História em quadrinhos - ou HQ - é o nome dado à arte de narrar histórias
através de desenhos e textos em sequência, normalmente na horizontal.
Essas histórias possuem os fundamentos básicos das narrativas: enredo,
personagens, tempo, lugar e desfecho. No geral, apresentam linguagem verbal e não-verbal.
Para comunicar as falas das personagens, por exemplo, são empregados
balões com textos escritos. O formato desses balões também transmite intenções distintas. Por exemplo, balões com linhas contínuas sugerem uma fala em tom normal; os balões com linhas tracejadas indicam que a personagem está sussurrando; os balões em forma de nuvens apontam pensamentos; já os balões com traços pontiagudos exibem gritos.
Outro recurso bastante explorado são as onomatopeias, definidas como
palavras que tentam reproduzir os sons. Exemplo: “cabrum”, como o som de trovão; “tic-tac”, como o som dos ponteiros do relógio, entre outros.
História em Quadrinhos no Brasil
No Brasil, a primeira revista em quadrinhos chamou-se O Tico-Tico e foi publicada em 1905 pelo periódico O Malho.
Foi também na década de 60 que surgiu a história em quadrinhos mais
conhecida do Brasil, a Turma da Mônica, criada pelo paulistano Maurício de Souza. A revistinha fez tanto sucesso que hoje é publicada em mais 40 países e traduzida em 14 idiomas.
As histórias em quadrinhos estão presentes em todo o mundo e existem várias
personagens emblemáticas.
Uma delas é Mafalda, criação do cartunista argentino Quino no ano de 1964.
Nessa tirinha, a garota de aproximadamente 6 anos de idade possui um pensamento reflexivo e questionador sobre a realidade mundial, sempre trazendo um ponto de vista humanista sobre as situações.
Mafalda é muito conhecida em toda a América Latina e na Europa e se tornou
um símbolo argentino.
Quais são os elementos mais comuns nas histórias em quadrinhos?
Os quadrinhos são caracterizados pela presença dos seguintes elementos: balão, figura, onomatopeia, elipse ou sarjeta, página e narrativa. quanto à sua narrativa (humor, drama, ação, terror, romance histórico).
História em quadrinhos (ou, de maneira abreviada, HQ), de acordo com o desenhista e
pesquisador Scott McCloud, é um gênero textual formado por um conjunto de imagens pintadas colocadas lado a lado em uma sequência intencional.
Os quadrinhos são caracterizados pelos seguintes elementos:
Balão de diálogo: Conecta as personagens da história às falas. Assim, é
um elemento importante na narrativa por representar, de maneira visual, o discurso direto das personagens. Ele pode ser caracterizado de diversas formas, cores e tamanhos, mas mantém sua função de ‘fala direta’.
Figura: Maneira como as personagens são representadas
imageticamente. Elas são apresentadas de forma estática, mas dão ideia de movimento e continuidade — diferenciando-se, por exemplo, da fotografia. Nos quadrinhos, a figura passa uma ideia de ação constante, e o leitor precisa visualizar a continuidade.
Onomatopeia: Trata-se de uma combinação sonora com a estética
visual, marca importante dos quadrinhos. As onomatopeias não só reproduzem barulhos e sons como demonstram visualmente a intensidade desses ruídos. Por ter sido popularizada nos Estados Unidos, é comum que a onomatopeia seja expressa em língua inglesa (splash, flash, boom etc).
Elipse ou sarjeta: É o espaço vazio entre os quadros. Ela atribui uma
posição ativa ao leitor, cabendo a ele imaginar os acontecimentos subsequentes. É uma das principais e mais importantes características da história em quadrinhos.
Página: As HQs se organizam em páginas, de modo que os quadros se
dispõem, e sua leitura funciona, no Ocidente, da esquerda para a direita, e no Oriente, em mangás e em alguns manhuas, da direita para a esquerda.
Interação icônico-verbal: Relação híbrida entre texto verbal e texto não
verbal.
Narrativa: Nas HQs prevalece a tipologia textual narrativa. Assim, os
quadrinhos se estruturam, textualmente, por meio dos princípios básicos da narração (apresentação das personagens, complicações, clímax e desfecho, não necessariamente nessa ordem). → Narrativa
As histórias em quadrinhos apresentam uma diversidade de gêneros
narrativos. Elas podem ser dedicadas às conhecidas histórias de super-heróis (Superman, Batman, Homem-aranha, Hulk), narrar um drama (Azul é a cor mais quente), adaptar obras literárias (O alienista, Sonho de uma noite de verão), contar histórias infantis ou de cunho humorístico (Turma da Mônica, Pato Donald) etc.
Os quadrinhos, assim como o cinema e a literatura, abrangem uma série de
gêneros narrativos, tais como:
ação;
drama;
terror;
humor;
investigação e suspense;
fantasia;
realismo;
narrativas históricas.
O Brasil tem um histórico de boa aceitação das histórias em
quadrinhos. Elas foram popularizadas principalmente com a chegada de produções infantis ao país, sendo a principal delas a revista Pato Donald. Hoje, o Brasil possui diversos materiais advindos de diferentes localidades, desde produções latinas a histórias em quadrinhos orientais.
Além da presença de conteúdos de toda parte do mundo, o mercado de
quadrinhos nacional possui vasta produção própria. O Brasil conta com uma extensa série de HQs infantis, adaptações de obras clássicas da literatura, romances históricos, cartuns e charges em jornais e revistas, histórias de terror, aventura e ação, dentre outras, sendo impossível não citar a Turma da Mônica.
Uma HQ é a união de imagens e palavras, na qual as
imagens representam ação e as palavras, emoção. No entanto, aquele parágrafo lindo e maravilhoso sobre como o personagem se sente não aparecerá na sua página. Existem diversos tipos de quadrinhos, com estéticas e histórias próprias, como os de terror, romance, ficção científica, os que fazem releituras de outros textos, os de gênero crime/policial, infantil, juvenil, os filosóficos, históricos etc. Qualquer escritor pode utilizar-se do quadrinho como recurso de expressão, basta encontrar a estética e os personagens mais adequados para os efeitos que se deseja criar. No Brasil, as produções mais conhecidas são a Turma da Mônica, do cartunista Maurício de Sousa, e O menino maluquinho, de Ziraldo. Essas são produções de quadrinhos voltadas principalmente ao público infantil. Na produção de Ziraldo, a estrutura está mais focada nas tirinhas que abordam breves histórias do menino sapeca. Na produção de Maurício de Sousa, há uma coleção de gibis com histórias mais longas, além de possuírem subtítulos para cada personagem, ou seja, além do gibi tradicional, focado na Mônica, há também edições que contam a realidade de outras personagens.
Características da história em quadrinhos
De modo geral, os quadrinhos possuem uma estrutura
de predominância visual e narrativa, na qual as imagens cumprem o papel de narrar os fatos em determinada relação de tempo-espaço. As imagens também costumam vir separadas por margens, que explicitam a divisão dos quadrinhos, facilitando a identificação de cada cena. No uso da língua escrita, é comum que os quadrinhos apresentem curtas introduções acima ou abaixo deles e que as falas das personagens sejam inseridas em balões, também é recorrente o uso de onomatopeias para expressar os sons.