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HISTÓR IA

RESOLUÇÕES
02 A hipótese que pode ser formulada é a de que o bandei-
CAPÍTULO 20
rante, em razão de sua longa convivência com os indíge-
O avanço da colonização nas, falasse um idioma muito marcado pelas línguas nati-
vas, diferentemente do religioso, que se comunicava em
português.
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01 O religioso descreve a relação entre os dois povos de
forma pacífica e cordial, afirmando que existia uma aliança 03 Não. O bispo de Pernambuco tem uma visão bastante
entre franceses e indígenas. negativa do comportamento de Domingos Jorge Velho
e o vê como um indivíduo bárbaro e que não merecia
respeito. Esse exemplo evidencia como os bandeirantes
02 Sim, o autor do texto afirma que os indígenas e os fran-
eram vistos com desconfiança por muitas autoridades
ceses estabeleceram relações comerciais. Nesse caso, os
coloniais, já que sofriam grande influência dos povos nati-
franceses forneceriam gêneros necessários para a vida dos
indígenas. Porém, o trecho não explicita quais eram esses vos e adotavam diversos costumes típicos das sociedades
gêneros e também não indica o que os franceses busca- indígenas.
vam com essas trocas.
ATIVIDADES PARA SALA
03 O religioso afirma que os indígenas desejavam ser súdi-
tos do rei da França, já que assim os franceses poderiam
protegê-los de seus inimigos. Dessa forma, a criação da 01 Na imagem, pode-se observar o uso do gado como força
colônia francesa não seria uma imposição dos franceses, de trabalho nos engenhos, já que eles eram utilizados para
mas um desejo dos próprios indígenas. De modo similar, mover a moenda que produziria a garapa. Assim, sem o
o religioso condiciona a absorção política dos indígenas gado, seria consideravelmente mais trabalhoso produzir
à sua conversão religiosa ao cristianismo. Assim, a missão açúcar. Por essa razão, pode-se dizer que as duas ativida-
religiosa também era justificada como uma demanda das des (criação de gado e produção do açúcar) eram comple-
próprias comunidades indígenas. mentares na economia colonial.

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02 O religioso afirma que os franceses eram os verdadeiros
01 Essa expressão era utilizada para denominar uma grande primogênitos da Igreja e que eles tinham um conheci-
variedade de recursos encontrados na natureza e que mento muito superior sobre a vontade de Deus do que os
podiam ser transformados em mercadorias lucrativas e religiosos portugueses.
vendidas para a Europa.

03 A prática evidenciada no texto é a da apropriação de ele-


02 O Amazonas é descrito como o rio mais rico do mundo, com
muitos minerais (ouro, prata, diamantes e pedras preciosas), mentos das culturas indígenas de modo a transformá-los
além de uma grande variedade de especiarias e outros pro- em aspectos do catolicismo. Exemplo disso é a transfor-
dutos como âmbar, bálsamos, cacau e café. mação de Tupã na figura do Deus católico.

03 O religioso apresenta os recursos naturais enfatizando suas 04 A imagem mostra três homens armados acompanhados de
principais características, como o aroma, ou então suas qua- mulheres e crianças indígenas algemados. Dessa forma, a
lidades medicinais. Muitos deles são utilizados até hoje: o imagem constrói uma representação bastante negativa da
alcaçuz, por exemplo, é usado em balas; o cravo e a canela escravidão indígena, enfatizando como essa prática afe-
são usados como especiarias; o óleo de copaíba é usado tava tanto indígenas indefesos, como as crianças.
para fins medicinais, entre outros exemplos.

05 Não. A imagem é uma representação do início do século


Agora é com você – Pág. 11 XIX, por isso é possível formular a hipótese de que essa
prática continuou existindo na América portuguesa durante
01 O bispo descreve o bandeirante como um homem bárbaro esse período. Assim, a escravidão indígena perdurou do
e de modos “selvagens”, que não vive como um europeu, século XVI ao XIX, embora com menor importância de
mas que segue muitos hábitos indígenas. acordo com o período ou a região da colônia.

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H IS T ÓRIA

04 A
ATIVIDADES PROPOSTAS
O texto fornecido pelo exercício trata das primeiras ativi-
dades econômicas estabelecidas na América portuguesa, e
01 A como estas auxiliaram no povoamento do território. Como
Para resolver a questão, é necessário relacionar o texto do foi visto neste capítulo, diversas expedições tiveram por
enunciado com o assunto estudado no capítulo. função buscar novos produtos que pudessem ser comercia-
Logo no início, é possível destacar “Eleito Jerônimo de lizados no mercado europeu, ao mesmo tempo que ocupa-
Albuquerque por capitão-mor da conquista do Maranhão vam outras partes do território brasileiro. O mapa presente
[...]”. Isso significa que a crônica trata da retomada de uma no enunciado tem como foco a região do Nordeste, tendo
área da colônia portuguesa. Na sequência, “[...] se foi logo
como centro irradiador Olinda e Salvador.
às aldeias do nosso gentio pacífico, e por lhes saber falar
bem a língua, e o modo com que se levam, ajuntou quan- Dessa forma, tem-se:
tos quis [...]” informa que o esforço da retomada contou a) (V)
com portugueses e indígenas aliados. b) (F) As drogas do sertão incentivaram a ocupação da
No capítulo, tem-se que, em 1612, um contingente francês região mais ao norte do Brasil, principalmente do
se instalou na região do Maranhão, criando um assenta-
Amazonas.
mento. Como a crônica data de 1614, pode-se então supor
c) (F) O algodão é produzido localmente para fabricação
que esteja tratando desse mesmo assentamento francês.
Assim: de roupas para escravos; portanto, neste período,
não é uma atividade econômica lucrativa.
a) (V)
d) (F) A borracha será um importante produto de expor-
b) (F) “França Antártica” foi o nome dado à colônia
francesa estabelecida na região da Baía do Rio de tação apenas no século XIX.
Janeiro. e) (F) O tabaco será produzido para exportação apenas
c) (F) “Brasil holandês” é uma das formas de se referir ao no século XIX.
período em que a Região Nordeste foi governada
por Maurício de Nassau. 05 D
d) (F) O Quilombo dos Palmares não estava estabelecido
no Maranhão. Considerando que a colonização portuguesa no Brasil
e) (F) Cisplatina era o nome dado a uma província do tomou forma de exploração dos recursos e produtos natu-
reino do Brasil, que corresponde ao atual Uruguai. rais que podiam ser explorados, tem-se:
a) (F) O povoamento será uma estratégia pós-coloniza-
02 A ção movida por necessidades externas.
a) (V) b) (F) O único produto cultivado era a cana-de-açúcar,
b) (F) A exploração das minas de ouro e a busca pelas configurando uma monocultura.
drogas do sertão não foram resultado ou causa das c) (F) A primeira atividade exploratória estabelecida
missões jesuíticas, mas atividades estabelecidas pelos colonizadores foi a extração do pau-brasil.
pelos colonos.
d) (V)
c) (F) A cristianização dos indígenas não era facultativa,
e) (F) A empresa açucareira era mantida pelo uso de mão
mas obrigatória, e o ponto principal das missões.
d) (F) As Missões tinham como objetivo a conversão dos de obra escrava.
indígenas ao catolicismo.
e) (F) As práticas agrícolas desenvolvidas de forma inci- 06 B
piente na colônia não abasteciam o comércio I. (F) As bandeiras serviam para construir caminhos inte-
metropolitano, apenas o colonial. rior adentro, o estabelecimento de vilas era poste-
rior e feito nas mesmas bases das outras vilas.
03 C
II. (V) As bandeiras foram responsáveis pelo desbrava-
O texto fornecido pelo enunciado apresenta uma versão mento do Centro-Oeste e Sul do Brasil.
sobre o surgimento de uma comida considerada típica de
III. (F) A agricultura sempre foi praticada pela população
Minas Gerais, o feijão tropeiro. Segundo o texto, esse prato
nativa.
está atrelado ao hábito alimentar das tropas de gado que
descansavam nos pousos (nome dado a construções rústicas IV. (V) Os principais objetivos dessas expedições eram a
que serviam como pernoite), as quais comiam feijão cozido busca por metais preciosos e o apresamento de
seco misturado com carne de sol e toucinho. Esse tipo de indígenas.
culinária rápida e fácil estava ligado ao tipo de atividade eco- V. (V) As bandeiras tiveram papel fundamental na expan-
nômica exercido: a pecuária e o transporte de mercadorias. são territorial da colônia.

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H ISTÓR I A

07 E
A exploração das minas de ouro no Brasil foi intensa e
gerou uma urbanização com relativo desenvolvimento
arquitetônico, cultural e artístico, além de certa dife-
renciação social. No entanto, as necessidades da Coroa
portuguesa, em crescente processo de endividamento,
exigiam que uma grande opressão fiscal pressionasse
cada vez mais os produtores, como a criação das Casas
de Fundição e outras medidas de controle da produção,
drenando grande parte dos lucros para os credores ingle-
ses e holandeses. Ao mesmo tempo, a reação dos pro-
dutores e intelectuais da colônia fazia-se por meio das
revoltas e do contrabando, sempre reprimido com rigor
pelas autoridades metropolitanas. A alternativa E é a que
expressa corretamente essas ideias.

08 A
Há, no trecho, uma interpretação histórica sobre a atua-
ção dos bandeirantes em relação às missões jesuíticas. O
texto fala especificamente de missões estabelecidas por
padres espanhóis, mas é possível usar este exemplo como
uma generalização para outras instâncias dos conflitos
entre as missões e os bandeirantes. A palavra incursões
significa invasão, e, como aponta o texto, indígenas faziam
parte dessas bandeiras, principalmente porque sabiam os
caminhos do interior. Pode-se complementar o trecho lem-
brando que um dos objetivos principais dessas bandeiras
era a captura de indígenas para serem utilizados como mão
de obra escrava, e capturá-los de missões significa assegu-
rar que eles estavam habituados ao trabalho rural.

09 C
Pode-se descartar as alternativas D e E, pois os feitores e
os capitães do mato eram empregados livres dos enge-
nhos de açúcar contratados para vigiar e recapturar escra-
vos fugidos, respectivamente. Por sua vez, a alternativa A
também está incorreta, pois o termo faiscador é sinônimo
de garimpeiro, ou seja, pessoa que trabalha na extração
de metais preciosos. Por fim, emboabas era o termo em
língua geral utilizado pelos bandeirantes para se referirem
aos não paulistas que migraram para a região das minas.

10 A
O primeiro texto traz três informações importantes: o
ano do acontecimento é 1612, o fato ocorreu na região
do Maranhão (São Luís, sua capital) e foi uma tentativa de
formação de colônia apoiada pela então rainha da França,
Maria de Médici. Pode-se afirmar que esse evento foi a
fundação da França Equinocial.
O segundo texto dá algumas informações centrais: tra-
ta-se de uma insurreição que ocorre na capitania de
Pernambuco, o ano do conflito é 1645 e envolve holande-
ses (os “batavos”) e os portugueses. Esse evento são as
chamadas “invasões holandesas”, consequência da união
das coroas de Portugal e Espanha, e a insurreição que bus-
cou expulsar o holandeses da colônia.

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