Módulo: Protecção Civil e Cuidados Básicos de Vida

Curso de Cozinha
Curso de Restauração e Bebidas

Praia, 24 a 28 Abril de 2017

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 Sumário

– Tipologia de Riscos
– Protecção Civil e Agentes de Protecção Civil
– Sistema de Protecção Civil em Cabo Verde
– Planos de Emergência
– Prevenção de Incêndios na Cozinha

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 Riscos Naturais

Erupções Vulcânicas Movimentos de Massas

Sismos

Crise Sísmica de 1981 Incêndios Florestais (?)

Inundações

3
Riscos Tecnológicos

4
• Acidente Grave e Catástrofe

Acidente grave
• é um acontecimento inusitado com efeitos
relativamente limitados no tempo e no espaço,
susceptível de atingir as pessoas e outros seres vivos, os
bens ou o ambiente

Catástrofe
• é o acidente grave ou a série de acidentes graves
susceptíveis de provocarem elevados prejuízos materiais
e, eventualmente, vítimas, afectando intensamente as
condições de vida e o tecido sócio - económico em
áreas ou na totalidade do território nacional.
 Lei de Bases de Protecção Civil

• Situações de alerta, contingência e calamidade

Competência para a declaração:

Alerta Contingência Calamidade

• Presidente da Câmara • Ministro da • Governo (Conselho de
(situação de alerta de Administração Interna Ministros)
âmbito municipal) (totalidade ou parcela do
território nacional)
• Ministro da precedida, sempre que
Administração Interna possível, da audição dos
(totalidade ou parcela do presidentes das câmaras
território nacional) municipais dos municípios
envolvidos.
• O que é a Protecção Civil?

A protecção civil é a actividade desenvolvida pelo Estado,

pelas autarquias locais, pelos cidadãos e por todas as
entidades públicas e privadas com a finalidade de prevenir
riscos colectivos inerentes a situações de acidente grave ou
catástrofe, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as
pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram
• Quem são os Agentes Protecção Civil?

Função de Emergência

• Bombeiros
• Cruz Vermelha
• Policia Nacional
• Forças Armadas
• Serviços Saúde
• Autoridades Marítima e Aeroportuária
 Entidades com dever especial de colaboração
• Agentes com funções de emergência

Bombeiros Polícia Nacional Forças Armadas

Autoridade Marítima, Aérea e

Cruz Vermelha Aeroportuária Serviços de Saúde

• Agentes de colaboração Permanente

•Os serviços de saúde

• As instituições de segurança social
• Os organismos públicos e privados, com acções nas áreas de florestas, indústria e energia, transportes e
comunicações, recursos hídricos e ambiente
• Os serviços de segurança privada 9
• As instituições de investigação técnica e científica (INMG, Universidades, Etc)
• O que são Bombeiros?

Bombeiros são agentes de Protecção Civil (operacional e

tecnicamente organizada), cujos membros, tem por actividade
cumprir missões destes, nomeadamente a protecção de vidas
humanas e bens em perigo, mediante a prevenção e extinção
de incêndios, o socorro de feridos, doentes ou náufragos, e a
prestação de outros serviços previstos nos regulamentos
internos e demais legislação aplicável.
Os corpos de bombeiros
têm a missão de:

• Combate a incêndios;
• Socorro às populações em caso de incêndios, inundações,
desabamentos, e em todos os acidentes, catástrofes ou calamidades;
• Socorro à náufragos; sinistrados e doentes;
• Protecção contra incêndios em edifícios públicos, casas de espectáculos
e outros recintos, mediante solicitação, nomeadamente durante a
realização de eventos públicos;
• Colaboração em actividades de protecção civil, no âmbito das funções
específicas que lhes foram cometidas;
• Participação em acções de prevenções e segurança contra risco de
incêndio e outros sinistros, incluindo a emissão de pareceres técnicos.
• Cabe à Polícia Nacional:

• Garantir a manutenção da ordem e tranquilidade públicas;

• Manter e restabelecer a segurança dos cidadãos e da
propriedade pública e privada;
• Coadjuvar as autoridades judiciais;
• Velar pelo cumprimento das leis e disposições em geral;
• Auxiliar e proteger os cidadãos e defender e preservar os bens
que se encontrem em situações de perigo em virtude da acção
humana ou da natureza, prestando ajuda às populações e no
socorro aos sinistrados.
No âmbito das suas atribuições, as Forças Armadas
prestam a sua colaboração das seguintes formas:

• Através do apoio em pessoal para a organização e montagem de

acampamentos de emergências;
• Prestando apoio em comunicações;
• Disponibilizando meios de transporte;
• Participando na evacuação de feridos e doentes;
• Efectuando reconhecimentos terrestres, aéreos e marítimos;
• Participando em acções de busca e salvamento de pessoas e bens;
• Disponibilizando pessoal especializado, nomeadamente no campo de
saúde e participando em exercícios de protecção civil, nos termos da lei.
• Cruz Vermelha ou Crescente Vermelho

A Cruz Vermelha de Cabo Verde exerce, em

cooperação com as demais instituições e de
harmonia com o seu estatuto próprio, funções de
protecção civil nos domínios de intervenção,
apoio, socorro e assistência médica.
 Artigo 5º
(Domínios da protecção civil)

a) Levantamento, previsão, acompanhamento, avaliação e prevenção de riscos

de acidentes graves, catástrofes e calamidades;

b) Análise permanente das vulnerabilidades perante as situações de riscos de

acidentes graves, catástrofes e calamidades;

c) Informação e formação das populações, visando a sua sensibilização em

matéria de auto-protecção e colaboração com as autoridades;

(…)

Fonte: Lei de Bases de Protecção Civil (lei n.º 100/V99)

Objectivos da Protecção Civil:

PREVENIR ATENUAR

APOIAR SOCORRER
Domínios de actuação da Protecção Civil:
Levantamento,
previsão,
avaliação e
prevenção

Análises Inventariação

Domínio
da
actividade Informação
Estudos
e formação

Previsão e
Planeamento
planeamento
de soluções
de acções
Princípios da Actividade de Protecção Civil

Unidade de
Prioridade Coordenação
Comando

Prevenção Cooperação Informação

Precaução Subsidiariedade
Sistema de Protecção Civil Nacional
Direcção e coordenação da política de Protecção
Civil

Direcção Política Coordenação Política Execução Política

Assembleia Nacional Órgãos de Protecção Civil

Conselho Nacional de
Governo Protecção Civil Agentes de Protecção Civil

Instituições de investigação
Primeiro-Ministro
técnica e científica

Ministro da Administração Serviço Nacional de Protecção

Interna Conselhos Municipais de Civil e Bombeiros
Protecção Civil
Presidente da Câmara Serviços Municipais de
Municipal Protecção Civil
 SISTEMA NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL - ORGANIZAÇÃO

PRIMEIRO
CNPC
MINISTRO

MAI

SNPCB
DIOPS

CMPC PCM SMPC

20Agentes Protecção
Dependência
Civil Municipal Articulação Funcional
 22 Centros Municipais de Operações de Emergência
de Protecção Civil - CMOEPC

PN
Comdt.
Bombeiros

FA

CVCV
PCM ou Saúde
Vereador
Autoridade
Sanitária

INPS
Solidariedad
e Social

Outras
entidades

21
 Níveis de Responsabilidade (1)

De acordo com a legislação actual há uma repartição de responsabilidades

em termos de protecção civil.

O Primeiro Ministro é o responsável pela direcção da Política de Protecção

Civil, competindo-lhe coordenar e orientar a acção dos membros do
governo nos assuntos relacionados com a protecção civil e assumir a
direcção das operações em situações de acidente grave, catástrofe ou de
calamidade, de âmbito nacional, podendo delegar as suas competências,
parcial ou totalmente, no Ministro da Administração Interna.

22
 Níveis de Responsabilidade (2)

Como órgão de consulta, o Primeiro Ministro dispõe do CONSELHO

NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL (CNPC), cujas reuniões lhe compete
presidir.

Deste conselho fazem parte vários ministros, o Presidente do SNPC e

responsáveis de outras instituições.

A nível municipal, é ao Presidente da Câmara a quem compete dirigir o CENTRO

MUNICIPAL DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL (CMOEPC).
Pode em muitos casos, delegar essa competência num dos vereadores.

23
 Administração Interna

Defesa

Economia e Energia

Finanças

Infrestruturas, Transportes e Comunicações

Saúde

CONSELHO Ambiente, Des. Rural e Rec. Marinhos

NACIONAL DE PRIMEIRO Educação
PROTECÇÃO MINISTRO
Negócios Estrangeiros
CIVIL
(CNPC) Comunicação Social

Chefe do Estado Maior das Forças Armadas

Director Nacional da Policia Nacional

Presidente do Serviço N. P. Civil

Orgão multisectorial de Presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde
consulta e coordenação
Representante da ANMCV
em materia de p. civil
Centros Nacionais de Operações de Emergência de Protecção Civil
(CNOEPC)

• Representantes dos Membros do Governo e das instituições que integram o

CNPC.

• Podem ainda integrar o CNOEPC representantes de outros serviços públicos

ou privados, de acordo com as características e amplitude do acidente
grave, catástrofe ou calamidade.

• O CNOEPC funciona nas instalações do SNPC, ao qual cabe assegurar-lhe os

meios indispensáveis ao seu bom funcionamento.

• O Posto permanente do CNOEPC funciona em regime de turnos e é

assegurado pelo pessoal do SNPC.

25
22 Centros Municipais de Operações de Emergência de Protecção Civil
CMOEPC PN

Comdt..
Bombeiros

S.VICENTE R.GRANDE – S.ANTÃO PAUL FA

CVCV

Presidente
PORTO NOVO Câmara ou Saúde
Vereador
SANTA CRUZ
Autoridade
Sanitária

INPS

Solidariedade
Social

Outras entidades
e serviços no
concelho
26
BRAVA
Planos de Emergência

•Nacionais
Quanto à extensão territorial •Regionais
•Municipais

•Gerais
Quanto à finalidade
•Especiais

Lei de Bases de Protecção Civil

 Porquê os Exercícios de P. Civil?

• A mais importante ferramenta de treino em qualquer área de

intervenção;
• Permitem simular situações reais e aprender com menos danos;
• Preparam os intervenientes para actuarem em contextos reais;
• Permitem identificar lacunas e erros antes de acontecer a
emergência real.
Aprovação e Elaboração dos Planos de Emergência

Nacionais e Regionais Municipais Especiais

Aprovados por Conselho de Aprovados pelo Conselho Nacional Aprovados pelo Conselho Nacional
Ministros de Protecção Civil de Protecção Civil

Elaborados pelo Serviço Nacional de

Elaborados pelo Serviço Nacional de
Elaborados pela Câmara Municipal Protecção Civil e Bombeiros OU
Protecção Civil e Bombeiros
Câmara Municipal

Lei de Bases de Protecção Civil

Prevenção de Incêndios na Cozinha
Na cozinha, a atenção é um elemento indispensável. Ao cozinhar preste sempre muita
atenção ao que está a fazer e se tiver bebido ou tomado medicamentos evite cozinhar.

Fonte: http://segurancaonline.com/gca/index.php?id=608
Equipamentos

•Os aparelhos utilizados para cozinhar, como fogões e microondas, devem estar em
bom estado de conservação e devem ser instalados por técnicos especializados;

•O microondas, o fogão e o forno devem estar ligados directamente a tomadas e

não através de extensões e não sobrecarregue as tomadas eléctricas e inspeccione
regularmente o estado das mesmas;

•Quando utilizar água na cozinha tenha especial cuidado para que esta não entre
em contacto com os aparelhos eléctricos;

•Se não estiver a utilizar os aparelhos para cozinhar deve desligá-los da tomada;

•Não coloque folhas de alumínio ou outros objectos de metal no microondas

porque estes podem incendiar-se;

•Mantenha os equipamentos limpos, especialmente o fogão e o exaustor onde a

gordura e os restos de comida podem funcionar como combustível para a
propagação de um incêndio;
Se estiver a cozinhar:
•Nunca abandone a cozinha se estiver a cozinhar, nem que seja
apenas por alguns segundos;
•Sempre que abandonar a cozinha ou acabar de cozinhar deve
desligar o forno ou os bicos do fogão;
•Coloque as pegas dos tachos viradas sempre para a parte de trás do
fogão;
•Sempre que possível, utilize os bicos de trás do fogão;
•Afaste qualquer material inflamável como luvas de cozinhar, panos
de cozinha ou cortinas do fogão;
•Evite utilizar utensílios de plástico ou de madeira para cozinhar;
•Utilize mangas curtas e roupas justas para evitar que estas se
incendeiem;
Equipamentos de Segurança na Cozinha:

•De forma a prevenir e lidar com situações de incêndio na cozinha tenha sempre um
extintor na divisão.

•Certifique-se que o extintor é todos os anos inspeccionado por um técnico especializado;

•Instale detectores de fumo na cozinha e nunca desligue os mesmos;

•Teste uma vez por mês os detectores de fumo;

•Se os detectores de fumo funcionarem a pilhas, estas devem ser mudadas uma vez por
ano;
Em caso de incêndio na cozinha

Os incêndios na cozinha não são todos iguais e podem ter origens diferentes
pelo que é necessário estar preparados para lidar com os diferentes fogos.
Indicações Gerais

•Em caso de dúvida sobre o que fazer, deve abandonar imediatamente o local.
Não se esqueça de fechar a porta da cozinha e telefonar imediatamente para os
Bombeiros;

•Se decidir atacar as chamas por si, certifique-se que já todos os ocupantes
abandonaram o edifício e que tem sempre um caminho livre para também
abandonar o mesmo;

•Ao atacar as chamas com um extintor deve lembrar-se que a capacidade deste é
limitada. Aponte sempre o jacto destes para a base das chamas;
Incêndios no fogão

• Quando um tacho se incendeia a melhor maneira de apagar o fogo é colocar, com

cuidado, a tampa no mesmo. Se o fogo for extinto só deve voltar a acender o lume
depois do tacho arrefecer;

• Se depois de ter colocado a tampa do tacho o fogo continuar a crescer, deve atacar o
fogo utilizando um extintor;

• Se mesmo assim não tiver conseguido apagar as chamas, abandone a sua residência
e telefone aos bombeiros;

• Nunca utilize água para apagar incêndios com origem em óleo ou gordura;
Incêndios no Forno e Microondas

•Em caso de incêndio no forno ou microondas, desligue os aparelhos e deixe as

portas fechadas;

•Nunca deve abrir as portas destes dois aparelhos porque isso irá alimentar as
chamas com oxigénio e pode resultar em queimaduras;

•Se mesmo assim não conseguir apagar as chamas, abandone a sua residência e
telefone aos Bombeiros;

Incêndios com Origem Eléctrica

•Se tiver, na cozinha, um incêndio com origem eléctrica, ataque as chamas com
um extintor adequado.

•Se mesmo assim não conseguir apagar as chamas, abandone a sua residência e
telefone aos Bombeiros;

•Nunca utilize água para apagar um incêndio que envolva electricidade, corre o
risco de electrocussão.
Questões ?