Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE CONTABILISTAS
SENIORES
MÓDULO DE FISCALIDADE
CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO
DO DIREITO FISCAL
SUMÁRIO:
1-Noções fundamentais:
1.1-Direito Financeiro, Direito Tributário e Direito Fiscal :noção e
relações entre si;
1.2 – O imposto e o seu cotejo com figuras afins;
1.3- As fases da vida do imposto: a incidência, o lançamento e a
liquidação;
1.4- Classificação dos impostos quanto a natureza das taxas.
CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO
DO DIREITO FISCAL
Direito Financeiro : è um ramo de Direito Publico constituído por um
conjunto de normas jurídicas que regulam a obtenção, a gestão, o
dispêndio e o controlo os meios financeiros públicos;
Direito Tributário : é
um ramo de Direito constituído por um conjunto
de normas reguladoras da aquisição de taxas e impostos pelo Estado
Direito
Direito Fiscal : é um ramo do Direito Tributário composto pelo
conjunto de normas que respeitam à incidência, ao lançamento e à
cobrança de impostos.
CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO
DO DIREITO FISCAL
1.2- O conceito de imposto:
O imposto é uma prestação unilateral, definitiva, pecuniária ou
patrimonial, estabelecida por lei a favor do Estado ou de outra
pessoa colectiva pública, sem carácter de sanção, com vista a
cobertura das despesas públicas ( finalidades fiscais do imposto) ou
a prossecução de objectivos de ordem económica e social (
finalidades extra fiscais do impostos)
CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO
DO DIREITO FISCAL
O imposto é:
a)Uma prestação unilateral – não conferindo ao contribuinte
o direito a qualquer contrapartida específica;
CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO
DO DIREITO FISCAL
d) Prestação Estabelecida por Lei: quer-se dizer, que a Lei é a única
fonte da obrigação tributária, portanto, os impostos resultam
exclusivamente da Lei ( art. 14.º n.º 2 da Lei Constitucional)
CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO
DO DIREITO FISCAL
f) Carácter não sancionatório: o seu pagamento não constitui sanção
de um acto ilícito. O imposto distingue-se, com esta característica, da
multa, que visa sancionar condutas ilícitas, tuteladas pela exigência de
certas quantias em dinheiro àqueles que violam a lei.
CAPITULOI:INTRODUCAO AO ESTUDO
DO DIREITO FISCAL
1- Incidência
Incidência subjectiva
2- Lançamento
3- Liquidação
4- Cobrança (pagamento)
3 - A liquidação : é a operação aritmética de aplicação de uma taxa à matéria colectável
apurada na fase do lançamento, para determinação do montante exacto de imposto
devido pelo sujeito passivo (colecta). Naqueles impostos em que a lei prevê a
possibilidade de deduções à colecta, a liquidação abrange também os cálculos
decorrentes destas deduções.
4 - A cobrança (pagamento): cobrança e pagamento são expressões que traduzem a
mesma realidade jurídica. A primeira assumida do ponto de vista da administração
fiscal, que cobra o imposto; a segunda encarada do ponto de vista do contribuinte, que
o paga. É a fase final da vida do imposto, para que tende toda a relação jurídica fiscal.
Com a cobrança (pagamento) os valores correspondentes ao imposto vão dar entrada
nos cofres do Estado e com isso a relação jurídica fiscal, normalmente, extinguir-se-á.
SUMÁRIO:
2.1- As fontes de Direito Fiscal;
2.2- A Lei Constitucional angolana e os princípios de Direito
Fiscal;
2.3- Aplicação das leis fiscais no tempo e no espaço
Fontes Indirectas:
a) doutrina;
b) jurisprudência;
c)costume
SUMARIO:
3.1- O Sistema Fiscal Angolano: Breve caracterização
3.2- Imposto Directos: Imposto sobre os Rendimentos de Trabalho e o
Imposto Industrial
3.3- A Lei sobre a Tributação de empreitadas, O Imposto de Consumo,
Imposto de selo, Sisa, Imposto Predial Urbano e a Segurança social
IMPOSTO INDUSTRIAL
DIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE Abril
Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,
Lei 7/96, de 19 de Abril
Dec. Executivo n.º 84/99, de 11 de Junho
Lei n.º 5/99, de 6 de Agosto
IMPOSTO INDUSTRIAL
DIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE Abril
Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,
Lei 7/96, de 19 de Abril
Dec. Executivo n.º 84/99, de 11 de Junho
Lei n.º 5/99, de 6 de Agosto
Incidência Subjectiva:
Pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, com
domicílio, sede ou direcção efectiva em Angola( residentes para efeitos
fiscais em Angola), bem como, as que não são residentes fiscais em
território angolano nem disponham de um estabelecimento estável,
desde que exerçam no país actividades de natureza comercial;
Os lucros realizados por pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou
estrangeiras, que exerçam no país actividades comerciais ou industriais
As empresas com sede, domicilio, ou direcção efectiva em Angola, são
tributados pela totalidade dos lucros obtidos, quer os mesmos sejam
obtidos no país ou no estrangeiro
IMPOSTO INDUSTRIAL
DIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE Abril
Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,
Lei 7/96, de 19 de Abril
Dec. Executivo n.º 84/99, de 11 de Junho
Lei n.º 5/99, de 6 de Agosto
DIPLOMA LEGISLATIVO N.º 35/72 DE 29 DE Abril
Modificado pela Lei 18/92, de 3 de Julho,
Lei 7/96, de 19 de Abril
Dec. Executivo n.º 84/99, de 11 de Junho
Lei n.º 5/99, de 6 de Agosto
GRUPOS DE TRIBUTAÇÃO
1- Grupo A: a tributação incide sobre os lucros efectivamente obtidos
pelos contribuintes e determinados através da sua contabilidade.
São obrigatoriamente tributadas no Grupo A:
a) As empresas estatais;
b) As sociedades anónimas e em comandita por acções;
c) As demais sociedade comerciais e civis sob a forma comercial, com
capital superior a 35 Unidades de Correcção Fiscal ( 1 U.C.F= 53 Kz);
d) as instituições de Crédito, casas de câmbio e sociedade de seguros;
e) Os contribuintes cujo volume de negócios seja, na média dos últimos
três anos superior a 70 U.C.F
TAXAS
IMPOSTO DE CONSUMO
Lei 9/99, de 1 de Outubro
Decreto n.º 41/99, de 10 de Dezembro, aprova o Regulamento do Imposto de Consumo
Não estão sujeitos ao pagamento do Imposto de Consumo:
a) produtos agrícolas e pecuários não transformados;
b) Produtos primários de silvicultura;
c) Produtos de pesca;
d) Produtos minerais não transformados
Varia de 5% a 30%
Há uma taxa geral correspondente a 10% ( lista I)
Os bens agravados são taxados na ordem dos 15% a 30% ( lista
II)
Taxa Bonificada de 5% (lista III)
IMPOSTO DE SELO
IMPOSTO DE SELO
Taxas
Nas transmissões entre cônjuges ou a favor de descendentes e
ascendentes correspondentes a kz.3.000.000 aplica-se uma taxa de 10%.
Acima deste valor a taxa é de 15%;
Entre quaisquer pessoas a taxa é de 20% nas transmissões cujo valor seja
de até kz.3.000.000. Quanto o valor for superior ao mencionado a taxa é
a correspondente a 30%
SISA
A sisa é devida pelas transmissões de propriedade imobiliária ( venda,
troca, extinção de direitos, arrendamentos a longo prazo – 20 anos pelo
menos -), rústica ou urbana, com excepção das transmissões de
propriedade perpétua ou temporária das concessões feitas pelo Governo
para a exploração de empresas industriais de qualquer natureza, tenha ou
não principiado a exploração.
Também é devida a Sisa pela cessão de quotas de sociedades que
possuam imóveis desde que o cessionário fique a deter pelo menos 17%
do capital social
A taxa da sisa é variável entre 2% e 10%
SEGURANÇA SOCIAL
SEGURANÇA SOCIAL
A lei 7/04, de 15 de Outubro _ lei do Sistema de segurança nacional-
define as bases em que assenta o Sistema de Segurança Social, que tem
por objectivo garantir a subsistência material dos cidadãos nas situações
de falta ou diminuição de capacidade para trabalho, bem como, em caso
de morte, dos familiares sobreviventes.
Nos termos da Lei são beneficiários do sistema de segurança social.
a) os trabalhadores por conta de outrem;
b) os trabalhadores por conta própria
c) os cidadãos estrangeiros que trabalhem em Angola, desde que tal se
encontre previsto, desde que se encontre previsto lei ou por acordos
internacionais
Taxas
As taxas de contribuição para o sistema são de 8% para as entidades
empregadoras e de 3% para os trabalhadores por conta de outrem
As entidades empregadoras são responsáveis pela entrega das
contribuições até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que dizem respeito,
bem como pela entrega das folhas de remunerações