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Disciplina: DIDÁTICA PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


Professora: EMMANUELLA
Polo: TABULEIRO
Alunos (as): RONDINELLE GUIMARÃES CAVALCANTE

ATIVIDADE 1
RESUMO DO CAPÍTULO 2 DO LIVRO DIDÁTICA PROFISSIONAL

O capitulo dois do livro Didática Profissional – Princípios e referências para a


Educação Profissional fala sobre os objetivos da didática profissional que é
principalmente analisar o trabalho com vistas à formação das competências
profissionais. Também contextualiza sobre suas origens que teve inicio na França
nos anos 1990, na confluência de um campo de práticas – a formação de adultos – e
de três correntes teóricas – a psicologia do desenvolvimento, a ergonomia cognitiva
e a didática.
A didática profissional tomou corpo em torno de três orientações. Primeira
orientação: a análise das aprendizagens não pode estar separada da análise da
atividade dos atores; Daí, segunda orientação, se quisermos poder analisar a
formação das competências profissionais, é preciso ir observá-las primeiro, não nas
escolas, mas sim nos locais de trabalho. Enfim, terceira orientação, para
compreender como se articulam atividade e aprendizagem num contexto de
trabalho, vale a pena mobilizar a teoria da conceituação na ação que, advinda de
Piaget e retomada por Vergnaud, usando os conceitos de esquema e de invariante
operatório, permite compreender como pode se desenvolver uma inteligência da
ação.
As origens da didática profissional nasceram no âmago e no prolongamento
da formação dos adultos, desse modo a didática profissional teve aporte na
psicologia ergonômica que trouxe, no tocante à análise do trabalho é a distinção
entre tarefa e atividade. Leplat (1997) é o principal autor que desenvolveu este tema:
há sempre mais no trabalho real do que na tarefa prescrita. A psicologia do
desenvolvimento de Piaget e Vygotski colocaram em destaque ideias de atividade e
de conceituação, as quais são justamente essenciais para a didática profissional. Os
trabalhos de Piaget orientaram-se quase todos por uma necessidade de uma teoria
da ação e do conhecimento vindo da ação. Piaget faz do conceito de esquema um
elemento central de sua teoria da adaptação: o esquema é de fato o meio de
assimilar novos objetos e de acomodar-se às propriedades novas que eles
apresentam em relação aos objetos anteriormente assimilados.
A didática profissional busca articular fortemente duas dimensões que não
necessariamente estão associadas: a dimensão teórica e a dimensão operatória. A
dimensão teórica é muito importante, pois é graças a ela que se busca evitar um
discurso empírico que se contentaria em relatar um certo número de operações
exitosas de análise, sem denotar nem os fundamentos nem os limites destas. Mas a
dimensão operatória é tão essencial quanto: se a didática profissional se liga, de um
ponto de vista teórico, à corrente da conceituação na ação, ela precisa apresentar as
ferramentas, os conceitos, os métodos, que devem permitir aos usuários
apropriarem-se destes instrumentos e utilizá-los de modo eficiente.
As quatro definições que seguem, complementares umas das outras, têm
como objeto progredir um pouco no que tange a critérios possíveis, e ao mesmo
tempo mostrar que o conceito de competência não é suficiente em si.
1. A é mais competente que B se ele souber fazer algo que B não sabe fazer.
Ou ainda: A é mais competente no tempo t’ do que no tempo t se ele souber fazer o
que não sabia fazer;
2. A é mais competente se ele agir de uma maneira melhor: mais rápida, por
exemplo, mais confiável, ou ainda mais compatível com o modo de fazer dos
outros...;
3. A é mais competente se dispuser de um repertório de recursos alternativos
que lhe permitem adaptar sua conduta aos diferentes casos que podem se
apresentar;
4. A é mais competente se for menos despreparado diante de uma nova
situação, nunca encontrada antes.
A aprendizagem e a atividade correspondem à vontade de estudar a
aprendizagem no coração mesmo da atividade e, portanto, de não dissociar a
atividade da aprendizagem, a análise da atividade da análise da aprendizagem. Já o
desenvolvimento nos adultos é certamente uma das questões fortes que deram luz à
didática profissional. Pois não entenderíamos a importância dada à análise do
trabalho como pré-requisito para a formação se não acrescentássemos que não se
trata de qualquer análise do trabalho: ao abordar a problemática da aprendizagem
por e no trabalho, evidenciamos a dimensão do desenvolvimento de um sujeito que,
não contente com a ocupação de um posto de trabalho, constrói-se ao longo do
tempo por e no seu trabalho.
A questão epistemológica se inscreve na continuidade da teoria da
conceituação na ação: ela consiste em dizer que o conhecimento, o cognitivo, se
apresenta de duas formas indissociavelmente ligadas: uma forma operatória e uma
forma predicativa.
Já a didática profissional no domínio industrial nos anos 1970 e 1980 o era
representativo do trabalho em geral. Os conceitos pragmáticos estão associados a
observáveis que permitem realizar efetivamente um diagnóstico: é preciso observar
se há movimento ou não em um momento muito preciso do ciclo. Assim, tem a
generalização, modelos operativos e cognitivos, aprendizagem pela analise
retrospectiva de sua ação e a gestão de ambientes dinâmicos.

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