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Patrick Lustosa Brandão História da arte

Linguagens

CAPÍTULO 20

HQ E OUTROS SISTEMAS
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A Turma da Mônica, criada pelo quadrinista Maurício de

Sousa, é uma das principais representações dessa arte no
Brasil. Curiosamente, foi o cachorrinho Bidu o primeiro
personagem a ser criado por Maurício, tendo saído em uma tira
no jornal Folha de S. Paulo, em 1959. Só em meados dos anos
de 1960 que as personagens mais consagradas da Turma –
Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali – ganharam vida nos
quadrinhos (Fig. 1.)
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APRESENTAÇÃO
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Foi em 1895 que o americano Richard Outcault criou uma história com
personagem fixo, ação fragmentada em quadros e pequenos balões de texto
titulada At the Circus in Hogan´s Alley, que saía semanalmente no jornal Nem
York World, tendo como protagonista a personagem Yellow Kid. Daí, surgiu o
gênero história em quadrinhos, que desde então vem conquistando muitas
pessoas, tanto adultos como crianças, porque suas imagens e falas dentro de
balões fascinam e dão asas à imaginação. Ao longo do século XX, tornaram-se
um meio de comunicação bastante difundido e influente, por meio das tirinhas
de jornal, das revistas, dos fanzines e dos álbuns que colecionam trabalhos de
autores consagrados, estabelecendo um espaço próprio entre as demais
linguagens e veículos da indústria cultural. Assim, junto com a imprensa, o
cinema, a publicidade, o rádio e, mais tarde, a televisão, as histórias em
quadrinhos contribuíram para a formação cultural do século XX.
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A ESTRUTURA E A LINGUAGEM
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DOS QUADRINHOS
Com uma nova forma de narrativa gráfico-visual, os quadrinhos
possuem, em sua estrutura, elementos como personagens, tempo,
espaço e ação que utilizam uma série de recursos para representar a
fala, como balões, as onomatopeias, o timing e o alinhamento de
quadros. Além disso, eles apresentam, em seu conteúdo, a linguagem
não verbal (desenhos) e a verbal (texto). Os quadrinhos são uma
linguagem cujo vocabulário consiste de símbolos visuais e textos
escritos. Ao contrário do que se pode pensar, os quadrinhos não são
uma simples mistura de desenhos e palavras, mas sim uma linguagem
artística específica.
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Surgiram, como toda linguagem artística,

em um processo histórico e ocuparam,
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entre todas as manifestações culturais da

humanidade, um papel de grande
importância. Sua história perpassa uma
listagem de sequências narrativas
ancestrais, como os murais egípcios com
suas representações de cenas do cotidiano
e de rituais (Fig.2.), os murais da cidade
maia de Bonampak, representando batalhas
e cerimônias religiosas, além das iluminuras
e das tapeçarias medievais que narram a
invasão da Inglaterra pelos normandos e as
gravuras de guerras mitológicas japonesas,
que deram origem aos atuais mangás.
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Dentre os elementos que compõem a estrutura dos

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quadrinhos, destacam-se os seguintes.

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Dentre os elementos que compõem a estrutura dos

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quadrinhos, destacam-se os seguintes.

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OS QUADRINHOS E O CINEMA
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É difícil definir uma única linguagem como adequada para o

cinema, mas, em qualquer lista que se elabore, uma presença certa e
considerada por muitos como uma das mais influentes são as
histórias em quadrinhos. A adaptação dos quadrinhos ao cinema
transformou a sétima arte, à medida que novos elementos
característicos da linguagem cinematográfica foram surgindo, fazendo
evoluir a tecnologia utilizada no cinema, mesmo quando o tema, em
princípio, não estava diretamente ligado a uma história em quadrinhos
específica. Assim, os quadrinhos permitiram ao cinema reconfigurar a
sua linguagem, ajudando a construir os seus alicerces e a melhorar
sua técnica.
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Os universos das histórias em

quadrinhos e do cinema encontram-
se relacionados desde os seus
próprios surgimentos, mas,
ultimamente, uma enorme
quantidade de produções vem sendo
realizada com base em adaptações
dos quadrinhos, como os filmes
protagonizados por personagens
como Batman, X-Men, Capitão
América (Fig. 3) e Homem-Aranha.
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CURIOSIDADES
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CINEMA DE ANIMAÇÃO
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Em diversas linguagens artísticas, o homem sempre tentou

representar o movimento por meio de imagens, seja nas
experiências de cronofotografia, como no álbum O cavalo em
movimento, do fotógrafo inglês Eadweard Muybridge (Fig. 5), ou
nas pinturas feitas de pequenas pinceladas imprecisas de
impressionistas como Claude Monet (Fig.6). Nenhuma dessas
tentativas foi mais eficiente que a invenção do cinema, patenteada
pelos irmãos Lumière, que era capaz de reproduzir uma imagem
realista em movimento de forma fluida, sem estágios ou
interrupções em uma grande tela, como nunca antes havia sido
representada.
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O STORYBOARD
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Uma vez que um argumento ou roteiro é escrito para um filme ou

animação, o próximo passo é fazer um storyboard (em uma tradução livre,
os quadrinhos da história). Um storyboard narra a história de um filme
como uma espécie de história em quadrinhos ou imagens arranjadas em
sequência com o propósito de pré-visualizar um filme ou uma animação.
Trata-se de um recurso utilizado para o planejamento visual das cenas a
serem filmadas. O processo de storyboarding, no formato em que é
conhecido atualmente, foi desenvolvido pelo Walt Disney Studios, durante o
começo da década de 1930, depois de anos de utilização de processos
similares em outros estúdios de animação.
No storyboard, são desenhadas as cenas, da forma como imaginadas
pelo diretor e sua equipe, podendo incluir o ângulo da câmera, a iluminação
desejada e os diálogos.
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Veja a seguir um exemplo de cena e seu quadro

retirado do storyboard (Fig. 9).
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OBRIGADO, TURMA!
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