Você está na página 1de 6

Escola/Agrupamento de Escolas | Teste de avaliação 5 – CienTIC7 Versão1

Ciências Naturais
7.o ano de escolaridade
Duração do Teste: 90 minutos |

Grupo I

O famoso grés de Silves é um tipo peculiar de arenito avermelhado, que se formou durante o
Triásico, com o qual o Castelo de Silves foi construído. No período Triásico, a Terra era muito
diferente do que é atualmente – os continentes estavam juntos num único supercontinente. O
clima global era quente e árido, sobretudo na parte central desta massa continental. O Triásico
começa aos 252 M.a., após a maior extinção em massa da História da Terra, que marcou o final
da Era Paleozoica, e termina com outro grande evento de extinção na passagem para o período
Jurássico, aos 201 M.a. A jazida principal de vertebrados do Triásico Superior de Portugal
encontra-se perto da aldeia de Penina, no sopé da Rocha da Pena, e daí provêm numerosos
fósseis do anfíbio Metoposaurus algarvensis. A concentração de ossos é muito elevada, cerca de
dois crânios por cada metro quadrado, e já foram identificados pelo menos dez indivíduos
distintos. Esta espécie de crânio achatado vivia em corpos de água como charcos e lagos, os
quais eram amiúde severamente afetados por grandes períodos de seca que os reduziam
gradualmente. Assim, os Metoposaurus ficavam confinados e concentravam-se nesses locais,
onde acabavam por morrer em massa. A idade geológica do grés de Silves tem sido debatida já
há algum tempo, assumindo-se uma idade triásica, por contexto geológico e ocorrência de
fósseis do Jurássico Inferior estratigraficamente acima. Os fósseis de vertebrados são,
porventura, os que poderão indicar a idade de forma mais precisa. O género Metoposaurus está
restrito a 237 a 208 M.a.

Baseado em Mateus, O. & Campos, H. (2018). Loulé há mais de 220 milhões de anos: os vertebrados fósseis do
Algarve triásico. [Em linha]. [Consult. em abril de 2018]. Disponível em http://lusodinos.blogspot.pt/.

B 66
Mesozoico

Cretácico
145
A
Jurássico
201
Triásico
252
Pérmico
299
Carbónico
Paleozoico

359
Devónico
419
Silúrico
443
Ordovícico
485
Câmbrico
10 cm
541

Figura 1. Fotografia da vista dorsal do crânio de Metoposaurus algarvensis (A). Tabela cronostratigráfica
(idades em milhões de anos) (B).

Baseado em https://www.researchgate.net/publication/277579727;
http://paleoviva.fc.ul.pt/Paleogeofcul/Apoio/Cronogeofcul1.pdf [consult. em maio de 2018].

1
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 8., seleciona a única opção que permite obter uma
afirmação correta.

1. Perto da aldeia de Penina foram encontrados


(A) restos de partes do corpo de seres vivos do passado, constituindo um somatofóssil.
(B) vestígios da atividade biológica de seres vivos do passado, constituindo um somatofóssil.
(C) restos de partes do corpo de seres vivos do passado, constituindo um icnofóssil.
(D) vestígios da atividade biológica de seres vivos do passado, constituindo um icnofóssil.

2. Os fósseis de Metoposaurus algarvensis foram encontrados em rochas sedimentares


(A) detríticas consolidadas.
(B) detríticas não consolidadas.
(C) biogénicas.
(D) quimiogénicas.

3. O Metoposaurus algarvensis viveu na Era


(A) Paleozoica e foi contemporâneo das trilobites.
(B) Paleozoica e foi contemporâneo dos dinossauros.
(C) Mesozoica e foi contemporâneo das trilobites.
(D) Mesozoica e foi contemporâneo dos dinossauros.

4. O período Triásico ocorreu entre


(A) 201 e 145 M.a.
(B) 237 e 208 M.a.
(C) 252 e 201 M.a.
(D) 299 e 252 M.a.

5. A presença de fósseis de Metoposaurus algarvensis permite-nos concluir que aquela zona,


naquela altura, era um ambiente
(A) recifal.
(B) marinho profundo.
(C) continental.
(D) raso de maré.

6. O facto de o género Metoposaurus estar restrito ao período entre 237 e 208 M.a. torna-os
bons fósseis de
(A) ambiente.
(B) transição.
(C) fácies.
(D) idade.

7. Os Metoposaurus viveram num grande supercontinente chamado


(A) Pantalassa.
(B) Pangeia.
(C) Laurasia.
(D) Gondwana.

8. A sequência que melhor representa a evolução da vida na Terra é


(A) Animais de corpo mole → Répteis → Peixes → Mamíferos.
(B) Animais de corpo mole → Peixes → Répteis → Mamíferos.
(C) Peixes → Répteis → Mamíferos → Animais de corpo mole.
(D) Peixes → Animais de corpo mole → Mamíferos → Répteis.

2
9. Faz a correspondência entre as descrições da coluna A e os processos da coluna B.

Coluna A Coluna B
(a) As partes duras dos organismos acabam por (1) Fossilização
desaparecer, deixando nas rochas as suas marcas. (2) Fóssil de idade
(b) Os materiais originais que compõem o ser vivo são (3) Fóssil de ambiente
substituídos por materiais minerais mais estáveis. (4) Conservação
(c) O material original do ser vivo conserva-se parcial ou (5) Mineralização
totalmente no interior de uma substância impermeável. (6) Moldagem
(d) Fóssil que se distribui em intervalos de tempo curtos na (7) Icnofóssil
História da Terra, tendo ampla distribuição geográfica. (8) Fóssil de transição
(e) Fóssil de um ser que viveu em condições geográficas
muito restritas.

10. Explica as condições evidenciadas pelo texto que possibilitaram a formação dos fósseis de
Metoposaurus algarvensis.

Grupo II

Uma turma do 7.o ano de uma escola da região fez uma visita de estudo à Praia da Luz, situada
5 km a oeste da cidade de Lagos, para observar a sua variedade de rochas, alguns aspetos
relacionados com a génese, estrutura e evolução das formações rochosas e a presença de
conjuntos fósseis importantes.

˄
N

2 3
1 Quaternário Areias da praia
Cretácico
Rochas vulcânicas Falhas
superior
Cretácico Calcários
inferior Estrada
Curva de nível
0 300 m 600 m Arenitos, argilitos e margas

Figura 2. Carta geológica da Praia da Luz.

3
Na paragem 1 – Ponta da Calheta, lado oeste, observaram arenitos com uma quantidade
significativa de fósseis de gastrópodes Nerineia que sugerem que foram depositados num
ambiente sedimentar marinho litoral de elevada energia sobre a influência de correntes de
marés.

Na paragem 2 – Ponta das Ferrarias, lado este, foram observados argilitos intercalados com
margas. Os últimos metros desta sucessão são constituídos por bancadas de calcários margosos
ricos em fósseis de gastrópodes. Esta última parte sugere a existência de um paleoambiente de
plataforma carbonatada, com baixa energia, provavelmente lagunar, numa zona de transição
entre o continente e o mar.

Falha

Figura 3. Ponta das Ferrarias.

Na paragem 3 – chaminé vulcânica da Ponta das Ferrarias, o esporão observado corresponde


a uma chaminé de composição basáltica. Um dos aspetos mais evidentes da zona de contacto
entre as rochas vulcânicas e as rochas sedimentares são as alterações na cor e na dureza destas
últimas.
Baseado em https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/833/8/ANEXO%20X%20-
%20Guia%20de%20Campo%20-%20professores.pdf [Consult. em abril de 2018].

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 6., seleciona a única opção que permite obter uma
afirmação correta.

1. A presença de fósseis de Nerineia encontrados na ponta da calheta sugere que aquela era
(A) uma plataforma carbonatada.
(B) uma zona lagunar.
(C) uma zona entremarés.
(D) um charco continental.

2. De acordo com o mapa, a zona da atalaia situa-se num local de rochas sedimentares
(A) químicas, a uma altitude de 100 m.
(B) químicas, a uma altitude de 25 m.
(C) detríticas, a uma altitude de 100 m.
(D) detríticas, a uma altitude de 25 m.

3. A falha que foi observada na Ponta das Ferrarias é


(A) inversa, associada a forças distensíveis.
(B) inversa, associada a forças compressivas.
(C) normal, associada a forças distensíveis.
(D) normal, associada a forças compressivas.

4
4. O quartzo é uns dos minerais mais abundantes na areia da praia. A propriedade do quartzo
que pode explicar esta abundância é
(A) o traço.
(B) o brilho.
(C) a cor.
(D) a dureza.

5. O princípio geológico que permite comparar a idade de dois estratos com o mesmo conteúdo
fossilífero é o
(A) da horizontalidade dos estratos.
(B) da identidade paleontológica.
(C) da sobreposição de estratos.
(D) princípio da interseção.

6. Na paragem 3 foi possível observar rochas


(A) magmáticas de cor escura.
(B) magmáticas de cor clara.
(C) metamórficas de cor escura.
(D) metamórficas de cor clara.

7. Uma das tarefas dos alunos era recolher uma amostra de rocha do local. A forma correta de
o fazer é
(A) partir uma amostra de grandes dimensões da rocha intacta e depois dividi-la em exemplares
mais pequenos.
(B) partir uma amostra da rocha intacta com as dimensões que pretendemos.
(C) recolher amostras desagregadas da rocha que estejam em bom estado.
(D) recolher o máximo de exemplares possíveis e depois selecionar os melhores na escola.

8. De acordo com o princípio da


(A) interseção, o filão basáltico é mais antigo do que as rochas sedimentares.
(B) interseção, o filão basáltico é mais recente do que as rochas sedimentares.
(C) sobreposição, o filão basáltico é mais antigo do que as rochas sedimentares.
(D) sobreposição, o filão basáltico é mais recente do que as rochas sedimentares.

9. A figura 4 representa um desenho de um corte geológico feito por um aluno durante a saída
de campo.

B
F
C

D
E
Figura 4.

5
9.1 Ordena as letras da figura de modo a obteres uma sequência correta de acontecimentos.

9.2 Refere os principios em que te baseaste para responderes à questão anterior.

10. Faz corresponder a cada uma das características relativas às zonas da estrutura interna da
Terra, referidos na coluna A, a respetiva designação, que consta da coluna B.

Coluna A Coluna B
(a) Zona constituída, essencialmente, por ferro e níquel no (1) Núcleo interno
estado líquido. (2) Núcleo externo
(b) Zona constituída, essencialmente, por rochas ricas em (3) Manto
silício e alumínio. (4) Astenosfera
(c) Zona constituída, essencialmente, por rochas ricas em (5) Litosfera
silício e magnésio. (6) Crusta continental
(d) Zona constituída por peridotitos com comportamento (7) Crusta oceânica
plástico e deformável. (8) Mesosfera
(e) Zona constituídas pela crusta e pela parte superior do manto.

11. A Viagem de Arlo é um filme da Disney-Pixar


de 2015 que nos conta a história de amizade
entre Arlo, um jovem e pacífico Apatossauro
(dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu
durante o Período Jurássico) de 70 metros, e de
Spot, uma pequena cria de Homo Sapiens.

Explica, do ponto de vista geológico, porque é


que uma imagem como a representada acima Figura 5
nunca poderia ter acontecido na realidade.

Você também pode gostar