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Conceitos básicos em Resíduos Sólidos

Resíduos sólidos

Todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de


atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se
propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível
Resíduo Sólido

• ABNT NBR 10004 (2004)

Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem


industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam
incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água,
aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

Objetivo norma → classificar e destinar corretamente os resíduos; órgãos reguladores possam


atuar na fiscalização da coleta, transporte, armazenamento e descarte de cada tipo de resíduo
Resíduos sólidos
• Estercos animal
• Resíduos de cultivos agrícolas
• Resíduos agroindustriais
• Lodo de esgoto (sólidos no gradeamento, caixa de areia, decantadores)
• Lixo (31% material reciclável e 65% m.o. putrescível)

Sólidos (esterco) → ST > 15 dag L-1


Semi-sólido (liquame, chorume, dejeto líquido) → 4 > ST > 15 dag L-1

Líquidos (água residuária) → ST < 4 dag L-1


Fluxo de resíduos

Geração

Acondicionamento

Armazenamento

Coleta

Transporte

Triagem

Tratamento

valorização

Destino final

→ Coleta - o tratamento -disposição final


Valorização

É toda forma de aproveitamento dos resíduos sólidos, seja pelo


reutilização ou pela reciclagem. Exemplos: resíduos orgânicos sendo
transformados em composto pela compostagem, uma garrafa de
plástico sendo reutilizada para outra finalidade ou a mesma para que fora
produzida, dentre outros
Tratamento

Compreende procedimentos que não atribuem valor agregado ao


produto final, como por exemplo a eliminação do poder infectante dos
resíduos de serviço de saúde pelo uso de micro-ondas, autoclave ou
outros.
Gestão

É o conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos


sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica,
ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do
desenvolvimento sustentável
Gerenciamento

É p conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta,


transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente
adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos
ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei
Destinação final

Envolve a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o


aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos
competentes do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente) , do SNVS (Sistema
Nacional de Vigilância Sanitária) e do SUASA (Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária), entre elas a disposição final, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a
minimizar os impactos ambientais adversos
Disposição final

Consiste na distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando


normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à
saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos
Reutilização

É o processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua


transformação biológica, física ou físico-química, observadas as
condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do
SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA
Reciclagem

Consiste no processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve


a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas,
com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas
as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do
SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA
Logística reversa

Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por


um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a
coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada
Ciclo de vida do produto

É uma série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a


obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o
consumo e a disposição final
Rejeitos

São resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de


tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada
Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto

Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes,


importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares
dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para
minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para
reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental
decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei
Economia circular
Transformar o modelo linear (extrair – transformar – descartar) em um modelo circular de
produção no qual os materiais retornam ao ciclo produtivo ao invés de serem descartados como
lixo, dentre outras maneiras, por meio da logística reversa, com a reutilização, a recuperação e a
reciclagem de materiais, atingindo assim o chamado ciclo fechado de produção.
Seu objetivo é manter produtos, componentes e materiais em seu mais alto nível de utilidade e
valor o tempo todo. O conceito distingue os ciclos técnicos dos biológicos
Pela economia circular se transforma resíduos em insumos
- Design sem resíduos
- Uso de energia de fontes renováveis
- Pensar sob a forma de sistemas (compreender como as partes se influenciam mutuamente)
Geração

Acondicionamento

Armazenamento

Coleta

Transporte

Triagem

Tratamento

valorização

Destino final
Principais - Frequência coleta dados
- Abrangência
SNIS Abrelpe IBGE CEMPRE
(Sistema Nacional de (Associação Brasileira de (Compromisso (municípios/habitantes)
Informações sobre Empresas de Limpeza Pública Empresarial para - Forma coleta
e Resíduos Especiais)
Saneamento) Reciclagem) (amostragem, censo,
3.765 municípios Amostra de 400 Censo Não diz quantos questionário etc)
municípios - Tipo informação coletada
(só coleta seletiva, outros
nformação é tratada 49 (norte) Realizado a cada 10 Realiza a pesquisa
envolvem disposição, etc)
e eliminadas as 123 (Nordeste) anos ciclosoft sobre coleta
extremas 32 (centro-oeste) seletiva a cada 2
133 (Sudeste) anos
Aspectos 63 (Sul)
operacionais,
administrativos, Dados de reciclagem Traz informações Dados de coleta
econômico- das associações sobre coleta e seletiva por
financeiros, (agrotóxicos, óleos disposição de município e por
contábeis e lubrificantes, pneus, resíduos sólidos região, modelos de
qualidade dos setor alumínio, papel coleta seletiva,
serviços e plástico) custos e composição
letados anualmente junto aos dos recicláveis
unicípios e aos prestadores de anual
erviços de saneamento básico coletados
bianual
Comparativo de alguns dados apresentados

SNIS (2016) Abrelpe IBGE (2010) CEMPRE


(2016) (2016)
Ìndice cobertura do 98,6% 91% - -
serviço coleta
Iniciativas de coleta 21,8% (algum tipo) 69,6% (com) 994 18%
seletiva 44,1% (não possui) 30,4% (não) municípios
(17,8%)
34,1% (sem inf.)

Destino resíduos Adequado:59 % Adequado: Adequado:27, -


Inadequado: 19,9% 58,4% 7%

Sem informação: 17,7% Inadequado: Inadequado:


41,6% 73,3%

Triagem e compostagem 3,4% 1,6% é -


recuperado
Produção de RS por Até 250 mil hab = 0,85-0,90 1,04
habitante/dia Acima 250 mil hab = 0,93-
1,03
Média = 0,94
Ordem de prioridade no tratamento de resíduos
3 R’s

3 R’s (reutilização, redução, reciclagem).

4 R’s (repensar – reutilizar – reduzir – reciclar)


PRINCIPAIS DOCUMENTOS LEGAIS E NORMAS SOBRE RESÍDUOS

•Norma ABNT NBR nº 12.808/1993 – Classificação de resíduos de serviços de saúde


• Resolução ANTT nº 5.232/2016 – Regulamento Terrestre do Transporte de Produtos Perigosos
• Resolução Conama nº 06/1988 – Geração de resíduos nas atividades industriais
• Resolução Conama nº 09/1993 – Uso, reciclagem, destinação rerrefino de óleos lubrificantes
• Resolução Conama nº 275/2001 – Simbologia dos resíduos
• Resolução Conama nº 307/2002 e Resolução Conama nº 469/2015 – Diretrizes, critérios e procedimentos
para a gestão dos resíduos da construção civil
• Resolução Conama nº 313/2002 – Inventário Nacional de Resíduos e critérios para determinados tipos de
tratamento de resíduos
• Resolução Conama nº 316/2002 – Tratamento térmico de resíduos
• Resolução Conama nº 358/2005 – Tratamento e disposição final dos resíduos dos serviços de saúde
• Resolução Conama nº 362/2005 – Recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou
contaminado
• Resolução Conama nº 416/2009 – Prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e
destinação ambientalmente adequada
• Resolução Conama nº 452/2012 – Procedimentos de controle da importação de resíduos, conforme a
Convenção da Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu
Depósito
• Resolução Conama nº 481/2017 – Critérios e procedimentos para garantir o controle e a qualidade
ambiental do processo de compostagem de resíduos orgânicos
• Resolução Conama n° 79/2018 – Sistema on-line de manifesto de transporte de resíduos
• Resolução Conama nº 55/2013 – Diferenciação Mínima de Cores para a Coleta Seletiva Simples de
Resíduos Sólidos Urbanos e de Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviços

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