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engenheiro de minas, considerado o fundador da teoria clássica da administração, autor da obra
“Administração Industrial e Geral”, de 1916, além de Henry Ford, empreendedor e engenheiro
mecânico, também norte-americano, fundador da Ford Motor Compay, que desenvolveu a linha
de montagem, base da produção em série que veio a influenciar fortemente os processos
produtivos industriais.
Coerente com o desdobramento das atividades desse segmento, essa área de estudos
ainda é designada amplamente como administração da produção e operações, tendo como
particularidade as questões relativas aos arranjos e processos produtivos, bem como sobre a
gestão de recursos materiais. Se entende que todo esse contexto atualmente cabe mais
propriamente aos estudos relativos à logística, como salientado Christopher (2001), a definição
sobre logística envolve aspectos relativos à ação estratégica de aquisições, movimentação e
armazenagem de recursos materiais e informações.
Matérias-primas;
Produtos em processamento;
Materiais de consumo;
Produtos acabados, e,
Produtos para venda.
Estes estoques são formados até de forma planejada, objetiva e intencional, com a
finalidade de atender objetivos e metas específicas de cada organização. Entretanto, é
importante salientar que há casos onde mesmo não havendo a intenção há a formação de
estoques, que, de maneira aleatória, são formados por questões excepcionais, que acontecem
ao longo do tempo de forma “natural”, como resultado de restrições ou limitações não
esperadas, excepcionais, que afetam os processos ou atividades operacionais.
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Estoque Consignado – É o estoque que é mantido por terceiros, como distribuidores,
clientes, entre outros, onde a guarda é estipulada por meio de acordo, mas a
propriedade dos itens continua sendo do fornecedor.
Estoque de Contingência - É relativo aos estoques mantidos como garantia para
cobertura contra possíveis oscilações de oferta, falha extraordinária nas operações de
suprimento ou de abastecimento.
Estoque Inativo – Trata dos estoques de itens obsoletos, em desuso ou que não tiveram
saída nos últimos períodos, formado por itens sem demanda aparente.
Estoque de proteção ou isolador - Tem por objetivo compensar demandas acima do
esperado. Similar ao estoque sazonal, ocorre onde o tempo de ressuprimento é incerto,
buscado compensar incertezas no fornecimento.
Estoque Regulador - É uma forma de estoque de segurança, mantido normalmente por
agências públicas, cujo objetivo é minimizar os impactos contra oscilações entre a oferta
e a demanda de itens que venham a causar impacto econômico negativo à economia e
a sociedade. Algumas organizações privadas também utilizam e se referem a estoques
reguladores como àquele que minimizam incertezas ou ocorrência de riscos de
impedimento de atender a demanda.
Estoque de ciclo - Ocorre quando se operam vários ciclos ou em operações com vários
estágios de produção, onde um ciclo não depende do outro, mas que necessitam ser
ajustados para uma condição de oferta regular e estável. Por exemplo, no caso onde
uma empresa fabrica e comercializa quatro produtos distintos, mas que não conseguem
ser confeccionados simultaneamente, ao mesmo tempo, sendo necessário programar
os ciclos produtivos de cada um dos produtos, planejando os estoques necessários de
acordo com o período de vendas, para suprir a demanda e ofertar naturalmente todos
os itens simultaneamente.
Estoque em Trânsito ou virtual - É composto por itens que estão em trânsito, sendo
transportados ou em processo de deslocamento, para serem entregues e que ainda não
estão disponíveis, muito embora já contabilizados, não estão disponíveis para a
operação.
Dropshipping - É voltado normalmente para operações de e-commerce, comumente
envolvendo a participação de marketplaces. Consiste em receber ordens de serviço
(vendas) e encaminhá-las diretamente ao fornecedor, que por sua vez envia o produto
diretamente ao cliente final em nome da empresa que o comercializou. Dessa maneira,
o vendedor não é apenas um intermediário na venda, mas também um operador virtual
que interfere nas operações de estoque, armazenamento e atendimento.
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Dessa maneira, cada empresa ou organização, seja por questões culturais, pela
implementação de estratégias, por orientação particular ou compartilhada em redes, acaba
definindo a forma de como conduzir suas ações produtivas e, consequentemente, os aspectos
relativos aos recursos materiais.
De forma geral os negócios acabam por gerir suas operações onde os estoques, o fluxo
dos recursos materiais necessários em função de suas operações pode ser percebido de duas
formas: com processos de revisão contínua e com processos de revisão periódica.
Revisão Revisão
CONTÍNUA PERIÓDICA
•O ciclo é determinado pela •O ciclo é periódico,
necessidade do recurso. esperado e controlado.
•O tempo de operações •O tempo das operações é
variável. tido como estável.
•Os volumes transacionados •Os volumes transacionados
são estáveis, fixos. são variáveis
Dessa forma, a condução de uma prática de gestão de recursos materiais, que envolvam
a configuração de estoques são normalmente designados de “políticas de estoque”, gera e sofre
impactos de várias questões internas e externas à organização. Seja por aspectos econômicos,
que em alguns momentos exigem maior controle nas aquisições, seja em situações onde há a
possibilidade de ganhos em oportunidades ou condições de aquisição mais vantajosa, a
definição sobre uma política de estoques envolve:
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Quanto será estocado;
Como será armazenado;
Quando será armazenado; e
Onde será armazenado.
Uma relação ainda inicial, que considera aspectos meramente internos de uma
empresa, está no trade-off entre formação e manutenção de estoques e a disponibilidade de
capital.
Não há dúvidas de que uma maior quantidade de itens em estoque gera conforto e
segurança operacional, evitando interrupções e atrasos em atividades produtivas diversas,
quando considerados estoques de matérias-primas e de itens em processamento, bem como
permite uma melhor capacidade de responder às necessidades de entrega, quando
considerados os estoques de produtos acabados, por exemplo.
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É importante considerar a capacidade financeira de cada organização em estabelecer
essa imobilização de recursos, para que não se gere custos de capital ou de operações
excessivos, que venham a promover perdas excessivas de um lado ou de outro.
Outro problema ainda pode ser relativo ao custo de oportunidade envolvido, com uma
eventual perda de oportunidade financeira, o aumento do custo total, o impacto no fluxo de
caixa e aumento do risco, pela simples ampliação dos volumes de itens estocados.
Estoques altos geram aumento e até concentração de risco, podendo gerar mais
despesas com depreciação e até de obsolescência, o que deve ser analisado quando
considerados os custos de armazenagem.
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total de armazenamento com o custo total de aquisição. Dessa forma, a relação lógica consiste
em identificar o ponto de menor impacto, onde haja uma melhor relação entre a manutenção
de estoques e o custo de aquisição.
Ainda no universo das questões relativas à sazonalidade, a formação dos estoques deve
ser relativa à previsão de aceleração ou aumento da demanda motivada por aspectos previstos
e esperados, como no caso da formação de estoques de varejistas frente aos festejos e
comemorações de fim de ano, que exigem atenção e cuidados muito particulares já que estão
relacionados a períodos de grande faturamento. Nesse caso, estoques mal formados, projetados
ou previstos podem implicar em perdas de difícil recuperação. Mais questões sobre
sazonalidade serão tratadas posteriormente.
O fato é que uma orientação clara e consistente da gestão contribui fortemente para o
cumprimento das metas e objetivos organizacionais, que podem ser amplamente influenciadas
pela forma com que se tratam ou se consideram os aspectos de uso dos recursos materiais.
Ao estabelecer uma política de estoques, mesmo que não se refiram dessa forma, se
busca estabelecer metas e objetivos quanto ao tempo de entrega dos produtos aos clientes e
mesmo ao máximo de “não atendimentos” em operações mais complexas. Esses são elementos
de grande impacto que influenciam e caracterizam a empresa em vários aspectos.
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Definir o número de depósitos, estoques ou de almoxarifados, bem como a lista de
materiais a serem armazenados neles é outra atividade muito importante da política de
estoques. Saber o que guardar e onde guardar orienta e impacta a forma das operações.
Tudo isso ainda contribui na identificação e na definição dos limites na especulação com
estoques, com as capacidades de compra, de compras antecipadas, busca por descontos e
mesmo por busca de bonificações.
A receita auferida diz respeito à entrada de capital específica, relativa ao item estocado,
enquanto a capital aplicado se refere aos gastos de aquisição, manutenção, guarda,
comercialização, ou seja, suas despesas e custos.
Essa relação pode ser muito importante para verificar a rentabilidade gerada pelo
armazenamento e movimentação de materiais por parte da empresa, em especial quando
destinados a operações de produção e comercialização. Essas relações podem resultar nos
seguintes resultados:
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Quando se observa que o retorno de capital é inferior a 1 (RC < 1) - quando
houve menos retorno que o capital investido; pode indicar que houve perda,
menor ganho que capital investido; algumas situações podem ser reflexo de
uma estratégia de ganho de mercado, como na atração de clientes, que deve
ser feita com cautela e de acordo com limites muito claros (ver relação com a
Curva ABC).
Quando se observa que o retorno é igual a 1 (RC = 1) - as relações entre
entradas e saídas se iguala, onde não há perdas, mas também não há ganhos;
ao se observar as saídas considerando o custo total essa relação pode definir o
momento ou a situação ótima de renovar ou eliminar itens em estoque; verificar
a ocorrência ou condição de obsolescência e de depreciação.
Quando se observa que o retorno de capital é maior que 1 (RC > 1) - há retorno
positivo, onde se observa-se ganho de capital investido; os montantes são
positivos, elemento que pode gerar lucro (vide verificação de DRE).
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Não atendimento de demandas – este item trata especificamente do não atendimento
do pedido recebido, da negação de atendimento, ou seja, da impossibilidade de entrega
de um item a um cliente, o que requer um levantamento pormenorizado na
identificação do fator ou dos fatores que levaram a este não atendimento, implicando
em perda de faturamento ou redução de ganhos ou atraso nas operações;
Cancelamento de pedidos – é muito importante entender e perceber o que levou ao
cancelamento dos pedidos por parte dos clientes, se por algum fator interno ou se por
questões externas, se controláveis ou incontroláveis, a fim de identificar a possibilidade
de ajustes e alterações contra falhas, resolução de problemas ou de questões que estão
impactando negativamente o resultado das operações;
Interrupção de processos produtivos – verificar se há interrupções de atividades
produtivas ou operacionais que sejam causadas ou motivadas por problemas de falta de
materiais ou estoques, realizando seus ajustes para evitar maiores problemas futuros.
Falta de espaço para estocagem – identificar o que motivou ou o que está causando a
falta de espaço no armazenamento é fundamental para que não haja aumento de
custos, com a necessidade de ampliação de equipes, de horas extras, aquisição de novos
equipamentos ou mesmo de ampliação de estrutura;
Perdas por obsolescência – identificar que fatores estão motivando a perda de produtos
de forma prematura, antes do seu consumo ou uso, dentro dos ambientes estoque.
É fundamental que a gestão bem como as operações relativas aos estoques esteja apta
a responder, da melhor forma, as instabilidades de mercado, servindo como uma espécie de
amortecedor entre oferta e a demanda, estabilizando e promovendo um fluxo constante e
seguro de materiais.
O objetivo da gestão e das operações deve ser o de favorecer uma adequação de uma
acomodação entre as pontas ou elos em uma cadeia de suprimento ou de distribuição. Também
deve responder adequadamente a questões econômicas e ambientais, a fim de evitar perdas e
prejuízos aos envolvidos a à sociedade.
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2. Gerenciando a necessidade de estoques
Esses itens, sejam eles mercadorias para transação, produtos para consumo ou insumos
de produção, são considerados consumidos na visão dos estoques sempre que entregues aos
demandantes ou clientes.
Podem se tratar dos mais diversos itens como os que formam os estoques de matérias-
primas, de insumos, de produtos acabados, recursos de almoxarifado, etc.
Rupturas do estoque também são conhecidas pela expressão stockout, que indicam o
esvaziamento completo de um estoque, de modo a não se poder atender a pedidos internos da
produção ou de clientes externos, pela falta de itens, produtos ou insumos, que podem ser
consequências ou resultado de diversas causas, como perecimento, deterioração, furto, roubo,
extravio.
De forma geral, os estoques podem e devem ser determinados de acordo com as bases
de informação disponíveis.
Essa determinação é relativa à forma com que a organização trata a questão da previsão
sobre suas operações e suas práticas operacionais. Ainda cabe ressaltar as questões relativas à
sua cultura interna, que também podem influenciar.
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Tabela 1 – Bases de definição
Projetar cenários futuros usando como base opiniões de pessoas é uma tarefa que
envolve um elevado grau de imprecisão, por isso mesmo, sendo alvo de críticas, desconfianças
e incertezas.
Em muitos casos, as únicas opiniões disponíveis podem ser poucas, mas assim mesmo
precisam ser consideradas e as ações de previsão devem considerar as tendencias das opiniões
dos grupos referenciados. Normalmente são consultados gestores, pessoal de operações,
vendas, clientes e fornecedores. Nesse sentido, processos de coleta por pesquisas podem ser
realizadas, contudo, nem sempre é possível atingir uma amostra que gere segurança estatística,
com margens de erro medidas e controladas
Uma técnica que qualitativa estrutura da que pode ser utilizada é o método Delphi.
Trata-se de uma técnica onde se usa um painel, ou seja, um grupo de cinco a dez especialistas,
que de forma independente e autônoma analisam e emitem sua opinião sobre uma
determinada questão ou sobre determinado tema complexo.
1. Definição de objetivos;
2. Seleção de especialistas;
3. Elaboração e distribuição de questionários; e,
4. Identificação de resultados.
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As respostas são sintetizadas por meio de análise do conteúdo das respostas ou por
respostas quantitativas levantadas nos questionários. A premissa dessa técnica é a de que ao
reunir um grupo de especialistas que permanecerão anônimos, uma opinião mais extremada ou
tendenciosa de um acaba sendo ajustada pela opinião grupo. O processo colhe, dessa forma,
uma opinião média do grupo de especialistas.
Esses executivos são reunidos e formam uma espécie de júri e valiam um determinada
situação ou questão que lhes é apresentada, como uma previsão de futuro. Assim, cada membro
do júri de executivos deve não apenas expressar suas impressões, mas deve compartilhar a
forma de como seu pensamento foi construído, que elementos ou fatore foram levados em
consideração em suas análises e perspectivas.
A final, deve ser elaborada uma avaliação conjunta, que expresse o fruto trabalho, com
as avaliações e os resultados.
Por outro lado, interações diretamente com os clientes também se mostram assertivas
e relevantes no processo de precisão. Podem ser realizadas interações e levantamentos com
grupos de clientes a fim de detectar tendencias de demanda futura, suas expectativas, condições
e até limites, como tolerância a preços e condições de atendimento, por exemplo.
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2.2 Previsão para os estoques, 16
2.2.1 Introdução,16
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