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Qualidades do Socorrista
Boa técnica
Observador
Sangue frio
Perseverança
Destreza manual
Simpatia
Espírito de liderança
Espírito de equipa
Bom senso
Boa constituição física
Prevenir
Alertar
Socorrer
Preservar a vida
Evitar o agravamento do seu estado
Promover o restabelecimento
Responsabilidades do Socorrista
O socorrista não deve abandonar o local do acidente até ter feito um relatório a quem se
encarregou do caso (socorrista avançado, enfermeiro ou médico) e se ter certificado que a sua
ajuda já não é necessária.
Socorrer é uma das mais nobres tarefas que o Homem pode efectuar. Dar uma ajuda
desinteressada e útil no sentido de promover o bem-estar de uma pessoa que a maior parte das
vezes nem se conhece enriquece o Homem na sua vertente mais humanitária.
O Socorrista é com efeito um elo fundamental da cadeia de socorro, devendo possuir várias
qualidades:
O Socorrista deve ser responsável pela prática de 1º socorro até estar junto do acidentado, alguém
mais credenciado (Médico, enfermeiro, técnico de saúde). Deve assim para prosseguir os seus
objectivos ter a seu cargo as seguintes atribuições:
Socorro Adequado
Preparação da evacuação
Para que o socorro seja eficaz há que ter em conta os Princípios Gerais do Socorrismo,
verdadeiras leis fundamentais do 1º Socorro a partir dos quais se desenvolve e baseia toda a
técnica e prática do socorrismo.
Esses princípios são os seguintes:
PREVENIR
ALERTAR
SOCORRER
Estes princípios são aplicados através de um plano, o PLANO DE ACÇÃO DO SOCORRISTA, que
funciona como um quadro normativo de actuação para disciplinar os comportamentos padrão a ter,
face a qualquer situação de emergência.
São esses passos os seguintes:
1º - PREVENIR / PROTEGER
Afastar o perigo da vítima ou a vítima do perigo
2º - ALERTAR
Via 112 ou outros meios (HAN, Proteção Civil, Bombeiros, etc.)
4º - EVACUAÇÃO
A cargo da Tripulação das ambulâncias
EXAME PRIMÁRIO
Avaliação da Consciência
Verificar se a vítima está orientada no espaço e no tempo
Verificação da Respiração (10s)
Palpação de Pulso
Verificar se a vítima tem pulso durante cerca de 10 segundos
EXAME SECUNDÁRIO
Pele
Coloração
Humidade
Temperatura
Pupilas
Reactivas
Dilatadas
Contraídas
Desiguais
Corpo
Deformações
Hemorragias
Edemas
Etc.
ESTADO DE CHOQUE
Causas:
Lesões cardíacas
Perda de líquidos orgânicos
Vasodilatação
Sinais e Sintomas:
Palidez
Arrefecimento
Suores frios e viscosos
Pupilas Dilatadas
Pulso fraco
Sede
Náuseas e Vómitos
Possível Inconsciência
Primeiro Socorro:
Animar a vítima
Elevar os membros inferiores
Vítima Inconsciente
É o aparelho circulatório (constituído pelo coração, por uma rede de vasos e pelo sangue) que é
responsável pela distribuição de nutrientes e oxigénio a todas as células.
O sangue é constituído por uma parte líquida (plasma) e uma parte sólida (glóbulos vermelhos,
glóbulos brancos e plaquetas).
Diz-se assim que existe uma hemorragia quando há saída de sangue do seu circuito normal (dos
vasos onde circula), independentemente da quantidade perdida.
CLASSIFICAÇÃO:
a) Quanto à origem:
Internas Visíveis
Internas Invisíveis
Externas
Sintomatologia:
Sinais e Sintomas de Choque
Sede
Zumbidos
Visão turva
Dor
Primeiro socorro:
Arejar o local
Desaperto de roupas
Repouso
NÃO DAR NADA A BEBER
Vigiar funções vitais
a) PELO NARIZ
Primeiro Socorro:
Averiguar o tipo de acidente (quando há suspeita de traumatismo craniano não se
controla a hemorragia)
Colocar a vítima com a cabeça direita
Compressão digital
Arrefecimento do local (gelo)
Tamponamento
b) PELO OUVIDO
Primeiro Socorro:
Averiguar o tipo de acidente
Colocar a vítima numa posição de conforto com a cabeça inclinada para o lado
lesionado
Colocar compressas no pavilhão auricular, fazendo uma ligeira compressão
Hospital
Primeiro Socorro:
Colocar a vítima confortável.
Prevenir a asfixia.
Prevenir o Choque.
Vigiar as funções vitais.
Se das vias aéreas aconselhar respiração superficial.
Se das vias digestivas colocar gelo no local da dor.
3. HEMORRAGIA EXTERNA
Primeiro socorro
Colocar a vítima numa posição confortável
Expor o local
Compressão Manual Directa
Em caso de corpos estranhos, fracturas e amputações
Compressão Manual indirecta
Prevenir Choque
Vigiar as funções vitais
GARROTE
É um método de recurso. É utilizado apenas em situações em que existam diversas vítimas com
lesões graves e prioritárias em que os socorristas não possam prestar o primeiro socorro de forma
eficaz.
Regras de aplicação:
Colocar na raiz do membro
Proteger o local
Manter o membro destapado
Sinalizar a vítima com a hora de aplicação
Respeitar o tempo limite de 15 minutos max.
Aliviar o garrote lentamente
Riscos de aplicação:
Traumatismo Local
Arritmias cardíacas
Insuficiência Renal aguda
ENVENENAMENTOS
Veneno ou Tóxico podem ser toda e qualquer substância, seja qual for a sua origem (animal,
vegetal e mineral) que ao contactar com o organismo provoca alterações funcionais podendo
mesmo causar a morte. Ao conjunto destas alterações dá-se o nome de intoxicações ou
envenenamentos.
Primeiro Socorro
1. Colheita de dados
Quem
O quê
Quanto
Quando
Como
VIA OCULAR:
Lavar abundantemente com soro fisiológico ou água durante 10 a 15 minutos mantendo as
pálpebras separadas. Não aplicar neutralizantes químicos.
VIA CUTÂNEA:
Retirar as roupas conspurcadas e lavar abundantemente com água corrente durante 10 a 15
minutos. No caso de pesticidas lavar pelo menos duas vezes com água e sabão. Se houver lesão
tratar como queimadura.
VIA INALATÓRIA:
Retirar do ambiente contaminado e retirar roupas. Manter o doente aquecido.
A pele é o maior órgão do corpo devido à sua extensão. Tem várias funções:
FERIDAS
É uma ruptura ou descontinuidade na pele. Podem ser:
Superficiais
Profundas
Casos especiais:
Feridas com corpos estranhos encravados
Feridas nos olhos
Feridas sobre as articulações
Primeiro socorro:
Para feridas não complicadas
Expor o local da ferida, cortando a roupa se necessário
Lavar a ferida com água corrente e sabão ou soro fisiológico, do centro da ferida
para a periferia, utilizando uma compressa esterilizada ou pano limpo sem pelos
Desinfectar, utilizando líquidos germicidas não corantes
Colocar um penso e cobertura
Para feridas complicadas
Expor o local
Penso e cobertura
Hospital
Nos olhos
Lavagem com soro fisiológico ou água corrente (jacto suave) do canto interno para
o canto externo
Colocação do penso oclusivo
Hospital
Nas articulações
Imobilizar as articulações
Hospital
QUEIMADURAS
Lesão provocada por determinados agentes químicos ou físicos, que vão originar uma maior ou
menor destruição da pele.
Complicações:
Choque
Infecção
Sinais e Sintomas:
1º Grau
Dor
Vermelhidão
Quente
Pele Seca
2º Grau
Dor
Quente
Bolhas (Flictenas)
3º Grau
Zona escura ou esbranquiçada
Sinais e sintomas de 1º e 2º grau nas áreas circundantes
Primeiro Socorro:
1º Grau
Arrefecer localmente até desaparecer a dor
Aplicar creme hidratante
2º Grau
Arrefecimento local (não rebentando as bolhas)
Penso húmido ou gordo
Cobertura
3º Grau
Penso e Cobertura
Primeiro Socorro:
Lavar com soro fisiológico ou água morna do canto interno para o canto externo do olho
Não cobrir e evitar fechar os olhos
4. QUEIMADURAS EM ZONAS DE CONTACTO COM A PELE
Primeiro Socorro:
Separar as zonas de contacto com compressas esterilizadas com soro fisiológico ou
água fria
Colocar cobertura
5. GRANDES QUEIMADOS
Primeiro Socorro:
Não despir roupas (podem estar coladas)
Cobrir com lençol humedecido
Manter a temperatura com cobertor
Hospital
FRACTURAS
Quebra total ou parcial de um osso, podendo as fracturas serem abertas (expostas) ou fechadas
Sinais e Sintomas:
Dor
Edema
Deformação
Encurtamento Ósseo
Impotência funcional
Mobilidade anormal
Crepitação Óssea
Primeiro socorro:
Mínimo de movimento
Expor o foco de fractura
Retirar adornos da zona
Imobilizar
Nota: Deve-se imobilizar as articulações antes e depois do local da fractura.
(PCR)
• Quem tiver uma paragem cardio-respiratória sofrerá provavelmente danos cerebrais ao fim de
cerca de cinco minutos. Com a aplicação da técnica combinada (30 por 2), sendo 30 (trinta)
compressão cardíaca e 2 (duas) ventilação artificial utilizando uma máscara individual com
válvula unidirecional.
O que acontece
Procedimentos preliminares
Se o acidentado estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de
uma só vez, colocando-o de costas no chão.
Faça isso sempre com o auxílio de mais duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas
ou pescoço, evitando assim lesar a medula quando houver vértebras partidas. Verifique então se
há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração.
A reanimação cárdio-pulmonar
Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso
vertical que está no centro do peito (chamado osso esterno).
Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve posicionar-se para iniciar a insuflação/respiração
artificial. Recomenda-se a utilização de “ Máscara individual com válvula unidirecional “. Caso não
tenha uma máscara, recomenda-se fazer unicamente a compressão cardíaca. Falaremos contudo
na respiração artificial também conhecida por “respiração boca-a-boca” praticada durante muito
tempo, conforme demonstra a figura abaixo.
OBS: A sequência é feita com 30 compressões e 2 respiração artificial (30 C / 2 R). Mantém a
sequência até a recuperação da vítima e/ou chegada de uma ambulância SAV, devidamente
equipada para a evacuação.
Organização da ressuscitação
- Organização da ressuscitação
Quando tiver a certeza do diagnóstico, deve começar imediatamente o “ algoritmo do SBV (Suporte
Básico de Vida) :
3. Dê dois murros fortes com a parte lateral do pulso no ponto de pressão. Verifique se agora
existe pulso. Se não, inicie as compressões cardíacas, conforme figura abaixo indicado.
- Colocação das mãos
4. Pressione com os seus braços esticados e verticalmente. A palma de uma mão apoia-se na
metade inferior do esterno, ficando os dedos livres. A outra mão é colocada sobre a
primeira.
5. Pressione com força suficiente para que o esterno inferior se mova para baixo cerca de 5 a 6
cm (homem) e 4 a 5 cm (mulher).
6. Pressione trinta vezes. A compressão é feita a um ritmo de 100 vezes por minuto.
7. Dê então duas insuflações/respiração artificial. Tenha cuidado para não apoiar demasiado
sobre o peito enquanto é insuflado o ar. A figura mostra a utilização de um reanimador
manual.
8. A pessoa que faz a compressão cardíaca conta em voz alta:
"1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23,25,26,27,28,29,30” e incentiva
o colega a insuflar 2 vezes"
Se não:
Repetir o ciclo;
Se sim:
ENFARTE
O que acontece
O que fazer
Providencie auxílio médico imediato.
o Deixe o paciente em posição confortável, mantendo-o calmo, aquecido e com as roupas
afrouxadas.
o Se houver paragem cárdio - respiratória, aplique a RCR/RCP - ressuscitação cárdio –
respiratória/pulmonar.
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
S. F. L.
IDENTIFICAÇÃO
Durante um piquenique, uma senhora teve uma tontura, tropeçou e caiu - ela assegurou a toda a
gente que estava bem, apenas tinha tropeçado por causa dos sapatos novos. Mas ela ficou um
pouco pálida e abalada. Os amigos limparam-na e arranjaram-lhe um novo prato de comida.
Josefina continuou a conviver o resto da tarde, embora pálida!
O marido de Josefina telefonou mais tarde para dizer a toda a gente que a sua mulher estava no
hospital, tendo falecido mais tarde. Ela teve uma trombose, durante o piquenique.
Se os Amigos tivessem sabido identificar os sinais da trombose, talvez a Josefina ainda estivesse
viva. Algumas pessoas não morrem... ficam incapacitadas e com graves sequelas.
Leva apenas 1 minuto a ler isto...
O neurologista diz que se ele conseguir chegar até à vitima de uma trombose nas 3 horas
subsequentes, ele pode reverter totalmente os efeitos da trombose totalmente.
Ele diz que o mérito está em reconhecer os sinais da trombose, diagnosticar e obter assistência
médica no prazo de 3 horas. Esta poderá ser a parte mais difícil, mas há que tentar, chamando o
INEM e sabendo relatar-lhes o acidente e os sintomas.
RECONHECER UMAVC / TROMBOSE:
Seguindo um método muito simples, poderemos ajudar a evitar acidentes mais graves. Fixemos a
sigla SFL
Pede ao doente para pôr a língua de fora: Se a língua estiver torta ou a cair para um lado, isso é
sinal de uma trombose.
Parabéns! Acabou de conhecer e praticar simples gestos para complicadas situações. Esperamos
que tenha gostado tanto de estar connosco como nós gostámos de estar consigo. Sempre que
precisar de apoio técnico ou reciclagem de conhecimentos poderá contactar-nos.
Obrigado
Formador em Socorrismo;
Formação em Catástrofes Naturais /Mudanças Climáticas;
Formação em Gestão de Catástrofes;
Formação Sistemas de Comunicação (GPS/Rádio em situação de Catástrofes);
Formação: Tripulantes de Ambulância;
Formador da Proteção Civil e da Cruz Vermelha de Cabo Verde;
Membro E.E.R.T.(Equipa de Resposta e Intervenção de Urgência da CEDEAO);
Formação REACT – Rede Euroafricana de Emergência Sanitária;
Email: pbettencourt@bcv.cv