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GÊNEROS TEXTUAIS

Crônicas, quadrinhos, charge e podcast


Cynthia Gomes, Mamede Sá, Raquel Silva e Thiago Augusto
Crônica
Crônica
CHRONICA: narrativa cronológica
KRONOS: Tempo
história
Idade Advento do
Era cristã romantismo
Média

A crônica teve
Caráter histórico: grande impulso;
registra imprensa,
Relatos acontecimentos, crescimento do
de fatos verídicos ou não, público leitor -
Brasil: leve e
ligados à nobreza
simples
carta de pero vaz de caminha
[...] Empregado primeiramente no início da
era cristã designava um "relato cronológico
dos fatos, isto é, uma lista ou relação de
acontecimentos, arrumados conforme a
sequência linear do tempo. Colocada
assim, entre os simples anais e a História
propriamente dita, a crônica se limitava a
registrar os eventos, sem aprofundar-lhes
as causas ou dar-lhes qualquer
interpretação[...]. (MOISÉS,
Massaud. A Criação Literária, - São Paulo:
Cultrix, 1978, p. 132.)
Tipo textual
Narrativo

Enredo Foco narrativo Personagens Tempo e espaço

Dissertativa, humorística, lírica, poética, jornalística, histórica, etc.


Estrutura
Uso de linguagem simples e coloquial
Vinculação ao cotidiano
Narrativa curta e fácil compreensão
Foco narrativo: 1ª pessoa (presença de
poucos personagens)
Objetivo

Destaca em abordar aspectos do cotidiano


Política, relacionamentos humanos, atualidade, etc.
Segundo o professor e crítico literário Antônio Cândido, em seu artigo "A VIDA AO RÉS-DO-CHÃO" (1980):

"A crônica não é um "gênero maior". Não se imagina uma literatura feita de grandes cronistas, que lhe
dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e poetas. Nem se pensaria em
atribuir o Prêmio Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é
um gênero menor.
"Graças a Deus", seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica mais perto de nós. E para muitos
pode servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto, mas para a literatura (...).

(...) Ora, a crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das
pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes,
pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas. Ela é amiga
da verdade e da poesia nas suas formas mais diretas e também nas suas formas mais fantásticas,
sobretudo porque quase sempre utiliza o humor. Isto acontece porque não tem pretensões a durar,
uma vez que é filha do jornal e da era da máquina, onde tudo acaba tão depressa. Ela não foi feita
originalmente para o livro, mas para essa publicação efêmera que se compra num dia e no dia seguinte
é usada para embrulhar um par de sapatos ou forrar o chão da cozinha."
eXEMPLOS
Quadrinhos
O que são quadrinhos?
As histórias em quadrinhos são narrativas
gráficas compostas por textos e imagens.
Apresentam diversidades de publicações e
tom humorístico, contribuindo para uma visão
crítica da sociedade e interpretação de
contextos atemporais. As histórias em
quadrinhos podem ser vistas em jornais,
revistas, sites e outros suportes.

origem dos quadrinhos


As primeiras manifestações de histórias em quadrinhos, conforme as
conhecemos hoje, datam do fim do século XIX, quando o autor e ilustrador
Richard Outcald criou uma narrativa baseada nas peripécias de um garoto que
vivia nos guetos de Nova York, sempre vestido com um pijama amarelo.
diálogo, narrativa e linguagem verbal
recursos gráficos e não-verbal

Estrutura e tipos textuais

personagens lugar e desfecho


Balões de fala
Para comunicar as falas das personagens, por exemplo, são empregados balões com
textos escritos.

Balões com linhas balões com linhas Balões com cores


pontudas
Balões em nuvem contínuas

Indicam que o Sugerem que o Indicam que com aquela


personagem está personagem está Sugerem uma fala normal fala o personagem traz
gritando pensando algum sentimento breve
onomatopeia
Onomatopeias são palavras normalmente utilizadas em histórias
em quadrinhos para representar alguns sons.
Super-heróis

A criação de histórias em quadrinhos foi


intensificada no início do século XX, e elas se
dedicavam apenas ao humor e à comicidade. No
final da década de 1930, surgiram as primeiras
histórias de aventuras e o primeiro super-herói:
Superman.
Popularização

Após a Segunda Guerra Mundial, o surgimento


de outras personagens foi otimizado, como
Capitão América, Mulher Maravilha e Batman,
todos transformados em símbolos do
nacionalismo norte-americano.
Quadrinhos no brasil

No Brasil, a primeira revista em quadrinhos chamou-


se O Tico-Tico e foi publicada em 1905 pelo
periódico O Malho.
Idealizada pelo artista Renato de Castro, foi
influenciada pela HQ francesa La Semaine de
Suzette e teve como personagem mais popular o
garoto Chiquinho.
quadrinhos no brasil
Mas foi apenas em 1960 que o público brasileiro teve um gibi inteiramente colorido, com a
publicação de A Turma do Pererê, do cartunista Ziraldo. O gibi foi apresentado pela
Editora O Cruzeiro e trazia personagens inspirados na cultura nacional.
Foi também na década de 60 que surgiu a história em quadrinhos mais conhecida do
Brasil, a Turma da Mônica, criada pelo paulistano Maurício de Souza. A revistinha fez
tanto sucesso que hoje é publicada em mais 40 países e traduzida em 14 idiomas.
outros exemplos de quadrinhos

Tirinha: Mafalda (1964) Grafic Novel: Maus (1986-1991)

Spiderman (1962) Mangá: Naruto (2003)


Charge
Contexto
Histórico
A charge surge na Europa e foi
publicado no Brasil pela primeira vez
em 1837, por Manuel José de Araújo
(1806-1897), em Porto Alegre, tendo
a charge como tema: “A campanha e
o cujo”.

Utilizando-se da charge como


instrumento de crítica político-social,
esses periódicos foram denominados
por Athos Damasceno Ferreira (1902-
1975) como "imprensa caricata"
características

O termo charge vem do francês


charger, significa: cargo, exagero e Relata a atualidade
ataque violento

É também chamado de texto visual em


É usado para retratar um fato social
que utiliza o humor ao mesmo tempo
ou político de relevância
em que crítica

Pode não ser compreendida pelo leitor,


É tido como narrativa efêmera caso não venha acompanhada de uma
notícia
Estrutura
Texto híbrido (verbal e não verbal);
Tons críticos (ironia e sátira);
Conexão com a atualidade (presente);
Texto do campo jornalístico.
Do ponto de vista estrutural, a charge segue
uma composição envolvendo textos escritos
e imagens
Gênero textual da charge

O gênero textual da charge é de linguagem


verbal, jornalístico, informativo, satírico, irônico.

Um outro elemento importante deste gênero, é


uma crítica carregada de ironia, que busca
refletir situações do cotidiano
Charge no brasil e no mundo

O Pasquim: semanário que circulou entre


1969 até 1991
durante a ditadura militar fez ácidas
críticas ao regime
nos anos 70, parte da redação foi presa
Charlie Hebdo
fundado em 1960
usa a sátira para criticar as principais
religiões monoteístas e o Partido
Comunista francês
2015
o jornal está no centro do debate da
liberdade de expressão
Exemplos
Exemplos
Podcast
O que é podcast?
Conteúdo em áudio disponibilizado na internet através de arquivos ou plataformas de
streamings, como spotify, sound cloud e outros.
Junção da palavra “iPod” + “broadcast”. Apareceu pela primeira vez através do
programa “iPodder”.
Tipologia
•Existem tipos de podcasts com diferentes
tipos textuais.
Monólogo
•Apenas um apresentador, que fala com o
ouvinte ou consigo mesmo.
•São reflexivos ou com histórias.
Bate papo

•Temáticas variadas são discutidas


entre duas ou mais pessoas
diferentes.

Entrevista
•Presença de um apresentador, com convidados que mudam a cada episódio.
Matérias informativas
•Expositivos, descritivo.
•Formato jornalístico, notícias do dia a dia.
•Se assemelha bastante á rádio tradicional.

podcasts educacionais
•Apresentam um tema e fazem uma abordagem sobre ele.
•Expositivo.
Storytelling
•Documentários e histórias fictícias roteirizadas.
podcasts no youtube
Obrigado pela atenção

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