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1.

Umidade de grãos pelo método da estufa e micro-ondas

Objetivos
Comparar diferentes metodologias para análise de grãos e partir dos resultados validar
se é possível utilizar para a produção industrial.
Introdução
Os grãos, mesmo depois de secos e armazenados, continuam a respirar, estando sujeitos a
pequenas, porém contínuas alterações. Se a temperatura se eleva em conjunto com a umidade,
intensificam esses processos respiratórios, tendo como consequência o consumo dos elementos
que constituem as reservas nutritivas dos grãos, além das alterações ligadas à dinâmica
metabólica no armazenamento. O resultado desse processo pode comprometer a qualidade do
grão deteriorando gradualmente as características físicas, químicas, qualidade nutritiva e as
propriedades dos grãos. A temperatura e a umidade determinam a atividade de todos os
componentes bióticos do sistema, os quais conduzem a um armazenamento seguro ou a perdas
do produto.

Para evitar altos teores de água se faz necessário o uso da secagem e aeração, que de
acordo com Borges et al. (2009), a secagem dos grãos e a aeração viabilizam o
acondicionamento dos grãos provenientes das safras por períodos que até superam um ano.

O processo de secagem de grãos é comumente realizado através da aplicação de calor,


de forma controlada, a fim de retirar uma determinada quantidade de água presente nos grãos.
Entretanto, a secagem dos grãos não afeta somente o conteúdo de água dos produtos, mas
também altera outras propriedades físicas, químicas e biológicas, bem como a atividade
enzimática, a viscosidade e o rendimento de óleo. Porém, essa condição pode ser minimizada
com a utilização do processo de secagem de forma adequada, o que torna necessário, portanto,
um profundo estudo do processo, dos equipamentos e dos parâmetros utilizados, bem como das
técnicas abordadas para tal prática para que seja efetiva e garanta os resultados necessários.

Procedimento experimental
Materiais
 Soja
 Amendoim
 Semente de girassol
 Placa de petri
 Balança Analítica
 Estufa
 Micro-ondas
 Dessecador

Método de estufa a 105°C


Foi regulado a temperatura da estufa a 105±3°C e previamente secado a placa de petri por 30
minutos em estufa a 105°C e levado ao dessecador para esfriar, taramos as placas de petri, já
identificadas em uma balança analítica, em cada placa de petri foi adicionado 50 grãos de cada
semente (soja, girassol e amendoim), pesamos novamente as placas com os grãos e as levamos
para a estufa a 105 °C por 24 horas, após o período foi retirado da estufa e levado ao dessecador
para esfriar e posteriormente pesado.
Método alternativo em forno de micro-ondas
Primeiramente foi levado a placa de petri por 2 minutos em micro-ondas com potência de 560W
e resfriada em um dessecador taramos as placas de petri, já identificadas em uma balança
analítica, em cada placa de petri foi adicionado 50 grãos de soja, pesamos novamente as placas
com os grãos e as levamos para o micro-ondas em uma potência de 560W por 2 minutos, após o
período foi levado ao dessecador para esfriar e posteriormente pesado.

Resultados
Os resultados obtidos na secagem por estufa foram os seguintes:
Matéria prima Umidade (%)
Soja 11,20
Girassol 6,32
Amendoim 6,60

Enquanto no micro-ondas, analisamos apenas os grãos de soja e o resultado foi de


8,47% de umidade. Os teores de umidade indicados para colheita da soja, estão entre
18% e 16%. Para um armazenamento seguro os grãos devem apresentar 11% de
umidade após a secagem, sendo 11-12% para armazenar durante o período de um ano e
9 - 10% por cinco anos (SENAR, 2018). Portando, a determinação periódica do teor de
umidade entre a colheita e o armazenamento é de fundamental importância
(BEFIKADU, 2014).
Utilizando-se dos resultados da analise realizada e da bibliografia consultada, é possível
afirmar que os grãos analisados estão de acordos com os parâmetros necessários para
armazenamento.
Referencias

Domenico, Adriana Sbardelotto Di et al. Análise de trilha da contaminação por


aflatoxinas em grãos de milho armazenados. Pesquisa Agropecuária Brasileira [online].
2015, v. 50, n. 06 [Acessado 27 Novembro 2022] , pp. 441-449. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0100-204X2015000600002>. ISSN 1678-3921.
https://doi.org/10.1590/S0100-204X2015000600002.
Lôbo, Ivon Pinheiro, Ferreira, Sérgio Luis Costa e Cruz, Rosenira Serpa daBiodiesel:
parâmetros de qualidade e métodos analíticos. Química Nova [online]. 2009, v. 32, n. 6
[Acessado 27 Novembro 2022] , pp. 1596-1608. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0100-40422009000600044>. Epub 22 Set 2009. ISSN 1678-
7064. https://doi.org/10.1590/S0100-40422009000600044.

2. Índice de peróxido
Objetivos
Conhecer o método para determinação da presença de insaturações em diferentes amostras de
óleo.

Introdução
O biodiesel, diferentemente do diesel fóssil, que é composto de hidrocarbonetos, tem como
matéria-prima óleos vegetais, gordura animal ou resíduos graxos. Óleos vegetais, possuem
cadeias carbônicas insaturadas, suscetíveis à ação deteriorante do oxigênio.

A oxidação de lipídeos inicia-se com a formação de radicais livres formando


hidroperóxidos, que podem causar alterações na densidade, viscosidade e outras alterações
físico-químicas de grande relevância para o produto.

Os ácidos graxos insaturados, que comumente são esterificados com glicerol formando
os triacilglicerídeos, são os mais suscetíveis aos processos oxidativos, por apresentarem em sua
composição molecular duplas ligações com concentração eletrônica alta, tendo seus ácidos
essenciais como os substratos mais suscetíveis.

A estabilização por ressonância em conjunto com a mudança de posição da dupla


ligação dá origem a isômeros de hidroperóxidos, a quantidade de isômeros formados depende
do número de insaturações.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Materiais e reagentes
• Amostras de óleo
• Solução ácido acético-clorofórmio 3:2 (v/v)
• Solução saturada de KI
• Tiossulfato de sódio 0,01 N
• Amido 1%
• Erlenmeyer de 125 ou 250 mL
• Balança Analítica
• Proveta de 50 mL
• Bureta de 10 mL
• Pipeta de 1mL
Metodologia
Foi pesado 0,05 gramas do óleo utilizado como amostra em um Erlenmeyer de 125 mL
e adicionado 30 mL da solução ácido acético-clorofórmio 3:2 e agitado até a dissolução
do óleo, após isso foi acrescentado 0,5 mL da solução saturada de KI e deixado em
repouso dentro de uma geladeira por um minuto. Feito isso foi inserido 30 mL de água
na mistura e titulado com a solução de tiossulfato de sódio 0,01 N até a coloração
amarela sumir da amostra, com isso adicionou-se 0,5 mL de solução de amido
indicadora titulado até o desaparecimento da coloração azul. Por fim foi preparado uma
prova em branco, nas mesmas condições e titulada.
Resultados.
Essa pratica foi realizada duas vezes com o intuito de obter-se resultado, na primeira
tentativa não conseguíamos identificar o desaparecimento da coloração amarela, pois
após adicionar o tiossulfato de sódio a amostra continuava com pequenas bolinhas
amarelas, na segunda pratica tivemos a mesma ocorrência, o que foi estabelecido como
sujidade, impurezas presentes no óleo analisado, o que impediu que prosseguíssemos
com a analise, a próxima etapa será a adição do amido, porém devido a presença de
impurezas não continuamos com a análise.

Referencias
Borsato, Dionísio et al. Aplicação do delineamento simplex-centroide no estudo da
cinética da oxidação de biodiesel B100 em mistura com antioxidantes sintéticos.
Química Nova [online]. 2010, v. 33, n. 8 [Acessado 27 Novembro 2022] , pp. 1726-
1731. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-40422010000800020>. Epub
25 Out 2010. ISSN 1678-7064. https://doi.org/10.1590/S0100-40422010000800020.
Ferrari, Roseli Aparecida e Souza, Waleska Lemes deAvaliação da estabilidade
oxidativa de biodiesel de óleo de girassol com antioxidantes. Química Nova [online].
2009, v. 32, n. 1 [Acessado 27 Novembro 2022] , pp. 106-111. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0100-40422009000100020>. Epub 26 Fev 2009. ISSN 1678-
7064. https://doi.org/10.1590/S0100-40422009000100020.

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