espírito, nascemos de novo e
somos santificados; o Espírito renova nossa mente, escreve a lei de Deus, a lei de amor,
em nosso coração, e recebemos o poder para levar uma vida santa. Permanecendo nele,
tornamo-nos participantes da natureza divina e temos a certeza da salvação agora e no
juízo.

Gn 3:15; Is 45:22; 53; Jr 31:31-34; Ez 33:11; 36:25-27; Hc 2:4; Mc 9:23, 24; Jo 3:3-8, 16;
16:8; Rm 3:21-26; 8:1-4, 14-17; 5:6-10; 10:17; 12:2; 2Co 5:17-21; Gl 1:4; 3:13, 14, 26;
4:4-7; Ef 2:4-10; Cl 1:13, 14; Tt 3:3-7; Hb 8:7-12; 1Pe 1:23; 2:21, 22; 2Pe 1:3, 4; Ap 13:8

Crescimento em Cristo

Com sua morte na cruz, Jesus triunfou sobre as forças do mal. Aquele que durante seu
ministério terrestre subjugou os espíritos demoníacos, quebrou o poder do maligno e
confirmou sua condenação final. A vitória de Jesus dá-nos a vitória sobre as forças do
mal que ainda procuram controlar-nos ao andarmos com Ele em paz, alegria e com a
certeza de seu amor. Agora, o Espírito Santo habita em nós e reveste-nos de poder.
Estando continuamente comprometidos com Jesus como nosso Salvador e Senhor,
somos libertados do fardo dos atos cometidos no passado. Não mais vivemos nas trevas,
com medo dos poderes do mal, na ignorância e na vida sem sentido de outrora. Nesta
nova liberdade em Jesus, somos chamados a crescer na semelhança de seu caráter,
comungando com Ele diariamente em oração, alimentando-nos de sua Palavra,
meditando nela e na sua providência, cantando seus louvores, nos reunindo nos cultos
e participando da missão da igreja. Também somos chamados a seguir o exemplo de
Cristo pelo ministério compassivo às necessidades físicas, mentais, sociais, emocionais
e espirituais da humanidade. Ao entregar-nos para o amoroso serviço em prol dos que
estão em torno de nós e ao testemunharmos de sua salvação, sua constante presença
conosco por meio do Espírito transforma cada momento e cada tarefa em uma
experiência espiritual.
1Cr 29:11; Sl 1:1, 2; 23:4; 77:11, 12; Mt 20:25-28; 25:31-46; Lc 10:17-20; Jo 20:21; Rm
8:38, 39; 2Co 3:17, 18; Gl 5:22-25; Ef 5:19, 20; 6:12-18; Fp 3:7-14; Cl 1:13, 14; 2:6, 14,
15; 1Ts 5:16-18, 23; Hb 10:25; Tg 1:27; 2Pe 2:9; 3:18; 1Jo 4:4

A Igreja

A igreja é a comunidade de crentes que confessam a Jesus Cristo como Senhor e


Salvador. Em continuidade do povo de Deus nos tempos do Antigo Testamento, somos
chamados para fora do mundo; e nos unimos para prestar culto, para comunhão, para
instrução na Palavra, para a celebração da Ceia do Senhor, para o serviço a toda a
humanidade e para a proclamação mundial do evangelho. A igreja recebe sua
autoridade de Cristo, o qual é a Palavra encarnada revelada nas Escrituras. A igreja é a
família de Deus; adotados por Ele como filhos, seus membros vivem com base no novo
concerto. A igreja é o corpo de Cristo, uma comunidade de fé, da qual o próprio Cristo é
a cabeça. A igreja é a noiva pela qual Cristo morreu para que pudesse santificá-la e
purificá-la. Em sua volta triunfal, Ele a apresentará a si mesmo igreja gloriosa, os fiéis de
todos os séculos, a aquisição de seu sangue, sem mácula, nem ruga, porém santa e sem
defeito.

Gn 12:1-3; Êx 19:3-7; Mt 16:13-20; 18:18; 28:19, 20; At 2:38-42; 7:38; 1Co 1:2; Ef 1:22,
23; 2:19-22; 3:8-11; 5:23-27; Cl 1:17, 18; 1Pe 2:9

O Remanescente e sua Missão

A igreja universal se compõe de todos os que verdadeiramente creem em Cristo; mas,


nos últimos dias, um tempo de ampla apostasia, um remanescente tem sido chamado
para guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Esse remanescente anuncia a
chegada da hora do Juízo, proclama a salvação por meio de Cristo e prediz a
aproximação de seu segundo advento. Essa proclamação é simbolizada pelos três anjos
de Apocalipse 14. Ela coincide com a obra de julgamento no Céu e resulta em uma obra
de arrependimento e reforma na Terra. Todo crente é convidado a desempenhar uma
parte nesse testemunho mundial.

Dn 7:9-14; Is 1:9; 11:11; Jr 23:3; Mq 2:12; 2Co 5:10; 1Pe 1:16-19; 4:17; 2Pe 3:10-14; Jd
3, 14; Ap 12:17; 14:6-12; 18:1-4
Unidade no Corpo de Cristo

A igreja é um corpo com muitos membros, chamados de toda nação, tribo, língua e povo.
Em Cristo somos uma nova criação. Distinções de raça, cultura e nacionalidade, e
diferenças entre altos e baixos, ricos e pobres, homens e mulheres, não devem ser
motivo de dissensões entre nós. Todos somos iguais em Cristo, o qual por um só Espírito
nos uniu em comunhão com Ele e uns com os outros. Devemos servir e ser servidos sem
parcialidade ou restrição. Mediante a revelação de Jesus Cristo nas Escrituras,
partilhamos a mesma fé e esperança, e estendemos um só testemunho para todos. Esta
unidade encontra sua fonte na unidade do Deus triúno, que nos adotou como seus
filhos.

Sl 133:1; Mt 28:19, 20; Jo 17:20-23; At 17:26, 27; Rm 12:4, 5; 1Co 12:12-14; 2Co 5:16,
17; Gl 3:27-29; Ef 2:13-16; 4:3-6, 11-16; Cl 3:10-15

O Batismo

Pelo batismo confessamos nossa fé na morte e ressurreição de Jesus Cristo e


testificamos nossa morte para o pecado e nosso propósito de andar em novidade de
vida. Assim reconhecemos Cristo como Senhor e Salvador, tornamo-nos seu povo e
somos aceitos por sua igreja como membros. O batismo é um símbolo de nossa união
com Cristo, do perdão de nossos pecados e do recebimento do Espírito Santo. É por
imersão na água e depende de uma afirmação de fé em Jesus e da evidência de
arrependimento do pecado. Segue-se à instrução nas Escrituras Sagradas e à aceitação
de seus ensinos.

Mt 28:19, 20; At 2:38; 16:30-33; 22:16; Rm 6:1-6; Gl 3:27; Cl 2:12, 13

A Ceia do Senhor

A Ceia do Senhor é uma participação nos emblemas do corpo e do sanguede Jesus, como
expressão de fé nele, nosso Senhor e Salvador. Nessa experiência de comunhão, Cristo
se faz presente para se encontrar com seu povo e fortalecê-lo. Participando da Ceia,
proclamamos alegremente a morte do Senhor até que Ele volte. A preparação para a
Ceia envolve exame de consciência, arrependimento e confissão. O Mestre instituiu a
cerimônia do lava-pés para denotar renovada purificação, para expressar a disposição
de servir uns aos outros em humildade semelhante à de Cristo e para unir nossos
corações em amor. A cerimônia da comunhão é franqueada a todos os cristãos.

Mt 26:17-30; Jo 6:48-63; 13:1-17; 1Co 10:16, 17; 11:23-30; Ap 3:20

Dons e Ministérios Espirituais

Deus concede a todos os membros de sua igreja, em todas as épocas, dons espirituais
que cada um deve empregar em amoroso ministério para o bem comum da igreja e da
humanidade. Outorgados pela atuação do Espírito Santo, o qual os distribui a cada
membro como lhe apraz, os dons proveem todas as aptidões e ministérios de que a
igreja necessita para cumprir suas funções divinamente ordenadas. De acordo com as
Escrituras, esses dons abrangem ministérios como fé, cura, profecia, proclamação,
ensino, administração, reconciliação, compaixão e serviço abnegado e caridade para
auxílio e encorajamento das pessoas. Alguns membros são chamados por Deus e
dotados pelo Espírito para funções reconhecidas pela igreja em ministérios pastorais,
evangelísticos e de ensino especialmente necessários para habilitar os membros para o
serviço. Também são chamados para edificar a igreja, visando alcançar a maturidade
espiritual e promover a unidade da fé e do conhecimento de Deus. Quando os membros
utilizam esses dons espirituais como fiéis mordomos da multiforme graça de Deus, a
igreja é protegida contra a influência demolidora de falsas doutrinas, tem um
crescimento que provém de Deus e é edificada na fé e no amor.

At 6:1-7; Rm 12:4-8; 1Co 12:7-11, 27, 28; Ef 4:8, 11-16; 1Tm 3:1-13; 1Pe 4:10, 11

O Dom de Profecia

As Escrituras revelam que um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Esse dom é uma
característica da igreja remanescente e nós cremos que ele foi manifestado no
ministério de Ellen G. White. Seus escritos falam com autoridade profética e proveem
consolo, orientação, instrução e correção para a igreja. Eles também tornam claro que
a Bíblia é a norma pela qual deve ser provado todo ensino e experiência.

Nm 12:6; 2Cr 20:20; Am 3:7; Jl 2:28, 29; At 2:14-21; 2Tm 3:16, 17; Hb 1:1-3; Ap 12:17;
19:10; 22:8, 9
A Lei de Deus

Os grandes princípios da lei de Deus são incorporados nos Dez Mandamentos e


exemplificados na vida de Cristo. Expressam o amor, a vontade e os propósitos de Deus
acerca da conduta e das relações humanas, e são obrigatórios a todas as pessoas, em
todas as épocas. Esses preceitos constituem a base do concerto de Deus com seu povo
e a norma no julgamento de Deus. Por meio da atuação do Espírito Santo, eles apontam
para o pecado e despertam o senso da necessidade de um Salvador. A salvação é
inteiramente pela graça, e não pelas obras, e seu fruto é a obediência aos
mandamentos. Essa obediência desenvolve o caráter cristão e resulta em uma sensação
de bem-estar. É evidência de nosso amor ao Senhor e de nossa solicitude pelos seres
humanos. A obediência da fé demonstra o poder de Cristo para transformar vidas e
fortalece, portanto, o testemunho cristão.

Êx 20:1-17; Dt 28:1-14; Sl 19:7-14; 40:7, 8; Mt 5:17-20; 22:36-40; Jo 14:15; 15:7-10; Rm


8:3, 4; Ef 2:8-10; Hb 8:8-10; 1Jo 2:3; 5:3; Ap 12:17; 14:12

O Sábado

O gracioso Criador, após os seis dias da criação, descansou no sétimo dia e instituiu o
sábado para todas as pessoas como memorial da criação. O quarto mandamento da
imutável lei de Deus requer a observância deste sábado do sétimo dia como dia de
descanso, adoração e ministério, em harmonia com o ensino e prática de Jesus, o Senhor
do sábado. O sábado é um dia de deleitosa comunhão com Deus e uns com os outros. É
um símbolo de nossa redenção em Cristo, um sinal de nossa santificação, uma prova de
nossa lealdade e um antegozo de nosso futuro eterno no reino de Deus. O sábado é o
sinal perpétuo do eterno concerto de Deus com seu povo. A prazerosa observância deste
tempo sagrado duma tarde a outra tarde, do pôr do sol ao pôr do sol, é uma celebração
dos atos criadores e redentores de Deus.

Gn 2:1-3; Êx 20:8-11; 31:13-17; Lv 23:32; Dt 5:12-15; Is 56:5, 6; 58:13, 14; Ez 20:12, 20;
Mt 12:1-12; Mc 1:32; Lc 4:16; Hb 4:1-11
Mordomia

Somos despenseiros de Deus, responsáveis a Ele pelo uso apropriado do tempo e das
oportunidades, capacidades e posses, e das bênçãos da Terra e seus recursos, que Ele
colocou sob o nosso cuidado. Reconhecemos o direito de propriedade da parte de Deus
por meio de fiel serviço a Ele e a nossos semelhantes, e devolvendo os dízimos e dando
ofertas para a proclamação de Seu evangelho e para a manutenção e o crescimento de
Sua Igreja. A mordomia e um privilégio que Deus nos concede para desenvolvimento no
amor e para vitória sobre o egoísmo e a cobiça. O mordomo se regozija nas bênçãos que
advêm aos outros como resultado de sua fidelidade.

Gen. 1:26-28; 2:15; I Cr. 29:14; Ageu 1:3-11; Mal. 3:8-12; I Cor. 9:9-14; Mat. 23:23; 2 Cor.
8:1-15; Rom. 15:26 e 27

Conduta Cristã

Somos chamados para ser um povo piedoso que pensa, sente e age em harmonia com
os princípios bíblicos em todos os aspectos da vida pessoal e social. Para que o Espírito
recrie em nós o caráter de nosso Senhor, só nos envolvemos naquelas coisas que
produzem em nossa vida pureza, saúde e alegria semelhantes às de Cristo. Isso significa
que nossas diversões e entretenimentos devem corresponder aos mais altos padrões do
gosto e beleza cristãos. Embora reconheçamos diferenças culturais, nosso vestuário
deve ser simples, modesto e de bom gosto, apropriado àqueles cuja verdadeira beleza
não consiste no adorno exterior, mas no ornamento imperecível de um espírito manso
e tranquilo. Significa também que, sendo o nosso corpo o templo do Espírito Santo,
devemos cuidar dele inteligentemente. Junto com adequado exercício e repouso,
devemos adotar a alimentação mais saudável possível e abster-nos dos alimentos
imundos identificados nas Escrituras. Visto que as bebidas alcoólicas, o fumo e o uso
irresponsável de medicamentos e narcóticos são prejudiciais a nosso corpo, também
devemos abaster-nos dessas coisas. Em vez disso, devemos empenhar-nos em tudo que
submeta nossos pensamentos e nosso corpo à disciplina de Cristo, o qual deseja nossa
integridade, alegria e bem-estar.

Gn 7:2; Êx 20:15; Lv 11:1-47; Sl 106:3; Rm 12:1, 2; 1Co 6:19, 20; 10:31; 2Co 6:14–7:1;
10:5; Ef 5:1-21; Fp 2:4; 4:8; 1Tm 2:9, 10; Tt 2:11, 12; 1Pe 3:1-4; 1Jo 2:6; 3Jo 2
O Casamento e a Família

O casamento foi divinamente estabelecido no Éden e confirmado por Jesus como união
vitalícia entre um homem e uma mulher, em amoroso companheirismo. Para o cristão,
o compromisso matrimonial é com Deus bem como com o cônjuge, e só deve ser
assumido entre um homem e uma mulher que partilham da mesma fé. Mútuo amor,
honra, respeito e responsabilidade constituem a estrutura dessa relação, a qual deve
refletir o amor, a santidade, a intimidade e a constância da relação entre Cristo e sua
igreja. No tocante ao divórcio, Jesus ensinou que a pessoa que se divorcia do cônjuge, a
não ser por causa de fornicação, e se casa com outro, comete adultério. Conquanto
algumas relações de família fiquem aquém do ideal, um homem e uma mulher que se
dedicam inteiramente um ao outro em Cristo por meio do casamento, podem alcançar
amorosa unidade por meio da orientação do Espírito e a instrução da igreja. Deus
abençoa a família e deseja que seus membros ajudem uns aos outros a alcançar
completa maturidade. O aumento da intimidade familiar é uma das características da
mensagem final do evangelho. Os pais devem educar seus filhos a amar o Senhor e a
obedecer-lhe. Por seu exemplo e suas palavras, devem ensinar-lhes que Cristo é um guia
terno, amoroso e cuidadoso, que deseja que eles se tornem membros de seu corpo, a
família de Deus, que é formada tanto por solteiros quanto por casados.

Gn 2:18-25; Êx 20:12; Dt 6:5-9; Pv 22:6; Ml 4:5, 6; Mt 5:31, 32; 19:3-9, 12; Mc 10:11, 12;
Jo 2:1-11; 1Co 7:7, 10, 11; 2Co 6:14; Ef 5:21-33; 6:1-4

O Ministério de Cristo no Santuário Celestial

Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não seres


humanos. Nele Cristo ministra em nosso favor, tornando acessíveis aos crentes os
benefícios de seu sacrifício expiatório oferecido uma vez por todas na cruz. Em sua
ascensão, Ele foi empossado como nosso grande sumo sacerdote e começou seu
ministério intercessório, que foi tipificado pela obra do sumo sacerdote no lugar santo
do santuário terrestre. Em 1844, no fim do período profético dos 2.300 dias, Ele iniciou
a segunda e última etapa de seu ministério expiatório, que foi tipificado pela obra do
sumo sacerdote no lugar santíssimo do santuário terrestre. É uma obra de juízo
investigativo, a qual faz parte da eliminação final de todo pecado, prefigurada pela
purificação do antigo santuário hebraico, no Dia da Expiação. Nesse serviço típico, o
santuário era purificado com o sangue de sacrifícios de animais, mas as coisas celestiais
são purificadas com o perfeito sacrifício do sangue de Jesus. O juízo investigativo revela
aos seres celestiais quem dentre os mortos dorme em Cristo, sendo, portanto, nele,
considerado digno de ter parte na primeira ressurreição. Também torna manifesto
quem, dentre os vivos, permanece em Cristo, guardando os mandamentos de Deus e a
fé de Jesus, estando, portanto, nele, preparado para a trasladação a seu reino eterno.
Este julgamento vindica a justiça de Deus em salvar os que creem em Jesus. Declara que
os que permaneceram leais a Deus receberão o reino. A terminação do ministério de
Cristo assinalará o fim do tempo da graça para os seres humanos, antes do segundo
advento.

Lv 16; Nm 14:34; Ez 4:6; Dn 7:9-27; 8:13, 14; 9:24-27; Hb 1:3; 2:16, 17; 4:14-16; 8:1-5;
9:11-28; 10:19-22; Ap 8:3-5; 11:19; 14:6, 7, 12; 20:12; 22:11, 12

A Segunda Vinda de Cristo

A segunda vinda de Cristo é a bendita esperança da igreja, o grande ponto culminante


do evangelho. A vinda do Salvador será literal, pessoal, visível e universal. Quando Ele
voltar, os justos falecidos serão ressuscitados e, juntamente com os justos que
estiverem vivos, serão glorificados e levados para o Céu, mas os ímpios irão morrer. O
cumprimento quase completo da maioria dos aspectos da profecia e a condição atual
do mundo indicam que a vinda de Cristo está próxima. O tempo exato desse
acontecimento não foi revelado, e somos portanto exortados a estar preparados em
todo o tempo.

Mt 24; Mc 13; Lc 21; Jo 14:1-3; At 1:9-11; 1Co 15:51-54; 1Ts 4:13-18; 5:1-6; 2Ts 1:7-10;
2:8; 2Tm 3:1-5; Tt 2:13; Hb 9:28; Ap 1:7; 14:14-20; 19:11-21

Morte e Ressurreição

O salário do pecado é a morte. Mas Deus, o único que é imortal, concederá vida eterna
a seus remidos. Até aquele dia, a morte é um estado inconsciente para todas as pessoas.
Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, os justos ressuscitados e os justos vivos
serão glorificados e arrebatados para o encontro de seu Senhor. A segunda ressurreição,
a ressurreição dos ímpios, ocorrerá mil anos mais tarde.
Jó 19:25-27; Sl 146:3, 4; Ec 9:5, 6, 10; Dn 12:2, 13; Is 25:8; Jo 5:28, 29; 11:11-14; Rm 6:23;
16; 1Co 15:51-54; Cl 3:4; 1Ts 4:13-17; 1Tm 6:15; Ap 20:1-10

O Milênio e o Fim do Pecado

O milênio é o reinado de mil anos de Cristo com seus santos no Céu, entre a primeira e
a segunda ressurreição. Durante esse tempo serão julgados os ímpios mortos. A Terra
estará completamente desolada, sem seres humanos vivos, mas ocupada por Satanás e
seus anjos. No fim desse período, Cristo com seus santos e a Cidade Santa descerão do
Céu à Terra. Os ímpios mortos serão então ressuscitados e, com Satanás e seus anjos,
cercarão a cidade; mas fogo de Deus os consumirá e purificará a terra. O universo ficará
assim eternamente livre do pecado e dos pecadores.

Jr 4:23-26; Ez 28:18, 19; Ml 4:1; 1Co 6:2, 3; Ap 20; 21:1-5

A Nova Terra

Na Nova Terra, em que habita justiça, Deus proverá um lar eterno para os remidos e um
ambiente perfeito para vida, amor, alegria e aprendizado eternos, em sua presença.
Aqui o próprio Deus habitará com seu povo, e o sofrimento e a morte deixarão de existir.
O grande conflito estará terminado e não mais haverá pecado. Todas as coisas, animadas
e inanimadas, declararão que Deus é amor; e Ele reinará para todo o sempre. Amém!

Is 35; 65:17-25; Mt 5:5; 2Pe 3:13; Ap 11:15; 21:1-7; 22:1-5

FIM DAS 28 CRENÇAS ADVENTISTA


OBSERVÂNCIA DO SÁBADO

A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece o sábado como sinal distintivo de lealdade
a Deus (Êx 20:8-¬‐11; 31:13-¬‐17; Ez 20:12, 20), cuja observância é pertinente a todos os
seres humanos em todas as épocas e lugares (Is 56:1-¬‐7; Mc 2:27). Quando Deus
“descansou” no sétimo dia da semana da criação, Ele também “santificou” e “abençoou”
esse dia (Gn 2:2, 3), separando-¬‐o para uso sagrado e transformando-¬‐o em um canal
de bênçãos para a humanidade. Aceitando o convite para deixar de lado seus “próprios
interesses” durante o sábado (Is 58:13), os filhos de Deus observam esse dia como uma
importante expressão da justificação pela fé em Cristo (Hb 4:4-¬‐11).

A observância do sábado é enunciada em Isaías 58:13, 14 nos seguintes termos:

“Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu
santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o
honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade,
nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor.” Com base nesses princípios,
a Divisão Sul-¬‐Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia reafirma neste documento
seu compromisso com a fidelidade à observância do sábado.

Vida de santificação

A verdadeira observância do sábado se fundamenta em uma vida santificada pela graça


de Cristo (Ez 20:12, 20); pois, “a fim de santificar o sábado, os homens precisam ser
santos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 283).

Crescimento espiritual

Como “um elo de ouro que nos une a Deus” (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 352), o
sábado provê um contato mais próximo de Deus. Como tal, não devemos permitir que
outras atividades, por mais nobres que sejam, enfraqueçam nossa comunhão com Deus
nesse dia.
Preparação para o sábado

Antes do pôr do sol da sexta-¬‐feira (cf. Lv 23:32; Dt 16:6; Ne 13:19), as atividades


seculares devem ser interrompidas (cf. Ne 13:13-¬‐22); a casa deve estar limpa e
arrumada; as roupas, lavadas e passadas; os alimentos, devidamente providenciados (cf.
Êx 16:22-¬‐30); e os membros da família, já prontos.

Início e término do sábado

O sábado é um dia de especial comunhão com Deus, e deve ser iniciado e terminado
com breves e atrativos cultos de pôr do sol, com a participação dos membros da família.
Nessas ocasiões, é oportuno cantar alguns hinos, ler uma passagem bíblica, seguida de
comentários pertinentes, e expressar gratidão a Deus em oração. (Ver Testemunhos
Para a Igreja, v. 6, p. 356-¬‐359.)

Pessoas sob nossa influência

O quarto mandamento do Decálogo orienta que, no sábado, todas as pessoas sob nossa
influência devem ser dispensadas das atividades seculares (Êx 20:10). Isso implica os
demais membros da família, bem como os empregados e hóspedes; que também sejam
estimulados a observar o sábado.

Espírito de comunhão

Como dia por excelência de comunhão com Deus (Ez 20:12, 20), o sábado deve se
caracterizar por um prazeroso e alegre compromisso com as prioridades espirituais, com
momentos especiais de leitura da Bíblia, oração e, se possível, de contato com a
natureza (cf. At 16:13). Esse compromisso deverá ser mantido na escolha dos assuntos
abordados também em nossos diálogos informais com familiares e amigos.
Reuniões da igreja

Somos admoestados a não deixar “de congregar-¬‐nos, como é costume de alguns” (Hb
10:25). Portanto, as programações e atividades regulares da igreja aos sábados devem
ter precedência sobre outros compromissos pessoais e sociais, mesmo que estes sejam
pertinentes para o sábado.

Casamentos e festas

O convite para deixar de lado nossos “próprios interesses” no sábado (Is 58:13) indica
que casamentos e festas, incluindo seus devidos preparativos, devem ser realizados fora
desse período sagrado. Casamentos e algumas festas mais suntuosas não devem ser
planejados para os sábados à noite, pois seus preparativos envolvem expectativas e
atividades não condizentes com o espírito de comunhão com Deus.

Mídia secular

A mídia secular, em todas as suas formas, deve ser deixada de lado durante as horas do
sábado, para que este, rompendo com a rotina da vida, possa ser um dia “deleitoso e
santo” (Is 58:13).

Esportes e lazer

Muitas atividades esportivas e de lazer, aceitáveis durante a semana, não são


condizentes com a observância do sábado, pois desviam a mente das questões
espirituais (Is 58:13).

Horas de sono

A Bíblia define o sábado como dia de “repouso solene” (Êx 31:15), e não como dia de
recuperar o sono atrasado da semana. Ricas bênçãos advirão de levantar cedo no
sábado, dedicando esse dia ao serviço do Senhor. (Ver Conselhos Sobre a Escola
Sabatina, p. 170.)
Viagens

A realização de viagens por questões de trabalho ou interesses particulares é imprópria


para o sábado. Existem, porém, ocasiões excepcionais em que se torna necessário viajar
no sábado para atender a algum compromisso religioso ou situações emergenciais.
Sempre que possível, os devidos preparativos, incluindo a compra de passagens e o
abastecimento de combustível, devem ser feitos com a devida antecedência. (Ver
Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 359, 360.)

Excursões e acampamentos

A realização de excursões e acampamentos pode promover a socialização cristã (cf. Sl


42:4). Mas seus organizadores e demais participantes devem chegar ao devido local
antes do início do sábado e montar sua estrutura, incluindo suas barracas, de modo que
o santo dia possa ser observado segundo o mandamento. Além disso, as atividades
durante as horas do sábado devem ser condizentes com o espírito sagrado desse dia.

Restaurantes e alimentação

A recomendação de que o alimento deve ser provido com a devida antecedência (Êx
16:4, 5; 22-¬‐30) significa que ele deve ser comprado fora das horas do sábado, e que a
frequência a restaurantes comerciais nesse dia deve ser evitada.

Medicamentos

A compra de medicamentos durante o sábado é aceitável em situações emergenciais


(cf. Lc 14:5), e imprópria quando a pessoa já os necessitava, e acabou postergando sua
compra para esse dia.

Estágios e práticas escolares

O quarto mandamento do Decálogo (Êx 20:8-¬‐11) desabona a realização de atividades


seculares no sábado, que gerem lucro ou benefício material. Envolvidos em tais
atividades estão os programas de planejamento e preparo para a vida profissional,
incluindo a frequência às aulas e a participação em estágios, simpósios, seminários e
palestras de cunho profissional, concursos públicos e exames seletivos. Em caso de
confinamento para a prestação de exames após o término do sábado, as horas desse dia
devem ser gastas em atividades espirituais.

Escolha e exercício da profissão

A estrutura da sociedade em geral nem sempre favorece a observância do sábado, e


acaba disponibilizando profissões e atividades que, embora sejam dignas, dificultam
essa prática. Os adventistas do sétimo dia devem escolher e exercer profissões
condizentes com a devida observância do sábado. Somos advertidos de que, se alguém,
“por amor ao lucro, consente em que o negócio em que tem interesses seja atendido no
sábado pelo sócio incrédulo, esse alguém é tão culpado quanto o incrédulo; e tem o
dever de dissolver a sociedade, por mais que perca por assim proceder” (Evangelismo,
p. 245).

Instituições de serviços básicos

A orientação de não fazer “nenhum trabalho” durante o sábado (Êx 20:10) indica que os
observadores do sábado devem se abster de trabalhar nesse dia, mesmo em instituições
seculares de serviços básicos. Instituições denominacionais que não podem fechar aos
sábados (cf. Jo 5:17), incluindo os internatos adventistas, devem ser operadas nesse dia
por um grupo reduzido e em forma de rodízio.

Atividades médicas e de saúde

Existem situações emergenciais que os profissionais da saúde devem atender, com base
no princípio de que “é lícito curar no sábado” (Lc 14:3). Os hospitais adventistas
necessitam dos préstimos de uma equipe médica, de enfermagem e de outros serviços
básicos para o funcionamento nas horas do sábado. Mas os plantões rotineiros, tanto
médicos quanto de enfermagem, em hospitais não adventistas, são impróprios para as
horas do sábado. (Ver Ellen G. White Estate, “Conselhos de Ellen G. White Sobre o
Trabalho aos Sábados em Instituições Médicas Adventistas e Não Adventistas”, em
www.centrowhite.org.br.)
Projetos assistenciais

Cristo disse que “é licito, nos sábados, fazer o bem” (Mt 12:12). Isso significa que “toda
atividade secular deve ser suspensa, mas as obras de misericórdia e beneficência estão
em harmonia com o propósito do Senhor. Elas não devem ser limitadas a tempo ou
lugar. Aliviar os aflitos, confortar os tristes, é um trabalho de amor que faz honra ao dia
de Deus” (Beneficência Social, p. 77). Portanto, é lícito nas horas sagradas do sábado
visitar enfermos, viúvas e órfãos, encarcerados e compartilhar uma refeição. Ações
sociais que podem ser realizadas em outro dia não devem tomar as sagradas horas do
sábado.

Atividades missionárias

O apóstolo Paulo usava o sábado para persuadir “tanto judeus como gregos” acerca do
evangelho (At 18:4, 11; cf. 17:2), demonstrando a importância de se reservar um tempo
especial nesse dia para atividades missionárias. Sempre que possível, os membros da
família devem participar juntos dessas atividades, para desfrutar a socialização cristã e
desenvolver o gosto pelo cumprimento da missão evangelística.

Como adventistas do sétimo dia, somos convidados a seguir o exemplo de Deus ao


descansar no sétimo dia da semana da criação (Gn 2:2-¬‐3; Êx 20:8-¬‐11; 31:13-¬‐17; Hb
4:4-¬‐11), de modo que o sábado seja, para cada um de nós, um sinal exterior da graça
de Deus e um canal de Suas incontáveis bênçãos.
RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS SOBRE A MARCA DA BESTA E OS EVENTOS FINAIS

O Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia


recebeu várias perguntas sobre a posição dos adventistas a respeito da marca da besta
e sua relação com a observância do domingo, a condicionalidade da profecia bíblica e as
declarações sobre esses temas nos escritos de Ellen G. White.

As perguntas a seguir resumem as principais preocupações que nos são colocadas, as


quais foram respondidas brevemente.

1. Visto que nem o sábado nem o domingo são mencionados explicitamente no livro do
Apocalipse, como pode a marca da besta implicar um dia de culto (adoração) ou uma lei
que exija a observância do domingo?

A marca da besta é mencionada sete vezes no Apocalipse (13:16, 17; 14:9, 11; 16:2;
19:20; 20:4). Quatro dessas ocorrências aparecem na parte central do livro (cap. 12–14),
que é introduzida por uma visão da arca do pacto que contém os dez mandamentos (Ap
11:19). O povo remanescente de Deus é identificado como aqueles que “guardam os
mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (12:17). Imediatamente depois,
João descreve duas bestas que perseguem a igreja de Deus: uma que sobe do mar (13:1)
e outra que sobe da terra (13:11). A primeira besta ordena a adoração falsa e sua
atividade perseguidora se assemelha à do “chifre pequeno” de Daniel 7, que “pretende
mudar os tempos e a lei” (Dn 7:27) e persegue o povo de Deus durante 1.260 dias (Ap
13:4, 8). A conexão com a profecia de Daniel mostra que a falsa adoração envolve uma
tentativa de mudar os “tempos” de Deus e a lei dos dez mandamentos. O único
mandamento dos dez que faz referência ao tempo é o quarto, que assinala santificar o
sétimo dia: o sábado. Historicamente, a tentativa de mudar o dia de adoração foi
perpetrada pelo papado, o poder romano que venera o domingo como o dia de repouso
ou adoração em lugar do sábado bíblico. O fato de que a segunda besta de Apocalipse
13, representando o protestantismo apóstata, exerce a mesma autoridade que a
primeira besta (v. 12) e coopera com a primeira besta para impor a falsa adoração,
mostra que o domingo será uma importante marca distintiva daqueles que adoram a
besta e sua imagem. Isso está em claro contraste com o povo remanescente de Deus,
que “guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (12:14). A obediência deste povo
inclui a santidade pelo sétimo dia, já que prestam atenção ao chamado que assinala
“adorar àquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas” (14:7, cf. Êx 20:11).
Aqueles que pertencem a este grupo receberão o selo de Deus (Ap 7:4; 14:1) enquanto
aqueles que rejeitam esse chamado, reverenciam o domingo como dia de repouso e
aceitam a autoridade da besta, são descritos como parte da Babilônia; portanto,
recebem a marca da besta (14:8-11). A prova final, então, será sobre a adoração
verdadeira ou falsa. Uma adoração que esteja baseada na obediência à lei de Deus, o
que inclui o sábado, ou uma onde se adore um dia estabelecido pelo homem: o
domingo.

2. Qual é o número da besta e como ele se relaciona com a marca da besta?

Na Bíblia, o número da besta aparece em Apocalipse 13:17-18. Esse texto diz: “para que
ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou
o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o
número da besta, pois é número de ser humano [anthrōpou, ‘de um ser humano’]. E
esse número é seiscentos e sessenta e seis”.

A Igreja Adventista não tem uma posição oficial sobre esse assunto, embora haja duas
posições principais entre nós sobre o número da besta, o 666 em Apocalipse 13:17, 181.
Alguns interpretam esse número como uma referência enigmática ao título papal em
latim Vicarius Filii Dei, mas não somos informados de que 666 é a soma do resultado
numérico das letras desse título. Outros o veem como um seis triplo, que indica uma
trindade satânica. Alguns assinalam que a frase “é número de ser humano” (13:18)
poderia ser traduzida como “é o número da humanidade”, ou seja, dos seres humanos
afastados de Deus. Esse número, consequentemente, simbolizaria a intensa rebelião
contra Deus e a total independência do ser humano. No texto em grego, entretanto, lê-
se literalmente 600 + 60 + 6, não três seis ou um seis triplo. Ao reconhecer esse assunto,
muitos adventistas continuam vinculando o número da besta com o título Vicarius Filii
Dei, e pesquisas recentes proporcionaram uma boa evidência histórica para conectar o
666 com esse título papal e entendê-lo melhor do que era entendido antes. Em qualquer
caso, há muitas evidências do texto e da história para identificar a primeira besta de
Apocalipse 13 com o papado, independentemente de como o número 666 é concebido.
3. Na Bíblia, há profecias condicionais e incondicionais. Nesse contexto, como os
escritos de Ellen White poderiam ser entendidos? Uma interpretação pode ser
condicional se a profecia apocalíptica é incondicional?

As profecias clássicas do Antigo Testamento se concentram especialmente na época e


no contexto histórico do profeta, embora também possam incluir uma perspectiva mais
ampla e cósmica que se estende até o “dia do Senhor” do fim dos tempos (veja, por
exemplo, Isaías 2:12; 13:9; Joel 2:21). As profecias clássicas, como estavam em um
contexto de aliança entre Deus e Israel, contêm elementos condicionais cujo
cumprimento dependia da resposta de Israel (ver Deuteronômio 28). Como os profetas
canônicos, os testemunhos de Ellen G. White relacionados a indivíduos e instituições
podem ter somente uma aplicação local e condicional, já que seu cumprimento
dependia frequentemente da resposta ou decisão dos envolvidos. No entanto, como as
Escrituras, os princípios subjacentes são de aplicação contínua. Por outro lado, as
descrições de Ellen G. White sobre o fim dos tempos devem ser entendidas em um
contexto escatológico fundamentado na profecia apocalíptica da Bíblia e nas visões que
ela mesma recebeu de Deus. Essas mensagens proféticas explicam a profecia
apocalíptica, que por sua própria natureza é incondicional e se concentra na resolução
do grande conflito cósmico. Já que as mensagens proféticas de Ellen G. White refletem
o contexto do fim dos tempos, e não o contexto local da época em que foram escritas,
então elas devem ser entendidas como profecias incondicionais, como as profecias
apocalípticas de Daniel e Apocalipse que fundamentam a perspectiva profética de Ellen
G. White.

4. Com o passar do tempo, Ellen G. White mudou sua posição sobre o papado e o
protestantismo em relação à marca da besta?

Não há nenhuma mudança real nas declarações de Ellen G. White sobre esse assunto.
Para entender suas declarações posteriores, é útil observar as anteriores. A primeira
declaração de Ellen G. White sobre os católicos e os protestantes como poderes
perseguidores é de 1850. Com base em Apocalipse 13 e 17, o papado é descrito como
“a mãe das prostitutas” e os protestantes como “suas filhas” e como “a besta com dois
chifres”. Várias fases da perseguição são descritas: 1) o “dia… passado” do papado se
refere aos 1.260 anos de supremacia papal quando ela perseguiu o povo de Deus; 2) os
protestantes, em harmonia com a mensagem do segundo anjo (Ap 14:8), também
começariam a persegui-los. É evidente que Ellen G. White não considerou a obra de
perseguição papal como encerrado. Isso fica claro nos parágrafos seguintes, que indicam
fases adicionais da perseguição: 3) as igrejas protestantes, juntamente com a Igreja
Católica, viriam contra aqueles que “guardam o sábado e ignoram o domingo”, e 4) a
Igreja Católica emprestaria sua influência aos protestantes nos Estados Unidos com o
objetivo de destruir o povo de Deus.2 Claramente, de acordo com Ellen G. White, os
católicos e os protestantes se unirão durante um período considerável de tempo para
perseguir o povo de Deus.

A declaração a seguir sobre esse assunto, publicada em 1884, desenvolve a declaração


inicial de 1850. Além disso, ela esclarece que o foco no passado com respeito ao tempo
do papado é dado para mostrar que a mensagem do segundo anjo (“Caiu! Caiu a grande
Babilônia”; Ap 14:8) se refere especificamente ao protestantismo apóstata: “A Palavra
de Deus ensina que estas cenas [de perseguição durante o período de supremacia papal]
devem repetir-se, quando os católicos romanos e protestantes se unirem para a
exaltação do domingo”.3

Em conclusão, a posição de Ellen G. White a respeito do papado e da observância do


domingo como dia de adoração permanece válida. As declarações posteriores, incluindo
aquelas encontradas nas diversas edições de O Grande Conflito, são uma ampliação de
sua primeira declaração e não uma mudança de posição. Por exemplo, em 1900, ela
escreveu: “Quando vier a prova, será mostrado claramente o que é a marca da besta.
Ela é a observância do domingo”.4

5. Os adventistas do sétimo dia continuam afirmando o cenário do tempo do fim


encontrado nos escritos de Ellen G. White?

Em harmonia com a referência ao testemunho de Jesus atuando no final da história do


mundo (Ap 12:17), os adventistas do sétimo dia reconhecem Ellen G. White como
mensageira do Senhor e continuam afirmando que seus escritos foram dados à igreja
remanescente como um guia inspirado para os últimos dias, e que eles são
especialmente úteis no entendimento das profecias bíblicas relacionadas aos
acontecimentos finais. Como se pode observar nas repostas às perguntas respondidas
neste documento, cremos que as interpretações de Ellen G. White sobre as profecias
são sólidas e continuam sendo relevantes e instrutivas para a igreja.

6. A interpretação adventista de Apocalipse 13 é anticatólica?

Ellen G. White reconhece que os filhos de Deus estão presentes em todas as


denominações, incluindo a Igreja Católica. No parágrafo 4 do Manuscrito 14 de 1887, lê-
se: “Não devemos criar preconceitos em suas mentes [dos católicos]
desnecessariamente, fazendo campanha contra eles… Pelo que o Senhor me mostrou,
sei que um grande número de católicos será salvo”.5 Em outro lugar, ela diz: “Entre os
católicos há cristãos conscienciosos que andam na luz que brilha sobre eles, e Deus
trabalhará em seu favor”.6 Com essas declarações, é evidente que Ellen G. White não
era de forma alguma anticatólica. Da mesma forma, deve-se notar que ela se posicionou
na mesma direção da Reforma Protestante. Ela considerava que o sistema doutrinal
católico, como a missa e outros sacramentos, era incoerente com a fé de Cristo e o
princípio da Sola Scriptura. Além disso, ela entendeu que a estrutura de autoridade da
Igreja Católica se opõe diretamente à Bíblia e sua autoridade. Portanto, a interpretação
de Ellen G. White sobre Apocalipse 13 é coerente com a teologia adventista e com a
interpretação historicista das profecias de Daniel e Apocalipse.

7. Alguns conjeturaram que a Bíblia e Ellen G. White realmente não apoiam a


interpretação adventista que assinala que a adoração no sábado frente à do domingo
será um problema nos últimos tempos. Existem provas recentes que apoiam a
interpretação adventista?

Em primeiro lugar, devemos ser muito cautelosos ao estudar as profecias bíblicas não
cumpridas e devemos resistir à tentação de interpretar as Escrituras através da
perspectiva das últimas manchetes da imprensa oral e escrita. Ao interpretar a Bíblia,
devemos seguir princípios sólidos de interpretação bíblica e prestar atenção especial ao
texto bíblico.7 A sugestão de que as cinco declarações de Ellen G. White não refletem a
realidade da Igreja Católica depois do Concílio Vaticano II, ou seja, que essas declarações
estavam condicionadas pelas circunstâncias do tempo de Ellen G. White e, portanto, não
poderiam ser aplicadas a nosso contexto e situação atual, requer uma avaliação mais
detalhada.

Embora o Concílio Vaticano II tenha proporcionado maior tolerância da Igreja Católica


em relação a outros grupos religiosos,8 não houve nenhuma mudança na doutrina,
incluindo a posição sobre a importância de santificar o domingo como dia de culto. Na
verdade, a interpretação adventista das profecias de Daniel e Apocalipse, além das
declarações de Ellen G. White sobre esse assunto, parece cada vez mais convincente.
Por exemplo, o Papa João Paulo II, em sua carta apostólica Dies Domini, seção 67, afirma
que “é natural que os cristãos procurem que, inclusive nas circunstâncias especiais de
nosso tempo, a legislação civil leve em consideração seu dever de santificar o domingo”,
e acrescenta que os cristãos se absterão “de trabalhos e negócios incompatíveis com a
santificação do dia do Senhor”.9

Mais recentemente, o Papa Francisco afirmou o seguinte na seção 13 de sua carta


encíclica Laudato Si’: “O desafio urgente de proteger nossa casa comum inclui a
preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento
sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar”. Esse
desenvolvimento, de acordo com o Papa Francisco, inclui a restauração da vida
espiritual tendo como centro a Eucaristia e o domingo como dia universal para
descansar e, assim, experimentar essa restauração. A importância da santificação do
domingo e a obrigação de participar da missa dominical também são destacadas no
catecismo católico: “Todo o cristão deve evitar impor a outrem, sem necessidade, o que
possa impedi-lo de guardar o Dia do Senhor. […] Não obstante as pressões de ordem
econômica, os poderes públicos preocupar-se-ão em assegurar aos cidadãos um tempo
destinado ao repouso e ao culto divino. Os patrões têm obrigação análoga para com os
seus empregados” (seção 2187).10

O papel unificador do domingo também é reconhecido pelos líderes ortodoxos. Em uma


edição da revista Sunday Magazine (2015), o reverendo ortodoxo Dr. Demetrio E. Tonias
descreveu o “domingo como a marca da união cristã” (p. 6, 7). Portanto, não é de
surpreender que os políticos promovam algumas dessas ideias e até mesmo tenham
convocado a frequência obrigatória à igreja no domingo, além de promulgar leis
dominicais mais rígidas. E isso não é feito apenas nos Estados Unidos. A poderosa Aliança
Europeia para os Domingos está pressionando por leis dominicais mais duras nos países
da União Europeia.11

Embora esses acontecimentos sejam sinais dos tempos do fim e mereçam nossa atenção
cuidadosa, eles podem não ser o cumprimento do tempo do fim encontrado nas
Escrituras e nos escritos de Ellen G. White. No entanto, eles certamente proporcionam
uma estrutura na qual essas questões podem ocorrer com credibilidade em um tempo
relativamente curto.

Conclusão

Como adventistas, nossa missão é pregar o evangelho eterno ao mundo, o qual se


concentra no sacrifício único de Cristo na cruz, o dom gratuito de Sua justiça e Seu
ministério de intercessão e de juízo no santuário celestial. Nossa tarefa especial nos
últimos tempos se concentra na proclamação das três mensagens angélicas com o
objetivo de preparar as pessoas para o breve retorno de Cristo. Uma parte essencial
dessas mensagens é nossa compreensão profética dos acontecimentos dos últimos dias.
Embora não devamos nos envolver em especulações que nos desviem dessa missão, os
eventos atuais tendem a confirmar nosso entendimento. Estamos convencidos de que
as mensagens proféticas de Deus, conforme reveladas na Bíblia e nos escritos de Ellen
G. White, estão corretas e fornecem um cenário cada vez mais plausível à medida que
nos aproximamos dos eventos finais que foram divinamente revelados, mesmo que não
possamos determinar com precisão quando esses eventos ocorrerão. Nosso foco deve
permanecer na missão da igreja, fortalecendo a família, envolvendo-nos na
evangelização e refletindo Jesus em nossa vida.

À medida que as condições do mundo se desenvolvem e continuamos a estudar as


profecias da Bíblia em busca de orientação, especialmente as de Daniel e Apocalipse,
nosso entendimento dos eventos dos últimos dias se tornará mais claro. Os escritos de
Ellen G. White também são um recurso importante que esclarece essas profecias.

Para obter mais informações sobre esses e outros temas importantes, o leitor poderá
achar útil a seção “Materials” (Materiais, em português) do site do Instituto de Pesquisa
Bíblica: https://adventistbiblicalresearch.org
ANTIGO TESTAMENTO (CURIOSIDADE BIBLICA)
NOVO TESTAMENTO (CURIOSIDADE BIBLICA)
RESUMO

Total de livros da Bíblia: 66


Total de capítulos da Bíblia: 1.189
Total de versículos da Bíblia: 31.105
Antigo Testamento
Quantidade de livros: 39
Quantidade de capítulos: 929
Quantidade de versículos: 23.148
Novo Testamento
Quantidade de livros: 27
Quantidade de capítulos: 260
Quantidade de versículos: 7.957

Frases notáveis a respeito da Bíblia

Abraão Lincoln: “Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já deu ao homem.
Todo o bem, da parte do Salvador do mundo, nos é transmitido mediante este livro ”.

W. E. Gladstone: “Dos grandes homens do mundo, meus contemporâneos, tenho


conhecido noventa e cinco, e destes, oitenta e sete foram seguidores da Bíblia. A Bíblia
assinala-se por uma peculiaridade de Origem. Uma distância imensurável separa- a de
todos os outros livros ”.

George Washington: “Impossível é governar bem o mundo sem Deus e sem a Bíblia ”.
Napoleão: “A Bíblia não é um simples livro, senão uma Criatura Vivente, dotada de uma
força que vence a quantos se lhe opõem ”.
Rainha Vitória: “Este livro dá a razão da supremacia da Inglaterra ”.

Daniel Webster: “Se existe algo nos meus pensamentos ou no meu estilo que se possa
elogiar, devo-o aos meus pais que instilaram em mim, desde cedo, o amor pelas
Escrituras. Se nos ativermos aos princípios ensinados na Bíblia, nosso País continuará
prosperando sempre. Mas se nós e nossa posteridade negligenciarmos suas instruções
e sua autoridade, ninguém poderá prever a catástrofe súbita que nos poderá sobrevir,
para sepultar toda a nossa glória em profunda obscuridade ”.

Thomas Carlyle: “A Bíblia é a expressão mais verdadeira que, em letras do alfabeto, saiu
da alma do homem, mediante a qual, como através de uma janela divinamente aberta,
todos podem fitar a quietude da eternidade, e vislumbrar seu lar longínquo,
há muito esquecido ”.

John Ruskin: “Qualquer que seja o mérito de alguma coisa escrita por mim, deve-se tão
só ao fato de que, quando eu era menino, minha mãe lia todos os dias para mim um
trecho da Bíblia, e cada dia fazia-me decorar uma parte dessa leitura ”.

Charles A. Dana: “O grandioso velho Livro ainda permanece; e este mundo velho,
quanto mais tiver suas folhas volvidas e examinadas com atenção, tanto mais apoiará e
ilustrará as páginas da Palavra Sagrada ”.

Ferrar Fenton: “Nas Escrituras hebraico- cristãs temos a única chave que abre para o
homem o Mistério do Universo e, para esse mesmo homem, o Mistério do seu próprio
eu ”.

Thomas Huxley: “A Bíblia tem sido a Carta Magna dos pobres e oprimidos. A raça
humana não está em condições de dispensá-la ”.

W. H. Seward: “Toda a esperança de progresso humano depende da influência sempre


crescente da Bíblia ”.
Patrick Henry: “A Bíblia vale a soma de todos os outros livros que já se imprimiram ”.
U. S. Grant: “A Bíblia é a âncora-mestra de nossas liberdades ”.
Robert E. Lee: “Em todas as minhas perplexidades e angústias a Bíblia nunca deixou de
me fornecer luz e vigor ”.

Lord Tennyson: “A leitura da Bíblia já de si é uma educação ”.

Horace Greeley: “É impossível escravizar mental ou socialmente um povo que lê a Bíblia.


Os princípios bíblicos são os fundamentos da liberdade humana ”.

John Quincy Adams: “Tão grande é a minha veneração pela Bíblia que, quanto mais
cedo meus filhos começam a lê-la, tanto mais confiado espero que eles serão cidadãos
úteis à pátria e membros respeitáveis da sociedade. Há muitos anos que adoto o
costume de ler a Bíblia toda, uma vez por ano ”.

Immanuel Kant: “A existência da Bíblia, como livro para o povo, é o maior benefício que
a raça humana já experimentou. Todo esforço por depreciá-la é um crime contra a
humanidade ”.

Charles Dickens: “O Novo Testamento é mesmo o melhor livro que já se conheceu ou


que se há de conhecer no mundo ”.

Sir William Herschel: “Todas as descobertas humanas parecem ter sido feitas com o
propósito único de confirmar cada vez mais fortemente as verdades contidas nas
Sagradas Escrituras ”.

Sir Isaac Newton: “Há mais indícios seguros de autenticidade na Bíblia do que em
qualquer história profana ”.

Goethe: “Continue avançando a cultura intelectual; progridam as ciências naturais


sempre mais em extensão e profundidade; expanda-se o espírito humano tanto quanto
queira; além da elevação e da cultura moral do cristianismo, como ele resplandece nos
Evangelhos, é que não irão ”.

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