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A análise de alimentos é uma área muito importante no ensino das ciências que estudam
alimentos, pois ela atua em vários segmentos do controle de qualidade, do
processamento e do armazenamento dos alimentos processados. Muitas vezes, o termo
análise de alimentos é substituído por outros temos como “química de alimentos” e
bromatologia, que se consagraram na literatura. A palavra Bromatologia deriva do
grego: Broma, Bromatos significa “dos alimentos”; e Logos significa Ciência. Portanto,
por extensão dos termos BROMATOS e LOGOS, pode-se definir Bromatologia como a
ciência que estuda os alimentos. A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é um ar-
busto de origem brasileira (sudoeste da Amazônia) e que, mesmo antes da chegada dos
europeus à América, já es- tava disseminado para o cultivo alimentar, apresentando
diversidades de variedades. Cultivada nas mais diversas regiões do Brasil, sua produção
tem sido dirigida tanto para consumo direto como para indústria de transformação.A
mandioca de mesa, mandioca mansa, aipim ou macaxeira são denominações de
variedades de mandioca com baixos teores de compostos cianogenicos, na polpa das
raízes. A essa característica principal, somam-se outras de maior ou menor importância
na medida em que determinam a qualidade do produto em face das exigências do
consumidor, neste caso, destaca-se a qualidade culinária como tempo de
cozimento, sabor e nutrientes das raízes e/ou no produto fi nal processado. As raízes de
mandioca armazenam amido
e após cocção em água resultam em produtos com carac-
terísticas texturais e estruturais próprias, mas importantes
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para a aceitabilidade pelo consumidor.
A mandioca é cultivada em todos os estados bra-
sileiros, situando-se entre os nove primeiros produtos
agrícolas do País, em termos de área cultivada, e o sexto
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em valor de produção. Atualmente, não se sabe, ao certo,
quanto de mandioca de mesa é produzido no Brasil, dadas
às características de produção dispersa e larga comerciali-
zação marginal. Como ponto de referência, pode-se citar
a produção mundial de raízes tuberosas de mandioca em
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2005 foi de aproximadamente 204 milhões de toneladas,
sendo que o Brasil participou com mais de 15 % da produ-
ção mundial.
MATERIAL E MÉTODOS
Coleta e Preparo de Amostras
As cultivares BRS Rosada, Casca Roxa, BRS Dou-
rada, BRS Gema de Ovo e Saracura de mandioca fresca
foram adquiridas em uma estação experimental da região
do Alto Uruguai/RS, caracterizada segundo a classifi cação
climática de Köppen com clima CFA, solo do tipo Latos-
solo Vermelho aluminoférrico húmico, a 27° 39’ 38” S de
latitude, 52° 17’ 49” W ou O de longitude e altitude de 815
m. O plantio foi realizado em novembro de 2006, após 8
meses (julho de 2007) as raízes foram colhidas.
Tabela 1 – Composição química das raízes de mandioca in natura dos cultivares BRS Gema de ovo, BRS
Rosada, Casca Roxa, BRS Dourada e Saracura.
Métodos de Determinação de Umidade
por Secagem
1) SECAGEM EM ESTUFAS
A secagem em estufas é o método mais utilizado em alimentos e se baseia na
remoção da água por aquecimento. É um método lento que pode levar de 3 a
24 horas em temperatura de 105º C dependendo do alimento. É um método
barato e simples pois necessita apenas de uma estufa, uma balança
analítica e cadinhos para colocar as amostras. No entanto a exatidão depende
de vários fatores como por exemplo a temperatura de secagem, o tamanho das
partículas da amostra, o número e posição das amostras na estufa e a formação
de crosta na superfície da amostra, entre outros. As partículas dos alimentos
devem ser moídas com espessuras menores possíveis para facilitar a
evaporação da água.
4) SECAGEM EM DESSECADORES
É um método pouco utilizado pois é muito lento. Os dessecadores são
utilizados com vácuo e compostos químicos que absorvem a água. Porém, à
temperatura ambiente, a secagem é muito lenta e em alguns casos pode levar
até meses. O uso de vácuo e temperatura ao redor de 50 ºC é mais adequado.